terça-feira, 27 de outubro de 2009

DAVI E SUA EQUIPE DE LIDERADOS

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Texto Bíblico: 1 Crônicas 11.10-12, 20, 22,24,25
Quem lidera influencia pessoas à sua volta. A capacidade de envolver as pessoas em projetos, trabalhos e fazer com que elas cheguem ao fim desejado são uma forma adequada de influenciar.
Líderes segundo o coração de Deus não escolhem a si mesmos. São escolhidos por Deus. Não podem ser usados por Deus aqueles que se autoproclamam escolhidos por Deus sem que Deus os tenha escolhido. Davi não buscou ser ungido de forma forçosa ou por meios políticos. Nem o poderia. Ele era um pastor de ovelhas, sem conhecimento de ninguém na corte.
No capítulo 11 de I Crônicas relata que o rei Davi prosperou em seu reinado. Por quê? “E ia Davi cada vez mais aumentando e crescendo, porque o Senhor dos Exércitos era com ele”.
Entre os traços de um líder segundo o coração de Deus encontramos a prudência. Isso implica ter comedimento em tudo o que se faz. Após ter matado o gigante, Davi é louvado pelas mulheres e atrai o ciúme de Saul. O rei o temia não porque o moço havia matado um gigante, mas porque “o Senhor era com ele”. Saul não podia suportar o fato de o Senhor estar com Davi, de forma que o afastou de si, colocando ao seu comando mil homens. Davi deveria fazer operações militares com aquele grupo. O objetivo de Saul era claro: colocar Davi em situações arriscadas para que morresse. O problema de Saul reside no fato de que Davi tinha êxito em tudo que fazia, e se conduzia com prudência. Não era afoito em suas decisões. Avaliava tudo cautelosamente, procurando sempre o melhor caminho. Ele esperava que Deus o orientasse sempre. Ser prudente foi tão importante para Davi que em todas as ocasiões em que Saul buscou eliminá-lo, Deus o livrou.
Ouvir é muito difícil. É uma habilidade que poucas pessoas possuem, mas que é igualmente importante para a liderança, e que deve ser desenvolvida. Davi foi beneficiado por ouvir Abigail (1 Sm 25.32-34). Se não fosse aquela mulher, ele teria feito justiça com as próprias mãos. De que adiantaria poupar a vida de Saul na caverna de Adulão e matar Nabal depois? Davi deixaria de incorrer em um erro para dar vazão ao mesmo erro, mas em outra ocasião e com outra pessoa. Mas por saber ouvir, não manchou suas mãos com sangue inocente.
Manter sob controle um grupo de pessoas de bem não é muito complicado. Temos leis em nossa cidade que fazem o papel limitado de nossas atitudes em relação ao nosso próximo, e o histórico de quem lideramos nos permite avaliar o potencial de cada um ao longo do tempo. Mas o que dizer de liderar um grupo de pessoas atribuladas? Junte em um ambiente hostil, dentro de uma caverna, 400 homens desgostosos da vida, que fugiram de sua terra por dívidas contraídas e não quitadas e outros assuntos não resolvidos. Esses eram homens que não pensariam duas vezes em puxar uma arma para se defender. Ei aí a companhia que Davi teve quando fugiu de Saul ( 1Sm 22.2).

Esses eram homens que Deus deu a Davi para liderar. E Davi o fez com maestria. Ele fez com que esses homens tivessem um senso de companheirismo e devoção a Deus. Quando estavam na caverna de Adulão, ele teve a oportunidade de se livrar de seu maior inimigo (Saul), mas não o fez, O melhor disso é que Davi inspirou tanta confiança em seus homens que os convenceu a não matarem Saul. Apenas um líder influente modifica o comportamento de seus companheiros no calor de uma suposta oportunidade de beneficio e finalização de problemas.
Bibliografia:
COELHO, Alexandre. et. al. Davi, As Vitórias e as Derrotas de um Homem de DeusRio de Janeiro: CPAD, 2009.
DEVER, MARK. A Mensagem do Antigo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
Publicado no site da CPAD

DAVI E SUA EQUIPE DE LIDERADOS

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DAVI E SUA EQUIPE DE LIDERADOS
Texto Áureo: I Sm. 22.2 - Leitura Bíblica em Classe: I Cr. 1.10-12,20,22,24,25.


Pb. José Roberto A. Barbosa

Objetivo: Mostrar que o trabalho em equipe é um princípio básico da liderança eficaz, inclusive na causa do Senhor.

INTRODUÇÃO
Em alguns contextos a liderança tem sido amplamente questionada. Na lição de hoje veremos que esse é um princípio bíblico. Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento Deus levantou homens e mulheres para liderar e guiar Seu povo. Davi é um dos mais contundentes exemplos de liderança. Por esse motivo, analisaremos, na aula de hoje, aspectos da sua atuação perante a equipe de liderados. Ao final, atentaremos para alguns princípios gerais da liderança cristã.

1. O PRINCÍPIO BÍBLICO DA LIDERANÇA
A fim de cumprir seus propósitos Deus estabeleceu o princípio da liderança. Quando passeamos pelas páginas da Bíblia, constatamos essa veracidade. Em Gênesis, o primeiro livro da Bíblia, lemos a respeito de José, o homem que Deus escolheu como líder no Egito (Gn. 37-45). Durante o cativeiro egípcio, Deus separou Moisés para retirar o povo daquela condição e guia-los pelo deserto (Ex. 2-17). Para a consolidação da conquista da Terra Prometida, Josué desempenhou um papel fundamental (Js. 2-8). Durante o cativeiro babilônico, Ester, uma mulher de coragem, cumpriu os desígnios de Deus para a preservação do povo israelita (Et. 4). Após o cativeiro de Judá, Neemias, mais um líder guiado por Deus, cumpriu a missão de restaurar a cidade destruída (Nm. 1-6). No Novo Testamento, Paulo e Pedro foram colunas fundamentais na liderança da igreja primitiva, tanto na plantação quanto na consolidação de igrejas (At. 14-21; J. 21).

2. O ESTILO DE LIDERANÇA DE DAVI
Davi é um exemplo bíblico de liderança competente. A competência de Davi estava respaldada na diligência de buscar fazer sempre a vontade de Deus, na sua lealdade tanto aos seus líderes quanto aos liderados e na disposição de atribuir toda glória a Deus. Quando decidiu construir um templo para o Senhor, Davi preparou o material que seria necessário (I Cr. 22.14). Mas como não coube a ele essa construção, e sim ao seu filho Salomão, tratou de lhe dar as devidas instruções para que tudo fosse feito com prudência e entendimento e de forma organizada (I Cr. 22.12-15). O estilo de liderança de Davi pautava-se no planejamento, no prognóstico do que deveria ser feito. Com Davi aprendemos a evitar as improvisações desnecessárias que possam comprometer o andamento do trabalho. O planejamento é um dos princípios basilares da condução das atividades, para tanto, faz-se necessário planejar a curto e longo prazo, sem deixar de confiar, primeiramente, no Senhor. Planejar somente não é suficiente, é preciso também coordenar a execução do projeto, identificar os objetivos, o tempo, o lugar, as pessoas envolvidas, os métodos a serem utilizados e o material disponível. Mesmo assim, é provável que existam obstáculos, e, quando eles vierem, como Davi, é recomendável que se confie na direção do Espírito Santo. Manter uma atitude de flexibilidade em relação ao planejado também evita os “engessamentos” que desgastam a liderança do projeto. Em linhas gerais, o estilo de liderança de Davi, bastante aplicável nos dias atuais, preza pela dependência em Deus, e principalmente, por atitudes de humildade, que não busca a glória própria, antes tributa todo louvor a Deus.

