segunda-feira, 24 de maio de 2010

ESPERANDO CONTRA ESPERANÇA

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ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL DA IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLÉIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 09 - DATA: 30/05/2010
TÍTULO: “ESPERANDO CONTRA A ESPERANÇA”
TEXTO ÁUREO – Jó 14:7
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Jr 30:7-11
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br
blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/


I - INTRODUÇÃO:

• Há um ditado popular que diz: “A ESPERANÇA É A ÚLTIMA QUE MORRE”. 

• Se analisarmos esta frase, veremos que estamos afirmando que a “ESPERANÇA MORRE”! ou seja, “MESMO QUE SEJA A ÚLTIMA COISA, A ESPERANÇA MORRE!”. 

• No entanto, há Um que é nossa única esperança para o nosso viver: O SENHOR JESUS CRISTO! Ele mesmo é a NOSSA VIVA ESPERANÇA!


II – SIGNIFICADOS DE “ESPERAR”, “ESPERANÇA” e “ANGÚSTIA DE JACÓ”:

• (1) - ESPERAR – Permanecer em prontidão e expectativa. Na Bíblia, a palavra “esperar” normalmente sugere a expectativa ansiosa, ainda que confiante, do povo de Deus para que o Senhor intervenha em seu favor. Portanto, esperar é o exercício da fé.

• (2) - ESPERANÇA - Expectativa confiável. Na Bíblia, a palavra "esperança" significa tanto o ato de esperar (Rm 4.18; I Co 9.10) quanto o que se espera (Cl 1.5; I Pe 1.3). Não é pensamento fantasioso, mas uma firme segurança em algo não visível e ainda futuro (Rm 8.24-25; Hb 11.1, 7).

• (3) - ANGÚSTIA DE JACÓ - Provação a que será submetida a descendência de Israel durante a Grande Tribulação. Angústia fala de um aperto sem referências, quer na história sagrada, quer na história secular do povo de Deus. É o sofrimento dos sofrimentos! A angústia de Jacó terá como clímax a conversão nacional de Israel (Zc 12.10). 

•  (3.1) - Uma das passagens bíblicas utilizadas para figurar a passagem de Israel pela Grande Tribulação é a de Daniel capítulo 3. Notemos bem:

• (A) - A fornalha de Nabucodonosor representa, em figura, a GRANDE TRIBULAÇÃO;    

•  (B) - Os três hebreus, figurativamente, representam ISRAEL; 

• (C) - Aqueles jovens não foram salvos da fornalha ardente, mas dentro dela, a qual é uma salvação ainda maior;

• (D) - Logo, Israel não será salvo da Grande Tribulação, mas, justamente, no período da mesma, "dentro" da mesma - Zc 12:7-14; 13:6.

•  Isto se cumprirá com a vinda de Jesus em glória, quando "todo o olho O verá, até mesmo os que o transpassaram", quando, então, o remanescente de Israel será salvo - Mt 26:64; Apc 1:7; Rm 9:27.  E, assim, será inaugurada a fase áurea do Reino de Deus na terra.


III - FÉ QUANDO NÃO HÁ ESPERANÇA:

• Leiamos At.27.21-25:

• Paulo, o prisioneiro, certamente não tinha beliche ao lado o comandante do navio, mas dormia com outros prisioneiros em lugar imundo no porão. Mas aí o anjo do Senhor esteve ao seu lado. 

• A miséria e a pobreza não nos separam de Deus. Jacó, dormindo sem cama e tendo por travesseiro uma pedra, teve visão de anjos - Gn 28:10-17

• O Senhor não somente apareceu a Paulo em Jerusalém, mas também, quando estava longe sobre o mar. NÃO PERCAMOS A ESPERANÇA, POIS NÃO HÁ PROCELA QUE EMBARACE AS COMUNICAÇÕES COM O CÉU. – Sl 65:5; 139:9-10.

• “MAS JÁ AGORA VOS ACONSELHO: BOM ÂNIMO” – Era esta a atuação de Paulo quando via pessoas desanimadas, amedrontadas e desesperançadas no meio da batalha da vida. 

• Este ministério de encorajamento é muito necessário na vida moderna com as tensões mentais e nervosas que ela traz. Magnífica também é a declaração: “POIS EU CONFIO EM DEUS, QUE SUCEDERÁ DO MODO POR QUE ME FOI DITO”. Sim, sem essa confiança não há paz, não há esperança.

• Há momentos na vida espiritual em que passamos por tempos sem sol, nem estrelas, ou seja, um período de trevas espirituais. As causas são várias: esgotamento físico, falta de fazer uso dos meios de graças, opressão por espíritos malignos, uma provação da nossa fé feita por Deus. Se estamos sendo atingidos por esse vento euro-aquilão, esse vento traiçoeiro, creiamos que ainda há solução para nossa vida: JESUS, NOSSA VIVA ESPERANÇA! 

• Ele é Deus e Senhor da vida e tem poder para acalmar qualquer tempestade; um Deus que tem a palavra final para dizer ao euro-aquilão, o vento contrário: “ACALMA-TE!”. Seja qual for a causa, podemos nos animar e saber que NOSSA VIVA ESPERANÇA faz com que o sol da espiritualidade volte a brilhar outra vez, fazendo reinar a bonança.


IV - JESUS, A ESPERANÇA PARA SUPRIR NOSSAS NECESSIDADES MATERIAIS:

• Leiamos Jo 21:1-11:

• "NAQUELA NOITE NADA APANHARAM" - Havia total desesperança: “Como ganharemos dinheiro, se não temos peixe para vender?”; “Como alimentaremos nossa família?” “O que teremos para comer dentro de casa?”...

• "SENDO JÁ MANHÃ, JESUS SE APRESENTOU NA PRAIA" – É nossa esperança de um novo dia em nossa vida quando Cristo, nossa Viva Esperança, se manifesta à nossa alma cansada (Sl 30:5).

• "OS DISCÍPULOS NÃO CONHECERAM" - A desesperança, a incredulidade, o pecado, a falta do Espírito, as perturbações e o desânimo impedem a nossa vista até de não reconhecermos a presença da nossa Viva Esperança quando vem nos auxiliar.

• "RESPONDERAM-LHE: NÃO" - Devemos lembrar que o barco estava longe da terra e que não era fácil responder com palavras. Mas vê-se em tudo isso que Deus quer de nós confissão honesta de nossos fracassos, da nossa desesperança.

• "LANÇAI A REDE À DIREITA DO BARCO" – Cristo aparece depois de perdermos a esperança, não para nos censurar, mas, sim, para nos dirigir.

• "É O SENHOR" - O primeiro a reconhecer a Jesus foi João, aquele que foi o primeiro a crer na Sua ressurreição (Jo 20:8). 

• A perspicácia, que fez o discípulo amado observar o que tinha acontecido quando olhou para dentro do túmulo vazio, fê-lo agora compreender quem era a "Pessoa" na praia. Foi nele que a percepção inconsciente primeiro veio à tona, achando expressão na exclamação: “PEDRO, É O SENHOR, NOSSA VIVA ESPERANÇA, QUE ESTÁ LÁ NA PRAIA”!

• "VIRAM ALI BRASAS, UM PEIXE POSTO EM CIMA E PÃO" - O mesmo Senhor que lhes lavara os pés, preparou-lhes esta refeição. 

• O amado Criador prepara para Seus discípulos, famintos, cansados e desesperançados uma mesa no deserto - Sl 78:19 - 

• Devemos nos lembrar que a comida que comemos hoje, foi preparada também por estas mesmas mãos com os sinais dos cravos e devemos dar graças. 


• Jesus ressuscitado é prático e não nos deixa sentir falta alguma, se andarmos com Ele. Ele é Salvador e Sustentador tanto do corpo como da alma. Ele é NOSSA VIVA ESPERANÇA!

• "VINDE JANTAI" - Os discípulos estavam ansiosos pelo alimento: viram na praia, brasas, um saboroso peixe em cima delas e pão. Abundante e gloriosa é a provisão que Ele tem para nós! E era seu amado Senhor quem os chamava (famintos e cansados), dizendo: "VINDE, COMEI, JANTAI, Ó AMIGOS! EU SOU SUA VIVA ESPERANÇA"!


V – QUANDO A ESPERANÇA MORRE:

• Leiamos Jo 5:1-9:

• Jesus tinha feito uma pergunta e o paralítico respondeu com outra. Ele havia perdido a esperança. E por que a perdeu? POR FALTA DE SOLIDARIEDADE HUMANA: “Não tenho ninguém...”

