quinta-feira, 26 de abril de 2012

Lição 5 - Pérgamo, a Igreja Casada com o Mundo

0 comentários

PÉRGAMO, A IGREJA CASADA COM O MUNDO
Texto Áureo: I Jo. 2.15,16 – Leitura Bíblica: Ap. 2.12-17
Prof. José Roberto A. Barbosa
Twitter: @subsidioEBD
INTRODUÇÃO
Na aula de hoje estudaremos a respeito da Carta de Jesus à Igreja de Pérgamo. O principal problema dessa igreja era a substituição da verdade pelo erro. Inicialmente, contextualizaremos a igreja na cidade, mostraremos que se tratava de uma igreja que negociava a verdade, fazendo conchavos com o mundo, e, ao final, concluiremos ressaltando que a verdade triunfará sobre o erro.
1. A IGREJA DE PÉRGAMO
A palavra “pérgamo” significa “casado”, mas, pelo que depreendemos desta carta, aquela igreja estava casada com o mundo, não com Cristo. Do ponto de vista histórico, Pérgamo era uma das cidades mais importantes da Ásia. Tratava-se de um centro cultural, famoso por sua biblioteca com mais de 200.000 pergaminhos, a segunda maior do mundo, menor apenas que a de Alexandria. O nome pergaminho vem justamente dessa cidade, isso porque no Século III a. C., o rei de Pérgamo, Eumenes, decidiu transformar a biblioteca de Pérgamo na maior do mundo. Para tanto, convenceu Aristófanes de Bizâncio, bibliotecário de Alexandria, a vir para Pérgamo. Ptolomeu, que era o rei do Egito, se revoltou, e em resposta, embargou o envio de papiro para Pérgamo. A saída foi a criação do pergaminho, material de couro alisado, que veio a superar o papiro. Mas aquela cidade não era apenas um grande polo cultural, havia também naquele lugar uma religiosidade efervescente. No topo da Acrópole se encontrava o templo a Zeus, considerada uma das sete maravilhas do mundo antigo. O deus Esculápio era também cultuado naquela cidade, famoso pelos sacerdotes-médicos, onde estava edificada uma escola de medicina. Havia uma mistura entre os conhecimentos médicos e a religiosidade pagã. As curas, na maioria das vezes, eram atribuídas a Esculápio – o deus serpente. O imperador também era adorado em Pérgamo, no ano 29 d. C., foi construído o primeiro templo a um imperador vivo, na época Augusto.
2. UMA IGREJA QUE NEGOCIA A VERDADE
A situação da igreja de Pérgamo era bastante parecida com a que testemunhamos hoje em muitos contextos. A igreja, a fim de tirar proveito do império, e de se enquadrar diante das demandas culturais, acabou por fazer concessões, abrindo mão da verdade, em favor do erro. Como Balaão, que fora contratado por Balaque para amaldiçoar Israel (Nm. 25; 31.16), não são poucas as igrejas que se deixam seduzir pelo deus Mamon (Mt. 6.24). Como o anjo da igreja de Pérgamo, muitos pastores se desviam facilmente da verdade quando recebem alguma proposta política, por meio da qual tirarão algum proveito financeiro. Tais pastores, à moda de Balaão, incitam o povo a pecar, fazem aberturas que consideram “politicamente corretas”, dominados pela ganância (II Pe. 2.15; Jd. 11). Por esse motivo, a igreja de Pérgamo estava atrelada à doutrina dos nicolaítas, isto é, a um anomismo, ou negação de qualquer princípio. O liberalismo moral tem conduzido muitas igrejas à ruina, distanciando-as da Palavra de Deus (Gl. 5.1; Rm. 6.1; Jd. 4). A fim de agradar aos ouvintes, que não mais querem ser rotulados de pecadores, alguns pregadores estão deixando de pregar todo o conselho de Deus (I Tm. 4.1-4). O pecado precisa ser admitido para que se chegue ao pleno arrependimento. A própria fonte do pecado deve ser identificada, pois é o próprio Diabo. O mundo jaz no Maligno, Satanás está no controle dos valores que são defendidos diariamente nos meios de comunicação de massa (Jo. 12.31; Ef. 2.2; 6.12). O consumismo, a pornografia, entre outros são postos como verdades aceitas, mas não passam de engano, repassados desde a antiga serpente (Gn. 3.1-4; Ap. 12.9; II Co. 4.4), lugar de trevas e escuridão (Lc. 22.53; Ef. 6.12; Jo. 3.20).
3. O TRIUNFO DA VERDADE SOBRE O ERRO
Mas Jesus conclama a igreja ao arrependimento, a tolerância ao pecado deveria ser revista. A igreja de Pérgamo deveria abandonar o erro e se voltar para a doutrina verdadeira. A falta de arrependimento resultaria em juízo, ainda que essa seja uma mensagem impopular nos dias modernos, a igreja não pode se furtar a declarar que Cristo é o Senhor e Juiz (At. 10.42). Ele é quem tem a espada aguda de dois fios, que é viva e eficaz (Hb. 4.12; Ef. 6.17). Contra o erro, que solapa a firmeza da igreja, não há outra saída, a voltar para a Palavra de Deus. Muitas igrejas ditas evangélicas estão se distanciado do padrão cristão porque não têm compromisso com o ensinamento bíblico. A liderança, vendida ao mundo, interessada somente nas barganhas de Satanás, não pregam mais a palavra. Quando o fazem mutilam totalmente as Escrituras, escolhem passagens isoladas, ao seu bel prazer, a fim de fundamentarem seus posicionamentos. Mas nem tudo está perdido, existe, na igreja, como naqueles tempos, aqueles que não negam a fé em Cristo, os quais, como Antipas, são fiéis testemunhas. De acordo com a tradição, Antipas, cujo nome significa “contra todos”, era o pastor da igreja de Pérgamo, que se recusava a aceitar o status político daqueles dias. Ele foi morto pelo império Romano, talvez incriminado como subversivo, mas Cristo o declara: “minha fiel testemunha”. Assim acontece com aqueles que não se dobram diante das ameaças de Satanás. Em vários lugares o poder estatal é usado para martirizar aqueles que com coragem declaram sua fidelidade a Jesus.
CONCLUSÃO
Jesus, o Senhor, tem uma promessa para aqueles que forem fiéis. Eles receberão o maná escondido, que é o próprio Cristo, o pão vivo que desceu do céu (Jo. 6.35; Hb. 9.4). Trata-se de uma comunhão profunda com Cristo que o mundo não conhece. Eles também receberão uma pedra branca, com um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão aqueles que a recebem. Essa pedra, com base nos costumes antigos, pode ser a absolvição que vem do Justo Juiz. O mundo, com seus valores e atitudes, será condenado, mas aqueles que permanecem fiéis à verdade, serão absolvidos (Rm. 8.1). Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas.
BIBLIOGRAFIA
MAYHUE, R. O que Jesus diria de sua igreja? São Paulo: Editora Vida, 2005.
STOTT, J. O que Cristo pensa da igreja. Campinas: United Press, 1999.

