quarta-feira, 27 de abril de 2011

A IMPORTÂNCIA DOS DONS ESPIRITUAIS

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A IMPORTÂNCIA DOS DONS ESPIRITUAIS
Texto Áureo: I Co. 12.1 – Leitura Bíblica: I Co. 12.1-11.

Pb. José Roberto A. Barbosa
Twitter: @subsidioEBD

INTRODUÇÃO
O Movimento Pentecostal sempre defendeu a atualidade dos dons espirituais. Em I Co. 9, o apóstolo Paulo apresenta uma lista, ainda que não seja exaustiva, de dons espirituais. Na aula de hoje, estudaremos a respeito desses dons, a princípio, definindo o que são, em seguida, sua relação com o fruto do Espírito, e ao final, destacando seu propósito para igreja de Jesus Cristo em todos os tempos.

1. DEFINIÇÃO DE DONS ESPIRITUAIS
Em I Co 12, Paulo discorre a respeito dos dons espirituais disponíveis para a igreja. O Apóstolo não quer que os irmãos coríntios sejam ignorantes sobre os “pneumatikon”, dons espirituais em grego. Esse termo grego se refere aos assuntos espirituais de modo geral, não encontramos, especificamente nessas passagens, a palavra “dom”, no grego. As palavras gregas relacionadas aos dons espirituais são “charismata” e “pneumatikon”. A palavra grega “charisma”, plural de “charismata”, cuja base é “charis”, graça ocorre dezessete vezes no Novo Testamento, por isso, os dons espirituais são amplos, e envolvem inclusive a salvação (Rm. 6.23), e a própria disposição dada a Deus a alguns para não se casarem (I Co. 7.7). Como graça de Deus, os dons espirituais são concedidos não porque mereçamos, mas por que conforme a vontade do Espírito. Em I Co. 12, o apóstolo dos gentios utiliza esse termo cinco vezes, no versículo 4 quando discorre a respeito da “diversidade de dons”. Ainda que os termos gregos “charismata” e “pneumatikon” sejam usados como sinônimos, a ênfase é distinta, pois o primeiro diz respeito aos aspectos da graça na concessão dos dons, e o segundo, ao Espírito Santo como fonte dos dons espirituais. A esse respeito declara Paulo em I Co. 12.11 “Mas um só é o mesmo Espírito opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer”. Os dons espirituais não se restringem aos nove apresentados por Paulo em I Co. 12, pois em outras passagens correlatas, esse mesmo apóstolo amplia esse número. Em Rm. 12.6-8, Ele começa com a profecia, em I Co. 12.8-9, com a palavra da sabedoria. Além dos dons apresentados em I Co. 12, destacamos, base em Rm. 12.6.-8: administração, socorro, serviço, contribuição, direção e misericórdia. Em consonância com o texto bíblico da lição, enfocaremos, nesta aula apenas “pneumatikon” destacados por Paulo em I Co. 12.

2. DONS E O FRUTO DO ESPÍRITO SANTO
Um dos objetivos da I Epístolas de Paulo aos Coríntios é esclarecer os irmãos a respeito do uso dos dons espirituais, principalmente sua relação com a genuína espiritualidade. A preocupação do Apóstolo é que os irmãos da igreja sejam equilibrados, tanto em relação aos dons (I Co. 12 e 14) quanto ao amor (I Co. 13), marco da verdadeira espiritualidade e que se correlaciona com Gl. 5.22, sobre o fruto do Espírito. O problema daquela igreja, e muitas atuais, era a ênfase exagerada que era dada aos dons espirituais em detrimento do fruto do Espírito. Não faltava entre eles nenhum dom espiritual (I Co. 1.4), enquanto aguardavam a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo. A igreja de hoje também deva buscar os dons espirituais e enquanto Jesus não retornar, eles estarão disponíveis (I Co. 1.7). Por outro lado, não pode desprezar a manifestação do fruto do Espírito. Uma igreja pode ser muito fervorosa no espírito, tal como a de Corinto, ter todos os dons espirituais, mas ser carente de espiritualidade, os crentes permanecerem carnais (I Co. 3.1,3), viverem em partidarismos e dissensões, sem cultivar as virtudes do Espírito, que são produzidas em nós e conosco. A espiritualidade de uma igreja não é medida pelo patrimônio financeiro que essa dispõe, muito menos pela manifestação dos dons espirituais, mas pela espiritualidade, isto é, o amor, o caminho sobremodo excelente (I Co. 12.31). Alguns dons espirituais são manifestados repentinamente, outros são produzidos conosco ao longo da experiência cristã, enquanto que o fruto do Espírito é resultante da caminhada cristã, do andar no Espírito (Gl. 5.16).

3. O PROPÓSITO DOS DONS ESPIRITUAIS
Os dons espirituais são necessários à igreja cristã de todos os séculos, quanto mais auto-suficientes nos tornamos, menos ênfase damos ao sobrenatural de Deus. Algumas igrejas pretensamente pentecostais já não mais valorizam os dons espirituais, outras sequer os admitem. Sob a justificativa de “meninices”, já não há mais profecias nas igrejas, muitos menos quem interprete línguas estranhas, quando essas ainda são faladas. Conforme explica Paulo em I Co. 12.7 “mas a manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil”. Portanto, existe utilidade na manifestação do Espírito na igreja. Isso porque tais dons visam a edificação e santificação da igreja (I Co. 12.7; 14.26). Por isso, os membros da igreja devem desejar e buscar os dons, não para vanglória, mas visando a edificação do corpo de Cristo (I Co. 12.31; 14.1). Os dons espirituais de I Co. 12.8-10 se destacam das outras categorias de dons, a de Rm. 12.6-8 pela instantaneidade. Os dons espirituais de Rm. 12.6-8 e os ministeriais de Ef. 4.11 têm um caráter mais permanente na igreja. Os dons espirituais de I Co. 12.8-10 são os seguintes: palavra de sabedoria, palavra do conhecimento, fé, curas, operação de milagres, profecia, discernimento de espíritos, variedades de línguas e interpretação de línguas. Alguns teólogos categorizam esses dois em três grupos: sabedoria: palavra de sabedoria, palavra do conhecimento e discernimento de espíritos; poder: fé, curas e operação de milagres; e elocução: profecia, variedade de línguas e interpretação de línguas.

CONCLUSÃO
Os dons espirituais continuam disponíveis à igreja cristã da atualidade. Há os que negam a operação do Espírito Santo através dos seus pneumatikon/charismata, inclusive entre os pentecostais. Neste Centenário da Assembléia de Deus, precisamos despertar para a necessidade de incentivar os membros da igreja a buscarem os dons espirituais. Ao invés de reprovar a manifestação dos dons, é mais sábio instruir quanto ao uso apropriado deles, sem esquecer do caminho sobremodo excelente, o genuíno amor cristão (I Co. 13).

BIBLIOGRAFIA
HORTON, S. M. A doutrina do Espírito Santo. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.
SOUZA, E. A. de. Nos domínios do Espírito. Rio de Janeiro: CPAD, 1987.

