segunda-feira, 26 de abril de 2010

O PODER DA INTERCESSÃO

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TEXTO ÁUREO
"E, quanto a mim, longe de mim que eu peque contra o SENHOR, deixando de orar por vós; antes, vos ensinarei o caminho bom e direito" (1 Sm 12.23).
Será que é pecado deixarmos de orar uns pelos outros? As palavras de Samuel indicam que sim. Suas atitudes ilustram duas das responsabilidades do povo de Deus: (a) deveriam orar de forma consistente uns pelos outros (Ef 6.18) e (b) deveriam ensinar aos outros o caminho certo para chegar a Deus (2Tm 2.2). Na nova organização de governo de Israel, Samuel ficaria responsável pela intercessão e instrução do povo. Samuel discordava do pedido dos israelitas por um rei, mas assegurou-lhes que continuaria a orar por eles e ensiná-los. Podemos discordar das pessoas, mas não devemos parar de orar por elas. (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, CPAD)
VERDADE PRÁTICA
Orar é preciso; interceder é a obrigação de todo o povo de Deus.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Jeremias 14.1-3; 7, 8, 10; 15.1
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
- Compreender o que é intercessão segundo os padrões bíblicos.
- Explicar por que Jeremias intercedia por Judá, mesmo sabendo que o povo estava afastado de Deus.
- Saber que a intercessão é uma recomendação bíblica.
PALAVRA-CHAVE
INTERCESSÃO
Do lat. intercessionem. Súplica em favor de outrem; Intervenção conciliadora; Sofrer com os que sofrem; chorar com os que choram.
COMENTÁRIO
(I. INTRODUÇÃO)
Os grandes personagens bíblicos também foram homens de oração. O texto Áureo apresenta Samuel indicando que deixar de interceder seria um pecado, frisando pelo menos duas obrigações para o crente: orar uns pelos outros e instruir o caminho do Senhor. Interceder é suplicar a fovor de outrem e pleitear a sua causa, como se fora sua própria. É estar entre Deus e os homens, numa intervenção conciliadora, tomando seu lugar e sentindo sua necessidade de tal maneira que luta em oração até a vitória na vida daquele por quem intercede. "Orai uns pelos outros" (tg. 5:16): Abraão interveio por Ló; Moisés interveio pelo apóstata Israel e foi ouvido; Samuel orou constantemente pela nação; Daniel orou pela libertação do seu povo do cativeiro; Davi suplicou pelo povo; toda a Igreja é convocada a exercer a intercessão. Caro leitor, temos hoje a oportunidade de estudar a respeito da intercessão do profeta Jeremias em favor de Judá. Induzido ao erro por falsos ensinos, Judá tem em Jeremias um intercessor em seu favor e dia e noite, suplicava por seu povo e não se mostrava indiferente à sorte da sua nação. Pode-se traçar um paralelo entre a nossa época e aquela; temos um avanço do Reino de Deus em nossa pátria, e o joio se juntamente com o trigo. É chegado, pois, o momento de nos desfazermos em contínuos e amorosos rogos, para que o Senhor apiede-se de nossa nação e reavive a sua Igreja. "A oração abre o seu coração para o poder transformador do Espírito Santo." Jim George REFLEXÃO
(II. DESENVOLVIMENTO)
I. O QUE É A INTERCESSÃO
É uma oração para que a vontade de Deus seja feita na vida de outros; é descobrir o que está no coração de Deus e orar para que isso se manifeste. O intercessor é o que vai a Deus não por causa de si mesmo, mas por causa dos outros. É o que exerce súplica numa posição de sacerdote entre Deus e o homem, para pleitear a sua causa. Interceder é ser colaborador com Cristo, partilhar de seu ministério (Hb 7.25). O Espírito Santo traz ao nosso coração aquilo que Jesus ora diante do Pai e nós passamos a orar em linha com Ele.
1. Definição. Do grego entunchano; Strong 1793: Concordar, encontrar para conversar. Dessa descrição de um encontro casual, a palavra progride para a idéia de discutir com uma pessoa em nome de outra, embora algumas vezes a petição possa ser contra outro (At 25.24; Rm 11.2) (Bíblia de Estudo Plenitude, SBB, pág 1288). Interceder é mais bem entendido como, ser colaborador com Cristo, partilhar de seu ministério (Hb 7.25). O Espírito Santo traz ao nosso coração aquilo que Jesus ora diante do Pai e nós passamos a orar em linha com Ele.
2. A eficácia da oração intercessória. A intercessão deve ser prioridade: Antes de tudo, orem (1 Tm 2.1,2) A obra intercessória de Cristo foi prefigurada pela queima diária de incenso no altar de ouro, no Lugar Santo. A nuvem de incenso a elevar-se constantemente não era somente um símbolo das orações de Israel; era também um tipo de oração sacerdotal do nosso grande Sumo Sacerdote. Louis Berkhof (*) afirma: “Esta ação simbólica da queima de incenso não estava dissociada da apresentação dos sacrifícios no altar de bronze, mas, antes, estava sumamente relacionada com ela. Estava relacionada com a aplicação do sangue das mais importantes ofertas pelo pecado, sangue que era aplicado aos chifres do altar de ouro, também chamado altar do incenso, era borrifado em direção ao véu, e, no grande Dia da Expiação, era até levado ao Santo dos Santos e espargido no assento da misericórdia, isto e, no propiciatório. Esta manipulação do sangue simbolizava a apresentação do sacrifício a Deus, que habitava entre os querubins. O Santo dos Santos era claramente um símbolo e tipo da cidade quadrangular, a Jerusalém celeste. Ainda há outra conexão entre a obra sacrificial realizada junto ao altar de bronze e a intercessão simbólica feita junto ao altar das ofertas queimadas era uma indicação de que a intercessão se baseava no sacrifício e de que, doutro modo, não seria eficaz. Isto indica claramente que a obra intercessória de Cristo no céu está baseada em Sua obra sacrificial consumada, e que só é aceitável sobre esta base.”(A Obra Intercessória de Cristo, Louis Berkhof). À esse exemplo, através da oração intercessória, estamos a demonstrar amor e altruísmo; provamos que o bem-estar do semelhante está acima do nosso. A intercessão é uma das maiores demonstrações de amor. Ela deve fazer parte da vida do verdadeiro cristãoSINOPSE DO TÓPICO (1)
II. JEREMIAS INTERCEDE POR JUDÁ
O capítulo 14 apresenta profecias que foram dadas durante o período de grande estiagem que atingiu Judá. Jeremias intercede mas obtém uma resposta desfavorável, pois o povo não se arrependeu de sua idolatria.
1. A intercessãoQuando não há arrependimento, a resposta divina é desfavorável. Jeremias é instruído a não orar pelo povo como era comum os profetas procederem. Praticamente não há esperança para este povo por causa da sua dura cerviz. Jeremias porém, orou em intercessão na esperança de alcançar misericórdia. A intercessão é eficaz, porém, nesse caso, a impiedade e rebeldia do povo impedia qualquer ação divina em seu favor.
2. Deus rejeita a intercessão de Jeremias. Nem mesmo a ameaça de cativeiro removeu a dureza de coração de Judá, em conseqüência, Deus envia a terrível seca e recusa-se a responder as orações do povo que, acuado pelas conseqüências devastadoras da estiagem, clamara à Deus. Seu apelo foi rejeitado por não haver sinceridade no seu arrependimento. O povo queria apenas o livramento.