Lição 5 - Pérgamo, a Igreja Casada com o Mundo

0 comentários

Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
2º Trimestre de 2012
Título: As Sete Cartas do Apocalipse — A mensagem final de Cristo à Igreja
Comentarista: Claudionor de Andrade
Subsídio: Francisco de Assis Barbosa, para o Blog Auxílio ao Mestre
Lição 5 - Pérgamo, a Igreja Casada com o Mundo
29 de Abril de 2012
Por Francisco A Barbosa
 
TEXTO ÁUREO
“Não amem o mundo nem o que nele há. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele. Pois tudo o que há no mundo — a cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a ostentação dos bens — não provém do Pai, mas do mundo. (1 João 2.15-16).
- Jesus em sua oração sacerdotal (Jo 17) pediu ao Pai que guardasse, em seu nome, todos aqueles que viessem a Ele. O argumento que Ele usou é o fato de que “eles não são do mundo, como Eu do mundo não sou”. Paulo disse a mesma coisa em Rm 12:2, ao afirmar: “não vos conformeis (ser moldado) com esse mundo” e deu testemunho aos irmãos da Galácia quando disse: “… o mundo está crucificado para mim, e eu para o mundo” (Gl 2:20).
VERDADE PRÁTICA
Só há um modo de a Igreja de Cristo destronar a Satanás: manter a Deus no trono e combater a apostasia com a espada do Espírito.
HINOS SUGERIDOS
20, 48, 71 H.C.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Ef 6.11
Os ardis de Satanás
Terça – Nm 24
As consequências da doutrina de Balaão
Quarta – 2Tm 4
Os falsos mestres e doutores
Quinta - Hb 13
A santidade na vida cristã
Sexta – Êx 28.36
Santidade ao Senhor
Sábado - Lv 20.26
Ser-me-eis santos
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Apocalipse 2.12-17.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
·          Conhecer o contexto geográfico e histórico da cidade de Pérgamo;
·          Elencar as principais características da igreja de Pérgamo; e
·          Explicar quais eram as heresias encontradas em Pérgamo.
Palavra Chave
Heresia: Heresia (Lt. Haerĕsis; Gr. Αἵρεσις: "escolha" ou "opção"); Doutrina ou linha de pensamento contrária ou diferente de um credo ou sistema de um ou mais credos religiosos que pressuponha(m) um sistema doutrinal ortodoxo. Rejeição voluntária aos ensinos da Palavra de Deus. A quem funda uma heresia dá-se o nome de heresiarca.
COMENTÁRIO
(I. introdução)
A terceira carta foi dirigida à Igreja de Pérgamo. (Gr. Πέργαμος; parece significar “casamento”), atual Bergama, uma antiga cidade grega que situava-se na Misia, no noroeste da Anatólia, a mais de 20 km do Mar Egeu numa colina isolada do vale do Rio Caicos (atual Bakırçay) e cerca de 100 km ao norte de Esmirna, na mesma linha que de baixo para cima vai de Éfeso a Esmirna e Pérgamo; e depois volta para o oriente, para Tiatira, e depois vai baixando outra vez para o sul. Seu nome antigo era Teutrania. Pérgamo era a capital da Ásia até o final do século I. Comercialmente não era tão importante como Éfeso e Esmirna, mas nos níveis religioso e político detinha sua maior importância. Era uma cidade entregue à adoração a vários ídolos gregos, com grande predominância na adoração a Baco (deus da diversão) e a Asclépios (deus da sanidade). Em vista disto, o governador romano local tinha grandes dificuldades em conduzir as inúmeras diferenças religiosas presentes na cidade. Diz um antigo escritor, que Pérgamo era a cidade mais idólatra de toda província da Ásia. Era cidade famosa por sua escola de medicina. O único livro do Novo Testamento que cita a cidade ou a igreja em Pérgamo é o Apocalipse. Atualmente, as sete igrejas da Ásia Menor estão mortas, restando apenas ruínas daquele passado glorioso registrado em Atos. Hoje, existe menos de 1% de cristãos naquela região. Hoje, estamos em Pérgamo, e aqui veremos o que levou aquelas igrejas morrerem. Boa aula!
(II. desenvolvimento)
I. PÉRGAMO, O TRONO DE SATANÁS
