segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

SE O MEU POVO ORAR

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SE O MEU POVO ORAR
Texto Áureo: II Cr. 7.14 – Leitura Bíblica: II Cr. 7.11-18

Pb. José Roberto A. Barbosa

Objetivo: Despertar os alunos para perceberem a importância da oração, e mais que isso, as bênçãos espirituais dela advindas.

INTRODUÇÃO
Nesta última lição do trimestre, estudaremos a respeito do significado da oração para o povo de Deus. Inicialmente, meditaremos a respeito do contexto da passagem, no qual Israel é chamado a orar. Em seguida, analisaremos a importância que a oração tem para a igreja cristã. E por fim, sobre as implicações da oração para a vida do cristão.

1. SE ISRAEL ORAR
Após a dedicação do templo em Jerusalém, o Senhor apareceu a Salomão, à noite, em sonho. Nessa ocasião, Ele revelou ao monarca israelita seus projetos em relação ao futuro da nação. A palavra de Deus dirigida a Salomão tratava-se de uma resposta a sua petição. O Senhor aceita aquele local, o templo que havia sido erigido, como lugar de sacrifício e adoração (II Cr. 7.12). Quando o povo pecasse, e por causa do pecado, fosse julgado, através da falta de chuvas, de pestes que consumissem a terra, e depois o povo se arrependesse, o Senhor assim expressa: “E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra” (II Cr. 7.14). No contexto da passagem, o Senhor está dizendo a Salomão que se o povo se arrependesse dos seus maus caminhos, Ele ouviria dos céus a oração, perdoaria seus pecados e pouparia Israel dos males que lhe sobreviriam por causa da desobediência. Esse versículo precisa ser compreendido em conformidade com as promessas específicas feitas por Deus a Israel. Caso contrário, resultará em interpretações equivocadas ou aplicações forçadas à igreja. Somente podemos fazer alguma aplicação se considerarmos esse texto na totalidade do evangelho, reconhecendo: 1) a relevância do reconhecimento dos pecados da igreja; 2) as conseqüências desastrosas que o pecado pode causar; 3) a necessidade de arrependimento para que não sejamos julgados com o mundo; e 4) a convicção que Deus ouvirá as orações e nos guiará na verdade. A aplicação nacional desse versículo a qualquer país (inclusive o Brasil), como fazem alguns pregadores, não tem respaldo exegético.

2. SE A IGREJA ORAR
A igreja de Jesus Cristo necessita redescobrir o valor da oração. Se essa despertar para a importância da oração, desfrutaremos de um avivamento genuíno. Isso porque, conforme destacou o Senhor, “tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu. Também vos digo que, se dois de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus. Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles” (Mt. 18.18-20). Essa deva ser a motivação central da igreja para orar, experimentar a presença de Jesus em unidade no corpo de Cristo. Não importa qual seja o assunto, contanto que seja do agrado do Senhor, de acordo com Sua soberana vontade, Ele responderá a oração. Muito mais Jesus poderia fazer em Sua igreja, e através dela, bastaria que essa orasse. Infelizmente, há um busca exacerbada por bens materiais, decisões tomadas com base na política partidária ou eclesiástica e intensa competitividade entre os membros, tudo isso apaga a chama do Espírito Santo. Em Jo. 15.7, Jesus disse que “Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito”. Eis a condição para que recebamos do Senhor a resposta das orações: se as Suas palavras estiverem em nós. A igreja precisa orar, mas não apenas fazer orações com base em interesses particulares, antes orar de acordo com a vontade de Deus. Quantos de nós ainda ora por um avivamento na igreja? Pelo derramamento do Espírito Santo? Para que os novos convertidos sejam batizados no Espírito Santo? Será que ainda há quem ore pelos missionários em terras longínquas? Ainda estamos dispostos a orar pelos enfermos? Se a igreja do Senhor orar, em união, por temais semelhantes a esses, faremos proezas para a glória do Senhor.

3. SE O CRISTÃO ORAR
A revolução precisa começar por cada um de nós, cada cristão, individualmente, é chamado a orar. A oração do cristão deve ser uma expressão dos sentimentos e necessidades, mas, sobretudo, impulsionada pelo Espírito Santo (Rm. 8.15,26), orando tanto em Espírito quanto com a mente (I Co. 14.15). Por isso, Paulo recomenda aos efésios para que orem em todo o tempo no Espírito (Ef. 6.18), isso quer dizer que a oração não é apenas um ato natural, um momento de meditação para encontrar-se, como pressupõem os adeptos da auto-ajuda, muito menos um meio de obter longevidade, como defende o pragmatismo moderno. Orar é desfrutar de comunhão íntima com Deus, é reconhecer, pelo Espírito Santo, que somos filhos de Deus, por meio do qual podemos chamá-lo de Pai, Aba (Rm. 8.15,16). Se o cristão orar, terá mais comunhão com o Pai, e pedirá, em nome de Jesus, para a glória dEle (Jo. 14.13). Este é um exercício de fé, não esqueçamos que “tudo quanto pedirdes em oração, crendo, recebereis” (Mt. 21.22), contanto que o pedido seja da vontade de Deus (I Jo. 5.14). A esse respeito, devamos saber que a vontade de Deus não é que sejamos ricos, que tenhamos mansões, carros importados, iates e aviões, tal como argumentam os profetas da prosperidade, mas que sejamos santos (I Ts. 4.3), que vivamos em paz e unidade (Ef. 4.3) e sejamos sábios diante dos problemas da vida (Ef. 6.19,20; Tg. 1.2). Se o crente orar, a sua vida será guiada pelo Espírito do Senhor, ele aspirará viver de modo mais elevado, de acordo com o padrão planejado por Deus (Hb. 11.40).

CONCLUSÃO
“Se” é uma partícula gramatical condicional, portanto, uma possibilidade. Existem inúmeras ordenanças bíblicas para que o crente ore. Mas Deus não obriga as pessoas a orarem, Ele apenas declara: “Clama a mim, e responder-te-ei, e anunciar-te-ei coisas grandes e firmes que não sabes” (Jr 33.3). Em muitas ocasiões, Israel deixou de ver a glória de Deus porque preferiu confiar em si mesmo, ao invés de buscar o Senhor em oração. A igreja dos tempos atuais precisa aprender com o exemplo da igreja primitiva, a qual, perseverava na oração e no ministério da palavra (At. 10.5), esse, porém, é um assunto para o próximo trimestre.

BIBLIOGRAFIA
APPÉRÉ, G. A oração que Deus responde. São José dos Campos: Fiel, 2001.
BRANDT, R. L; BICKET, Z. J. Teologia bíblica da oração. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

A ORAÇÃO QUE CONDUZ AO PERDÃO

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A ORAÇÃO QUE CONDUZ AO PERDÃO
Texto Áureo: Sl. 51.10 – Leitura Bíblica: Sl. 51.1-13

Pb. José Roberto A. Barbosa

Objetivo: Ensinar os alunos a terem um espírito quebrantado em oração que é um poderoso instrumento para restaurar a comunhão com Deus.

INTRODUÇÃO
O pecado é uma realidade, ainda que alguns supostos especialistas tentem negá-lo. A Bíblia está repleta de exemplos de pecadores. Os noticiários impressos e televisivos também constatam essa verdade. Mesmo assim, sabemos que Deus não é contra os pecadores, Ele é gracioso e está disposto a perdoar aqueles que se arrependem. Na aula hoje, estudaremos a respeito do pecado e do perdão na Bíblia, atentaremos especificamente para o Salmo 51, e ao final, veremos como Deus lida com os pecadores que oram em arrependimento.

