quarta-feira, 12 de agosto de 2015

EU SEI EM QUEM TENHO CRIDO

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EU SEI EM QUEM TENHO CRIDO

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EU SEI EM QUEM TENHO CRIDO

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EU SEI EM QUEM TENHO CRIDO
Texto Áureo II Tm. 1.12 – Leitura Bíblica  II Tm. 1.1-8; 2.1-4


 Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa
Twitter: @subsidioEBD

INTRODUÇÃO
A Segunda Epístola de Paulo, ao contrário do que se costuma pensar, por se encontrar na Bíblia em sequência a Primeira, não foi a segunda epístola pastoral do Apóstolo, mas a última, quando estava preso em Roma, antes de ser martirizado. Depois de Primeira a Timóteo Paulo escreveu a Tito, que será estudada posteriormente. Na aula de hoje nos voltaremos para a primeira seção de II Timóteo, ressaltando a necessidade da intercessão pelos ministros, a importância da convicção do obreiro em relação à doutrina, e a realidade do sofrimento para aqueles que seguem piedosamente a Cristo.

1. INTERCESSÃO PELOS MINISTROS
Depois de identificar-se como “enviado de Cristo Jesus”, Paulo se dirige a Timóteo como “amado filho”, mostrando interesse pelo seu ministério. Os pastores devem ser acompanhados por outros pastores, é preciso reconhecer as agruras da obra, e a necessidade de ter um ombro amigo, alguém que realmente seja digno de confiança, para quem o ministro pode se dirigir, principalmente nos momentos mais difíceis. Sabemos que essa não é uma tarefa fácil nos dias atuais, marcados por tanta disputa eclesiástica. Muitos pastores carregam traumas e marcas na alma, porque não conseguem se abrir, e não confiam nas pessoas que, ao invés de ajudarem, almejam se apropriar dos seus cargos. O receio de perder a posição também está adoecendo muitos obreiros, que se apegam demasiadamente aos recursos materiais, e por isso se tornam escravos da condição na qual se encontram. É digna de destaque a identificação do Apóstolo com seu filho na fé. É gratificante quando testemunhamos casos de convivência saudável entre os ministros de Deus. De vez em quando é preciso que a igreja se preocupe com a realização de encontro entre os obreiros, simplesmente para desfrutar de momentos aprazíveis na presença do Senhor, para cultivar relacionamentos edificantes. Paulo destaca a fé de Timóteo, que diferentemente da dos falsos mestres de Éfeso, estava alicerçada na Palavra de Deus, que ele havia aprendido dos seus familiares, e também do próprio Apóstolo (II Tm. 1.5). A formação bíblica, inicialmente na família, é fundamental para o crescimento na fé, e contribui para o desenvolvimento do ministério. Alguns dos mais dedicados obreiros na casa de Deus tiverem seus primeiros ensinamentos em casa, junto aos pais e mães dedicados ao evangelho, que repassarem os fundamentos da verdade cristã.

2.  A CONVICÇÃO DO OBREIRO CRISTÃO
O ministro de Deus, diante das oposições pelas quais passa, pode vir a querer desfalecer em algum momento da vida. Paulo sabia que Timóteo, mesmo sendo um obreiro dedicado, corria esse tipo de risco, principalmente por causa da sua timidez (II Tm. 1.6-8). Por isso, o incentiva a despertar o dom de Deus que estava sobre ele, é provável que Paulo tenha sido informado que Timóteo estava tendo dificuldade para lidar com a oposição em Éfeso. Esse não era o caso, mas há ministros que fazem concessões do evangelho quando se veem ameaçados. Nos dias atuais, nos quais predomina o humanismo materialista, há obreiros querendo trocar o evangelho por ideologias humanas. A verdade das Escrituras está sendo substituída por pensamentos humanos, que nada têm de escriturísticos. Em contextos mais acadêmicos esse risco é maior ainda, principalmente quando queremos racionalizar o evangelho, ou mesmo dá-lhe uma conotação meramente social. Os ministros de Deus são chamados para permanecer naquilo que foram instruídos e inteirados, sabendo que o que aprenderam veio de Cristo, não de homens (II Tm. 3.16,17). Paulo dá exemplo assumindo que sabe em quem creu, e muito mais que isso, que Jesus dará, em tempo oportuno, o bom depósito espiritual, prometido a todos aqueles que forem fieis no ministério (II Tm. 1.12). Em outra oportunidade Paulo deixou claro que não se envergonhava do evangelho, isso porque era poder de Deus e salvação para todo o que crê (Rm. 1.16). A mensagem do evangelho é simples, e na maioria das vezes escandalizadora, e não se coaduna à lógica deste mundo. Por causa disso somos tentados, a todo instante, a negar a sua loucura. Os judeus sempre foram afeitos aos sinais, e os gregos à sabedoria, mas o evangelho de Jesus Cristo é crucificação (I Co. 1.18-25). Paulo admoesta Timóteo a não fazer concessão em relação ao evangelho. Os obreiros de Deus, em todos os tempos, não foram chamados para pregar uma mensagem agradável ao mundo. A contextualização na pregação da palavra é necessária, mas sem subverter os princípios eternos do evangelho de Jesus Cristo.

3. OS SOFRIMENTOS POR CAUSA DE CRISTO
Nesse trecho da Epístola Paulo ora pelo pastor-filho e amigo Timóteo. Sobretudo para que ele seja fortalecido na graça que há em Cristo Jesus, considerando que esse passava por momentos de adversidade e sofrimento (II Tm. 2.1). É sempre necessário lembrar, principalmente aos que tem aspiração ao ministério, que essa é uma obra de sacrifício (II Tm. 3.12). Na verdade, Cristo não prometeu que a vida cristã, especialmente a do ministro, estaria isenta de sofrimento (Jo. 16.33). Isso nos instiga a fazer os mesmo pelos pastores, principalmente nos dias atuais, marcados por tanto descaso e perseguição ao ministério. Muitos estão sofrendo o preconceito resultante dos excessos de líderes aproveitadores. Mas devemos reconhecer a seriedade daqueles que labutam na organização da igreja, e principalmente na palavra e na doutrina (I Tm. 5.17). Existem obreiros fiéis na seara do mestre, pastores que são dignos do nome que carregam, que realmente apascentam o rebanho. Muitos deles são esquecidos pela mídia, não estão nos programas de televisão, preferem viver em surdina, sacrificando-se pelo evangelho no anonimato. Esses se esmeram para dar o melhor para a edificação da casa de Deus, para a maturidade do Corpo de Cristo. Esses são soldados valorosos, alistados no exército de Cristo (II Tm. 2.3).  Como bons soldados do Senhor, não se embaraçam com as coisas terrenas, pois o alvo deles é conduzir os súditos do Reino ao céu. Muitos obreiros atuais não são soldados do exército divino, servem ao reino de Mamom, querem saber apenas do dinheiro dos crentes. Eles militam em prol dos seus interesses, não dos de Deus, fazem fortuna através do evangelho falacioso que pregam. Os pastores dedicados são como os agricultores, que plantam a semente da palavra no coração das pessoas, na esperança que ela germine, e produza frutos para a glória de Deus (II Tm. 2.6).