Lição 5 - A importância dos Dons Espirituais

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Por Francisco A. Barbosa
1º de maio de 2011


TEXTO ÁUREO

"Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes" (1Co 12.1).Os termos que a Bíblia emprega para os dons espirituais descrevem a sua natureza. "Dons espirituais", (gr. pneumatika, derivado de pneuma, "espírito"). A expressão refere-se às manifestações sobrenaturais concedidas como dons da parte do Espírito Santo, e que operam através dos crentes, para o seu bem comum. Paulo assevera que esses dons fortalecem espiritualmente o corpo de Cristo e aqueles que necessitam de ajuda espiritual (Rm 12.6; Ef 4.11; 1 Pe 4.10). Os Coríntios não compreenderam o modo como o Espírito Santo opera através dos crentes e abusaram do uso dos dons espirituais, aparentemente encarando-os como fins em si mesmos. Um erro repetido hoje, quando muitos não compreendem qual a utilidade dos dons e em particular, o dom de línguas. Aquela Igreja não compreendeu o uso publico adequado do dom de línguas e, frequentemente, perturbavam a ordem do culto.


VERDADE PRÁTICA

Os dons espirituais são concessões do Espírito Santo, objetivando expandir, edificar, consolar e exortar a Igreja de Cristo, para que ela cumpra, eficaz e plenamente, a missão que Deus lhe confiou.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

1º Coríntios 12.1-11


OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

- Reconhecer a importância dos dons espirituais para a obra do Senhor;

- Compreender que os dons espirituais e o fruto do Espírito devem caminhar juntos, e

- Saber os propósitos dos dons espirituais.


PALAVRA-CHAVE

DOM: - do latim donum, dádiva, presente.


COMENTÁRIO

(I. INTRODUÇÃO)

Na última lição conhecemos a atuação do Espírito Santo na humanidade, entendemos que sua presença no crente é imprescindível e que Ele é o agente capacitador para a obra de Deus. É essencial que os crentes reconheçam a importância do Espírito Santo no plano divino da redenção. Sem a presença do Espírito Santo neste mundo, não haveria a criação, o universo, nem a raça humana (Gn 1.2; Jó 26.13; 33.4; Sl 104.30). Sem o Espírito Santo, não teríamos a Bíblia (2Pe 1.21), nem o NT (Jo 14.26, 1Co 2.10) e nenhum poder para proclamar o evangelho. Sem o Espírito Santo, não haveria fé, nem novo nascimento, nem santidade e nenhum cristão neste mundo. Hoje, conheceremos acerca dos dons espirituais. Uma das maneiras do Espírito Santo manifestar-se é através de uma variedade de dons espirituais concedidos aos crentes (1Co 12.7-11). Essas manifestações do Espírito visam à edificação e à santificação da igreja (1Co 12.7). Boa aula!


(II. DESENVOLVIMENTO)


I. OS DONS ESPIRITUAIS


1. O significado da palavra “dom” e o crescimento da Igreja. Na dimensão do batismo com o Espírito Santo, a experiência inicial é o falar em línguas, conhecido por “dom do Espírito”(At 2.38). Inicialmente, é importante destacar que “o dom” e “os dons” são distintos: após a conversão, pode-se receber o dom do Espírito, porém, os dons do Espírito apenas ocorrem na vida coletiva da Igreja, para sua edificação e para a glória de Deus. Em At 2.38, o termo grego charisma é singular, diferente da ocorrência em 1Co 12.31 onde o termo é charismata, plural de charisma. Em Ef 4.11-13, os termos gregos dorea e doma são também usados para designar “dons”, referindo-se àqueles dons como capacitadores ou equipadores para o culto pessoal no reino de Deus. Também o termo pneumatika empregado em 1Co 12.1, é usado para descrever os dons como “coisas pertencentes ao Espírito”. O ponto é que cada ocorrência dessas palavras dá o sentido contemporâneo à obra sobrenatural do Espírito em nossas vidas. Da nossa palavra chave entendemos que o termo latino que traduz o grego charisma é donum, presente, dádiva, e de maneira nenhuma se trata de algo que recebemos para guardar; os dons do Espírito não são presentes que recebemos para proveito nosso e nem tampouco o Despenseiro leva em consideração os nossos méritos para concedê-los. São concedidos graciosamente, segundo o conhecimento e soberania divinas. A Bíblia de Estudo Pentecostal afirma no Estudo Doutrinário Dons Espirituais para o Crente: “As manifestações do Espírito dão-se de acordo com a vontade do Espírito (1Co 12.11), ao surgir a necessidade, e também conforme o anelo do crente na busca dos dons (1Co 12.31; 14.1)” [1]. Assim Deus também testificou da mensagem das testemunhas oculares apostólicas "por sinais, prodígios e vários milagres, e por distribuições(*) do Espírito Santo segundo a sua vontade" (Hb 2.4) [(*)A palavra aqui em grego não é charismata, mas merismoi, "distribuições" (melhor que a tradução "dons" da ARC), e pode referir-se à distribuição de poderes, como sugere o contexto, em vez de dons]. O que visa essa distribuição de poder? Para o Pr Hernandes Dias Lopes, “poder para sair do campo da especulação escatológica e ir para o campo da especulação missionária” [2].

2. A concessão dos dons espirituais. "Dons" ou "dons da graça" (gr. charismata, derivado de charis, "graça"), indicam que os dons espirituais envolvem tanto a motivação interior da pessoa, como o poder para desempenhar o ministério referente ao dom recebido do Espírito Santo. Esses dons fortalecem espiritualmente o corpo de Cristo e aqueles que necessitam de ajuda espiritual. Significam uma concessão especial e sobrenatural de Deus para a realização de sua obra, através da Igreja. É falaciosa a idéia de que o possuidor do dom espiritual seja mais santo ou espiritual que os outros. A manifestação dos dons não são instrumento de aferição do grau de espiritualidade. O Espírito Santo não depende do mérito da santidade de ninguém. Se este fosse o caso, os crentes de Corinto nunca os teriam recebido. Não se deve confundir dons do Espírito, com o fruto do Espírito, o qual se relaciona mais diretamente com o caráter e a santificação do crente (Gl 5.22,23). Os dons jamais são concedidos para vaidade particular, eles pertencem ao Espírito Santo, somos para Ele apenas vasos para a manifestação de sua obra.

3. A manifestação do dom. Nos capítulos 12 a 14 de 1Coríntios, Paulo trata dos dons do Espírito Santo concedidos ao corpo de Cristo. Dons que foram indispensáveis à igreja primitiva e que permanecem em ação na igreja até a volta de Jesus Cristo, sem eles, os crentes deixam de fortalecer e de ajudar uns aos outros como Deus deseja. Seus propósitos para os dons espirituais são os seguintes:

(1) Manifestar a graça, o poder, e o amor do Espírito Santo entre seu povo nas reuniões públicas, nos lares, nas famílias e nas atividades pessoais (vv. 4-7; 14.25; Rm 15.18,19; Ef 4.8);

(2) Ajudar a tornar eficaz a pregação do evangelho aos perdidos, confirmando de modo sobrenatural a mensagem do evangelho (Mc 16.15-20; At 14.8-18; 16.16-18; 19.11-20; 28.1-10);

(3) Suprir as necessidades humanas, fortalecer e edificar espiritualmente, tanto a congregação, como os crentes individualmente, isto é, aperfeiçoar os crentes no "amor de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida" (1Tm 1.5; 1Co 13), e

(4) Batalhar com eficácia na guerra espiritual contra Satanás e as hostes do mal (Is 61.1; At 8.5-7; 26.18; Ef 6.11,12). Alguns trechos bíblicos que tratam dos dons espirituais são: Rm 12.3-8; 1 Co 1.7; 12-14; Ef 4.4-16; 1 Pe 4.10,11) [3].