1. PECADO E PERDÃO NA BÍBLIA
Alguns estudiosos modernos tentam negar a realidade do pecado, extraem a responsabilidade do indivíduo, levando-a a condição social. A Bíblia, no entanto, revela o pecado tanto como uma tendência (Rm. 5.12) quando uma condição (I Jo. 1.10). Existem várias passagens na Bíblia que tratam a respeito do pecado. No Antigo Testamento, as palavras para pecado são: hatã – que significa “estar em falta perante Deus” (Gn. 20.6; Js. 7.11); e pesa – cujo significado principal é o de transgressão ou rebelião (Ex. 22.9; I Rs. 12.19; Is. 1.2; Am. 2.4-6). No Novo Testamento, pecado é hamartano, que dá idéia de “perder o foco” (Rm. 3.23). O pecado é uma condição perante Deus e que traz conseqüências (Jô. 5.14; I Co. 15.34). A Escritura revela a universalidade do pecado, isto é, todos pecaram, por isso foram distanciados de Deus, e o salário do pecado é a morte espiritual (Rm. 6.23). Perdão é aphesis em grego que, em Ef. 1.7; Cl. 1.14, está relacionado à redenção dos pecados, bem como no contexto de Mt. 26.28, por ocasião da celebração da Ceia do Senhor. Em prosseguimento a essa mensagem, os apóstolos pregaram que Jesus morreu e ressuscitou para o perdão dos pecados (At. 2.38; 5.31; 10.43; 13.38; 26.18).

2. SALMO 51, A ORAÇÃO DE UM PECADOR
O Salmo 51 foi escrito por Davi, por ocasião do seu pecado contra Deus, registrado em II Sm. 11.12. Nesse cântico, o salmista reconhece seu pecado e o apresenta perante Deus (Sl. 51.1-3). Em seguida, suplica ao Senhor que o perdoe dos seus pecados (Sl. 51. 1-2,7,9). Ele sabe que o pecado traz fardo à consciência, por isso, suplica ao Senhor que o livro daquele peso (Sl. 51. 8,12). O salmista não deseja mais pecar, por isso, pede ao Senhor que o dê graça para prosseguir (Sl. 51.10-11, 14). O pecado distancia o pecador da presença de Deus, por essa razão, Davi pede ao Senhor que permita que ele possa novamente se aproximar de Deus (Sl. 51.15). O salmista toma a decisão resoluta de mudar sua prática de vida, e isso será realizado melhorando a vida das pessoas que estão ao seu redor (Sl. 51.13) e glorificando a Deus (Sl. 51.16,17,19). Esse é um salmo de arrependimento, nele Davi abri sua alma perante Deus, reconhecendo sua condição pecaminosa. Ele implora não pela justiça de Deus, pois sabe que se essa vier não será possível escapar. Os pecados do salmista trouxeram implicações terríveis, ele destruiu a vida de um homem íntegro e da sua esposa. Davi, inicialmente, pensou que pudesse fugir dos olhos de Deus, foi assim desde o princípio, com Adão e Eva, mas a voz profética de Deus foi manifestada nas palavras de Natã. Davi chorou diante de Deus, suplicando pelo seu perdão, implorando por graça e misericórdia.

3. DEUS PERDOA OS PECADORES
Deus não se agrada do pecado, pois sendo Ele santo, pode haver conivência com o pecado. Mas o próprio Deus proveu uma saída para o pecado, pois Ele amou o mundo de tal maneira que deu Seu Filho, para que todo Aquele que nEle acredita, isto é, em Seu sacrifício vicário, não pereça em seus pecados, mas tenha a vida eterna (Jo. 3.16). Em sua Epístola aos Romanos, Paulo diz que Deus demonstra Seu amor para conosco pelo fato de ter nos amado, sendo nós ainda pecadores (Rm. 5.8). Todos pecaram, o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Jesus Cristo (Rm. 6.23). A partir do momento em que recebemos a Cristo, passamos assumir a condição de filhos, e recebemos, de Deus, o espírito de adoção, por meio do qual clamamos Aba, Pai (Rm. 8.15; Gl. 4.5). Por esse motivo, o cristão não tem mais prazer em pecar, onde abundou o pecado passa a superabundar a graça de Deus (Rm. 5.20). Isso não quer dizer que o cristão esteja isento do pecado, pois não há quem não peque, aquele que diz não pecar, faz Deus mentiroso (I Jo. 1.10), por outro lado, há algo de errado quando o cristão começa a ter prazer em pecar, pois o que é nascido de Deus não vive na prática do pecado (I Jo. 3.4-9). É nesse contexto que “se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça” (I Jo. 1.9).

CONCLUSÃO
Não adianta o ser humano fugir da verdade evidente do pecado. Essa é uma realidade bíblica, atestada pela história, motivo de matérias nos jornais e vivida na experiência humana. Todos pecaram, pois não há quem não peque (I Rs. 8.46), ainda assim, há esperança para o pecador que ora em arrependimento. Como Davi, podemos orar com o coração quebrantado, apresentarmos diante do Senhor nossos pecados, e obter perdão. Pois conforme nos lembra o sábio, “o que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia” (Pv. 28.13).

BIBLIOGRAFIA
BRANDT, R. L; BICKET, Z. J. Teologia bíblica da oração. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.
GEORGE, J. Orações notáveis da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.

MINISTÉRIO DA INTERCESSÃO - Lição 10- CPAD - 12/2010

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Ministério da Intercessão
Autor. Osvarela

Texto Áureo:
Ef.6.18. “Orando em todo tempo com toda a oração e súplica no Espírito e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica, por todos os santos”.
Leitura Bíblica em Classe.
Gn.18.23-29,32,33
O que é Intercessão?
“Intercessão é dar a luz no reino do Espírito às promessas e propósitos de Deus. É uma oração para que a vontade de Deus seja feita. É descobrir o que está no coração de Deus, e orar para que isso se manifeste”. Pr. Edmundo Felix
Esta definição de Intercessão reflete o que Abraão conseguiu diante de Deus ao Interceder pelos seus, ainda que no meio de ímpios e distante de sua face.
Intercessão independe de distancia
Intercessão independe da situação espiritual do que é foco.
Intercessão depende conhecer a Vontade e o Poder daquele que vai agir pela nossa Intercessão!
Etimologia.
Empatia.
Aurélio – s.f. Tendência para sentir o que sentiria, se estivesse em situação vivida por outra pessoa.
Grego - empátheia, -as, paixão
s. f. Forma de identificação intelectual ou afetiva! De um sujeito com uma pessoa, uma ideia ou uma coisa.
Lc.7. 13. Logo que o Senhor a viu, encheu-se de compaixão por ela, e disse-lhe: Não chores.
Mt.15. 32. Jesus chamou os seus discípulos, e disse: Tenho compaixão da multidão, porque já faz três dias que eles estão comigo, e não têm o que comer;
perseverança - s. f. -latim perseverantia, -ae
1. Qualidade ou acção! de quem persevera.
2. Constância, firmeza, pertinácia.
3. Duração aturada de alguma coisa.
Definindo Intercessão.
Etimologicamente a palavra Intercessão pode ser definida ou entendida nos idiomas bíblicos e na língua portuguesa: hebraico, grego e português.
Intercessão segundo o Dicionário português é: "Pedir por outrem, intervir a favor de alguém ou alguma coisa, ser intermediário”.
v. interceder; agir em favor de-; intermediar;
Intercessão: adj.[s.m.] ato de interceder;intervenção.
Grego - Μεσολαβώ - mediar
No Hebraico a palavra "PAGA" vem da raiz de uma palavra que significa:
1. colidir pela violência. 
2. “Paga" quer dizer “entrar em contato com”,
3. ir contra, ser violento contra,
4. colocar-se entre, 
5. encontro com, 
6. suplicar, orar, correr.
Somos chamados para ser Intercessores.
Para intervir em situações de outros; na vida de alguém;colocarmo-nos entre algo que vai acontecer com alguém, diante de Deus para Ele agir, pela nossa Oração intercessória.
Isto infere interpor-se entre o mal e o alvo do mal, vidas próximas ou não, mas que estão em risco.
Neste sentido, todos os descrentes estão sendo rudimentarmente, primariamente alvos da Intercessão da Igreja.
Interceder é ser ouvido por alguém, que pode resolver situações impossíveis.
1. "HUPERENTUNCHAMO" significa acima, além, através, mais do que, em lugar de.
2. "ENTEUXIS" significa ser ouvido pelo rei, no lugar de outros, encontrar-se com.
3. "ENTUNCHANO" significa trocar idéias com, conferenciar com, tratar com, fazer intercessão, rogar a uma pessoa a favor contra outros.
At.12.5. Pedro, pois, estava guardado na prisão; mas a igreja orava com insistência a Deus por ele. 12 Depois de assim refletir foi à casa de Maria, mãe de João, que tem por sobrenome Marcos, onde muitas pessoas estavam reunidas e oravam.
Por isto no Antigo Testamento a figura de Moisés, Abraão são destaque, pela sua ação intercessória, como Paulo e a Igreja são o destaque no Novo Testamento.
Qualidades que possuíam:
Estavam em contato direto com Deus e Ele lhes ouvia a Oração.
Será que eu e você podemos nos colocar nesta posição?
Espero que sim!
Texto auxiliar.
I Tm. 2.1-7. “Exorto, pois, antes de tudo que se façam súplicas, orações, intercessões, e ações de graças por todos os homens, pelos reis, e por todos os que exercem autoridade, para que tenhamos uma vida tranqüila e sossegada, em toda a piedade e honestidade. Pois isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador, o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade. Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem, o qual se deu a si mesmo em resgate por todos, para servir de testemunho a seu tempo; para o que (digo a verdade, não minto) eu fui constituído pregador e apóstolo, mestre dos gentios na fé e na verdade. Quero, pois, que os homens orem em todo lugar, levantando mãos santas, sem ira nem contenda”.
A Intercessão nos aproxima de Jesus.
O aproximar, ao qual nos referimos, é:
Ser cristão – igual a Cristo
Amoroso – igual a Cristo
Humanizados – igual a Jesus Cristo – a perfeita expressão do homem puro, que não teve pecado e podia interceder de maneira direta ao Pai.
Reconhecidos ao Pai – Igual a Jesus Cristo
Hb. 7. 25. Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, porquanto vive sempre para interceder por eles.
A Intercessão é a forma que Jesus nos ensinou, a nós os cristãos, mas a história bíblica nos legou uma longa e duradoura atividade da intercessão.
A Bíblia nos ensina sobre Abraão.
Intercessor é alguém que se coloca no lugar dos que necessitam da ação interventiva de Deus.
Intercessor é alguém que Deus confia para avisá-lo sobre as necessidades dos seus.
Participar nas angústias
Como Abraão, Deus quer nos comunicar as necessidades do seu povo, sejam quais forem estas necessidades, e nos fazer partícipes delas, e através das Orações pedir a Deus:
Sua intervenção nas causas e vida de outrem
-O Sucesso para a vida das famílias – alvo de Deus
-A libertação das vidas
-Livramentos
-Curas
Intercessão e Sacerdócio.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