CONCLUSÃO
Essa Segunda Epístola de Paulo a Timóteo é uma advertência séria em relação à importância da fidelidade no ministério, sobretudo à Palavra de Deus. Como ministros precisamos permanecer cientes do nosso chamado, sobretudo do conteúdo daquilo que recebemos, não de homens, mas de Deus em Jesus Cristo. Os ministros precisam estar convictos do que creram, devem ser conhecedores da mensagem, e não se apartarem dela, ainda que não agrade aos padrões do mundo. Esses obreiros, que sabem em Quem têm crido, e são fiéis à mensagem de Cristo, receberão do Senhor o bom depósito, por ocasião da Sua vinda.

BIBLIOGRAFIA
CALVINO, J. Epístolas pastorais. São José dos Campos: Fiel, 2009.
ZEHR, P. 1 & 2 Timothy, Titus. Scottdale: Herold Press, 2010.

sexta-feira, 31 de julho de 2015

LIÇÃO 5 APOSTASIA, FIDELIDADE E DILIGÊNCIA NO MINISTÉRIO

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LIÇÃO - 5 APOSTASIA, FIDELIDADE E DILIGÊNCIA NO MINISTÉRIO

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APOSTASIA, FIDELIDADE E DILIGÊNCIA NO MINISTÉRIO

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APOSTASIA, FIDELIDADE E DILIGÊNCIA NO MINISTÉRIO
              Texto Áureo  I Tm. 4.1  – Leitura Bíblica  I Tm. 34.1-16


 Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa
Twitter: @subsidioEBD

INTRODUÇÃO
Na aula de hoje estudaremos a partir dessa seção da I Epístola a Timóteo os perigos das heresias. Em seguida, exortaremos, com o apóstolo Paulo, quanto à importância de permanecer na sã doutrina. Ao final, com base nessa mesma Epístola, ressaltaremos a necessidade de manter-se fiel e diligente no ministério que o Senhor nos confiou. Atestaremos, após esseESTUDO, que a mensagem do Apóstolo se aplica aos dias atuais, marcados por heresias que comprometem a verdade do evangelho. 

1. A APOSTASIA DOS ÚLTIMOS DIAS
As falsas doutrinas costumam entrar sorrateiramente no seio da igreja cristã, e na maioria das vezes, deixam de ser percebidas. O fundamento das heresias geralmente é moral, não necessariamente teológico. A teologia ortodoxa tem sofrido por causa de muitas pessoas que advogando uma nova revelação, se afastam dos ensinamentos bíblicos, tão somente para respaldar seus desvios da Palavra. Os falsos mestres dos tempos de Paulo não temiam a Deus, por isso viviam em lassidão, deixaram de sentir os danos do pecado. A consciência deles estava cauterizada (gr. kauteriazo), isto é, perdeu a sensibilidade. Nenhum cristão convicto da sua fé deve ser acostumar com o pecado, antes devemos odiá-lo em nós mesmos, e buscar viver em santificação. Por outro lado, precisamos ter cautela para não entrar pelo caminho do ascetismo. A heresia que estava se espalhando em Éfeso proibia o que Deus havia criado para o ser humano, até mesmo o casamento. Em Gn. 1.28 e 9.3 atestamos que tanto o casamento quanto a alimentação foram criados por Deus, não apenas para a reprodução e nutrição, mas também para o prazer. O casamento, ao contrário do que postula aFILOSOFIA relativista, foi instituído por Deus, de acordo com Seus parâmetros (Gn. 2.18; 2.24; Mt. 19.3-12; I Co. 7.1-24). O próprio sexo dentro do casamento é legítimo, pois venerado é o leito sem mácula (Hb. 13.4). No que tange ao ascetismo, é preciso ter cuidado, pois muitos que proíbem demais, estão se firmando não na graça de Deus, mas em méritos legalistas (Cl. 2.8-11). O ascetismo exagerado pode se tornar um motivo de vaidade, e uma tentativa de deixar de depender da providência divina. Jesus ressaltou que todos os alimentos são puros (Mc. 7.14-23), isso também foi ensinado por Pedro (At. 10), e confirmado por Paulo (I Co. 10.23-33). O vegetarianismo, por exemplo, pode ser uma opção pessoal, mas sem qualquer valor espiritual (Rm. 14.1,2), é preciso, no entanto, ser ponderado, para não ferir a consciência dos mais fracos (Rm. 13.13-24).

2. A IMPORTÂNCIA DA SÃ DOUTRINA
Uma das melhores maneiras dos pastores evitarem a heresia é investir na formação bíblica da sua igreja, através doESTUDO e meditação, enfatizando a sã doutrina. Inicialmente faz-se necessário que esses se posicionem em relação aos ensinamentos falsos, e os denunciem perante a igreja. Há pastores que não fazem mais apologética, se acostumaram de tal maneira às falsas doutrinas que perderam o foco espiritual. Os ministros são verdadeiros servos (gr. diakonos) da igreja, servindo a mesa com o genuíno alimento espiritual. Mas para isso eles mesmos precisam investir no estudo bíblico, pois somente serão pastores-mestres se se tornarem alunos. O conhecimento da verdade é a única maneira de combater o erro, ninguém pode identificar o falso se antes não tiver contato com o verdadeiro. Algumas doutrinas estão sendo disseminadas nas igrejas evangélicas brasileiras que nada têm de bíblicas. Há líderes de renome nacional que disseminam suas ideias, sem que essas tenha respaldo bíblico. A teologia da ganância, normalmente denominada de prosperidade, é um equívoco. O acúmulo de riquezas nada tem a ver com espiritualidade, ninguém é mais ou menos crente pela quantia que tem ou deixa de ter. Por outro lado, alguns estão confundido marxismo com cristianismo, e adotando uma pauta ideológica que também não se fundamenta na Palavra. O evangelho de Cristo não está alicerçado no pensamento individualista e consumista da direita, e muito menos no pensamento materialista e coletivista da esquerda. O evangelho dá ao homem a responsabilidade de escolher, inclusive de decidir se distanciar de Deus, ainda que tenha que colher o fruto do que plantou (Gl. 6.7). De igual modo, devemos ter responsabilidade social, pois Cristo nos chamou para viver no mundo, e nos identificar com aqueles que passam por necessidade (Lc. 4.18; Mt. 11.5). Os cristão que se preocupam com as causas sociais, e que se respaldam na ortodoxia bíblica, devem ser respeitados sem que sejam rotulados de adeptos da esquerda.