SINÓPSE DO TÓPICO (1)

Os dons espirituais são concedidos não por merecimento do crente, mas pela soberania de Deus. Eles são entregues à Igreja para o fortalecimento e santificação do Corpo de Cristo.


II. OS DONS DO ESPÍRITO SANTO E A ESPIRITUALIDADE


1. A espiritualidade e os dons. A santidade ou espiritualidade de um crente não se mede pela manifestação de um dom. Já vimos que não é por mérito que o Espírito Santo é concedido e tampouco Ele depende de nossa espiritualidade para operar. É verdadeiro que a nova vida em Cristo é cheia do Espírito Santo, por isto o crente torna-se alvo das operações do Espírito. Nós não possuímos meios para vencermos o pecado que nos rodeia. Precisamos, então, de poder para superá-lo, o que só é possível se andarmos no Espírito (Rm 8.4). É o Espírito Santo operando dentro do crente que o capacita a viver uma vida de retidão. O Espírito Santo nos fortalece em nosso estado de fraqueza.

2. Os dons espirituais e o fruto do Espírito. A linguagem bíblica apresenta uma das figuras mais belas sobre o caráter cristão, representada pela metáfora do “fruto do Espírito”. Paulo enfatiza nove qualidades distintas do mesmo fruto, o fruto é indivisível e forma uma unidade espiritual. Em contraste com as obras da carne, temos o modo de viver íntegro e honesto que a Bíblia chama “o fruto do Espírito”. Esta maneira de viver se realiza no crente à medida que ele permite que o Espírito dirija e influencie sua vida de tal maneira que o crente subjugue o poder do pecado, especialmente as obras da carne, e ande em comunhão com Deus (Rm 8.5-14; 2Co 6.6; Ef 4.2,3; 5.9; Cl 3.12-15; 2Pe 1.4-9). Como é indivisível, é impossível ter-se uma parte dele e não possuir a outra. Difere dos dons espirituais quanto ao recebimento, o fruto surge de dentro para fora, naturalmente, através do crescimento espiritual, enquanto que, os dons manifestam-se de fora para dentro. O primeiro ajuda a desenvolver o segundo. "Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio." (Gl 5.22, 23a), John Stott afirma: “Uma simples leitura destas graças cristãs deve ser suficiente para encher de água a boca e fazer o coração bater mais forte, porque este é um retrato de Jesus Cristo. Nenhum homem ou mulher até hoje apresentou estas qualidades com tal equilíbrio ou perfeição como o homem Jesus Cristo. Assim, este é o tipo de pessoa que todo cristão gostaria de ser [4]. E ele prossegue afirmando: “Este, então, é o retrato de Cristo, e, da mesma forma – pelo menos em termos ideais – do cristão equilibrado, parecido com Cristo, cheio do Espírito. Não temos liberdade para escolher algumas destas qualidades, porque é conjunto (como um cacho de uvas ou um feixe de trigo) que elas nos fazem semelhantes a Cristo. Cultivar algumas, e não outras, coloca-nos em desequilíbrio. O Espírito dá diferentes dons a diferentes cristãos, [...]mas ele atua no sentido de produzir o mesmo fruto em todos. Ele não se satisfaz se demonstramos amor aos outros, mas não controlamos a nós mesmos; ou se temos alegria e paz em nós, mas não somos gentis para com os outros; ou se temos paciência negativa, sem bondade positiva; ou se apresentamos humildade e flexibilidade, sem a firmeza da confiabilidade cristã. O cristão desequilibrado é carnal; todavia, existe uma perfeição, uma compleição, uma plenitude de caráter cristão que somente cristãos cheios do Espírito têm [5].


3. Imaturidade espirituais e os dons. Em Efésios 4.13-15, Paulo define as pessoas espiritualmente "perfeitas" ou maduras, que possuem a plenitude de Cristo afirmado que ser espiritualmente maduro é não ser "meninos", os quais são instáveis, facilmente enganados pelas falsas doutrinas dos homens e suscetíveis ao artificialismo enganoso. O crente permanece infantil quando tem uma compreensão inadequada das verdades bíblicas e pouca dedicação a elas. Ser espiritualmente maduro inclui falar "a verdade em amor". A verdade do evangelho, conforme apresentada no NT, deve ser crida com amor, apresentada com amor e defendida em espírito de amor. Esse amor é dirigido primeiramente a "Cristo"; em seguida, à igreja e, finalmente, de uns para com os outros (Ef 4.32; 1Co 16.14). No dizer de Paulo, o homem carnal, regenerado, mas vivendo como não regenerado, é um crente com hábitos imaturos, vive mais pela opinião humana do que por Cristo, como a Igreja de Corinto, os quais haviam recebido o Espírito Santo, eram espirituais no sentido mais fundamental da palavra, mas seu comportamento era tão incoerente com essa verdade que Paulo precisou tratá-los como pessoas que tinham pequeno entendimento espiritual. É imprescíndivel o acurado exame das Escrituras de forma sistemática. A palavra grega traduzida por examinar significa urna investigação minuciosa, diligente e curiosa. Não podemos nos contentar com a leitura superficial de um ou dois capítulos da Bíblia. Com a iluminação do Espírito, temos de descobrir deliberadamente os significados profundos da Palavra de Deus. As Escrituras Sagradas exigem esse tipo de investigação, pois, em sua maior parte, as Escrituras podem ser aprendidas somente mediante estudo cuidadoso. Na Bíblia, existe leite para os bebês e carne para os adultos. O grande teólogo Tertuliano exclamou: "Eu adoro a plenitude das Escrituras". Nenhuma pessoa que apenas lê superficialmente o Livro de Deus pode se beneficiar dele. Temos de cavar, até que encontremos os tesouros escondidos. A porta da Palavra se abre tão-somente por meio da chave da diligência.


SINÓPSE DO TÓPICO (2)

A espiritualidade do servo de Deus não pode ser avaliada apenas pela manifestação dos dons espirituais em sua vida, e sim pelas obras que o crente realiza como resultado do Fruto do Espírito em sua vida.