A Oração Sacerdotal de Jesus Cristo

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A ORAÇÃO SACERDOTAL DE JESUS CRISTO
Texto Áureo: Lc. 6.12 – Jo. 17.1-4; 15.17; 20-22
Pb. José Roberto A. Barbosa

Objetivo: Meditar na oração sacerdotal de Jesus, a fim de que, como Ele, possamos nos relacionar com o Pai e agrada-lo em todas as circunstâncias da vida.

INTRODUÇÃO
Após cear com seus discípulos, Jesus profere uma oração intercessória ao Pai. Ela é conhecida como sacerdotal porque através dela o Senhor pede em prol daqueles que já o seguiam e que viriam a segui-lo ao longo dos tempos. Nesta aula, dividiremos essa oração em três partes: a primeira, Jesus ora por Si mesmo; a segunda, pelos seus discípulos; e por fim, ora pela Sua igreja. Devemos ter em mente, ao longo da exposição, o interesse de Jesus: pela Sua glorificação (Jo. 17.1-5); seu grupo apostólico imediato (Jo. 17.6-19) e 3) o grande número de crentes que ainda haveria de aceitar a fé (Jo. 17.20-26).

1. JESUS ORA POR SI MESMO
Para descer a terra, Jesus esvaziou-se, assumindo a forma de homem (Fp. 2.5-11). Por isso, diante da crucificação iminente, pede ao pai que o glorifique, tal como antes que o mundo existisse. Ele desejava retornar ao trono do Pai, não somente para seu bem-estar, mas para atuar em prol da Sua igreja (Jo. 7.39). Jesus existia desde a eternidade, mesmo antes que o mundo fosse criado, e antes de se tornar carne e nascer de Maria, Ele já desfrutava da glória do Pai. Essa verdade deva servir de fundamento para fé do cristão, pois temos a certeza de que Ele possui todo o poder e é capaz de salvar os pecadores, pois sua eternidade comprova Sua divindade (Jo. 1.14). Jesus não deixou de ser Deus ao tornar-se carne, pois nEle habitava corporalmente toda a divindade (Cl. 2.9). Ainda assim, Ele não deixou de se compadecer da condição humana. Mesmo reconhecendo os defeitos dos seus discípulos, Jesus não deixou de interceder por eles perante o Pai, mas não apenas por aqueles, mas por todos os que viriam a crer por intermédio do testemunho daqueles primeiros discípulos. A compaixão de Jesus, sua disposição para perdoar, deva servir de lição para todo cristão, Ele não se esqueceu nem mesmo de Pedro, após este O ter negado (Mc. 16.7). Muito antes lhe havia dito “eu, porém, roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça” (Lc. 22.32).

2. JESUS ORA PELOS SEUS DISCÍPULOS
Jesus ora especificamente pelos seus discípulos: “é por eles que eu rogo”, “por aqueles que deste”, e não pelos ímpios “não rogo pelo mundo”. A razão dessa singularidade é que eles “guardaram a tua palavra” (v. 6), “porque lhes dei as palavras que tu me deste; e eles as receberam” e “creram que me enviaste” (v. 8). O discipulado é conseqüência de uma experiência íntima com Cristo, e principalmente, da aceitação da Sua Palavra. Mas Jesus não quer que seus discípulos sejam retirados do mundo, pelo menos por enquanto. Diante das perseguições, é bem provável que esses quisessem retornar ao lar, à casa do Pai (Jo. 14.1). Seus discípulos precisariam permanecer no mundo, para que, nele, dEle dessem testemunho (At. 1.8). Ademais, para que pudessem amadurecer na fé, fazia-se necessário que enfrentassem aflições, ainda que tivessem, do Senhor, a promessa de que sairiam vencedores (Jo 16.33) e de que seriam livres do mal (Jo. 17.15; I Co. 5.9-11). O interesse primordial de Jesus não é pela prosperidade material dos seus discípulos, mas para que vivessem em santificação, que fossem santificados pela Palavra, que é a Verdade (Jo. 17.17). Mas Ele não queria que seus discípulos se encontrassem em divisão, antes que fossem um, como Ele e o Pai eram um. Os partidarismos eclesiásticos prejudicam a unidade da igreja (I Co. 3). Desde o princípio, a motivação central da igreja deveria ser a manutenção da unidade pelo vínculo da paz (Ef. 4.3), a fim de que essa possa chegar à unidade da fé (Ef. 4.13).

3. JESUS ORA PELA SUA IGREJA
Por fim, Jesus ora não apenas por aqueles discípulos, mas por todos os que viriam a crer por intermédio da mensagem deles (Jo. 17.20). Esse é o fundamento da fé da igreja cristã, a Palavra de Jesus, pregada pelos apóstolos, registrada na Escritura. Ainda que Jesus não tivesse orado pelo mundo, mas orou por aqueles que estavam no mundo, alvo do amor de Deus (Jo. 3.16). A vontade de Jesus é que onde ele se encontra, também estejam com Ele aqueles que O receberam, para que vejam a Sua glória. Essa parte da oração aponta para um futuro glorioso, esperança da igreja de Cristo. Não podemos ver ao Senhor agora, mas chegará o dia no qual O veremos como Ele é (I Jo. 3.2). Quando a trombeta soar, estaremos para sempre com o Senhor, os mortos ressuscitarão, os vivos serão transformados, essa é uma mensagem de conforto para a igreja (I Ts. 4.13-17). E, como disse o Salmista, “na tua presença há plenitude de alegria, na tua destra, delícias perpetuamente” (Sl. 16.11). Pois a Igreja, aqueles que foram chamados para fora, a assembléia de Cristo, conheceu, não pela carne e pelo sangue, mas pela Palavra de Deus, que Ele fora enviado do Pai (Jo. 17.25). E essa é a justamente a vida eterna que “que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (Jo. 17.3).

