terça-feira, 29 de outubro de 2013

O CUIDADO COM O QUE FALAMOS

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PROF FABIO SEGANTIN



O CUIDADO COM AQUILO QUE FALAMOS

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POR SULAMITA MACEDO

Jovens e Adultos: Sabedoria de Deus para uma Vida Vitoriosa – A Atualidade de Provérbios e Eclesiastes
Lição 05: O Cuidado com Aquilo que Falamos

Professoras e professores, observem estas orientações:
1 – Antes de abordar o tema da aula, é interessante que vocês mantenham uma conversa informal e rápida com os alunos:
- Cumprimentem os alunos.
- Perguntem como passaram a semana.
- Escutem atentamente o que eles falam.
- Observem se há alguém necessitando de uma conversa e/ou oração.
- Verifiquem se há alunos novatos e/ou visitantes e apresentem cada um.
2 – Este momento não é uma mera formalidade, mas uma necessidade. Ao escutá-los, vocês estão criando vínculo com os alunos, eles entendem que vocês também se importam com eles.
3 – Após a chamada, solicitem ao secretário da classe a relação dos alunos ausentes e procurem manter contato com eles durante a semana, através de telefone ou email.
Os alunos se sentirão queridos, cuidados, perceberão que vocês sentem falta deles. Dessa forma, vocês estarão estabelecendo vínculos afetivos com seus alunos.
4 – Escolham um momento da aula, para mencionar os nomes dos alunos aniversariantes, parabenizando-os, dando-lhes um abraço, oferecendo um versículo.
5 – Fazendo o que foi exposto acima, somando-se a um professor motivado, associada a uma boa preparação de aula, com participação dos alunos, vocês terão bons resultados! Experimentem!
6 - Agora, vocês iniciam o estudo da lição.
- Falem: A lição de hoje tem como título O Cuidado com Aquilo que Falamos”.
- Em seguida, analisem alguns provérbios populares, tais como:
“Quando morrer o corpo vai num caixão, a língua num caminhão”.
“Fulano tem coceira na língua”.
“Boca fechada não entra mosca”.
“Quem muito fala, muito erra”.
“O burro calado passa por sábio”.
“A boca fala do que o coração está cheio”.
“Quem conta um conto, aumenta um ponto”.
“Quem muito fala, dá bom dia a cavalo”.
- Depois, utilizem a dinâmica “Telefone Sem Fio”.
- Agora, trabalhem os pontos levantados na lição, sempre de forma participativa e contextualizada.
- Para concluir, leiam o Texto de Reflexão “Penas ao vento”.
Tenham uma excelente e produtiva aula!

Dinâmica: Telefone Sem Fio
Objetivo:
Refletir sobre a importância de transmitir informações de forma verdadeira.
Material:
Um pequeno texto(vejam no procedimento)
Procedimento:
- Preparem um pequeno texto contendo várias informações, como por exemplo:
“Geralmente, afirma-se que Provérbios e Eclesiastes foram escritos por Salomão, filho de Davi e o segundo rei de Israel. Salomão escreveu 3000 mil provérbios e 1005 cânticos, mas sabe-se que o livro de Provérbios não tem somente um único autor, podendo ser citados Agur pela autoria do capítulo 30 e o 31 é atribuído ao rei Lemuel, além de alguns sábios anônimos. Provérbios, Eclesiastes, Cantares, Salmos e Jó fazem parte dos Livros de Sabedoria”.
- Escolham 8 a 10 alunos e os posicionem na frente da classe, um ao lado do outro.
- Expliquem que vocês vão transmitir uma mensagem para o primeiro aluno e este passará as informações para o colega ao lado e assim sucessivamente, até chegar ao último. Esclareçam que a mensagem deve ser transmitida de forma que ninguém escute, com exceção daquele que está recebendo-a.
- Peçam para que o último aluno fale qual a mensagem que recebeu. Com certeza a mensagem estará truncada, distorcida, errada.
- Em seguida, revelem a mensagem inicialmente transmitida.
- Concluam, dizendo que embora seja uma brincadeira, extraímos lições preciosas, tais como: a importância de transmitir o que ouvimos de alguém corretamente, não mentir, não espalhar fofoca, não levantar falso testemunho.
Ideia original desconhecida.
Esta versão da dinâmica por Sulamita Macedo.

Texto de Reflexão
Penas ao vento
Conta-se que, num tempo e lugar distantes daqui, um jovem levantou falso testemunho, inventando uma história repleta de meias verdades sobre uma pessoa inocente. A fofoca se espalhou rapidamente e começou a prejudicar a vítima.
 Ocorre que ao ver os danos causados, o jovem se arrependeu e procurou um velho sacerdote para conversar e pedir orientação. O sábio o atendeu calmamente, ouvindo cada uma de suas palavras. Ao final disse:
 - Você está realmente arrependido deste ato?
 O jovem rapidamente respondeu que sim e que inclusive já havia pedido perdão à pessoa que injustamente havia acusado.
 – Bem,  respondeu o confessor, então peço que você faça o seguinte:
- Você vai pegar um travesseiro de penas, subir em um alto da montanha e soltar as penas ao vento.
 – Só isso? Admirou-se o rapaz.
– Sim. Depois volte aqui.
No dia seguinte o jovem voltou muito satisfeito. Então o sacerdote disse:
 – Agora você está preparado para cumprir a outra parte. Volte à planície e recolha todas as penas novamente no travesseiro e venha me mostrar.
 O jovem olhou sem entender e disse:
 - Mas isso é impossível.
- Justamente. Da mesma forma é impossível reparar a fofoca, a mentira, falso testemunho. Apenas porque a misericórdia de Deus é infinita, você poderá receber o perdão. Mas o mal que você provocou ficará pairando sempre, como penas ao vento. Pense bem antes de falar novamente algo contra alguém!
Que tal espalhar esta história por aí como penas ao vento?

