I – INTRODUÇÃO:
• – Jerusalém aparece na Bíblia e na História como a cidade escolhida pelo Senhor para ser a revelação do único e verdadeiro Deus, o centro do Seu culto, de Suas leis e Sua revelação pessoal, com a missão de proclamá-Lo a todo o mundo.
• – Leiamos Ex 25:8; Ez 37:26-28.
• – Desta forma…
• (1) – Israel é o centro do mundo;
• (2) – Jerusalém é o centro de Israel;
• (3) – o Templo é o centro de Jerusalém;
• (4) – o Santo dos Santos é o centro do Templo;
• (5) – A Arca da Aliança (aspergida com o sangue do Cordeiro), é o centro do Santuário;
• (6) – o Santuário é o Cordeiro de Deus! (Apc 21:22)
• – Isto porque, simbolicamente falando, o Santuário representa a presença de Deus no meio (centro) de Seu povo:
• (1) – Mt 18:20 (”… aí estou eu NO MEIO deles”);
• (2) – Lc 24:36 (”… Jesus se apresentou NO MEIO…”);
• (3) – Jo 20:19, 26 (”… chegou Jesus e pôs-se NO MEIO…” e “… apresentou-se NO MEIO…”);
• (4) – Apc 1:13 (”… NO MEIO dos candeeiros…”);
• (5) – Apc 2:1 (”… anda NO MEIO dos sete candeeiros…”).
II – A JERUSALÉM TERRESTRE:
• – A vontade e o conselho de Deus nunca são mudados! Por isso, sob todos os aspectos, Jerusalém era, é e será o centro deste mundo. Até mesmo geograficamente o Senhor localizou Jerusalém em posição central. Veja no mapa abaixo:
“ASSIM DIZ O SENHOR JEOVÁ: ESTA É JERUSALÉM; PU-LA NO MEIO DAS NAÇÕES E TERRAS QUE ESTÃO AO REDOR DELA” – (Ez 5:5)
• – Ela é a mesma cidade conhecida por muitos nomes, tais como:
• (1) – Salém, onde reinava Melquisedeque (Gn 14:18 cf Sl 76:2);
• (2) – Sião, uma das colinas onde está edificada Jerusalém (I Rs 8:1; Sl 87:2; Zc 9:13);
• (3) – Jebus (Js 18:28; Jz 19:10);
• (4) – Ariel ou Lareira de Deus (Is 29:1);
• (5) – Cidade de Justiça (Is 1:26);
• (6) – Cidade de Deus (Sl 46:4; 48:1; 87:3);
• (7) – Cidade do Grande Rei (Sl 48:2; Mt 5:35);
• (8) – Cidade de Davi (II Sm 5:7; Is 22:9);
• (9) – Cidade Santa (Ne 11:1; Is 48:2; 52:1; Jl 3:17; Mt 4:5);
• (10) – Cidade de Judá (II Cr 25:28);
• (11) – Cidade da Verdade (Zc 8:3);
• (12) – Cidade Fiel (Is 1:21, 26);
• (13) – Cidade Inesquecível (Is 62:12);
• (14) – Monte Santo (Dn 9:16);
• (15) – Perfeição da Formosura (Lm 2:15);
• (16) – Trono do Senhor (Jr 3:17);
• (17) – Sião monte santo – e que muitas vezes tem o sentido de toda a Jerusalém – (Sl 9:11; 76:2; Is 8:18);
• (18) – Sião do Santo de Israel (Is 60:14);
• (19) – Cidade das Solenidades (Is 33:20);
• (20) – Oolibá = “Minha Tenda Está Nela” (Ez 23:4)
• – COMO TIPO DE IGREJA, TEM AINDA OS SEGUINTES TÍTULOS:
• (1) – Nova Jerusalém (Apc 21:2);
• (2) – Jerusalém que é lá de cima (Gl 4:26);
• (3) – Cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus (Hb 11:10);
• (4) – Jerusalém celestial e Cidade do Deus Vivo (Hb 12:22)
• – É uma cidade amada por todos os judeus – Sl 122:2
• – Mesmo estando no Cativeiro, em Babilônia, os judeus não esqueciam Jerusalém – Sl 137:5-6.
• – É uma cidade odiada pelos seus inimigos – Salmo 137:7.