CONCLUSÃO
A oração sacerdotal de Jesus é categorizada, pelos teólogos, como “o santo dos santos das Escrituras”. Nessas palavras o Senhor revela sua íntima comunhão com o Pai, a quem nos ensinou a chamar de Aba (Papai). Através dessa oração podemos conferir o amoroso interesse de Jesus por aqueles que O seguem. Diante dessa intercessão graciosa, devemos não apenas ter confiança nas palavras de Cristo, que são fiéis e verdadeiras, mas também adorá-LO, tributando, a Ele, a glória que LHE é devida.

BIBLIOGRAFIA
BRANDT, R. L; BICKET, Z. J. Teologia bíblica da oração. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.
PEARLMAN, M. João: o evangelho do Filho de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.

A Oração Sacerdotal de Jesus Cristo

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A ORAÇÃO SACERDOTAL DE JESUS CRISTO

TEXTO ÀUREO = “ E aconteceu que, naqueles dias, subiu ao monte a orar e passou a noite em oração a Deus” (Lc 6:12)

VERDADE PRÁTICA = A vida de oração de Jesus é um exemplo para todo crente que deseja cultivar um relacionamento íntimo com o Pai e agradá-Lo em tudo.

INTRODUÇÃO

Na lição do dia de hoje será abordado uma das mais importantes e enriquecedoras orações da bíblia sagrada que será descrita abaixo:

“Depois de assim falar, Jesus, levantando os olhos ao céu, disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que também o Filho te glorifique; assim como lhe deste autoridade sobre toda a carne, para que dê a vida eterna a todos aqueles que lhe tens dado. E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, como o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, aquele que tu enviaste. Eu te glorifiquei na terra, completando a obra que me deste para fazer. Agora, pois, glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que eu tinha contigo antes que o mundo existisse. Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste. Eram teus, e tu mos deste; e guardaram a tua palavra. Agora sabem que tudo quanto me deste provém de ti; porque eu lhes dei as palavras que tu me deste, e eles as receberam, e verdadeiramente conheceram que saí de ti, e creram que tu me enviaste. Eu rogo por eles; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me tens dado, porque são teus; todas as minhas coisas são tuas, e as tuas coisas são minhas; e neles sou glorificado. Eu não estou mais no mundo; mas eles estão no mundo, e eu vou para ti. Pai santo, guarda-os no teu nome, o qual me deste, para que eles sejam um, assim como nós.

Enquanto eu estava com eles, eu os guardava no teu nome que me deste; e os conservei, e nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição, para que se cumprisse a Escritura. Mas agora vou para ti; e isto falo no mundo, para que eles tenham a minha alegria completa em si mesmos. Eu lhes dei a tua palavra; e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo. Não rogo que os tires do mundo, mas que os guardes do Maligno. Eles não são do mundo, assim como eu não sou do mundo. Santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade. Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviarei ao mundo. E por eles eu me santifico, para que também eles sejam santificados na verdade. E rogo não somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em mim; para que todos sejam um; assim como tu, ó Pai, és em mim, e eu em ti, que também eles sejam um em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste. E eu lhes dei a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um; eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, a fim de que o mundo conheça que tu me enviaste, e que os amaste a eles, assim como me amaste a mim.” (Jo 17:1-23)

Essa oração já foi chamada de Oração Sacerdotal - título adequado pois nessa oração o sacerdote (Jesus) consagra-se ele mesmo como a vitima (o cordeiro para o sacrifício). A palavra "sacerdote" significa: "um que traz para perto". Lendo sua oração sacerdotal estamos sendo trazidos para muito perto, à presença do Pai, pois esta oração é a oração perfeita. Abrange tudo.
Será abordado o mesmo esquema de nosso comentarista Pr Eliezer de Lira e Silva para aprofundamento e subsidiar melhor cada tópico.

DESENVOLVIMENTO

I. ORAÇÃO POR UMA VIDA DE COMUNHÃO COM O PAI:

1. Relacionamento com Deus:

“Assim como lhe deste autoridade sobre toda a carne, para que dê a vida eterna a todos aqueles que lhe tens dado. E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, como o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, aquele que tu enviaste” (Jo 17:2-3)
Observa-se que Deus gosta de relacionar-se com o homem, isto é observado desde os primórdios quando em Gênesis o Senhor ia falar com Adão até este cair em pecado. Mas através do sangue de carmesim de Cristo, esse relacionamento quebrado foi refeito por um novo e vivo caminha a saber Cristo.

O profeta Oséias também nos chamou a atenção quando disse conheçamos e prossigamos em conhecer, esse relacionamento não é estático requer uma busca contínua através da oração, jejum e uma vida de adoração.

2. Meditação e prática da palavra de Deus:

“Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste. Eram teus, e tu mos deste; e guardaram a tua palavra”.(Jo 17:6)
Jesus em suas palavras disse que o homem que ouve as suas palavras e não as pratica é semelhante ao homem que constrói a sua casa sobre a areia e vem o vento e a chuva e a destrói, mas aquele que ouve suas palavras e a pratica é semelhante aquele que constrói sobre uma rocha e vem o vento e a tempestade mas ela permanece firme.
Nós somos esta casa se ouvirmos as palavras de Jesus e as praticarmos passaremos por percalços mas estaremos firme na rocha que é Cristo.
Jesus sabe o quanto é importante a Palavra, o estudo, a meditação e a pregação. Será que nós também estamos dando esta importância? Será que em nossos culto o tempo para a Palavra é suficiente e respeitado?

A oração de Cristo pela proteção, pela alegria, pela santificação, pelo amor e pela união, refere-se somente aqueles que pertencem a Deus, que creram em Cristo, que se separaram do mundo e que guardam a Palavraa de Cristo e crêem em seus ensinos.
A palavra nos limpa:
“Vós estais limpos pela palavra que vos tenho falado”(Jo 15:3)
A palavra nos conduz a vida eterna:
“Examinais as escrituras, porque vós cuidais de ter nela a vida eterna, e são elas que de mim testificam” (Jo 5:39)

3. Uma vida que glorifique a Deus:

Eu te glorifiquei na terra, completando a obra que me deste para fazer” (Jo 17:4)
A palavra Cristão aponta para a idéia de que aquela pessoas segue Cristo. Será que estamos tendo uma vida que glorifique a Ele assim como Ele glorificou o pai. Antigamente quando um crente ia abrir uma conta no mercadinho da esquina o dono ficava até feliz pois sabia que ali estava um cliente que ele poderia contar, mas hoje a situação se reverteu devido a inúmeros pseudocrístão que fizeram muitas tolices e não cumpriram suas palavras com certeza a resposta do dono do mercadinho será assim:
- Me desculpe mas tanto crente me deu prejuízo.
Ë tempo de renovarmos de termos uma vida que glorifique a Deus em tudo. Em todos os lugares e aconteça em nossas vidas assim como aconteceu na vida de Daniel que até o rei testemunhou dele “tomara que o Deus a quem tu serves continuamente”. Vamos servir ao Único e Verdadeiro Deus de maneira que Ele seja glorificado em nossas vidas.
A “glória” de Cristo foi sua vida de serviço e abnegação e sua morte na cruz a fim de redimir a raça humana. Semelhantemente a “glória”do crente é o caminho do serviço humilde e de carregar a sua cruz (lc 9:23). A humildade, a abnegação, o serviço e a disposição de sofrer por Cristo, garantirão a verdadeira unidade dos crentes que levará a glória verdadeira.

II. ORAÇÃO POR PERSEVERANÇA, ALEGRIA E LIVRAMENTO:

1. Perseverança:

Eu não estou mais no mundo; mas eles estão no mundo, e eu vou para ti. Pai santo, guarda-os no teu nome, o qual me deste, para que eles sejam um, assim como nós. Enquanto eu estava com eles, eu os guardava no teu nome que me deste; e os conservei, e nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição, para que se cumprisse a Escritura.” ( Jo 17:11-12)
A perseverança é a preocupação de Jesus o fato de Ele orar por perseverança sugere que não é algo automático para os crentes depende deles continuarem crendo em Jesus e guardando sua palavra, e sobre tudo e em última instância do poder de Deus.