3. A persistência da intercessão de Jeremias. Como profeta de YAWEH, Jeremias deveria influenciar as pessoas e não levar em conta a situação e os acontecimentos. Em sua tristeza por falta de respostas de Deus, ele lamenta, magoado e temeroso. Ele não cansa de interceder, de chamar o povo ao arrependimento e em oração, revela seus mais profundos sentimentos a Deus (15.17-21). Jeremias não ficou indiferente à sorte de seu povo. Ele intercedeu dia e noite em favor da nação. SINOPSE DO TÓPICO (2)
III. POR QUE DEVEMOS INTERCEDER
Já cogitava em exterminá-los se Moisés, seu eleito, não intercedesse junto dele para impedir que sua cólera os destruísse.” (Sl 106.23 Versão Católica) Interceder é pedir algo a favor de alguém. É a obra de alguém que se coloca entre um que tem uma necessidade e aquele que pode supri-la, mesmo que aquele que tem a necessidade não tenha conhecimento que o outro está intercedendo. Talvez seja uma obra maior, justamente a intercessão feita em prol daqueles que ignoram o perigo que correm e não sentem nenhuma necessidade de ajuda. A intercessão não requer reconhecimento. Mesmo que haja total indiferença à ajuda que tanto precisam, temos um vocacionamento à missão de orarmos em intercessão por todos. A Palavra de Deus, do Gênesis ao Apocalipse, nos exorta a intercedermos.SINOPSE DO TÓPICO (3)
1. É uma recomendação bíblica. O Calvário nos deu a oportunidade de irmos diretamente a Deus para recebermos perdão e diante dEle podemos exercer a função de sacerdote para os demais irmãos em Cristo (1 Pe 2.9). Tiago ressalta a natureza eficaz da oração feita por um justo, a idéia básica é a de uma súplica que tem energia.
2. É uma demonstração do amor cristão. "Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens" (1 Tm 2.1 - ARA); "Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo" (Tg 5.16 - ARA).
O intercessor se coloca entre Deus e os homens, para pleitear sua causa, como se fosse própria, visa alterar circunstâncias contrárias à vontade perfeita de Deus, levando-as a se harmonizarem com a mesma. Todo crente é chamado a exercer o sacerdócio levando suas necessidades à presença do Eterno (“Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;” 1Pe 2.9 – ARA).
3. É um exercício de piedade. Interceder é ver a necessidade da intervenção de Deus nas mais diversas situações. É captar a mente de Cristo, de modo a ver as circunstâncias como Cristo as vê, e unir-se a Ele em súplica para que Deus se mova de tal maneira que Sua vontade e propósito Divinos sejam cumpridos nas vidas dos homens e das nações. A intercessão deve ser uma das prioridades da vida do cristão. Todo crente é chamado a interceder. Há pessoas que têm um ministério de intercessão, com uma unção especial para tanto, mas cada crente tem uma vocação de Deus para interceder; É um imperativo. Quem não o faz, não exerce seu sacerdócio. Paulo é enfático ao dizer: "Exorto, pois, antes de tudo, que se façam súplicas, orações, intercessões, ações de graças por todos os homens," (1 Tm 2.1 - ARA).
III. CONCLUSÃO
Voltei o rosto ao Senhor Deus, para o buscar com oração e súplicas, com jejum, pano de saco e cinza” (Dn 9.3 – ARA). Pode-se definir a intercessão como a oração contrita e reverente, com fé e perseverança, mediante a qual o crente suplica a Deus em favor de outrem que extremamente necessite da intervenção divina. Daniel ora contritamente em favor da restauração de Jerusalém e de todo o povo de Israel numa verdadeira intercessão. A Bíblia nos fala da intercessão de Cristo e do Espírito Santo, e de numerosos santos, homens e mulheres do antigo e do novo concerto.
A oração de Jesus em Jo 17 é a mais longa que foi registrada, nela, intercede por todos os discípulos para que eles fossem um só. Ele orou pela mais íntima unidade:"como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti". Devemos desejar esta unidade e sermos diligentes para mantê-la, porque é a oração sincera e expressa de nosso Senhor.
APLICAÇÃO PESSOAL
Jeremias deu vazão à sua tristeza a respeito do estado da nação. Mas, de alguma maneira, a angústia do profeta também é uma expressão da profunda tristeza de Deus. 'Os meus olhos derramem lágrimas de noite e de dia [...] a virgem, filha do meu povo, está ferida [...] de chaga mui dolorosa' (v. 17). Encorajado pela própria tristeza de Deus, Jeremias irrompe em novas lamentações. O profeta tem esperança somente no Deus vivo e declara sua intenção de esperar no Senhor. "E, quanto a mim, longe de mim que eu peque contra o SENHOR, deixando de orar por vós; antes, vos ensinarei o caminho bom e direito" (1 Sm 12.23); Deixar de interceder, segundo as palavras de Samuel, é um pecado contra o SENHOR. O crente assume duas das responsabilidades: orar de forma consistente uns pelos outros (Ef 6.18) e ensinar aos outros o caminho certo para chegar a Deus (2Tm 2.2). Samuel discordava do pedido dos israelitas por um rei, mas assegurou-lhes que continuaria a orar por eles e ensiná-los; Jeremias discordava da liderança de Judá e da atitude do povo em geral, mas lamentou e intercedeu por eles. O crente pode discordar das pessoas, mas não pode parar de orar por elas. O papel de mediador em oração era prevalecente no Velho Testamento. No Novo Concerto, Cristo foi constituído como o intercessor supremo (Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem - 1 Tm 2.5). "Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós" (Rm 8:34).
Temos crido de uma maneira falaciosa que aqueles que oferecem oração intercessória por outras pessoas são uma classe especial de crentes, vocacionados para um ministério de intercessão. Todos temos recebido o Espírito Santo e, da mesma forma como Ele intercede por nós de acordo com a vontade de Deus (Rm 8.26-27), devemos interceder uns pelos outros. Esse privilégio não está limitado; é um chamado para todos. Na verdade, deixar de interceder a favor de outras pessoas é pecado. Que privilégio maravilhosissimo e importante temos em poder nos aproximar corajosamente do trono de Deus, numa atitude altruísta, em orações e súplicas por todos.
N’Ele,
Francisco A Barbosa
(*) Louis Berkhof (1873-1957) é um teólogo sistemático reformado cujas obras têm sido muito influentes na teologia calvinista da América do Norte e da América Latina. SuaTeologia Sistemática tem sido, durante décadas, o livro-texto utilizado em muitas faculdades protestantes de teologia no Brasil. Ele nasceu nos Países Baixos e mudou-se, ainda pequeno, para os Estados Unidos.
BIBLIOGRAFIA PESQUISADA
- Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, CPAD;
Louis Berkhof – Teologia Sistemática – p. 404.
EXERCÍCIOS
RESPONDA
1. O que é a intercessão?
R. A intercessão é a oração que fazemos a Deus em favor de outrem.
2. Por que a oração intercessória é eficaz?
R. Porque através dela, demonstramos amor e altruísmo; provamos que o bem-estar do semelhante está acima do nosso.
3. Quais foram os maiores intercessores do Antigo Testamento?
R. Samuel e Moisés.
4. Qual o maior exemplo de intercessão que temos na Bíblia?
R. Jesus no Getsêmani.
5. Por que devemos orar intercessoriamente.
R. Porque é uma demonstração do amor cristão.
BOA AULA!

