terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

A Conversão de Paulo

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A CONVERSÃO DE PAULO
Texto Áureo: At. 9.15,16 – Leitura Bíblica em Classe: At. 9.1-9

Pb. José Roberto A. Barbosa

Objetivo: Mostrar aos alunos que, assim como fez com Paulo, o Senhor continua a convocar e capacitar vasos escolhidos para a Sua seara.

INTRODUÇÃO
Paulo, o perseguidor da igreja, passa, depois de convertido, a ser perseguido. A aula de hoje é a respeito da conversão daquele que fora separado por Jesus para ser uma testemunha do Seu evangelho. No início da lição, abordaremos a formação religiosa e cultural de Saulo. Em seguida, estudaremos o relato da sua conversão ao evangelho. Por fim, analisaremos o propósito da conversão do Apóstolo dos gentios.

1. A FORMAÇÃO DE SAULO
Paulo, como é conhecido pelos cristãos, se chamava Saulo. Na verdade, Paulo é o nome romano, cujo significado é “pequeno”. Paulo era genuinamente hebreu, da tribo de Benjamim (Rm. 11.1; Fp. 3.5) e nasceu em Tarso, capital da Cilícia, uma província romana ao sul da Ásia Menor (At. 9.11; 21.39; 22.3). A analise criteriosa dos seus escritos revela que se tratava de alguém educado no contexto do judaísmo. Ainda na adolescência, como era de costuma, deva ter sido enviado a Jerusalém, para aprender de Gamaliel, um dos mais renomados doutores, a fim de ser instruído, conforme ele mesmo declarou, “segundo a exatidão da lei de nossos antepassados” (At. 22.3), fazendo parte da seita dos fariseus. Consoante ao evangelho de Cristo, e a sua formação judaica, era defensor veemente da doutrina da ressurreição (At. 23.6; 26.5; Fp. 3.5). Como excepcional estudante, Saulo se tornou, conforme ele mesmo declara, “extremamente zeloso das tradições dos meus pais” (Gl. 1.14). Aliada a sua formação, Saulo aprendeu a arte de fazer tendas (At. 20.34; I Ts. 2.9). A cidade de Tarso, na qual Saulo cresceu, era um grande centro intelectual, por isso, ele deva, ainda na juventude, ter tido a oportunidade de se aprofundar no conhecimento lingüístico, literário e filosófico. Isso justifica suas citações dos pensadores da época, dentre eles, Aratos e Epimênides (At. 17.28; I Co. 15.35; Tt. 1.12). Mesmo sendo judeu, Saulo, por parte de pai, obteve cidadania romana, como era de costume na época, um pai poderia receber esse título por algum mérito o qual poderia ser repassado ao seu filho. Após sua conversão, Paulo fez uso desse título, sem esquecer, porém, que mais importante que ser cidadão romano era ser cidadão do céu (At. 28.22; Ef. 2.19; Fp. 3.20).

2. A CONVERSÃO DE SAULO
A conversão de Saulo de Tarso à fé cristã é uma das mais famosas da história da igreja. Não podemos esquecer que ele foi um firme perseguidor dos cristãos (At. 8.3) e que tomara parte no apedrejamento de Estevão (At. 7.54), certamente em observância ao mandamento de Dt. 17.7. A fim de perseguir a igreja de Cristo, Saulo se dirigiu para Damasco, na expectativa de encontrar naquela populosa cidade, o maior número de seguidores do “Caminho”, para conduzi-los presos a Jerusalém (At. 9.2). Mas indo no caminho, registra Lucas, “aconteceu que [...] subitamente o cercou um resplendor de luz do céu. E, caindo em terra, ouviu uma voz que lhe diz: Saulo, Saulo, por que me persegues? E ele disse: Quem és, Senhor? E disse o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Duro é para ti recalcitrar contra os aguilhões” (At. 9.3-5). Paradoxalmente, Saulo, que pensava estar trabalhando para Deus, na verdade, estava contra Ele. Ele não estava perseguindo apenas os cristãos, mas o próprio Cristo. A conversão de Saulo, ainda que tenha atingido seu ápice no caminho de Damasco, ocorreu paulatinamente, pois este, por causa do seu zelo religioso, deva ter se negado muitas vezes a reconhecer a fé cristã dos mártires, dentre eles Estevão. Ele deva ter passado por momentos de dúvidas antes de se converter, e essas eram aguilhões em sua consciência. Diante da revelação do Senhor, Saulo pergunta: “que queres que faça?” (At. 22.10). A resposta: “Levanta-te, e entra na cidade, e lá te será dito o que te convém fazer”. Em seguida, o Senhor enviou Ananias, ainda que não tivesse compreendido inicialmente o ocorrido, a fim de dar maiores instruções a Saulo e para orar por para que retomasse a vista e fosse cheio do Espírito Santo (At. 9.13-18).

3. O PROPÓSITO DA CONVERSÃO
A conversão de Saulo teve vários propósitos, o primeiro deles foi o de mudar sua percepção a respeito de Deus. Como um fariseu zeloso, seria pouco provável que Saulo tivesse desfrutado de intimidade com Deus, talvez sequer O tivesse chamado de Pai. Mas depois do seu encontro com o Senhor, passou três dias em oração, durante os quais nada comeu ou bebeu (At. 9.11). Essa mudança de relacionamento com Deus resultou em uma maneira distinta de se relacionar com a igreja. Antes da conversão Saulo via os cristãos como inimigos, por isso, os perseguia. O tratamento dado por Ananias a ele demonstrava essa diferença ao chamá-lo de “irmão Saulo” (At. 9.17). Aquele que fora um árduo perseguidor da igreja, a partir de então, passou a ser reconhecido como membro da família de Deus. Esse conhecimento iria mudar radicalmente o posicionamento de Paulo em relação à igreja e ser reproduzido metaforicamente em suas epístolas às igrejas cristãs do primeiro século. Por fim, Saulo, o perseguidor, passou a enfrentar perseguições por amor a Cristo. Os judeus deliberadamente tentaram tirar-lhe a vida (At. 9.23,24). As perseguições enfrentadas por Paulo cumpriram o propósito revelado por Jesus a Ananias a respeito daquele apóstolo: “Vai, porque este é para mim um vaso escolhido, para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel. E eu lhe mostrarei quanto deve padecer pelo meu nome” (At. 9.15,16). Paulo sempre esteve ciente do propósito da sua chamada, por isso, declarou em Éfeso: “em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira, e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus” (At. 20.24).

CONCLUSÃO
Saulo de Tarso, o perseguidor da igreja, foi chamado por Jesus, para ser perseguido por causa do Seu evangelho. Ainda hoje, o mesmo Senhor continua vocacionando pessoas para cumprir Seu propósito de difundir a mensagem da salvação. Como Saulo, diante da revelação do Senhor, devemos nos dobrar, e “tremendo e atônito”, perguntar: que queres que faça?”. A conversão a Cristo traz implicações para a vida do convertido, por isso, converter-se é mais do que uma mudança de religião, trata-se de uma experiência integral que envolve a totalidade da pessoa, suas emoções, pensamentos e vontades (II Co. 5.17).

BIBLIOGRAFIA
MARSHALL, I. H. Atos: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2008.
STOTT, J. A mensagem de Atos. São Paulo: Abu, 2008.