3. PRINCÍPIOS PARA A LIDERANÇA CRISTÃ
A liderança, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, é exercitada a partir dos planos que Deus definiu. Por isso, para ser líder, é preciso confiar e depender de Deus e não nos méritos pessoais, ainda que esses não sejam descartados. Todos os líderes escolhidos por Deus estiverem no centro dos seus planos e apresentaram as seguintes características: 1) empatia – capacidade de ver as coisas do ponto de vista dos outros (Lc. 6.31; I Pe. 3.8; Gl. 6.2); 2) alvos – estabelece metas e se esforça para alcançá-los (Fp. 3.14; Ef. 3.1) 3) competência – faz bem o seu trabalho (Pv. 12.27; 22.29); 4) atuação em equipe – senso de grupo, capacidade de trabalhar com as pessoas (I Co. 12; Ef. 4); 5) estabilidade emocional – confia em Deus em todas as circunstâncias e não se deixa abalar pelas adversidades (Ef. 4.31; II Tm. 4.5); 6) partilha a liderança – não é centralizador, divide as atribuições com outros (Ef. 5.21; Fp. 4.1-3); e 7) confiável – as pessoas podem depender dele (Lc. 9.62; I co. 15.58).

CONCLUSÃO
O exercício da liderança bíblica não é centralizado no homem, mas em Deus. Os que quiserem ser líderes segundo o coração de Deus precisam atentar para a Sua palavra. Para tanto, enquanto líderes, é preciso ter cuidado para não seguir o caminho de Saul: vaidade, inveja, perseguição, auto-glorificação, populismo, desobediência, espiritualidade aparente e ganância pelo poder. O estilo de liderança de Davi, deferentemente daquele, glorifica a Deus: obediência, temor a Deus, respeito, temor, fidelidade, espiritualidade, sinceridade e misericórdia. Davi é um bom exemplo de liderança, mas se quisermos um modelo perfeito, é só atentar para Jesus, pois nEle encontramos o fundamento maior da liderança cristã: O AMOR.

BIBLIOGRAFIA
BALDWIN, J. G. I e II Samuel: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2008.
SWINDOLL, C. R. Davi. São Paulo: Mundo Cristão, 2009.

DAVI E SUA EQUIPE DE LIDERADOS

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Por Francisco A. Barbosa
TEXTO ÁUREO
"E ajuntou-se a ele todo homem que se achava em aperto, e todo homem endividado, e todo homem de espírito desgostoso, e ele se fez chefe deles; e eram com ele uns quatrocentos homens" (1 Sm 22.2). [Foi nessa ocasião que Davi compôs o salmo 57]

VERDADE PRÁTICA 
O trabalho em equipe é um princípio básico da liderança eficaz, inclusive na causa do Senhor. Se quisermos ser bem-sucedidos na obra de Deus não devemos esquecer esse princípio. – a cooperação, em lugar da contenda arraigada na inveja, produz o sucesso e provê proteção contra os cobiçosos – “se alguém quiser prevalecer contra um,os dois lhe resistirão; o cordão de três dobras não se rebenta com facilidade” Ec 4.12

OBJETIVOS 
- Compreender que o trabalho em equipe é o princípio básico da liderança eficaz, inclusive na causa do Senhor.
- Conscientizar-se de que equipes eficientes e fortes são reflexos de uma liderança competente e idônea.
- Reconhecer que o modelo bíblico de liderança agradável a Deus é aquele centralizado no caráter.

Palavra Chave: Líder:- Indivíduo que, devido à sua própria personalidade empreendedora, dirige um grupo social, com a participação espontânea dos seus membros.

INTRODUÇÃO

Os liderados, à semelhança dos reflexos de um espelho, refletem a qualidade da liderança de seus líderes ou dirigentes. Equipes sadias, eficientes e fortes são reflexos de uma liderança competente e idônea, assim como um corpo saudável reflete a harmonia de seus membros.
Não se pode minimizar a importância do trabalho em equipe, pois desde os primórdios da história bíblica vemos líderes, juntamente com seus liderados, realizando os propósitos de Deus (Ex 18.13-27). Davi demonstra ser um homem de grande capacidade para liderar Israel. Sendo povo de Deus, devemos aprender com ele esses princípios para bem nos conduzirmos na vida e na Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo.

I. LIDERANÇA BÍBLICA E LIDERANÇA SECULAR
1. Líder, liderança e equipe, Poder e Autoridade.
Os especialistas no assunto definem o líder natural como alguém que, devido à sua própria personalidade empreendedora, dirige um grupo social, com a participação espontânea dos seus membros. Como bem declarou o Pregador em Eclesiastes 1.9: "nada há novo debaixo do sol". E em relação a Davi, esta verdade não poderia ser mais bem aplicada, pois na liderança de seus homens no deserto de Judá, os mesmos princípios básicos do trabalho em equipe adotados hoje pelos modernos administradores, já eram praticados naqueles tempos pelo segundo rei de Israel. Liderança é a habilidade (capacidade adquirida) de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir aos objetivos identificados como sendo o bem comum.
Liderança (capacidade de influenciar os outros) é uma habilidade que pode ser aprendida e desenvolvida; se liderar é influenciar os outros, como desenvolver essa influencia? Como levar as pessoas a fazer o que desejamos? Como receber suas idéias, confiança, criatividade e excelência, que são por definição, dons voluntários?
O sociólogo Max Weber afirma que há uma diferença entre poder e autoridade. Em seu livro The Theory of Social and Economic Organization, ele define poder como a faculdade de forçar ou coagir alguém a fazer sua vontade, por causa de sua posição ou força, mesmo que a pessoa preferisse não fazer; Autoridade é a habilidade de levar as pessoas a fazerem de boa vontade o que você quer por causa de sua influencia pessoal.
Liderança é o processo de conduzir um grupo de pessoas, transformando-o numa equipe que gera resultados. É a habilidade de motivar e influenciar os liderados, de forma ética e positiva, para que contribuam voluntariamente e com entusiasmo para alcançarem os objetivos da equipe. Assim, o líder diferencia-se do chefe, que é aquela pessoa encarregada por uma tarefa ou atividade de uma organização e que, para tal, comanda um grupo de pessoas, tendo autoridade de mandar e exigir obediência.
Julgamos que Davi tenha nascido com a habilidade de liderar (1Sm 16.18) e com o passar dos anos, aperfeiçoou essa capacidade, para ele era fácil levar as pessoas a fazerem de boa vontade os trabalhos necessários. O líder escolhido por Deus, apesar de humilhado, rejeitado e perseguido no deserto, fez com que um grande grupo de seguidores se achegasse a ele. Quais características essas pessoas viram em Davi?
... conheço um... sabe tocar, é forte, valente, homem de guerra, sisudo em palavras, de boa aparência; e o Senhor é com ele... - Honestidade, confiabilidade, bom exemplo, cuidado, compromisso, bom ouvinte, respeito, encorajador, entusiasta e amável. Quantas dessas virtudes temos evidenciado em nossa vida cristã? Tudo na vida gira em torno dos relacionamentos - com Deus, conosco, com os outros; liderar é construir relacionamentos em quanto desempenha uma função.
É incrível a nossa capacidade de deixar passar despercebido aquilo que é o útil e nos atermos ao supérfluo, quantas vezes nós temos observado a Cristo como modelo de liderança? “Bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos”. MT 20.28 - Quem quiser ser líder, deve primeiro ser servidor. Se eu desejo liderar, a exemplo de Cristo, devo primeiro servir. Entenda o que quer dizer "O Bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas".(Reflexão:- esxercer influencia sobre os outros, que é a verdadeira liderança, requer doação pessoal).