III. OS PROPÓSITOS DOS DONS ESPIRITUAIS

1. Edificar a Igreja. Os dons de Deus são dados para serem usados. Os órgãos do corpo humano são funcionais. De modo semelhante, os membros do Corpo de Cristo foram feitos para exercer seus dons. Nós somos "despenseiros da multiforme graça de Deus", e recebemos a ordem para sermos "bons despenseiros" (1Pe 4.10). Paulo escreveu: "Usemos os nossos diferentes dons" (Rm 12.6). Porém, como devemos usá-los? A Bíblia afirma que eles são "dons de serviço", cujo propósito primordial é "edificar" a Igreja. Os apóstolos Paulo e Pedro sublinham o uso altruísta dos dons a serviço de outras pessoas; na verdade, de toda a Igreja: "Cada um recebe o dom de manifestar o Espírito para a utilidade de todos" (1Co 12.7);"Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus" (1Pe 4.10). Sabemos que nenhum dom deve ser desprezado. Ao mesmo tempo, porém, devemos desejar ansiosamente "os melhores dons" (1Co 12.31). Como, então, podemos avaliar sua importância relativa? A única resposta possível a esta pergunta é: "De acordo com o grau em que edificam". Já que todos os charismata são dados para a edificação de cristãos individuais e da igreja como um todo, quanto mais eles edificam, mais valiosos eles são. Paulo é claro como cristal a respeito disto. "Visto que desejais dons espirituais", ele escreve, "procurai abundar neles, para edificação da igreja " (1Co 14.12). Ainda John Stott, escrevendo acerca dos dons, afirma: “Por este critério, os dons de ensino têm o valor mais elevado, porque nada edifica melhor os cristãos do que a verdade de Deus. Por isso, não é surpreendente encontrar um ou mais dons de ensino encabeçando as listas do Novo Testamento. A insistência dos apóstolos na prioridade do ensino tem relevância considerável na Igreja do nosso tempo. Em todo o mundo, as igrejas estão espiritualmente subnutridas, por causa da carência de expositores da Bíblia. Em áreas onde há movimentos de massa todos estão suplicando mestres que instruam os convertidos. Por causa da escassez de instrutores, é triste ver tantas pessoas preocupadas e até distraídas por dons de importância secundária [6].

2. Promover a pregação do Evangelho. Charles Finney relata sua experência de uma maneira tão esplêndida, que lança luz sobre o objetivo missionário da autorga dos dons pelo Espírito; disse ele: Para honra exclusiva de Deus, contarei um pouco da minha própria experiência no assunto. Fui poderosamente convertido na manhã do dia 10 de outubro. À noitinha do mesmo dia, e na manhã do dia seguinte, recebi batismos irresistíveis do Espírito Santo, que me traspassaram, segundo me pareceu, corpo e alma. Imediatamente me achei revestido de tal poder do alto, que umas poucas palavras ditas aqui e ali a indivíduos provocavam a sua conversão imediata. Parecia que minhas palavras se fixavam como flechas farpadas na alma dos homens. Cortavam como espada; partiam como martelo os corações. Multidões podem confirmar isso. Muitas vezes uma palavra proferida, sem que disso eu me lembrasse, trazia convicção, resultando, em muitos casos, na conversão quase imediata. Algumas vezes me achava vazio desse poder: saía a fazer visitas e verificava que não causava nenhuma impressão salvadora. Exortava e orava, com o mesmo resultado. Separava então um dia para jejum e oração, temendo que o poder me houvesse deixado e indagando ansiosamente pela razão desse estado de vazio. Após ter-me humilhado e clamado por auxílio, o poder voltava sobre mim em todo o seu vigor. Tem sido essa a experiência da minha vida [7].

3. O aperfeiçoamento dos santos.Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo”(Ef 4.12). A palavra “aperfeiçoamento”, do grego katartismós, significa algo funcional, algo que se deve colocar em ordem. Por isso, a melhor tradução seria: “com vistas ao reto ordenamento dos santos”. Paulo ensina que para crescer na graça, em maturidade espiritual e em Cristo sob todos os aspectos, o crente deve aceitar somente a fé e a mensagem dos apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres do NT, ser cheio da plenitude de Cristo e de Deus, não permanecer como criança, aceitando "todo o vento de doutrina", mas, pelo contrário, conhecer a verdade, e assim saber rejeitar falsos mestres; sustentar e falar com amor a verdade revelada nas Escrituras e andar em "verdadeira justiça e santidade" (Ef 4. 11, 12, 15, 17-32).


SINÓPSE DO TÓPICO (3)

Os dons espirituais foram concedidos à Igreja para promover a pregação do evangelho, a edificação da Igreja e para o desenvolvimento e aperfeiçoamento dos crentes.


(III. CONCLUSÃO)


Os dons existem em função do benefício de toda igreja. Por essa razão é que a palavra do apóstolo é inclusiva: “até que todos cheguemos a unidade da fé” (Ef 4.13). Quando o Espírito Santo regenera alguém, renova seu coração, para capacitá-lo à produção do “fruto do Espírito”. Ele, que habita o crente, recria, remodela e renova. Reproduz no caráter do crente as suas próprias qualidades (Rm 5.5). O que deve ficar patente, hoje, é a finalidade dessa distribuição de poder pelo Espírito Santo, a fim de desmistificar o batismo com o Espírito Santo, o recebimento dos dons e sua aplicabilidade.


APLICAÇÃO PESSOAL


O trabalho de Deus é um trabalho espiritual, que só pode ser feito por meios espirituais, más, é antibíblico e insensato se pensar que quem tem um dom de operação exteriorizada (mais visível) é mais espiritual do que quem tem dons de operação mais interiorizada, i.e., menos visível. Isso não exime o crente de procurar o modo de viver íntegro e honesto que a Bíblia chama “o fruto do Espírito”. Esta maneira de viver se realiza no crente à medida que ele permite que o Espírito dirija e influencie sua vida de tal maneira que o crente subjugue o poder do pecado, especialmente as obras da carne, e ande em comunhão com Deus. Também, quando uma pessoa possui um dom espiritual, isso não significa que Deus aprova tudo quanto ela faz ou ensina. Não se deve confundir dons do Espírito, com o fruto do Espírito, o qual se relaciona mais diretamente com o caráter e a santificação do crente (Gl 5.22,23). É importante ter o Espírito Santo dentro de nós, mas é muito mais excelente ter o revestimento do Espírito Santo!

N’Ele, que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus” (Ef 2.8),

Francisco A Barbosa




NOTAS BIBLIOGRAFICAS


[1]. STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal; CPAD. 2ª impressão, 1996, Rio de Janeiro; Adaptado do no Estudo Doutrinário Dons Espirituais para o Crente;

[2]. Pr Hernandes Dias Lopes, Sermão pregado na abertura da XII Consciência Cristã, 08 Mar 2011;

[3]. Op. Cit. nota textual de 1Co 12.1;

[4]. STOTT, John R. W., Batismo e Plenitude do Espírito Santo. Ed Vida Nova, São Paulo, SP – Brasil, 1988. p. 70;

[5]. Ibdem, p. 71;

[6]. Ibdem, p. 105;

[7]. texto de autoria de Charles G. Finney (1792-1875), pp. 8,9;

Lições Bíblicas 1º Trim 1994 – Livro do Mestre, CPAD, Espírito Santo – A Chama Pentecostal;

Lições Bíblicas 3º Trim 1996 - Jovens e Adultos: Atos - O padrão para a Igreja da última hora;

Lições Bíblicas 1º Trim 2004 - Jovens e Adultos: A Pessoa e Obra do Espírito Santo;

Lições Bíblicas 2º Trim 2011 – Livro do Mestre, CPAD, Movimento Pentecostal – As doutrinas da nossa fé;

Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP, Sociedade Bíblica do Brasil, 2001;

Bíblia de estudos de Genebra. Trad. de João Ferreira de Almeida. São Paulo: Cultura Cristã, 1999.

Todos os textos citados são da Almeida Revista e Corrigida.