3. FIDELIDADE E DILIGÊNCIA NO MINISTÉRIO
Espera-se que o pastor seja fiel aos seus líderes, o princípio da autoridade deve ser respeitado. No entanto, nenhum líder deve se submeter a doutrinas que não tenham fundamento bíblico. Há pastores que sob a justificativa de que são autoridade suprema querem inserir “fábulas profanas” dentro das igrejas. Há líderes que adoram as novidades, vivem buscando saber qual o movimento da moda, para não ficarem ultrapassados. Faz-se necessário identificar e refutar os contradizentes, isto é, os que não seguem o evangelho, e que estão indo após ensinamentos falsos (Tt. 1.14; II Tm. 4.4). A norma basilar de autoridade na igreja evangélica é a Palavra de Deus, todos estão submissos a ela, pastores e mestres. No catolicismo é a tradição que dita as regras da igreja, mas não na orientação protestante. Todos aqueles que assumem a tribuna devem fazê-lo com temor e tremor, cientes de que prestarão contas a Deus a respeito do que anunciam. Ao mesmo tempo, a fidelidade à liderança da igreja é um pressuposto, espera-se que um líder tenha outros líderes, a fim de prestar-lhe obediência. Mas essa deve se firmar nas Escrituras, pois elas são a norma de fé da igreja cristã. O pastor também deve ser um homem piedoso (gr. eusebeia), dedicado à vida espiritual. Isso quer dizer que o obreiro do Senhor deve ser reverente, por isso deve separar tempo para se dedicar à leitura da Bíblia e à oração. O cuidado com o corpo também é necessário, pois esse é templo do Espírito Santo (I Co. 6.19,20) e instrumento para o serviço (Rm. 12.1,2). O foco do pastor não está no culto ao corpo, mas em uma vida espiritual, na intimidade diária com Deus, pondo sua esperança no Deus Vivo (I Tm. 4.9-11). O pastor deve ser um exemplo para os fiéis na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza, e também no estilo de liderança, sem agir como dominador do rebanho (I Pe. 5.3). Os pastores jovens não devem ser desprezados pelos mais velhos (I Tm. 4.12), antes admoestados para que cresçam no ministério do Senhor.

CONCLUSÃO
Por fim, Paulo recomenda a Timóteo, e se aplica à liderança da igreja atual, que se dedique à leitura pública das Escrituras (I Tm. 4.13), tal como faziam os sacerdotes em Israel (Ne. 8.8). Isso tem a ver com a exposição bíblica, prática que está sendo abandonado nas igrejas evangélicas. Faz-se necessário ler, explicar e aplicar as Escrituras, essa é a base de sustentação da igreja. Devemos fazê-lo não apenas dependendo da meditação (I Tm. 4.15), mas também do poder (gr. carisma) do Espírito Santo (I Tm. 4.14). É fundamental ensinar e viver o que se ensina, é assim que se cuida de si mesmo e da doutrina (I Tm. 4.16).

BIBLIOGRAFIA
GOUD, D. 1 & 2 Timothy/Titus. Nashville: B & H, 1997.
LOPES, H. D. 1 Timóteo: o pastor sua vida e obra. São Paulo: Hagnos, 2014.

segunda-feira, 13 de julho de 2015

ORAÇÃO E RECOMENDAÇÃO AS MULHERES CRISTÃS

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ORAÇÃO E RECOMENDAÇÃO AS MULHERES CRISTÃS LIÇÃO - 3

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Neste estudo do segundo capítulo de 1 Timóteo veremos alguns versículos chaves para a caminhada cristã. Este segundo capítulo de 1 Timóteo é curto em sua extensão, mas rico em seus ensinamentos, podemos tirar muitos estudos deste capítulo.

ORAÇÃO POR TODOS OS HOMENS

I Timóteo 2.1. “Admoesto-te, pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões, e ações de graças, por todos os homens;” (v.1).

Aqui notamos que a oração é uma serie de quatro palavras (Filipenses 4.6 tem três delas e Efésios 6.18, tem duas). E a forma como Paulo enfatiza de que a oração deve interpretar-se como favorecendo a todos os homens, e de forma particular aqueles que estão exercendo autoridade.

A oração deve ser praticada na vida e deve ser a vida praticada. A oração não está divorciada de toda a completude da existência humana (vs. 1-8). Somos vagarosos quanto à prática da oração por isso somos exortados a orar.

Os exercícios religiosos que o apóstolo aqui ordena mantêm e fortalecem em nós o culto sincero e o temor de Deus, bem como nutrem a consciência íntegra de que falamos anteriormente. O termo, portanto, é então perfeitamente apropriado, visto que essas exortações se deduzem naturalmente do encargo que ele pusera sobre Timóteo.

 “antes de tudo…” 

Esta expressão, quer nos indicar que como redimidos, pessoas alcançadas pelo evangelho, não podemos levar uma vida a parte de Deus, ou seja, devemos levar tudo a Deus em oração, pois isto, quer dizer que estamos agindo em conformidade com o ensinamento de Jesus Cristo quanto ao reino, que deve ser buscado em primeiro lugar, acima de qualquer um de nossos próprios interesses. Sem Jesus Cristo nada podemos fazer, “antes de tudo” significa que nossas vidas estão em comunhão com Deus, mediante Jesus Cristo, seu Filho e venha o que vier, o reino de Deus tem o melhor lugar em nossas vidas e existências. A oração deve ser a prática diária da devoção cristã, no culto a Deus.

Como Paulo enfoca a questão da oração?

Primeiramente, ele trata da oração pública e de sua regulamentação, a saber: que ela deve ser feita não só em favor dos crentes, mas em favor de todo o gênero humano. É possível que alguém argumente: “Por que devemos preocupar-nos com o bem-estar dos incrédulos, já que não mantêm nenhuma relação conosco? Não é suficiente que nós, que somos irmãos, oremos uns pelos outros e encomendemos a Deus toda a Igreja?” Paulo se põe contra essa perversa perspectiva, e diz aos efésios que incluíssem em suas orações todos os homens, e não as restringissem somente ao corpo da Igreja.

Proseucai (Proseuche) é o termo grego geral para todo e qualquer tipo de oração; e (deeseis) denota essas formas de oração nas quais se faz alguma solicitação específica. Portanto, essas duas palavras se relacionam como o gênero e a espécie. (Enteuxeois) é o termo usual de Paulo para as orações que oferecemos em favor uns dos outros, e o termo usado em latim é intercessiones, intercessões. Platão, contudo, em seu segundo diálogo intitulado, Albibíades, usa a palavra de forma diferenciada para denotar uma petição definida, expressa por uma pessoa em seu próprio favor.

