quarta-feira, 25 de novembro de 2009

A RESTAURAÇÃO ESPIRITUAL DE DAVI

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A RESTAURAÇÃO ESPIRITUAL DE DAVI
Texto Áureo: II Sm. 12.13 - Leitura Bíblica em Classe: Sl. 51.1-4; 7-12; 17

Pb. José Roberto A. Barbosa
www.subsidioebd.blogspot.com

Objetivo: Mostrar que o caminho da restauração passa pelo arrependimento e confissão do erro cometido e abandono da prática.

INTRODUÇÃO
Em prosseguimento ao episódio da aula passada, quando Davi é confrontado pelo profeta Natã, estudaremos, na aula de hoje, a respeito do processo de arrependimento e confissão do rei de Israel. A princípio, discutiremos a respeito da resposta imediata de Davi à Palavra de Deus. Em seguida, analisaremos o Salmo 51, no qual Davi expressa seu quebrantamento. Ao final, meditaremos a respeito do papel do arrependimento e da confissão na vida cristã.

1. DAVI RECONHECE SEU PECADO
Davi finalmente se identificou com o enfrentamento profético de Natã (I Sm. 12.5,6). Viu em si mesmo a realidade do pecado, não pode mais se eximir da culpa. Ao invés de encontrar explicações descabidas a fim de preservar sua imagem, Davi se humilhou na presença de Deus. Mesmo sendo rei, Davi confessa a culpa diante do profeta, reconhecendo ser esse o porta-voz de Deus. Tal ato poderia, do ponto de vista político, ser considerado um suicídio. Mesmo assim Davi não estava colocando o trono acima do seu relacionamento com Deus. Confessou seu pecado assumindo que a Palavra de Deus deveria estar acima de sua atuação no reinado. Diante de tal atitude, o profeta complementa: o Senhor te perdoou o teu pecado; não morrerás. Nesse particular observamos uma nítida diferença entre Davi e Saul. Este, ao invés daquele, jamais assumiu seus erros. Essa teria sido uma das causas da sua rejeição pelo Senhor. Uma das expressões marcantes do reconhecimento do pecado de Davi se encontra no Salmo 32. Nesse Salmo o rei transborda de alegria ao saber do perdão de Deus no lugar da culpa, e da restauração da comunhão após a angústia da convicção do pecado. Ao invés da morte Davi desfrutou da vida que o Senhor pode dar a alma ressequida pelo pecado. O perdão do Senhor não o isenta das conseqüências do seu ato, concretizada no vaticínio da morte do seu filho com Bate-Sabe (I Sm. 12.13-15).

2. UM SALMO DE ARREPENDIMENTO
O Salmo 51 fora proferido por Davi por ocasião do reconhecimento do seu pecado. Nesse salmo Davi suplica o perdão e a misericórdia de Deus por causa das suas transgressões. O rei de Israel pede ao Senhor que o lave dos seus pecados e o purifique das suas iniqüidades (v. 2). Ele reconhece, isto é, tem a percepção da gravidade dos seus erros, por isso, roga a Deus que retire o peso do pecado, pois eles estão sempre diante dele, não saem da sua mente (v. 3). Ainda que o pecado de Davi tenha causado males às pessoas, seu pecado, na verdade, foi contra Deus. Ele assume que procedeu com maldade perante Deus, pois ninguém pode escapar da visão do Senhor. Mas nem tudo está perdido, já que Davi pode ser justificado pelo falar de Deus (v. 4). A causa do pecado de Davi está na sua própria constituição. Ele diz que nasceu em pecado e que sua mãe também em pecado o concebeu (v. 5). Davi sabe que Deus ama a verdade que vem do íntimo, sem fingimento, e isso faz com que o rei abra seu coração (Rm. 2.29). A purificação do pecado é efetuada pelo Senhor, que o torna mais alvo do que a neve (v. 7). O pecado, conforme estudamos na lição anterior, acarreta em males físicos. O salmista ora para que o Senhor restitua sua alegria e os ossos que foram esmagados (v. 8). Diante da santidade de Deus e da realidade do pecado humano, Davi suplica ao Senhor que esconda o Seu rosto dos seus pecados (v. 9). Em seguida, implora por um coração purificado e um espírito renovado, isto é, uma nova condição espiritual (v. 10). O rei sequer exige que permaneça no trono, mas que o Senhor não retire dele o Espírito (v. 11). O pecado acarreta tristeza, resulta em angústia, por isso pede que Deus restitua a alegria da salvação (v. 12). E depois que encontrar a alegria, ele ensinará aos transgressores o caminho da justiça de Deus (v. 13). Davi sabe que cometeu um crime ao matar Urias e, por essa razão, pede que seja livre dos crimes de sangue (v. 14). O pecado cala o homem, tira-lhe o regozijo de cantar louvores a Deus. Somente o Senhor pode, através do perdão, colocar um cântico novo na boca do pecador (v. 15). De nada adiantam os sacrifícios rituais, a menos que sejam cumpridos em sincero arrependimento (v. 16). O pecado não pode oferecer algo mais valioso a Deus que um coração quebrantado, sinceramente contrito (v. 17). O rei está preocupado que os seus pecados tragam mazelas ao seu povo (v. 18), então, promete que, ao ser perdoado, não apenas ele, mas todo o povo celebrará a Deus com sacrifícios de justiça (v. 19).

3. A RESTAURAÇÃO ESPIRITUAL DE DAVI
Os textos de II Sm. 12 e os salmos 32 e 51 revelam como Davi reagiu diante da revelação do seu pecado. Em II Sm. 12.13 está escrito que o rei disse: “pequei contra o Senhor”. Esse é o caminho da restauração espiritual de todo aquele que quer prosseguir nos caminhos do Senhor. Ao ser confrontado pela Palavra de Deus (Hb. 4.12,13), o cristão deve adotar uma atitude de submissão (Rm. 10.17; I Ts. 1.6). O pecado é uma dura realidade e o seu pagamento é a morte espiritual, mas a vida eterna está em Cristo Jesus (Rm. 6.23). O cristão é pecador, ainda que não viva no pecado (I Jo. 1.8; 3.8), mas se houver arrependimento e confessar os seus pecados, encontrará a misericórdia divina (Pv. 28.13). Temos um Advogado perante o Pai, Jesus Cristo, o Justo, portanto, “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça” (I Jo. 1.8). E tem mais boas notícias: “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo. E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo” (I Jo. 2.1,2)..

CONCLUSÃO
O pecado traz conseqüências drásticas às vidas das pessoas. Mas nem tudo está perdido, pois Deus é especialista em transformar tragédias em comédias. Há muitos casos registrados na Bíblia de pecadores que foram perdoados por Deus. Nem tudo está perdido para aqueles que fraquejaram durante a caminhada. Há esperança para os que se arrependem e que buscam ao Senhor com coração sincero, orando as palavras do Salmo 51. Reconhecem, com Davi, que pecaram contra o Senhor e são carentes da Sua misericórdia. Deus não apenas trata o pecador arrependido com graça – dando-lhe o que não merece (perdão) – mas também com misericórdia – deixando de dar-lhe o que merece (condenação). Ao Deus que contempla os arrependidos e perdoa os seus pecados seja a honra e glória pelos séculos dos séculos.

BIBLIOGRAFIA
BALDWIN, J. G. I e II Samuel: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2008.
SWINDOLL, C. R. Davi. São Paulo: Mundo Cristão, 2009.

A RESTAURAÇÃO ESPIRITUAL DE DAVI

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LIÇÃO 9 - A RESTAURAÇÃO ESPIRITUAL DE DAVI


INTRODUÇÃO
Nesta lição iremos aprender e compreender que, o caminho da restauração na vida de Davi se fez necessário. Ha momentos na vida do cristão em que esta restauração também é indispensável. Porém alguns requisitos são importantes para este processo, dentre eles estão : o arrependimento, a confissão e o abandono do pecado. A Bíblia nos mostra a importância desta restauração espiritual. Davi expressou o arrependimento: “Tem misericórdia de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; apaga as minhas transgressões, segundo a multidão das tuas misericórdias.” (Sl 51:1)



I - O QUE É RESTAURAÇÃO?
No dicionário de Aurélio nos mostra que é “o ato ou efeito de restaurar”, “recuperação” e “restabelecimento”. Também no grego “apokatastasis”, formado de “apo”, “para trás, de novo”, “Kathistemi,” “pôr em ordem”, estabelecer em ordem”, é usado em At 3:21 (restauração). Concernente a Israel em seu futuro estado regenerado. Nos papiros, é usado para se referir a uma cela do templo de uma deusa, a um “conserto” de estrada pública, á “restauração” de bens a seus donos legítimos, a um “balanço” de contas.


II - O CAMINHO DA RESTAURAÇÃO PELO ARREPENDIMENTO
Davi precisou de se arrepender do seu pecado. A Bíblia nos mostra a importância do arrependimento, ( Dt. 30:1 0; II Rs 17 13; Jr 8:6; Ez 14:56;18:30). “Na verdade que, depois que me converti, tive arrependimento; e depois que fui instruído, bati na minha coxa; fiquei confuso, e também me envergonhei; porque suportei o opróbrio da minha mocidade.” (Jr 31:19) Davi estava verdadeiramente arrependido por ter cometido adultério com Bate Seba e por mandar assassinar o marido dela para encobrir o fato. Porém quando ele confessa, encontra misericórdia de Deus, porque aquele que segue ao Senhor deve ter o temor de obedecer : “Se temerdes ao Senhor, e o servirdes, e derdes ouvidos à sua voz, e não fordes rebeldes ao mandado do Senhor, assim vós, como o rei que reina sobre vós, seguireis o Senhor vosso Deus.” ( I Sm 12:14).