• Há muitos milagres esperando por solidariedade humana para acontecer. E a ausência desta é a mais incidente causa mortis da esperança.

• O pior é que quanto mais observamos a sociedade em que vivemos, mais e mais nos damos conta da escassez progressiva da solidariedade. 

• Porém, há uma solidariedade que nunca desaponta: A DIVINA.

• Disse o paralítico: “Não tenho ninguém...”

• Disse-lhe Jesus: “VOCÊ TEM A MIM! NÃO PRECISA AGUARDAR UM ANJO DESCER PARA AGITAR A ÁGUA DO TANQUE! EU SOU A ÁGUA VIVA! Estou passando por aqui, ouvindo o que ninguém mais ouve; notando aos que ninguém mais nota; socorrendo aos que ninguém mais socorre; gerando até mesmo solidariedade entre os homens. SOU SUA VIVA ESPERANÇA!”.


VI - CONSIDERAÇÕES FINAIS:

• Quando estivermos desesperançados, lembremo-nos de um pensamento muito incentivador: 

• “CADA DIA É UM NOVO COMEÇO, UMA NOVA ESPERANÇA PARA QUEM CRÊ EM DEUS, AQUELE QUE FAZ TUDO NOVO”. 

• Analisemos:

• “... sem Ele NADA...” – Jo 1:3.

• “... porque sem mim NADA...” – Jo 15:5.

• Disse Jesus aos discípulos: "Quando vos mandei sem bolsa, alforje ou sandálias, faltou-vos, porventura, alguma coisa? Eles responderam: NADA.” – Lc 22:35

• Por isso, encerremos este subsídio com adoração reverente ao Deus de providência, dizendo: 

• “Sem Ti, minha Viva Esperança...:

• (1) - ... NADA sou; mas Tu és tudo; 

• (2) - ... NADA sei; mas Tu sabes tudo; 

• (3) - ... NADA posso; mas Tu podes tudo”.

• “AGORA, POIS, SENHOR, QUE ESPERO EU? A MINHA ESPERANÇA ESTÁ EM TI” - Sl 39.7.

•  Amém.



FONTES DE CONSULTA:


Pethrus, Lewi – Eu Sei Em Quem Tenho Crido – CPAD


BEP – CPAD


Revista Essência – nº 4 – Ano 2 – Edições – Edições Kairós

Boyer, Orlando - A Espada Cortante Vol. 2 - CPAD

Cohen, Armando - Meditação Comparativa de Daniel e Apocalipse - Editora Sião


Andrade, Claudionor Correa de, Dicionário de Escatologia Bíblica - CPAD


Youngblood, Ronaldo F.; Bruce, F. F.; Harrison, R. K. – Dicionário Ilustrado da Bíblia – Vida Nova

ESPERANDO CONTRA ESPERANÇA

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Pb. José Roberto A. Barbosa

Objetivo: Mostrar aos crentes que aqueles que esperam nos Senhor terão suas forças renovadas, e, mesmo como uma árvore cortada, poderá, ao seu tempo, frutificar.

INTRODUÇÃO
O julgamento sobre Judá seria inevitável. Diante da calamidade, o profeta teria motivos para desesperar-se. Mas, conforme estudaremos na lição de hoje, ele adotou uma atitude de esperança. Nos dias atuais, veremos, nesta aula, que, do mesmo modo, temos fundamentos, em Cristo, para esperar um futuro promissor.

1. O DESESPERO JUDAICO
O capítulo 30 de Jeremias, de acordo com alguns estudiosos, destaca o período próximo ao exílio, por volta do ano 587 a. C. A calamidade já havia se instaurado sobre a nação e o povo havia perdido a esperança. O profeta que até então havia vaticinado o julgamento, passa, nesse momento, a mostrar que ainda há esperança. Ele destaca que o cativeiro servirá de lição para aqueles que se distanciaram do Senhor (Jr. 30.1-3). O tempo de angústia, na condição profética, nunca é o fim, mas um prelúdio para dias melhores que virão no futuro (Am. 5.19,20; Sf. 1.14-18). O Israel de hoje já começa a desfrutar das promessas que alcançarão sua plenitude durante o Milênio, no qual Cristo estará reinando com Sua igreja (Ap. 20.2-7). Por esse tempo, todas as profecias elencadas no Antigo Testamento, que dizem respeito a Israel, se cumprirão. Já temos atualmente um Estado de Israel, criado, maravilhosamente, em um só dia (Is. 66.8). No dia 14 de maio de 1948 a criação desse Estado foi proclamada. O povo judeu passou por muitos sofrimentos ao longo da sua história. Um dos mais marcantes foi o da perseguição durante o período da Segunda Guerra Mundial. Hitler exterminou mais de 6 milhões de judeus. Mas esse povo não foi esquecido de Deus, há promessas que se cumprirão no futuro (Rm. 11). Haverá o dia no qual eles reconhecerão que Jesus é o Rei dos reis e Senhor dos senhores, e, então, a redenção judaica será plena, essa é a esperança do povo judeu.

2. O DESESPERO HUMANO
O desespero, entretanto, não é uma especificidade dos judeus. A sociedade moderna está toldada por esse sentimento. As pessoas não sabem mais em quem ou em que esperar. Os sonhos da humanidade, de certo modo decorrentes do período pós-guerra, esmaeceram. As expectativas de progresso se dissiparam com a explosão das bombas atômicas da Guerra. O ser humano perdeu a esperança no próprio homem, e o mais triste, no próprio Deus. A voz do desespero humano pode muito bem ser ecoada a partir das reflexões do filósofo Nietzsche. Ele entendeu que estávamos diante de uma geração anticristã. Ele mesmo constatou a morte de Deus, isto é, que a humanidade não mais vivia a partir dos pressupostos cristãos. Testemunhamos, como resultado do desespero humano, a angústia e mais uma série de mazelas que acompanham a sociedade. Não há mais absolutos, por esse motivo, todos vivem a partir de um relativismo extremado. Cada um faz o que pensa e o que acha que é melhor para as suas vidas. Como Deus está “morto”, cada um tenta dar sentido à sua vida a partir da esfera material. Nunca o ser humano valorizou tanto o material em detrimento do espiritual. O dinheiro – Mamon – está entronizado no coração das pessoas. A depressão tornou-se uma mal recorrente que se alastra em todas as camadas sociais. A morte tornou-se um fim em si mesmo, a existência humana está reduzida ao corpo físico, que, neste contexto, se transformou em objeto de culto. A eternidade dura apenas enquanto o corpo consegue se manter saudável e com boa aparência. Alguns filósofos recentes retrataram com maestria essa condição, dentre eles destacamos Jean Paul Sartre e Albert Camus. Entre eles, um cristão, Soren Kierkegaard, lançou, no absurdo da fé, o escape contra o desespero.

3. A ESPERANÇA CRISTÃ
A esperança cristã, no entanto, não se fundamenta no absurdo, mas na confiança no Senhor (Mt. 12.21; Rm. 15.12). Seguindo a instrução de Paulo, nós, os cristãos, diferentemente da sociedade moderna, não devemos pôr nossa esperança na riqueza (I Tm. 6.17). Antes na ressurreição do Senhor Jesus, por meio do qual podemos enfrentar o futuro com confiança (Rm. 8.24,25; I Co. 15.19). Tal expectativa (Hb. 11.1) fundamenta-se em Deus (I Tm. 4.10) e no Senhor Jesus Cristo (I Pe. 1.13). A esperança do Cristo é a alegria da glória (Rm. 5.2), pois essa jamais nos desapontará (Rm. 5.5). A esperança cristã está direcionada para o futuro, para o que não se vê, pois quando já vemos, a esperança perde sua razão de ser (Rm. 8.24). A grande esperança da igreja é a volta de Cristo (Tt. 2.13), a ressurreição dos mortos (At. 23.6), a salvação eterna (Rm. 8.20,21; Gl. 5.5; Ef. 1.18; Tt. 1.2; 3.7). Quando isso acontecer, estaremos com o Senhor, a esperança da glória (Cl. 1.27; I Tm. 1.1). A esperança cristã está alicerçada nas Escrituras (Rm. 15.4), por meio do sacrifício de Jesus (I Pe. 1.3,21) e pela presença do Espírito Santo (Rm. 5.5). Deus requer, dos cristãos, que se revistam da esperança (I Ts. 5.8) e, ao mesmo tempo, que estejam prontos a partilhá-la com os outros (I Pe. 3.15).