1. Pérgamo, a cidade dos livros e da ignorância espiritual. Com a ajuda dos romanos, Pérgamo ganhou independência dos selêucidas em 190 a.C., e passou a fazer parte do império romano a partir de 133 a.C. Durante mais de 200 anos, foi a capital da província romana da Ásia. Teve a maior biblioteca fora de Alexandria, Egito. Foi o povo de Pérgamo que começou a usar peles de animais para fazer pergaminho (Gr pergaméne; Lt. Pergamina ou pergamena), substituindo o papiro (Lt. Papyrus; Gr. Πάπυρος). A Biblioteca de Pérgamo foi fundada por Atalo I (241-197 a.C.), rei de da cidade de Pérgamo, como resposta ao enorme sucesso da Biblioteca de Alexandria. A rivalidade entre as duas leva o Egito a cortar-lhe o fornecimento de Papiro. Tal obrigou à procura de alternativas, sendo apreciadas as peles de animais, que até eram mais resistentes e duráveis. Mas estas eram um recurso caro e escasso, o que levou ao desenvolvimento de tecnologia para a sua otimização e reutilização, dando origem a um novo suporte, o pergamene, ou pergaminho. Em 30 a. C., Marco Aurélio ofereceu o espólio da biblioteca de Pérgamo a Cleópatra do Egito, que a transportou para Alexandria e ali foi destruída por ordem do Califa Omar, em 640 d.C.[1]. http://lerparacrer.wordpress.com/2008/09/10/bibliotecas-famosas-biblioteca-de-pergamo/ A igreja em Pérgamo se encontrou numa situação difícil. Por todos os lados, os vizinhos praticavam idolatria e deram honra aos governantes romanos. Os cristãos não abandonaram a verdade do Senhor, o único verdadeiro Soberano. Mas, tanta influência de falsas doutrinas teve um impacto negativo na igreja, poluindo a congregação com doutrinas falsas que incentivavam os irmãos a praticaram idolatria e imoralidade. Jesus chama a igreja ao arrependimento para evitar o castigo divino.
2. A igreja em Pérgamo. Recebeu o cristianismo, provavelmente, no fim da segunda viagem missionária de Paulo, que deixara Priscila e Áquila em Éfeso (At 18.18,19). Em sua terceira viagem, ele permaneceu nesta cidade por quase três anos e o Evangelho se disseminou por toda a província romana da Ásia (At 19.10). Esta Igreja era uma Igreja fiel ao nome de Cristo, até ao ponto de martírio (v. 13). Para os cristãos era difícil viver neste lugar. Como poderiam eles chamar “salvador do mundo” à Zeus, quando havia só “Um Salvador”, ou prestar-lhe culto? Como poderiam os cristãos queimar incenso a César e dizer “César é o Senhor”, quando havia “somente um Senhor, Jesus Cristo”? O Cristo glorificado elogia a perseverança dos crentes de Pérgamo, que foram fiéis à fé, mesmo sob intensa perseguição.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Pérgamo era uma cidade onde o mal reinava, porém o Reino de Deus, manifestado por meio da igreja, prevaleceu em seus termos.
II. A ESPADA DE DOIS GUMES
1. A espada afiada de dois gumes. Aquele que tem a espada afiada de dois gumes (v. 12): A espada representa autoridade e o poder para julgar e castigar. É Jesus, e não o governo romano, que segura esta espada (1.16). Pérgamo acolheu o erro, através de homens de mente corrupta que a infestaram. Cristo resolve pelejar contra eles com a palavra da sua boca. Jesus se identifica como "aquele que tem a Espada Aguda de Dois Fios". Temos aqui um duplo simbolismo:
a) Pode referir-se ao poder de Cristo para proteger os seus, mesmo no meio da perseguição e onde os mártires estivessem caindo;