O PODER DA INTERCESSÃO

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JEREMIAS – Esperança em Tempos de Crise
Lição 05 O Poder da Intercessão
Por PR Manoel B. M. Júnior

Texto Áureo: “E, quanto a mim, longe de mim que eu peque contra o SENHOR, deixando de orar por vós; antes, vos ensinarei o caminho bom e reto” (1 Sm 12.23).

Verdade Prática: Orar é preciso; interceder é a obrigação de todo o povo de Deus.

Leitura Bíblica em classe: Jeremias 14.1-3,7,8,10; 15.1 ARC.

INTRODUÇÃO

Tem de fato a intercessão poder para transformar vidas? A obra CONFISSÕES, de Agostinho, revela que em sua vida pregressa não existe nenhum indício de que um dia ele seria esse grande cristão. De acordo com todas as indicações, esse jovem brilhante se tornaria um profissional dissoluto, provavelmente na vida jurídica ou acadêmica. Quando era um estudante de apenas dezessete anos, teve uma namorada que dividia sua cama e lhe deu um filho ilegítimo. Intelectualmente falando, Agostinho não adotou o cristianismo, mas a heresia do maniqueísmo que clandestinamente afirmava reconciliar a filosofia e a religião. Ao completar vinte e um anos, enquanto ensinava retórica, ele escreveu um livro cujo título pode parecer atualmente muito contemporâneo – “Sobre a Beleza e a Aptidão”. Agostinho era um pobre candidato à igreja e muito menos a santidade. Mas ele tinha uma coisa especial a seu favor – sua mãe, Mônica, mulher de grande fé e persistente em oração. Ela o acompanhou do norte da África até Roma (onde ele tentou escapar) e depois Milão, onde se converteu de verdade. O restante pertence à fabulosa história da igreja, pois ele se tornou Agostinho de Hipona, o maior teólogo da igreja primitiva. Por ocasião da morte de Mônica, Agostinho expressou poeticamente sua tristeza a Deus: “Chorei pela minha mãe... a mãe que durante anos esteve morta para meus olhos e durante anos intercedeu por mim, para que eu pudesse viver diante de teus olhos”. A intercessão de Mônica por seu filho serve como um estimulante exemplo do poder da intercessão. Na verdade, a maior coisa que os cristãos podem fazer pela igreja é diuturnamente interceder por ela com orações fervorosas, cheia de lágrimas e súplicas a fim de que Deus sare a nossa nação.

I. O QUE É A INTERCESSÃO

Interceder é colocar-se no lugar de outro e pleitear a sua causa, como se fora sua própria. É estar entre Deus e os homens, a favor destes, tomando seu lugar e sentindo sua necessidade de tal maneira que luta em oração até a Vitória Na Vida Daquele Por Quem intercede
Há muitas definições que nós poderíamos dar sobre intercessão. A mais simples está na Bíblia: "Orai uns pelos outros" (Tg. 5:16). Ela está cheia de exemplos: Abraão suplicou por Ló e este foi liberto da destruição de Sodoma e Gomorra; Moisés intercedeu por Israel apóstata e foi ouvido; Samuel orou constantemente pela nação; Jeremias intercedeu por Judá; Daniel orou pela libertação do seu povo do cativeiro; Davi suplicou pelo povo; Cristo rogou por Seus discípulos e fez especial intercessão por Pedro; Paulo é exemplo de constante intercessão. Toda a Igreja é chamada ao fascinante ministério da intercessão.

1. Definição.
(“euteuxis”, do grego), denota primariamente “iluminação em, encontro com”; então “conversação”; por conseguinte, “petição”, significado freqüente nos papiros; é termo técnico para descrever a aproximação a um rei, e, assim, para se chegar a Deus em “intercessão”. É traduzido em 1Tm 4.5 por “oração”; no plural, ocorre em 1Tm 2.1 (ou seja, buscando a presença e ouvindo de Deus em favor dos outros). No AT o verbo é pãlal: “Interferir, mediar” (1Sm 2.25; Gn 48.11; Nm 21.7; Dt 9.20; 1Sm 12.23). O intercessor é o que vai a Deus não por causa de si mesmo, mas por causa dos outros. Ele se coloca numa posição de sacerdote, entre Deus e o homem, para pleitear a sua causa.
Intercessão é dar à luz no reino do espírito às promessas e propósitos de Deus. É uma oração para que a vontade de Deus seja feita na vida de outros; É rogar a Deus por um avivamento genuíno, Para tanto, precisamos interceder junto ao trono da graça a fim de alcançarmos misericórdia. O Espírito Santo traz ao Corpo de Cristo um peso de intercessão, pois a oração intercessória é a ferramenta usada por Ele para manifestar na vida dos homens Seus poderosos feitos.
Interceder é ver a necessidade da intervenção de Deus nas mais diversas situações. É captar a mente de Cristo, de modo a ver as circunstâncias como Cristo as vê, e unir-se a Ele em súplica para que Deus se mova de tal maneira que Sua vontade e propósito Divinos sejam cumpridos nas vidas dos homens e das nações.
2. A eficácia da oração intercessória.