• – HAVIA DOZE PORTAS NO MURO DE JERUSALÉM. Vejamos:
• (1) – Porta Superior de Benjamim (Jr 20:2; 37:13);
• (2) – Porta do Peixe (II Cr 33:14; Ne 3:3; 12:39);
• (3) – Porta das Ovelhas (Ne 3:1; 12:39; Jo 5:2);
• (4) – Porta da Guarda ou da Prisão (Ne 3:31; 12:39);
• (5) – Porta de Efraim (II Rs 14:13; Ne 12:39);
• (6) – Porta do Vale (II Cr 26:29; Ne 2:13);
• (7) – Porta das Águas (Ne 3:26; 8:3);
• (8) – Porta dos Cavalos (II Cr 23:13; 3:28);
• (9) – Porta Velha (Ne 3:6; 12:39);
• (10) – Porta da Esquina (II Rs 14:13; II Cr 26:9);
• (11) – Porta do Monturo (Ne 3:13-14; 12:31);
• (12) – Porta da Fonte (Ne 3:15).
• – Não esqueçamos: A JERUSALÉM CELESTE TAMBÉM TEM UM GRANDE E ALTO MURO COM DOZE PORTAS – Apc 21:12.
• – Durante o reinado de Davi, Jerusalém tornou-se o centro de adoração a Deus para toda nação israelita. Isto foi possível devido à sábia decisão daquele rei, que ordenou aos sacerdotes e levitas transportarem a Arca de Deus para Jerusalém, abrigando-a em um Tabernáculo. Desta forma, podemos identificar o legado de Davi para a história bíblica e para a Igreja (I Cr 15:17-27; II Cr 10; 11:1-17).
• – Enfim, totalmente destruída no ano 70 da nossa era, quando capturada pelas forças romanas comandadas pelo general Tito, Jerusalém voltará a ser a cidade central em Israel e no mundo, no reino milenar de Cristo.
III – O CRESCIMENTO E A EXPANSÃO DA IGREJA DE JERUSALÉM:
• – Da cidade onde Jesus terminou o Seu ministério saiu o Evangelho para transformar a terra, mudando o rumo da História do Mundo. Leiamos At 2:42-27; 4:32-35:
• – Há informações históricas de que a população de Jerusalém naquela época era de 200 mil pessoas, DAS QUAIS A METADE CONSTITUÍA-SE DE CRISTÃOS. Como explicar esse avanço?
• – Resposta: A IGREJA DE JERUSALÉM ERA CHEIA DO ESPÍRITO SANTO! Analisemos:
• (1) – HAVIA ESTUDO DA PALAVRA DE DEUS (At 2:42) – Esta Igreja não se orientava pelas “novas revelações”. Era, sim, submissa à doutrina dos apóstolos.
• (2) – HAVIA COMUNHÃO (At 2:42) – A palavra grega é KOINONIA, cujo significado é duplo:
• (A) – Compartilhar nossos recursos materiais e nossas potencialidades inatas, inclusive trocando serviços na comunidade; e
• (B) – Princípio de caridade ao pobre, tendo como base At 2:45 e 11:29, ou seja, DAR NA MEDIDA DA POSSE; NA MEDIDA QUE ALGUÉM TENHA NECESSIDADE. Se pretendemos ser uma Igreja como a de Jerusalém, não podemos estar alheios às necessidades dos irmãos e às do nosso próximo
• (3) – HAVIA ADORAÇÃO (At 2:42) – “…no partir do pão e nas orações” – No culto a Deus deve haver lugar para os hinos, as manifestações de louvor e a liturgia ( = SERVIÇO DIVINO – Significa, primariamente, o serviço que prestamos a Deus. Com a evolução dos séculos, passou a designar a linguagem, os gestos e cânticos usados no culto cristão).
• (4) – HAVIA EVANGELISMO (At 2:47) – A evangelização da Igreja de Jerusalém tinha cinco dimensões:
• (A) – A DIMENSÃO DA SOBERANIA DE DEUS – “…acrescentava-lhes o Senhor”
• (B) – A DIMENSÃO DA COERÊNCIA E AUTORIDADE – Eles aglutinavam serviço social e evangelismo. Era uma Igreja que evangelizava todo o homem e cuidava do “homem todo”.
• (C) – A DIMENSÃO DA NATURALIDADE – “… dia a dia” eles evangelizavam. Não precisavam de grandes eventos ou apresentações especiais; estavam sempre disponíveis e a Igreja crescia naturalmente aonde iam.
• (D) – A DIMENSÃO DO LOUVOR – “… louvando a Deus” – Esta deve ser a maneira do cristão viver. O mundo não se deixará convencer pela razoabilidade da nossa doutrina, mas por um estilo de vida.
• (E) – A DIMENSÃO DA SIMPATIA – Às vezes, pensamos que se orarmos, jejuarmos, formos sinceros e piedosos, teremos sucesso automaticamente quando evangelizarmos. Mas precisamos ter a estratégia, também. A Igreja de Jerusalém usava o método certo: A SIMPATIA.