CONCLUSÃO
Aqueles que se distanciam do Senhor, de fato, não têm motivos para ter esperança (Ef. 2.12). A igreja, porém, mesmo diante do desespero, tem fundamento para esperar. Isso porque antes de partir, disse Jesus aos seus discípulos: “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também” (Jô. 14.1-3). Eis o fundamento da esperança cristã.

BIBLIOGRAFIA
HARRISON, R. K. Jeremias e Lamentações. São Paulo: Vida Nova, 1980.
LONGMAN III, T. Jeremiah & Lamentations. Peabody, Mass: Hendrickson, 2008.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

COMBATE A EVASÃO DA EBD

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Entenda os motivos que podem estar influenciando o afastamento dos alunos da Escola Dominical

Recentemente participei do encerramento trimestral da ED na AD em Picos, cidade que fica há aproximadamente 350 quilômetros da capital do Estado do Piauí, Teresina. Tendo sido o comentarista das Lições Bíblicas do quarto trimestre de 2009, cuja temática se deu em torno de Davi, fui convidado para fazer o fechamento da revista naquele evento.
Pois bem, alguém já disse que a “primeira impressão é a que fica”. Isto para mim se tornou uma verdade incontestável quando pude ver a estrutura que aquela igreja tem em relação a Escola Dominical.
O evento ocorreu no Centro de Eventos da Assembleia de Deus (Ceade), um espaçoso ginásio coberto, que aquela igreja construiu para grandes eventos. Ali foi feita uma chamada nominal das mais de vinte congregações que formam aquela igreja, e o que se podia constatar facilmente era a presença em massa dos alunos. São mais de 1,2 mil alunos matriculados na ED e, pelo que pude observar, pelo menos, noventa por cento deles estavam ali naquela manhã. Algo que realmente me fez pensar. Por que aquela igreja, que fica em uma cidade de porte médio e no interior do Estado possui uma grande estrutura e outras que são até mesmo maiores não? Não estou aqui superestimando o trabalho daquela igreja, basta vermos que o Departamento de Escola Dominical dali já recebeu reconhecimento nacional em concurso promovido pela Casa Publicadora das Assembléias de Deus.  
Mais uma vez me pergunto: Por que eles possuem uma Escola Dominical que funciona e outras não? Acredito que há uma resposta para isso. Todavia é bom esclarecer que embora eu esteja convencido de saber a resposta para o sucesso daquela igreja, o processo educacional é muito complexo e não admite soluções simplistas. Até mesmo o êxito dos irmãos daquela igreja não foge a essa rega. Quando nos propomos a avaliar qualquer processo educacional, seja ele eficaz ou não, precisamos levar em contra um conjunto de fatores responsáveis pela sua construção. Isso tem a ver com a ideologia ou filosofia da educação do sistema de ensino adotado, bem como a estrutura física, além, é claro, dos atores mais importantes desse processo – o educando e o educador.

A eficácia do ensino da ED que se realiza eficazmente em qualquer igreja, obedece alguns princípios elementares. Aqui quero focalizá-los.  

1.    Filosofia da Educação

Nenhum sistema de ensino sobrevive sem um princípio filosófico que lhe dê sustentação. Por filosofia da educação me refiro ao embasamento teórico que dá sustentação a uma determinada ideologia ou cosmovisão. Isto não quer dizer que para uma igreja ter eficácia em sua missão educacional seu líder ou membros devam necessariamente serem filósofos ou algo parecido. Não! Quando falamos de uma filosofia da educação ou de qualquer outra ciência, seja ela empírica ou não, estamos nos referindo aos princípios que governam determinada disciplina ou ciência. Isto é muito importante porque determinará a forma como enxergamos o mundo a nossa volta. Na verdade, todo sistema possui sua ideologia ou forma de enxergar as coisas. Os comunistas, por exemplo, viam o mundo como matéria e essa forma de ver as coisas levou-os a negar a realidade do espírito e a formar uma sociedade de ateus. Por outro lado, muitas filosofias orientais atualmente fazem exatamente o oposto, negam a existência da matéria e afirmam somente a existência do espírito.
Passos para o sucesso da ED
A educação ocidental, da qual fazemos parte, tem sido dominada por dois paradigmas educacionais – o moderno, que nos modelou nos últimos três séculos, e o pós-moderno, que está procurando se firmar a partir dos anos setenta. O paradigma da modernidade, também conhecido como cientificista ou cartesiano, foi o responsável por uma educação mais técnica, mais racional e menos humanizada. Por outro lado, o modelo pós-moderno ou ainda holista, busca formar uma consciência sistêmica do mundo. A educação pós-moderna não está interessada apenas nas partes como os modernos queriam, mas sobretudo no todo.
É bom lembrar que nenhum modelo ou paradigma científico ou educacional é perfeito. Observo hoje que se tenta jogar pedra no modelo cartesiano, como se nada produzido pela modernidade prestasse mais, que ficou obsoleto e que, por isso, deve ser totalmente abandonado. Se fala hoje que um modelo de educação para ser eficaz precisa ser construtivista, interacionista, sociocultural e transcendente. Eu também acredito, mas como educador não posso aceitar como válidas todas as implicações geradas por essa cosmovisão. Explico. Quando se fala, por exemplo, numa educação construtivista, a ideia é aquela do aluno “fazendo sozinho”, isto é, ele mesmo vai construindo seus próprios valores. Isto se explica quando se sabe que nessa forma de enxergar o mundo não existe valores absolutos e que, por isso, ninguém tem o direito de impor sua verdade ou verdades a ninguém. O mesmo pode ser dito quanto se fala em uma educação sistêmica, que é ao mesmo tempo interacionista, sociocultural e transcendente. A ideia aqui é de um universo panteísta onde o homem se funde com a própria natureza e esta com Deus ou deuses. Tudo faz parte de um único todo, desaparecendo quase por completo a ideia de sujeito e objeto construído na modernidade. Isso, supostamente, estaria provado pela física quântica e pelo princípio da incerteza. Nada agora é absoluto e definitivo, tudo é relativo e depende de quem analisa os fenômenos.
Vamos filtrar o que eu disse e trazer isso para uma compreensão mais simples. Quando estive naquela igreja a qual já me referi anteriormente, pude ver que o pastor dela possui a cosmovisão correta da vida. Isso é mais verdade ainda em relação ao ensino cristão. Por acreditar que o crente necessita formar valores cristãos que são fundamentais na sua vida social e espiritual, ele investiu pesado no ensino teológico sistematizado através da ED. Se o pastor não gosta do ensino sistemático da Bíblia e não se envolve com ele, fatalmente a sua ED será um colapso. É necessário o engajamento do pastor na ED. É por isso que falei que necessitamos ter uma correta filosofia ou cosmovisão da educação. Um pastor que não se envolve com a ED, às vezes, nem mesmo assiste à Escola Dominical da sua igreja, revela não ter uma correta compreensão da importância do ensino cristão. O que é pior: isso se refletirá em toda a igreja que produzirá crentes com problema de crescimento espiritual ou com caráter deformado. Uma tragédia.
2.    O educando