“…exorto que se use a prática de súplicas,(deprecações) orações e intercessões, ações de graças por todos os homens…” Esta é uma grande verdade a ser reafirmada por cada crente em Jesus Cristo. A oração é uma prática vital na vida dos verdadeiros adoradores que adoram o Pai em espírito e em verdade. Não se pode pensar a vida com Deus sem a prática da oração, pois este é o meio pelo qual ele providenciou para que nos comuniquemos com este Deus que se revela e fala com o homem. É o nosso contato pessoal com a Trindade.

Súplicas

A oração como súplica, não é a oração do almoço, “curta e breve”, esta é a oração do gemer da alma diante de Deus, é a oração do Getsêmani, onde o crente está na prensa de azeite perante o Senhor. Nesta oração, a alma convulsiona-se em dores pelo pecado, pelo sofrer que a tentação provoca, em apertos por causa da doença, da escassez, até mesmo pela própria consciência privada da presença de Deus. É uma oração da qual não se tem pressa de sair até que Deus atenda o suplicante. Esta foi a oração de Ana, Davi (Sl 51), de Cristo no Getsêmani.

Intercessões

São orações onde nos colocamos na brecha por uma vida, e ali diante de Deus você clama e se doe por aquele vida. Isso também retrata o próprio amor de Cristo por nós pecadores, ele se colocou na brecha por nós e por isso é nosso mediador.

Ações de graças: são orações de agradecimento a Deus. Muitas vezes chegamos diante de Deus só para pedir, mas aqui Paulo lembra a importância de ser grato a Deus por todas as coisas.

Ações de graças

Sobre o significado de ações de graças não há nada de obscuro, pois ele não só nos incita a orar a Deus pela salvação dos incrédulos, mas também a render graças por sua prosperidade e bem-estar. A portentosa benevolência que Deus nos demonstra dia a dia, ao fazer “seu sol nascer sobre bons e maus”, é digna de todo o nosso louvor; e o amor devido ao nosso próximo deve estender-se aos que dele são indignos.

A oração como ações de graça não se limita ao “muito obrigado pelo pão de cada dia”, por isso e por aquilo, mas é a oração, na qual, o filho de Deus se faz grato ao Senhor por quem Ele é, não pelo que ele pode conceder para a manutenção da existência humana, quer física, quer espiritual.

“por todos os homens”. O termo “todos” aparece quatro vezes entre os versículos 1-6, o qual demonstra tanto a extensão das orações como do amor de Deus.

Essas orações devem ser feitas por todos os homens e por reis (o que hoje seriam presidentes e governantes também) e todos que exercem algum tipo de autoridade. Essas orações serão bem recebidas por Deus em nosso favor, e nos ajudará a ter uma vida mais tranquila, com piedade e respeito.

Todos os magistrados daquele tempo eram ajuramentados inimigos de Cristo, de modo que se poderia concluir que eles não deviam orar em favor de pessoas que viviam devotando toda a sua energia e riquezas em oposição ao reino de Cristo, enquanto que, para os cristãos, a extensão desse reino, e de todas as coisas, é a mais desejável. O apóstolo resolve essa dificuldade e expressamente ordena que orações sejam oferecidas em favor deles.

A SALVAÇÃO DE TODOS

“Porque isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador, Que quer  que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade.” (v.3,4). Nestes versos, podemos ver que Deus deseja salvar pecadores. “…o qual deseja que todos os homens sejam salvos…”. 

Isto é agraça, inaudita, imensurável, inexplicável graça pela qual os pecadores são salvos, redimidos, reconciliados com Deus por Cristo Jesus, o salvador. Este é um argumento que parte de um efeito observado em direção à sua causa. Pois se “o evangelho é o poder de Deus par a salvação 
de todo aquele que crê [Romanos 1:16], então é justo que todos aqueles a quem o evangelho é proclamado sejam convidados a nutrir a esperança da vida eterna.

A MANEIRA DE SE VESTIR DAS MULHERES CRISTÃS

I Timóteo 2.9 e 10 –“Quero que as mulheres se vistam de maneira decente, com simplicidade e bom senso...”. Nestes versos que seguem, Paulo instrui Timóteo quanto ao proceder e comportamento da mulher, no culto e na vida. Quanto ao vestuário o apóstolo ensina a modéstia, a simplicidade e o bom senso, no entanto, estas instruções dizem respeito ao combate da sensualidade e da exposição da mulher nas matérias de sexualidade, ou seja, o comportamento da mulher, tal como seu falar, proceder devem estar resguardados de qualquer cunho sensual e que venha enveredar-se pela sexualidade pagã.

As mulheres também devem refletir a santidade em suas vidas. A mulher não deve chamar atenção para si com a sua aparência física, mas pelas suas boas obras deve mostrar a sua piedade (2:9-10; veja 1 Pedro 3:1-6).

Acerca das mulheres cristãs

Como cristãos, nosso comportamento define o tom de como os outros nos veem e dão valor a nossa fé. Sendo modesto em nossa aparência é tão grande testemunha para aqueles que nos rodeiam como as nossas ações e as nossas palavras.

O principal desejo da mulher cristã não é colocar seu corpo em exposição, mas para refletir seus valores cristãos. Sua aparência e vestido não deveria dizer: “Olhe para mim, me admirem”, mas sim, “Cristo vive em mim e me mudou de dentro para fora”. Se essa mudança ocorreu, então não há necessidade de chamar a atenção imprópria à aparência externa.

Praticamente todos nós somos influenciados pelas aparências, mas precisamos manter a aparência em perspectiva.

As mulheres cristãs de qualquer idade precisam pensar em como elas se vestem e da maneira que elas interagem com aqueles que as rodeiam, especialmente com os homens.

Os homens são estimulados pela visão. É por isso que Jesus disse aos homens do Seu tempo, “Eu, porém, vos digo que todo aquele que olhar para uma mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela.” (Mateus 5:28).

Será que Paulo estava sendo muito durão com as mulheres?

Pode parecer que Paulo esta sendo preconceituoso em relação as mulheres, mas não é verdade, pois em algumas passagens bíblicas o próprio Paulo aconselha as mulheres a ensinarem a outras mulheres, e Paulo também foi grande amigo de Priscila,que trabalhou com seu marido ajudando Paulo a divulgar o evangelho de Cristo (Tito 2.3-5; Atos 18.26).

Porém se analisarmos estas duas passagens de Tito e Atos, em Tito as mulheres estavam sendo aconselhadas a ensinarem jovens mulheres casadas e em Atos, Priscila ajudou, auxiliou, seu marido Áquila a ensinar sobre o caminho (Jesus Cristo), para um homem que pregava a palavra com ousadia, porém lhe faltava o verdadeiro conhecimento da fé em Cristo Jesus Salvador.