2. A atualidade da liderança davídica. É evidente que as circunstâncias na qual Davi desenvolveu sua liderança eram muito diferentes da nossa. Todavia, o modelo utilizado por ele em nada fica a desejar se comparado às modernas tendências em liderança da nossa sociedade globalizada. Davi tinha sido um homem talentoso, carismático, criativo e com um alto poder de decisão (1 Sm 16.18), não obstante isso, foi perseguido e refugiou-se na caverna de Adulão; quando ouviram isso seus irmãos e toda a casa de seu pai, desceram ali para ter com ele. Ajuntaram-se a ele todos os homens que se achavam em aperto, e todo homem endividado, e todos os amargurados de espírito, e ele se fez chefe deles; e eram com ele uns quatrocentos homens. (1 Sm 22: 1-3)
Davi encontrou um esconderijo isolado e seguro, longe o suficiente de Gate e não muito perto de Saul. Essa caverna foi transformada no Quartel General de Davi. Nesse QG há vagas o suficiente para todos os que, como Davi, são perseguidos, aqueles que estão em perigo, em dívida, ou não são a favor de Saul, sua própria família agora é desterrada e se abriga nesse QG, uma vez que Davi é visto como inimigo de Saul, eles também não estão seguros.
Como líder, Davi nunca menosprezou aqueles que o Senhor lhe enviava.
Como líder, Davi tinha a habilidade necessária para treinar homens que não possuíam nenhuma capacidade. Transformado estes rejeitados numa tropa de elite apta ao combate.
De covardes, Davi os fez valentes e poderosos (2Sm 23.8).
De aflitos, Davi os fez soldados valorosos. Um Exercito de Deus (1Cr 12.22).
De endividados, Davi os fez mais valiosos do que ouro. O menor valia por 10 homens e o maior por 1ooo. (1Cr 12.14).
Como líder, Davi não tinha medo ou receio de colocar ao seu lado homens que teriam seus potenciais maximizados no decorrer do treinamento. Muitos destes Valentes seriam melhores do que Davi na arte da guerra (1Sm 23.8-17).
Como líder, Davi tinha admiração e respeito pela vida e serviço fiel dos seus liderados. (2Sm 23.17).
Os valentes ouvem o suspiro por água do seu líder e agem imediatamente numa missão arriscada.
Não era uma ordem de Davi, nem um pedido, era apenas um desejo pela água da fonte de Belém. Todavia, estes homens antes desencorajados, agora desafiam a morte e rompem as barreiras e obstáculos por causa do desejo de servir ao ungido do Senhor.
Seus liderados o amavam, respeitavam, obedeciam e lhe devotavam total admiração.
A busca do ideal do líder também está presente no campo da filosofia. Platão, por exemplo, argumenta em sua obra A República que o regente precisa ser educado com a razão, descrevendo o seu ideal de "rei filósofo". Outros exemplos de filósofos que abordaram o tema são Confúcio e seu "rei sábio", bem como Tao e seu "líder servo".
Liderar não é uma tarefa simples. Pelo contrário. Liderança exige paciência, disciplina, humildade, respeito e compromisso, pois a organização é um ser vivo, dotado de colaboradores dos mais diferentes tipos (veja a lista dos valentes de Davi em 1Cr 11.10-47).
A liderança envolve outras pessoas, o que contribuirá na definição do status do líder, envolve uma distribuição desigual de poder entre os líderes e os demais membros do grupo, é a capacidade de usar diferentes formas de poder para influenciar de vários modos os seguidores.
No caso de Davi e sua legião de rejeitados, a lealdade destes homens não era interesseira, não estavam atrás de promoção, nem eram bajuladores ou hipócritas, Davi nunca procurou a fidelidade destes homens, todavia extraiu deles lealdade e serviço por meio da sua devoção para com eles.
Sua liderança evidenciava-se em atos como quando publicamente honrou o sacrifício dos valentes presenteando a Deus com a água que eles trouxeram em oferta a Davi.
Como líder, Davi era a inspiração de seus liderados. Ele era alguém que resplandecia a luz do Senhor. Ele era a lâmpada de Israel (2 Sm 21.17).
Como líder, Davi sabia que o ministério exige a excelência daqueles que são vocacionados. E que passar pelos desertos das provações lapidaria seu caráter e forjaria sua alma no fogo do Espírito do Senhor. (1 Sm 23-24). Davi passa a ter consciência do sagrado.
Todo servo dedicado à obra do Mestre, que deseja ter um profundo relacionamento com seu Senhor, passa pelo deserto e refugia-se na caverna de Adulão.
Foi assim com Moises, Elias, Paulo e com o próprio Jesus, passaram pelo deserto. Davi não escolheu o deserto, mas foi forçado a se refugiar dos ataques de Saul na região do Negueve por aproximadamente 10 anos de sua vida. Passou por Zife; Maom; En-Gedi e Parã. Os anos de provações no deserto levaram Davi a ter uma percepção mais clara do sagrado e do profano, da santidade e da impureza, da beleza e do desespero, da obediência e do pecado; Davi foi capaz de ver a gloria de Deus onde ninguém mais podia ver, isto é, na vida de Saul, o ungido de Deus. (I Sm 24:10).
Adulão é refugio. Foi na caverna que Davi escondeu-se de Saul. É lugar de sair da superficialidade e buscar profundidade insondável. Precisamos nos refugiar em Adulão para conhecermos ao Senhor com intimidade. Adulão é lugar de transformar a exaltação em humilhação.
Davi fez de homens perdedores grandes campeões; de amargurados em cheios de graça e virtude; de endividados em pedras preciosas; de espírito abatidos em Valentes de Deus. O matador de gigantes era espelho para aqueles homens (Abisai, Sibecai, El-Hanã, Jônatas, todos estes mataram gigantes nas guerras pelo Rei e pelo Reino), ele sabia compartilhar com os que estavam ao seu lado as glorias recebidas em batalha: “Reinou, pois, Davi sobre todo o Israel; e Davi fazia direito e justiça a todo o seu povo.” (2 Sm 8.15).

II. A LIDERANÇA FUNDAMENTADA NO CARÁTER CRISTÃO

1. É uma liderança que agrada a Deus. O modelo bíblico de liderança é aquele centralizado no caráter, ao contrario do que ensinava Maquiavel que era preferível ao rei ser temido do que ser amado. Elementos do caráter cristão como o temor de Deus, a coragem, a virtude, o altruísmo, a honestidade, etc., são postos em relevo. As técnicas mudam, mas os princípios do caráter não. Uma equipe de trabalho com esses fundamentos será bem-sucedida. A sabedoria é um fator de sucesso na liderança, pois o "temor do SENHOR é o princípio da sabedoria" (Sl 111.10).
O sucesso da admirável liderança de Davi veio dos princípios bíblicos observados por ele. Basta, por exemplo, lermos algumas passagens bíblicas para chegarmos a essa conclusão. Como não nos dobrarmos diante do senso de justiça de Davi quando estipulou a lei da partilha (1 Sm 30.24)? Somente um homem com uma noção exata de valores aprovados por Deus podia tomar uma atitude assim.
2. Não é uma liderança à parte de Deus. O antecessor de Davi exerceu uma liderança à parte de Deus. Em vez de esperar com "paciência no Senhor" (Sl 40.1), assim como Davi, Saul era demasiadamente precipitado. Na realidade, a liderança de Saul refletia simplesmente o seu caráter (1 Sm 15.1-35), pois ele não conseguia enxergar-se como dependente da direção divina.
Um dos primeiros passos para que possamos entender a questão da liderança cristã é adotarmos a perspectiva correta sobre Deus, Sua Palavra e Sua Obra.
Davi se dispôs a lutar porque entendeu que Golias havia ofendido a Deus e isso ele não poderia tolerar... Davi tinha zelo por Deus e pelos ungidos de Deus, por isso nunca levantou-se contra o rei Saul. Davi esperou pela providencia de Deus para ascender ao trono de Israel e com muita resignação e paciência, esperou com paciência no Senhor. Os valentes de Davi outrora eram covardes, tímidos, espiritualmente fracos, mas como muita sabedoria, graça, unção e dedicação, Davi investiu todos os seus recursos nestes “desqualificados” aos olhos humanos, pois Davi tinha experiência pessoal de que Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; E Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são; Para que nenhuma carne se glorie perante ele. 1 Co 1.27-29.