Uma ED para ser eficaz evidentemente necessita possuir uma correta compreensão da importância do educando. Os modelos convencionais de educação colocavam como ator principal no processo educacional a figura do educador. O educando ou aluno era apenas o receptor do conhecimento ou conteúdo que eram despejados nele. Com o passar dos anos se verificou a anomalia desse processo. O educando passa agora a ser o ator principal da educação. Mas há uma coisa que devemos prestar bem atenção nesse pensamento. As teorias em voga hoje em dia que exaltam a figura do educando mais do que a do educador estão impregnadas de conceitos anticristãos. A ideia é que o homem é um ser produto da evolução das espécies, destituídos de valores espirituais e até mesmo morais. A sua vida será construída por ele mesmo e, por isso, o educador precisa ter muito cuidado para não interferir ou interferir o mínimo possível nesse processo. É aí que os princípios religiosos se tornam uma ameaça para esse modelo educacional. O homem deve ser educado tomando por base apenas fundamentos humanistas e quando quiser, se quiser, adotará valores espirituais que julgar necessário. É por isso que o ensino e símbolos religiosos estão sendo suprimidos do processo educacional.
Feita essa observação devemos, a bem da verdade, dizer que o aluno merece atenção especial. Quando observo que uma ED está agonizando, logo verifico que ali não se possui uma compreensão correta do papel do educando. O aluno é negligenciado ou esquecido. Isto pode ser visto na estrutura arquitetônica de nossas igrejas, que muitas vezes não possuem salas de aulas adequadas para os alunos. Em muitos casos porque não se acha isso importante. No outro lado, está a falta preparo adequado por parte dos professores.
3.    O educador
Antonio Vieira, famoso escritor do século 17, fez uma pergunta para em seguida responder. Após analisar a parábola do Semeador, Vieira conclui que a razão da semente não frutificar em determinados tipos de solos não foi culpa de Deus. De quem seria então a culpa? “Sendo pois certo de que a Palavra divina não deixa de frutificar por parte de Deus; segue-se que ou é por falta do pregador, ou por falta dos ouvintes. Por qual será? Os pregadores deitam a culpa aos ouvintes, mas não é assim. Se fora por parte dos ouvintes, não fizera a Palavra de Deus muito grande fruto, mas não fazer nenhum fruto, e nenhum efeito, não é por parte dos ouvintes. Provo. Os ouvintes ou são maus ou são bons: se são bons, faz neles grande fruto a Palavra de Deus; se são maus, ainda que não faça neles fruto, faz efeito (…) Supostas estas duas demonstrações; suposto que o fruto e efeitos da Palavra de Deus, não fica, nem por parte de Deus, nem por parte dos ouvintes, segue-se por conseqüência clara que fica por parte do pregador. E assim é. Sabeis, cristãos, porque não faz fruto a Palavra de Deus? Por culpa dos pregadores. Sabeis, pregadores, porque não faz fruto a Palavra de Deus? Por culpa nossa” (Antonio Vieira, Sermão da Sexagésima, Ed. Lelo & Irmãos, Porto, Portugal).
Se trocássemos a palavra “pregador” por “educador” ou ainda “pastor” dava no mesmo. Muitas escolas dominicais não funcionam por culpa dos pastores. Lógico que isso é uma exceção, mas é uma verdade. Se o pastor não acompanha a ED, como ele irá fazer uma correta avaliação das classes? Como ele saberá que professor necessita ser reciclado ou até mesmo substituído? Se o pastor acompanha de perto o desenvolvimento de sua ED, ele terá condições de por à frente do trabalho um superintendente de ED à altura. Já substitui colegas em igrejas, que mesmo sendo homens sem muita cultura, demonstravam um grande cuidado com a ED. O resultado era uma Escola Dominical bem assistida. Se o obreiro não demonstra essa interação com a igreja e a ED, então ele terá como freqüência na Escola Dominical apenas Pedro, Tiago e João.
José Gonçalves é pastor em Teresina (PI), escritor e comentaristas das Lições Bíblicas de jovens e alunos.
Recebemos na Redação o e-mail abaixo e resolvemos encomendar este artigo-resposta para ajudar nosso leitor
A Paz do Senhor!  
Olha, a freqüência dos irmãos e irmãs na Escola Dominical da minha cidade é do tipo “Pedro, Tiago e João”. Como é que poderemos fazer para mudar este quadro? Já fiz muitas coisas: usei novos métodos, didática, material visual, sonoros, dinâmicas… Visitei já os alunos (as), oro, é claro, fazemos sorteio de brindes, colocamos cartazes pela igreja e só dá “Pedro, Tiago e João”. E, de vez em quando, “Maria”. Convidamos os membros nos cultos do domingo à noite, que reúne aproximadamente 150 pessoas, a frequentar a Escola Dominical, entregamos os “10 motivos para freqüentar a ED”, enviamos cartas, convidamos uma vez por mês um professor do campo para variar um pouco… Mesmo assim, é “Pedro, Tiago e João” que freqüentam a ED. Por que? Por favor, me ajudem! 

Fonte: NewsLetter Ensino Dominical

terça-feira, 18 de maio de 2010

O PODER DA VERDADEIRA PROFECIA

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ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL DA IGREJA EVANGÉLICA
ASSEMBLÉIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 08 - DATA: 23/05/2010
TÍTULO: “O PODER DA VERDADEIRA PROFECIA”
TEXTO ÁUREO – Is 8:20
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Jr 28:5-12, 16-17
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br
blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/




I – INTRODUÇÃO:

• PROFETA - O que fala por Deus ou em lugar de Deus. É o porta-voz da divindade, cuja missão é preservar o conhecimento e a vontade do Único e Verdadeiro Deus em momentos de crise (Ex 7:1; Dt 18:15). Dirigia-se ao povo sempre se utilizando da expressão: “ASSIM DIZ O SENHOR” (Jr 20:7-9; 27:1; Ez 31:1; Os 1:1). 

• Disse Jesus: “Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores”- Mateus 7:15.

• Acautelar significa ficar de sobreaviso, prevenido para não ser pego de surpresa.

• Por isso, tenhamos cuidado com os falsos profetas “que vêm até vós vestidos como ovelhas”. Ou seja, eles adotam algumas táticas: 

• (1) - Não agem como lobos, mas fingem-se de ovelhas; 

• (2) - Não procuram matar, mas enfraquecem e dividem; 

• (3) - Não denunciam o pecado, mas falam o que o povo gosta e quer ouvir; 

• (4) - Não contrariam interesses; e 

• (5) - Com voz mansa, cheia de sabedoria carnal e diabólica, semeiam o joio, as heresias, corrompem os bons costumes e adulteram a Doutrina Bíblica.

• Por outro lado, também é certo que não devemos menosprezar as profecias, mas precisamos ter o cuidado de só aceitarmos as que tenham base na Palavra de Deus.

II – O PODER DA VERDADEIRA PROFECIA:

• PROFECIA – É a predição de acontecimentos futuros; revelação do conhecimento e da vontade de Deus (Gn 49:1; Nm 24:14).

II.1 – AÍAS PREDIZ A RUÍNA DA CASA DE JEROBOÃO:

• Leiamos I Rs 14:1-18:

• Jeroboão estava endurecido na desobediência a Deus e nem com a palavra do profeta, que o ameaçou com grandes calamidades, mudou de rumo. O filho que constava da ameaça do profeta adoeceu. Abias era o seu nome. 

• Então Jeroboão manda a sua mulher se disfarçar e consultar o profeta Aías. 

• “AÍAS JÁ NÃO PODIA VER, PORQUE OS SEUS OLHOS JÁ SE TINHAM ESCURECIDO, POR CAUSA DA SUA VELHICE” - O profeta, privado de sua vista por causa da extrema idade, mantinha, contudo, seus ouvidos em sintonia com a voz de Deus, pronto a receber as mensagens do céu.

• O profeta do Senhor estava velho e não enxergava, de modo que a mulher de Jeroboão bem poderia chegar sem ser descoberta.

• No entanto, havia e há UM DEUS QUE NÃO FICA VELHO E DESCOBRIU AO SEU PROFETA O QUE ESTAVA OCORRENDO. Nenhum disfarce consegue evitar que o olhar do Senhor reconheça quem está disfarçado.

• “EIS QUE A MULHER DE JEROBOÃO VEM CONSULTAR-TE” - A ímpia rainha pensou que o ardil seria adequado para enganar o profeta. Ela não imaginava que o Deus, diante do qual todas as coisas são reveladas, já fora adiante dela para avisar o Seu servo sobre a visita da rainha e sobre a mensagem que lhe devia transmitir.

• “OUVINDO AÍAS O RUÍDO DOS SEUS PÉS... DISSE: ENTRA, MULHER DE JEROBOÃO. POR QUE TE DISFARÇAS ASSIM?” - Disfarçada, desmascarada e condenada. Não apenas o véu sobre o seu rosto, mas também as cortinas que haviam sobre o seu coração foram traspassadas. Suas mais perversas intenções, como também sua natureza foram desnudadas. Hipocrisia e fingimento sempre se deparam com o desprazer e julgamento de nosso Senhor.