A lei do silencio feminino.

“A mulher aprenda em silêncio com toda a sujeição. Pois não permito que a mulher ensine, nem tenha domínio sobre o homem, mas que esteja em silêncio. Porque primeiro foi formado Adão, depois Eva. E Adão não foi enganado, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão; salvar-se-á, todavia, dando à luz filhos, se permanecer com sobriedade na fé, no amor e na santificação.” (1 Timóteo 2:11-15).

Muitos entendem que o conteúdo deste texto deve ser entendido à luz de um contexto sócio cultural e religioso muito particular. Outros veem neste texto uma orientação universal de Paulo, no âmbito da igreja, aplicável a todas as mulheres, de todos os tempos e de todos os lugares.

O que Paulo tinha em mente quando escreveu estas palavras? Quais eram as preocupações? Em que contexto foi escrito? Como é que este texto se integra no restante ensino bíblico acerca do mesmo tema?

A realidade da cidade de Éfeso – Onde Timóteo pastoreava.

Sabemos que, em Éfeso, cidade onde Timóteo se encontrava, havia mulheres sacerdotisas que lideravam rituais idólatras impregnados de imoralidade sexual, dos quais, o culto à deusa Artemis era o mais predominante. Não é difícil imaginar que falsos ensinos procedentes destes cultos pagãos tenham sido introduzidos na igreja, pelo que Paulo fez questão de estabelecer princípios que distinguissem claramente o procedimento das mulheres crentes do das anteriores. Este era, portanto, um problema muito concreto daquela igreja, naquele contexto cultural e religioso. 

“A mulher aprenda em silêncio com toda a sujeição”. V. 11

A palavra traduzida como “silêncio”, não significa silêncio absoluto. Trata-se de um termo que implica tranquilidade e calma. Ou seja, sem alvoroço, sem desordem. Também noutro texto, Paulo faz eco da preocupação com a ordem e tranquilidade na igreja quando, diz: “faça-se tudo decentemente e com ordem”, sendo que esta exortação se aplicava, sem qualquer dúvida, tanto a homens como a mulheres (1 Coríntios 14:40). Portanto, a referência direta às mulheres, neste texto, parece dar a entender que a perturbação da ordem e calma teria origem no comportamento de algumas mulheres da própria igreja.

Mulheres no Novo Testamento e no ministério de Jesus.

Em um comentário anterior, eu escrevi sobre as mulheres que ajudaram a Jesus, e vou repetir um parágrafo aqui. “Os homens dominam a história do cristianismo. Passando pelos 12 apóstolos, que não incluíam uma mulher sequer, e culminando com Jesus, Filho e não filha. 

Curiosamente, porém, são as mulheres que não só participaram como protagonizaram boa parte dos momentos cruciais da vida de Cristo. Da concepção à crucificação, enquanto homens traíam ou fingiam não conhecer o Messias, elas não se acovardaram diante das dificuldades. 

Mas quem são essas mulheres e por que elas são importantes?

Como exemplo, pode ser citado At. 16:14, que trata da primeira conversão ao Evangelho ocorrida na Europa: “Certa mulher, chamada Lídia, vendedora de púrpura da cidade de Tiatira, e que servia a Deus, nos ouvia, e o Senhor lhe abriu o coração para que estivesse atenta ao que Paulo dizia”. Lídia e sua família foram grandes colaboradores de Paulo no ensino e na pregação da palavra.

Versículo 12: “Pois não permito que a mulher ensine, nem tenha domínio sobre o homem, mas que esteja em silêncio”.

Alguns estudiosos da Bíblia defendem que Paulo não está a falar de duas ações distintas –ensinar e exercer autoridade – mas a referir-se ao ensino como sendo um exercício de autoridade. Embora esta linha de interpretação seja a menos comum no tipo de construção gramatical que consta neste versículo, creem que, se não se interpretar dessa forma e considerarmos as duas ações de forma separada, como absolutos, surgirão dificuldades de coerência com o restante registo bíblico, nomeadamente no que respeita à possibilidade das mulheres ensinarem (David P. Kuske).

No entanto, se considerarmos que Paulo está referindo-se a duas ações diferentes, proibindo ambas, no âmbito circunscrito daquela igreja, naquela época e cultura, não é levantada qualquer dificuldade de coerência com o restante ensino bíblico. Quando, por outro lado, se pretende atribuir um caráter universal a estas proibições, aí sim, sente-se a necessidade de forçar a interpretação de que Paulo está falando sobre exercer autoridade através do ensino. O que, na minha opinião, também não faz jus aos demais registros bíblicos relativo à função do ensino e até mesmo da liderança.

A mulher na dispensação da graça

Foi Cristo quem restituiu à mulher a dignidade humana que lhe fora tirada, o direito de ter exigências espirituais. A partir dele, o lugar da mulher não se limitou mais ao lar doméstico. 

Por isso, no grupo dos seus seguidores mais íntimos vemos muitas mulheres, principalmente galiléias.

Prof. Pr. Adaylton de Almeida Conceição – (Th.B.Th.M.Th.D.)

Facebook: Adayl Manancial

BIBLIOGRAFIA

Adaylton de Almeida Conceição – Em Mulheres que ajudaram a Jesus
Davi Coelho – Estudo em 1 Timóteo.
João Calvino – 1 Timóteo capitulo 2
Ruben Couto – Consagração das mulheres ao pastorado

LIÇÃO - 3 ORAÇÃO E RECOMENDAÇÃO AS MULHERES CRISTÃS

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quinta-feira, 9 de julho de 2015

LIÇÃO - 2 O EVANGELHO DA GRAÇA

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O EVANGELHO DA GRAÇA

Texto Áureo “(...) contanto que cumpra com alegria a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus.” (At 20.24)

Verdade Prática = O evangelho da graça de Deus é por excelência o evangelho da libertação do homem através do sacrifício salvífico de Jesus Cristo.

LEITURA BIBLICA = I TIMOTEO 1: 3-10

INTRODUÇÃO

Os ministros necessitam de mais graça do que outros, para realizar seu dever com fidelidade; e precisam de mais misericórdia do que outros, para perdoar o que está errado neles. E se, Timóteo, um ministro tão notável, necessitava da misericórdia de Deus, e precisava crescer e prosseguir nela, quanto mais nós, ministros, precisamos dela nesses tempos em que temos tão pouco do seu espírito excelente!