b) Pode ser símbolo do poder do julgamento bem executado. A Igreja estava dando guarida ao erro e Cristo vem com a "Espada de Dois Gumes", que sai da sua boca, para julgar e condenar os falsos doutores. A "Espada de Dois Gumes" é a própria Palavra de Deus. João estava expressando com esta verdade o contraste entre o governo romano, que governava pelo poder da espada, e o fato de Cristo realmente ter o poder da soberania: "Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração" (Hb 4.12). Paulo, metaforicamente, utiliza a vestimenta do soldado romano para descrever a armadura do cristão, refere-se à "…a espada do Espírito, que é a palavra de Deus" (Ef 6.17). Trata-se de uma poderosa arma que se projeta sobre os corações, “penetra até à divisão da alma e do espírito” (Ap 19.21) e “serve para penetrar, dividir, desnudar, inspirar, ensinar, buscar, converter, salvar e santificar”… (2Tm 3.15-16). É, ainda, pela Palavra que Deus julga tanto os seus quanto os inimigos de seu povo: "Porque a ocasião de começar o juízo pela casa de Deus é chegada; ora, se primeiro vem por nós, qual será o fim daqueles que não obedecem ao evangelho de Deus?" (1Pd 4.17).
2. Manejando bem a espada do Espírito. Tanto Pérgamo quanto Tiatira deram guarida à perniciosa doutrina de Balaão e se corromperam tanto na teologia como na ética. Uma igreja não tem antídoto para resistir a apostasia e a morte quando a verdade bíblica e a pureza doutrinária são abandonadas. Temos visto esses sinais de morte em muitas igrejas na Europa, América do Norte e também no Brasil. Algumas denominações histórias capitularam-se tanto ao liberalismo como ao misticismo e abandonaram a sã doutrina. O resultado inevitável foi o esvaziamento dessas igrejas por um lado ou o seu crescimento numérico por outro, mas um crescimento sem compromisso com a verdade e com a santidade. Só através da leitura atenta e do estudo da Bíblia que iremos conhecer a vontade de Deus para nossas vidas. Quem não estuda a Bíblia não sabe o que Deus quer para sua vida, pois só na sua Palavra encontramos a verdade. “Ser um cristão é ser um guerreiro. O bom soldado de Cristo não deve esperar tranquilidade neste mundo – ele é um campo de batalha! Nem deve ele se apoiar na amizade com o mundo, pois isso seria inimizade contra Deus. Sua ocupação é a guerra. Enquanto ele põe, peça por peça, a armadura que lhe foi dada, ele deve sabiamente dizer a si mesmo: Isso me avisa do perigo; isso me prepara para a batalha; isso profetiza oposição - Charles Haddon Spurgeon. Esta é a arma que todo crente deve portar para todos os combates – “Tomai a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus“. O crente deve vencer todo tipo de inimigo, mas essa arma é tudo o que nós precisamos! Caso queiramos vencer o pecado e derrotar a incredulidade, p o evangelho, invistamos em Missões, para que todo o mundo ouça esta mensagem: “Olhem para Mim, e sejam salvos, todos os confins da terra!
SINOPSE DO TÓPICO (II)
A Bíblia Sagrada é uma arma poderosa no combate à apostasia.
III. O DESTINATÁRIO
1. Um anjo numa cidade infernal. Quem era esse anjo da Igreja a quem o Senhor se referia? É claro que um anjo celestial não poderia ser, pois os tais foram proibidos de pregar o evangelho (1Pe 1.12). Esse anjo, que era o Pastor da Igreja, pois a palavra “anjo” quer dizer “mensageiro” e é exatamente o que o Pastor é na sua função - um mensageiro. Sei onde habitas – Deus é Onisciente (sabe tudo), Onipotente (tem todo poder), Onipresente (está em todos os lugares). Não há nada que possa ficar encoberto ao Senhor, antes, tudo lhe é patente: “Todos os nossos dias estão em suas mãos e já haviam sido predeterminados por Deus” (Sm 139.14-16); ele conhece o nosso caminho (Jó 23.10). Deus conhece todas as coisas e esse atributo de Deus os homens temem porque fala-nos que Deus está perscrutando a terra com seu olhar de fogo consumidor. Atos 15.18: diz o Senhor, que faz estas coisas conhecidas desde séculos.” Deus conhece tudo a respeito do mundo que ele criou e trouxe à existência. Precisamos resgatar o conceito do atributo de onisciência de Deus neste mundo. “Eu sei as tuas obras, e onde habitas, que é onde está o trono de Satanás” (Ap 2.13). “A sã doutrina bíblica não somente deve ser ensinada mas também agarrada com profunda convicção (cf. 1 Tm 4:6; 5:17; 2 Tm 2:15; 3:16,17; 4:2-4). Exortar e convencer - O ensino fiel e a defesa das Escrituras que encoraja a piedade e confronta o pecado e o erro” (John MacArthur).