EXERCÍCIOS


1. De acordo com a lição, classifique os tipos de dom.

R. Dons naturais, ministeriais e dons espirituais.

2. Cite três dons ministeriais (Rm 12.7,8).

R. Ensinar, exortar e repartir.

3. Por que os crentes de Corinto foram considerados carnais?

R. Porque ainda havia neles, inveja, contendas e dissensões e andavam segundo os homens.

4. Por que os dons espirituais e o fruto devem caminhar juntos?

R. Porque os dons estão relacionados ao que fazemos para Deus, enquanto que o fruto está relacionado ao que Deus, através do Espírito Santo, realiza em nós, moldando-nos o caráter de acordo com a entrega incondicional do nosso inteiro ser a Ele, e de conformidade com as demandas de sua Palavra.

5. Quais são os propósitos dos dons espirituais?

R. Edificar o Corpo de Cristo, promover a pregação do Evangelho e o aperfeiçoamento da Igreja.



Complementando a lição:

Quantos e quais são os dons do Espírito Santo?

Quanto à quantidade, o Pr Ciro Sanches Zibordi cita o seguinte: “Os dons são muitos, e não apenas nove, como muitos pensam. Segundo a Bíblia, há diversidade de dons, ministérios e operações (1 Co 12.6-11,28; etc.). O fruto do Espírito também não pode ter as suas virtudes quantificadas. Quem afirma que são apenas nove os elementos formadores do fruto toma como base apenas Gálatas 5.22. Mas há várias outras passagens que tratam dessa doutrina paracletológica, como Efésios 5.9; Colossenses 3; 2 Pedro 1.5-9, etc(http://cirozibordi.blogspot.com/2011/04/o-que-sao-os-dons-espirituais-2.html), e estou em acordo com a tese defendida pelo Pr CZB. Não esqueçamos que nossa base deve ser unicamente a Palavra e nunca a experência! Por que? A experência pode ser maculada... Satanás pode imitar a manifestação dos dons do Espírito, ou falsos crentes disfarçados como servos de Cristo podem fazer o mesmo (Mt 7.21-23; 24.11, 24; 2Co 11.13-15; 2Ts 2.8-10). O crente não deve dar crédito a qualquer manifestação espiritual, mas deve “provar se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo” (1Jo 4.1; cf. 1Ts 5.20,21).

Todo crente possui dons espirituais, como também toda igreja local. A Bíblia assegura que todo crente recebeu algum dom (1Pe 4.10), e que a manifestação do Espírito é concedida a cada um, visando a um fim proveitoso (1Co 12.7). No dizer de Paulo quando ele cita que o Espírito distribuiu os dons a cada um, visando um fim proveitoso (1Co 12.7), ele obviamente quis dizer a cada crente. É bem verdade que muitos desses talentos continuam enterrados, como aquele talento não usado, do capítulo 25 de Mateus; mas estes dons podem ser desenterrados e usados para a glória de Deus, visando o desenvolvimento da igreja local.

Geralmente cita-se apenas a lista de dons de 1Co 12. 8-10, mas a grande maioria dos dons espirituais mencionados na Bíblia encontra-se em três capítulos principais: Rm 12, 1Co 12 e Ef 4.

Há ainda outros textos importantes, cujas informações preenchem outros importantes detalhes: 1Co 13-14, 1Pe 4, 1Co 7 e Ef 3.

Vejamos então:

Comecemos usando os três capítulos básicos (Rm 12, 1Co 12 e Ef 4):

- Romanos 12:

a) Profecia (pregação, declaração inspirada)

b) Serviço (ministério)

c) Ensino (comunicação de princípios bíblicos)

d) Exortação (estímulo à fé, encorajamento)

e) Contribuição (doação, generosidade)

f) Liderança (autoridade, governo, administração)

g) Misericórdia (simpatia, consolo, bondade)

- 1Coríntios 12 adiciona:

h) Sabedoria (conselho sábio, palavra sábia)

i) Conhecimento (falar com propriedade)

j) Fé (crer na intervenção divina)

k) Cura (sarar mágoas e doenças físicas)

l)Milagres (realização de grandes feitos)

m) Discernimento de espíritos (percepção espiritual)

n) Línguas (falar em línguas nunca aprendidas)

o) Interpretação de línguas (tradução compreensiva)

p) Apóstolo

q) Socorro

r) Administração (governo, presidência, liderança)

- Efésios 4 adiciona:

s) Evangelista (missionário, pregador da salvação em Cristo)

t) Pastor (ministrar ao povo de Deus)

Estas três listas básicas fornecem-nos vinte dons espirituais distintos. Uma coisa torna-se evidente de imediato: nenhuma dessas listas é completa, não sendo completas nenhuma dessas três listas em si mesmas, provavelmente todas elas juntas também não o são. A própria Bíblia confirma ser essa uma conclusão correta. Há pelo menos outros cinco dons mencionados no NT:

21. Celibato (continência, abstinência sexual)

22. Pobreza voluntária (desprendimento material)

23. Martírio (submissão ao sofrimento)

24. Hospitalidade (alegria em receber pessoas)

25. Missões (amor dedicado a outras culturas)

Até aqui mencionamos 25 dons espirituais, somando as três listas incompletas e acrescentando outros cinco dons. Peter Wagner acrescenta ainda outros dois dons:

26. Intercessão (oração, súplicas e louvor)

27. Libertação (batalha espiritual)

Há autores que alistam ainda mais dons! Christian A. Scwarz apresenta uma lista com 30 dons, acrescentando três aos já alistados: Criatividade Artística, Habilidade Manual e Música.

As listas de dons no Novo Testamento ilustram o fato de que Deus revestiu cada igreja com os dons específicos de que ela precisa para as tarefas que Ele atribuiu a elas. Acerca de quais dons espirituais estão em vigor em nossos dias, para Peter Wagner, é uma questão menos importante. Ele conclui que assim como Deus concede conjuntos de dons específicos para diferentes pessoas, assim também Ele outorga diferentes conjuntos de dons para diferentes igrejas e denominações. Segundo Wagner, igrejas com diferentes filosofias de ministério fazem parte de uma bela variedade que Deus tem embutido no Corpo Universal de Cristo. Visto que as pessoas são tão diferentes, as igrejas também precisam ser diferentes, se vão conquistar os incrédulos para Cristo, tornando-os membros responsáveis. Sendo Deus quem distribui os dons, tanto a igrejas como a crentes, então as igrejas e as denominações deveriam aceitar aquilo que Deus lhes tem conferido, sem qualquer orgulho, inveja, senso de culpa ou sentimento de inferioridade. Qualquer que seja o conjunto de dons que Deus escolheu para você e sua igreja, trata-se de um complexo adequado ao crescimento.

Em Cristo,

Francisco Barbosa.


- SCWARZ, Christian A. O Teste dos Dons. Esperança, p. 163;

- WAGNER, C. Peter. Descubra Seus Dons Espirituais. Abba Press, p. 326.





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terça-feira, 19 de abril de 2011

Espírito Santo – Agente Capacitador da Obra de Deus

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Pb. José Roberto A. Barbosa
Twitter: @subsidioEBD

INTRODUÇÃO
A igreja pode facilmente ser tentada a pensar que é capaz de desenvolver a obra de Deus pelos seus próprios esforços. Principalmente nos dias atuais em que muitas instituições religiosas deixaram de ser igrejas e se transformaram em empresas. Na aula de hoje aprenderemos sobre como não transformar a obra de Deus em uma mera instituição, e isso somente poderá ser evitado se dependermos, cada vez mais, da capacitação do Espírito Santo.