Autoria desconhecida.

O CUIDADO COM AQUILO QUE FALAMOS

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PROF DR CARAMURU AFONSO
ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP

O CUIDADO COM AQUILO QUE FALAMOS

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O CUIDADO COM AQUILO QUE FALAMOS
Texto Áureo: Pv. 16.24 – Leitura Bíblica: Pv. 6.16-19; 15.1,2,23; 16.21,24

Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa
Twitter: @subsidioEBD

INTRODUÇÃO
No livro de Provérbios encontramos vários conselhos a respeito do uso apropriado da língua. Se as pessoas atentassem para o que diz esse texto de sabedoria, evitariam muito males decorrentes do descuido quanto ao que falam. Na aula de hoje, a fim de orientar os crentes quando aos cuidados com a língua, destacaremos alguns direcionamentos práticos, a partir de Provérbios, destacando inicialmente o uso incorreto da língua, e posteriormente, seu uso correto, e a importância do dominar a língua.

1. O USO ERRADO DA LÍNGUA
Muitos estão destruindo suas vidas por meio das palavras, do mau uso da língua. Há os que usam a língua para lisonjear, a fim de tirarem algum proveito, recorrendo a medidas desiguais (Pv. 20.17; 26;28; 28.23). Devemos ter cuidado com aqueles que se aproximam apenas por interesse, que destilam palavras de elogio, tão somente para receberem algo em troca. Tão perigoso quanto está ao redor de pessoas que apenas criticam é também se achar cercado por aqueles que somente lisonjeiam. Tome cuidado com aquelas pessoas que se aproximam sempre com palavras elogiosas, desconfie da integridade delas. A língua também serve para semear intrigas, alimentar contendas. Os néscios adoram uma briga, vivem procurando situações para debates desnecessários, a fim de produzir mais uma disputas entre os irmãos (Pv. 18.6). Além disso, essas pessoas tendem a serem descontroladas, elas se exasperam por qualquer motivo, não têm controle das emoções (Pv. 29.11). O autor de Provérbios admoesta para que se mantenha distância dessas pessoas, pois elas além de fazerem o mal para si, ainda prejudicam os outros (Pv. 22.24,25). O equilíbrio emocional é uma característica fundamental a ser exercitada. O domínio próprio é uma das virtudes do fruto do Espírito que precisa ser cultivada (Gl. 5.22). Há aqueles que não conseguem controlar a língua em relação aos seus irmãos, que não perdem a oportunidade para fofocarem, e denegrirem a imagem dos outros. O sábio adverte seus ouvintes quanto àqueles que têm lábios falsos, e que espalham calunias (Pv. 10.18). Existem pessoas nas igrejas que adoram causar dissenção entre os irmãos, deixando de atentar para o fato de que essa é uma das obras da carne (Pv. 16.28; Gl.5.20), tem gente que faz tudo para provocar uma contenda (Pv. 17.19). Isso geralmente acontece recorrendo à mentira, nada pior que lábios mentirosos, que dão falso testemunho (Pv. 6.16-19; 12.19; 14.25). O livro de Provérbios critica aqueles que falam demais, na verdade, a quantidade de erros é proporcional ao da fala. Como se costuma dizer, quem muito fala, muito erra (Pv. 10.19), por isso ter o controle da língua é uma das marcas do verdadeiro cristão (Pv. 17.27,28; Tg. 3.7).

2. O USO CORRETO DA LÍNGUA
Mas a língua pode ser usada para o bem, para dar conselhos aos mais jovens, a fim de que esses possam adquirir sabedoria (Pv. 10.31), isso porque os lábios do sábio difundem conhecimento (Pv. 15.7). Pois é ouvindo as pessoas sábias e justas que podemos crescer e adquirir maturidade. Isso se aplica também à leitura, os jovens que quiserem amadurecer devem ler bons livros, aprender com aqueles que têm experiências para repassar. A língua também serve para repreender, e quando a pessoa prudente a ouve, não se exaspera, antes extrai, das admoestações, procedimentos corretos, o insensato, por outro lado, as desconsidera (Pv. 17.10). As pessoas sábias não têm receio de receber conselhos, nem mesmo repreensões, se perceberem nessas a oportunidade para trilharem um melhor caminho. As pessoas também podem ser encorajadas através das palavras. Aqueles que são extremamente ansiosos precisam de palavras de ânimo, e por meio delas encontram motivação para irem adiante (Pv. 12.25). É intoxicante ficar perto de alguém que apenas destila palavras venenosas, e às vezes, somente deseja o mal, não tem esperança quanto ao futuro. Felizmente existem pessoas que têm o poder de curar através das palavras. Isso acontece porque o que dizem têm poder, não de forma mística, como defendem alguns adeptos da confissão positiva. A língua, quando bem usada, estimula e causa efeitos, principalmente se alicerçada na Palavra de Deus (Pv. 15.23). É edificante quando alguém recebe uma palavra no momento oportuno, especialmente em meio a uma situação adversa (Pv. 16.24). Os estudos psicológicos têm destacado a importância das palavras no processo curativo. Ouvir palavras edificantes, e até expressar os sentimentos para pessoas de confiança, tem função terapêutica. Através da língua podemos também ganhar almas para Jesus, testemunhar da Sua morte e ressurreição, falar do Seu imenso amor pela humanidade (Pv. 10.21; At. 1.8), sábio é, no livro de Provérbios, aquele que conduz pessoas ao caminho correto  (Pv. 11.30), que é o próprio Cristo (Jo.14.6).