AS FALSAS DOUTRINAS CORROMPEM O EVANGELHO DA GRAÇA

Paulo diz a Timóteo qual era sua finalidade ao- nomeá-lo para esse ofício: te roguei que ficasses em Efeso. Timóteo, que tinha em mente ir com Paulo, estava relutante em sair debaixo das asas dele, mas Paulo queria que fosse assim porque era necessário para o serviço público: Te roguei, diz ele. Embora pudesse advogar autoridade sobre ele para mandá-lo, foi, na verdade, por amor que escolheu pedir a ele. A tarefa dele eracuidar para firmar os ministros e o povo daquela igreja:

Adverte-os para que não ensinem outra doutrina além da que receberam, e nada acrescentem à doutrina cristã com o pretexto de melhorá-la, ou de corrigir os defeitos dela. Não permita que a alterem, mas sejam fiéis a ela da forma como foi entregue a eles.
Observe: Os ministros não devem apenas ser exortados a pregar a verdadeira doutrina do evangelho, mas também a não pregar nenhuma outra doutrina. Ainda que um anjo do céu vos anuncie outro evangelho, seja anátema (Gl 1.8).

Nos tempos dos apóstolos havia pessoas que procuravam corromper o cristianismo (nós não somos, como muitos, falsificadores da palavra de Deus, 2 Co 2.17), caso contrário essa exortação a Timóteo não precisava ser feita. Ele não somente precisava cuidar para não pregar uma outra doutrina, mas ele deve exortar os outros para que não acrescentem coisa alguma ao evangelho, ou tirem algum detalhe dele, mas que o preguem de maneira pura e incorrupta. 

Ele também deve se empenhar em prevenir que não se ocupem com fábulas ou genealogias intermináveis e competição de palavras. Esse aspecto é repetido com freqüência nessas duas epístolas (como cap. 4.7; 6.4; 2Tm 2.23), bem como na epístola de Tito.

No meio dos judeus havia alguns que introduziam o judaísmo no cristianismo; e no meio dos gentios havia aqueles que introduziam o paganismo no cristianismo. “Guarde-se desses”, ele diz, “esteja atento em relação a eles, ou eles acabarão corrompendo e destruindo a religião no meio de vocês, porque mais produzem questões do que edificação”.

Aquilo que produz questões não visa à edificação; aquilo que dá oportunidade para discussões dúbias enfraquece a igreja em vez de edificá-la. E, creio, por analogia, que tudo o mais que produz questões em vez da edificação divina deveria ser repudiado e desprezado por nós, para que haja uma sucessão ou herança contínua no ministério dos apóstolos até os nossos dias, a absoluta necessidade da ordenação episcopal e da intenção do ministro na eficácia e validade dos sacramentos que ele ministra.

A Tarefa de Timóteo (1.3,4)

A responsabilidade imediata de Timóteo era esta: Para advertires a alguns que não ensinem outra doutrina (3). O apóstolo não nos informa a quem ele se referia quando emitiu esta ordem; Timóteo provavelmente já sabia muito bem quem eram os envolvidos.

Paulo usa termos vagos para descrever a natureza destas heresias: Fábulas ou-.. genealogias intermináveis, que mais produzem questões do que edificação de Deus, que consiste na fé (4).

Mesmo que seja impossível concluir com plena certeza quais eram estes ensinos que o apóstolo percebia que estavam minando a fé dos cristãos efésios, não é forçar a interpretação sugerir que se tratava de um começo de gnosticismo. A heresia conhecida por gnosticismo, que no século II se tornou ameaça séria à integridade do ensino cristão, tinha raízes judaicas e gentias. Houve três fases sucessivas da influência judaica na igreja primitiva (ver Introdução). A segunda era a fase judaizante que Paulo combateu com tanta eficácia na Epístola aos Gálatas. E sobre a terceira fase, em que havia “revelações fingidas sobre nomes e genealogias de anjos”, que o apóstolo procura avisar Timóteo na passagem sob análise.

A falácia básica do gnosticismo era o posicionamento de um dualismo fundamental entre o espírito e a matéria, entre o bem e o mal. Reconhecidamente, Deus era bom, mas o mundo era essencialmente mau. 

Diante disso, como explicar que o bom Deus criou um mundo mau? Isto era realizado pelo conceito de um demiurgo — uma espécie de “semideus” suficientemente afastado do Deus santo a ponto de este não ser responsabilizado pela criação do mundo mau. Entendemos prontamente o fato de Paulo caracterizar essas especulações por fábulas (ou “mitos intermináveis”, NEB; cf. CH, NVT), e por que havia genealogias intermináveis. Esta última expressão refere-se à importância que o judaísmo dá a genealogias.

O Amor Fraternal tem de ser Preservado (1.5-7)

Outro fator, igual em seriedade ao primeiro, era este: estes ensinos tolerados na igreja não poderiam deixar de destruir o espírito do amor cristão, o qual é certeiro em identificar o grupo dos remidos. Ora, o fim do mandamento é a caridade (“o amor”, ACF, AEC, BAB, NVI) de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fénão fingida (5). Esta não é a primeira vez que Paulo ressalta que o amor é a essência da vida e experiência cristã. Ao longo dos seus escritos, mas particularmente em Romanos 13.8-10, o amor é para o apóstolo um resumo da totalidade da religião. Este é o seu desafio para os cristãos: “A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros” (Rm 13.8).

A FUNÇÃO DA LEI NA VIDA CRISTÃ, 1.8-11

Aqui em Éfeso, desviando-se alguns, se entregaram a vãs contendas (6; “a um deserto de palavras”, NEB). Eles desejavam ser doutores da lei (7; “mestres da lei”, ACF, AEC, BAR, CH, NTLH, NVI, RA), mas eram totalmente ignorantes de sua interpretação cristã. A atmosfera essencial de amor não sobrevive por muito tempo em tal situação.

O apóstolo está transportando sua acusação do gnosticismo incipiente, que tinha aparecido em Efeso, para esta avaliação adicional da função da lei. E verdade que os deturpadores do caminho cristão contra quem ele está advertindo desejam ser mestres da lei — lei cujo significado eles torcem para servir aos seus propósitos nocivos. Não temos justificativa em repudiar a lei, porque uns poucos não a usam legitimamente (8). Paulo, que na controvérsia da “lei versus graça” tomou indiscutivelmente o lado da graça, deixou claro que há uma função válida e permanente a ser exercida pela lei, sobretudo a lei moral exarada nos Dez Mandamentos, Nos versículos 9 e 10, há uma referência consciente e óbvia à denominada “segunda tábua” do Decálogo (cf. Ex 20.12-17).

O que devemos entender pelas palavras: Alei não é feita para o justo (9)? Lógico que não significa que o justo não é mais susceptível à lei moral que o Decálogo enuncia de forma tão clara e perene.
Crer de outra maneira seria entregar-se ao antinomianismo. Essa lei foi nossa “professora” para levar-nos a Cristo. Mas conhecer Cristo como Salvador e Senhor é ter essa lei inscrita em nosso coração. Falando dos dias do novo concerto, Jeremias profetizou: “Mas este é o concerto que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o SENHOR: porei a minha lei no seu interior e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo” (Jr 31.33).