CONCLUSÃO

Sem dúvida Davi foi um líder talentoso, no entanto, muito mais do que talento, Davi amava a Deus e cuidava do seu caráter. Ele, em suas fraquezas, descuidos e tentações, cometeu pecados, como é claramente mostrado nas Escrituras, mas venceu pela sua fé e devoção a Deus. Ele era um servo do Senhor disposto a se retratar, a valorizar o outro e a liderar pelo seu exemplo. Pela providência divina e por seus princípios de liderança fundamentados no caráter íntegro, Davi formou uma equipe de trabalho vitoriosa

REFLEXÃO
"A excelência da Escola Dominical, só será uma realidade para os alunos quando a equipe que a administra se importar com a contínua melhoria da qualidade dos seus serviços, visando se adequar à gestão da qualidade total (o TQM, na sigla em inglês), dentro da realidade bíblica, ética e cultural".
Para refletir um pouco mais: O que fazer para tirar as pessoas de casa no único dia da semana que têm para descansar e estar com a família, e trazer essas pessoas para a EBD? A qualidade total da EBD é reflexo de professores comprometidos com o ensino, que se aperfeiçoam, que buscam a excelência, que têm algo a acrescentar à vida de seus alunos. Não vou deixar o conforto do meu lar para ouvir blá blá blá, contos e estórias, quero algo que motive, me transforme, que me leve a alçar vôos mais altos... é preciso uma liderança a exemplo de Davi, que influencie. A palavra convence; o exemplo arrasta! Aquele que estiver disposto a lecionar, tem que ter em mente que serve de paradigma àqueles que pretende ensinar. Na EBD não existe espaço para o jargão “faça o que eu digo, não faça o que eu faço", i. é., precisamos melhorar cada dia mais, buscar mais conhecimento, aprimorar os métodos, incentivar, ser exemplo. Há uma frase da Margaret Thatcher, ex-Primeira-Ministra da Grã-Bretanha, que diz: 'Estar no poder é como ser uma dama. Se tiver que lembrar às pessoas que você é, você não é.' Medite nisso.

APLICAÇÃO PESSOAL 

Para compreendermos o pensamento de Jesus quando intercedia em sua oração sacerdotal que os discípulos fossem um (Jo 17.11), teremos que enxergar o trabalho em equipe. O que mais impede uma equipe de funcionar eficazmente e com eficiência é o individualismo e partidarismo, quando todos encararmos essa realidade, nossa vida cristã dará um salto em qualidade e produtividade.
Para que uma equipe obtenha êxitos, é preciso um líder motivador – liderar é motivar, é transformar pelo exemplo. Os endividados e descontentes uniram-se a Davi, que na verdade era um fugitivo. Rejeitados, sua sorte só melhoraria se ajudassem o filho de Jessé a tornar-se rei. O controle dele sobre esse grupo novamente demonstra a sua desenvoltura e habilidade para liderar, motivar e transformar os outros. É difícil construir um exército com bons soldados, mas é preciso ainda maior liderança para formar um batalhão com o tipo de homens que seguiam o futuro rei de Israel. Este grupo veio a ser o embrião de uma tropa de elite conhecido como “valentes de Davi” (2Sm 23.8); de homens em aperto, endividados, desesperançados, rejeitados, à valentes soldados componentes de um batalhão especial... Somente um homem vocacionado à liderança pode trabalhar dessa forma, influenciando, motivando e transformando vidas.
Deus age através da História e nós, somos os instrumentos de Deus. Muitas vezes os grandes desafios de Deus começam nas coisas mais simples de nossa vida: Todo o processo de luta de Davi com Golias e a sua vitória começou com a sua simples e justa obediência ao seu pai Jessé, indo levar alimento para os seus irmãos no campo de batalha.
Deus no seu processo revelador e salvador sempre se valeu de homens e mulheres. Há muitas coisas a serem feitas na Seara do Senhor; então, por que não podem ser realizadas através de mim?
Devemos ser obedientes a Deus, fazendo o que nos compete, usando dos recursos que Ele mesmo nos forneceu em nossa caminhada. Deus sempre conduz o Seu povo em triunfo, mesmo em meios aos mais escaldantes desertos da vida. Os cursos de graduação, pós-graduação, mestrado e doutorado do Senhor localiza-se no deserto, na caverna de Adulão! Os maiores Phds em Divindade sairam dessa escola. Matricule-se já!
N’Ele, Líder por excelencia,
Francisco A Barbosa [ton frère dans le sauveteur Jèsus Christ].
Professor de EBD na IEAD Ministério Belém, em São Caetano do Sul, SP


BIBLIOGRAFIA PESQUISADA
- FINNEY, C. Teologia Sistemática. RJ: CPAD, 2001.
- Bíblia de Estudo DAKE, CPAD-Ed Atos
- Bíblia de Estudo Genebra, Ed Cultura Cristã – SBB

terça-feira, 20 de outubro de 2009

DAVI E O TEMPO DE DEUS EM SUA VIDA

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POR JOSÉ ROBERTO A. BARBOSA

DAVI E O TEMPO DE DEUS EM SUA VIDA
Texto Áureo: I Sm. 24.6 - Leitura Bíblica em Classe: I Sm. 24.4-8

Objetivo: Mostrar que mesmo estando ungido a mando do Senhor para ser o rei, Davi soube esperar o tempo de Deus para ocupar o trono de Israel.

INTRODUÇÃO
Na lição de hoje veremos que Davi, mesmo tendo sido ungido rei e sob as ameaças de Saul, não perdeu a esperança no Senhor. Antes esperou, com paciência, a concretização do tempo de Deus em sua vida. Destacaremos, ainda nesta aula, a importância do cristão não se deixar levar pelas circunstâncias e a aprender a confiar no Senhor. Mesmo nas situações adversas, aprenderemos que Deus está no controle de tudo, portanto, temos motivos para esperar pelo tempo de Deus.

1. AS AMEAÇAS DE SAUL
O capítulo 24 de I Samuel nos apresenta um vislumbre do relacionamento crítico entre Davi e Saul. Lemos, inicialmente, que Saul perseguia e ameaçava Davi de morte a todo instante. Davi, por outro lado, mesmo tendo oportunidade, não intenta contra a vida do rei, considerando ser esse um “ungido do Senhor”. O autor do texto diz que, em certa ocasião, Davi se dirigiu a Saul, enquanto esse repousava, como se fosse matá-lo, mas em obediência ao Senhor e respeito ao rei, cortou apenas a orla do manto de Saul. Esse pedaço de tecido serviria de demonstração da vantagem que Davi teve para pôr fim à vida do rei. Mas ao invés disso, preferiu poupar-lhe, chamando-o mesmo de pai (I Sm. 24.11). Com essa atitude Davi quis mostrar a Saul que esse estava errado ao tentar matá-lo. Ao invés de agir pelo ódio, com espírito de vingança, Davi opta pela graça e a misericórdia. Ele se nega a agir a partir dos mesmos princípios que o rei. Depois desse episódio, Saul, por algum momento, ainda que tomado pela emoção, demonstra remorso das suas ameaças e tentativas de morte dirigidas a Davi (I Sm. 24.11). Saul é um modelo de alguém que não se deixa levar facilmente pelas emoções, que demonstra equilíbrio diante das situações adversas. Quando as pessoas agem desse modo, predomina sobre elas o espírito de retaliação, por conseguinte, têm dificuldade para liberar graça e perdão. Os cristãos são chamados a agir como Davi, exercitando o perdão, e, mesmo diante dos inimigos, responderem ao mal com o bem (I Sm. 24.7; Mt. 5.44; Rm. 12.14,19).