Na Bíblia temos vários exemplos de intercessores, porém, nenhum deles é superior a Cristo o intercessor por excelência. Jesus nos mostra através de sua própria vida a eficácia da oração intercessória A ORAÇÃO PELOS DISCÍPULOS feita por Ele em (Jo 17.9-19) – nos mostra que a unidade e reciprocidade de conhecimento entre o Pai e o Filho são os princípios em que Jesus baseia sua oração em favor dos discípulos, para que saibam que pertencem a Deus (10). Jesus é glorificado pela fé deles. Entretanto, Ele deve voltar para junto do Pai, enquanto eles hão de continuar no mundo. Jesus implora que sejam guardados de todo mal (11-15) e que a unidade existente entre eles reflita aquela que existe entre o Pai e o Filho. Notem-se as variações no vers. 11. "Guarda em teu nome aqueles que me deste" (ARC); "guarda-os em teu nome, que me deste" (ARA). A primeira concorda com Jo 6.37 e Jo 17.24. Em todo caso, Ele pede a fidelidade dos seus discípulos. Todos lhe foram fiéis, exceto Judas, o filho da perdição (12). O termo pode ser um hebraísmo que indica o fato de que Judas está destinado à perdição por causa da sua ação pecaminosa. A doutrina de predestinação para julgamento não está implicada no caso. Em seguida, Jesus pede que os discípulos possam participar do gozo da Sua missão cumprida (13). Deu-lhes a Sua palavra e na aceitação daquela palavra os discípulos incorreram na hostilidade do mundo (14). Não pede que sejam tirados do mundo, pois isto seria um obstáculo aos propósitos divinos. Pede que sejam guardados do mal que há no mundo. Algumas variantes dizem "guardados do maligno". Cfr. Jo 13.2-27. Com isso, O Senhor Jesus consagra, solenemente, os discípulos à missão, e pede que o Pai celestial "possa santificá-los àquela vida de fidelidade absoluta à verdade, encarnada em Sua própria pessoa". Os discípulos deviam permanecer no mundo, a fim de cumprir a missão do Pai (18). Logo em seguida, Jesus se santifica àquela morte de sacrifício que o espera. Suas palavras de consagração tornam Sua morte eficaz. Por essa mesma morte seria conseguida a consagração também daqueles por quem Ele ia morrer. Sem tal intercessor a igreja jamais chegaria chegou, Cristo nos mostra que, para experimentarmos e sentirmos a eficácia da oração intercessória, basta-nos interceder como ele intercedeu.

II. JEREMIAS INTERCEDE POR JUDÁ

“Ó Esperança de Israel e Redentor seu no tempo da angústia, por que serias como estrangeiro na terra e como viandante que se desvia para passar a noite? Por que serias como homem surpreendido, como valente que não pode salvar? Mas tu, ó SENHOR, estás em nosso meio, e somos chamados pelo teu nome; não nos desampares” (Jr 14.8,9).

1. A intercessão.

Vemos agora um exemplo do que significa orar quando se está em um estado frenético. O povo em grande angustia clama ao Senhor, mas não com arrependimento genuíno. Eles apresentam sua confissão de maneira apressada, em que sobressai a autocomiseração e não um profundo reconhecimento do pecado. Mesmo assim o profeta intercede pelo povo. A descrição é poética, aproveitando o profeta o acontecimento como símbolo apropriado da seca espiritual. O Deus vivo abandona o povo ao seu pecado; Ele não permanece mais do que uma noite, como um viandante (8). Não nos desampare (9), o ponto culminante da intercessão. Nas numerosas orações intercessórias da Bíblia, os santos de Deus intercediam para que Deus sustasse o seu juízo (Gn 18.23-32; Nm 14.13-19; Jl 2.17), que restaurasse o seu povo (Ne 1; Dn 9), que livrasse as pessoas do perigo (At 12.5,12; Rm 15.31), e que abençoasse o seu povo (Nm 6.24-26; 1Rs 18.41-45; Sl 122.6-8). Os intercessores também oravam para que o poder do Espírito Santo viesse sobre os crentes (At 8.15-17; Ef 3.14-17), para que alguém fosse curado (1Rs 17.20-23; At 28.8; Tg 5.14-16), pelo perdão dos pecados (Ed 9.5-15; Dn 9; At 7.60), para Deus dar capacidade às pessoas investidas de autoridade para governarem bem (1Cr 29.19; 1Tm 1.1,2), pelo crescimento na vida cristã (Fp 1.9-11; Cl 1.10,11), por pastores para que sejam capazes (2Tm 1.3-7), pela obra missionária (Mt 9.38; Ef 6.19,20), pela salvação do próximo (Rm 10.1) e para que os povos louvem a Deus (Sl 67.3-5). Qualquer coisa que a Bíblia revele como a perfeita vontade de Deus para o seu povo pode ser um motivo apropriado para a oração intercessória.
2. Deus rejeita a intercessão de Jeremias.

“Disse-me ainda o SENHOR: Não rogues por este povo para o bem dele. Quando jejuarem, não ouvirei o seu clamor e, quando trouxerem holocaustos e ofertas de manjares, não me agradarei deles; antes, eu os consumirei pela espada, pela fome e pela peste” (Jr 14.11,12; 15. 1-4). Ordem inexorável, esta do vers. 11, de o profeta não orar pelo seu povo. Pela espada e pela fome e pela peste (12), combinação esta que ocorre sete vezes em Jeremias. Deus enxerga além da camada superficial da religiosidade fingida de Israel. Não há nenhuma profunda tristeza pelo pecado. Suas orações não passam de meras palavras. Deus diz a Jeremias: “Não ore pelo bem-estar desse povo” (11, NVI). Ele viu que a oração deles era superficial, e que somente estavam tristes por causa do seu sofrimento. Ele seria menos que Deus se concordasse com a oração frenética deles quando, na verdade ela estava desprovida de fé genuína. “Quando jejuarem, não ouvirei o seu clamor e, quando trouxerem holocaustos e ofertas de manjares, não me agradarei deles; antes, eu os consumirei pela espada, pela fome e pela peste” (12).

3. A persistência da intercessão de Jeremias

Deveria Jeremias deixar de orar pelo povo? Não! O profeta foi orientado por Deus a não interceder, porém, esta proibição não era permanente. A persistência de Jeremias em interceder por Judá nos mostra que em quanto houver fôlego em nossos pulmões e força em nossas pernas para prostrar-se diante do Todo Poderoso devemos interceder por uma renovação “Tenho ouvido, ó SENHOR, as tuas declarações, e me sinto alarmado; aviva a tua obra, ó SENHOR, no decorrer dos anos, e, no decurso dos anos, faze-a conhecida; na tua ira, lembra-te da misericórdia”. (Hb 3.2). Não importa se a nossa nação está virando as costas para Deus também não importa se a sentença Divina já foi decretada, Deus deseja encontrar intercessores que se coloquem na brecha e interceda pelo povo “Busquei entre eles um homem que tapasse o muro e se colocasse na brecha perante mim, a favor desta terra, para que eu não a destruísse; mas a ninguém achei” (Ez 22.30). A vida de Jeremias como homem de oração é um exemplo a ser seguido por todos os cristãos em todo o mundo.