III - O CAMINHO DA RESTAURAÇÃO PELA CONFISSÃO
A Bíblia nos mostra que sem arrependimento não há remissão de pecados, portanto a confissão é a porta para o arrependimento. “E a descendência de Israel se apartou de todos os estrangeiros, e puseram-se em pé, e fizeram confissão pelos seus pecados e pelas iniqüidades de seus pais.” (Ne 9:2) A confissão e o arrependimento ajudam a curar a ferida. O arrependimento é uma mudança de mente e disposição para abandonar o pecado, envolvendo em senso de culpa e desamparo, apreensão da misericórdia de Deus, um forte desejo de escapar ou ser salvo do pecado, e abandono voluntário. A confissão de Davi é premiada como misericórdia, “O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia.” (Pv. 28:13). A Bíblia nos mostra o perdão pela confissão: ” Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça”. (I Jo 1:9). O apóstolo João trata a mentira e a sua progressão entre aqueles que tiveram um encontro com Jesus:
  • “Se dissermos que temos comunhão com ele, e andarmos em trevas, mentimos, e não praticamos a verdade.” (I Jo 1:6) As pessoas que estão em nossa volta tem comunhão com Deus, mas a forma de viver não corresponde como as nossas palavras. Andamos em trevas, e isso não corresponde a praticar a mentira.
  • “Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós.” ( I Jo 1:8) Após mentirmos as pessoas que nos cercam, estamos mentindo a nós mesmos.
  • “Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós.” ( I Jo 1:10) Quando tentamos mentir para Deus, fazemos-nos dele mentiroso, o qual testifica da pecaminosidade do homem . (Mt 6:23 b). Se nós erramos, precisamos do seu perdão para caminhar.
IV - O CAMINHO DA RESTAURAÇÃO PELO ABANDONO DO PECADO
Deus respondeu à oração de Davi. Voltava à paz com seu Pai celestial. O Salmo 32 mostra os resultados desse relacionamento restaurado: “Bem aventurado aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto. Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputa maldade, e em cujo espírito não há engano. Quando eu guardei silêncio, envelheceram os meus ossos pelo meu bramido em todo o dia. Porque de dia e de noite a tua mão pesava sobre mim; o meu humor se tornou em sequidão de estio. Confessei-te o meu pecado, e a minha maldade não encobri. Dizia eu: Confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e tu perdoaste a maldade do meu pecado.” (Sl 32:2-5) Embora Davi merecesse claramente a pena de morte (Lv 20:10;24:17), o Senhor perdoou-o por ter demonstrado arrependimento e remorso. Até mesmo no Antigo Testamento podemos ver a graça de Deus resplandecer no relacionamento dos seus filhos.(Jr 18:8) Essa experiência de Davi com o Senhor ressalta a graça divina como nenhuma outra passagem veterotestamentária. Os erros de Davi sempre se relacionam com a falha em não consultar a vontade de Deus; em vez disso, sua restauração estava sempre ligada ao ato de renovar a comunicação com Deus. “O meu coração está dolorido dentro de mim, e terrores da morte caíram sobre mim”.( Sl 55:4)


V - A IMPORTÂNCIA DA BÍBLIA PARA RESTAURAÇÃO ESPIRITUAL
                Princípios de vida para o homem de Deus hoje:
  • Nunca confie no sucesso do passado como um seguro contra falhas no futuro - Alguns cristãos confiam na sua auto-suficiência, porém o servo de Deus, deve confiar seus fundamentos em Deus. Davi teve grande êxito na sua trajetória de vida, portanto o apóstolo Paulo nos adverte: ” Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe não caia.” ( I Co 10:12)
  • Evitar a ociosidade e a iniqüidade - Devemos ter nosso momento de lazer, porém estar atentos, sempre observando a Palavra de Deus. “Eis que esta foi a iniqüidade de Sodoma, tua irmã: Soberba, fartura de pão, e abundância de ociosidade teve ela e suas filhas; mas nunca fortaleceu a mão do pobre e do necessitado.”(Ez 16:49)
  • Lembrar que os homens bem sucedidos são normalmente muito vulneráveis a distorções em sua vida sexual - Davi não foi cuidadoso em relação aos sentimentos , desprezando os valores éticos e morais. “Então enviou Davi mensageiros, e mandou trazê-la; e ela veio, e ele se deitou com ela (pois já estava purificada da sua imundícia); então voltou ela para sua casa.” ( I Sm 11:4)
  • O Cuidado para não desenvolver um estilo de vida sensual - O nosso adversário está bramando com um leão para quem possa tragar. ” Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar;” (I Pe 5:8)
  • Não permita que a tentação se transforme em pecado. “Eu, porém, vos digo, que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela.” ( Mt. 5:28)
  • Nunca tente encobrir ou esconder o pecado. A consciência de Davi fez com que ele confessasse o seu pecado.” Porque eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim.” (Sl 51:3)
  • Admita o pecado imediatamente e confesse. Davi admitiu o seu pecado e recorreu a Deus, confessando e pedindo perdão pelo erro. ” Purifica-me com hissope, e ficarei puro; lava-me, e ficarei mais branco do que a neve.” (Sl 51:7)
  • Não abuse da graça de Deus. Deus é amor , porém o homem dará conta de seus atos cometidos. Davi pediu a misericórdia de Deus.”Tem misericórdia de mim, ó Deus, tem misericórdia de mim, porque a minha alma confia em ti; e à sombra das tuas asas me abrigo, até que passem as calamidades.” (Sl 57:1) “Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu.” (Rm 1:21)
  • Quanto maior a responsabilidade, maior a necessidade de prestar contas.- Davi tinha uma responsabilidade muito grande no seu ministério, porém o seu erro refletiu diante do povo. ” Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna.”( Gl 6:7-8)
  • Confesse o pecado e tome uma atitude correta. - Davi fez a sua confissão perante o Senhor, reconhecendo o seu erro. “Contra ti, contra ti somente pequei, e fiz o que é mal à tua vista, para que sejas justificado quando falares, e puro quando julgares.” ( Sl 51:4) “Portanto, qualquer que me confessar diante dos homens, eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus.” ( Mt 10:32)
  • Tiago irmão de Jesus nos mostra a importância da confissão - Tiago afirma neste texto que Cristo tornou possível recebermos o perdão pela confissão . “Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis. A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos.” ( Tg 5:16)
CONCLUSÃO
Aprendemos nesta lição a importância da restauração espiritual de Davi. Ele reconheceu o seu erro e pediu a misericórdia de Deus sobre a sua vida. “Esconde a tua face dos meus pecados, e apaga todas as minhas iniqüidades. Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito reto. Não me lances fora da tua presença, e não retires de mim o teu Espírito Santo. Torna a dar-me a alegria da tua salvação, e sustém-me com um espírito voluntário.”( Sl 51:9-12) Em nossos dias os servos de Deus precisam reconhecer os seus erros e ter um melhor relacionamento com Deus, assim obedecendo os seus estatutos e aguardando a sua Palavra. “Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti.”(Sl 119:11)




REFERÊNCIAS:
Donald C. Stamps. C.P.A.D.Bíblia de Estudo Pentecostal.
Eugene H. Merrill C.P.A.D.Historia de Israel no Antigo Testamento.
R. N. CHAMPLIN,Ph.D, O Antigo Testamento Interpretado- Versículo por versículo. Ed. Hagnos,2002.
Ouça o Programa “ESCOLA BÍBLICA NO AR” que vai ao ar, todos os sábados, das 22:00 às 23:00h, pela REDE BRASIL DE COMUNICAÇÃO. 


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terça-feira, 24 de novembro de 2009

A RESTAURAÇÃO ESPIRITUAL DE DAVI

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 FRANCISCO A. BARBOSA


TEXTO ÁUREO
"Então, disse Davi a Natã: Pequei contra o SENHOR. E disse Natã a Davi: Também o SENHOR te traspassou o teu pecado; não morrerás" (2 Sm 12.13). Quando somos confrontados por algo errado é natural que nos esquivemos. Não foi assim com Davi, que confrontado pelo Profeta Natã reagiu com uma confissão imediata, conforme se deduz do conteúdo do salmo 51 e sua suplica desesperada por perdão. Humildemente Davi pleiteia a misericórdia divina, em consonância com o amor que ele prometeu ter pelo seu povo, ele pede: “lava-me” numa figura da lavagem de roupas, por que sentiu seu pecado impregnado como roupa suja que necessita de lavagem. O Senhor em sua misericórdia, afastou de Davi a sentença de rejeição, quando ele perdoa os pecadores, o faz movido pela sua misericórdia, sabendo-se que o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna.


VERDADE PRÁTICA
O caminho da restauração passa pelo arrependimento e confissão do erro cometido e abandono da prática– O pecado não é apenas a violação de determinada ordem, quer moral ou social, mas é antes de tudo, a ruptura do relacionamento entre o Homem e Deus, por isso nos textos originais lê-se: “ultrajado a Yaweh” ao invés de “ pequei contra Yaweh” usado nas traduções em língua portuguesa. Para Deus o pecado não é algo banal, que ele perdoa e esquece, seus efeitos ficam e maculam assim mesmo como nos ensina a trajetória de Davi, o retrato mais claro do que significa arrepender-se profundamente e reconheceu o seu pecado (2 Sm 12.13a; Sl 51.4).


OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
- Compreender que o caminho da restauração passa pelo arrependimento, confissão e abandono do pecado.
- Conscientizar-se da importância da Bíblia para a restauração espiritual.
- Reconhecer a influência do meio na decisão do indivíduo em pecar, ou não.


Palavra Chave: - Restauração: Restabelecimento de uma situação vivida anteriormente; conserto.


INTRODUÇÃO 
Onde reside a transgressão de Davi? Em relacionar-se com Bate-Seba? Certamente não apenas isso. Os reis foram polígamos, até em virtude da política, assim, seria normal o rei aumentar o número do seu harem (2Sm 12.8). Foi em assassinar Urias? Também. Apesar de que, os reis como grandes generais, eram homens de sangue, com muitas mortes (e em virtude disso, Deus proibiu-lhe de ergue-lhe uma casa). O valente e ousado profeta acusa severamente a Davi de adultério, assassinato e dolo e o pior e mais grave, de desprezar a Palavra do Senhor e ultrajar (hb bazah = menosprezar; desprezo; fazer pouco caso) o próprio Deus. Assim, não foi apenas o fato de adulterar e assassinar, mas o que antecedeu a isso: o desprezo pela Palavra, como nossos primeiros pais que desprezaram o mandamento: “não comereis”, todos os demais pecados resultaram dessa falta. Davi adulterou duplamente. Seu “affaire” com a bela mulher de Urias foi rápido, mas as suas conseqüências foram duradouras. Certamente Davi só obteve paz espiritual ao confessar: "Pequei contra o Senhor" (2 Sm 12.13).

I. A RESTAURAÇÃO E A PALAVRA DE DEUS

1. Davi e a Palavra de Deus. Estudamos na Lição 7 que Davi é lembrado e respeitado por seu coração voltado a Deus, apesar de suas fraquezas, possuía uma fé inabalável na fiel e perdoadora natureza de Deus. Ao assumir o trono, a preocupação de Davi foi em restaurar a adoração ao Deus de Israel. A Arca representava a direção, a provisão, o poder e a misericórdia de Deus. Ao trazer a Arca para o centro do seu governo, demonstrou a sua vontade em reconduzir a nação de volta ao seu propósito existencial: YAWEH e a Lei no centro da vida nacional. Facilmente entendemos que Davi era um homem que amava a Palavra de Deus, então, em que momento ele fraquejou? Sem querer discordar do amado comentarista, não creio que o notável em Salmos de Israel tenha se tornado um burocrata, e um crente com uma vida devocional pobre, e que, por isso, não percebera sua fragilidade nem tampouco a cilada de Satanás. Então, como se explica isso?
Certamente ele poderia interromper e abandonar seus maus pensamentos a qualquer momento, mas quando começamos a transgredir fica difícil parar (Tg 1.14, 15). A tentação tem um fim bem definido: refinar nossa fé e nos ajudar a amadurecer. Certamente elas virão e em doses cada vez mais fortes! Nesse teste Davi foi reprovado por não observar a Lei que tanto amava e se esmerava em fazer a nação obediente. Muitas vezes estamos como Davi: amamos a palavra do Senhor, buscamos viver em sintonia com o Espírito Santo, mas vez ou outra alimentamos maus pensamentos, maus desejos, más conversações, ações erradas, e o pior, quando confrontados pelo Espírito Santo, damos desculpas mil, como: é culpa da outra pessoa; não pude evitar; todo mundo faz isso; foi um engano; o diabo me tentou... Tiago nos ensina que o teatro de operações dessa guerra espiritual é a nossa mente, é lá que alimentamos e permitimos que se tornem em ações, por isso Jesus foi incondicional quando afirmou que o simples fato de olhar para uma mulher e desejá-la em seu coração (pensamento), já cometeu adultério com ela.
Davi errou ao alimentar o mau pensamento. Nós erraremos também, mesmo sendo tabernáculo do Espírito Santo, a mente não está cativa a Ele, devemos fazê-lo a todo custo, a fim de evitarmos o fracasso espiritual – “pensai nas coisas que são de cima e não nas que são da terra... mortificai, pois os vossos membros que estão na terra: a prostituição, a impureza; o apetite desordenado...”(Cl 3.3, 5). Quantas vezes nos deparamos com maus desejos, pecado sexual, impureza, lascívia, cobiça, ira, dissensões, malicia, calunia, linguagem torpe, mentira, tudo isso em detrimento do exercício da misericórdia, bondade, humildade, fé, mansidão, paciência, comedimento, perdão...
Davi foi confrontado pela Palavra de Deus pronunciada pelo profeta Natã (1 Sm 12). Qual outra fonte se atreveria a confrontar o rei? Somente a Palavra de Deus é poderosa para lançar luz em nossas densas trevas.
2. O cristão e a Palavra de Deus. Temos que levar cativos os nossos pensamentos à Cristo, só assim teremos uma atitude a fim de que não venhamos tropeçar (Rm 10.17; 1 Ts 1.6). O nosso maior mal é sermos ouvintes esquecidos, o crente necessita ouvir a Palavra, recebê-la e também nela meditar (Sl 1.2), muitas vezes ouvimos, processamos a informação e guardamos em nosso intelecto sem permitir que desça ao coração. A Palavra precisa ser aceita e acolhida por nossas mentes e corações. O bom soldado conhece sua arma, sabe resolver qualquer falha ou incidente, adestra-se em seu manejo. O que adianta armar-se com a Palavra ou estar cheio dela se não soubermos como usá-la? É preciso conhecer e manejar bem a Palavra da verdade (2 Tm 2.15), assim mesmo como um soldado adestrado para o combate. A Palavra de Deus é fundamental no processo de restauração, atuando como luz em nossas densas trevas.


II. A RESTAURAÇÃO E A INFLUÊNCIA DE FATORES EXTERNOS EM NOSSAS DECISÕES

1. A influência do meio. Estamos presenciando dias de relativismo moral, de tal forma que somos bombardeados com o politicamente correto – segundo a visão relativista. Embora não possamos escapar dessa missiva, Deus tem planos bons, agradáveis e perfeitos para nós. Ele deseja a nossa transformação em pessoas com mentes renovadas, que vivam para obedecê-lo e honrá-lo, devemos nos colocar à sua inteira disposição, oferecermo-nos a Ele como sacrifício vivo e realizarmos a obra que nos está proposta.
Como estamos desempenhando nosso papel de sal e luz do mundo? Estamos influenciando as pessoas que cruzam nosso caminho?
Paulo nos previne: “não vos conformeis com este mundo”, nossa atitude de inconformismo com o mundo vai muito além dos comportamentos e costumes. Veja, muitas vezes nos desvencilhamos dos costumes e práticas mundanas, mas não obstante isso, continuamos a ser orgulhosos, egoístas, rebeldes e arrogantes (você conhece alguém assim em sua igreja?).
Influenciar o meio é nossa missão precípua, o bom testemunho, o bom serviço cristão, o amor de serviço (ágape) são meios para influenciarmos e ganharmos almas para o reino. Infelizmente, muitas vezes, nós é que somos influenciados pelo meio e não entendemos o que significa ser cristão hoje, nesse momento.
A primeira vez que os seguidores de Jesus foram chamados de ‘cristãos’, foi em Antioquia (região da Síria), justamente por se parecerem com Cristo (At 11.26).
Vemos muitos hoje que gostam de serem reconhecidos com esse epíteto, porém, sua conduta em nada nos remete à Cristo.
Qual seria hoje a marca distintiva do cristão? A geração atual pauta-se por uma ética volúvel, o que era errado, agora é certo, fica difícil distinguir o verdadeiro cristão, bem como, fica difícil viver com integridade inegociável, sendo luz e sal, andando de forma justa, sensata e piedosa.
Mais do que uma simples lista de “faça” ou “não faça”, a Bíblia nos dá instruções detalhadas de como um Cristão deve viver, em qualquer época ou sociedade. A Bíblia é tudo que precisamos para saber como viver a vida Cristã. No entanto, a Bíblia não se dirige diretamente a exatamente todas as situações que vamos ter que encarar em nossas vidas. Como então ela é suficiente? “Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra; Porque já estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então também vós vos manifestareis com ele em glória. Mortificai, pois, os vossos membros, que estão sobre a terra: a prostituição, a impureza, o apetite desordenado, a vil concupiscência, e a avareza, que é idolatria; Pelas quais coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência" (Colossenses 3.1-6).
Não obstante o mundo ir de mal a pior, não poderia ser diferente e não esperaríamos que fosse, pois, as Escrituras afirmam que ele jaz no maligno, acredito que não é o ambiente que faz o homem, mas é este que transforma aquele. Embora alguns estudiosos afirmem que o homem é um produto do meio, acredito na possibilidade do meio ser o produto do homem, afinal, o reino de Deus já é vivido entre nós, com transformação de vida e conseqüentemente, do meio. Os transformados por Deus vivem agora para a glória d’Ele, são luzeiros na escuridão, escaparam do meio corrupto e de ética volúvel.
Viver em meio à corrupção e não ser alcançado por ela, viver entre os impetuosos defensores daquilo que é contrario à nossa fé e cercados por um mar revolto de corrupção sem abrir mão dos princípios da fé, é o desafio para nós, cristãos de hoje, a fidelidade é a nossa marca, fidelidade à sã doutrina e aos princípios régios da Reforma. É possível ser um cristão íntegro no meio dessa geração corrompida e má. É possível...(http://ogideao.blogspot.com/2009/10/etico-em-meio-aos-volateis.html) 

2. Nossa responsabilidade moral. "Porque eu conheço as minhas transgressões; e o meu pecado está sempre diante de mim" (Sl 51.3). "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça." (1 João 1.9), a confissão tem a função de nos tornar livres para que possamos reatar com Cristo e gozarmos a alegria da salvação. Na lição 8 vimos que há três fontes de tentação: o diabo, o mundo e a carne. Embora nosso pecado seja fruto de um tentador, isso não nos exime de responsabilidade sobre esses atos.
Com o espírito quebrantado, Davi reconhece e confessa as suas transgressões, pois o seu pecado está continuamente diante de dele. Davi assevera a tendência universal para o pecado, mas não vislumbra nisso escusa. A profundeza da sua confissão está visível no seu desejo de revelar o íntimo e o escondido do seu ser. Quando alguém peca, o faz contra Deus, que jamais terá o culpado por inocente (Na 1.3).