A Conversão de Paulo

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ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL DA IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 09 - DATA: 27/02/2011
TÍTULO: “A CONVERSÃO DE PAULO”
TEXTO ÁUREO – At 9:15-16
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: At 9:1-9
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br
blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/



I – INTRODUÇÃO:

• A Igreja judaica já fora estabelecida, o Evangelho já fora levado a Samaria, e logo Pedro abriria a porta da Igreja aos gentios. Era necessário, então, alguém que levasse o Evangelho "até aos confins da terra". O homem certo seria Saulo que, embora não acompanhasse Cristo na terra, não ficava atrás de nenhum dos primeiros discípulos quanto ao zelo, conhecimento, poder e trabalhos. 

• Um exame da vida e do ministério de Paulo mostra que o Senhor escolhera o tipo de homem que a situação exigia — o homem que, segundo a orientação de Deus, faria com que a religião de Jesus viesse a ser a religião de todos os homens.


II – ACONTECIMENTOS NA VIDA DE PAULO ANTES DA CONVERSÃO:

• Gl 1:13-14 – Aqui são descritos dois aspectos da vida de Paulo antes da conversão, quando ele estava no Judaísmo:

• (1) – A perseguição à Igreja, que ele agora reconhece ser “A Igreja de Deus”; e

• (2) – O seu entusiasmo pelas tradições dos seus pais.

• Em ambos era fanático. Consideremos:

• (1) - A PERSEGUIÇÃO À IGREJA – Gl 1:13 - Paulo perseguia a Igreja de Deus sobremaneira ou com violência. A frase parece indicar até mesmo a selvageria com que ele se empenhava na sua atividade sinistra.

• O que ele nos conta aqui podemos suplementar com o livro de Atos:

• (A) – Ele ia de casa em casa em Jerusalém, prendendo todos os cristãos que encontrasse, arrastando-os para a cadeia – At 8:3; e

• (B) – Quando esses cristãos eram condenados à morte, ele votava a favor da condenação – At 26:10;

• Ainda não satisfeito em perseguir a Igreja, ele se sentia inclinado a devastá-la, a acabar com ela.


• (2) - O SEU ENTUSIASMO PELAS TRADIÇÕES DOS SEUS PAIS – Gl 1:14 – Paulo fora criado de acordo com a seita mais severa da religião judaica, ou seja, era um fariseu e vivia como tal – At 26:5

• Estas eram as condições de Saulo de Tarso antes de sua conversão: Um fanático inveterado, completamente dedicado ao Judaísmo e à perseguição de Cristo e da Sua Igreja. 

• Um homem nessa condição mental e emocional de maneira alguma mudaria de opinião, nem se deixaria influenciar por outras pessoas. Nenhum reflexo condicionado ou qualquer outro artifício psicológico poderia converter um homem assim. Apenas Deus poderia alcançá-lo – e foi o que Ele fez!


III – O QUE ACONTECEU NA CONVERSÃO DE PAULO:

• Gl 1:15-16a – Nos versos 13 e 14 (analisados anteriormente), Paulo fala de si mesmo: 

- “EU perseguia a Igreja de Deus...”;

• - “EU a devastava...”;

• - “EU avantajava-me quanto ao Judaísmo...”; 

• - "Sendo EU extramamente zeloso das tradições de meus pais...”.

• Mas, nos versos 15 e 16, Paulo começa a falar de Deus: 

- “... foi DEUS que me separou antes de eu nascer...”; 

• - “... DEUS me chamou pela Sua graça...”; 

• - “... a DEUS aprouve revelar Seu Filho em mim”.


• Parafraseando, assim ficaria a fala de Saulo: 

- “No meu fanatismo, EU me inclinava a perseguir e destruir. Mas DEUS, que EU havia deixado fora de minhas cogitações, me prendeu e alterou meu impetuoso curso. TODO O MEU FANATISMO NADA ERA DIANTE DO PODER GLORIOSO E DA BOA VONTADE DE DEUS!”

• Observemos como a iniciativa e a graça de Deus são enfatizadas a cada estágio:

• (1º) – DEUS ME SEPAROU ANTES DE EU NASCER – Assim como Jacó foi escolhido antes de nascer, em preferência ao seu irmão gêmeo Esaú – Rm 9:10-13, e como Jeremias, designado para ser profeta antes de nascer – Jr 1:5 -, Paulo, antes de vir à luz, foi separado para ser apóstolo. Desta forma, se ele foi consagrado apóstolo antes mesmo do nascimento, então é evidente que ele nada term a ver com isso. 

• (2º) - Essa escolha antes do seu nascimento levou a sua vocação histórica: DEUS ME CHAMOU PELA SUA GRAÇA, isto é, por Seu amor totalmente imerecido. Paulo estivera lutando contra Deus, contra Cristo, contra os homens. Ele não merecia misericórdia, nem mesmo a pedira. Mas a misericórdia do Senhor fora ao seu encontro e a graça de Deus o chamara e o alcançou.

• (3º) – APROUVE A DEUS REVELAR SEU FILHO EM MIM - Quer Paulo esteja se referindo à sua experiência na estrada de Damasco, ou aos dias imediatamente subsequentes, o que lhe foi revelado foi Jesus Cristo, O Filho de Deus. 

• Paulo perseguia a Cristo porque cria que este era um impostor. Agora o seus olhos estavam abertos para ver Jesus não como um charlatão, mas como o Messias dos judeus, O Filho de Deus e o Salvador do mundo. 

• Ele já conhecia alguns dos fatos acerca de Jesus, mas agora percebia seu significado. Era uma revelação de Cristo para os gentios, pois a Deus “aprouve revelar Seu Filho em mim, para que eu o pregasse entre os gentios”. Fora uma revelação particular a Paulo, mas para uma comunicação pública aos gentios – At 9:15. 

• A força destes versículos é muito grande. Saulo de Tarso fora um oponente fanático do Evangelho. Mas Deus se agradou fazer dele um pregador desse mesmo evangelho ao qual, antes, se opunha tão ferozmente. 


IV - PERSEGUIR A IGREJA É O MESMO QUE PERSEGUIR A JESUS:

• (1) - PERSEGUIR CRISTÃOS É PERSEGUIR JESUS – (At 8:1-3; 9:1-5) - Por trás da conversão de Paulo existe uma história e toda uma experiência que o levou à compreensão clara do que é Igreja e, especificamente, o que é a Igreja como Corpo de Cristo. 

• Como fica evidente no texto, Paulo não perseguia a Jesus propriamente, mesmo porque, Jesus já havia rompido com a morte e já se manifestara no Seu novo estado aos demais discípulos. Nesta altura, seria inviável alguém atingir Jesus fisicamente, A NÃO SER ATINGINDO OS DISCÍPULOS..., OS CRISTÃOS..., A IGREJA DE CRISTO..., O CORPO DO SENHOR. 

• Quando Jesus questionou a Paulo, ficou claro que PERSEGUIR OS DISCÍPULOS OU A IGREJA, SIGNIFICAVA PERSEGUIR O PRÓPRIO JESUS.


• (2) - OBEDIÊNCIA AO CABEÇA ou À CABEÇA DO CORPO – (At 9:6-9) – Após o momento maravilhoso da conversão de Paulo, Jesus lhe deu uma ordem clara. 