2. DAVI ESPERA O TEMPO DE DEUS
Mesmo ungido rei, demorou muito tempo até que Davi assumisse o trono de Israel. O tempo de espera, no entanto, não foi de tranqüilidade. Devido as perseguições de Saul (I Sm. 18.6-9), Davi precisou se refugiar várias vezes. Para não ser morto por Saul, esteve na escola profética de Samuel em Rama e residiu na casa dos profetas (I Sm. 19.18-20). Nessa ocasião, Davi abriu seu coração para o velho Samuel e declarou tudo quanto Saul estava lhe fazendo (I Sm. 19.18). Esse período na escola profética trouxe refrigério espiritual para Davi durante aqueles tempos de angústia. Davi também encontrou refúgio na casa do sacerdote Aimeleque, ainda que a família desse sacerdote tenha sido praticamente eliminada por causa dessa ajuda (I Sm. 21.1-9; 22.6-22). Em um dos momentos mais difíceis, Davi foi obrigado a procurar abrigo no território do inimigo (I Sm. 21.10-15; 27.1-7). Após ser descoberto pelos filisteus, que eram incitados por Saul para destruí-lo, fugiu para e escondeu-se na caverna de Adulão. Naquele local ele recebeu o conforto de sua familiar e pode revigorar-se para seguir adiante (I Sm. 22.1). Mesmo assim, a situação de Davi, diante de todas as perseguições e dificuldades, poderia levá-lo a desacreditar nas promessas de Deus. Ao invés do trono prometido, Davi somente via lutas, perseguições e dificuldades. Como José na prisão egípcia, Davi não se deixou controlar pelas circunstâncias, preferiu confiar na Palavra de Deus, e esperar com paciência pelo Senhor (Sl. 40). Isso porque tinha consciência de que Deus tinha um plano em sua vida e que Ele – ao Seu tempo - haveria de executá-lo (I Sm. 22.3).

3. ESPERE O TEMPO DO SENHOR
Os crentes em Jesus devem aprender com Davi, e tantos outros heróis da fé, a esperar com paciência o tempo de Deus para a execução de Seus desígnios. Ao invés de tomar decisões precipitadas, Davi permaneceu na presença de Deus (II Sm. 7.18). No Senhor estava a sua confiança, por isso, depositava sobre Ele os ditames das sua vida (Sl. 25.5), para obter auxílio ou proteção (Sl. 33.20), para ter vitórias sobre seus inimigos (Sl. 37.7,9,34; 52.9), para alcançar segurança em perigos iminentes (Sl. 40.1; 59.9), para encontrar refúgio quando traído ou oprimido (Sl. 62.1,5) e o perdão amoroso de Deus quando pecava (Sl. 130.5,6). Esperar é um teste de submissão para qualquer cristão, é uma demonstração de confiança em Deus. Mas é antes de tudo uma escola de aprendizado, pois na medida em que esperamos no Senhor, temos tempo para reconhecer Sua grandeza, a amadurecer na fé, a ter convicção nas coisas invisíveis (Hb. 11.1), haja vista que sem fé é impossível agradar a Deus (Hb. 11.6). Sábias as palavras do salmista quando diz: “Espera no Senhor, anima-te, e ele fortalecerá o teu coração; espera, pois, no Senhor” (Sl. 27.14). Mesmo que a realidade tangível pareça ir de encontro às promessas de Deus, devemos continuar ouvindo a Palavra, pois a fé vem pelo ouvir, e ouvir a Palavra de Deus (Rm. 10.17). Ainda que perseguições, dificuldades e provações tentem nos assolar e o desespero queira sobrepujar a esperança, somos desafiados a direcionar palavras de encorajamento à própria alma, dizendo: “Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas em mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei pela salvação da sua face” (Sl. 42.5,11).

CONCLUSÃO
Deus está no controle de todas as situações, Ele não nos abandonou ao acaso. Essa percepção tem sido ofuscada pelo pensamento moderno acostumado a viver no tempo- kronos, isto é, pela compulsão frenética da vida que nos impulsiona a agir, de preferência o mais rápido possível, afinal, para muito "tempo é dinheiro". Há aqueles que, como Saul, têm medo de ficar para trás, por isso, querem tirar todo proveito do tempo-kronos. O cristão, como Davi, sabe que Deus está para além do tempo-kronos (Sl. 90.4). E guiado por essa verdade, pode descansar, confiar no cumprimento exato das promessas divinas, a depender da execução da Sua vontade no tempo-kairós que Ele mesmo estabeleceu. Vivendo nessa dimensão é possível esperar com paciência no Senhor, e a permitir que Ele dirija, pelo Seu Espírito, todos os passos da existência.

BIBLIOGRAFIA
BALDWIN, J. G. I e II Samuel: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2008.
SWINDOLL, C. R. Davi. São Paulo: Mundo Cristão, 2009.

DAVI E O TEMPO DE DEUS EM SUA VIDA

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ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
LIÇÃO 04 - DIA 25/10/2009
TÍTULO: “DAVI E O TEMPO DE DEUS EM SUA VIDA”
TEXTO ÁUREO – I Sm 24:6
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: I Sm 24:4-8
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e.mail: geluew@yahoo.com.br





I - INTRODUÇÃO:

- Em geral...

- Ficamos felizes quando Deus, imediatamente, responde “SIM”;

- Ficamos muito aborrecidos quando Deus responde: “NÃO”; e

- Ficamos precipitados, ansiosos, impacientes e duvidamos da ação de Deus em nossas vidas, quando Ele determina: “ESPERE”!



II - DEVEMOS TER CUIDADO COM A PRECIPITAÇÃO E A IMPACIÊNCIA:

- Davi aguardou pacientemente o tempo de Deus para assumir o trono de Israel: Não houve atraso, nem precipitação.

- Antes de tomar posse como rei de Israel, Davi permaneceu na "escola de Deus";

- O Senhor educa os seus servos no deserto, nos montes, nos vales, nas cavernas...


- A "escola de Deus" é totalmente diferente da "escola secular". Nesta, os professores, de início, ministram as lições e, só depois, as provas.

- Na "escola de Deus", o Mestre dos mestres ministra primeiro AS PROVAS e só depois NOS DÁ A LIÇÃO!

- Só depois das provas foi que Davi aprendeu a lição de que, sem Deus não somos nada, não somos ninguém!