Mas para os injustos e obstinados, para os ímpios e pecadores (9) e para todos os outros transgressores na lista de malfeitores do apóstolo, a lei profere estrondosamente o seu “não”. Na descrição de Phillips, os profanos e irreligiosos são os “que não têm escrúpulos nem reverência” (CH).

Para estes e todos os outros que basicamente carecem de integridade moral, a lei pronuncia sua terrível palavra de julgamento. Este é o julgamento que o apóstolo indica claramente que aguarda os que desejam ser mestre da lei, mas que são tão estranhos à sua mensagem essencial que não entendem “nem o que dizem nem o que afirmam” (7).

Esta nota de julgamento do pecado, que W. M. Clow denomina “o lado escuro da face de Deus”, é o elemento negativo, mas fundamental, no evangelho da glória do Deus bem-aventurado (11). E cremos que este evangelho foi entregue a Paulo, em sua geração, e a nós, na nossa.

E difícil imaginar uma mensagem mais espantosa que este evangelho glorioso. Esta tradução mostra indistintamente o significado desse evangelho: “O evangelho que fala da glória de Deus em sua felicidade eterna” (11, NEB).

Era habitual nas cartas dos tempos antigos colocar, imediatamente depois da saudação, expressões de preocupação pelo bem-estar do destinatário. Em geral, Paulo segue esta convenção, embora por alguma razão, dentre as três Epístolas Pastorais só aqui ele o fez: Dou graças a Deus, a quem, desde os meus antepassados, sirvo com uma consciência pura, porque sem cessar faço memória de ti nas minhas orações, noite e dia (3).

O apóstolo está falando de seu histórico até certo ponto totalmente diferente do que escreveu na primeira carta. Lá (1Tm 1.13), ele diz que outrora era “blasfemo, e perseguidor, e opressor”, ao passo que aqui ele fala em servir ao Deus dos seus antepassados com uma consciência boa. Estas duas atitudes não são mutuamente excludentes. Na primeira carta, ele estava pensando em sua oposição a Cristo, a quem, até que os seus olhos se abriram, ele considerava impostor.


Nesta carta, ele admite que houve em sua vida certa continuidade entre judaísmo e cristianismo. Ainda que reconhecesse as fraquezas inerentes ao judaísmo sem o seu cumprimento em Cristo, ele nunca deixou de apreciar os valores permanentes de sua herança. Esta verdade se mostra claramente em Romanos 9.3-5 e novamente em Filipenses 3.4-8.

O apóstolo nos dá quase que casualmente um vislumbre da intensidade e continuidade de sua vida de oração. Timóteo é levado ao trono da graça noite e dia (3). Paulo declara o mesmo fato concernente às suas igrejas e companheiros no evangelho. Como é ampla a solidariedade e como é grande a preocupação de alguém que tinha responsabilidade tão constante! Chegamos a pensar que entre as pressões da vida prisional ele tenha querido dar uma pausa nessa tremenda responsabilidade. Contudo, sua responsabilidade pela obra de Deus é ainda maior que antes, agora que a voz pregadora fora silenciada.

A GRAÇA SUPERABUNDOU COM A FÉ E O AMOR

Paulo, em suas pregações e escritos, não se acanha de usar as próprias experiências como exemplos, e fala das próprias frustrações, batalhas e fracassos interiores. Ele não denigre sua própria sinceridade e integridade(2 Coríntios 1:23; Romanos 9:1, 2), mas também não as exalça indevidamente. “Porque pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo, além do que convém, antes, pense com moderação segundo a medida da fé que Deus repartiu a cada um” (Romanos 12:3).

Paulo estava plenamente cônscio de suas próprias falhas e deficiências, visto que seu padrão era a maturidade segundo a “estatura da plenitude de Cristo” (Efésios 4:1 3). Ele confessou suas próprias limitações: “Não que eu o tenha já recebido, ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus” (Filipenses 3:12). Em vez de desanimá-lo de mais esforço moral, o reconhecimento de suas próprias deficiências levava-o a avançar “para as [coisas] que diante de mim estão”Seus ditos refletem sua auto-imagem.

“Não havia falta de confiança com Deus no concernente a Paulo. A fé na palavra de Deus, que Paulo exibiu nos altos mares, era típica da confiança que ele tinha em Deus de fazer tudo quanto prometia. “Pois eu confio em Deus, que sucederá do modo por que me foi dito” (Atos 27:25). Uma das importantes funções do guia espiritual é comunicar aos que o seguem a fé e visão que ele próprio possui. Paulo era, acima de tudo, um homem de fé. Sua confiança em Cristo era absoluta, e aonde quer que fosse, deixava pessoas cuja fé havia sido reavivada e renovada.

Em suas cartas ele tinha muito que dizer acerca da fé que revelam seus próprios discernimentos. Ele via a fé como o princípio da vida diária do cristão. “Andamos por fé, e não pelo que vemos” (2 Coríntios 5:7). Um desejo ardente de sinais exteriores ou milagres ou de sentimentos interiores para amparar a fé era, para ele, marca de imaturidade espiritual. A fé se ocupa com o invisível e espiritual. A vista está interessada no tangível e visível. A vista concede realidade somente às coisas presentes e visíveis. “A fé é a certeza de coisas que se esperam a convicção de fatos que se não vêem” (Hebreus11:1).

Fé é confiança, esperança, crença, e trata diretamente com Deus. “De fato, sem fé é impossível agradar a Deus” (HebreuS 1 1:6). A fé que Paulo tinha em Deus era como a de uma criança, confiança sem esforço que nunca foi traída. Com tal Deus conforme as Escrituras revelavam, ele se sentia muito à vontade tanto no reino do impossível como no do possível. Seu Deus não conhecia limitações, e, portanto era digno de confiança ilimitada.

Humildade

O currículo dos cursos de liderança do mundo, nos quais se avolumam a preeminência, a publicidade e autopromoção, não inclui a humildade. Falando a... discípulos, Jesus disse: “Quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva” (Marcos 10:43) . Quanto a este assunto, Paulo seguia de perto pegadas de seu Senhor. “Paulo nada tinha de obstinação que é a peremptoriedade exclusiva do homem consciente de sua própria grandeza.” Ele viveu na humildade de um grande arrependimento. Embora não insistisse nesse ponto de maneira mórbida, ele nunca se esqueceu de que fora implacável na perseguição à igreja de Deus; e quando seus inimigos disseram que ele não merecia viver, não discutiu tal avaliação. Um sentido sempre presente de dívida levava-o a fazer uma humilde estimativa de si próprio. Não desejava ter reputação mais elevada do que merecia. “Pois se eu vier a gloriar-me não serei néscio, porque direi a verdade; mas abstenho-me para que ninguém se preocupe comigo mais do que em mim vê ou de mim ouve” (2 Coríntios 12:6).