• Depois de uma conversão espetacular como a de Paulo, talvez nenhum de nós aceitaria uma ordem dessas. Ao contrário, iríamos sair imediatamente para testemunhar, pregar e anunciar o que ocorrera conosco. 

• Porém, Jesus ensinou a Paulo a ser dependente dos outros e do Corpo de Cristo. Por isto, torno-o dependente até fisicamente, deixando-o completamente cego. Paulo foi conduzido pela mão até ao endereço indicado. Obedeceu. Afinal, era o Senhor quem falava. 

• Assim, Paulo, o líder auto-suficiente, capacitado, começou a aprender a depender dos outros, para entender pessoalmente o que é a Igreja como Corpo de Cristo. 

• Aqueles a quem Paulo perseguia tornaram-se os responsáveis pelo que ele deveria fazer, pois Jesus lhe daria instruções sobre os projetos da Igreja através daqueles que foram perseguidos por ele. Desta forma, Jesus anulava qualquer possibilidade de obra pessoal, individual, centralizada num homem só, mesmo que ele fosse culto, inteligente, formado aos pés dos sábios, de grande reputação moral, social, política e religiosa como Paulo.

• Firmou-se na mente de Paulo que qualquer serviço pessoal, egocêntrico e individualista torna-se pecado, porque fere o Corpo de Cristo. 

• Paulo aprendeu, na obediência ao Cabeça da Igreja, a dependência e compreendeu a importância do Corpo de Cristo que naquele momento o acolheu. 

• Durante três dias, por obediência, Paulo ficou esperando que algo lhe acontecesse.


• (3) - NO CORPO DE CRISTO TODOS SÃO ÚTEIS - (At 9:10-12) – Imaginemos: Paulo com um currículo invejável para o seu tempo (judeu, cidadão romano, autoridade romana, culto, fariseu), recebendo como voz do Corpo de Cristo um discípulo, que a Bíblia só se refere uma única vez mais! (At 22:12).

• Jesus não chamou um líder da Igreja de Jerusalém; não chamou Pedro; não chamou Tiago; não chamou João. Chamou UM SIMPLES DISCÍPULO!

• Apesar da simplicidade de Ananias e da importância de Paulo, Jesus usou Ananias para provocar em Paulo uma descoberta extremamente importante para todo cristão: 

NO CORPO DE CRISTO, POR MAIS SIMPLES QUE SEJAM OS MEMBROS, ELES SÃO ÚTEIS À IGREJA!

• Por outro lado, este episódio também serviu para que Ananias superasse as dificuldades com relação a si mesmo e também descobrisse a mesma verdade: 

TODOS SÃO ÚTEIS NO CORPO DE CRISTO, INCLUSIVE AQUELES QUE ANTES PERSEGUIAM A JESUS!


• (4) - NO CORPO DE CRISTO OS PRECONCEITOS SÃO ANULADOS – (At 9:13-18) – Mesmo numa época diferente da de Paulo e Ananias, os preconceitos continuam marcando a sociedade e também nas Igrejas. Há preconceitos com relação às mulheres, aos jovens, às crianças; preconceito racial, religioso e outros.

• No caso de Ananias, o preconceito ficou explícito quando ele, ao atender ao chamado de Deus, respondeu: 

• - “Senhor, de muitos tenho ouvido falar a respeito DESSE HOMEM...”.

• O preconceito é uma atitude gerada em nosso coração por medo, insegurança, temor de perder privilégios, etc. Ananias não era diferente de nenhum de nós; tinha medo de ser preso ou de ver presos seus demais irmãos. Por esta razão, deu muito trabalho a Deus.

• Ananias mudou convencido pelas palavras do Senhor: 

• - “Vai, porque este é para mim um VASO ESCOLHIDO PARA LEVAR O MEU NOME...”. 

• Ananias foi ao encontro de Paulo, mudando totalmente sua forma de tratar o recém-convertido. Ao invés do preconceituoso “ESSE HOMEM”, Ananias fala amorosamente: 

- “IRMÃO, SAULO...”.

• Esta forma de tratamento usada por Ananias naquele momento possuía um significado muito diferente do que possui hoje. 

• A palavra “IRMÃO”, no sentido bíblico, significa:

• (A) - ALGUÉM COM QUEM SE TEM UM RELACIONAMENTO PROFUNDO; 

• (B) - ALGUÉM COM QUEM SE COMPARTILHA ALEGRIAS, TRISTEZAS, ANGÚSTIAS, DORES, FOME; e

• (C) -  ALGUÉM COM QUEM SE TEM LIBERDADE, POIS AS BARREIRAS E DISTÂNCIAS INTERPESSOAIS JÁ FORAM SUPERADAS.

• O PERSEGUIDOR SAULO tornou-se para Ananias o IRMÃO PAULO. Precisamos adquirir esta visão, pois só assim nossos relacionamentos preconceituosos serão transformados em relacionamentos abertos, sinceros, bonitos e saudáveis.


• (5) - PAULO OBTEVE O CONCEITO DO CORPO DE CRISTO, NÃO SÓ A NÍVEL DO SEU INTELECTO, MAS DO PRÓPRIO CORAÇÃO – At 22:1-24; 26:9-29 - Paulo tornou-se um amante da Igreja de Cristo. O Senhor Jesus foi gerado nele; a Igreja foi gerada em seu interior. Talvez não tenha existido na História alguém que tivesse visão mais ardorosa da Igreja do que Paulo (II Cor 11:28; I Ts 2:13-16; At 20:31-38).


V - CONSEQUENCIAS DE RESISTIR A DEUS:

• "DURA COUSA É RECALCITRARES CONTRA OS AGUILHÕES – cf At 26:14 - Nos dias de Paulo, empregavam-se bois para arar. Os bois, no começo, ficavam parados, dando coices para trás. 

Por meio de pontas metálicas agudas no madeiramento do arado, e ainda, por meio de um aguilhão na mão do arador, inflingia-se cruel sofrimento ao boi rebelde, até que aprendesse a obedecer ao invés de dar coices que tanto lhe machucavam.

• Deus queria atrelar Saulo a um serviço nobre, mas este ainda resistia a Deus, e assim provocava sofrimentos em sua própria pessoa. Longe de ser um servo obediente do Altíssimo, era um rebelde contra o divino Mestre. Quais eram os aguilhões contra os quais Saulo estava dando pontapés? 

A resposta se acha em conexão com o martírio de Estêvão:

• (1) - Estêvão fora acusado de blasfemar contra a lei de Moisés, mas seu rosto mostrava o mesmo tipo de glória que irradiava do rosto de Moisés, quando desceu do monte Sinai carregando a Lei (cf. At 6.11, 15; Éx 34.29).

• (2) - Saulo pensava que Estêvão fosse um apóstata condenado ao inferno; no entanto, enquanto estava sendo apedrejado, teve uma visão celestial do trono de Deus (At 7.55, 56).

• (3) - Saulo considerava Estêvão um inimigo dos líderes judeus; mas Estêvão, ao invés de amaldiçoá-los por causa de apedrejamento, orou pedindo perdão para eles (At 7.60).

• (4) - A vida santa dos outros crentes que perseguia não pode ter deixado de causar sua impressão na consciência de Paulo.

• (5) - Estêvão, acusado de quebrar a Lei, morreu com a paz de espírito dos que viveram fiéis à vontade de Deus (At 7.59). 