3. COMO DOMINAR A LÍNGUA
O verbo dominar, em seu significado dicionarizado, tem a ver com controlar, mas está relacionado também a domar, domazo em grego, usado por Tiago (Tg. 3.9). No contexto dessa passagem (Tg. 3.1-10), o apóstolo destaca os estragos que uma pequena fagulha pode causar, de modo semelhante ao que a língua pode fazer. A língua tem o poder de consumir não apenas a pessoa que faz mal uso dela, mas também a todos aqueles que são por ela afetados. A imprensa de vez em quando noticia um escândalo, alguns deles sem provas cabais, que causam danos às vidas de muitas vidas. Ela é tão perigosa que pode ser comparada ao fogo do inferno, que a tudo queima (Pv. 16.27).  Os animais, até mesmo os mais selvagens, podem ser domados, mas nem sempre isso é possível com a língua. Tem gente que simplesmente não consegue controlá-la, se adianta com facilidade, não tem domínio do que diz, não pensa antes de falar. Evidentemente qualquer pessoa pode perder o controle da língua (Tg. 3.8), mas isso não é motivo para deixar de ter cuidado (Tg. 3.10). Os crentes devem ser comedidos no uso das palavras, para não destruírem a vida das pessoas, pois uma palavra dita fora do tempo não pode mais retornar. Somos conhecidos pelos frutos que produzimos, não podemos semear contendas entre os irmãos, nossas palavras devem ser certeiras, não de engano (Mt. 5.37). Ao invés de se adiantar, e falar desnecessariamente, o melhor mesmo é esperar,  ouvir mais e falar menos. Temos dois ouvidos e uma boca, portanto, ouçamos mais e falemos menos (Tg. 1.19). A língua do cristão, diferentemente daqueles que não têm compromisso com Deus, e muito menos com o próximo, deve ser usada com propósitos úteis, para o que edifica (I Pe. 3.9,10).

CONCLUSÃO
De acordo com Tiago, da mesma boca pode proceder tanto benção quanto maldição (Tg. 3.10). Como constatamos ao longo do livro de Provérbios, existe a possibilidade de usarmos a língua tanto para o bem quanto para o mal. O crente que foi salvo por Cristo, no entanto, tem como alvo a santificação, inclusive no falar (Cl. 3.8; II Tm. 2.15-17). Por esse motivo, deve ter cuidado com o que diz, lembrando, sobretudo, que todo homem dará conta no juízo das palavras que disseram (Mt. 12.36). Como cristãos, devemos seguir o conselho de Paulo a Tito: “a ninguém infamem, nem sejam contenciosos, mas moderados, mostrando toda a mansidão, para com todos os homens” (Tt. 3.2).

BIBLIOGRAFIA
AITKEN, K. T. Proverbs. Lousiville: Westminster John Knox Press, 1986.
ORTLUND JR. R. C. Proverbs: wisdom that works. Illinois: Crossway, 2012.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Lição 04 Lidando de Forma Correta com o Dineiro

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Provérbios 6:1-5

'Filho meu, se ficaste por fiador do teu companheiro e se te empenhaste ao estranho,
2 estás enredado com o que dizem os teus lábios, estás preso com as palavras da tua boca.
3 Agora, pois, faze isto, filho meu, e livra-te, pois caíste nas mãos do teu companheiro: vai, prostra-te e importuna o teu companheiro;
4 não dês sono aos teus olhos, nem repouso às tuas pálpebras;
5 livra-te, como a gazela, da mão do caçador e, como a ave, da mão do passarinheiro.


O Amor ao Dinheiro

Em sua poesia: A Escrava do Dinheiro, Patativa do Assaré, disse com acerto:
“Dinheiro transforma tudo,
Dinheiro é quem leva e traz,
Eu nem quero nem dizer
Tudo o que o dinheiro faz.
Apenas aqui eu conto Que ele pra tudo tá pronto,
Ele é cabreiro e traidor,
E carrasco e é vingativo,
Só presta pra ser cativo,
Não presta pra ser senhor.”1