III. PORQUE DEVEMOS INTERCEDER

O comentarista da lição cita três pontos sobre porque devemos interceder:

1. É uma recomendação Bíblica
2. É uma demonstração do amor cristão
3. É um exercício da piedade

Pelo fato de estarem bem definidos e sintetizados quero apresentar a seguir um breve esboço sobre A INTERCESSÃO DO CRENTE.

A Bíblia refere-se constantemente às orações intercessórias do crente e registra numerosos exemplos de orações notáveis e poderosas.


(1) No AT, os líderes do povo de Deus, tais como os reis (1Cr 21.17; 2Cr 6.14-42), profetas (1Rs 18.41-45; Dn 9) e sacerdotes (Ed 9.5-15; Jl 1.13; 2.17,18), deviam ser exemplos na oração intercessória em prol da nação. Exemplos marcantes de intercessão no AT, são as orações de Abraão em favor de Ismael (Gn 17.18) e de Sodoma e Gomorra (Gn 18.23-32), as orações de Davi em favor de seus filhos (2Sm 12.16; 1Cr 29.19), e as de Jó em favor de seus filhos (Jó 1.5). Na vida de Moisés, temos o exemplo supremo no AT, quanto ao poder da oração intercessória. Em várias ocasiões ele orou intensamente para Deus alterar a sua vontade, mesmo depois de o Senhor declarar-lhe aquilo que Ele já resolvera executar. Por exemplo, quando os israelitas se rebelaram e se recusaram a entrar em Canaã, Deus falou a Moisés que iria destruí-los e fazer de Moisés uma nação maior (Nm 14.1-12). Moisés, então, levou o assunto ao Senhor em oração e implorou em favor dos israelitas (Nm 14.13-19); no fim da sua oração, Deus lhe disse: "Conforme à tua palavra, lhe perdoei" (Nm 14.20; ver também Êx 32.11-14; Nm 11.2; 12.13; 21.7; 27.5; ver o estudo A ORAÇÃO EFICAZ). Outros poderosos intercessores do AT são Elias (1Rs 18.21-26; Tg 5.16-18), Daniel (9.2-23) e Neemias (Ne 1.3-11).


(2) O NT apresenta mais exemplos, ainda, de orações intercessórias. Os evangelhos registram como os pais e outras pessoas intercediam com Jesus em favor dos seus entes queridos. Os pais rogavam a Jesus para que curasse seus filhos doentes (Mc 5.22-43; Jo 4.47-53); um grupo de mães pediu que Jesus abençoasse seus filhos (Mc 10.13). Certo homem de posição implorou, pedindo a cura de seu servo (Mt 8.6-13), e a mãe de Tiago e João intercedeu diante de Jesus em favor deles (Mt 20.20,21).


(3) A igreja do NT intercedia constantemente pelos fiéis. Por exemplo, a igreja de Jerusalém reuniu-se a fim de orar pela libertação de Pedro da prisão (At 12.5, 12). A igreja de Antioquia orou pelo êxito do ministério de Barnabé e de Paulo (At 13.3). Tiago ordena expressamente que os presbíteros da igreja orem pelos enfermos (Tg 5.14) e que todos os cristãos orem "uns pelos outros" (Tg 5.16; cf. Hb 13.18,19). Paulo vai mais além, e pede que se faça oração em favor de todos (1Tm 2.1-3).


(4) O apóstolo Paulo, quanto à intercessão, merece menção especial. Em muitas das suas epístolas, discorre a respeito das suas próprias orações em favor de várias igrejas e indivíduos (e.g., Rm 1.9,10; 2Co 13.7; Fp 1.4-11; Cl 1.3,9-12; 1Ts 1.2,3; 2Ts 1.11,12; 2Tm 1.3; Fm .4-6). Vez por outra fala das suas orações intercessórias (e.g., Ef 1.16-18; 3.14-19; 1Ts 3.11-13). Ao mesmo tempo, também pede as orações das igrejas por ele, pois sabe que somente através dessas orações é que o seu ministério terá plena eficácia (Rm 15.30-32; 2Co 1.11; Ef 6.18-20; Fp 1.19; Cl 4.3,4; 1Ts 5.25; 2Ts 3.1,2).

CONCLUSÃO
A liderança de hoje se orgulha do muitos títulos que seus membros apresentam em forma de troféus. Não há motivo para tanto orgulho, pois neste exato momento não precisamos de ilustres doutores e sim de quebrantados intercessores.

O PODER DA INTERCESSÃO

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Pb. José Roberto A. Barbosa

Objetivo: Mostrar aos alunos que orar é uma necessidade e interceder uma obrigação de todo crente.

INTRODUÇÃO
Estaremos, na aula de hoje, diante de um dos mais sublimes textos do livro do profeta Jeremias. Essa porção da Escritura alterna poesia e prosa, num diálogo vigoroso entre Deus e o profeta. No início da aula analisaremos a oração intercessória de Jeremias. Em seguida, trataremos a respeito da imediata resposta do Senhor. Ao final, compreenderemos alguns princípios cristãos para a prática da intercessão.

1. A INTERCESSÃO DE JEREMIAS
A desgraça assolaria, em breve, todo nação de Judá. Mesmo assim, o povo se negava a abandonar o pecado. Jeremias deseja interceder pelo povo, mas o Senhor, mais uma vez, adverte ao profeta da ineficácia da sua intercessão. Deus ignorará a intercessão do profeta porque o povo, premeditadamente, não se arrependerá. O Senhor acusa os falsos profetas por conduzirem Judá às falsas visões, adivinhações, vaidade e engano (Jr. 14.14). Tais falsários seriam os primeiros a sofrerem os julgamentos divinos quando a calamidade chegasse sobre a nação. Nos dias atuais, conforme nos antecipou o Senhor Jesus, existem muitos falsos profetas (Mt. 24.11; Mc. 13.22). De vez em quando aparece alguém que deseja se passar por Cristo. Dentro e fora das igrejas acumulam-se os falsos ensinadores, mestres que não atentam para a Palavra de Deus. A respeito deles, diz Judas em sua Epístola: “Estes são manchas em vossas festas de amor, banqueteando-se convosco, e apascentando-se a si mesmos sem temor; são nuvens sem água, levadas pelos ventos de uma para outra parte; são como árvores murchas, infrutíferas, duas vezes mortas, desarraigadas; Ondas impetuosas do mar, que escumam as suas mesmas abominações; estrelas errantes, para os quais está eternamente reservada a negrura das trevas” (v. 12,13). A filosofia da auto-ajuda tem favorecido o surgimento de vários profetas do engano. Dizem ao povo que tudo está bem, que podem encontrar saída por conta própria, e que não precisam de Deus. Ao invés de proclamarem arrependimento, induzem as pessoas a massagearem o ego, e a viverem distanciadas de Deus. Os profetas do Senhor, neste tempo, devem continuar intercedendo e pregando ao povo, conduzindo-os à sã doutrina (II Tm. 4.1-5).