2. Alegria:

Mas agora vou para ti; e isto falo no mundo, para que eles tenham a minha alegria completa em si mesmos.” (Jo 17:13)
O mal que tem afligindo século é a depressão, pessoas sentem vontade de morrer e perdem a alegria da vida. O Cristão é diferente pois tem uma alegria deixada pelo Senhor dos senhores a alegria da salvação que faz com que nos lembremos que nosso Mestre veio e triunfou sobre o inferno e a morte e nos deu livre acesso ao pai nos salvando da segunda morte, fazendo com que desfrutemos da vida eterna na cidade santa ao lado dEle..

3. Livramento:

Não rogo que os tires do mundo, mas que os guardes do Maligno”(Jo 17:15)
Só encontramos refúgio no Senhor. O homem sem Deus não consegue derrotar o mundo, mas em Cristo triunfaremos pois Ele triunfa conosco.
Não orou para que seus discípulos fossem tirados do mundo, mas para que pudessem escapar da ira dos homens, porque tinham uma grande obra a fazer para a glória de Deus e para benefício da humanidade. Ele orou para que o pai os guardasse do mal, de serem corrompidos pelo mundo, dos remanescentes do pecado em seus corações, e do poder e da astucia de satanás. Assim, pois eles passariam pelo mundo como alguém que cruza território inimigo, como Ele havia feito. Eles não são deixados aqui para que procurem alcançar os mesmos objetivos que os outros homens que os rodeiam e almejam alcançar, mas glorificarem á Deus e servirem ä sua geração. O Espírito de Deus nos verdadeiros cristãos opõe-se ao espírito do mundo.

III. ORAÇÃO POR SANTIDADE, UNIDADE E FRUTOS ESPIRITUAIS:

1.Santidade:

“Santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade”
“E por eles eu me santifico, para que também eles sejam santificados na verdade” ( Jo 17:17,19)
Cristo orou em seguida a favor dos discípulos, para que não somente fossem guardados do mal, mas para que se tornassem bons. A oração de Jesus por todos os seus é que sejam santificados. Até os discípulos devem orar pedindo a graça santificadora.
O meio de conceder esta graça é “na verdade, a tua palavra é a verdade”. Santifica-os, apartando-os para ti mesmo e para te servirem. Recebe-os na obra; que a tua mão esteja com eles.
Jesus consagrou-se completamente à sua tarefa e a todas as partes dela, especialmente ao oferecer-se sem nenhuma mácula, pelo Espírito eterno. A verdadeira santidade de todos os verdadeiros cristãos é o fruto da morte e ressurreição de Cristo, pela qual o dom do Espírito Santo foi adquirido.
Ele ofereceu-se a si mesmo por sua Igreja para santificá-la. Se os nossos pontos de vista não têm este efeito em nós, não correspondem a verdade divina, ou não o recebemos por meio de uma fé ativa e viva.
Santificar significa tornar santo, separar. Jesus ora na noite da véspera da sua crucificação, para que seus discípulos sejam um povo santo, separados do mundo e do pecado, para adora a Deus e servi-lo. Devem separar-se para estarem perto de Deus, para viverem para Ele e para serem semelhantes a Ele. Essa santificação vem pela dedicação à Verdade revelada pelo Espírito da Verdade.(Jo 14:17;16:13)

A verdade é tanto a palavra viva de Deus (Jo 1:1), como revelação da palavra escrita de Deus.
Jesus “se santifica”separando-se para cumprir a vontade de Deus, morrer na cruz. Jesus sofreu no calvário afim de que seus seguidores pudessem separar-se do mundo e dedicar-se a Deus.
“E, por isso, também Jesus, para santificar o povo pelo seu próprio sangue, padeceu fora da porta” (Hb 13:12)
Jesus sofreu na cruz fora da porta da cidade de Jerusalém para que sejamos santificados, separados da antiga vida pecaminosa e dedicados a servir a Deus.

2. Unidade:

para que todos sejam um; assim como tu, ó Pai, és em mim, e eu em ti, que também eles sejam um em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste. 22 E eu lhes dei a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um;” (Jo 21-22)
A Igreja é um corpo não pode viver em desunião. E Jesus clamou por esta união. No Salmo 133 vemos isto claramente, no original a união que se refere o salmista é uma união como se andássemos de mão dada, ou seja, a alegria do irmão é minha alegria, a tristeza dele também é a minha precisamos andar desta forma
A união em favor da qual Jesus orou não era a união de igrejas e organizações, mas a espiritual, baseada na permanência em Cristo (Jo 17:23). Amor a Cristo (Jo 17:26) separação do mundo (Jo 17:14-16): Santificação na verdade (Jo 17:17-19), receber a verdade da Palavra e crer nela (Jo17: 6, 8, 17). Obediência a Palavra (Jo 17:6) e o desejo de levar a salvação aos perdidos (Jo 17: 21,23). Faltando algum destes fatores, não pode haver a verdadeira unidade que Jesus pediu em oração.
Jesus não ora para que seus seguidores “se tornem um”, mas para que “sejam um”. Trata-se do subjuntivo presente e significa “continuamente ser um”. União essa que se baseia no relacionamento que todos eles têm com o Pai e o Filho, e na mesma atitude basilar que têm para o mundo, a palavra e a necessidade de alcançar os perdidos (IJo1: 7).
Intentar criar uma união artificial por meio de reuniões, conferências ou organização centralizada pode resultar num simulacro da própria união em prol da qual Jesus orou. Ele tinha em mente algo muito mais do que “reuniões de unificação”. De união artificial. É uma união espiritual de coração, propósito, mente e vontade dos que estão totalmente dedicados a Cristo, à Palavra e à santidade. (Ef 4:3).

3 Frutificação espiritual:

Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviarei ao mundo.” (Jo 17:18)
Fomos chamados para dar frutos. Oração consagrada, perfeita, oração igual à oração de Jesus, urge para fora, irrompe para anunciar com santa paixão a todo mundo: "E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste". Ninguém pode ser um homem de oração, cheio do Espírito, sem tornar-se também um missionário.

III. CONCLUSÃO

Que possamos nos espelhar na oração de Cristo e termos uma vida:
- De relacionamento com Deus;
- Meditação e prática da Palavra de Deus;
- De glorificação a Deus;
- De Perseverança;
- De Alegria;
- De Livramento;
- De Santidade;
- De Unidade; e
- Frutificação Espiritual.

Que possamos cantar, como no hino da harpa 296:
“Com Jesus a minh’alma deseja estar no jardim, em
constante oração; quando a noite chegar,
e o mal me cercar, quero estar em constante oração.”

REFERÊNCIAS:
- Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, Rio de Janeiro.
- Comentário Bíblico Pentecostal. CPAD. Rio de Janeiro;
- SILVA, Eliezer de Lira e. Lições Bíblicas O poder da Oração. CPAD. Rio de Janeiro;
- HENRY, Matthew. Comentário Bíblico. CPAD. Rio de Janeiro.