• E aí vem O PODER DA VERDADEIRA PROFECIA:

• “VAI, DIZE A JEROBOÃO: ASSIM DIZ O SENHOR DEUS DE ISRAEL” - Aías, com golpes ousados, prosseguiu falando sobre a unção do rei, a promessa condicional de Deus, Sua graça em colocar Jeroboão sobre as tribos do Norte. Depois, rispidamente, fez Jeroboão lembrar, através de sua esposa, de uma apostasia e séria idolatria, culminando na adoração dos bezerros de ouro. Por isso, devia aguardar os seguintes castigos:

• O PRIMEIRO CASTIGO: - “Portanto, eis que trarei mal sobre a casa de Jeroboão e eliminarei todo e qualquer do sexo masculino... – I Rs 14:10 

• O SEGUNDO CASTIGO: - “Quem morrer de Jeroboão na cidade, os cães o comerão; e os que morrerem no campo, serão comidos pelas aves dos céus” - I Rs 14:11

• O TERCEIRO CASTIGO: - “O menino morreria logo que sua mãe chegasse na cidade” - I Rs 14:12

• Com este recado, voltou a mulher de Jeroboão para casa e, quando punha os pés na cidade, morreu Abias, o herdeiro do trono, e Jeroboão encerrou o seu governo, reconhecendo que ninguém consegue enganar a Deus e que, quando Ele usa o verdadeiro profeta, Sua palavra se cumpre, porquanto existe PODER NA VERDADEIRA PROFECIA.

II.2 – A VITÓRIA DE JOSAFÁ SOBRE MOABE E AMOM:

• Leiamos II Cr 20:13-24:

• Quando Josafá temeu, buscou ao Senhor por meio de jejum e oração, pedindo-Lhe socorro.

• Quando há oração e jejum, o Espírito do Senhor começa a agir no meio da congregação. 

• O Senhor escolheu para usar um levita, um dos cantores do Templo: JAAZIEL, cujo nome significa DEUS VIGIA SOBRE MIM. Este levita, inspirado pelo Espírito Santo, profetizou palavras de consolação divina, demonstrando O PODER DA VERDADEIRA PROFECIA.

• Primeiramente, Deus tirou o temor do coração de Josafá, mostrando-lhe que a peleja é dEle – II Cr 20:3, 15.

• Depois, o Senhor começou a traçar as estratégias, demonstrando a Sua onisciência, onipresença e onipotência, porquanto:

• (A) - Sabia onde o inimigo se encontrava; 

• (B) - O que estava fazendo; 

• (C) - Haveria vitória sem haver luta corporal;

• (D) - O Senhor era com eles – II Cr 20:16-17

• E O PODER DA VERDADEIRA PROFECIA CONTINUOU...: 

• (1) - Josafá reverenciou Deus, confiou no Seu poder e agradeceu, antecipadamente, pela vitória prometida - II Cr 20:18;

• (2) – Josafá não levou armas carnais; só espirituais: a fé e o louvor – II Cr 20:19;

• (3) – Josafá exortou o povo a crer em Deus para alcançar segurança, e confiar nos profetas do Senhor, para que prosperidade fosse alcançada – II Cr 20:20;

• (4) – O PODER DA VERDADEIRA PROFECIA foi tão grande, que Josafá ordenou cantores para o Senhor, que saíram marchando à frente do exército, louvando a Deus, e dizendo: RENDEI GRAÇAS AO SENHOR, PORQUE A SUA MISERICÓRDIA DURA PARA SEMPRE! Ou seja: A batalha já estava ganha pelo PODER DA VERDADEIRA PROFECIA! – II Cr 20:21

• (5) – Bastou o louvor ter início para Deus começar a agir! O Senhor pôs emboscadas contra os inimigos, que foram totalmente desbaratados, não havendo nenhum sobrevivente – II Cr 20:22-24

• OBS: A maioria dos teólogos informa que o Salmo 136 foi exatamente o hino entoado pelos levitas, quando partiram para a batalha, à frente do exército. Vejamos:

• Sl 136:1-9 – Essa primeira seção do salmo enaltece o grande Deus Jeová: Os inimigos deveriam ouvir que o nosso Deus é: o Deus dos deuses; o Senhor dos senhores; Aquele que colocou o sol, a lua e as estrelas nos seus devidos lugares; Aquele que criou o vasto Universo e tudo quanto nele existe – Pv 3:19-20; Rm 11:36

• Sl 136:10-15 – Os inimigos deveriam saber que o Senhor possui grande poder que libertou os antepassados de Israel da escravidão no Egito; deveriam ouvir o louvor que relatava as vitórias que Deus concedeu a Israel e enaltecia ao Senhor pela Sua grandeza

• Sl 136:16-26 – Os inimigos deveriam saber que O Senhor é exaltado, porque levou os filhos de Israel à Terra de Canaã e concedeu grandes vitórias, entregando o inimigo nas mãos de Seu povo.

• Em resumo: O PODER DA VERDADEIRA PROFECIA anima os abatidos, liberta os cativos e garante o indispensável para satisfazer as nossas necessidades diárias. Por isso, devemos louvar e adorar a Deus por causa de quem Ele é e por aquilo que tem feito por nós. 

• É exatamente isso que nos acontecerá se confiarmos no poder da verdadeira profecia e louvarmos a Deus quando nos virmos diante de dificuldades: a nossa fé ficará forte! Não precisaremos travar as nossas próprias batalhas! Dependeremos do Senhor para lutar em nosso lugar!

III – CONSIDERAÇÕES FINAIS:

• “ E os seus profetas têm feito para eles reboco de cal não adubada, vendo vaidade, e predizendo-lhes mentira e dizendo: Assim diz o Senhor JEOVÁ; sem que o SENHOR tivesse falado” – Ez 22:28.

• Os falsos profetas, como Hananias, fazem-se, às vezes, de pedreiros, caiando as paredes sujas, isto é, dão o errado como certo e o certo como errado; procuram disfarçar a situação espiritual do povo. Como resultado disso, o povo não teme a Deus e persiste no pecado. 

• Hoje, os falsos mestres e profetas aliviam os crentes com respeito à gravidade do pecado, garantindo-lhes que: 

• (1) - todos pecam igualmente; 

• (2) - vivemos numa época em que é impossível vencer o pecado e a imoralidade, por causa da extrema iniqüidade; 

• (3) - somos simples seres humanos, e, portanto, ninguém pode viver conforme os padrões santos de Deus; 

• (4) - Deus nos ama exatamente como somos; não importa o que façamos. Não há, pois, nenhuma razão para se ter receio dEle, ou temer o seu castigo; e 

• (5) Deus não vê o pecado do crente; Ele só vê a justiça de Cristo no crente.

• MAS, quando o verdadeiro profeta é usado pelo Senhor, O PODER DA VERDADEIRA PROFECIA será evidente: Cairá temor no povo; o Senhor será reverenciado; Sua palavra se cumprirá e, mesmo em meio à batalha, Deus nos redimirá dos nossos inimigos, pois Sua misericórdia dura para sempre. Afinal, A BATALHA NÃO É NOSSA; É DE DEUS! ELE CONTINUA VELANDO PELA SUA PALAVRA PARA A FAZER CUMPRIR.


Fontes de Consulta:

1) A Bíblia Vida Nova

2) Comentário Bíblico Devocional do Velho Testamento - Editora Betânia - F. B. Meyer