Cuidado com Fianças e Empréstimos

O livro de Provérbios adverte “Quem fica por fiador de outrem sofrerá males, mas o que foge de o ser estará seguro” (Pv 11.15).
Cuidado ao se tornar fiador ou avalista de alguém! Já vi gente se tornar fiador de empréstimos de terceiros e perder tudo o que tinha para as financeiras porque o avalizado não honrou seu compromisso! A propósito, certa vez fui procurado por um amigo que queria que eu lhe emprestasse algumas folhas de cheques. Explicou que havia montado um negócio e precisava desses cheques para negociar com os credores. Emprestei-lhe então algumas folhas. No mês seguinte, ele procurou-me novamente pedindo mais folhas de cheques.
Como das outras vezes, emprestei-lhe. O processo se repetiu por uns seis meses sem problema, mas certo dia após conferir o meu extrato bancário observei que uns dos cheques emprestados àquele amigo foram descontados antes do prazo previsto. O cheque foi apresentado ao Banco e este efetuou o pagamento, mesmo antes da data prevista: “bom para o dia...”. Liguei para ele para informar do incidente e ouvi a explicação que isso não iria mais ocorrer. Todavia, pouco tempo depois o processo voltou a se repetir. Desta vez informei-lhe que iria sustar os cheques porque não dispunha de fundos para cobri-los e se outros cheques fossem apresentados, seria posto no cadastro do SERASA. Foi o que fiz. Essa minha decisão foi suficiente para deixá-lo furioso e romper nossa amizade.
Depois desse incidente resolvi não emprestar mais folhas de cheques a ninguém. Não quero perder mais os amigos!

A Lição do Vai-e-Vem!

Meu pai costumava contar uma historinha engraçada sobre empréstimos. Contava que dois fazendeiros eram muito amigos e com frequência emprestavam um ao outro suas ferramentas. Certo dia um deles mandou o filho a casa do amigo pegar um serrote emprestado. Naquela região essa ferramenta também era conhecida com o nome de Vai-e-Vem. O amigo procurado, já sabendo que suas ferramentas demoravam em ser devolvidas, resolveu mandar um recado para o amigo:
“Jovem, diga ao seu pai que se o Vai-e-Vem fosse e viesse, o Vai-e-Vem iria. Mas como o Vai-e-Vem vai, mas não vem, o Vai-e-Vem não vai”!
Aqui cabe uma palavra sobre as compras a crédito, antigamente denominadas de “fiado”. O texto é bem claro: “se não tens com que pagar porque arriscar”? (Pv 22.27) Comprou? Pague! Tomou emprestado? Devolva! Quem compra e não paga, toma emprestado e não devolve é caloteiro e desonesto! E simples assim.

Baseado em Romanos 13.8, lancei numa igreja pastoreada por mim, a campanha: “A ninguém fiqueis devendo coisa alguma”. Ministrei um estudo bíblico sobre o assunto: “Cinco grandes pecados cometidos por quem compra e não paga”. Segui o seguinte esboço:

1) Peca contra Deus — escandalizando o evangelho (2 Co 6.3);
2) Peca contra o próximo — dando calote; 3) Peca contra si mesmo — formando um mau caráter; 4) Peca contra o Estado — impedindo a arrecadação de impostos; 5) Peca contra a igreja — trazendo um mau testemunho.

Fiquei surpreso com a repercussão que essa campanha provocou! Vi que a mensagem trouxe desconforto em muitos crentes. Quando a notícia saiu dos portões da igreja, os próprios empresários que se sentiram lesados por haver confiado vender a crédito para os crentes começaram a me procurar. Chegaram às minhas mãos boletos vencidos, notas promissórias, etc. Alguns desses documentos já vencidos a cerca de seis anos! Esse fato deixou-me perplexo! Eu não sabia que a coisa ali era tão grave. Como o evangelho iria repercutir na sociedade com um problema desses? Passei a exigir dos devedores o pagamento de suas dívidas!

Cuidado com o lucro fácil
Evitando a usura ou agiotagem

De fato, esse termo, na sua forma verbal, mantém no hebraico bíblico o sentido de “mordida de arrancar um pedaço. Foi pensando nisso que Davi disse que somente habitará no Tabernáculo do Senhor “O que não empresta o seu dinheiro com usura, nem aceita suborno contra o inocente” (SI 15.6). O livro de Provérbios adverte: “O que aumenta os seus bens com juros e ganância ajunta-os para o que se compadece do pobre” (Pv 28.8).
Infelizmente tem muito crente lucrando por meio da usura ou agiotagem. Emprestam dinheiro a juros exorbitantes! E o que é mais grave — alguns desses agiotas são obreiros! Já ouvi histórias de irmãos que tiveram seus bens confiscados e espoliados por obreiros porque não conseguiram pagar os juros estratosféricos cobrados. Alguns perderam lojas, outros perderam veículos. É lamentável que isso possa ocorrer no meio do povo de Deus. Mais lamentável ainda é que esses obreiros ainda estejam no púlpito.

No site www.financeiro24horas.com , encontramos uma excelente explanação sobre a agiotagem e como se prevenir dela.2 Vou reproduzi-la aqui.
A primeira justificativa para que uma pessoa que precisa de dinheiro não recorra a um agiota é que a Constituição Federal
considera crime o empréstimo de dinheiro mediante cobrança de juros, sem autorização do Banco Central. Ou seja, o agiota não pode nem emprestar dinheiro, quanto mais cobrar juros por isso. Diz ainda o artigo 192, parágrafo 3: “As taxas de juros reais, nelas incluídas comissões e quaisquer outras remunerações direta e indiretamente referidas à concessão de crédito, não poderão ser superiores a 12% ao ano. A cobrança deste limite será conceituada como crime de usura (lucro abusivo)”.

Mas antes que você pense que os bancos e financeiras podem estar cometendo crime ao cobrar taxas de juros que podem ir de 24% a 168% ao ano, o presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Nelson Miyahara, explica: “Esta lei não se aplica às instituições financeiras, mas há uma ação tramitando no Supremo Tribunal Federal (STF) para que isso mude”.