Apesar da sua retidão segundo a lei exterior, e da sua paixão pela ortodoxia religiosa, Saulo por certo não possuía a satisfação espiritual que via escrita no rosto do mártir.

• Estas palavras do Senhor, dirigidas a Saulo, dão a enteder que o Espírito já estava falando a sua onsciência, antes deste receber a visão celestial. A voz da consciência por certo estava dizendo: 

• - "Paulo, não acha que se enganou? Estêvão não tem cara de blasfemador. Os crentes aos quais você persegue têm vidas puras. Será que eles não têm razão ao afirmar que Jesus é o Messias?!" 

• No início, ele deve ter rejeitado tais sugestões como se surgissem do próprio Satanás na sua intenção de desviar Saulo do cumprimento do seu dever. As dúvidas, no entanto, continuavam dando origem a uma cruel luta no íntimo que, pela misericórdia de Jesus, chegaram ao fim no momento da visão. Saulo realmente estava sofrendo na sua luta contra os aguilhões da sua consciência.

• Abaixo, consideremos as palavras como parábola do relacionamento entre o homem e seu Criador:

• (1) - O BOI - Por que o homem é comparado a um boi? 

O boi é valioso, depende do seu dono para o suprimento das suas necessidades e dele se exige, com toda a razão, o serviço, que pode ser muito frutífero.

• (2) - O AGUILHÃO - O instrumento, por doloroso que seja, é necessário por causa da natureza obstinada do boi. Quais os aguilhões que Deus emprega para amansar a natureza rebelde do homem? 

• (A) - Bons conselhos de amigos; 

• (B) - Sermões bem aplicáveis; 

• (C) - Aflições; 

• (D) - A operação do Espírito Santo sobre a consciência.

• (3) – OS COICES - O boi estultamente dá coices quando sente o aguilhão, que assim dói muito mais. Da mesma forma, há pessoas que zombam dos bons conselhos, rejeitam exortações, ficam zangadas quando o sermão ataca os seus erros, e, embora não possam empregar violência contra o povo de Deus, perseguem os servos de Cristo com calúnias, zombarias e críticas. Mesmo assim, é duro recalcitrar contra os aguilhões; "O caminho dos transgressores é áspero". Lutamos contra o nosso próprio bem, quando lutamos contra Deus.


VI – CONSIDERAÇÕES FINAIS:

• "E SAULO LEVANTOU-SE DA TERRA” – At 9:8a – Paulo caíra por terra como judeu, orgulhoso e cruel; levantou-se como crente humilhado e quebrantado. 

Num só momento, Cristo o transformara de feroz fariseu em verdadeiro discípulo. 

Daquele momento em diante, Saulo era uma nova criatura em Cristo (2 Co 5.17): Morrera Saulo, o fariseu; ressuscitara Saulo, o crente. 

Foi repudiada a antiga comissão (At 9.1-2), porquanto Saulo já recebera uma nova (At 26.16-18).

• Cristo prometeu que nunca abandonará Sua Igreja (Mt 28.20);  Ele assegura a Seus seguidores de que as portas do inferno não prevalecerão contra ela (Mt 16.18). 

• Parece, no entanto, que atualmente “SAULO” ainda está querendo prevalecer contra a Igreja do Senhor e, se não for afastado do caminho, o Corpo de Cristo será exterminado. 

• No entanto, se a Igreja onde você pertence está sofrendo perseguição por parte de "SAULO", tenhamos bom ânimo! 

O nosso Jesus glorificado já está preparado para levar “SAULO” cativo e terminar sua carreira de perseguições. 

Permaneçamos firmes nos Caminhos do Senhor, pois a Igreja é dEle; ela sairá vitoriosa desta batalha de perseguição, em nome de Jesus!

Fontes de consulta:

1) Mendes, Naamã - Igreja, Lugar de Vida – Editora Betânia

2) Stott, John R. W., A Mensagem de Gálatas – ABU Editora

3) Pearlman, Myer - Atos dos Apóstolos – Instituto Bíblico das Assembleias de Deus.