• (5) – O CRESCIMENTO SE DEU PELA MULTIPLICAÇÃO (At 6:7) – Na obra do crescimento, não podem existir as operações de diminuir ou dividir.
• (6) – O CRESCIMENTO SE DEU PELA EVANGELIZAÇÃO DOS LARES (At 5:42) – Aqui está o ponto de maior importância relacionado com a expansão da Igreja. As casas são locais ideais para o trabalho de evangelização objetivando o crescimento da Igreja.
• (7) – O CRESCIMENTO SE DEU PELA IMPLANTAÇÃO DE NOVAS IGREJAS (At 9:31) – Mais uma vez vemos o verbo “MULTIPLICAR” que vem ressaltar a descentralização do trabalho. Onde quer que os novos crentes chegassem, uma nova Igreja era implantada.
• – Em suma: A evangelização, no poder do Espírito Santo, propiciou o crescimento e a expansão da Igreja em proporções geométricas. Analisemos:
• (1) – (At 1:13 – doze apóstolos);
• (2) – (At 1:15 – quase 120 pessoas);
• (3) – (At 2:41 – quase 3000 pessoas);
• (4) – (At 2:47 – Todos os dias almas eram salvas);
• (5) – (At 4:4 – quase 5000 almas);
• (6) – (At 5:14 – multidão crescia cada vez mais);
• (7) – (At 5:28 – Jerusalém foi evangelizada);
• (8) – (At 6:1 – crescia o número de discípulos);
• (9) – (At 6:7 – multiplicava-se o número de discípulos);
• (10) – (At 8:4 – os que fugiram de Jerusalém, pregaram em toda Samaria);
• (11) – (At 9:31 – Igrejas se multiplicavam em toda Judéia, Galiléia e Samaria);
• (12) – (At 9:35 – Todos os habitantes de Lida e Sarona se converteram ao Senhor);
• (13) – (At 9:42 – Por toda Jope muitos creram no Senhor);
• (14) – (At 11:19 – Evangelização dos judeus na Fenícia, Chipre e Antioquia);
• (15) – (At 11:20-21 – Grande número de salvos em Antioquia);
• (16) – (At 11:24 – Muita gente salva em Antioquia);
• (17) – (At 12:24 – A palavra de Deus crescia e se multiplicava);
• (18) – (At 14:1 – Uma grande multidão foi salva em Icônio);
• (19) – (At 16:5 – As Igrejas cresciam em número);
• (20) – (At 17:4 – Grande multidão creu em Tessalônica);
• (21) – (At 17:12 – Muitos salvos em Beréia);
• (22) – (At 18:10 – Muita gente salva em Corinto);
• (23) – (At 19:10 – Todos os habitantes da Ásia ouviram a Palavra);
• (24) – (At 21:20 – Milhares de judeus creram)
IV- CONSIDERAÇÕES FINAIS:
• (1) – Os três relacionamentos de uma Igreja cheia do Espírito Santo são: COM DEUS, COM O PRÓXIMO e COM O MUNDO.
• (2) – A Igreja cheia do Espírito Santo ESTUDA A PALAVRA, ADORA A DEUS, EVANGELIZA e PRATICA O FRUTO DO ESPÍRITO.
• (3) – Assim, se uma Igreja deseja realizar a obra do crescimento e expansão de modo dinâmico e efetivo, TERÁ DE CONTAR PRIMORDIALMENTE COM O ESPÍRITO SANTO E A METODOLOGIA CERTA PARA CANALIZAR SUAS AÇÕES EVANGELÍSTICAS.
FONTES DE CONSULTA:
1) A Bíblia Vida Nova – Edições Vida Nova
2) Esboço de A a Z – Editora Vinde – Autor : Caio Fábio
3) Lições Bíblicas – Edições CPAD – 1º Trimestre de 1993 – Comentarista: Geremias do Couto
4) Lições Bíblicas – Edições CPAD – 2º Trimestre de 1992 – Comentarista: Geziel Nunes Gomes
5) Apostila do Pr. Isaías Gomes de Oliveira “CRESCENDO NA GRAÇA E NO CONHECIMENTO”
6) Dicionário Teológico – Edições CPAD – Autor: Claudionor Corrêa de Andrade
7) Não é possível contornar Jerusalém – Chamada da Meia-noite – Wim Malgo
8) Site na Internet – Colaboração para o Portal EscolaDominical: Prof. Antonio Sebastião da Silva
9) Sombras, Tipo e Mistério da Bíblia – CPAD – Joel Leitão de Melo
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