Dicas importantes:

* Fuja dos agiotas e dos classificados de jornais que oferecem dinheiro fácil.
* Jamais passe a escritura de seu imóvel ou de outros bens, a título de garantia para nenhuma pessoa.
* Nunca peça dinheiro emprestado por telefone ou Internet.
* Nunca assine notas promissórias, cheques, duplicatas em branco ou confissões de dívidas.
* A pessoa lesada por agiota deve registrar um B.O. (mas só se tiver provas) na delegacia. Em seguida, é preciso ir a um órgão de defesa do consumidor para pedir uma representação no Ministério Público.
* Nunca forneça dados pessoais por telefone.
* Para os consumidores que passaram os seus bens ao agiota, há recursos jurídicos que possibilitam reavê-los; neste caso é preciso consultar um advogado.

Mas, voltando aos agiotas: o problema é que eles sabem que praticam um crime, então dificilmente deixam rastros contra ele, o que às vezes inviabiliza uma possível ação judicial. Não são feitos contratos ou recibos, por exemplo, como nos bancos e financeiras. As negociações geralmente são verbais e por telefone, cujos números (na maioria das vezes de celular) são publicados em anúncio de jornais. “Isso dificulta a abertura de um inquérito criminal, já que, no geral, não há provas e, se a vítima registra um Boletim de Ocorrência contra a pessoa que emprestou o dinheiro a juros exorbitantes, ela precisa provar; se não, ainda corre o risco de enfrentar um processo de calúnia e difamação”, alerta Nelson Miyahara.

A Associação Nacional de Defesa dos Consumidores do Sistema Financeiro (Andif) lançou a ‘Cartilha do Agiota. Nela, os agiotas são classificados como “predadores vorazes que espreitam suas vítimas, prevalecendo-se da fragilidade psicológica e desespero momentâneo que as acometem, aplicam seus golpes, tomando os últimos recursos de que dispõem”. Eles só emprestam dinheiro para quem tem como garantir a dívida. Às vezes, exigem que a vítima assine cheques ou notas promissórias em branco e até dê um bem, como carro ou casa. Os juros variam de 14,5% a 35% ao mês, o que pode resultar em até 420% ao ano. Segundo a Andif a partir de então eles passam a administrar a dívida que cresce de forma descontrolada, inviabilizando a retomada do bem pela vítima e chegando até a ameaçá-las. “Há casos em que, após a transferência legal do imóvel, em quatro ou cinco meses a dívida aumentou 200%.”

Ainda sobre a aquisição de dinheiro fácil, convém lembrar que os estelionatários e golpistas sabem que muitas pessoas desejam o lucro fácil. É aí que usam toda a sua criatividade para darem seus golpes. Os mais comuns são aqueles em que o golpista oferece algo extremamente vantajoso, como o pagamento de um prêmio que a vítima supostamente ganhou. Exigem como garantia do recebimento do benefício, o pagamento de uma pequena taxa simbólica. É aí que está o golpe. Mas por que muitos entram nessa enrascada? Por que a ganância fala mais alto do que a razão. Pensam no lucro fácil e aí se tornam vitimas fáceis dos golpistas.
Recentemente soube de um casal que tomou de seu pastor dinheiro emprestado a juros! Devido à inexperiência daquele casal no novo empreendimento, o negócio não prosperou como eles imaginaram. Começaram os problemas financeiros e com eles as cobranças dos credores. No meio dos cobradores apareceu também o pastor daquele casal. Segundo me contou um pessoa ligada ao casal, os juros cobrados eram exorbitantes e fora da realidade financeira do casal. Não havendo como pagar, o casal entregou o empreendimento ao pastor como pagamento da dívida. A última notícia que recebi sobre esse nefasto relato é de que um dos cônjuges ficou decepcionado e agora não frequenta mais a igreja! Se isso não é pecado, então as palavras perderam o seu significado.

Evitando o Suborno

Um outro problema ligado ao dinheiro e que deve ser evitado a todo custo é aquele relacionado ao suborno. A palavra hebraica shohad, traduzida como “suborno”, mantém o sentido na língua original de dar presentes, dádiva, recompensa, incentivo. O expositor bíblico Victor P. Hamilton comentando sobre o sentido dessa palavra no Antigo Testamento, destaca: “Pode-se começar com a observação de que proibições de receber suborno (presumivelmente impostas aos juizes) se encontram nos trechos legais do Pentateuco (Êx 23.8; Dt 16.19). Conquanto os dois versículos comecem de modo semelhante, Deuteronômio 16.19 assim termina: “o suborno cega os olhos dos sábios” [hakamim]. Cf. Isaías 1.23; 5.23; Miqueias 3.11.

Caso o preço seja aceito, um suborno pode até mesmo produzir um assassino de aluguel, que matará uma pessoa inocente (Dt 27.25; Ez 22.12; SI 26.10) ou no mínimo perverterá o julgamento (Pv 17.23).
Somente aquele que desiste de uma violação tão flagrante da lei tanto moral quanto criminal poderá permanecer na presença de Deus (2 Cr 19.7; SI 15.5; Is 33.15). O próprio Deus está acima de qualquer censura a respeito (Dt 10.17; cf. 1 Pe 1.17).