2. A RESPOSTA IMEDIATA DO SENHOR
A doutrina da intercessão é bíblica e deve ser observada pela igreja. Na história de Israel, Deus ouviu a intercessão de Moisés e Samuel (Ex. 32.11-14; Nm. 14.13-24; Dt. 9.18-20; I Sm. 7.5-9; 12.19-25). No caso de Jeremias, porém, a resposta do Senhor foi negativa (Jr. 14.11; 7.16; 11.14). De nada adiantaria interceder por Judá, pois a morte, a espada, a fome e o cativeiro seria inevitável. Não porque o Senhor não desejasse, mas porque Ele sabia, pela Sua onisciência, que o povo não daria ouvidos às palavras do profeta. Mesmo a religiosidade judaica não seria capaz de deter o julgamento, pois tudo não passava de mera exterioridade. As orações, jejuns e sacrifícios serviam apenas para ocultar a ausência de temor a Deus. Em relação aos falsos profetas, se o povo tivesse conhecimento da Palavra de Deus, saberia que eles não traziam uma revelação do Senhor (Dt. 18.20-22; Jr. 13.1-18; Is. 8.20; II Ts. 2.7-12). A resposta negativa de Deus não é uma demonstração de rejeição ao Seu povo. A disciplina faz parte do processo instrutivo de Deus (Pv. 3.11-12; Hb. 12.6). Está na moda uma teologia que valoriza apenas o amor de Deus, transforma-o num vovô bonachão, que a ninguém castiga, esquecendo que Ele, além de amor (I Jo.4.8), é também fogo consumidor (Hb. 12.29) e que a Sua ira permanece sobre aqueles que não crêem em Cristo (Jo. 3.36). A falta de temor ao Senhor está construindo uma geração de cristãos insubmissos à Palavra de Deus. Como nos tempos em que não havia rei em Israel, cada um faz o que bem entende (Jz. 22.21), a ortodoxia está sendo substituída pela pura subjetividade, o experiencialismo chega a ter maior valor que a Escritura. Para essa geração, a resposta de Deus é não, pois o sim de Deus somente se encontra em Jesus Cristo, fora dele, tudo o mais é mera especulação humana (II Co. 1.20).

3. A PRÁTICA CRISTÃ DA INTERCESSÃO
Ainda que Deus tenha instruído Jeremias para que não intercedesse pelos judeus, essa, porém, deva ser uma prática rotineira entre os cristãos. Aquele, conforme destacamos anteriormente, tratou-se de uma revelação específica para o profeta. Em hebraico, o verbo palal tem o sentido de interceder, o encontramos em I Rs. 8, nesse capítulo Salomão utiliza essa palavra 20 vezes intercedendo pelo povo de Israel. Moisés intercedeu pelo povo de Israel e obteve resposta (Nm. 11.2; 21.7; Dt. 9.20; I Sm. 2.25). Samuel intercedeu pelos israelitas (I Sm. 7.5; 12.19,23), bem como Estradas (Ed. 10.1) e Daniel (Dn. 9.4). Em grego, o verbo interceder é entunchanõ e pode ser encontrado em At. 25.24. Paulo utiliza essa palavra a fim de ressaltar o ministério do Espírito a fim de responder às necessidades dos santos (Rm. 8.27). Cristo é o Exemplo Maior de Intercessor, pois, no Céu, intercede, perante Deus, em nosso favor (Rm. 8.34; Hb. 7.25). Paulo orienta a interceder – enteuxis – por todas as pessoas, apresentando-as perante Deus (I Ts. 2.1).

CONCLUSÃO
Os cristãos precisam exercitar a intercessão. Essa prática, na verdade, é uma demonstração de amor pelos outros. Quando orarmos, devemos lembrar apenas de nós mesmos, mas também daqueles que se encontram em situação de privação. Temos razões e pessoas por quem interceder: os missionários que se encontram distantes da sua pátria anunciando o evangelho de Cristo; os obreiros que amorosamente militam pela causa do evangelho; os políticos que governam para que ajam com sobriedade; as crianças abandonadas que perambulam pelas ruas; os encarcerados que pagam suas infrações perante a lei; os enfermos que agonizam nas filas dos hospitais. Todos esses, e alguns outros mais, carecem das nossas intercessões. Devemos orar, mas também agir quando for necessário, suprindo, visitando e cobrando atuações justas.

BIBLIOGRAFIA
HARRISON, R. K. Jeremias e Lamentações. São Paulo: Vida Nova, 1980.
LONGMAN III, T. Jeremiah & Lamentations. Peabody, Mass: Hendrickson, 2008. 

O PODER DA INTERCESSÃO

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ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL DA
IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO 05 - DIA 02/05/2010
TÍTULO: “O PODER DA INTERCESSÃO”
TEXTO ÁUREO – I Sm 12:23
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Jr 14:3, 7-8, 10: 15:1
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e.mail: geluew@yahoo.com.br
http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/



I - INTRODUÇÃO:

• O que alguns autores anônimos falaram sobre a oração:

• (1) – “Os homens podem desprezar os nossos apelos, rejeitar as nossas mensagens, opor-se aos nossos argumentos, fazer pouco caso da nossa pessoa. Mas eles não tem defesa contra as nossas orações”.

• (2) – “Antes, prefiro ensinar um homem a orar, a dez homens a pregar”.

• (3) – “A principal preocupação do diabo é esta: evitar que os crentes orem. Ele não vê nada de temer em estudos, em obras e práticas religiosas, quando não acompanhados pela oração. Ele ri do nosso esforço, zomba da nossa sabedoria, mas treme quando oramos”.

• (4) – “Nunca pedi coisa alguma em oração sem um dia, afinal, recebê-la de alguma maneira, de alguma forma”.

• (5) – “Deus dá maior valor à nossa oração e comunhão com Ele, do que ao nosso serviço. O celeste Noivo procura uma esposa, não uma empregada. A oração faz com que Deus venha do Seu esconderijo para operar maravilhas na terra, entregando-se, por intermédio do crente, a um mundo de almas perdidas”.

• (6) – “Como um vasto mar sem limites, assim é a vontade que Deus tem de responder ao mais fraco sussurro do mais débil santo, uma vez que proceda de um coração contrito e purificado, e que seja inteiramente apoiado no irresistível nome do Senhor Jesus Cristo”.

• (7) – “Um dia sem oração é um dia sem bênção; uma vida sem oração é uma vida sem poder”.

• (8) – “Uma hora passada com Deus vale por uma vida passada com os homens”.

• (9) - “Daniel, antes, queria passar uma noite com os leões famintos do que passar um dia sem oração. Por outro lado, Pedro encontrou mais facilidade em escapar do cárcere do que entrar numa reunião de oração”.