2. O testemunho e a perseverança de um anjo. A função do Pastor é de instruir o povo na Palavra de Deus (I Tm 3; II Tm 2.15; Tt 1.6-9). O pastor não deve falar ou ensinar suas próprias filosofias, mas sim ser fiel ao ensinamento da Palavra de Deus. Fica claro que esse mensageiro(o pastor ou líder local) tem uma responsabilidade muito séria diante de Deus. Isso serve de alerta aos que lideram, mas não se esmeram em aprender a Palavra. Que Deus faça de nós (os Líderes) homens fiéis à Palavra como os anjos celestes são. É isso o que Deus quer nos falar aqui. É como se o nosso Deus dissesse: “Transmitam a minha Palavra com a fidelidade de um anjo”. Onde está o trono de Satanás – Isto sem dúvida é uma referência à seita pagã babilônica, ocultista, que mudou-se para Pérgamo, vinda de Babilônica (o centro do espiritismo nos tempos primitivos), quando os conquistadores persas dominaram o mundo. Vemos assim, que quando o diabo não consegue enfraquecer a Igreja pela perseguição e sofrimento (V.10), procura fazê-lo pela corrupção da fé, adulterando a Palavra de Deus e semeando falsas doutrinas. “Antipas” mencionado por seu nome, por Jesus, indica que Deus conhece os seus pelo nome, o que indica carinho e atenção pessoal. [http://www.cacp.org.br/estudos/artigo.aspx?lng=PT-BR&article=1180&menu=7&submenu=3 ]
3. Antipas, a fiel testemunha. Antipas é descrito como um mártir da fé cristã; uma "testemunha fiel" de Cristo Jesus, que morava e ministrava onde Satanás tinha a sua sede (Pérgamo). Segundo a tradição cristã, o apóstolo João ordenou a Antipas como bispo de Pérgamo durante o reinado do imperador Domiciano. Um relato tradicional da igreja cristã ortodoxa oriental, afirma que Antipas era o Bispo da igreja em Pérgamo, e que ele foi martirizado por sua fé, por causa de seu fiel testemunho face os ardis satânicos ali presentes: “Quando Antipas foi aconselhado: "Antipas, o mundo inteiro está contra você!", Antipas supostamente respondeu: "Então eu sou contra todo o mundo!" Assim, porque Antipas recusou a renunciar sua fé em Cristo Jesus, foi supostamente assado vivo em um touro em tamanho real, que tinha uma fogueira sob o seu ventre.[http://antipas.net/whois.htm] Entre estes relatos de fontes extra-biblicas e a opinião como está em nossa revista, parece- me ser mais razoável acatar a penúltima, por ser mais condizente com o próprio relato. creio ser mais plausível aceitar que Antipas tenha morrido vítima de perseguições anti-cristãs, e não pelos “que se diziam irmãos”. Aquela igreja não era o trono de Satanás, ela conservava o nome de Cristo, pois não havia renegado a fé (v. 13). No entanto o Senhor dirige-se a ela em termos de juízo fulminante. Ele é aquele que tem “a espada afiada de dois gumes” (2.12), isso porque existiam ali dois problemas que exigiam solução imediata: a) a cosmovisão (o modo como olhamos o mundo) dos cristãos de Pérgamo era fragmentada; b) havia, por parte de alguns, tolerância a uma teologia sincretista que resultava em idolatria e práticas imorais.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
O pastor da igreja em Pérgamo manteve uma postura impecável como servo de Deus, mesmo vivendo em uma cidade idólatra e maligna.
IV. AS HERESIAS DE PÉRGAMO