A Conversão de Paulo

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Por Francisco A. Barbosa
A Conversão de Paulo
TEXTO ÁUREO
"Disse-lhe, porém, o Senhor: Vai, porque este é para mim um vaso escolhido, para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel. E eu lhe mostrarei quanto deve padecer pelo meu nome." (At 9.15,16).
- A conversão de Paulo incluiu não somente uma ordem para pregar o evangelho, mas também uma chamada para sofrer por amor a Cristo. Paulo foi informado desde o início que ele sofreria muito pela causa de Cristo. No reino de Cristo, sofrer por amor a Ele é um sinal do mais alto favor de Deus (At 14.22; Mt 5.11,12; Rm 8.17; 2 Tm 2.3) e o meio de ter um ministério frutífero (Jo 12.24; 2 Co 1.3-6); resulta em recompensas abundantes no céu (Mt 5.12; 2 Tm 2.12). A morte precisa atuar no crente para que a vida de Deus flua dele para os outros (Rm 8.17,18,36,37; 2 Co 4.10-12). Paulo considera-se um apóstolo para os gentios (Rm 1.13,14), assim como Pedro o era para os judeus (Gl 2.8), embora Paulo pregasse muitas vezes nas sinagogas para os judeus.
VERDADE PRÁTICA
Na urgência da evangelização mundial, o Senhor Jesus continua a convocar e a capacitar vasos escolhidos para a sua seara
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Atos 9.1-9
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
- Conhecer a respeito da formação cultural de Paulo;
- Explicar como se deu o encontro de Saulo com Jesus, e
- Compreender os propósitos da vocação de Paulo.
PALAVRA-CHAVE
CONVERSÃO: - Mudança que Deus opera na vida do que aceita a Cristo como seu Salvador pessoal, modificando-lhe radicalmente a maneira de ser, pensar e agir.
COMENTÁRIO
(I. INTRODUÇÃO)
Paulo, em hebraico Sha'ul, natural de Tarso, nasceu cerca de 9 d.C. e foi morto em Roma, cerca de 64 d.C., é considerado pela cristandade como o mais importante discípulo de Jesus e o personagem que deu forma ao cristianismo nascente. Foi um apóstolo diferente dos demais, por ter dado maior ênfase à evangelização dos gentios, devotando-lhes especial atenção, sendo verdadeiramente ‘luz dos gentios’ (At 13.47). Assim como os outros Apóstolos, também teria visto Jesus Cristo (At 9.17, 1Co 9.1; 15.8). Era um homem culto, criado na mais severa seita dos fariseus, seguidor de Gamaliel [neto de Hillel, líder dentre as autoridades do Sanhedrin ou Sinédrio no meio do século I, reconhecido mestre e Doutor da Lei (Torah). Morreu vinte anos antes da destruição do Segundo Templo em Jerusalém.]. É destacado dos outros apóstolos pela sua vasta cultura, poucos podiam se orgulhar de ter mais instrução do que Paulo no que dizia respeito à educação religiosa judaica e poucos se aproveitaram tanto quanto ele da educação que recebeu (Fp 3.4-6), considerando-se que os outros apóstolos em sua maioria eram pescadores. A língua materna de Paulo era o grego. Provavelmente dominasse o aramaico, o idioma da Palestina. Educado em duas culturas (grega e judaica), Paulo fez muito pela difusão do Cristianismo entre os gentios tornando-se uma das principais fontes da doutrina da Igreja. As suas Epístolas formam uma seção fundamental do NT. Alguns teólogos apontam Paulo como o edificador do cristianismo, aquele que deu forma à nova religião, desvencilhando a seita do Caminho definitivamente do Judaísmo. Um dos passos mais importantes na preparação para a missão gentílica foi o chamado de um líder capacitado. E o líder escolhido por Deus foi justamente um a quem homem algum jamais escolheria; pois o líder escolhido foi justamente aquele que se levantou como o inimigo mais animalesco e amargo da Igreja. Que lição temos hoje! Aprendamos com a didática do Senhor em trazer os Seus escolhidos: aguilhoando! Boa aula!
(II. DESENVOLVIMENTO)
I. SAULO DE TARSO
Um escrito apócrifo do segundo século intitulado ‘Os Atos de Paulo’ afirma: “ele era um homem de tamanho mediano, seu cabelo era esparso, suas pernas eram levemente curvadas e seus joelhos eram pronunciados, e tinha grandes olhos (a versão armênia acrescenta "azuis"), suas sobrancelhas eram unidas e seu nariz era um pouco grande, e ele era cheio de graça e bondade; algumas vezes parecia com um homem, noutras com um anjo”. Não sabemos se este retrato falado corresponde à verdade, mas comparando-o com o registro do próprio Paulo de um insulto dirigido contra ele em Corinto: “Porque as suas cartas, dizem, são graves e fortes, mas a presença do corpo é fraca, e a palavra desprezível” (2Co 10.10), talvez confirmemos este retrato. Este homem de presença insignificante fora outrora o carrasco dos seguidores da seita do Caminho: “Saulo, porém, assolava a igreja, entrando pelas casas e, arrastando homens e mulheres, encerrava-os no cárcere” (At 8.3). John Stott afirma que “Alguns dos termos que Lucas usa para descrever Paulo antes da sua conversão parecem ser deliberadamente escolhido para retratá-lo como “um animal selvagem e feroz”. O verbo lymainomai, cuja única ocorrência no Novo Testamento se encontra em 8.3, em referência à “destruição” que Saulo causou a Igreja, é empregada no Salmo 8.13 (LXX), em relação a animais selvagens destruindo uma vinha; o seu sentido específico é “destruição de um corpo por um animal selvagem”.
1. A formação cultural de Paulo. O primeiro esboço da vida de Paulo é um tanto brutal como sangrento. Durante a nossa vida, adotamos naturalmente uma imagem cristianizada do apóstolo Paulo. Sua aparição em Atos, no entanto, é como 'um jovem chamado Saulo', participante do assassinato brutal de Estêvão e que 'consentia na sua morte' (At 7.58; 8.1). Este é o Paulo que precisamos ver para apreciar a gloriosa verdade das cartas do NT que escreveu. Não é de admirar que mais tarde ele viesse a ser conhecido como 'o apóstolo da graça'. Na verdade, quando verificamos como era o ambiente de seu nascimento e infância, descobrimos que não era marcado por ira nem por violência. A vida para Paulo começou, na verdade, muito pacificamente. Tarso, um centro da cultura grega, e a principal cidade localizada no coração da província da Cilícia, a cerca de 19 Km das praias resplandecentes do Mediterrâneo, rodeada pela cadeia de montanhas Taurus. Tornou-se uma via comercial muito usada pelas caravanas que levavam suas mercadorias do Oriente até Roma. A viagem exigia que passassem pelos Portais da Cilícia – uma impressionante seqüência de passagens estreitas lavradas através das Montanhas Taurus acima de Tarso. É provável que o ano tenha sido 1 d.C, mas os detalhes originais do local do seu nascimento são escassos. A indicá-lo, temos a reivindicação do próprio apóstolo: "Eu sou judeu de Tarso, cidade não insignificante da Cilicia... Da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus" (At 21.39). Em Tarso, a família de Paulo não pertencia de forma alguma aos mais humildes da população, já que seu pai possuía a cidadania romana, que nas províncias do império era um privilégio altamente apreciado e possuído por poucos. Charles R Swindoll nos informa que embora órfão de mãe aos nove anos, como filho de um proeminente fabricante de tendas, Saulo tornou-se beneficiário de uma herança religiosa e intelectual igualmente rica. Citando John Pollock, autor de The Apostle: A Life of Paul: “Os pais de Paulo eram fariseus (פרושים prushim: "aqueles que se separaram"), membros do partido mais fervoroso do nacionalismo judaico e severo na obediência à lei de Moisés. Eles buscavam proteger seus filhos da contaminação. Embora Paulo