• (10) - “A fé é onipotente só quando está de joelhos”.

• (11) - “Muitos acreditam no poder da oração e gostam de ouvir falar nele, mas poucos oram”.

• (12) - “O Evangelho progride a passos lentos e tímidos, quando os crentes deixam de se entregar, cedo, tarde e prolongadamente, à oração”.

• (13) – “A oração é tão simples que a criança pode orar, porém é a mais alta e santa obra do homem, a essência da religião verdadeira, aquilo que nos leva até o trono de Deus”.


II - SIGNIFICADOS DA PALAVRA INTERCESSÃO:

- No latim significa FICAR ENTRE; APELAR EM FAVOR DE ALGUÉM. 

- No hebraico, significa ASSEDIAR COM PETIÇÃO. 

- Leiamos Jó 1:5; 42:8; Sl 25:22

- Este tipo de oração pode ser designada ORAÇÃO INTERCESSORA ou INTERCESSÓRIA.

III - EXEMPLOS BÍBLICOS DE ORAÇÕES INTERCESSÓRIAS:


- (1) - Quem orou: ABRAÃO

- (1.1) - Assunto ou natureza da intercessão: A FAVOR DE ISMAEL

- (1.2) - Passagem bíblica: Gn 17:18-20

-
- (2) - Quem orou: ABRAÃO
- (2.1) - Assunto ou natureza da intercessão: A FAVOR DE SODOMA E GOMORRA
- (2.2) - Passagem bíblica: Gn 18:20-32

-
- (3) - Quem orou: ABRAÃO
- (3.1) - Assunto ou natureza da intercessão: A FAVOR DE ABIMELEQUE E SUA FAMÍLIA
- (3.2) - Passagem bíblica: Gn 20:17

-
- (4) - Quem orou: MOISÉS;

- (4.1) - Assunto ou natureza da intercessão: A FAVOR DE FARAÓ (POR QUATRO VEZES)

- (4.2) - Passagens bíblicas: Ex 8:12, 13, 30, 31; 9:33; 10:18-19

-
- (5) - Quem orou: MOISÉS 

- (5.1) - Assunto ou natureza da intercessão: A FAVOR DOS FILHOS DE ISRAEL (POR CINCO VEZES)

- (5.2) - Passagens bíblicas: Ex 32:11-14, 31-34; 33:15-17; Nm 11:2; 14:13-20; 21:7-8 cf Sl 106:23

-
- (6) - Quem orou: MOISÉS 

- (6.1) - Assunto ou natureza da intercessão: A FAVOR DE MIRIÃ

- (6.2) - Passagem bíblica: Nm 12:11-14

-
- (7) - Quem orou: SAMUEL 

- (7.1) - Assunto ou natureza da intercessão: A FAVOR DOS ISRAELITAS

- (7.2) - Passagem bíblica: I Sm 7:5-12



-
- (8) - Quem orou: SALOMÃO

- (8.1) - Assunto ou natureza da intercessão: PEDE O FAVOR DE DEUS PARA O TEMPLO E O POVO

- (8.2) - Passagem bíblica: I Rs 8:1 - 9:3



-
- (9) - Quem orou: UM PROFETA

- (9.1) - Assunto ou natureza da intercessão: PELA CURA DA MÃO DO REI JEROBOÃO

- (9.2) - Passagem bíblica: I Rs 13:6



-
- (10) - Quem orou: ELIAS 

- (10.1) - Assunto ou natureza da intercessão: PELA RESTAURAÇÃO DA VIDA DO FILHO DA VIÚVA

- (10.2) - Passagem bíblica: II Rs 17:20-23



-
- (11) - Quem orou: ELIAS 

- (11.1) - Assunto ou natureza da intercessão: PEDE QUE DEUS TRIUNFE SOBRE BAAL 

- (11.2) - Passagem bíblica: II Rs 18:36-38



-
- (12) - Quem orou: ELISEU 

- (12.1) - Assunto ou natureza da intercessão: PELA RESTAURAÇÃO DA VIDA DO FILHO DA SUNAMITA

- (12.2) - Passagem bíblica: II Rs 4:33-35



-
- (13) - Quem orou: REI EZEQUIAS 

- (13.1) - Assunto ou natureza da intercessão: A FAVOR DAQUELES QUE HAVIAM PARTICIPADO A PÁSCOA SEM A DEVIDA PURIFICAÇÃO

- (13.2) - Passagem bíblica: II Cr 30:18-20



-
- (14) - Quem orou: OS LEVITAS 

- (14.1) - Assunto ou natureza da intercessão: A FAVOR DO POVO

- (14.2) - Passagem bíblica: II Cr 30:27


-

- (15) - Quem orou: ESDRAS 

- (15.1) - Assuntou ou natureza da intercessão: CONFISSÃO EM NOME DO POVO

- (15.2) - Passagem bíblica: Ed 9


-

- (16) - Quem orou: NEEMIAS 

- (16.1) - Assunto ou natureza da intercessão: PELO REMANESCENTE DO POVO

- (16.2) - Passagem bíblica: Ne 1


-

- (17) - Quem orou: JEREMIAS 

- (17.1) - Assunto ou natureza da intercessão: PEDE SOCORRO PARA O POVO DURANTE A GRANDE FOME (HOUVE RESPOSTA DESFAVORÁVEL)


- (17.2) - Passagem bíblica: Jr 14




-
- (18) - Quem orou: JEREMIAS 

- (18.1) - Assunto ou natureza da intercessão: A FAVOR DO REMANESCENTE DE JUDÁ

- (18.2) - Passagem bíblica: Jr 42



-
- (19) - Quem orou: DANIEL 

- (19.1) - Assunto ou natureza da intercessão: PELA RESTAURAÇÃO DE JERUSALÉM

- (19.2) - Passagem bíblica: Dn 9:20-23



-
- (20) - Quem orou: HABACUQUE 

- (20.1) - Assunto ou natureza da intercessão: PELO REAVIVAMENTO DA OBRA DE DEUS

- (20.2) - Passagem bíblica: Hb 3

IV - EXEMPLOS DE RESPOSTA À ORAÇÃO INTERCESSÓRIA:

- (1) - de Abraão (Gn 17:18, 20; 18:22-33; 20:7, 17-18)

- (2) - de Moisés por Faraó (Ex 8:12-13, 30-31; 9:33)

- (3) - de Moisés pelos israelitas e Arão (Ex 17:11-13; 32:11-14, 31-34; Nm 21:7-9; Dt 9:18-20, 25-29)

- (4) - de Moisés por Miriã (Nm 12:13-15)

- (5) - de Samuel (I Sm 7:5-12)

- (6) - de Elias (I Rs 17:20-23)

- (7) - de Eliseu (II Rs 4:33-37)