CONCLUSÃO 

A restauração, sob o ponto de vista humano, é a arte de se colocar contritamente nas mãos do divino Oleiro para que ele refaça o vaso quebrado e lhe dê novamente a forma e a beleza anteriores, depois de qualquer escorregão e queda ou de qualquer escândalo e desastre de natureza moral e religiosa. Davi humilhou-se e foi restaurado. Nós, a exemplo de Davi, não temos porque viver sob o domínio do pecado, uma vez que a Escritura assegura-nos de que o sangue de Jesus quebrou esse domínio e tem poder para nos purificar totalmente dele (Rm 6.14; 1 Jo 1.7,9). Um espírito quebrantado e um coração contrito são os sacrifícios exigidos para essa restauração, Deus não nos rejeitará por causa da sua infinita misericórdia, compaixão e graça, que são prometidos a todo aquele que se encontra esmagado, oprimido e desmoralizado pelo pecado e pelos poderes satânicos. Se confessarmos nossa culpa e reconhecermos nossas faltas, Deus será fiel a nós, será justo conosco, perdoará nossos pecados e purificar-nos-á de toda injustiça.
A doutrina do perdão, proeminente tanto no AT quanto no NT, refere-se ao estado ou ao ato de perdão, remissão de pecados, ou à restauração de um relacionamento amigável. [...] No perdão, a culpa pelo pecado é perdoada e substituída pela justificação, através da qual o pecador é declarado justo. [...] Embora judicialmente todos os pecados sejam perdoados quando o pecador é salvo através da fé (Jo 3.18), se o pecado entrar na vida de um cristão, ele afetará o relacionamento deste com o Pai Celestial. O perdão e a restauração da comunhão que se fizeram necessários são efetuados mediante a confissão dos pecados (1 Jo 1.9) e o arrependimento (Lc 17.3,4; 24.47). [...] A confissão de pecados é feita primeiramente a Deus (Sl 32.3-6), àquele que sofreu o dano (Lc 17.4), a um conselheiro espiritual (2 Sm 12.13), ou a congregação de crentes (1 Co 5.3)
“Como é feliz aquele que tem suas transgressões perdoadas e seus pecados apagados!” (Sl 32.1). Sobretudo depois do peso esmagador da mão do Senhor. A história registra que Davi “morreu em boa velhice, tendo desfrutado vida longa [70 anos], riqueza e honra” (1 Cr 29.28).


APLICAÇÃO PESSOAL

“Onde abundou o pecado, superabundou a graça” (Rm 5.20) — cumpriu-se em Davi. Deus havia prometido a Davi que, quando a vida dele chegasse ao fim, ele escolheria para sucedê-lo “um fruto do seu próprio corpo” (2 Sm 7.12). O escolhido era Salomão, fruto do corpo de Davi e de Bate-Seba: “Dentre todos os muitos filhos que [Deus] me deu, ele escolheu Salomão para sentar-se no trono de Israel, o reino do Senhor” (1 Cr 28.5). Salomão nasceu logo após o adultério e era filho daquela que “tinha sido mulher de Urias” (Mt 1.6). Na verdade, Salomão era filho da graça! "A confissão é para a alma o que o preparo da terra é para o campo. Antes de semear, o fazendeiro trabalha a terra, removendo pedras e arrancando tocos. Ele sabe que a semente cresce melhor quando o solo é preparado. A confissão é um convite para Deus passear pelos acres de nosso coração. A semente de Deus cresce melhor se o solo do coração é roçado. [...] E então, O Pai e o Filho andam juntos pelo campo; cavando e arrancando, preparando o coração para frutificar. A confissão convida o Pai a trabalhar o solo da alma. A confissão busca o perdão de Deus, não a anistia. Perdão presume culpa; anistia, derivada da mesma palavra grega para amnésia, 'esquece' a suposta ofensa sem imputar culpa" (LUCADO, Max. Nas Garras da Graça, RJ: CPAD, 1999, p.120).
O gostoso de estudarmos a Palavra é entender o quanto Deus nos ama e está disponível a ser nosso maior amigo! (Hb 10.17). Qualquer que seja o nosso pecado, ele está patente aos seus olhos, qualquer pecado encoberto será por Deus descoberto; aquilo que a ele descobrimos por meio da confissão, será por Ele encoberto (Pv 28.13). É preciso lembrar para confessar e é preciso confessar para não mais lembrar. Confessar e abandonar implica mudança de mente em relação ao pecado, traz paz e alegria, revigora e dá sabor à vida.
Confissão é fruto do arrependimento, este por sua vez traduz uma mudança de mente, disposição do coração, mudança de propósito ou uma ênfase na mudança da conduta pessoal.
Necessitamos estar atentos, vigilantes de nossa conduta em meio a um mundo eticamente relativista. Caso venhamos a sucumbir, sabemos que temos um Advogado para nossa causa e se depositarmos nossa confiança nele, a absolvição é certa. Mas, será preciso verdadeiramente uma mudança de mente, arrependimento. Na verdade, o caminho da restauração passa pelo arrependimento e confissão do erro cometido e abandono da prática.
“Compreenda e veja como é mau e amargo abandonar o Senhor, o seu Deus, e não ter temor de mim” (Jr 2.19).
N’Ele, que advoga por nós junto ao Pai,
Francisco de Assis Barbosa, [ton frère dans Le sauvateur Jésus Christ]
Professor da EBD na IEAD Ministério do Belém em São Caetano do Sul, SP 

BIBLIOGRAFIA PESQUISADA 
- FINNEY, C. Teologia Sistemática. RJ: CPAD, 2001.
- Bíblia de Estudo DAKE, CPAD-Ed Atos
- Bíblia de Estudo Genebra, Ed Cultura Cristã – SBB;
- Bíblia de Jerusalém – Nova Edição, Revista e Ampliada – Paulus;
- Dicionário Vine – CPAD
- http://ogideao.blogspot.com/2009/10/etico-em-meio-aos-volateis.html

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

A RESTAURAÇÃO ESPIRITUAL DE DAVI

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IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLÉIA DE DEUS EM ENGENHOCA – NITERÓI - RJ 
ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL 
LIÇÃO 09 - DIA 29/11/2009 
TÍTULO: “A RESTAURAÇÃO ESPIRITUAL DE DAVI” 
TEXTO ÁUREO – II Sm 12:13 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Sl 51:1-4, 7-12, 17 
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO 
e.mail: geluew@yahoo.com.br  



I – INTRODUÇÃO:  

• Quando um servo de Deus cai, principalmente em se tratando de um líder, o diabo, os demônios e todo inferno festejam. Entretanto, quando um filho de Deus se arrepende sinceramente, o Senhor estende sobre ele o manto do perdão, havendo grande alegria no céu. O arrependimento nos leva ao perdão de Deus. Nem o adultério, nem assassinato ou qualquer outro tipo de pecado estão acima da misericórdia divina (Rm 5:20).


II – A ORAÇÃO DE UM PECADOR ARREPENDIDO: 

• Repreendido por Natã devido ao gravíssimo pecado, Davi não se fez de inocente. De imediato, confessou: “PEQUEI CONTRA O SENHOR” – II Sm 12:13a. Passemos, pois, a estudar e meditar no Salmo 51: 

• Esse salmo é uma escada que começa em um poço horrível de lama suja e vai até às alturas de ensolarada alegria, onde brota o cântico do pecador arrependido e perdoado.

• (1) - A SÚPLICA: UM GRITO POR MISERICÓRDIA – Sl 51:1-2 - Davi começou a suplicar a Deus por misericórdia. Ele não procurou desculpas para justificar o seu ato; não pediu inocência, tampouco lançou a culpa sobre outros. Uma vez que sabe que não merece perdão, Davi primeiro roga por misericórdia, com base na bondade divina. De acordo com esta misericórdia, rogou ao Senhor que lhe apagasse as transgressões; ainda implorou que o Senhor lhe lavasse a terrível iniqüidade e o purificasse do horrendo pecado.

• (2) - A CONFISSÃO – Sl 51:3-6 – “EU CONHEÇO AS MINHAS TRANSGRESSÕES” – Amargurado, Davi confessa reconhecer as suas transgressões, pois o seu pecado está continuamente diante de si. Ao mesmo tempo, Davi reconhece a tendência universal para o pecado, mas não se desculpa com base nisso. A profundeza da sua confissão está visível no seu desejo de descobrir o íntimo e o escondido do seu ser. Quando alguém peca, o faz contra Deus, que jamais terá o culpado por inocente – Na 1:3

• (3) - O CLAMOR PELA RESTAURAÇÃO – Sl 51:10-12 – “APAGA AS MINHAS TRANSGRESSÕES” (Sl 51:1, 9); “LAVA-ME” e “PURIFICA-ME” (Sl 51:2, 7) - Davi não conhecia o poder purificador do sangue de Jesus. Mas sabia que, quando alguém era considerado imundo ou leproso, precisava, de acordo com a lei, passar pela cerimônia de purificação (Lv 14:4; Nm 19:6). Assim, Davi considerava-se tão imundo, que precisava passar por esse processo. 