soubesse falar grego desde a infância, a língua franca, e tivesse algum conhecimento de latim, sua família falava em casa o aramaico, a linguagem da Judéia, um derivado do hebraico. [1]. Tarso tinha sua própria universidade, tornada famosa por causa de estudantes locais como Athenodorus, tutor e confi­dente do imperador Augusto, e o igualmente eminente Nestor. Esses ilustres mestres, em sua velhice, haviam retornado a Tarso e eram cidadãos honrados na infância de Paulo. Aos 13 anos já dominava história judaica, a poesia dos salmos, a literatura majestosa dos profetas. Seus ouvidos foram treinados à perfeição, e um cérebro ágil como o seu podia reter o que ouvia tão automática e fielmente quanto a mente fotográfica moderna. Charles R Swindoll continua citando Pollock: “Um fariseu rígido não iria confundir o filho com filosofia moral pagã. Portanto, provavelmente no ano em que Augusto morreu, 14 d.C., o adolescente Paulo foi enviado por mar à Palestina e subiu os montes até Jerusalém. Durante os cinco ou seis anos seguintes, ele sentou-se aos pés de Gamaliel, neto de Hillel, mestre supremo, que alguns anos antes morrera com mais de cem anos. [1] Como jovem judeu, ele recebera educação ministrada aos jovens judeus de futuro e foi educado aos pés de Gamaliel, poucos podiam se orgulhar de ter mais instrução do que Paulo no que dizia respeito à educação religiosa judaica e poucos se aproveitaram tanto quanto ele da educação que recebeu (Fp 3.4-6). Paulo usava o estilo de perguntas e respostas, conhecido na filosofia como 'diatribe', e a expor, pois um rabino não era só parte pregador, como também parte advogado, que processava e defendia os que quebravam a lei sagrada. Tinha uma mente poderosa que poderia levá-lo a uma cadeira no Sinédrio, na Galeria das Pedras Polidas, e torná-lo um 'principal dos judeus'.
2. Paulo, cidadão romano. Jerônimo, historiador judeu, afirma que os pais de Paulo viveram originariamente na região da Galiléia e que por volta do ano 4 a.C. foram levados como escravos a Tarso, onde obtiveram sua liberdade, prosperaram e se tornaram cidadãos romanos. John Pollock afirma: “Nessa época o civis romanus era raramente concedido, a não ser por causa de serviços prestados ou por bom dinheiro. Quer o avô de Paulo tenha ajudado a Pompeu ou a Cícero quando Roma era governada pela Cilicia, quer seu pai houvesse comprado a cidadania, essa posição conferia distinção local e privilégios hereditários, os quais cada membro podia reivindicar onde quer que se encontrasse em todo o império. Significava também que Paulo possuía um nome latino com­pleto composto de três palavras (por exemplo: Gaius Julius Caesar). As duas primeiras eram nomes comuns a todas as fa­mílias (no caso de César, Gaius Julius). Estas, porém, se per­deram com o tempo, pois a história da vida de Paulo foi escrita pela primeira vez por um seu colega grego. E grego nenhum conseguia entender os nomes latinos. O terceiro nome, cha­mado cognomen, era Paulus. Por ocasião do ritual da circuncisão, no oitavo dia de vida, ele também havia recebido um nome judaico: "Saulo". Este foi escolhido ou por causa do seu signi­ficado, "pedido", ou em honra do benjamita mais famoso de toda a história, o rei Saul” [2]. Ser cidadão romano comportava uma notável série de privilégios, variáveis durante o curso da história, tendo sido criadas diversas "graduações" da cidadania. Na sua versão definitiva e plena, todavia, a cidadania romana permitia o acesso aos cargos públicos e às várias magistraturas (além da possibilidade de escolhê-las no dia de sua eleição), a possibilidade de participar das assembleias políticas da cidade de Roma, diversas vantagens de caráter fiscal e, importante, a possibilidade de ser sujeito de direito privado, ou seja, de poder se apresentar em juízo mediante os mecanismos do jus civile, o direito romano por excelência. Jorge Schemes citando James Dunn assevera que Paulo como cidadão romano gozava de privilégios, então desde que Paulo se converteu no apóstolo dos gentios desejava desfrutar de mais liberdade para levar o evangelho ao mundo da época. Desde que Saulo era um nome pouco familiar fora dos círculos judaicos, a transição do uso do seu nome foi um feito natural; assim, Paulo refletia seu compromisso e sua responsabilidade como apóstolo dos gentios. O Doutor Siegfried Horn afirma que Paulo (Gr. Paulos) é mencionado até Atos 13.9 com o nome de Saulo (Gr. Saulos, do Hebraico Shaul = pedido [a Deus]; Cf. Atos 7.58); e dali em diante só é mencionado como Paulo, exceto no relato que ele mesmo faz de sua conversão (Cf. Atos 22.7,13; 26.14). Horn também sugere que o apóstolo tem dois nomes e que em seus contatos com os judeus talvez usasse o nome hebreu Saulo, e por outro lado usava seu nome greco-romano, Paulus, em contato com os gentios, aos quais desejava evangelizar [3].
SINÓPSE DO TÓPICO (1)
A formação cultural e religiosa de Paulo foi importante para a realização da obra de evangelização dos gentios e judeus.
II. A CONVERSÃO DE PAULO
Paulo inicia sua carta aos Romanos jogando fora toda exaltação própria ao declarar que era um servo de Jesus Cristo. Paulo teve toda sua mente e filosofia farisaica de salvação mudada quando encontrou ao seu Senhor. E agora começa escrevendo que é servo, escravo do Senhor dos senhores, Jesus Cristo. Paulo deixa de ser escravo do farisaísmo cheio de justiça própria para tornar-se escravo do “Senhor Justiça Nossa”.
1. O Encontro com Jesus. A Bíblia de Estudo Pentecostal, comentando o texto de At 9.3-19, diz: “Os versículos 3-9 registram a conversão de Paulo fora da cidade de Damasco (cf. 22.3-16; 26.9-18). Que sua conversão ocorreu nessa ocasião, e não posteriormente na casa de Judas (v. 11), fica claro à luz do seguinte: (1) Ele obedece às ordens de Cristo (v. 6; 22.10; 26.15-19), compromete-se a ser um ministro e testemunha do evangelho (26.16) e um missionário aos gentios (26.17-19) e entrega-se à oração (v. 11). (2) Paulo é chamado Irmão Saulo por Ananias (v. 17). Ananias percebe que Paulo é um crente que experimentou o novo nascimento (ver Jo 3.3-6), que se dedicou a Cristo, para fazer a sua vontade e que apenas necessita ser batizado, receber a restauração da sua vista e ser cheio do Espírito Santo [4]. John Pollock assim descreve o encontro de Paulo com Jesus: “Quase ao meio-dia, repentinamente grande luz do céu brilhou ao redor de mim... uma luz mais brilhante do que o sol, brilhando ao meu redor e ao redor de meus companheiros de viagem."Todos eles caíram por terra, apavorados com o fenômeno. Não se tratava de apenas um relâmpago, mas de luz terrível e inexplicável. Parece que Paulo permaneceu prostrado, enquanto seus companheiros se levantaram cambaleando. Para ele somente, a intensidade da luz aumentou. Paulo ouviu uma voz, ao mesmo tempo calma e autoritária, dizer-lhe em hebraico (At 26.14): "Saulo, Saulo, por que me persegues?" Ele levantou os olhos. No centro da luz que o impedia de ver ao derredor, ele encarou um homem de mais ou menos a sua idade. Paulo não podia acreditar no que ouvia e via. Todas as suas convicções, intelecto, treinamento, reputação e auto-estima exigiam que Jesus não estivesse vivo novamente. Assim, pro­curando ganhar tempo, ele replicou: "Quem és, Senhor?" A expressão de tratamento podia não significar nada mais que "Excelência". "Eu sou Jesus, a quem tu persegues; mas, levanta-te, e entra na cidade, onde te dirão o que te convém fazer." Então ele