sites:
Elaboração:- Pb. Miguel Fiuza Neto

Retirado do Blog:  http://rxisaias.blogspot.com/

A Oração Sacerdotal de Jesus Cristo

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21 de novembro de 2010

TEXTO ÁUREO
“E aconteceu que, naqueles dias, subiu ao monte a orar e passou a noite em oração a Deus” (Lc 6.12).
- Mais uma vez Lucas enfatiza o fato de Jesus orar em momentos críticos. Constantemente, Jesus procurava estar a sós em oração com o Pai, principalmente nos momentos de grandes decisões (5.16). Uma noite inteira em fervente oração dará resultados surpreendentes (Tg 5.16). Depois de passar aquela noite em oração, Jesus escolheu os doze para serem seus apóstolos (vv. 13-16), curou muitos que estavam enfermos (vv. 17-19) e pregou seu sermão mais conhecido (vv. 20-49). Se Jesus, o perfeito Filho de Deus, passou uma noite toda em oração ao Pai, para tomar uma importante decisão, quanto mais nós, com nossas fraquezas e nossos fracassos, precisamos orar muito e cultivar uma íntima comunhão com nosso Pai celestial. Observemos que foi oração a Deus, isto é, a oração de Jesus tinha endereço certo. Muitas orações não são respondidas porque não têm o destino certo; estão com o endereço errado, ou não têm endereço nenhum. BEP
VERDADE PRÁTICA
A expansão contínua do evangelho completo é um distintivo da igreja que não se descuida da oração.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
João 17.1-4; 15-17; 20-22
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
- Identificar os elementos que evidenciam uma vida de comunhão com Deus;
- Explicar as razões que levaram Jesus a orar por perseverança, alegria e livramento;
- Compreender que por meio da oração o crente é santificado.
PALAVRA-CHAVE
INTERCESSOR
Aquele que suplica por outro ou que intervém em favor de outro.
COMENTÁRIO
(I. INTRODUÇÃO)
João 17 contém a oração final de Jesus por seus discípulos. Este texto revela os desejos e anseios mais profundos de nosso Senhor por seus seguidores, tanto naquela ocasião como agora. Além disso, esta oração é um exemplo inspirado pelo Espírito de como todo pastor deve orar por seu povo e como todo pai deve orar por seus filhos. Ao orarmos pelos que estão sob nossos cuidados, nossos propósitos principais devem ser para que conheçam intimamente a Jesus Cristo e à sua Palavra (vv. 2,3,17,19), para que Deus os preserve do mundo, da apostasia, de Satanás, do mal e das falsas doutrinas (vv. 6,11,14-17), para que tenham continuamente a alegria de Cristo (v. 13); para que sejam santos em pensamento, ações e caráter; para que sejam um (vv. 11, 21, 22); para que levem outros a Cristo (vv. 21,23); para que perseverem na fé e, finalmente, habitem com Cristo no céu (v. 24) para que permaneçam constantemente no amor e na presença de Deus (v. 26). Boa Aula!
(II. DESENVOLVIMENTO)
I. ORAÇÃO POR UMA VIDA DE COMUNHÃO COM O PAI
1. Relacionamento com Deus (Jo 17.2,3). Relacionamento é correspondência, trato amistoso, ou convivência, relações íntimas com alguém. Relacionamento com Deus quer dizer convivência com Ele. É trato diário com o Senhor, tornando-se familiar essa relação de amizade (Sl 25.14 e Nm 12.5-8). A vida consiste na comunhão com Deus ‘que nos criou para Ele mesmo, de modo que nossas almas não descansam até que descansem nEle’, como disse Agostinho. Conhecer a Deus, como freqüentemente nas Escrituras, significa mais do que uma percepção intelectual; envolve afeição e compromisso também. Ao colocar-se junto com o Pai como fonte de vida eterna, Cristo afirma a sua própria divindade. “Ó que todos os crentes tivessem como prioridade cada vez maior responder essa pergunta! Que eles se juntassem àqueles na história da igreja que se aprofundaram em seu relacionamento com Deus! Citarei John Owen como um exemplo. Ele escreveu um livro chamado Comunhão com Deus que é um jeito antiquado de dizer "relacionamento com Deus." O que um relacionamento com Deus significa é que nós recebemos comunicações de Deus sobre Ele tanto através da Sua Palavra como através da história. Ele vem até nós em Jesus Cristo, no Seu ensino, na Sua cruz, nos Seus apóstolos, através da Sua Palavra, e Ele está falando conosco. E o Seu falar é tornado vital para nós pela presente presença do Espírito Santo que habita dentro de nós. Isso é a metade do relacionamento. Ele toma a iniciativa.” John Piper.
2. Meditação e prática da Palavra de Deus (Jo 17.6). Habite , ricamente em vós a Palavra de Cristo”. (Cl 3.16). Como vimos, não é exagero ler demais a Palavra de Deus, mas sim uma necessidade. Ler a Bíblia, absorver a Bíblia, ingerir a Palavra é uma ordem de Deus para nós. Sem a Palavra não há relacionamento com Deus. Nela encontramos o próprio Deus, encontramos o nosso começo com Cristo, salvação. Com ela alimentamos o nosso relacionamento com Deus que deve ser forte e constante. Com ela haverá quebrantamento, regozijo e emoções sensibilizadas pelo Espírito Santo. A Palavra é instrumento de restauração, de libertação, de cura para nossa alma doente. É à base de tudo. Ela fortalece o espírito, conforta a nossa alma, fortalece a personalidade por dentro até Cristo fluir. A Palavra não pode ser apartada do tratamento interior que o Espírito Santo faz e quer fazer em cada crente e que dura à vida inteira. Ela é remédio para nossa alma marcada pelo pecado. Ela gera paz, poder, prosperidade, alegria saúde, força, vitória (Js 1.6-8, Pv 4.20-23). A ordem de Deus para Josué foi ser forte, corajoso para herdar a terra, mas apresentou o meio para essa conquista – fazer e não desviar da Palavra para que fosse bem sucedido. E continuou: Falar constantemente, Meditar e Fazer o que a Lei ordenava para fazer Prosperar o Seu Caminho. A nossa alma tem sede da Palavra, e ela deverá ocupar lugar central na vida da cada crente se quiser vitória. O grande problema de muitos crentes é desprezar a Palavra, se empobrecendo espiritualmente e até sendo ponto de interrogação quanto a sua vida cristã. Também o desvalor pela Palavra abre um espaço enorme para Satanás atacar, agir em nossa vida. Qual é a sua brecha? Tem fraquejado? Ler a Palavra devagar, meditando, examinando (João 5:39), extraindo o seu ensino, anotando, descobrindo verdades ocultas para você. Isso significa alimentar-se da Palavra de Deus, relacionar-se com Ele. “Um relacionamento com Deus fundamentalmente acontece pelo Espírito, através da Palavra. Não tente correr para longe da Bíblia tentando achar uma relação com Deus nos bosques ou em algum tipo de encontro estético com a natureza ou em alguma grande obra de arte. Tudo isso é suplementar. Sim, os céus manifestam a glória de Deus (Salmo 19:1). De fato, Deus usa arte e poesia de qualidade para nos despertar. Mas se nós não centrarmos na Bíblia, onde ele fala autoritativa e infalivelmente, então nosso relacionamento tornar-se-á distorcido pelo erro e pelo pecado. Portanto, deixe a Bíblia ser o lugar onde Deus encontra e fala com você e deixe a Bíblia ser o lugar onde você fala de volta para Ele. O relacionamento reside nesta comunhão: Ele para nós e nós para Ele. E isso ocorre o tempo todo ao longo do dia. Nós nos lembramos quando estamos desencorajados: "não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel.” (Isaías 41:10). Você se lembra dessas palavras e as traz à memória, porque elas vêm de uma promessa na Bíblia. Então você diz: "Obrigado Senhor. Eu darei este passo de obediência." E naquele momento desfrutou-se de um relacionamento e uma comunhão foi experimentada. E é assim que você caminha dia após dia com Deus por esta vida”. John Piper, http://www.desiringgod.org/resource-library/resources/what-does-it-mean-to-have-a-relationship-with-god