• Davi começa pedindo purificação externa. Purificar com hissopo e lavar estão relacionados com o ritual. Com o pedido de um coração regenerado e um espírito constante renovado, a ênfase passa para a purificação exterior. 

• Hoje, na Nova Aliança, “o sangue da aspersão”, ou seja, o sangue de Cristo, purifica as nossas consciências das obras mortas e de todo o pecado – Hb 12:24 cf Hb 9:14; 10:2; I Jo 1:7. 

• (A) - Ó DEUS, CRIA EM MIM UM CORAÇÃO PURO – Somente aquele que reconhece o seu pecado é que consegue sentir a sujeira deste na alma. Por isso, Davi arrepende-se de sua transgressão e a confessa. O verdadeiro arrependimento faz com que aborreçamos o pecado.

• (B) – NÃO ME LANCES FORA DA TUA PRESENÇA – Desta forma Davi clamou, porque sentia falta da presença de Deus. Sem a presença do Espírito Santo deixamos de ser espirituais e passamos à condição de meras criaturas; deixamos de ser novas criaturas e retornamos à velha natureza. 

• (C) – TORNA A DAR-ME A ALEGRIA DA SALVAÇÃO – Davi clama ao Senhor para que lhe restitua a bênção perdida: A alegria da salvação. 

III – O PERDÃO DIVINO: 

- O perdão dos pecados é uma prerrogativa divina (Sl 130:4; Dn 9:9). 

- Os pecados cometidos contra o Senhor, somente Ele tem o poder de perdoar (At 8:22).

- O perdão divino está alicerçado sobre a misericórdia, a bondade e a veracidade de Deus (Ex 33:18-23; 34:6-9). 

- O perdão dado por Deus é completo (Sl 51:1, 9; 103:12; Is 38:17; 43:25; Mq 7:19);

- O recebimento desse benefício deve criar o senso de temor em nossos corações (Dt 29:16-20; II Rs 24:1-4; Jr 5:1-7; Lm 3:41-42). 

III.1 - COM O PERDÃO DIVINO, O QUE ACONTECEU COM NOSSOS PECADOS? 

- (1) - FORAM ANIQUILADOS, APAGADOS, DESFEITOS (Is 44:22) 

- (2) - FORAM AFASTADOS, REMOVIDOS DE NÓS (Sl 103:12)

- (3) - DEUS OS LANÇOU PARA TRÁS DE SI (Is 38:17)

- (4) - FORAM LANÇADOS NAS PROFUNDEZAS DO MAR (Mq 7:18-19) 

- (5) – FORAM ESCONDIDOS COMPLETAMENTE (Jr 5:20) 

- (6) - FORAM ESQUECIDOS PARA SEMPRE (Is 43:25; Jr 31:34; Hb 8:12; 10:16-17) 

- Leiamos ainda Apc 7:13-14 cf Apc 12:11 

IV – O COMPROMISSO DIANTE DO PERDÃO DIVINO: 

• Após sentir-se perdoado, Davi promete a Deus fazer algo que ficara impedido de realizar por causa de sua transgressão:

• (1) – ENSINAR AOS TRANSGRESSORES – Sl 51:13 – Tendo experimentado o que é transgredir a lei divina, o salmista assume o compromisso de levar os transgressores a aprender os caminhos do Senhor, e a se converterem de seus pecados. Este voto de testemunhar aos outros dá evidências do perdão recebido por Davi e sua natureza modificada. 

• (2) – UM PARÊNTESE DE TEMOR – Sl 51:14 – Atingido pelo medo de voltar a pecar, Davi abre um parêntese na sua oração e pede a Deus que o livre dos crimes de sangue. Está claro que a morte de Urias continuava a ferir-lhe a consciência. 

• (3) – LOUVOR A DEUS – Sl 51:15 – Davi pediu a Deus que abrisse os seus lábios para que a sua boca pudesse entoar louvores ao Senhor.


V – CONSIDERAÇÕES FINAIS: 

• Para nossa meditação: "O CAMINHO PARA O CÉU NÃO ATRAVESSA UM PONTE ONDE SE PAGA PEDÁGIO; ATRAVESSA, SIM, UMA PONTE LIVRE, A SABER: A GRAÇA IMERECIDA DE DEUS!” 

• “A GRAÇA DO SENHOR SEMPRE NOS ENCONTRARÁ POBRES E SEMPRE NOS DEIXARÁ DEVEDORES, PORQUANTO TEMOS UMA DÍVIDA IMPAGÁVEL COM DEUS!” 



FONTES DE CONSULTA: 

• Lições Bíblicas CPAD – 3º Trimestre de 1997 – Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima 

• Comentário Bíblico Devocional V.T. – Editora Betânia – F. B. Meyer 

• Comentário Bíblivo Moody – Vol 2 – Imprensa Batista Regular – Charles F. Pfeiffer e Everett F. Harrison 

• Teologia Elementar – E. H. Bancroft – Imprensa Batista Regular 

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

O PECADO DE DAVI E SUAS CONSEQUÊNCIAS

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Por Francisco A. Barbosa
TEXTO ÁUREO
"E aconteceu que, tendo decorrido um ano, no tempo em que os reis saem para a guerra, enviou Davi a Joabe, e a seus servos com ele, e a todo o Israel, para que destruíssem os filhos de Amom e cercassem Rabá; porém Davi ficou em Jerusalém" (2 Sm 11.1). [No Oriente Médio o equinócio da primavera ou do outono(Os equinócios ocorrem nos meses de março e setembro e definem as mudanças de estação, no hemisfério norte a primavera inicia em março e o outono em setembro) era um tempo propicio para campanhas militares por não serem nem muito quentes nem muito frias, principalmente em Israel, onde o inverno era hostil a qualquer tropa, quer pelas chuvas, quer pelo frio e neve; ainda era nessa época que se lançavam as sementes à terra. A primavera e o outono eram estações mais propícias às tropas marcharem tendo já as estradas secado facilitando o deslocamento da infantaria e dos aprovisionamentos, que em tropas mais estruturadas era feito em carroças. Na primavera o trigo e a cevada já estavam prontos para a colheita, isso garantiria o suprimento para o exército.
O Comandante–em-Chefe das tropas israelitas, Joabe, é enviado outra vez numa expedição militar, como dantes (10.7), à frente da tropa de elite de Davi, era vitória na certa – por isso não pensou Davi que fosse necessário sua presença à frente de seus valentes no campo de batalha e ficou em sua casa de cedros gozando o luxo tão arduamente conquistado. Abriu a brecha!]

VERDADE PRÁTICA
Parafraseando Gn 4.7, o pecado ardilosamente na espreita a fim de nos possuir, devemos desviar-nos dessa tocaia invocando as promessas bíblicas pela fé em Cristo.

PALAVRA CHAVE: 
Pecado
: - (a) hamartia - Transgressão deliberada e consciente das leis estabelecidas por Deus; praticar o mal; (b) Adikia – iniqüidade; (c)Apstia – incredulidade ou infidelidade. Dessas palavras gregas e suas ocorrências, deduzimos que o pecado tem origem em nossa própria cobiça e egoísmo, apego ao prazer sem fazer caso do bem-estar do próximo – Davi incorreu nesse erro quando negligenciou sua posição de Comandante-em-Chefe de suas tropas para ‘curtir’ o luxo de seu palácio, sem preocupar-se com o bem-estar de seus fiéis soldados em detrimento do prazer para si mesmo.

PONTO DE CONTATO:
Certamente, os homens compreenderão melhor os motivos pelos quais Davi caiu, haja vista a tendência natural masculina: o olhar é o principal "gatilho" iniciador do processo sexual no homem. O homem é estimulado pela vista, apenas um olhar é suficiente para que tudo comece a acontecer. Basta ver a esposa trocar de roupa para que os estímulos sexuais o coloquem em estado de alerta. Mesmo que o homem nem esteja pensando em sexo, uma rápida olhada, um pequeno gesto ou um pequeno descuido da mulher ao sentar-se, já basta para excitá-lo. “Como a terra nunca se farta de água, o fogo nunca se farta de queimar e a morte que nunca se farta de matar, assim são os olhos de um homem que nunca se fartam de olhar” (Dr Silmar Coelho, www.silmarcoelho.com.br/artigos/diferencas.html).
Esta lição trata do pecado de Davi com Bate-Seba, seu inicio foi um flerte, Davi viu algo “agradável aos olhos e desejável” (Gn 3.6). No decorrer do texto vemos que Deus retrata o pecado como uma força tentadora que de modo semelhante à um inimigo em espreita, está pronto ao ataque voraz. Não obstante isso, o Senhor nos dá a oportunidade de escape mediante à obediência e observância de sua palavra. Paulo afirma em Rm 6 que a decisão de ceder é nossa, essa condição nos dá confiança quando entrarmos em combate contra a tentação. Aproveite esta aula para, mediante a experiência deste rei, demonstrar aos alunos a importância de andarmos em Espírito para que não venhamos satisfazer os desejos da carne.

OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
- Conscientizar-se de que a tentação é uma realidade para qualquer crente.
- Apontar as três fontes básicas da tentação: o Diabo, o mundo e carne.
- Refletir a respeito das conseqüências que o pecado traz para quem o comete.