soube. Em um segundo, que mais pareceu uma eternidade, Paulo viu as feridas nas mãos e nos pés de Jesus, viu-lhe o rosto e compreendeu que estava vendo ao Senhor, vivo, como Estêvão e outros haviam dito, e que Jesus amava não apenas aos que Paulo perseguia, mas também ao próprio Paulo: "Dura coisa é recalcitrares contra os aguilhões." Nem uma palavra de reprovação. Paulo jamais admitira a si mesmo sentir as pontadas de um aguilhão ao enfurecer-se contra Estêvão e seus discípulos. Mas agora, instantaneamente, se conscientizava de que estivera lu­tando contra Jesus. E lutando contra si mesmo, contra sua cons­ciência, sua falta de poder, contra as trevas e o caos de sua alma. Deus pairou sobre este caos e o levou ao momento de nova criação. Só faltava o consentimento de Paulo. Paulo se quebrou. Ele tremia e não estava em condições de pesar os prós e os contras para a mudança de idéias. Sabia apenas ter ouvido uma voz e visto o Senhor, e que nada mais importava a não ser descobrir a sua vontade e obedecer a ela. "Que farei, Senhor?" Aqui ele usa o mesmo tratamento de antes, mas toda a obe­diência e adoração, e todo o amor no céu e na terra entraram nessa única palavra "Senhor". Naquele momento ele se sente totalmente perdoado, totalmente amado. Em suas próprias palavras: "Porque Deus que disse: Das trevas resplandecerá luz — ele mesmo resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo." "Levanta-te", ouviu ele, "e entra na cidade, onde te dirão o que te convém fazer." Ele havia confiado. Agora tinha de obedecer — a uma primeira ordem humilhante, quase trivial. Ao se pôr de pé, estava cego. Estendeu a mão aos compa­nheiros, agora ainda mais espantados ouvindo Paulo responder ao inaudível, os quais o conduziram. Os animais de carga e de montaria alcançaram a pequena caravana que se dirigia a Damasco em maravilhoso silêncio [5].
2. Ananias visita a Paulo. Lucas dá seqüência à história da conversão de Saulo e às conseqüências dessa conversão. É maravilhoso ver a transformação que agora aflora em suas atitudes, em seu caráter e, de modo especial, em seu relacionamento com Deus, com a igreja cristã e com o mundo incrédulo. Agora, Saulo tinha uma nova referência para com Deus – Ananias. Embora a tradição identifique Ananias como um dos bispos de Damasco, pouco se sabe sobre este homem. Instruído a ir e ministrar ao novo convertido, foi informado de que ele estava orando. Três dias haviam passado desde o seu encontro com o Senhor ressurreto, durante os quais nada comeu nem bebeu, passou aqueles dias em jejum e oração. Paulo ora e jejua, pedindo orientação, em atitude de profunda dedicação a Deus. A fé salvadora e o novo nascimento à que ela conduz, sempre levarão o crente a buscar comunhão com seu Senhor e Salvador, que ele acaba de aceitar. William Barclay chama Ananias de “um dos heróis esquecidos da igreja cristã”. A priori, porém, quando ordenado ir até Saulo, Ananias hesitou e isso é compreensível, era uma reação perfeitamente normal a qualquer ser humano; ir até Saulo seria o mesmo que suicídio. Sua ferocidade era conhecida. Ananias também sabia que Saulo viera a Damasco com autorização dos principais sacerdotes para prender todos os crentes. Mas Jesus repetiu Sua ordem, dizendo “Vai!”; e acrescentou que Saulo era um instrumento escolhido para levar o Seu nome perante os gentios e reis, bem como perante os filhos de Israel – um ministério que lhe traria muito sofrimento por amor a esse mesmo nome. Assim, Ananias foi até a rua Direita [que ainda é a principal rua que vai de leste a oeste de Damasco], e entrou na casa de Judas, no quarto em que estava Saulo. Lá ele lhe impôs as mãos, talvez para identificar-se com Saulo enquanto orava pela cura de sua vista e pela plenitude do Espírito Santo para dar-lhe poder para exercer seu ministério. Ananias chamou-o de “Saulo, meu irmão!”.
3. Saulo, de perseguidor a perseguido. Saulo permaneceu em Damasco alguns dias com os discípulos, ele sabia que agora pertencia àquele grupo que havia tentado destruir anteriormente, e mostrou isso claramente, fortalecia-se como testemunha e apologista, a ponto de confundir os judeus em Damasco ao pregar nas sinagogas demonstrando que Jesus era o Cristo, o Filho de Deus. Entretanto, Saulo não ficou entre os cristãos de Damasco. Lucas descreve como ele deixou a cidade decorridos muitos dias. Essa referência ao tempo é intencionalmente vaga, mas sabemos por Gálatas 1.17,18 que “esses últimos dias” somaram três anos e que durante esse período Paulo esteve na Arábia. Depois desse período, ele voltou para Damasco; porém, não por muito tempo: pois os judeus deliberaram entre si a tirar-lhe a vida e dia e noite guardavam as portas, para o matarem. De alguma forma o plano deles chegou ao conhecimento de Saulo, e então seus seguidores [numa indicação que sua liderança já era reconhecida e que tinha atraído seguidores], colocando-o num cesto, desceram-no pela muralha, e ele fugiu para Jerusalém[6].
SINÓPSE DO TÓPICO (2)
Paulo teve um encontro com Jesus quando se dirigia para Damasco, na Síria, a fim de prender os cristãos.
III. PROPÓSITOS DA VOCAÇÃO DE PAULO
Depois desse encontro na estrada de Damasco, Saulo enfrentou a maior crise de sua vida. Ele encontrou-se face a face com o Messias, e viu-se forçado a reconhecer que estava errado, e os seguidores da seita do Caminho, certos: Jesus era o Messias. Naquele momento, toda a sua luta cessou. Uma grande revolução, maior do que qualquer outra que já conhecera, teve lugar no seu íntimo. Humilhado e abatido nas mãos daquele que julgava ser seu inimigo. O próprio fanatismo da perseguição de Saulo traía a sua crescente perturbação interior, “pois o fanatismo só é encontrado em indivíduos que estão compensando dúvidas secretas” – Jung.
1. Conhecer a vontade de Deus. Saulo fora chamado por Cristo para deixar de lado as regras, tradições e todo o passado do qual tanto se gloriara. Outros já o haviam feito e tiveram de enfrentar oposição. O futuro não lhe seria fácil. Ele pensa em Estêvão e como fora este poderoso no Evangelho. Se Saulo tivesse aberto os olhos antes, quantas centenas de crentes não teriam sido poupados! Mas ele tomaria o lugar de Estêvão, e quem sabe, faria para Cristo uma obra ainda maior. Uma vez mais Saulo delibera ser fiel à visão celestial, e passar o resto de sua vida pregando o evangelho aos judeus e gentios.
2. Tornar-se ministro e testemunha de Jesus. Paulo saíra das trevas para a luz. Morrera para a velha vida, sob a Lei, e fora cheio do Espírito. Desejava, agora, provar o seu arrependimento através de uma vida de serviço a Cristo. A nova compreensão sobre o Messias mudou radicalmente sua vida e contrariava não o Antigo Testamento, mas o que o judaísmo pensava a respeito do Libertador. Paulo considerava os judeus e gentios na mesma situação. Em Romanos 1, ele descreve a depravação dos gentios, no capítulo 2, a incredulidade e desobediência dos judeus. No terceiro, põe os dois povos no mesmo bojo: ‘todos pecaram’ (Rm 3.23). Diante disso, levou avante a ordem de Jesus; ‘Por que hei de enviar-te aos gentios de longe’ (At 22.21).