- (8) - de Isaías (II Rs 19)

- (9) - de Jeremias (Jr 42:1-10)

- (10) - de Pedro (At 9:40)

- (11) - da Igreja (At 12:5-12)

- (12) - de Paulo (At 28:8)

- (13) - Deus menciona Moisés e Samuel como homens que se põem diante dEle – Jr 15:1

- (14) - Deus também menciona Noé, Daniel e Jó como homens de oração – Ez 14:13-14

- (15) - Elias era um homem semelhante a nós, mas que lutou com Deus em oração e Ele o ouviu – Tg 5:17

- (16) - Ana orou ao Senhor com muitas lágrimas, e Ele lhe deu um filho, que se tornou um instrumento sumamente útil na mão de Deus – I Sm 1:10, 19

- (17) - Senaqueribe, rei da Assíria, sitiou Jerusalém. Judá estava em perigo. Mas o rei Ezequias e o profeta Isaías oraram e alcançaram vitória – II Cr 32:20-21

V - JESUS, NOSSO INTERCESSOR:

• Não é pecado algum termos doutorado e mestrado em Divindade, em Filosofias e Letras, em Teologia...

• Mas, graças a Deus, nenhum de nós podemos nos gabar de sermos DOUTORES OU MESTRES EM ORAÇÃO! Isto porque, NA “ESCOLA DA ORAÇÃO”, NINGUÉM PASSA ALÉM DO “JARDIM DE INFÂNCIA”!

• O único Doutor e Mestre na oração é JESUS. Por isso, um de seus discípulos lhe pediu: “SENHOR, ENSINA-NOS A ORAR...” – Lc 11:1

- Os discípulos não pediram que Jesus os ensinasse a PREGAR, A MINISTRAR ESTUDOS BÍBLICOS, A FAZER MILAGRES ou CURAR DOENTES. ELES QUERIAM APRENDER A ORAR! Assim procederam, porque sabiam que Jesus, o Mestre  e Doutor da oração... :

- (1) - NASCEU ORANDO (Hb 10:5-7); 

- (2) - INICIOU SEU MINISTÉRIO ORANDO (Lc 3:21-22; Jo 14:16); 

- (3) - DESISTIU DE CURAR OS ENFERMOS PARA ORAR NO DESERTO (Lc 5:15-16); 

- (4) - VIVEU ORANDO (Hb 5:6-7); 

- (5) – ROGOU JUNTO AO PAI PARA O ENVIO DO CONSOLADOR (Jo 14:16);

- (6) – ROGOU AO PAI EM FAVOR DA IGREJA (Jo 17:9);

- (7) – LEVANTAVA-SE DE MADRUGADA PARA ORAR (Mc 1:35); 

- (8) - PASSOU NOITES INTEIRAS NO DESERTO ORANDO (Lc 6:12); 

- (9) – TRANSFIGUROU-SE ENQUANTO ORAVA (Lc 9:29); 

- (10) – ROGOU EM FAVOR DOS FRACOS (Lc 22:32);

- (11) - SEU SUOR TORNOU-SE EM GRANDES GOTAS DE SANGUE, ENQUANTO ORAVA INTENSAMENTE (Lc 22:44); 

- (12) - MORREU ORANDO, INCLUSIVE EM FAVOR DOS INIMIGOS (Mt 27:46; Lc 23:34, 46); e 

- (13) - INTERCEDE POR NÓS EM ORAÇÃO (Lc 22:31-32; Hb 7:25)

- Durante Sua existência terrena, foi JESUS, sem dúvida, o homem mais dedicado à oração que o mundo já conheceu. 

- Os discípulos ao olharem para Ele em oração, ardiam com o desejo de orar. Da mesma maneira, se contemplarmos Jesus nas Escrituras, o nosso coração será abrasado com o desejo de orar no poder do Espírito. 

VI - A ORDEM BÍBLICA PARA A ORAÇÃO INTERCESSÓRIA:

- I Tm 2:1; Tg 5:14, 16; I Jo 5:16 - A oração intercessória é ordenada na Palavra de Deus. Ela deve ser feita a favor de:

- (1) – Reis e autoridades – I Tm 2:2;

- (2) – Ministros – II Cor 1:11; Fp 1:19;

- (3) – Igreja – Sl 122:6; Is 62:6-7;

- (4) – Todos os santos – Ef 6:18;

- (5) – Patrões – Gn 24:12-14;

- (6) – Servos – Lc 7:1-3;

- (7) – Pelos filhos – Gn 17:18; Mt 15:22;

- (8) – Amigos – Jó 42:8;

- (9) – Compatriotas – Rm 10:1;

- (10) – Enfermos – Tg 5:14;

- (11) – Pelos que nos maltratam e perseguem – Mt 5:44;

- (12) – Inimigos entre os quais habitamos – Jr 29:7;

- (13) – Os que nos invejam – Nm 12:13;

- (14) – Os que nos abandonam – II Tm 4:16;

- (15) – Os que murmuram contra Deus – Nm 11:1-2; 14:13, 19;

- (16) – Pelos ministros, em favor de seus rebanhos – Ef 1:16; 3:14-19; Fp 1:3-6;

VII - ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DA ORAÇÃO INTERCESSÓRIA:

- (1) – Beneficia àquele que ora – Jó 42:10;

- (2) – É pecado negligenciá-la – I Sm 12:23;

- (3) – Devemos também solicitar este tipo de oração em nosso favor – I Sm 12:19; Hb 13:18;

- (4) – Será uma oração inútil, se o beneficiado pela oração não quiser deixar o pecado e voltar-se para Deus – Jr 7:13-16; 14:10-11

VIII - CONSIDERAÇÕES FINAIS:

• Mt 6:5-7 - Jesus ensinou aos seus discípulos o princípio da intimidade na oração, qual seja: O objetivo da oração não é o aplauso dos homens. A oração tem como propósito a intimidade com Deus-Pai, pois Ele não se impressiona com o volume de nossas vozes, mas, sim, com a sinceridade dos nossos corações. 

• Encerramos este subsídio com as palavras de John Wesley: - “Parece que Deus é limitado por nossa vida de oração; que Ele nada pode fazer em prol da humanidade, a não ser que alguém Lhe peça. Porque é assim, eu não sei”.


FONTES DE CONSULTA


1) Boyer, Orlando – Espada Cortante – Vol. 1 – Ed. CPAD

2) Boyer, Orlando – Espada Cortante – Vol. 2 - Ed. CPAD

3) Tippit, Sammy - O Fator Oração - Ed. Juerp

4) Thompson, Cameron – Um Estudo da Doutrina da Oração – Editora Fonte de Luz

5) Malgo, Wim – Chamado a Orar – Chamada da Meia-Noite

6) A Bíblia de Estudo Vida Nova – Edições Vida Nova

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