INTRODUÇÃO
A perícope em apreço é incrivelmente parecida com a queda de Adão e Eva, a queda de Caim, e todas as outras quedas narradas nos textos bíblicos, isso por que o homem é sempre atraído e vencido da mesma forma há milênios pela antiga serpente, como afirma Tiago: “mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência. Depois, havendo a concupiscência concebido, dá a luz o pecado...”(Tg 1.14, 15). A vigilância é vital para a vitória, estar atento às ciladas apresentadas pelo diabo e contra-atacar com a Palavra - a exemplo de Cristo, que venceu Satanás afirmando convictamente: “está escrito”, afinal, ele mesmo era a Palavra! – submetidos à ela pela estrita obediência, sem isso, não haverá escape.

I. DAVI E A TENTAÇÃO ANTES DO PECADO

1. A realidade da tentação.
 Quando falo que os homens entenderiam melhor o fato de Davi ter sucumbido anti o pecado, não quero afirmar que as mulheres estarão isentas, pois é inegável que a tentação para praticar o mal, o pecado, é uma realidade bem presente em todos nós (Mc 7.21-23; Tg 1.14). As tentações sempre apelam para motivações comuns, impulsos físicos, orgulho e desejo de possuir, cada uma dessas, ardilosamente afrontaram o Messias. Hebreus 4.15 diz: “Jesus foi tentado em tudo aquilo em que nós também somos tentados”, por isso é nosso Advogado , misericordioso e fiel Sumo-sacerdote, porque conhece, por meio de sua própria natureza humana, o que é resistir às tentações.
O ser ou estar tentado em si não é pecado; pecado é sucumbir à concupiscência. O monarca Davi havia estabilizado o reino, conquistado a fortificada Jerusalém, foi reconhecido por Hirão, seu reino era rota comercial importante, sua fama foi levada a longínquos territórios... essa opulência tragou a Davi, vencido que foi pela sua própria paixão desenfreada. A abundancia de bens é perigosa para muitos de nós, creio ser também a riqueza um dom, concedido à poucos crentes cônscios de sua mordomia. Davi estava farto e à essa altura também já era culpado da quebra do mandamento assinalado em Deuteronômio 17.17.
Muitas questões se apresentam nesse relato:
- Por que Bate-Seba estava se lavando em local que pudesse ser vista pelo rei?
- Poderia Bate-Seba ter arquitetado essa situação?
- O que podemos inferir da prontidão de Bate-Seba em unir-se ao rei mesmo sendo casada?
- Ao saber que estava grávida, prontamente avisou ao rei, que intento teria? Constituir seu filho rei?
O fato é que essa mulher, a bela esposa de Urias, um fiel e leal comandante do exército do rei, portava-se indevidamente em local praticamente público e veio a se tornar objeto de cobiça do rei que, traído pela vista, desejou-a, mandou que a trouxessem e adulterou com ela, vindo com isso o desenrolar da descambada espiritual do homem segundo o coração de Deus. Será que ela percebeu que a morte de seu marido foi resultado de uma ordem expressa do rei? Como ela recebeu as palavras do profeta Natã contra Davi? O certo é que Bate-Seba se mostra uma mulher astuta e perspicaz, uma estrategista política perfeita, fato visto nas intrigas e costuras na sucessão do trono.
Pela Lei, caso tivessem sido flagrados, seriam condenados à morte, já que era uma mulher casada (Dt 22.22), vemos então a astúcia de Davi para escapar dessa falta: matar Urias, o único que poderia delatar o adultério, haja visto que não desceu à sua casa como queria Davi e logo saberia que a gravidez era fruto de adultério – assim Davi planejou a morte acidental de Urias a fim de proteger a si mesmo – como esqueceu-se tão rápido das lições de Adulão? Com aquele líder tão amável pode trair um de seus mais leais soldados? (Urias era dos valentes de Davi, citado em 2Sm 23.39) – O homem segundo o coração de Deus estava disposto a matar um homem inocente, leal, valente e digno de confiança, para ‘salvar’ sua própria pele.
Não desejo isinuar que Bate-Seba deve ser acusada de ter provocado o assédio do rei, porém não há na perícope indicios de que ela tenha recusado tal assédio, mas também não diz que ela foi culpada, pelo contrário, na parábola de Natã ela é a ovelha roubada, portanto, vítima.
2. As fontes da tentação. A Escritura revela três fontes básicas da tentação, que são respectivamente o Diabo, o mundo e a carne. O Diabo é um ser espiritual, "o maligno" (Mt 13.19), que se opõe a Deus e à sua criação; o mundo, como sistema e filosofia de vida, é inimigo dos valores cristãos; e a carne no sentido bíblico é a natureza humana, depravada, decaída e propensa ao pecado (Rm 7.18).
A diferença entre a queda de Satanás e a queda do homem é que Satanás caiu sem qualquer tentador externo. O pecado entre os anjos teve origem em seu próprio ser; o pecado do homem se originou em resposta a um tentador e à tentação externa. Pois se o homem tivesse caído sem um tentador, ele teria originado seu próprio pecado, tornando-se ele mesmo um Satanás.
Entretanto o pecado que habita no homem, não é dele mesmo, é sim um intruso externo que não nos pertence. O que é original do homem está declarado em 1Pe 1.15,16: "pelo contrário, segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento; porque escrito está: Sede santos, porque eu sou santo."
Assim, entendo que o maior inimigo do cristão não é Satanás, nem o mundo por ele governado, mas é a nossa própria natureza, por isso Paulo recomenda “Portanto, mortificai os vossos membros, isto é, o que em vós pertence à terra: imoralidade sexual, impureza, paixão, maus desejos, especialmente a ganância, que é uma idolatria.”(Cl 3.5) – Bíblia da CNBB, Paulus.
Não obstante a tentação ser uma realidade na vida do crente e possuir três fontes básicas: o Diabo, o mundo e carne, este último é um empecilho ferrenho à comunhão com Deus; quanto à Satanas, a recomendação bíblica é que devemos resisti-lo e assim ele fugirá (Tg 4.7). Quanto aos apelos do mundo, a Palavra nos instrui a que não o amemos (1 Jo 2.15). Em relação à carne, somos advertidos a não somente "viver", mas também a "andar" em Espírito (Gl 5.25), e como é difícil para nós, cristãos da última hora, acostumados a atos proféticos, apelos dos adeptos da prosperidade, dos modismos, do proto-evangelho...
II. DAVI E O SEU PECADO

1. O pecado camuflado.
 Depois de ter consumado o seu ato pecaminoso, Davi, de várias maneiras e durante um bom tempo, tentou ocultá-lo (2 Sm 11.27). Escrevendo aos Romanos, Paulo afirma que a humanidade está por natureza sob a culpa e o poder do pecado, sob o reino da morte e sob a inescapável ira de Deus (Rm 1.18, 19; 3.9, 19; 5.17-21). Ele relaciona a origem desse pecado a um homem – Adão, história narrada em Gn 3, que em tudo se parece com a derrocada de Davi: após consumar o pecado, suas consciências os condenavam, eles se retiraram da intimidade com Deus e ao ouvir a voz do Criador pelo jardim, não puderam contemplar-lhe... a tentativa de esconder seu pecado foi inútil e se avolumou quando tentaram narrar o acontecido. Analisemos as etapas em que o pecado de Davi se avolumou, trazendo mais danos ao seu relacionamento com Deus, à sua consciência, e às pessoas que foram envolvidas nesta trama diabólica, siga a seqüência dos problemas de Davi:
Causas Efeitos
- Adultério (11.4) - Bate-Seba tem um filho (11.5);
- Assassinato de Urias (11.17) - Acusado, arrepende-se, mas a criança morre (12.10, 13, 19);
- Incesto de Amnom (13.14) - Amnom é assassinado (13.28, 29);
- Absalão usurpa o trono (16.15, 16) - Absalão é assassinado ( 18.14,15);
- O censo (24.2) - Praga (24.15).
Por meio de tudo isso (e muito mais), Davi estava tentando esconder e incubar o seu pecado. Quando o crente procede dessa forma, o julgamento divino o aguarda, pois "Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará" (Gl 6.7).
2. O pecado descoberto e exposto. Quando Davi achava que, morto o esposo da mulher com quem adulterara, o seu problema estava resolvido, Deus envia o profeta Natã para confrontá-lo (2 Sm 12.1-25). Como na viração do dia o próprio Deus vem confrontar a Adão, assim o fez com Davi enviando a
Natã, que narra a parábola do camponês, que possuía uma única ovelha, e do fazendeiro, que tinha muitas ovelhas. O fazendeiro rico toma a única ovelha do camponês e oferece aos seus visitantes. Ao ouvir tal fato, Davi ficou tão irado e furioso com o fazendeiro - uma característica de quem vive com pecado acobertado - que exige a morte de tal homem e ainda a restituição quatro vezes mais ao camponês (2 Sm 12.5,6). Ao tentar esconder seu pecado, Davi o agravou ainda mais, levando Deus a expô-lo por meio do profeta Natã.
Curiosidade: No oriente, quando um rei tiinha interesse por uma mulher, enviava um oficial para que anunciasse a vontade do rei de conduzi-la ao palácio e se fosse escolhida para ser esposa um anuncio era feito segundo o costume. No caso em apreço, haveria concordância da mulher, já que era casada, isso denota a culpa de Bate-Seba, que apesar de ser a ovelha da parábola, não está totalmente isenta de culpa, não está escrito nada que ela tenha relutado em ser levada ao palácio bem como não há nenhuma evidencia de que Davi a tenha forçado, portanto, culpada!
No desenrolar da história fica evidente sua astúcia através dos indícios de sua influencia sobre Davi. Suponho, não afirmo que as Escrituras dizem, que ela foi conivente, agiu astutamente, premeditou e agiu eficazmente para tornar seu filho o sucessor no trono.