1. ESPÍRITO SANTO, O AGENTE CAPACITADOR
Os discípulos receberam de Jesus a comissão de pregar o evangelho, fazendo discípulos em todas as etnias (Mt. 28.19; Mc. 16.15). Mas para fazê-lo, eles deveriam depender do Espírito Santo, não confiar apenas na capacidade humana, por isso, o Senhor os orientou para que ficassem em Jerusalém, até que: “do alto sejais revestidos de poder” (Lc. 24.49). É o Espírito Santo quem capacita a igreja para desenvolver a obra de Deus. Conforme já destacamos em aulas anteriores, o poder do alto, que desceu sobre os discípulos, e se encontra disponível nos dias atuais para a igreja, visa o testemunho de Cristo (At. 1.8). Quando lemos os relatos dos evangelhos sobre os discípulos, percebemos o quanto esses eram frágeis, e quanto temiam as autoridades religiosas, o próprio Pedro negou a Jesus (Lc. 22.60-62). Depois de ter recebido o poder do Espírito Santo, testemunhou com ousadia perante as autoridades judaicas, afirmando que elas haviam crucificado a Jesus (At. 2.36). Como resultado do derramamento de poder do alto, os discípulos se posicionaram firmemente contra aqueles que se opunham à Palavra de Deus (At. 4.29-31). Diante das ameaças, eles sequer pensaram em recorrer às autoridades humanas, antes se reuniram para suplicar a Deus que lhes desse intrepidez para continuar pregando o evangelho de Cristo e que o Senhor confirmasse a Palavra por meio de milagres.

2. A IGREJA E A AGÊNCIA DO ESPÍRITO
A igreja primitiva era guiada pelo Espírito Santo, os discípulos sabiam que não poderiam confiar apenas neles mesmos. De modo que o livro de Atos dos Apóstolos pode muito bem ser chamado de Atos do Espírito Santo, pois, ao longo desse relato lucano, percebemos a atuação direta do Espírito sobre a igreja. Os primeiros obreiros não eram escolhidos por meio de conchavos político-eclesiásticos ou por conveniências e amizades, mas através da direção do Espírito, pois “servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: separai-me agora a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado... e enviados, pois, pelo Espírito Santo, desceram a Selêucia (At. 13.2-4). As divergências na igreja também eram resolvidas através da operação do Espírito Santo. Quando a igreja se sentiu ameaçada pelas heresias dos judaizantes, sob o risco de ser fragmentada por aquela seita, os líderes da igreja se reuniram em Jerusalém, e por intermédio da Palavra e do Espírito, orientaram as igrejas gentias para que não dependessem de rituais religiosos para a salvação, mas do sacrifício de Cristo (At. 15.28). A expansão da igreja é uma obra do Espírito Santo, instrumentalizando os seus apóstolos. Em At. 16.6,7, o Espírito Santo modificou o programa de viagem de Paulo e Silas para a Ásia Menor, conduzindo-os para Macedônia e Grécia, falando a eles por meio de uma revelação, na qual um “varão macedônio” pede-lhes ajuda (At. 16.9).

3. A OBRA NA DIREÇÃO DO ESPÍRITO
O desenvolvimento da obra de Deus somente acontece com proveito espiritual se essa for capacitada pelo Espírito Santo, que é o agente da igreja. Isso não quer dizer que devemos desprezar a preparação humana, pois sabemos que o Espírito Santo usou Paulo, inclusive sua formação cultural para a expansão do evangelho. Mas não podemos achar que podemos fazer tudo sozinhos, com os nossos conhecimentos, recursos financeiros e influências políticas. Se assim pensamos, findaremos como a igreja de Laodicéia (Ap. 3.14-22), que ostentava auto-suficiência, dizia-se rica e abastada e que não precisava de coisa alguma, mas Cristo, ao avaliá-la, a identificou como “infeliz, miserável, pobre, cego e nu”. O orgulho da igreja de Laodicéia os cegou ao ponto de não enxergarem a condição espiritual na qual se encontravam. Os membros daquela igreja se achavam fortes e independentes, mas o estado real era de fraqueza, pois dependiam deles mesmos, não do poder do Espírito Santo. Uma igreja conduzida pela pelo Espírito Santo desenvolve a obra de Deus de acordo com Seu intento. Ela é como a igreja de Filadelfia (Ap. 3.7-13) que se considerava pobre, mas era rica aos olhos de Cristo, que dizia ter pouca força, mas que diante de Deus era poderosa, pois guardavam a Palavra de Cristo e não negava o Seu nome (Ap. 3.8). Uma igreja que se acha poderosa por causa da sua influência política ou rica porque detém grande patrimônio, está confiando em sua própria força, o final é sempre a ruína espiritual. Uma igreja que se acha fraca e depende de Deus, é forte, pois ela é direcionada pelo Espírito, mesmo que não tenha muitos bens, mas seja cheia de fé, abalará o mundo, e ainda que não tenha influência política, fará proezas, pois agirá sob o poder do Espírito Santo (At. 1.8).

CONCLUSÃO
A obra de Deus não é desenvolvida por meio de ativismos, na verdade, esse, na maioria das vezes, serve apenas para ocultar a ausência do poder do Espírito Santo. Uma igreja poderosa depende da agência do Espírito Santo na escolha dos líderes, na evangelização, na obra missionária e na resolução de conflitos. A igreja primitiva, impulsionada por esse poder, foi capaz de expandir o evangelho de Cristo até aos confins da terra, pois enquanto os discípulos pregavam o evangelho com ousadia, o Consolador convencia os ouvintes do pecado, da justiça e do juízo (Jo. 16.8-11). Se assim acontecer, a igreja não estará servindo à obra, mas ao Deus que a agencia e a conduz.

BIBLIOGRAFIA
HORTON, S. M. A doutrina do Espírito Santo. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.
SOUZA, E. A. de. Nos domínios do Espírito. Rio de Janeiro: CPAD, 1987.

Espírito Santo – Agente Capacitador da Obra de Deus

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Por Francisco A. Barbosa

TEXTO ÁUREO

"E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, pois, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder" (Lc 24.49). – “A promessa de meu Pa”i refere-se ao derramamento do Espírito Santo. Vemos esta promessa no AT, em Is 32.15, 44.3; Jl 2.28; Ez 39.29; e no NT, em Jo 14.16,17,26; 15.26; 16.7; At 1.4-8; 2.17,18,33,38,39. Os discípulos aguardaram o cumprimento desta promessa em oração perseverante (At 1.14). O crente atual que busca o batismo no Espírito Santo deve fazer a mesma coisa.



VERDADE PRÁTICA


O Espírito Santo ajuda-nos a viver de maneira santa e habilita-nos a realizar com eficácia, a obra do Senhor Jesus Cristo.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE


Lucas 24.46-49; Atos 1.4-8


OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

Conhecer a atuação do Espírito Santo na humanidade;

Compreender que não podemos viver sem a presença do Espírito Santo, e

Conscientizar-se que o batismo no Espírito Santo capacita o crente no serviço do Reino.


PALAVRA-CHAVE

CAPACITAÇÃO: - ato ou efeito de capacitar; habilitar para alguma função.