1. Doutrina de Balaão. Por não poder “amaldiçoar” o povo de Israel, Balaão tentou destruí-lo levando seus homens a manterem relações sexuais com as mulheres moabitas, manchando a sua santidade (Nm 25.1-3). Favorecia o incesto (união ilícita entre parentes próximos) e o jugo desigual (Nm 25; 2Co 6.15-18). Nos capítulos 22 a 25 e 31.6 de Números, descobriremos seu modo sutil de colocar as ideias. O “quem sabe…” ou o “talvez…” continuam a ser atuais. O Senhor censurou o Pastor daquela Igreja por sua tolerância diante de tal heresia. Ele (anjo) fora ali colocado à frente do rebanho não só para presidir, mas também para admoestar (1Ts 5.12). Ele devia ter zelado pelo cumprimento da sã doutrina e aplicado a disciplina, se os faltosos não tomassem uma atitude de acordo com a Palavra de Deus (Mt 18.18; 2Ts 3.14).
2. A doutrina dos nicolaítas. A Bíblia não identifica esta doutrina. Mas, diz que Jesus odiava as obras dos nicolaítas e elogia os efésios por rejeitar esses ensinamentos (2.6). Infelizmente, a igreja em Pérgamo tolerava esses falsos mestres. Alguns defendem que praticavam a mesma heresia dos discípulos de Balaão. para que os cristãos vivesse imoralmente, para poderem viver com os romanos e não serem perseguidos. Eles consideravam natural, e portanto inofensivo e lícito, o comer coisas sacrificadas aos ídolos e a fornicação por ser o sexo uma coisa criada pelo próprio Deus e, portanto, inteiramente despido de maldade (Gn 2.18; 1Co 10.19-21; At 15.23-29). O fundador da seita fora Nicolau, um dos sete diáconos de Jerusalém (At 6.5), que se desviou e começou a ensinar que os atos dos homens não os afastavam de Deus. Era o “não faz mal…” (Ml 1.8 ) ou “os outros também fazem assim…” dos nossos dias.
SINOPSE DO TÓPICO (IV)
Na igreja de Pérgamo havia falsos mestres que seguiam e ensinavam a doutrina de Balaão, cujo objetivo era levar o povo de Deus à prostituição e à idolatria.
(III. conclusão)
A maior derrota da igreja é ser tragada pela influência do mundo. Grandes advertências bíblicas são proclamadas a este respeito (Tg. 4.4). E esta era precisamente a situação vivenciada pela igreja de Pérgamo. A igreja de Pérgamo estava dividida entre sua fidelidade a Cristo e seu apego ao mundo. Uma igreja que flerta com o mundo para amá-lo e conformar-se com ele não permanece. Seu candeeiro é apagado e removido. Arrepende-te, pois, quando não em breve virei a ti, e contra eles batalharei com a espada da minha boca. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às Igrejas…” Jesus mostra, então, o caminho da vitória sobre o erro: “Arrepende-te” (16). Arrependimento significa nova tomada de posição diante dos erros cometidos, pedir perdão e evitar tornar a cometê-los, ou seja, conversão, mediante o poder transformador do Espírito Santo. Quando não há arrependimento por parte de seus filhos, Deus utiliza o julgamento, cuja intensidade, tende a aumentar, caso o errado não mude de atitude, ficando na sua intransigência (Hb 12.4-11). “Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade." (1Jo 3.18)
N’Ele, que me garante:
"Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus” (Ef 2.8),
Campina Grande, PB
Abril de 2012,
Francisco de Assis Barbosa,
EXERCÍCIOS
1. Qual era a situação espiritual da igreja em Pérgamo?
R. Uma igreja casada com o mundo e que já havia se acomodado a duas ardilosas heresias.
2. O que representa a espada do Espírito?
R. A Bíblia Sagrada.
3. Quem foi Antipas de acordo com a lição?
R. Fiel testemunha. Mui provavelmente, havia precedido o destinatário da carta no pastorado de Pérgamo.
4. O que era a doutrina de Balaão?
R. Ensino pseudo bíblico que, torcendo as Escrituras através de artifícios teológicos e hermenêuticos, corrompia a graça de Deus, apresentando aos santos uma teologia permissiva e eticamente tolerante.
5. Como devemos portar-nos diante de uma sociedade pagã e permissiva?
R. Resposta pessoal.
NOTAS BIBLIOGRÁFICAS
TEXTOS UTILIZADOS:
-. Lições Bíblicas do 2º Trimestre de 2012, Jovens e Adultos, As Sete Cartas do Apocalipse — A mensagem final de Cristo à Igreja; Comentarista: Claudionor de Andrade; CPAD;