3) BEP

O PODER DA VERDADEIRA PROFECIA

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Por Francisco A Barbosa
TEXTO ÁUREO
"À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva (ou: não haverá manhã para eles)" (Is 8.20).
– Isaías faz um convite para que os homens provem todas as coisas por meio da Palavra revelada de Deus. Qualquer coisa contrária à revelação escrita de Deus provém dos demônios, e não do Espírito Santo. A Palavra escrita de Deus é a verdadeira luz e aqueles que desejam a luz e a verdade irão segui-la e rejeitar todas as coisas contrárias a ela. Eis o convite aos profetas da atualidade!
VERDADE PRÁTICA
Os dons espirituais não se destinam à autopromoção; são concedidos por Deus à Igreja, visando a edificação dos santos e a divulgação sobrenatural do Evangelho de Cristo.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Jeremias
28.5-12,16,17
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
- Compreender qual é a função e a relevância do profeta de acordo com as Escrituras;
- Saber que os falsos profetas sempre vão se opor aos profetas do Senhor, e
- Conscientizar-se de que, nos últimos dias, aparecerão muitos falsos profetas que, se possível, enganarão até os escolhidos.
PALAVRA CHAVE
Profeta
Pessoa devidamente vocacionada e autorizada por Deus para falar por Ele e em lugar de dEle.
COMENTÁRIO
(I. INTRODUÇÃO)
Nesta lição, estudaremos a respeito da luta de Jeremias contra os falsos profetas,em especial Hananias. Os pseudoprofetas trabalhavam em benefício próprio. Tinham uma boa posição financeira, política e social e entregavam mensagens falsas, levando o povo de Deus a tropeçar. Eles eram bem populares, pois proclamavam somente o que as pessoas queriam ouvir. Aqueles que deveriam falar em nome de Deus, infelizmente, haviam se tornado um obstáculo para que o povo abandonasse o erro.“”...nada há que seja novo debaixo do sol” (Ec 1.9). Já na época de Jeremias havia profetas pouco sóbrios, irrealistas e falsos, que desencaminhavam o povo com profecias enganosas. Mesmo quando as nuvens da tempestade do juízo se ajuntavam mais densas do que nunca sobre Jerusalém, eles acalmavam o povo. Suas declarações eram muito positivas e soavam edificantes, até mesmo encorajadoras aos ouvidos das pessoas. Eles prometiam muito, inclusive a vitória. Em comparação, os ouvintes recebiam as mensagens de Jeremias como destrutivas, austeras e deprimentes, e só percebiam nelas a perspectiva do juízo. Tratava-se da justiça de Deus e da injustiça do povo, da sua falta de arrependimento e conversão. Como Jeremias deve ter se sentido diante deles?"Temos tido tanto medo de desprezar as profecias que nos esquecemos de julgá-las.." John Bevere REFLEXÃO
(II. DESENVOLVIMENTO)
I. O QUE É O PROFETA
1. Definição. O termo hebraico nãbi representa profeta, quer verdadeiro ou falso (Dt 13.1-5). Há ainda, no hebraico, dois outros termos para profeta: rõ’eh e hõzeh, ambos significando vidente. No grego, “prophetes”, significa “aquele que fala antecipadamente ou abertamente”, é uma denominação que se dá ao fenômeno pelo qual em algumas religiões, a revelação de uma divindade ou de seus ensinamentos quanto ao passado, presente ou futuro, é atribuída à palavra falada ou escrita de um ou mais indivíduos tidos como “profetas”, “iluminados” ou “inspirados”. Profeta é quem, inspirado pela divindade ou convencido de estar possuído por uma entidade espiritual superior, fala em nome da mesma e transmite sua mensagem. Assim, a figura do profeta perde seu significado essencial quando é reduzida ao poder de predizer o futuro, o que não constitui mais do que um elemento acessório de sua missão. Desde suas origens, a autoridade do profeta adquire teor ao mesmo tempo religioso, político e moral.
2. A função do profeta. Os verdadeiros profetas eram porta-vozes de YAWEH. Muito mais do que predizer as coisas, a função precípua do profeta consistia em convocar o povo ao arrependimento. “Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, e da sua boca devem os homens procurar a instrução, porque ele é mensageiro do SENHOR dos Exércitos.” (Ml 2.7-ARA). “apegado à palavra fiel, que é segundo a doutrina, de modo que tenha poder tanto para exortar pelo reto ensino como para convencer os que o contradizem” (Tt 1.9–ARA). Julgamos ser a mesma função hoje outorgada aos pastores, sendo assim, não é seu papel entreter ninguém, não é criar programações para segurar os jovens na Igreja. É sua função “ficar na brecha”! O Dicionário VINE assim explica a função do profeta: “[...]Então, disse o SENHOR a Moisés: Vê que te constituí como Deus sobre Faraó, e Arão, teu irmão, será teu profeta.” (Ex 7.1-ARA). O plano de fundo desta declaração é Ex 4.10-16, onde Moisés discutiu a sua inabilidade de falar com clareza. Por conseguinte, ele não poderia comparecer diante de Faraó como porta-voz de Deus. Deus prometeu designar Arão para ser o locutor: “Ele falará por ti ao povo; ele te será por boca, e tu lhe serás por Deus” (Ex 4.16-ARA)... Está claro que a palavra ‘profeta’ é igual àquele que fala por outra pessoa ou é a sua boca”(Dicionário VINE, CPAD 2002, pág 248). "[...] Em Deuteronômio 18 fica claro que o profeta é sempre chamado por Deus (v.18), tem a autoridade de Deus (v.19) e o que ele diz será provado verdadeiro (v.22). O profeta era então conhecido como servo de Deus (2 Rs 17.13,23; Jr 7.25). O profeta sempre defendia os padrões de Deus e chamava o povo para Ele (Dt 13), era isso que distinguia o profeta verdadeiro do falso (por exemplo, 1 Rs 13.18-22; Jr 28). Os profetas não eram simplesmente indivíduos perceptivos no sentido político ou social. Eram pessoas que, pela revelação de Deus, tinham conhecimento da importância dos eventos e das necessidades do povo comum. Em seu trabalho eles falavam de acontecimentos futuros, de modo a advertir sobre as conseqüências dos atos presentes (ver Am 1.2), e no geral falavam contra a sociedade em que viviam. [...] Havia muito mais profetas do que aqueles que conhecemos pelas profecias registradas ou eventos históricos" (GOWER, Ralph Usos e Costumes dos Tempos Bíblicos. Rio de Janeiro, CPAD, 2002, pp.367-369).
3. A prova de autenticidade do profeta. “levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos” (MT 24.11-ARA); “O profeta que profetizar paz, só ao cumprir-se a sua palavra, será conhecido como profeta, de fato, enviado do SENHOR” (Jr 28.9-ARA).Temos de julgar as profecias e discernir os espíritos (1Co 12.20; 14.29; 1Jo 4.1). É função do profeta proclamar os oráculos de Deus, a fim de conduzir o povo à obediência das leis de Deus. SINOPSE DO TÓPICO (1)
II. O FALSO PROFETA HANANIAS ENTRA EM CENA
1. Quem era Hananias. A única coisa que se sabe é que era ele filho de Azur. Ele era do tipo que impressionava. Falava como profeta, tinha discurso de profeta e como profeta, vestia-se. Aliás, era mais dramático que os profetas de Deus. Além disso, só falava o que o povo queria ouvir. Vinha ele pregando a paz e determinando a prosperidade. Positivamente, tudo confirmava.
2. As palavras de Hananias. Naqueles dias, o poderoso rei da Babilônia tinha levado muitos cidadãos do povo de Deus cativos para a Babilônia. Em suas pregações, o profeta Jeremias tinha deixado bem claro que isso aconteceu em decorrência dos pecados do povo de Deus. Eles pecaram tanto, que o próprio YAWEH entregou uma parte de seu povo para ser levada cativa para um país distante. Outra parte ficava para trás, em Judá. Então, a nação estava dividida: uma parte da população foi deportada, e outra parte ficou para trás. Era uma época de grandes tensões e incertezas. O país estava quebrado, arruinado. A economia estava parada. Naquela situação tão lamentável, Jeremias pregou a Palavra de YAWEH, e anunciou que o povo de Israel, como também os povos vizinhos (que tentavam fazer uma aliança contra o rei da Babilônia), ficariam debaixo do jugo do rei da Babilônia. Ou seja, Jeremias deixou bem claro que, por enquanto, nada mudaria. Esta pregação que Jeremias fez, em nome de YAWEH, deixou o povo como também os líderes espirituais do povo revoltados! Jeremias teve a ousadia de pregar uma mensagem ruim numa época ruim. Ele falou em pecado e castigo, como se a miséria enfrentada pelo povo não fosse suficiente. Todo o mundo ficou irritado com Jeremias. Todo o povo se ajuntou contra ele (Jr 26.9). Os líderes espirituais até queriam tirar-lhe a vida (Jr 26.16). Neste contexto, o falso profeta