3. Sofrer a favor de Cristo e do evangelho. A conversão de Paulo incluiu não somente uma ordem para pregar o evangelho, mas também uma chamada para sofrer por amor a Cristo. Paulo foi informado desde o início que ele sofreria muito pela causa de Cristo. No reino de Cristo, sofrer por amor a Ele é um sinal do mais alto favor de Deus (14.22; Mt 5.11,12; Rm 8.17; 2 Tm 2.3) e o meio de ter um ministério frutífero (Jo 12.24; 2 Co 1.3-6); resulta em recompensas abundantes no céu (Mt 5.12; 2 Tm 2.12). A morte precisa atuar no crente para que a vida de Deus flua dele para os outros (Rm 8.17,18,36,37; 2 Co 4.10-12). Para outros textos sobre os sofrimentos de Paulo, ver 20.23; 2 Co 4.8-18; 6.3-10; 11.23-27; Gl 6.17; 2 Tm 1.11,12; ver também 2 Co 1.4). Paulo ressalta em Gálatas 6.17 que a vida cristã envolve sofrimento (que deve ser considerado como uma participação ou comunhão com Cristo no sofrimento) e a consolação de Cristo, e em Colossenses 1.24 Paulo se regozija porque lhe é permitido participar dos sofrimentos de Cristo. O Espírito Santo, através das palavras de Paulo, revela-nos a angústia e o sofrimento de uma pessoa totalmente dedicada a Cristo, à sua Palavra e à causa em prol da qual Ele morreu. Paulo comungava com os sentimentos de Deus e vivia em sintonia com o coração e os sofrimentos de Cristo. Ele fala em: "muitas tribulações" enfrentadas ao servir a Deus (At 14.22); sua aflição no "espírito", por causa do pecado dominante na sociedade (At 17.16); servir ao Senhor com "lágrimas" ( 2.4); advertir a igreja "noite e dia com lágrimas", durante um período de três anos, por causa da perdição das almas, pela distorção do evangelho por falsos mestres, contrários à fé bíblica apostólica (At 20.31); sua grande tristeza ao separar-se dos crentes amados (At 20.17-38), e seu pesar diante da tristeza deles (At 21.13); a "grande tristeza e contínua dor" no seu coração, por causa da recusa dos seus "patrícios" em aceitarem o evangelho de Cristo (Rm 9.2,3; 10.1); as muitas provações e aflições que lhe advieram por causa do seu trabalho para Cristo (4.8-12; 11.23-29; 1 Co 4.11-13); seu pesar e angústia de espírito, por causa do pecado tolerado dentro da igreja (2.1-3; 12.21; 1 Co 5.1,2; 6,8-10); sua "muita tribulação e angústia do coração", ao escrever àqueles que abandonavam a Cristo e ao evangelho verdadeiro (2.4); seus gemidos, por causa do desejo de estar com Cristo e livre do pecado e das preocupações deste mundo (5.1-4; cf. Fp 1.23); suas tribulações "por fora e por dentro", por causa de seu compromisso com a pureza moral e doutrinária da igreja (7.5; 11.3,4); o "cuidado" que o oprimia cada dia, por causa do seu zelo por "todas as igrejas" (v.28); o desgosto consumidor que sentia quando um cristão passava a viver em pecado (v.29); o desgosto de proferir um "anátema" sobre aqueles que pregavam outro evangelho, diferente daquele revelado no NT (Gl 1.6-9); suas "dores de parto" para restaurar os que caíam da graça (Gl 4.19; 5.4); seu choro por causa dos inimigos da cruz de Cristo (Fp 3.18); sua "aflição e necessidade", pensando naqueles que podiam decair da fé (1 Ts 3.5-8); suas perseguições por causa da sua paixão pela justiça e pela piedade (2 Tm 3.12); sua lastimável condição ao ser abandonado pelos crentes da Ásia (2 Tm 1.15); e seu apelo angustiado a Timóteo para que este guarde fielmente a fé genuína, ante a apostasia vindoura (1 Tm 4.1; 6.20; 2 Tm 1.14). Nesta era, portanto, Cristo sofre com seu povo e em favor do seu povo, devido à tragédia do pecado no mundo (cf. Mt 25.42-45; Rm 8.22-26). Nosso sofrimento não é primeiramente motivado por desobediência, mas constantemente causado por Satanás, pelo mundo e pelos falsos crentes, à medida que participamos da causa de Cristo[7].
SINÓPSE DO TÓPICO (3)
Os propósitos da vocação de Paulo era que ele conhecesse a vontade divina, se tornasse uma testemunha e sofresse a favor de Cristo e do evangelho.
(III. CONCLUSÃO)
O corpo de Saulo fica marcado para sempre; com orgulho exibiria essas marcas por haverem-no introduzido numa comunhão mais profunda com o Cristo e com os que foram chamados a sofrer pela fé. Paulo já havia sido escolhido por Deus desde o ventre de sua mãe. No entanto, Jesus esperou o tempo certo, depois que ele perseguiu tanto os cristãos, para mostrar-lhe o seu poder e o quanto era necessário padecer pelo Seu nome. Transformado, tornou-se missionário entre os gentios, tornando-se o principal representante da nova religião revelada. Seu ministério entre os gentios, suas viagens missionárias e as epístolas que escreveu capacitam-no como o maior herói que do cristianismo.
APLICAÇÃO PESSOAL
Um feroz opositor às idéias da seita que crescia no interior da instituição judaica caçava e prendia os seguidores da tal seita que espalhavam suas idéias insidiosas e subversivas. Estava a caminho de Damasco quando teve a revelação que determinou o curso de sua vida a partir de então. E esta revelação foi algo tão grandioso que o fez cair de joelhos. Foi como se algo maior que a vida simplesmente se fizesse conhecido. Algo que sua mente não podia então compreender em sua totalidade. A visão que teve deixou-o cego, tanto que precisou de ajuda para chegar à cidade onde teria sua visão devolvida por um dos integrantes da seita que perseguira tão ferozmente até então. É maravilhoso ver a transformação que ocorreu na vida de Saulo, especialmente em seus relacionamentos. Ele se tornou mais reverente a Deus, conforme podemos observar em sua oração. Após conhecer Jesus e aceitá-lo como Senhor e Messias, Paulo ora e jejua durante três dias, na escuridão da cegueira, pedindo orientação, em atitude de profunda dedicação a Deus. A fé salvífica e o novo nascimento à que ela conduz, sempre levarão o crente a buscar comunhão com seu Senhor e Salvador, que ele acaba de aceitar. Três dias depois da sua conversão, Paulo recebeu a plenitude do Espírito Santo. Todos os crentes que desejam a plenitude do Espírito Santo devem aguardar as manifestações espirituais desta bênção (At 2.4,17).
N’Ele, que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus” (Ef 2.8),
Francisco A Barbosa
NOTAS BIBLIOGRAFICAS
[1]. SWINDOLL, Charles R., Paulo: Um Homem de Coragem e Graça, trad Neyd Siqueira. São Paulo: Mundo Cristão, 2003. pp. 20, 21;
[2]. POLLOCK, John, O Apóstolo, São Paulo, Editora Vida, 5ª impressão, 1998. p. 10;
[4]. STAMPS, Donald. Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD; Adaptado da nota textual de At 9.3-19;
[5]. POLLOCK, John, O Apóstolo, São Paulo, Editora Vida, 5ª impressão, 1998. p. 18;
[6]. STOTT, John. A Mensagem de Atos. Trad. Markus André Hediger Lucy Yamakami. 1ed. São Paulo: ABU Ed., 1994. 464p.; p. 188;
[7]. STAMPS, Donald. Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD; Adaptado da nota textual de 2Co 11.23;
Lições Bíblicas 1º Trim 2011 – Livro do Mestre, CPAD, Atos dos Apóstolos – Até aos confins da terra;
Lições Bíblicas 3º Trim 1996 - Jovens e Adultos: Atos - O padrão para a Igreja da última hora. pp. 65-71;
Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP, Sociedade Bíblica do Brasil, 2001;
Bíblia de estudos de Genebra. Trad. de João Ferreira de Almeida. São Paulo: Cultura Cristã, 1999.
EXERCÍCIOS
1. Quais as três cidadanias do apóstolo Paulo?
R. Judaica, romana e celeste.
2. Qual das três cidadanias contribuiu para a formação religiosa e piedosa de Paulo?
R. A cidadania judaica.
3. Qual o nome usado pelo apóstolo entre os gentios?
R. Paulo.
4. Para você, qual a importância da conversão de Paulo para o cristianismo?
R. livre.
5.Cite três propósitos da conversão de Saulo.
R. Conhecer a vontade de Deus (At 22.14); tornar-se ministro e testemunha de Jesus (At 9.15); e sofrer a favor de Cristo e do evangelho (At 9.16).

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