OBRAS CONSULTADAS:
-.  [1]. - CESARÉIA, Eusébio de. História Eclesiástica: os primeiros quatro séculos da igreja cristã. 4. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p. 137
-. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001;
-. Bíblia de Estudo Pentecostal, 1995 por Life Publishers, Deerfield, Flórida-EUA;
-. Bíblia de Estudo Genebra, São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999;
-. HORTON, S. M. Apocalipse: As coisas que brevemente devem acontecer. 2.ed., RJ: CPAD, 2001.
-. LAWSON, S. J. As Sete Igrejas do Apocalipse: O Alerta Final de Cristo para seu povo. 5.ed., RJ: CPAD;
-. ARRINGTON, F. L.; STRONSTAD, R. (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal do Novo Testamento. 1.ed., RJ: CPAD, 2003;
-. BLOMBERG, C. L. Questões Cruciais do Novo Testamento. 1.ed., RJ: CPAD, 2010.
-. RICHARDS, L. O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1.ed., RJ: CPAD, 2007.
-. RICHARDS, L. O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 1.ed., RJ: CPAD, 2005.
Os textos das referências bíblicas foram extraídos do site http://www.bibliaonline.com.br/, na versão Almeida Corrigida e Revisada Fiel, salvo indicação específica.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

ÉFESO, A IGREJA DO AMOR ESQUECIDO

0 comentários

 
ÉFESO, A IGREJA DO AMOR ESQUECIDO
Texto Áureo: Ap. 2.4 – Leitura Bíblica: Ap. 2.1-7
Prof. José Roberto A. Barbosa
Twitter: @subsidioEBD
INTRODUÇÃO
A primeira das sete cartas de Jesus é dirigida à igreja de Éfeso, a mais rica e importante cidade da Ásia Menor. Uma cidade estimada em mais de duzentos mil pessoas, onde ficava o mais importante porto da Ásia. Na aula de hoje, contextualizaremos a epístola, apresentando informações sobre a cidade, destacaremos as virtudes apontadas por Cristo em relação a essa igreja, e ao final, a crítica principal, o esquecimento do primeiro amor.
1. A IGREJA DE ÉFESO
Éfeso era o centro do culto a Diana (At. 19.35), cujo templo é considerado uma das sete maravilhas do mundo antigo. Em tal templo havia várias sacerdotisas do sexo, que atuavam como prostitutas. Nesse templo também era adorada a deusa Roma e o imperador romano. Tratava-se, portanto, de uma cidade religiosa, que integrava adoração a essa deusa com práticas de imoralidade sexual (At. 19.19). Essa cidade fora visitada por Paulo por volta de 52. d. C., em sua terceira viagem missionária, a quem enviou uma das suas epístolas. Ao que tudo indica, a igreja de Éfeso fora fundada por Áquila e Priscila, juntamente com Paulo. Mais tarde o trabalho em Éfeso foi conduzido por Timóteo, companheiro do Apóstolo (I Tm. 1.3). De acordo com Irineu e Eusébio de Cesaréia, depois da morte de Paulo, aquela igreja passou a ser dirigida por João, o evangelista, posteriormente exilado na ilha de Patmos, autor do Apocalipse. Inácio, bispo de Antioquia, nos primeiros anos do século II, escreveu uma extensa carta à igreja de Éfeso, na qual a elogia pela unidade e conduta cristã irrepreensível, e por viverem em amor e harmonia sob a liderança de Onésimo, seu bispo.
2. UMA IGREJA VIRTUOSA
Três virtudes são destacadas por Cristo na igreja de Éfeso, inicialmente era uma igreja fiel na doutrina (Ap. 2.2,3,6), que mesmo cercada pela perseguição, e ameaçada por heresias, permanecia fiel à palavra de Deus. O próprio Jesus havia alertado a Sua igreja quanto aos lobos que viriam com peles de ovelhas (Mt. 7.15), bem como Paulo, na mesma cidade de Éfeso, quanto aos os lobos cruéis que tentariam devorar o rebanho (At. 20.29,30). Finalmente esse tempo havia chegado, e os crentes de Éfeso estavam diante de falsos ensinamentos. Mas a igreja de Éfeso tinha discernimento espiritual, por isso tornou-se intolerante com essas heresias, bem como contra o pecado, que geralmente é resultante dos ensinamentos contrários à palavra. O perigo era justamente a doutrina dos nicolaítas, um posicionamento liberal que não atentava para os