Hananias apresentava uma “mensagem maravilhosa” e tinha a ousadia, e até mesmo a insolência, de proclamá-la abertamente: “No mesmo ano, no princípio do reinado de Zedequias, rei de Judá, isto é, no ano quarto, no quinto mês, Hananias, filho de Azur e profeta de Gibeão, me falou na Casa do Senhor, na presença dos sacerdotes e de todo o povo, dizendo: Assim fala o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel, dizendo: Quebrei o jugo do rei da Babilônia. Dentro de dois anos, eu tornarei a trazer a este lugar todos os utensílios da Casa do Senhor, que daqui tomou Nabucodonosor, rei da Babilônia, levando-os para a Babilônia. Também a Jeconias, filho de Jeoaquim, rei de Judá, e a todos os exilados de Judá, que entraram na Babilônia, eu tornarei a trazer a este lugar, diz o Senhor; porque quebrei o jugo do rei da Babilônia” (Jr 28.1-4). A isso Jeremias respondeu: “Disse, pois, Jeremias, o profeta: Amém! Assim faça o Senhor; confirme o Senhor as tuas palavras, com que profetizaste, e torne ele a trazer da Babilônia a este lugar os utensílios da Casa do Senhor e todos os exilados. (...) O profeta que profetizar paz, só ao cumprir-se a sua palavra, será conhecido como profeta, de fato, enviado do Senhor” (vv. 6,9). Hananias não ficou nem um pouco impressionado, mas fez o seguinte: “Então, o profeta Hananias tomou os canzis do pescoço de Jeremias, o profeta, e os quebrou; e falou na presença de todo o povo: Assim diz o Senhor: Deste modo, dentro de dois anos, quebrarei o jugo de Nabucodonosor, rei da Babilônia, de sobre o pescoço de todas as nações. E Jeremias, o profeta, se foi, tomando o seu caminho” (vv. 10-11). Para Jeremias a única opção era o afastamento. Mas o Senhor orientou-o para que voltasse até Hananias e lhe dissesse, entre outras coisas: “... O Senhor não te enviou, mas tu fizeste que este povo confiasseem mentiras. Pelo que assim diz o Senhor: Eis que te lançarei de sobre a face da terra; morrerás este ano, porque pregaste rebeldia contra o Senhor. Morreu, pois, o profeta Hananias, no mesmo ano...” (vv. 15-17). Todas as profecias mentirosas de Hananias foram soterradas pela areia da fantasia, pois Jerusalém foi definitivamente conquistada e todos os utensílios foram retirados do templo.
3. O castigo de Hananias. Por sua pregação e atos, Hananias colocou-se como inimigo pessoal de Jeremias e, portanto, de Deus. Ele foi rebelde e ensinou os outros a se rebelarem. Deus, então, separou-o para um julgamento especial e condenou-o à morte iminente. Hananias morreu naquele mesmo ano, e as invasões babilônicas assolariam Jerusalém. O juízo de Deus virá sobre os profetas que, sem temor nem tremor, brincam com o nome de Deus, zombando-lhe da santidade. SINOPSE DO TÓPICO (2)
III. CUIDADO COM OS FALSOS PROFETAS
"Acautelai-vos", exortou-nos Jesus. Este imperativo é um alerta para o crente prestar atenção, cuidar-se, guardar-se, acautelar-se. Temos assistido um constante desvirtuamento do conteúdo doutrinário da pregação. Há um frenesi por ‘revelações’, ‘profecias’, ‘unções especiais’, ‘oração no monte’, ‘poder’, ‘cair no espírito’, etc. Nosso povo já não sabe distinguir misticismo herético de verdadeira espiritualidade.Encontramos no livro de Jeremias um retrato dos falsos profetas, que se alastravam como uma praga em Israel. O mesmo retrato também pode ser aplicado aos falsos mestres da atualidade, os quais têm sido levantados para enganar a Igreja. Precisamos tomar cuidado, pois nem sempre é fácil identificá-los. Venda de potes com água do Rio Jordão, onde Jesus foi batizado; pedras que seriam do Templo onde Jesus pregava; areia de Jerusalém, onde o Mestre caminhava; azeites de Israel; toalhinhas ungidas; rosas, sal grosso, fogueiras santas; correntes; quebra de maldições; sessão do descarrego... No que têm transformado a igreja pentecostal? Jeremias falava a verdade, porém era impopular. Hananias falava mentiras, mas produzia falsas esperanças e conforto para o povo. Com mensagens de auto-ajuda, bem-estar e riqueza, falam apenas o que as pessoas querem ouvir, mesmo quando não estão em perfeita comunhão com o Senhor. Alerta-nos o Senhor Jesus que, nos últimos dias, aparecerão muitos falsos profetas que, se possível, enganarão até mesmos os escolhidos (Mt 24.11).
1. A procedência do profeta. De onde vem o pregador, o avivalista, o conferencista e o profeta? É ligado a alguma igreja, pastor? Preparando este comentário, descobri um site que se parece mais com uma ‘central de pregadores’ que oferece uma “ferramenta poderosa do Senhor para abençoar igrejas e crentes, organizados em ‘pregadores’ homens, mulheres e mirins! Onde é que isto vai parar?
2. A qualidade da mensagem. Vitória, vitória, vitória... é a mensagem do momento! Esqueceram que a Bíblia tem assuntos como Trindade, regeneração, justificação pela fé, fruto do Espírito, mordomia cristã, sofrimentos dos justos, vida devocional, dons espirituais, vinda de Cristo, ressurreição dos santos e de Cristo, etc. A mensagem dos profetas normalmente continha advertências aos que colocavam sua confiança em outras coisas e não em Deus, tais como na sabedoria humana (Jr 8: 8, 9; 9: 23, 24); na riqueza (Jr 8: 10); na autoconfiança (Os 10: 12,13); no poder opressor; em outros deuses. Constantemente o profeta desafiava a falsa santidade do povo judeu e tentava desesperadamente encorajar sincera obediência à Lei. A igreja tem que ser aquela estalagem no deserto, lugar de descanso, não por vanglória, cobiça ou coisa parecida, mas simplesmente por amor. Sem amor, as pessoas se corrompem, sem amor, líderes enriquecem no poder. É ilícito um pastor/pregador/evangelista enriquecer com a pregação do evangelho, porque o evangelho ensina exatamente a renúncia, inclusive material. O reino de Deus não coaduna riquezas materiais com ministério pastoral. O pastor deve ser conhecido e reconhecido pela sua simplicidade de vida, pelo amor ao próximo, por sua paixão em anunciar o evangelho, e não pelo tamanho de sua igreja, pelo tamanho da platéia, pelos anéis, títulos, fama ou pela quantidade de letras que aparecem antes do seu nome. O pastor que ensina qualquer forma de prosperidade financeira e material como sinônimo de benção não passa de lobo e sua mensagem é mentirosa. Nossa igreja ainda tem líderes parecidos com Cristo, que têm a mente de Cristo e que anseiam em levar as ovelhas que o Pai lhes confiou aos pastos verdejantes e às fontes de água viva.
3. A pretensão do profeta. À semelhança de Hananias, profeta da prosperidade, certos pregadores apregoam a teologia da prosperidade enquanto o Espírito Santo procura convencer o mundo do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8). Este câncer é milenar. O ‘profeta chorão’ argumentou, intercedeu, teologou, tudo para convencer os reis e o povo de Israel do perigo que estava para acontecer. Enquanto isso, o profeta da prosperidade Hananias, no mesmo lugar e para o mesmo público ávido por uma mensagem de ‘poder e unção’, profetizava “prosperidade” (Jr 28.9, NVI), ou “paz” (NTLH e ARA), ou “felicidade” (Bíblia de Jerusalém). Hananias recorre à demagogia, procurando dizer o que os ouvintes ‘queriam’ ouvir e não aquilo que ‘precisavam’ ouvir.Precisamos julgar as profecias e discernir os espíritos, a fim de não sermos enganados pelos falsos profetas. SINOPSE DO TÓPICO (3)
(III. CONCLUSÃO)
Jeremias não é o único profeta impopular da história de Israel. Todo verdadeiro profeta, por uma questão de compromisso, quase sempre diz o que não agrada. Mas sempre diz a verdade! Existem falsos profetas, bem como profetas verdadeiros, precisamos distinguir entre eles. Não é por milagres e curas, o adversário também pode realizar milagres. A questão é: qual é a fonte da inspiração do profeta. Devemos confrontar a profecia com os princípios bíblicos, se houver divergência, a profecia é falsa. “Conheçamos, {e} prossigamos em conhecer ao Senhor: como a alva será a sua saída: e ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra.” (Os 6.3-ARC).
APLICAÇÃO PESSOAL