III. DAVI E AS CONSEQUÊNCIAS DO PECADO

1. Consequências emocionais.
 Natã foi ousado ao confrontar o rei, exemplo a ser seguido! Corajosamente esse profeta explanou o problema e obteve do próprio réu a sentença! Qando guiados pelo Espírito Santo somos capazes de proezas como essa, do contrário, somo naturalmente capazes de incorrer no mesmo erro de Davi: cegueira e apostasia. O duro juízo recaiu sobe a casa real - reino e família. Os resultados são mostrados na sequencia, quantas lágrimas derramadas? Sofrimento pelos filhos rebeldes... Davi chorou quando Tamar, sua filha foi violentada (2 Sm 13), e quando seus filhos Amnon e Absalão foram mortos prematuramente (2 Sm 13.33; 18.14).
2. Consequências espirituais e físicas. Esse deslize de Davi causou prejuízos físicos, mas não somente isso e principalmente prejuízos na esfera espiritual. "Por causa disso [do pecado], há entre vós muitos fracos e doentes e muitos que dormem" (1 Co 11.30). Defere-se que aquilo que é espiritual num primeiro plano, tem consequências físicas num segundo. Os especialistas advertem que há muitas doenças psicossomáticas, isto é, doenças da alma ou de origem psicológica que afetam o corpo físico. A Bíblia nos mostra que há também doenças de origem espiritual. A Palavra de Deus adverte: "Confessai as vossas culpas uns aos outros e orai uns pelos outros, para que sareis; a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos" (Tg 5.16). Davi pôs em prática isso e clamou ao Senhor: "[...] Tem piedade de mim; sara a minha alma, porque pequei contra ti" (Sl 41.4).

CONCLUSÃO

'Tu és este homem' [...](12.7). Davi tinha desprezado o mandamento de Deus, e tinha feito o mal diante de seus olhos com o pecado duplo de adultério e assassinato. O terrível resultado do pecado começa agora a se desdobrar. O juízo seria duplamente severo porque viria não de estrangeiros e inimigos de fora, mas da sua própria casa". O pecado de Davi trouxe conseqüências emocionais, espirituais e físicas para ele e sua família. O maior problema de Davi era a atitude de seu coração: faltou observância da Lei de Deus. Em meio ao luxo, rapidamente negligenciou aquilo que seria o sustentáculo da nação. Caindo ainda ais, usou seu poder para camuflar o adultério e evitar ser desmascarado e julgado pela Lei. O julgamento veio com mão forte, denotando que seu pecado não Fo contra Urias, mas contra o próprio Deus (Sl 51), sua sentença de morte só seria anulada com o devido reconhecimento disso e arrependimento, como de fato aconteceu. Seu pecado foi perdoado, seu relacionamento com Deus foi reatado, mas as conseqüências permaneceram. Era tempo de sair ao combate e lutar pelo reino, mas o líder negligenciou esse encaro e preferiu ficar no conforto de sua casa de cedros (2 Sm 11.1,2). Ficar em casa é o mesmo que ócio, o tepo que deveria ser preenchido com as coisas de Deus estava sendo perdido com o ócio – e não acontece o mesmo conosco? Não preferimos muitas vezes ir à praia em detrimento da Escola Dominical? Não é preferível dormir até mais tarde nos domingos?. A essas lições da vida de Davi, cujo registro Deus permitiu ficar na Bíblia, devemos atentar bastante para que também não venhamos a incidir no mesmo erro.
“2 Samuel 12.9: - Por que, pois, desprezaste a palavra do Senhor, fazendo o mal diante de seus olhos?”Bate-Seba foi o vínculo entre os dois reis mais famosos de Israel – Davi e Salomão. Esposa de um e mãe de outro. É figurante da mais estupenda história de amor proibido relatada na Bíblia! Seu adultério com o rei Davi quase lançou fora dos planos do Senhor a família real de Israel, através da qual Deus planejava encarnar-se no mundo – Cristo nasceu da descendência de Davi e Bate-Seba. Em meio às cinzas daquele pecado, o Senhor proveu o bem, Jesus. Porque então a Bíblia registra essa história de adultério e assassínio? Para ensinar-nos que as pequenas decisões erradas freqüentemente levam a grandes erros! Ora, se não vejamos: onde Davi deveria estar naquele momento em que cobiçou a mulher do próximo? Na batalha, com seu exército! Imprudente, estava passeando no terraço da casa real. E Bate-seba? Banhar-se onde poderia ser vista por alguém? Que incrível situação o ‘destino’ (ou o acaso?) armou para estes dois personagens bíblicos! O cenário perfeito para se provar do fruto proibido - a desobediência, e assim, pôr fim aos planos divinos. Porém, veja que o desfecho dessa história teve a contribuição de ambas as partes: cada decisão (Davi em não ir para o Front em Rabá e Bate-Seba em banhar-se onde pudesse ser vista) contribuiu para o início de uma série de acontecimentos sombrios na vida do ‘homem segundo o coração de Deus’. O que Deus nos ensina aqui? Ele me diz que embora eu possa me sentir preso em uma cadeia de eventos, ainda sou o responsável pelo modo como participo deles!
Aquela mulher muito provavelmente sentiu-se arrasada pela cadeia de eventos (veja em 2 Sm 12.24) que se seguiu em sua vida. Sua história está lá, em registro perpetuo, para nos dizer que as pequenas escolhas que fazemos em nosso cotidiano são revestidas de grande importância, que nos preparam para realizarmos coisas esplêndidas nas oportunidades em que temos que tomar as grandes decisões.
Sabedoria, o dom que Deus nos outorga para esses momentos, é o que precisamos. Consciência disso nos deixará mais seguros para tomarmos as decisões acertadas e incluir sempre o Senhor nessas deliberações! Não tome decisões sem consultar o Senhor, ser precipitado não é bom para o homem segundo o coração de Deus.


APLICAÇÃO PESSOAL
Davi aprofundou-se espontaneamente no pecado, preferiu o ócio em detrimento de suas funções como rei, demonstrou total egoísmo preocupando-se apenas consigo mesmo, não resisti à tentação, ao contrário, desejou-a, caiu conscientemente e tentou ocultar chegando a assassinar um inocente... foi o fundo do poço.
Deus não deixaria impune e levaria a cabo seu juízo se não houvesse reconhecimento de culpa e arrependimento, Davi certamente estaria seguindo o caminho de Saul, o caminho da rejeição. As conseqüências desse ato prejudicaram não somente a Davi e a Bate-Seba, mas atingiu muitas outras pessoas. Bate-Seba foi um exemplo de crente legalista, seu banho ritual após o período menstrual mostra a observancia da Lei Cerimonial, mas ao aceitar deitar-se com o rei esqueceu-se da Lei Moral, o que é comum aos legalistas tanto do AT quanto aos da Graça. Esse adultério quase pôs fim a família através da qual Deus planejou entrar fisicamente no mundo. Em meio às cinzas daquele pecado, porém, o Senhor trouxe o bem. Jesus Cristo, o Redentor da humanidade, nasceu de um descendente de Davi e Bate-Seba.
Nossa vida é construída sobre as escolhas que fazemos, sou o que planejo ser. Elas nos preparam para realizar coisas esplêndidas, quando temos que tomar grandes decisões. A sabedoria para fazer as escolhas certas em diversos assuntos é um dom de Deus. Certamente nos encontraremos em situações que teremos de escolher, não se pode perder de vista a vontade de Deus para nossas vidas e considerar que tudo em nosso viver deve glorificar ao Senhor. Por isso, a Palavra de Deus assevera: “vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios, remindo o tempo; porquanto os dias são maus” (Ef 5.15,16). Precisamos ser equilibrados e refletir à luz da Palavra de Deus para discernir entre o lícito e o ilícito, o conveniente e o inconveniente (Is 5.20; Hb 5.12-14). Lembremos que todas as coisas são lícitas, mas entre estas há coisas impuras, desonestas, que não edificam, que dominam, que não convém, que não glorificam a Deus, etc. (1 Co 6.12; 10.23,31; Fp 4.8).
A exegese da perícope em apreço reza que o servo infiel receberá o mesmo peso do rei Belsazar: MENE, MENE, TEQUEL UFARSIM! “Esta é a interpretação daquilo: MENE: Contou Deus o teu reino e o acabou. TEQUEL: Pesado foste na balança e foste achado em falta. PERES: Dividido foi o teu reino e deu-se aos medos e persas” (Dn 5.26-28). MENE foi escrito duas vezes com sentido duplo: ‘numerado’ e ‘provado’: Deus provou o reino de Babilônia e o reprovou; TEQUEL diz que achou-se defeito em Belsazar e PERES, singular de FARSIM, significa ‘divisão’ e ‘Persia’. Usando uma regra da hermenêutica, o paralelismo, aqui com a parábola dos talentos: o talento representa nossas aptidões, tempo e recursos gastos e dedicados ao serviço do Senhor, recebido de Deus para bem administrarmos em favor de seu reino. Quando o Senhor voltar, nos porá na balança do céu e aquele servo que for achado em falta, defeituoso, que não granjeou outros talentos, como sucedeu com Belsazar que teve seu reino dividido e dado aos medos e persas, assim será com aquele servo infiel, até o que tem ser-lhe-á tirado e dado a outros!
(http://ogideao.blogspot.com/2008/12/mene-mene-tequel-ufarsim-daniel-5.html)

N'Ele, cujos olhos procuram os fiéis sobre a terra,
Francisco de Assis Barbosa, [ton fr ère dans Le sauvateur Jésus Christ]
Professor da EBD na IEAD Ministério do Belém em São Caetano do Sul, SP

BIBLIOGRAFIA PESQUISADA
- Bíblia de Estudo DAKE, CPAD-Ed Atos
- Bíblia de Estudo Genebra, Ed Cultura Cristã – SBB;
- Bíblia de Jerusalém – Nova Edição, Revista e Ampliada – Paulus;

terça-feira, 17 de novembro de 2009

O PECADO DE DAVI E SUAS CONSEQUÊNCIAS

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O PECADO DE DAVI E SUAS CONSEQUÊNCIAS
Texto Áureo: II Sm. 11.1 - Leitura Bíblica em Classe: II Sm. 11.2,4,5,14-17

Pb. José Roberto A. Barbosa

Objetivo: Mostrar que a resposta à tentação para pecar não é ignorá-la ou ser-lhe indiferente, mas invocar as promessas bíblicas pela fé em Cristo.