Ele admoestou os cristãos colossenses a que se acautelassem de uma humildade autoconsciente, ascética, que na realidade é a mais sutil forma de orgulho. “Ninguém se faça árbitro contra vós outros, pretextando humildade e culto dos anjos... e não retendo a Cabeça. . .“ (Colossenses 2:18, 19).

A humildade de Paulo era uma característica progressiva, que se aprofundava com o passar dos anos. Porque eu sou o menor dos apóstolos, que mesmo não sou digno de ser chamado apóstolo (1 Coríntios 15:9).
A mim, o menor de todos os santos, me foi dada esta graça de pregar aos gentios o evangelho das insondáveis riquezas de Cristo (Efésios 3:8).Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal (1 Timóteo 1:15)

UM CONVITE A COMBATER O BOM COMBATE

A fé na Palavra de Deus deve ser a nossa única luta.
Por isto Timóteo foi encarregado de corrigir todas as distorções doutrinárias da Palavra de Deus (vs 18). Afinal, toda a Palavra de Deus é fidelíssima e digna de total aceitação (vs 15) por ser a receita da verdadeira felicidade (vs 11). Porém, a fé nas escrituras não é algo que simplesmente devemos pregar. Antes, é aquilo pelo qual devemos lutar, ou seja, nos dedicarmos inteiramente, sem distrações.

Contudo, tal luta não pode ser travada de qualquer jeito. O combate a ser travado deve ser (vs 18 e 19):

1. Bom -> buscando na virtude e na Palavra de Deus a solução de todas as demandas;
2. Conforme aquilo que Deus falou conosco -> não é para servirmos a Deus do nosso jeito, mas do jeito Dele e conforme aquilo que Ele designou para nós;
3. Conservante da fé -> a nossa confiança em Deus deve ser mantida, a ponto de jamais querermos usar de violência (usarmos nossa força e capacidade) para resolvermos as pendências. Antes, como crianças recém-nascidas (Mc 10.14,15; 1Pe 2.2), devemos desejar a manifestação sobrenatural do Pai;

4. Conservador da boa consciência -> ou seja, o importante não é apenas o que fazemos, mas aquilo que está sendo implantado no coração de cada pessoa, incluindo o nosso. De que adianta ajudar muitas pessoas, se isto trouxer dano e dor a outros (ver Mt 18.6-9; Rm 14.22; 1Co 10.29-32).

Quem rejeita tais coisas acaba naufragando (perdendo-se) na fé (vs 19). Ou seja, a pessoa continua tendo fé em Jesus. Todavia, de modo completamente pervertido, confuso, desproposital, tal como se deu com:

1. Himeneu-> este se dedicou aos falatórios inúteis e profanos que produzem maior impiedade (2Tm 2.16-18), que corrói a alma como gangrena. Ele estava afirmando que a ressurreição já tinha acontecido, o qual fez com que a fé de alguns ficasse pervertida.

2. Alexandre-> É difícil saber se este Alexandre é o latoeiro (2Tm 4.14), filho de Simão, o cireneu (Mc 15.21), que quis falar ao povo de Éfeso em (At 19.33), mas que, por ter naufragado na fé, causou muitos males a Paulo (2Tm 4.14).

Admitindo que todos estes Alexandres são a mesma pessoa, podemos comprovar o que Jesus disse em (Mt 12.44,45).
           
Paulo os excluiu da comunhão da Igreja, o que deixou eles entregues a satanás (ver 1Co 5.3-5). Afinal, apenas esta detém as revelações espirituais. Fora da Igreja a pessoa fica na escuridão, alheias aos oráculos de Deus (1Jo 1.5; Rm 3.2; Hb 5.12; 1Pe 4.11). O objetivo era a destruição da carne a fim de que o espírito pudesse ser salvo no dia do Senhor Jesus (1Co 5.3-5) e eles parassem de blasfemar (vs 20).

A rejeição da fé e suas consequências. Aquele amor caracterizado em 1 Coríntios l 3 não é demonstrado pelo falso mestre. E claro que ninguém consegue chegar à plenitude do amor referido por Paulo naquele texto, mas o verdadeiro mestre se esforça em apresentá-lo.O falso mestre pode demonstrar amor de várias maneiras, mas não vai ser o amor verdadeiro, o amor cristão. A sua preocupação não está na decisão de amar, mas em influenciar as pessoas, com determinado objetivo que pode ser hipócrita.

1. Coração puro. Lembre-se de que coração para a cultura oriental não está relacionado estritamente ao sentimento, mas à vontade e aos desejos. Um falso mestre tem desejos impuros e sua vontade está em satisfazer a esses desejos.

2. Consciência boa. Ter consciência boa é reflexo de coração puro. Se temos desejos puros, se o Espírito Santo habita em nós (I Co 2: lo- 16), se buscamos experiência com Deus e conhecimento na Palavra (como vimos em Hb 5:11-14), teremos uma consciência boa.

3. Fé hipócrita. Quem tem coração impuro e consciência má écerto que terá uma fé hipócrita. Hipócrita era o ator do teatro grego (alguém que fingia seralgo que não era). Uma fé hipócrita é aquela que finge ser uma fé verdadeira, mas não é.

CONCLUSAO

Paulo lembra Timóteo do propósito do seu trabalho como evangelista em Éfeso: a correção do erro. "Certas pessoas" estavam deixando de ensinar a doutrina de Cristo em favor de "outra doutrina" e "fábulas e genealogias sem fim". Por causa destas coisas, alguns não estavam crescendo no "serviço de Deus", mas estavam se perdendo em discussões inúteis (1:3-4). Timóteo precisava exortar a igreja acerca de "amor... de coração puro, e de consciência boa, e de fé sem hipocrisia" (1:5). Onde não há amor pela verdade de Deus e pelas pessoas que precisam da salvação, a consciência se engana, e ao seguir e ensinar com fervor as doutrinas de homens, a fé e as obras se tornam vãs e hipócritas (1:6-7; veja 2 Tessalonicenses 2:9-12; 1 Timóteo 4:1-2; 2 Timóteo 4:1-4; Mateus 15:7-20).


Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus

Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS

BIBLIOGRAFFIA

Comentário Bíblico Mathew Henry
Paulo o Líder = J. OswafSanders Edição 1996
Comentário Bíblico Volume 09 -Beacon As Epistolas Pastorais
Guia do Professor = Desafios de Um Jovem Líder - Editora Cristã Evangélica


Retirado do Blog :  EV ISAIAS DE JESUS

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