- É como ensina o teólogo Moody:

- "Moisés passou 40 anos no Egito pensando que era alguém; passou mais 40 anos em Midiã aprendendo que não era ninguém; e passou mais 40 anos no deserto aprendendo e descobrindo o que Deus pode fazer por meio de um ninguém" - Hb 11:23-29


ALGUMAS PESSOAS QUE POR CAUSA DA PRECIPITAÇÃO, PREJUDICARAM SUAS VIDAS E AS DE OUTRAS:- (A) Adão e Eva – Precipitaram-se, ao se deixarem levar pelo desejo descontrolado - Gn 3.6

- (B) Sara – Precipitou-se, porque gerenciou o problema do seu jeito - Gn 16:2

- (C) Moisés – Precipitou-se, resolvendo fazer justiça com as próprias mãos – Ex 2:11-14

- (D) Jonas – Precipitou-se, tomando a decisão da fuga - Jn 1:3

- (E) Pedro – Precipitou-se, deixando-se levar pelo seu ímpeto emocional - Jo 18:10.

- (F) Ananias e Safira – Precipitaram-se, ao se deixarem seduzir pelo amor ao dinheiro - At 5.1-5

- Leiamos Pv 14:29; 19:2; Ec 5.2


ALGUNS QUE FORAM IMPACIENTES:

- (A) Moisés, sob a murmuração de Israel (Nm 20:10)

- (B) Naamã, sob as condições impostas pelo profeta Eliseu (II Rs 5:11-12)

- (C) Jonas, ao morrer a aboboreira (Jn 4:8-9)

- (D) Os discípulos, ao clamor da mulher siro-fenícia (Mt 15:23)

- (E) João e Tiago, em vista da hospitalidade dos samaritanos (Lc 9:54)

- (F) Marta, com sua irmã Maria (Lc 10:40)



III - PACIÊNCIA E CONSTÂNCIA:

- PACIÊNCIA = Virtude que faz suportar os males ou ofensas com resignação. Qualidade daquele que espera com tranqüilidade.

- CONSTÂNCIA = Perseverança; persistência; coragem; firmeza.


CINCO GRANDES PERÍODOS DE ESPERA DISCIPLINADA, EM FÉ PERSEVERANTE:

- (A) O PERÍODO SEM FILHOS DE ABRAÃO (Rm 4:17-21);

- (B) A ESCRAVIDÃO NO EGITO (Ex 2:23-24);

- (C) O EXÍLIO NA BABILÔNIA (Sl 89);

- (D) O PERÍODO INTER-TESTAMENTÁRIO (Lc 2:25; At 26:7); e

- (E) A IGREJA A ESPERAR PELA VOLTA DE CRISTO (Hb 9:28; 6:19-20).


IV - POR QUE CONFIAR E ESPERAR EM DEUS?:

- Só a confiança em Deus é capaz de comunicar paz à alma e transformar as incertezas de hoje em segurança futura - Jr 17:7; Sl 34:6-9; 118:8-9; Pv 16:20.

- (1) DEUS É A VERDADE - (Nm 23:19; Jr 1:12; Tt 1:2) - Deus não volta atrás naquilo que Ele pronuncia. A mentira é incompatível com Sua natureza. Ele tem poder para cumprir totalmente tudo aquilo que na Sua Palavra promete. Devemos, pois, ter em mente que quando tratamos com Deus, estamos tratando com um ser verdadeiro e disposto a cumprir as Suas santas e boas palavras. Por isso, devemos depositar nEle toda a nossa confiança, na certeza de que Ele estabelecerá o nosso direito e nos conduzirá a toda verdade. A verdade é um aspecto inseparável do caráter de Deus.

- (2) DEUS É FIEL - Js 21:43-45 - Se nos faltar alguma coisa no cumprimento das promessas de Deus, a falha é nossa, e não do nosso Senhor. Deus nunca falha; nunca hesita; nunca muda. Por sua própria natureza Ele é fiel e leal às Suas promessas e alianças. Mesmo assim, este atributo de fidelidade de Deus não exclui a possibilidade de Ele alterar Seus planos ou intenções sob determinadas circunstâncias. Por exemplo, Deus muda os Seus planos, às vezes, no tocante a juízo, em resposta às orações intercessórias do Seu povo fiel (Ex 32:11, 14) ou como resultado do arrependimento de um povo iníquo (Jn 3:1-10; 4:2)

- (3) DEUS AGE SEGUNDO O SEU CONSELHO - Pv 19:21; Is 14:24, 27; 46:9-11 - O conselho de Deus é o Seu plano eterno em relação ao mundo material e espiritual, visível e invisível, abrangendo todos os Seus propósitos e decretos. Deus tem absoluto controle sobre tudo e sobre todos e esta certeza deve produzir em nós confiança na inteligência divina em conduzir todas as coisas. É tremendamente confortador que numa época em que a mentira se vangloria de triunfar sobre a verdade e a desonestidade é contada em verso e prosa, podemos confiar no Deus fiel e verdadeiro.


V - CONSIDERAÇÕES FINAIS:

- SE CONFIAMOS EM DEUS...

- (1) DEVEMOS ORAR - A oração nunca deve ser utilizada como um meio de se constranger Deus a fazer o que não é do Seu agrado. Pelo contrário, deve ser uma forma de expressão da nossa comunhão com a Pessoa de Deus, uma expressão da nossa dependência da Sua autoridade. Quando oramos com confiança, podemos estar certos de que as nossas orações moverão o coração do Deus cuja mão move o mundo. Por sua confiança em Deus:

- (A) Moisés orou e o Senhor abriu o mar Vermelho (Ex 14:15-26);

- (B) Josué orou e o sol se deteve até que obteve vitória sobre seus inimigos (Js 10:12-15); e

- (C) Jesus orou e foi ajudado no mento de tomar a decisão que mudaria o curso de nossas vidas (Lc 22:41-43).

- (2) DEVEMOS DESCANSAR - (Is 50:7-10; 54:10; Sl 37:3-7) - Descansar no Senhor é um privilégio exclusivo daqueles que confiam na veracidade, fidelidade e soberania do conselho de Deus. Não se pode descansar em Deus quando se põe em dúvida as Suas intenções e se questiona o Seu direito divino de fazer o que Lhe agrada

- (3) DEVEMOS ESPERAR - Jr 10:23; Mq 7:7-8; Sl 27:14.



FONTES DE CONSULTA:


1) Comentário Bíblico Broadman - volume 1 - JUERP - Clifton Allen

2) A Bíblia Vida Nova

3) Deixe Deus Guiá-lo Diariamente - Editora e Distribuidora Candeia - Wesley L. Duewel

4) Mil Esboços de Gênesis ao Apocalipse - Editora Evangélica Esperança - Georg Brinke

5) Lições Bíblicas Maturidade Cristã - CPAD - 1º Trimestre de 1992 - Comentarista: Severino Pedro da Silva

6) Chamado a Orar - Obra Missionária Chamada da Meia-Noite - Wim Malgo

7) Dicionário Teológico - CPAD - Claudionor Corrêa de Andrade

8) Estudo bíblico: “Quando Deus Diz: Espere!” - Ely X. de Barros

9) Estudo Bíblico: “Arrumando a bagunça gerada pela precipitação” - Neuber Lourenço

DAVI E O TEMPO DE DEUS EM SUA VIDA

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Por Francisco A. Barbosa
TEXTO ÁUREO
"E disse aos seus homens: O SENHOR me guarde de que eu faça tal coisa ao meu senhor, ao ungido do SENHOR, estendendo eu a minha mão contra ele; pois é o ungido do SENHOR"
(1 Sm 24.6).

VERDADE PRÁTICA
Mesmo estando ungido a mando do Senhor para ser o rei, Davi soube esperar o tempo de Deus para ocupar o trono de Israel. 


OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
- Compreender que Davi, mesmo na adversidade, soube esperar.
- Conscientizar-se de que precisamos esperar com paciência o tempo de Deus.
- Identificar o tempo de Deus

Palavras Chave:


-Tempo: Momento ou ocasião apropriada (ou disponível) para que uma coisa se realize;
-Paciência: Virtude que faz suportar com resignação a maldade, as injúrias, as importunações etc. Perseverança, constância. Nome de certo jogo de cartas. Perder a paciência, começar a não poder mais esperar, suportar ou procurar. Revestir-se de paciência, esperar com calma.
-Prudência: Qualidade de quem age com moderação, comedimento, buscando evitar tudo o que acredita ser fonte de erro.

INTRODUÇÃO
Uma das grandes lições na história de Davi é a sua paciência para esperar o momento certo de ascender ao trono de Israel. Paciência adquirida do trato com as ovelhas, paciência advinda da fé – inteira dependência; segurança das coisas esperadas – em Deus; paciência que era também fruto do imenso respeito que demonstrava por aquele que, embora desvinculado da vontade divina, havia sido ungido (consagrado; separado) para ser o primeiro rei de Israel.
Davi tinha tamanho respeito por um homem - que havia sido ungido à mando do Senhor - que isso quase lhe custou a vida por mais de uma vez, e quando teve a oportunidade de livrar-se do rei rejeitado, recusou-se fazê-lo. Isso demonstra a reverencia de Davi para com Deus e sua soberania sobre os assuntos da humanidade, assim, Davi sentiu que não tinha o direito de estender a mão contra o ungido do Senhor – ainda que Saul não gozasse mais dessa unção.
Nesse episódio, conteve o ânimo dos seus homens e jurou solenemente que jamais faria mal algum a seu senhor, tamanho o seu respeito por aquele que havia assumido o trono por desígnio divino, recusou-se a fazer justiça com as próprias mãos e confiou em YAWEH TSIDIKENU (O Senhor, Justiça Nossa), deixando a Ele o julgamento e a vingança.
Esse respeito ao rei ungido e o temor ao que o mandou ungir ficou patente quando somente o fato de cortar a roupa de Saul, causou-lhe remorso (v. 5), pois com efeito, as vestes são um substituto da pessoa; tocar na roupa é tocar na pessoa.
Mediante estes fatos, resta-nos uma pergunta: por que o Senhor proporcionou esta oportunidade a Davi para livrar-se do seu perseguidor, entregando Saul em suas mãos?
Deus vocacionou e ungiu Davi para governar seu povo. Mas, da unção até a ascensão ao trono, seu caráter precisava ser moldado mediante o exercício da paciência. Ele teve que aprender a esperar, e esperar o tempo de Deus. Davi estava sendo moldado, seu caráter tinha que ser forjado no cadinho da paciência; o futuro monarca deveria passar por essa ‘prova de fogo’ e dar testemunho do motivo pelo qual foi ungido por Samuel: temor ao Senhor. Davi se enquadrou perfeitamente no texto de Hc 2.4, ele tinha plena confiança n’Aquele que o vocacionou, demonstrou aquelas virtudes recomendadas por Paulo em Rm 12.9-21.
Ter fé é ter certeza, plena convicção, e como resultado viver em inteira dependência. Davi deu testemunho que confiava em Deus, esta esperança trouxe-lhe paciência para esperar o desenrolar dos fatos, ele sabia que o Senhor estava no controle e cumpriria seus desígnios. - "Quando estamos esperando, o plano de Deus e o seu tempo perfeito são dignos da nossa confiança". Charles Stanley – Revista EBD
Definições:
Os gregos antigos tinham duas palavras para o tempo: chronos e kairos. Enquanto o primeiro refere-se ao tempo cronológico, ou sequencial, esse último é um momento indeterminado no tempo em que algo especial acontece. Teologicamente descreve a forma qualitativa do tempo, o "tempo de Deus", enquanto chronos é de natureza quantitativa humana, o "tempo dos homens".
Em síntese podemos dizer que chronos, o tempo humano (medido), é descrito em anos, dias, horas e suas divisões. Enquanto o termo kairos, que descreve "o tempo de Deus", não pode ser medido, pois "para o Senhor um dia é como mil anos e mil anos como um dia." (2 Pe 3.8).
Cronos na mitologia grega é o arquétipo do tempo, o que devora os próprios filhos escondidos no interior de Gaia (a Terra). É em essência o viver do futuro, mas pelo medo de ser vencido pelo desconhecido presente. Kairos é uma antiga palavra grega que significa "o momento certo" ou "oportuno".
As Escrituras vêem o tempo como um presente e uma oportunidade a ser usada sob a direção do Espírito Santo. Remimos o tempo para realizar aquelas coisas que estão de acordo com os propósitos de Deus. Nos dias corridos em que vivemos, a visão de tempo é como um produto que pode ser eficaz ou ineficazmente usado, disputado, administrado, economizado, perdido ou até convertido em dinheiro. A sociedade é regida pelo tempo chronos na busca desenfreada, frenética e compulsiva pelo prazer e pelo ter.

Diegese sobre Кαιρόζ, Χρόνοζ, ώρα e ןץ

Há pouco tempo atrás, ao estudar a vida do patriarca Abraão, seus altos e baixos, detive-me em determinado trecho da narrativa bíblica, e meditava acerca do tempo de Deus. Aquele patriarca esperou vinte e cinco anos desde a promessa feita em Gn 12.4, para ver seu cumprimento. Segundo Ellisen, “a primeira promessa de uma semente levou 25 anos para ser cumprida; a segunda, levou aproximadamente 700 anos. A promessa de um rei levaria mais 400” [ELLISEN, Id. Ibid., 1993, p.71]. E a vinda daquele em quem seriam benditas todas as nações, mais 1400 anos. ‘Bom é o senhor para os que se atêm a Ele’ (Lm 3.25). Creio firmemente que em sua onisciência, o Deus Todo-Poderoso determina soberanamente o seu tempo para cumprir fielmente suas promessas. É certo também que há um plano divino, eterno, que inclui propósitos e atividades de todo ser humano neste mundo. Ele participa dos acontecimentos aqui na terra e intervém para salvar seus servos fiéis do mal, cumprindo seus propósitos redentores. Ele está no controle de todos os acontecimentos ao nosso redor.
Será que Deus está sujeito ao nosso tempo? Gn 1.14 descreve o seguinte: ‘E disse Deus: haja luminares na expansão do céu, para haver separação entre o dia e a noite; e sirvam eles para sinais e para tempos determinados e para dias e anos’; o tempo – chronos - foi estabelecido pelo Criador, e como toda a criação, a Ele está sujeito. O Deus que criou todas essas coisas com suas respectivas funções, pode também interagir neles visando o cumprimento de seus propósitos. O que diremos então diante do milagre excepcional descrito em Josué 10.12-15? ‘Então, Josué falou ao Senhor, no dia em que o Senhor deu os amorreus na mão dos filhos de Israel, e disse aos olhos dos filhos dos israelitas: sol, detém-te em Gibeão, e tu lua, no vale de Aijalom. E o sol deteve-se, e a lua parou, até que o povo se vingou de seus inimigos. Isso não está escrito no Livro do Reto? O sol, pois, se deteve no meio do céu e não se apressou a pôr-se, quase um dia inteiro. E não houve dia semelhante a este, nem antes nem depois dele, ouvindo o Senhor, assim, a voz de um homem; porque o Senhor pelejava por Israel.’
Ainda poderia citar Isaias 38.8 onde o Senhor operou tremendo milagre a fim de sinalizar a Ezequias que Ele ouvira a oração e vira as lágrimas daquele rei e que o curaria: ‘eis que farei a sombra dos graus, que passou com o sol pelos graus do relógio de Acaz, volte dez graus atrás. Assim, recuou o sol dez graus pelos graus que já tinha andado.’
O tempo tal qual conhecemos, com seus dias, meses e anos, horas, minutos e segundos, está sob direção de Deus, é sujeito a Ele e é para Ele um instrumento para agir em nossa vida a fim de edificar-nos até a estatura de varão perfeito à medida de Cristo.
Tempo, do grego Кαιρόζ (kairós) significando medida de vida, proporção devida, um período fixo ou definido e às vezes um ‘tempo’ oportuno ou apropriado; Há ainda Χρόνοζ (Chronos) significando ‘espaço de tempo’, e ώρα (hõra) Significando qualquer hora, momento. No hebraico temos: ןץ (‘et) com sentido de período de tempo, tempo designado, tempo certo, estação. Esta palavra aparece também em outras línguas semíticas como o fenício, árabe e acadiano. Ocorre cerca de 290 vezes na Bíblia em todos os períodos: ‘Então, perguntou o rei aos sábios que entendiam dos tempos’ (Et 1.13); ‘...e tropeçarão no tempo em que eu os visitar, diz o Senhor’ (Jr 8.12); ‘Deus julgará o justo e o ímpio; porque há um tempo(ןץ-‘et) para todo intento e para toda obra’ (Ec 7.17); ‘et é usado para designar o tempo apropriado ou satisfatório para determinada atividade na vida; ‘tudo fiz formoso em seu tempo’ (Ec 3.11). Deus está no controle do tempo, muito embora, sua posição no terceiro céu, o paraíso de Deus revelado a Paulo em 2 Co 12, não sofra os efeitos do tempo, pois lá é eternidade, um eterno ‘agora’. Embora esteja numa dimensão não sujeita ao tempo terrestre, Ele o controla de tal maneira, que já desde o princípio, o tempo de todas as coisas estão determinados. [http://ogideao.blogspot.com/2008/12/diegese-sobre-e.html]