COMENTÁRIO


(I. INTRODUÇÃO)


Na última lição vimos que o batismo com o Espírito Santo não pode ser confundido com a regeneração, com o batismo no Corpo de Cristo e que, muito menos, foi exclusivo dos dias da igreja primitiva. Aprendemos também a diferenciar o falar em línguas como evidência do batismo e o dom de línguas, a glossolalia e a xenolalia. Hoje, veremos a atuação do Espírito Santo na vida do homem após a conversão a Cristo. Jesus, durante seu ministério terreno, apresentou o plano divino de redenção para o homem através de sua morte expiatória no Calvário, sua ressurreição e ascensão ao céu. Não nos deixou órfãos, mas enviou o Espírito Santo. Nesta nova dispensação, o Consolador veio habitar na vida daqueles que foram remidos pelo sangue do Cordeiro. É sobre este ministério do Espírito que estudaremos nesta lição, a Sua operação na salvação dos pecadores e na preservação dos regenerados. Boa aula!


(II. DESENVOLVIMENTO)


I. O RELACIONAMENTO DO ESPÍRITO SANTO COM A HUMANIDADE


1. O Espírito Santo operando em nossas faculdades mentais. Regeneração é o ato realizado só por Deus, no qual Ele renova o coração do homem, fazendo-o reviver depois de estar morto. Na regeneração, Deus age no âmago, no ponto mais fundamental da pessoa humana. Paulo escrevendo aos Efésios afirma que os homens estão mortos em seus delitos e pecados, sem Deus e sem esperança no mundo. Pela graça, o Espírito Santo aplica a Palavra que faz o morto reviver. Para convencer o homem natural sobre seu estado de separação de Deus e leva-lo a nascer de novo, o Espírito Santo opera em três áreas distintas: na mente, nos sentimentos e na vontade (1Tm 2.1-4). É o agente que opera o convencimento através da exposição da Palavra (Hb 4.12). Do texto de Hb 4.12 entendemos que o Espírito Santo opera na totalidade do homem: no seu corpo, identificado como “juntas e medulas”; na sua alma e no seu espírito. Neemias 9.20 afirma: “e lhes concedeste o teu bom Espírito, para os ensinar”. Ele trabalha para convencer o ser humano sobre as verdades espirituais. É Ele, ainda, quem revela todas as coisas e perscruta a nossa mente (1Co 2.10,11). A regeneração é o dom da graça de Deus; é obra imediata e sobrenatural do Espírito Santo realizada em nós.

2. O Espírito Santo operando em nossos sentimentos e vontades. O Espírito Santo convence o pecador do seu pecado, da justiça e do juízo. Seu efeito é fazer com que nós, do estado de mortos e separados de Deus, passemos à vida espiritual. Ele muda a disposição de nossa alma, inclinando nosso coração para Deus. Jesus ensinou sobre a atuação do Espírito Santo em três áreas, das quais o pecador não pode fugir (Jo 16.8-10). A regeneração é um ato criador, pelo qual o pecador espiritualmente morto é devolvido à vida através da verdade do Evangelho agindo de maneira moral e persuasiva. A Bíblia distingue entra a influência do Espírito Santo e a da Palavra de Deus, e declara que aquela influência é necessária para o recebimento próprio da verdade (Jo 6.64,65; At 16.14; 1Co 2.12-15; Ef 1.17-20). Observemos o caso de Lídia, de quem diz Lucas: ela “nos escutava (Gr. Ekouen, imperfeito); o Senhor lhe abriu (dienoixem, aoristo, ato simples) o coração para atender (prosechein, infinito de resultado ou propósito) às coisas que Paulo dizia”. “Pois, segundo o seu querer, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como que primícias das suas criaturas”(Tg 1.18).

3. O Espírito Santo e a adoção. Uma das tarefas do Espírito Santo é criar no filho de Deus a convicção da filiação e de amor filial que o leva a conhecer a Deus como Pai. “para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos. E, porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai” (Gl 4.5,6). O termo "Aba" é aramaico e significa "Pai". Era a palavra que Jesus empregava quando se referia ao Pai celestial. A combinação da palavra aramaica Abbacom o termo grego pater, "Pai", expressa a grande intimidade, a profunda emoção, o anelo, o afeto e a confiança mediante os quais o Espírito Santo nos leva a clamar a Deus (Mc 14.36; Rm 8.15,26,27). Dois sinais determinantes da obra do Espírito dentro de nós são: (a) o nosso apelo espontâneo a Deus como "Pai" e, (b). a nossa obediência espontânea a Jesus como "Senhor" (1Co 12.3). Paulo tem em mente, sobretudo, o batismo no Espírito Santo e sua plenitude contínua (cf. At 1.5; 2.4; Ef 5.18), pois define nossa filiação com Deus como a causa do envio do Espírito a nós por já sermos "filhos" pela fé em Cristo. E Deus derrama o Espírito em nossos corações!


SINÓPSE DO TÓPICO (1)

O Espírito Santo age nas faculdades mentais, sentimentos e vontades do homem a fim de operar a vontade do Pai.


II. O ESPÍRITO SANTO NA VIDA DO CRENTE


1. A presença constante do Espírito Santo. Existem diversas maneiras pelas quais o Espírito Santo se manifesta na vida do crente. Ele foi enviado para habitar no crente, no momento da conversão. Esta nova vida requer dinamismo, ação e bom testemunho. Quando Ele habita nosso ser, somos cheios da alegria da salvação, do gozo e da paz que excedem a todo entendimento, no dizer de Paulo: “Enchei-vos do Espírito” (Ef 5.18). Note que todo crente autêntico pode ser “cheio do Espírito Santo” através da vida de comunhão, oração e serviço ao Senhor; há diferença entre ser “cheio do Espírito Santo” e o ser “batizado com o Espírito Santo”, isso por que toda pessoa regenerada torna-se habitação do Espírito Santo – “Jesus respondeu e disse-lhe: Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada”(Jo 14.23).

2. O desenvolvimento da relação com o divino Espírito Santo. Paulo escreve em Rm 8.16: “O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus”, é esta a certeza que só o Espírito Santo pode conceder. O Espírito Santo nos transmite a confiança de que, por Cristo e em Cristo, agora somos filhos de Deus (v. 15). Ele torna real a verdade de que Cristo nos amou, ainda nos ama e vive por nós no céu, como nosso Mediador (cf. Hb 7.25). O Espírito também nos revela que o Pai nos ama como seus filhos por adoção, não menos do que Ele ama seu Filho Unigênito (Jo 14.21,23; 17.23). É o Espírito Santo quem confirma e fortifica essa confiança na salvação recebida e nos garante o direito da filiação. Não nos tornamos filhos de Deus apenas porque a Bíblia declara, mas porque o Espírito clama dentro de nós: “Aba, Pai”.