Dada a cobiça do homem em todas as épocas e civilizações, é interessante que no Antigo Testamento há menção de apenas três casos de suborno (com uso da palavra shohad): os filhos de Eli (1 Sm 8.3);os reis Asa e Bem-Hadade (1 Rs 15.19); e os reis Acaz e Tglate-Pileser (2 Rs 16.8).3
Hoje, na nossa cultura, o suborno acontece de forma bem sutil. Às vezes ele bate à porta na forma de um fiscal da fazenda pública que quer ganhar vantagens além daquela que recebe pelo seu trabalho. Promete cancelar a multa que acabou de lavrar tão somente se o comerciante aceitar lhe dar uma parte do valor devido em dinheiro. Outras vezes o suborno acontece de forma mais sutil ainda. Não são poucos os relatos de irmãos que aceitam serem subornados em cargos públicos. Geralmente a coisa acontece quando determinado político assume um mandato público, quer seja de vereador, deputado federal, estadual ou ainda senador. Muitos dos novos contratados com as famosas verbas de gabinete aceitam receber somente uma parte do dinheiro em troca do emprego. O resto é embolsado pelo parlamentar. A justificativa é que eles ganham sem trabalhar! De fato muitos desses assessores não sabem nem mesmo onde fica o gabinete do seu chefe.

Por outro lado, muitos líderes aceitam ser incluso na folha de pagamento de algum órgão público em troca de apoio político. Vendem suas igrejas, suas famílias, seus ministérios.
Por isso é melhor dar o duro mesmo, mas ter a bênção de Deus: “Os bens que facilmente se ganham, esses diminuem, mas o que ajunta à força do trabalho terá aumento” (Pv 13.11).

Buscando o Equilíbrio Financeiro

Lemos em Provérbios: “Duas coisas peço: não mas negues, antes que eu morra: afasta de mim a falsidade e a mentira; não me dês nem pobreza nem a riqueza; para não suceder que, estando eu farto, te negue e diga: Quem é o Senhor? Ou que, empobrecido, venha a furtar e profane o nome de Deus” (Pv 30.8,9).

Esta passagem bíblica é uma das que melhor ilustra a busca por uma vida equilibrada. “Os dois pedidos, que se convergem num só alvo”, observa Derek Kidner, “dizem respeito a (a) o caráter (Pv 8a), e (b) as circunstâncias, que são um perigo para o caráter (Pv 8b, c, 9). A oração confirma a humildade que foi expressada nos w. 2ss., mostrando que se trata de (a) humildade de ambição (um anseio — antes que eu morra — pela integridade conforme a vontade de Deus, não de “grandes coisas para si”), e (b) a humildade do autoconhecimento — pois (conforme indica Toy) poderia ter orado, pedindo a capacidade de empregar corretamente a pobreza ou as riquezas, mas conhece bem demais a sua própria fraqueza”.4 Por outro lado, a obra The Expositors Bible Commentary destaca que: “Agur ora para Deus impedi-lo de tornar-se falso (v 8a) e autossuficiente (w. 8b, 9). Ele quer ser honesto em todas as suas relações, e ele quer uma vida de bênçãos materiais equilibrada. Ele raciocina que, se ele tem muito, pode tornar-se independente de Deus (veja Dt 8.11-14.), e se ele tem pouco, poderia roubar e, portanto, profanar o nome de Deus.

Assim, reconhecendo a sua própria ignorância, confiando na Palavra de Deus para a segurança na vida, e orando para que Deus o guarde de cair em tentação, Agur está pronto para oferecer suas palavras.5
Matthew Henry, ao comentar essa passagem bíblica, destaca: “Duas coisas que ele pede a Deus são: 

1. Graça para sua alma: aparta de mim a falsidade e a mentira. Para viver com retidão é mister amar a verdade e a integridade, sem deixar-se enganar pelas vaidades da vida.

2. Alimentação conveniente para seu corpo: Não me dês nem pobreza nem riqueza; concedi-me (diariamente) ração de pão (como Mt 6.11; 1 Tm 6.8). Roga contra os dois extremos da abundância e da miséria (v. 8b) e apresenta boas razões para isso: não aconteça que me sacie e te negue, quer dizer, que me esqueças que dependo de ti em tudo. A prosperidade dá lugar ao orgulho e ao esquecimento de Deus, como se já não necessitasse dEle. E que sendo pobre (melhor, empobrecendo-me, como em 20.13), furte. A pobreza extrema é uma tentação à desonestidade e a profanar o nome de Deus (Ex 20.7), seja jurando falsamente ou queixando-se da providência de Deus”/’

Infelizmente tudo isso acontece por conta de nossa cultura do ganha-ganha. Todos querem ganhar e ninguém aceita perder. A corrida rumo ao lucro fácil é estimulada todos os dias. E uma das formas em moda hoje em dia é aquele praticado pelas loterias. Nessa modalidade de jogo, em que o ganho fácil é uma tentação real, o governo fomenta a cultura do ganhar sem esforço. Não somente cria essas loterias, mas também estimula por meio de massiva propaganda. E os crentes, o que que tem ver com isso? Infelizmente alguns acham que o equilíbrio financeiro pode vir quando forem um dos “sortudos” da Mega-Sena. Em seu livro As Sete Ciladas do Inimigo, o escritor Erwin W. Lutzer, mostra como é perigoso o crente querer prosperar por meio dos jogos de azar.
“Em tempos passados, a igreja havia assumido uma posição contrária ao jogo. Hoje não se ouve nem uma palavra sobre o assunto. E o fato é que, embora o quadro que vamos pintar aqui pareça sombrio, na realidade, ele é ainda pior. Basta que perguntemos aos filhos cujos pais se separaram por causa de perdas no jogo. Perguntemos àqueles cuja mãe gasta cem dólares por semana em bilhetes de loteria, em vez de comprar roupas e alimentos. Em suma, o jogo destrói as famílias.”7