Os profetas eram homens totalmente dedicados a Deus. Detestavam o meio compromisso, a entrega parcial a Deus. A fidelidade ao Senhor deveria ser total. Isso implicava em esforçar-se para levar o povo a uma completa submissão a Deus. Os profetas não aceitavam uma sociedade injusta, mas lutavam pela manutenção dos princípios do pacto do Sinai e por eles davam a vida. Condenavam especialmente a opressão social, ou seja, não admitiam que os mais ricos explorassem os que nada tinham (Am 4.1). Também pregavam contra a bajulação aos abastados, usada para conseguir qualquer favor (Am 6.1). Por esses posicionamentos, vemos que o povo de Deus tinha e tem de ser comprometido com o seu Deus e não com o homem. A mensagem profética é muito atual; O que poderia parecer mero descuido da Lei para o homem comum, era visto como um horrendo desastre pelo profeta, tal sua sensibilidade diante do pecado (Jr 2.12, 13, 19). O profeta não somente ouvia a voz de Deus como sentia seu coração (Jr 6.11; 20.9). Tal sentimento era conseqüência de um estreito relacionamento com Deus (Am 3.7); assim, compreendia melhor do que ninguém os propósitos de Deus para o povo com quem tinha um pacto. Eram pessoas que, pela revelação de Deus, tinham conhecimento da importância dos eventos e das necessidades do povo comum. Em seu trabalho eles falavam de acontecimentos futuros, de modo a advertir sobre as conseqüências dos atos presentes (ver Am 1.2), e no geral falavam contra a sociedade em que viviam. Os pseudoprofetas trabalhavam em benefício próprio. Tinham uma boa posição financeira, política e social e entregavam mensagens falsas, levando o povo de Deus a tropeçar. Eles eram bem populares, pois proclamavam somente o que as pessoas queriam ouvir. Aqueles que deveriam falar em nome de Deus, infelizmente, haviam se tornado um obstáculo para que o povo abandonasse o erro.“”...Nada há que seja novo debaixo do sol” (Ec 1.9). Homens de Deus sempre foram usados, no decorrer da história do Cristianismo, para renovar e avivar a obra do Senhor. O movimento pentecostal da Rua Azuza, foi um marco no mundo espiritual das igrejas e continua a avivar a Igreja ainda hoje. Não esqueçamos de que Deus é o mesmo de ontem, hoje e anseia derramar mais do Seu Espírito sobre todos os seus filhos.
Nele,
Francisco A Barbosa
auxilioaomestre@bol.com.br
A década em que a pregação expositiva começou a desaparecer dos púlpitos da Assembleia de Deus (Pr Ciro Sanches Zibordi, em cirozibordi.blogspot.com)
Até o fim dos anos de 1990 não havia tantos malabaristas nos púlpitos das Assembleias de Deus. A pregação bíblico-expositiva ainda reinava. Pregadores que expunham a Palavra do Senhor, na dependência do Espírito Santo, ainda eram respeitados. Mas, com o falecimento de alguns homens de Deus e a queda espiritual de outros, começaram a surgir, em grande quantidade, ainda na aludida década de 1990 (que compreende o período de 1991 a 2000), os animadores de auditório. Hoje, o modelo que prevalece e encanta multidões é o da pregação interativa dos “ungidos”, no melhor estilo diga-isso-e-aquilo-para-o-seu-irmão, com pouquíssimo conteúdo bíblico e malabarismo de sobra. Como consequência, muitos crentes já não suportam a exposição da viva e eficaz Palavra do Senhor (Hb 4.12). Isso, para eles, é simples demais e enfadonho; querem movimento, animação, berros prolongados ao microfone, gracejos, exibição teatral, etc. A exposição verdadeiramente ungida das Escrituras perdeu o seu espaço. E quem não gosta de animação de auditório, como este expoente, é considerado pela maioria como retrógrado, ultrapassado, invejoso, sem unção, incapaz de “gerar a graça”, inimigo do “mover de Deus”, cético, etc. Entretanto, a minha batalha — ainda que às vezes me sinta como alguém tirando água do oceano com uma pequena caneca — pela recuperação da pregação expositiva continuará, segundo a graça do Senhor Jesus. Enquanto Deus me der força, perseverarei em protestar contra a animação de platéia e em asseverar que precisamos voltar às “veredas antigas” (Jr 6.16). Afinal, avivamento também significa reconquistar o que foi perdido (Lm 5.21). No dia 28 de abril de 1998, partiu para a glória, aos 58 anos, um grande expoente assembleiano: Valdir Nunes Bícego. Com base no que está escrito em 2 Timóteo 3.14, posso dizer que o ministério que o Senhor me outorgou foi grandemente influenciado por eminentes pregadores e ensinadores da Palavra, especialmente Valdir Bícego, que, na minha opinião, foi o grande nome da pregação expositiva na última década do século XX. Não havia, à época da virada do milênio, um pregador que reunisse tantas qualidades como Valdir Bícego. De alguma forma, ele possuía todos os dons ministeriais mencionados em Efésios 4.11. Assim como Paulo, que recebeu do Senhor um ministério multíplice (1 Tm 2.7), Bícego era, ao mesmo tempo, um mestre, um pastor, um evangelista, um profeta e umapóstolo do Senhor. Influenciado diretamente por homens de Deus, como os verdadeiramente apóstolos Cícero Canuto de Lima e Eurico Bergstén, Valdir Bícego reunia em si um pouco dos dois. Era seguro e zeloso como o primeiro e compromissado com a sã doutrina e com a pregação biblicocêntrica, como o segundo. Tive o privilégio de ser encaminhado ao ministério por ele, servindo ao Senhor sob seu pastorado na Assembleia de Deus da Lapa, em São Paulo, durante quinze anos. Desde o dia em que vi o pastor Valdir Bícego expor a Palavra do Senhor, em um congresso de jovens, acendeu-se em mim uma chama para proclamar o Evangelho e defendê-lo (Mc 16.15; Fp 1.16). Na sua última pregação, em 27 de abril de 1998 (um dia antes de sua repentina morte), a qual também tive o privilégio de ouvir, ele asseverou: “Não fiquem em torno do pastor. Fiquem em torno de Jesus, da Palavra e do ministério, pois o pastor pode morrer a qualquer momento”. No início do século XXI, a pregação expositiva tornou-se escassa e obsoleta nos púlpitos assembleianos. Os animadores de auditório começaram a encantar os jovens pregadores, em razão de serem aqueles os protagonistas dos grandes congressos pretensamente pentecostais, transmitidos ao vivo pela Internet. Pregações triunfalistas e antropocêntricas, com temas exóticos, como “Grávidos de um avivamento” ou “Sonhe e ganhará o mundo”, passaram a ser vendidas, alugadas e pirateadas em toda a parte, tornando os tais malabaristas verdadeiras celebridades. Coincidentemente ou não, depois das mortes de Bernhard Johnson (em 1995), Valdir Bícego (em 1998) e Eurico Bergstén (em 1999), e com as quedas espirituais de importantes expoentes da Palavra de Deus (algumas irreversíveis), cresceu, e muito, a animação de platéia. Não obstante, hoje, graças a Deus e ao legado de pregadores do passado, o quadro já começa a melhorar. Há um forte clamor pela pregação expositiva, cristocêntrica, centrada na imutável Palavra do Senhor, e começam a surgir pregadores à moda antiga. Aleluia! Diante do exposto, continuarei com o propósito de imitar os grandes expoentes que conheci no milênio passado, como Valdir Bícego, Geziel Gomes, Jimmy Swaggart, Eurico Bergstén, Bernhard Johnson e tantos outros (1 Co 11.1), sem contar os ensinadores. E continuarei lutando para que, em nossos cultos e congressos, voltemos a valorizar a poderosa exposição da Palavra de Deus (Sl 119.130; Jo 5.24), sem exibicionismo, invencionices, ilusionismo, berros desnecessários, malabarismo, gracejos sem graça, triunfalismo e outros devaneios e aberrações que desviam o povo da verdade e do temor do Senhor.” Ciro Sanches Zibordi (http://cirozibordi.blogspot.com/2010/04/1991-2000-decada-em-que-pregacao.html)
BIBLIOGRAFIA PESQUISADA
GOWER, Ralph Usos e Costumes dos Tempos Bíblicos. Rio de Janeiro, CPAD, 2002, pp.367-369;
Dicionário VINE, CPAD 2002, pág 248;
- A década em que a pregação expositiva começou a desaparecer dos púlpitos da Assembleia de Deus http://cirozibordi.blogspot.com/2010/04/1991-2000-decada-em-que-pregacao.html
- Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, CPAD;
- Bíblia de Estudo de Genebra, SBB;
SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão
CPAD, Nº 42, P.39.
EXERCÍCIOS
RESPONDA
1. O que é o profeta?
R. Profeta, segundo a Bíblia, é o homem que fala por Deus; é o porta-voz do Eterno.
2. Qual a função do profeta?
R. Proclamar os oráculos de Deus.
3. Como o profeta era julgado no Antigo Testamento?
R. A palavra do profeta tinha de se cumprir, para que ele fosse considerado um autêntico profeta. A palavra do profeta não poderia ser contrária às leis do Senhor. .
4. Quem era Hananias?
R. Hananias era filho de Azur, seu nome, em hebraico, significa o Senhor tem sido misericordioso.
5. Como devemos agir em relação às profecias?
R. Devemos estar alertas e julgar as profecias de acordo com a Bíblia Sagrada - nossa única regra de fé e conduta.
BOA AULA!

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