3. Uma vida que glorifique a Deus (17.4). Glorificar a Deus é o propósito de nossas vidas, para Sua Glória fomos criados. E a Bíblia está repleta de indicações, por exemplo, em Isaías 43:7 "... eu os criei para minha glória..."; em 1 Coríntios 10:31 "quer comais, quer bebais ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus". Glorificar a Deus significa, honrá-Lo através do que falamos, agimos, e pensamos; glorificar a Deus é reconhecer a Sua importância e valorizá-Lo acima de todas as coisas, fazendo-O também conhecido à outras pessoas, para que de igual modo, aprenda a glorificá-Lo. Glorificar a Deus é também ter um coração grato. Podemos glorificá-Lo também através da nossa fé, com a total confiança de que Ele estará conosco sempre e nunca nos abandonará, apesar de qualquer circunstância. Podemos glorificá-Lo através de nosso amor, através da busca em conhecê-Lo mais, e do desejo de obedecê-Lo. Deus nos criou e nos redimiu; pertencemos a Ele, e Ele conhece cada um de nós pelo nome (Is 43. 1). Diante de problemas difíceis, não seremos vencidos, pois Ele está conosco (Is 43. 2,5). Somos preciosos e honrados à sua vista, e objetos do seu grande amor (Is 43. 4). O objetivo principal da vida do crente é agradar a Deus e promover a sua glória. Sendo assim, aquilo que não pode ser feito para a glória de Deus (i.e., em sua honra e ações de graças como nosso Senhor, Criador e Redentor) não deve ser feito de modo nenhum. Honramos a Deus mediante nossa obediência, ações de graças, confiança, oração, fé e lealdade a Ele. Viver para a glória de Deus deve ser uma norma fundamental em nossa vida, o alvo da nossa conduta, e teste das nossas ações.
“À medida que nos relacionamos intimamente com o Senhor por meio da oração e da meditação em seus mandamentos, o seu caráter vai sendo moldado em nós” Eliezer de Lira e Silva[1]
SINÓPSE DO TÓPICO (1)
Uma vida de comunhão com Deus é evidenciada por um relacionamento íntimo com Ele mediante a oração e a leitura bíblica.
II. ORAÇÃO POR PERSEVERANÇA, ALEGRIA E LIVRAMENTO
1. Perseverança (Jo 17.11,12). Todo cristão deseja ter a certeza da salvação, ou seja: a certeza de que, quando Cristo voltar ou a morte chegar, esse cristão irá estar com o Senhor, no céu (Fp 1.23; 2Co 5.8). João ao escrever sua primeira epístola esclarece-nos que o povo de Deus pode ter esta certeza (1Jo 5.13); ele declara que seu propósito ao escrever esta epístola é prover ao povo de Deus o ensino bíblico sobre a certeza da salvação. Temos a certeza da vida eterna quando cremos “no nome do Filho de Deus” (5.13; cf. 4.15; 5.1, 5). Não há vida eterna, nem certeza da salvação, sem uma fé inabalável em Jesus Cristo; fé esta que o confessa como o Filho de Deus, enviado como Senhor e Salvador nosso.
2. Alegria (Jo 17.13). O crente deve regozijar-se e fortalecer-se, meditando na graça do Senhor, sua presença e promessa. A alegria é parte integrante da nossa salvação em Cristo. É paz e prazer interiores em Deus Pai, Filho e Espírito Santo, e na bênção que flui de nosso relacionamento com Eles (cf. 2Co 13.14). Os ensinos bíblicos a respeito da alegria incluem a alegria associada à salvação que Deus concede em Cristo (1Pe 1.3-6; cf. Sl 5.11; 9.2; Is 35.10) com a Palavra de Deus (Jr 15.16; cf. Sl 119.14). A alegria flui de Deus como um dos aspectos do fruto do Espírito (Sl 16.11; Rm 15.13; Gl 5.22). Logo, ela não nos vem automaticamente. Nós a experimentamos somente à medida que permanecemos em Cristo (Jo 15.1-11). Nossa alegria se torna maior quando o Espírito Santo nos transmite um profundo senso da presença e do contato com Deus em nossa vida (cf. Jo 14.15-21). Jesus ensinou que a plenitude da alegria está intimamente ligada à nossa permanência na sua Palavra, à obediência aos seus mandamentos (Jo 15.7,10,11) e à separação do mundo (Jo 17.13-17). A alegria, como deleite na presença de Deus e nas bênçãos da redenção, não pode ser destruída pela dor, pelo sofrimento, pela fraqueza nem por circunstâncias difíceis (Mt 5.12; At 16.23-25; 2 Co 12.9).
“Se tivermos toda a Bíblia e nenhuma oração, teremos um grande monte de verdade, mas nenhum poder. Seria como ‘luz sem calor’. Por outro lado, se tivermos toda oração, porém nenhum ensino bíblico, estaremos em perigo de nos tornarmos fanáticos – calor sem luz!” Warren W Wiersbe[2]
SINÓPSE DO TÓPICO (2)
Em sua oração intercessória, Jesus suplicou a Deus que concedesse aos discípulos livramento, alegria e perseverança.
III. ORAÇÃO POR SANTIDADE, UNIDADE E FRUTOS ESPIRITUAIS
1. Santidade (Jo 17.17,19). Deus é santo, e as qualidades de Deus devem ser as qualidades do seu povo. A idéia principal de santidade é a separação dos modos ímpios do mundo e dedicação a Deus, por amor, para o seu serviço e adoração. Ser santo é estar separado do pecado e consagrado a Deus. É ficar perto de Deus, ser semelhante a Ele, e, de todo o coração, buscar sua presença, sua justiça e a sua comunhão. Acima de todas as coisas, a santidade é a prioridade de Deus para os seus seguidores (Ef 4.21-24). A santidade foi o propósito de Deus para seu povo quando Ele planejou sua salvação em Cristo (Ef 1.4). A santidade foi o propósito de Cristo para seu povo quando Ele veio a esta terra (Mt 1.21; 1 Co 1.2,30). A santidade foi o propósito de Cristo para seu povo quando Ele se entregou por eles na cruz (Ef 5.25-27). A santidade é o propósito de Deus, ao fazer de nós novas criaturas e nos conceder o Espírito Santo (Rm 8.2-15; Gl 5.16-25, Ef 2.10). Sem santidade, ninguém poderá ser útil a Deus (2 Tm 2.20,21). Sem santidade, ninguém terá intimidade nem comunhão com Deus (Sl 15.1,2). Sem santidade, ninguém verá o Senhor. Lv 11.44 apresenta as instruções no tocante ao alimento puro e impuro (i.e., apropriado e impróprio) dadas, segundo parece, por motivos de saúde; mas também são padrões para ajudar Israel a permanecer como um povo separado da sociedade ímpia ao seu derredor (cf. Dt 14.1,2). Essas instruções sobre alimentos já não são obrigatórias para o crente do NT, posto que Cristo cumpriu o significado e o propósito delas (cf. Mt 5.17; 15.1-20; At 10.14,15; Cl 2.16; 1 Tm 4.3). Contudo, os princípios inerentes nessas instruções continuam válidos hoje. O cristão hodierno deve diferir da sociedade em derredor quanto a comer, beber e vestir-se, de tal modo que glorifiquem a Deus no seu corpo (cf. 1 Co 6.20; 10.31) e pela rejeição de todos os costumes pecaminosos sociais dos ímpios. O crente precisa ser "santo em toda a vossa maneira de viver" (1 Pe 1.15). A ênfase nos detalhes à pureza cerimonial ressaltava a necessidade da separação moral do povo de Deus, em pensamento e obras, em relação ao mundo ao seu redor (Êx 19.6; 2 Co 7.1). Todos os aspectos da nossa vida devem ser regulados pela vontade de Deus (1Co 10.31). A santidade é o alvo e o propósito da nossa eleição em Cristo (Ef 1.4); significa ser semelhante a Deus, ser dedicado a Deus e viver para agradar a Deus (Rm 12.1; Ef 1.4; 2.10; ver Hb 12.14). É o Espírito de Deus que realiza em nós a santificação, que purifica do pecado nossa alma e nosso espírito, que renova em nós a imagem de Cristo e que nos capacita, pela comunicação da graça, a obedecer a Deus segundo a sua Palavra (Gl 5.16,22,23,25; Cl 3.10; Tt 3.5; 2 Pe 1.9)
2. Unidade (Jo 17.21,22). A união em favor da qual Jesus orou não era a união de igrejas e organizações, mas a espiritual, baseada na permanência em Cristo (v. 23); amor a Cristo (v. 26); separação do mundo (vv. 14-16); santificação na verdade (vv. 17-19); receber a verdade da Palavra e crer nela (vv. 6,8,17); obediência à Palavra (v. 6); e o desejo de levar a salvação aos perdidos (vv. 21,23). Faltando algum desses fatores, não pode haver a verdadeira unidade que Jesus pediu em oração. Jesus não ora para que seus seguidores "se tornem um", mas para que "sejam um". Trata-se do subjuntivo presente[3] e significa "continuamente ser um". União essa que se baseia no relacionamento que todos eles têm com o Pai e o Filho, e na mesma atitude basilar que têm para com o mundo, a Palavra e a necessidade de alcançar os perdidos (cf. 1 Jo 1.7). Intentar criar uma união artificial por meio de reuniões, conferências ou organização centralizada, pode resultar num simulacro da própria união em prol da qual Jesus orou. Ele tinha em mente algo muito mais do que "reuniões de unificação", ou seja, de união artificial. É uma união espiritual de coração, propósito, mente e vontade dos que estão totalmente dedicados a Cristo, à Palavra e à santidade. "A unidade do Espírito" não pode ser criada por nenhum ser humano. Ela já existe para aqueles que creram na verdade e receberam a Cristo, conforme Paulo proclama nos capítulos 1-3 de Efésios. Aquela igreja devia guardar e preservar essa unidade, não mediante os esforços ou organizações humanas, mas pelo andar "como é digno da vocação com que fostes chamados" (Ef 4. 1). A unidade espiritual é mantida pela lealdade à verdade e o andar segundo o Espírito (Gl 5.22-26). Não pode ser conseguida "pela carne" (Gl 3.3).