Respondendo à pergunta: É pecado Jogar?, Lutzer responde:

“E verdade que não existe um décimo primeiro mandamento que diz:
Não participarás em jogos de azar” (...) conta-se que George Washington teria dito o seguinte: “O jogo é filho da avareza, irmão da iniquidade e pai de todo tipo de erro”.
E eu concordo com ele. Creio que foi mesmo o Diabo que inventou o jogo. Portanto, é pecado. Apesar de a Bíblia não conter nenhuma orientação específica sobre o assunto, ela apresenta algumas princípios que contribuem para essa ideia. Vejamos alguns deles.
O jogo contraria o princípio da ética no trabalho. O jogo zomba do trabalho como forma de subsistência. Certa vez, vimos uma frase publicitária que dizia que existem apenas duas maneiras de se ganhar um milhão de dólares. Uma delas era trabalhar muito; a outra era jogar. E dizia mais:
“Quem vai trabalhar todo dia, quando poderia ganhar um milhão de dólares na loteria, é um idiota”.
Entretanto, o apóstolo Paulo escreveu o seguinte: “Se alguém não quiser trabalhar, também não coma” (2 Ts 3.10).
Quem joga não está sendo um mordomo de seus bens.
É insatisfeito com o que Deus lhe dá.

LIDANDO DE FORMA CORRETA COM O DINHEIRO

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LIDANDO DE FORMA CORRETA COM O DINHEIRO
Texto Áureo: Pv. 10.22 – Leitura Bíblica: Pv. 3.9,10; 22.3; 24.30-34

Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa
Twitter: @subsidioEBD

INTRODUÇÃO
O livro de Provérbios apresenta vários conselhos a respeito do uso apropriado do dinheiro. Tais orientações são bastante práticas, e úteis para os cristãos dos dias modernos. Na lição de hoje trataremos justamente a respeito desse assunto tão controvertido, e pouco discutido nas igrejas, e quando é feito, nem sempre se considera a totalidade das Escrituras. Por isso, nesta aula, além de abordar a questão do dinheiro em Provérbios, nos voltaremos para algumas orientações práticas, com base no Novo Testamento, em relação às finanças.

1. O DINHEIRO EM PROVÉRBIOS
Por se tratar de um livro de conselhos, Provérbios orienta seus leitores a fim de saberem lidar com situações práticas da vida. Conforme estudamos anteriormente, o autor de Provérbios destaca a importância de apresentar a Deus nossas primícias (Pv. 3.9). A recompensa de Deus, para os israelitas, estava condicionada a atitude de entregar a Ele os primeiros resultados da colheita (Pv. 3.10; 13.21). Como livro de sapiência, a sabedoria, e não o dinheiro, é muito mais importante, pois é a sabedoria que faz a riqueza durar (Pv. 8.18,21), o seu resultado é consideravelmente melhor (Pv. 8.20), somente a partir dela as pessoas poderão usá-lo adequadamente (Pv. 17.16), inclusive para não afadigar buscando riquezas (Pv. 23.4). Não apenas a sabedoria é mais importante que o dinheiro, também uma vida de retidão, atitudes de retidão. As pessoas justas vivem com maior tranquilidade que as desonestas (Pv. 15.16), por isso um homem pobre que não se envolve em negócios escusos é preferível ao rico que vive sem honestidade (Pv. 28.6). Deus geralmente recompensa os justos com dinheiro (Pv. 13.21), mas é melhor ter menos dinheiro e viver em retidão do que ter muito dinheiro resultante de injustiça (Pv. 16.18). Por conseguinte, temer a Deus é bem melhor do que ter dinheiro (Pv. 15.16), na verdade, a humildade, e o temor a Deus, leva o homem a adquirir riquezas (Pv. 22.4). Como já destacamos em outras lições, a diligência é uma característica fundamental para aqueles que querem ter êxito em suas vidas. Os que não se deixam conduzir pela indolência colherão os frutos da prosperidade (Pv. 10.4). A obtenção de dinheiro está atrelada ao trabalho, é através dele que as pessoas adquirem riquezas (Pv. 14.23). A diligência é concretizada em planejamento, não apenas em ações espontaneistas, que leva à ruina (Pv. 21.5). As pessoas que não conseguem controlar seus hábitos consumistas acabarão sem nada (Pv. 21.17).