3. Ser “cheio do Espírito Santo”. Em Efésios 5.18 Paulo num imperativo passivo presente, declara: "Enchei-vos". Esse imperativo traduz-se por "ser enchido repetidas vezes". Nosso relacionamento com o Deus Espírito Santo deve experimentar a renovação constante (Ef 3.14-19; 4.22-24; Rm 12.2). Experimentamos enchimentos repetidos do Espírito Santo quando mantemos uma fé viva em Jesus Cristo (Gl 3.5), estamos repletos da Palavra de Deus (Cl 3.16), oramos, damos graças e cantamos ao Senhor (1Co 14.15; Ef 5.19,20), servimos ao próximo (Ef 5.21 ) e fazemos aquilo que o Espírito Santo quer (Rm 8.1-14; Gl 5.16ss.; Ef 4.30; 1 Ts 5.19). Alguns resultados de ser cheio do Espírito Santo são:

(a) falar com alegria a Deus, em salmos, hinos e cânticos espirituais (Ef 3.19);

(b) dar graças (Ef 3.20), e

(c) sujeitar-nos uns aos outros (Ef 3.21).


SINÓPSE DO TÓPICO (2)

O Espírito Santo trabalha na vida do crente, aperfeiçoando o caráter, moldando a personalidade e controlando o temperamento.


III. O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO CAPACITA-NOS A FAZER A OBRA DE DEUS


1. A intrepidez para testemunhar. O batismo com o Espírito Santo outorga maior dinamismo espiritual, isto é, mais disposição e maior coragem na vida cristã para testemunhar de Cristo (Mc 14.66-72; At 4.6-20). Jesus foi ungido com o Espírito Santo para servir (At 10.38; Lc 4.18, 19). Assim também cada crente foi chamado para servir (1Ts 1.9). O Espírito Santo desperta o crente para entregar-se ao serviço de Deus (Rm 6.13,19,22). O mesmo Espírito eterno que levou Jesus a se oferecer para expiar os nossos pecados, opera também em nós o propósito de servir ao Deus vivo (Hb 9.14). Se antes do batismo com o Espírito Santo o crente tem prazer em servir ao Senhor Jesus, quanto mais depois que “recebe a virtude do Espírito Santo para ser testemunha”! (At 1.8). O propósito principal do batismo no Espírito Santo é o recebimento de poder divino para testemunhar de Cristo, para ganhar os perdidos para Ele, e ensinar-lhes a observar tudo quanto Cristo ordenou.

2. Formação de discípulos. Mateus 28.18,19 diz: “E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra. Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;”, estas palavras constituem a Grande Comissão de Cristo a todos os seus seguidores, em todas as gerações. Elas declaram o alvo, a responsabilidade e a outorga da tarefa missionária da igreja. O propósito da Grande Comissão é fazer discípulos que observem os mandamentos de Cristo. Este é o único imperativo direto no texto original deste versículo. A intenção de Cristo não é que o evangelismo e o testemunho missionário resultem apenas em decisões de conversão. As energias espirituais não devem ser concentradas meramente em aumentar o número de membros da igreja, mas, sim, em fazer verdadeiros discípulos que se separem do mundo, que observem os mandamentos de Cristo e que o segam de todo o coração, mente e vontade (Jo 8.31). Observe-se, ainda, que Cristo nos ordena a concentrar nossos esforços para alcançar os perdidos e não em cristianizar a sociedade ou assumir o controle do mundo.

3Chamados para servir. [...] qualquer que, entre vós, quiser ser grande será vosso serviçal”(Mc 10.43). A verdadeira grandeza não é questão de liderança, de autoridade, nem de grandes realizações pessoais (Mc 10.42), mas, sim, uma atitude do coração, de sinceramente viver para Deus e para o próximo. Devemos nos dedicar a Deus de tal modo que nos identifiquemos com sua vontade e propósitos na terra, sem desejarmos honrarias, posições de destaque ou recompensas materiais. Cumprir a vontade de Deus, levar os outros à salvação em Cristo, e agradar-lhe são as recompensas dos que são realmente grandes (ver Lc 22.24-30, nota sobre a grandeza). A Bíblia de Estudo Pentecostal em nota de roda-pé comentando o texto de Lc 22.27, diz: “No tocante àqueles que são escolhidos para dirigir a igreja (1 Tm 3.1-7), Cristo diz que devem dirigi-la como servos, ajudando as pessoas sob sua orientação a cumprirem a vontade de Deus para suas vidas. Nunca devem abusar da sua posição, nem traí-la por motivo de fama, poder, riquezas ou privilégios especiais [1].


SINÓPSE DO TÓPICO (3)

O batismo com o Espírito Santo dá intrepidez ao crente para testemunhar, capacitando-o para fazer a obra de Deus.


(III. CONCLUSÃO)


O objetivo principal de todas as operações do Espírito Santo na vida do crente, é transformá-lo segundo a imagem de Cristo, nos termos mais literais possíveis (2 Co 3.18). A promessa de Jesus a seus discípulos foi a presença constante do Espírito em suas vidas. O sucesso da Igreja como do crente particular, tem sido a presença gloriosa do Espírito Santo. É Ele quem trabalha na vida do crente, aperfeiçoando o caráter, moldando a personalidade e controlando o temperamento, é Ele quem concede intrepidez para testemunhar de Cristo e capacitação para fazermos a obra de Deus.



APLICAÇÃO PESSOAL


Medite em Efésios 5.18, quais são as razões por que devemos estar cheios do Espírito Santo? Por que é um imperativo? Como proceder para cumprir esta ordem?

O poder interior do Espírito e a realidade da presença de Deus que vêm da plenitude do Espírito libertam o crente do medo, da timidez e do desencorajamento, e aumenta grandemente a sua intrepidez e motivação para falar de Deus com grande poder. Grande poder era a característica distintiva da pregação e do testemunho dos crentes primitivos (At 1.8), e deve ser característica dos crentes hodiernos nesses tempos pós-modernos se quisermos obter o mesmo sucesso na obra de Deus – fazer discípulos verdadeiramente compromissados com Cristo.

N’Ele, que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus” (Ef 2.8),

Francisco A Barbosa




NOTAS BIBLIOGRAFICAS


[1]STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal; CPAD. 2ª impressão,1996, Rio de Janeiro; Adaptado da nota do texto de Lc 22.27;

Lições Bíblicas 1º Trim 1994 – Livro do Mestre, CPAD, Espírito Santo – A Chama Pentecostal, PP. 31-35;

Lições Bíblicas 3º Trim 1996 - Jovens e AdultosAtos - O padrão para a Igreja da última hora;

Lições Bíblicas 1º Trim 2004 - Jovens e AdultosA Pessoa e Obra do Espírito Santo;

Lições Bíblicas 2º Trim 2011 – Livro do Mestre, CPAD, Movimento Pentecostal – As doutrinas da nossa fé;

Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP, Sociedade Bíblica do Brasil, 2001;

Bíblia de estudos de Genebra. Trad. de João Ferreira de Almeida. São Paulo: Cultura Cristã, 1999.


EXERCÍCIOS


1. Quem trabalha no coração e na mente do homem para este se render a Cristo?

R. O Espírito Santo.

2. Através do Espírito Santo quem dá o primeiro passo em direção ao pecador?

R. Deus.

3. O que significa ser cheio do Espírito Santo?

R. Significa ser controlado, governado e guiado por Deus.

4. Qual o propósito do batismo no Espírito Santo?

R. Encorajar e fortalecer o crente para cumprir a missão máxima da igreja: a evangelização.

5. Como podemos avaliar o progresso de uma igreja?

R. O progresso de uma igreja deve ser mensurado por seu trabalho missionário e evangelístico, juntamente com seus frutos espirituais.


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