INTRODUÇÃO
Davi, o homem segundo o coração de Deus, se deixou levar por sua vaidade. E, como todos os homens, a exceção de Cristo, também pecou. Na lição de hoje extrairemos algumas lições a respeito desse triste episódio na vida de Davi. Inicialmente contextualizaremos o seu pecado, mostraremos as condições existenciais para que esse ocorresse. Em seguida trataremos especificamente a respeito do seu pecado e ao final, mostraremos as conseqüências do pecado de Davi a fim de extrairmos lições para a vida cristã.

1. O DESEJO DESENFREADO DE DAVI
O narrador bíblico diz, em II Sm. 11, que Davi estava em Jerusalém. Enquanto isso, seus subordinados se arriscavam na guerra contra os amonitas. Após a refeição, o rei fez sua sesta, e em seguida, caminhou pelo terraço do palácio, perambulando de um lado para outro, em inquietação extrema. Em sua posição estratégica, acima dos demais moradores da cidade, a tudo observava do alto até que seus olhos pairam na direção de uma mulher mui formosa que se banhava. Davi não levava em conta os sentimentos pessoais dela, por isso, numa atitude de abuso sexual, envia seus mensageiros a fim de se relacionar sexualmente com ela. É digno de destaque que o nome de Bate-Seba somente é citado depois dos primeiros versículos desse capítulo, isso porque, para Davi, ela, a princípio, não passava de uma mulher. Mas Bate-Seba, a mulher com a qual Davi se envolveu impulsivamente, engravidou, consequentemente, o rei ficou preocupado. A fim de encontrar uma saída, Davi chamou Urias, o heteu, para coabitar com Bate-Sete, sua esposa, a fim de que a gravidez fosse encoberta. Em respeito ao rei e aos demais guerreiros, Urias se deitou à porta da casa real, decidindo a permanecer com todos os servos de Davi. Diferentemente de Davi, Urias demonstrou fidelidade e não quis usufruir do seu direito para cumprir a satisfação própria. Sua atitude também demonstra solidariedade em relação aos seus colegas soldados. Por fim Davi toma uma decisão extrema, e, para desposar Bate-Seba, planeja a morte de Urias. Muitas vidas são postas em risco para que a vontade egoísta do rei seja levada adiante.

2. O PROFETA REPREENDE O REI DAVI
O rei de Israel deveria submeter-se à palavra profética, por esse motivo, o Senhor enviou Nata, o profeta, para repreender o rei pelo seu pecado. Nata conta-lhe uma história a respeito de dois homens – um rico e um pobre – o primeiro tinha ovelhas e gado em grande número, mas o segundo apenas uma cordeirinha. Para recepcionar um hospede, ao invés de sacrificar uma das suas muitas ovelhas, o homem rico toma a ovelha de estimação do pobre e a prepara para o banquete. A reação de Davi, revoltado pela atitude descabida do homem rico, é imediata e contundente: o homem que cometeu tamanha atrocidade deva ser morto. Interessante que Davi não conseguiu identificar-se naquela história. Uma demonstração da evasão humana diante do pecado. O ser humano prefere apontar seu dedo na direção do outro ao invés de reconhecer seus erros. Uma pesquisa comprovou que uma das frases menos ditas é: “eu errei”. A repreensão profética se fez necessária a fim de que, como diante do espelho, Davi tomasse consciência do seu pecado: Tu és o homem. Esse trecho da Escritura nos revela o poder de desvelamento da Palavra de Deus, sendo essa, conforme está escrito em Hb. 4.12,13: “é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração. E não há criatura alguma encoberta diante dele; antes todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar”. O pecado de Davi não ficaria impune, por isso, uma série de conseqüência adviria das atitudes do rei de Israel. Ninguém pense que o pecado não trará suas mazelas, pois o que homem plantar isso também ceifará (Gl. 6.7).

3. AS CONSEQUÊNCIAS DO PECADO
Não há como conviver amistosamente com o pecado, pois o que o homem plantar isso também ceifará (Gl. 6.7). Essa é uma verdade que pode ser constatada na realidade do pecado de Adão e Eva (Gn. 3.1-6). Algumas vezes, como no caso de Davi, o pecado não apenas atinge o indivíduo pessoalmente, também aqueles que lhe cercam. Uma das conseqüências primárias do pecado, depois de reconhecido, é a tristeza, atingindo o ser humano emocionalmente (Sl. 6.6), ainda que essa tristeza possa conduzir ao arrependimento (II Co. 7.10) Essa porém não é a conseqüência imediata do pecado, antes o distanciamento do Seu Criador (Rm. 3.23). O pecado é uma transgressão dos mandamentos do Senhor que é Santo (I Jo. 3.4; Rm. 4.15). Por esse motivo, quando o pecado ocorre não apenas o pecador se entristece, também entristece o Espírito Santo, que o selou para o dia da redenção (Ef. 4.30). Uma outra conseqüência do pecado não arrependido é o efeito cascata, isto é, um erro pode conduzir a outros sucessivos. O envolvimento sexual de Davi com Bate-Seba o levou a um outro pecado, o assassinato de Urias. O pecado de um determinado indivíduo também pode levar outras pessoas – algumas vezes que nada têm a ver com o caso – ao sofrimento. Urias padeceu por causa do pecado de Davi, demonstrando, assim, a implicação social do pecado humano. Por fim, mas não por último, o pecado tem implicações psicossomáticas, ou seja, a menos que haja arrependimento e confissão, males sobrevirão ao corpo, por isso Paulo advertiu os crentes de Corinto que entre eles havia “muitos fracos e doentes e muitos que dormem” (I Co. 11.30).

CONCLUSÃO
O pecado do cristão precisa ser confessado e abandonado (Tg. 5.16). Como Davi, é preciso reconhecer os pecados pessoais perante Deus (Sl. 41.1). A Palavra de Deus diz que os que confessam seus pecados e os deixam alcançarão misericórdia (Pv. 28.13). Aqueles que assim o fazem desfrutarão da bem-aventurança do Sl. 32.1-2, pois o Senhor não atribui iniqüidade. Caso contrário, os ossos envelhecerão, a alma passará por gemidos, e a mão do Senhor pesará (Sl. 32.3,4).

BIBLIOGRAFIA
BALDWIN, J. G. I e II Samuel: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2008.
SWINDOLL, C. R. Davi. São Paulo: Mundo Cristão, 2009.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

EBD - Lições Bíblicas CPAD - 1o. Trimestre 2010

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1º TRIMESTRE DE 2010 



SUMÁRIO 


LIÇÕES BÍBLICAS CPAD


Comentário: ELIENAI CABRAL
Consultor Doutrinário e Teológico: ANTONIO GILBERTO


Lições do 1º Trimestre de 2010


TEMA:

II CORÍNTIOS — “Eu, de muito boa vontade, gastarei e me deixarei gastar pelas vossas almas.”


Lição 1 – A DEFESA DO APOSTOLADO DE PAULO

Lição 2 – O CONSOLO DE DEUS EM MEIO À AFLIÇÃO


Lição 3 – A GLÓRIA DO MINISTÉRIO CRISTÃO


Lição 4 – A GLÓRIA DAS DUAS ALIANÇAS


Lição 5 – TESOURO EM VASOS DE BARRO


Lição 6 – O MINISTÉRIO DA RECONCILIAÇÃO


Lição 7 – PAULO, UM MODELO DE LÍDER SERVIDOR


Lição 8 – EXORTAÇÃO À SANTIFICAÇÃO


Lição 9 – O PRINCÍPIO BIBLICO DA GENEROSIDADE


Lição 10 – A DEFESA DA AUTORIDADE APOSTÓLICA DE PAULO


Lição 11 – CARATERÍSTICAS DE UM AUTÊNTICO LÍDER


Lição 12 – VISÕES E REVELAÇÕES DO SENHOR


Lição 13 – SOLENES ADVERTÊNCIAS PASTORAIS 


Bibliografia sugerida: 
Comentário Bíblico Beacon. 
Comentário Bíblico Pentecostal. 
Teologia do Novo Testamento, Roy B. Zuck. 
Comentário Histórico Cultural, Lawrence O. Richards. 

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