2. PROVÉRBIOS E O USO DO DINHEIRO
O sábio destaca, a princípio, as limitações do dinheiro, definitivamente ele não pode comprar tudo, não pode livrar as pessoas da condenação (Pv. 11.4), não dura para sempre, tem um caráter efêmero (Pv. 23.5; 27.4), sequer é digno de confiança (Pv. 11.28), por isso devemos depositar nossa esperança em Deus (Pv. 28.25). Mas o dinheiro não necessariamente é algo ruim, na verdade, pode ser utilizado para fazer o bem. Quando corretamente utilizado, pode diminuir os estresses e evitar alguns problemas (Pv. 10.15). Ademais, os filhos, se forem sábios, poderão desfrutar da herança deixada pelos pais (Pv. 13.22), a esposa também exerce papel fundamental no bom uso dos recursos (Pv. 31.18). Mas é preciso ter cuidado, pois o dinheiro pode ser extremamente danoso para as pessoas, principalmente no que tange aos relacionamentos. Isso porque, infelizmente, existem favoritismos por causa do dinheiro, os ricos acabem sendo bem tratados, enquanto que os pobres são menosprezados (Pv. 14.20). As pessoas que têm dinheiro não conseguem identificar com facilidade quem são seus reais amigos, pois muitos se aproximam por interesse (Pv. 19.4). Aqueles que não têm dinheiro são abandonados justamente porque as pessoas se voltam para as que têm mais dinheiro (Pv. 19.4). Os que têm muito dinheiro não conseguem encontrar descanso, costumam viver no isolamento, pois comumente são perseguidos por ladrões ou sequestradores (Pv. 13.8). Aqueles que têm recursos financeiros são pessoas fúteis, não conseguem se interessar por conhecimentos valiosos. Os pobres com entendimento percebem a mediocridade dessas pessoas (Pv. 28.11). Além disso, não podemos deixar de destacar que muitas pessoas na verdade não têm dinheiro, apenas vivem uma mentira, como se tivessem, para agradar a sociedade (Pv. 13.7). Ao invés de querer dominar os mais pobres, e se assenhorarem sobre eles (Pv. 22.7), os ricos deveriam reconhecer que foi Deus quem criou tanto um quanto ao outro (Pv. 22.2). Ao invés de serem vaidosos, por causa do dinheiro, os ricos precisam pôr em prática a generosidade (Pv. 11.24,25). Deus é testemunha daqueles que oprimem os mais pobres, e querem tirar vantagem das suas necessidades, tais pessoas cairão em ruína (Pv. 22.16).

3. VISÃO CRISTÃ SOBRE O DINHEIRO
A abordagem de Jesus em relação ao dinheiro é radical, Ele se posiciona contra o acúmulo de riquezas na terra, orienta as pessoas a entesourarem no céu (Mt. 6.19-21). Essa é a resposta de Jesus a ansiedade que assola a sociedade moderna. Ao invés de estarem preocupados com muitas coisas, ansiosos pelas vicissitudes da vida, devemos aprender a confiar em Deus, na Sua providência (Mt. 6.24,25). Por isso, quando se encontrou com o jovem rico, orientou para que esse entregasse seus bens materiais aos pobres, mas ele foi incapaz de fazê-lo (Mt. 19.16-22). A conclusão de Jesus, em virtude do apego daquele jovem às riquezas foi a seguinte: “Em verdade vos digo que um rico dificilmente entrará no reino dos céus. E ainda vos digo que é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha, do que entrar um rico no reino de Deus” (Mt. 19.23,24). Ao invés de enfocar demasiadamente as riquezas, Jesus ensina que devemos buscar, em primeiro lugar, o reino de Deus e a sua justiça e que as demais coisas – apresentadas no contexto, e não todas como dizem alguns – os serão acrescentadas (Mt. 6.33). Em suas epístolas, Paulo orienta os primeiros crentes em relação ao uso do dinheiro. Ao escrever aos Coríntios nos apresenta o modelo de Jesus em relação à riqueza e a pobreza. Diz ele: “pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que pela sua pobreza vos tornásseis ricos” (II Co. 8.9). A riqueza a respeito da qual trata o Apóstolo, nesse texto, não é material, tendo em vista que, ao escrever a Timóteo, alerta a respeito do perigo das riquezas (I Tm. 6.9,10). A orientação apostólica é a de que há maior felicidade em dar do que em receber (At. 20.35), por isso, Deus ama a quem dar com alegria (II Co. 9.7). A moeda mais valiosa para o cristão é o exercício da piedade, que a fonte de lucro (I Tm. 4.8).

CONCLUSÃO
A partir do Livro de Provérbios, e do Novo Testamento, destacamos algumas orientações práticas quanto ao uso do dinheiro: 1) não devemos confiar nas riquezas, mas em Deus, que é nosso Provedor (Mt. 6.24); 2) diante de uma sociedade consumista, devemos pedir sabedoria a Deus, para saber usar corretamente o dinheiro (Tg. 1.5); 3) a honestidade é uma prática cristã, não apenas diante de Deus, mas também dos homens (II Co. 8.21); 4) não devemos esquecer que um dia prestaremos contas a Deus, inclusive do modo como gastamos nosso dinheiro (Rm. 14.10; 5) sejamos cuidadosos em relação ao dinheiro, aprendamos a exercitar a piedade com contentamento (I Tm. 6.6-10); 6) a utilizar os recursos em coisas benéficas, principalmente para a obra do Senhor  (Fp. 4.14); 7) em uma sociedade individualista, sejamos generosos, atentos às necessidades dos outros (II Co. 9,6,7); 8) o dinheiro do cristão deve ser ganho com honestidade, no temor do Senhor, e gasto com sabedoria (At. 24.16; II Ts. 3.7-9); 9) é preciso ter cuidado para não se deixar dominar pela ganância, e pelo consumismo (Ef. 5.3); e 10) o segredo é aprender a viver em contentamento, para não contrair dívidas desnecessárias, que comprometerão a renda familiar (Hb. 13.5).

BIBLIOGRAFIA
KIDNER, D. Provérbios: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1980.
ORTLUND JR. R. C. Proverbs: wisdom that works. Illinois: Crossway, 2012.

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