princípios cristãos. Eles aceitavam a imoralidade sexual como se fosse algo normal, argumentavam em favor de um cristianismo que pactuava com atitudes promíscuas, semelhante ao que fazem algumas igrejas atuais. Outra virtude dessa igreja é que ela estava envolvida com a obra de Deus. Os crentes eram participativos, não apenas expectadores. Infelizmente, em algumas igrejas, as pessoas vão apenas para os cultos, cantam, dançam, mas não há qualquer relacionamento entre os membros. O individualismo do homem moderno está solapando também as igrejas cristãs, que não sabem mais o que é ter comunhão. Jesus também elogiou a disposição da igreja de Éfeso para enfrentar perseguições. A igreja não se abateu por causa das ameaças daqueles que adoravam a deusa Diana, bem como dos que se dobravam perante o imperador. A igreja cristã tem seus princípios, não pode fazer concessões em relação à imoralidade sexual, muito menos com posturas políticas que vão de encontro à Palavra de Deus. Pior do que a perseguição é o marasmo no qual se encontra determinadas igrejas evangélicas, que andam casadas com o liberalismo, a fim de serem politicamente corretas, ou de mãos dadas com políticos corruptos, a fim de tirarem algum proveito financeiro.
3. MAS QUE ESQUECEU O PRIMEIRO AMOR
A igreja de Éfeso esqueceu o seu primeiro amor, restou apenas o ativismo (Ap. 2.4). Há igrejas que estão centradas em meras atividades, têm cronogramas exaustivos, que são seguidos à risca. Muitas dessas igrejas já perderam o primeiro amor, a espiritualidade está comprometida, por isso, as atividades servem apenas para camuflar a ausência do genuíno amor. Não podemos esquecer que o amor sacrificial  – ágape em grego – é a marca da verdadeira igreja (Jo. 13.34,35). O principal problema da igreja de Éfeso é que ela identificava o mal nos outros, mas não em si mesma, perdeu a capacidade de fazer autocrítica. De fato, se fôssemos julgados por nós mesmos não seríamos julgados, mas quando somos julgados pelo Senhor é para não sermos condenados com o mundo (I Co. 11.20-32). Éfeso era uma igreja ortodoxa, isto é, que tinha uma doutrina correta, mas que carecia de uma ortopraxia, ou seja, uma conduta correta. Esse equívoco pode levar qualquer igreja à ruina, pois ela acaba se tornando hipócrita, acusa os erros dos outros, inclusive os da sociedade, enquanto age a partir dos mesmos valores que repreende. Mas nem tudo está perdido, Jesus apresenta uma solução para esse tipo de igreja: “lembra-te, pois, de onde caíste” (Ap. 2.5). Mais importante do que saber que caiu é identificar a origem da queda. Somente assim será possível retornar ao lugar correto. O filho pródigo somente encontrou a solução para sua condição espiritual quando percebeu que precisa retornar à casa do Pai (Lc. 15.17). Jesus acrescenta: “volta às obras que praticavas no princípio” (Ap. 2.5). O arrependimento genuíno resulta em prática de vida, em obras que sejam, de fato, dignas de arrependimento (Mt. 3.8).
CONCLUSÃO
Há uma advertência final de Cristo à igreja de Éfeso, que deve ser motivo de reflexão de toda igreja que se diz cristã, caso ela não se arrependa, Ele vira contra ela e tirará o seu candelabro (Ap. 2.5). Para que isso não aconteça é preciso, antes que seja tarde demais, retornar ao primeiro amor, pois, sem amor, de nada adianta profecias e mistérios, tudo não passará de barulho (I Co. 13.1,2). Portanto, quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas.
BIBLIOGRAFIA
LAWSON, S. L. As sete igrejas do Apocalipse. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
STOTT, J. O que Cristo pensa da igreja. Campinas: United Press, 1999.

Quem sou eu

Minha foto
Pregador do Evangelho Pela Graça do Senhor.

NOS INDIQUE

Uilson no twitter

ACESSOS

 

FAMÍLIA EBD. Copyright 2008 All Rights Reserved Revolution Two Church theme by Brian Gardner Converted into Blogger Template by Bloganol dot com | Distributed by Deluxe Templates