3. Frutificação espiritual (Jo 17.18). Quando uma pessoa crê em Cristo e recebe o seu perdão, recebe a vida eterna e o poder de estar ou permanecer nEle. Tendo esse poder, o crente precisa aceitar sua responsabilidade quanto à salvação e permanecer em Cristo. Assim como a vara só tem vida enquanto a vida da videira flui na vara, o crente tem a vida de Cristo somente enquanto esta vida flui nele pela sua permanência em Cristo. A palavra grega aqui é meno, que significa "continuar", "permanecer", "ficar", "habitar". As condições mediante as quais permanecemos em Cristo são:
a. conservar a Palavra de Deus continuamente em nosso coração e mente, tendo-a como o guia das nossas ações;
b. cultivar o hábito da comunhão constante e profunda com Cristo, a fim de obtermos dEle forças e graça;
c. obedecer aos seus mandamentos e permanecer no seu amor e amar uns aos outros;
d. conservar nossa vida limpa, mediante a Palavra, resistindo a todo pecado, ao mesmo tempo submetendo-nos à orientação do Espírito Santo (v. 3; 17.17; Rm 8.14; Gl 5.16-18; Ef 5.26; 1 Pe 1.22). BEP, nota Jo 15.4.
SINÓPSE DO TÓPICO (3)
Na oração sacerdotal de Jesus, Ele intercedeu ao Pai pela santidade, unidade e frutificação espiritual de sua Igreja.
(III. CONCLUSÃO)
Na oração sacerdotal o Senhor Jesus depois de haver orado pelos discípulos que já criam e caminhavam com Ele, orou também por todos aqueles que ainda haveriam de vir a crer n´Ele através da pregação da Palavra. Ele orou ao Pai rogando por nós, muitos anos antes de nascermos, e antes que viéssemos a abraçar a fé. Ele não rogou por todas as pessoas do mundo, como está escrito no verso 17:9, mas sim por todos aqueles que pelo Pai lhe foram dados (Jo 17.6 e 9); pelos que já criam, e pelos que ainda viriam a crer. Ele rogou por todos os que Ele de antemão conheceu na Sua Onisciência! Ele rogou por nós!
[1] Eliezer de Lira e Silva, Pastor Auxiliar na AD em Curitiba (PR). Conferencista, professor de Homilética, palestrante em Escolas Bíblicas de Obreiros. Diretor do Projeto Missionário Ide e Ensinai, em Moçambique, África. Comentarista da revista Lições Bíblica de Escola Dominical pela CPAD.
[2] Warren Wendel Wiersbe é um pastor norte-americano, teólogo, conferencista e um grande escritor de literatura cristã e trabalhos teológicos. Warren Wiersbe fez mais dois doutorados honorários e tem acumulado em sua biblioteca pessoal mais de dez mil livros; às vezes referido como "pastor dos pastores", o Dr. Wiersbe tornou-se um bem conhecido e confiável teólogo bíblico e estudioso nos círculos do Fundamento Evangélico.
[3] O subjuntivo presente expressa ações incertas, hipotéticas ou desejadas no presente. O modo subjuntivo contrasta com o indicativo e para entender as diferenças entre um e outro, vamos analisar a série a seguir: Garanto que ele trabalha. Suponho que ele trabalhe. Espero que ele trabalhe. Duvido que ele trabalhe. Na primeira frase do exemplo, o verbo em negrito está no indicativo presente, pois a ação expressa é certa, confirmada no presente. Nas demais frases, o tempo empregado foi o subjuntivo presente, pois expressam hipótese, desejo, dúvida sobre o que ocorre no presente.
APLICAÇÃO PESSOAL
É edificante saber que naquele momento lindo e tão profundo de intercessão, o Senhor Jesus pensava em nós, e também em todos aqueles que ainda virão a crer n´Ele. Nos conforta e nos encoraja ainda mais saber que, na Sua Onisciência, Ele sempre nos vê, e permanentemente se lembra de nós, e de todos os que pelo Pai lhe foram dados. Ainda hoje, Ele vive junto ao Pai, intercedendo por nós... "Por isso também pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles." Hb 7.25. Quer dizer, Ele está sempre nos acompanhando com o seu olhar de amor, nos guardando do mal, nos livrando das ciladas do inimigo, e pronto a estender a Sua Bondosa Mão para nos socorrer em nossas necessidades, problemas, dores e sofrimentos! Diante de tão grande prova de amor, o que temos a fazer é nos aproximarmos mais e mais deste Deus Maravilhoso, amá-Lo acima de todas as coisas, entrar nos seus átrios com adoração, ações de graças, salmos, e hinos de louvor. Opus-me fortemente às doutrinas da eleição, redenção particular (também chamada de expiação limitada) e graça para perseverança até o fim. Agora, porém, fui levado a examinar essas verdades preciosas pela Palavra de Deus. Tenho sido levado a não procurar nenhuma glória própria na conversão do ímpio, mas tão somente a me considerar como um mero instrumento, e havendo sido disposto a aceitar o que as Escrituras dizem, eu me aproximei da Palavra, lendo o Novo testamento desde seu início, com referência em particular a essas verdades. Qual não foi minha surpresa, as passagens que falam diretamente sobre eleição e graça perseverante são cerca de quatro vezes mais abundantes do que as que aparentemente falam contra essas verdades. E após refletir não por breve tempo, compreendi as doutrinas referidas. Quanto ao feito que minha crença nessas doutrinas teve em minha vida, sou constrangido a afirmar, para a glória de Deus, que embora seja ainda muito fraco, e de forma alguma tão morto para a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida quando deveria ser, ainda assim, pela graça de Deus, tenho andado ainda mais perto dEle desde esse período. Minha vida não tem sido tão inconstante e posso dizer que tenho vivido muito mais para Deus do que antes.
Crendo N’Aquele que é galardoador dos que o buscam (Hb 11.6),
Francisco A Barbosa
EXERCÍCIOS
1. O que a oração sacerdotal de Jesus expressa?
R. Os sentimentos, pensamentos e vontades mais íntimas do Mestre em relação aos seus discípulos.
2. Qual a melhor maneira de conhecer o Pai?
R. A melhor maneira de conhecer o Pai e a sua vontade para seus filhos é meditar em sua Santa Palavra.
3. O que o crente deve fazer para não entrar em tentação?
R. Orar e vigiar, “em todo o tempo” (Ef 6.18).
4. Por que o Senhor exige santificação de seu povo?
R. Para adorá-lo e servi-lo.
5. É possível um cristão fiel não produzir frutos?
R. Não, pois aquele que está em Cristo – a Videira Verdadeira – naturalmente produz frutos da mesma espécie.
Boa aula!
BIBLIOGRAFIA PESQUISADA
- Lições Bíblicas 4º Trim. Livro do Mestre CPAD (http://www.cpad.com.br);
- Max Lucado, "A Grande Casa de Deus" – Rio de Janeiro: CPAD, 2001;
- A Oração de Jesus, Hank Hanegraaff, 1ª edição - 2002, Rio de Janeiro, CPAD;
- Stamps, Donald. Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD;
- Bíblia de Estudo Genebra. São Pulo e Barueri, Cultura Cristã e SBB, 1999;
- (HORTON, Stanley M (ed). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro. 12.ed. CPAD, 2009, pp. 600-1).
- Hybels, Bill. Ocupado Demais para Deixar de Orar / Bill Hybels; Tradução Magaly Fraga Moreira. Campinas, SP: Editora United Press, 1999.
- Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2004.
- BRANDT, Robert L.; BICKET, Zenas J. Teologia Bíblica da Oração. 4. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2006.
- GEORGE, Jim. Orações Notáveis da Bíblia. 1. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2007.

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