CONCLUSÃO
Davi esperou pacientemente no Senhor, e Ele ouviu a sua voz. Esperar o tempo de Deus é a garantia de não agirmos precipitadamente. É o segredo de quem quer fazer a vontade do Senhor. A Escritura diz que os nossos pensamentos não são os pensamentos de Deus, nem tampouco os nossos caminhos são os caminhos dEle (Is 55.8). O tempo do Eterno, evidentemente, não é o nosso tempo (Sl 90.4). Conhecedores desse fato, devemos confiar no Senhor e esperar nEle em todas as situações.

APLICAÇÃO PESSOAL
O tempo não é um inimigo, mas um amigo. Foi-nos encucado que devemos lutar contra o tempo, mas isso é loucura – e perda de tempo. Na busca pelo prazer, vivemos frenéticamente buscando aproveitar cada segundo, mas o resultado é dor e sofrimento, consequencia do pecado adâmico, mal interpretado pois, muitas vezes nos perguntamos: “porque Deus permite isso?”. Em sua soberania Ele pode sim intervir mas, respeita o livre-arbítrio e a escolha dos homens em auto-governar-se. Ele o permite, mesmo quando não consigo evitá-lo. Resta-nos então, encarar as dificuldades e percalços como aliadas na formação e aprimoramento do caráter e no preparo do futuro cidadão do céu.
Chronos serve para nos preparar. Quando compreendo e admito isso, consigo ver o tempo como algo que não é ruim, que serve para amadurecer-me e não pode tirar minha felicidade, porque esta está firmada em Deus – assim como encarava Davi.
No dizer de Paulo, o sofrimento tem uma finalidade bem definida. A demora no cumprimento das promessas também. Logo, o propósito de Deus na minha vida é usar o tempo para me ajustar ao ponto ideal, como afirma Davi, em Salmos 31.15: 'Os meus tempos estão nas tuas mãos...'
Quando o crente vive em inteira dependência de Deus, como define fé em Hb 11.1, entrega não apenas a condução do seu andar neste mundo, mas também deixa a sua mercê o tempo.
O que o crente deve fazer então, já que para tudo está determinado um tempo?
Entregar-se! Deixar que o Espírito Santo leve a efeito o plano de Deus em sua vida e ter cuidado para não se afastar da vontade de Deus perdendo a oportunidade quanto ao propósito divino para a sua vida: ‘tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu’ (Ec 3.1). Ao entregar-nos totalmente ao Senhor e ficarmos em sua dependência, nos enquadramos na Escritura de Ec 8.5 e 6 que diz: ‘Quem guardar o mandamento não experimentará nenhum mal; e o coração do sábio discernirá o tempo e o modo. Porque para todo o propósito há tempo e modo. Porquanto o mal do homem é grande sobre ele.’
Tudo devemos entregar ao Senhor, pois somos incapazes de guiar-nos sozinhos. E como o faríamos? Não sabemos discernir o que há de suceder e como haja de suceder! Só o Senhor poderá cumprir seus propósitos e no tempo exato, previamente determinado. Há tempo para tudo, e o seu tempo não é o nosso; somos imediatistas, Deus é paciente e sabe agir no tempo certo, quer seja ele Кαιρόζ (kairós); Χρόνοζ (Chronos); ώρα (hõra) ou ןץ (‘et).

N’Ele que é paciente e age no tempo certo,

Francisco A Barbosa [ton frère dans le sauveteur Jèsus Christ].
Professor de EBD na IEAD Ministério Belém, em São Caetano do Sul, SP

Bibliografia:
Bíblia de Estudo Dake – CPAD;
Bíblia de Jerusalém – Nova Edição, Revista e Ampliada – Paulus;
Dicionário Vine – CPAD
http://ogideao.blogspot.com/2008/12/diegese-sobre-e.html

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

DAVI NA CORTE REAL - VIVENDO COM SABEDORIA

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POR FRANCISCO A. BARBOSA

18 de outubro de 2009
Palavra Chave: Prudência: Qualidade de quem age com moderação, comedimento, buscando evitar tudo o que acredita ser fonte de erro.

Quando pensamos em Davi, logo nos vem a mente a idéia de que ele era pastor, matador de gigante, rei e antepassado de Jesus - um dos maiores homens do Antigo Testamento. Musico habilidoso, homem valente e vigoroso, homem de guerra, prudente em palavras de negócios, pessoa gentil, o Senhor era com ele (1 Sm 16.18). Este testemunho registrado em 16.18 não é mais daquele jovem de 13 anos, mas se refere a um tempo posterior, aqui ele já era um poderoso homem de guerra e prudente em negócios. Diferentes versões apresentam essas caracteristicas distintamente; Septuaginta: “rosto avermelhado, com belos olhos e gracioso na aparencia”; Peshitta: “ruivo, com belos olhos e muito formoso”; Berkeley: “rosto avermelhado, olhos cintilantes e aparencia formosa”. Com estes aspectos, Davi tornou-se o centro das atenções, tanto da tropa israelita como do povo em geral. Essa notoriedade trouxe novos desafios para o filho de Jessé, porém, o mais importante foi o seu proceder com sabedoria e discernimento na administração dos conflitos advindos dessa nova situação. O sucesso trouxe problemas, a admiração e o respeito do povo motivaram a inveja do rei agora possesso, que passa a buscar a morte do novo herói nacional e possivel futuro monarca.
A Igreja hoje também sofre com situações como essa, onde lideres apegados ao poder criam situações difíceis, acusações injustas, ameaças, obstáculos e prejuízos, decretando ‘morte’ a possíveis sucessores, enterrando talentos de pessoas realmente vocacionadas em detrimento outras apenas com aparencias, trazendo um dano terrível à Igreja. (para reflexão)

AS QUALIDADES E VIRTUDES DE DAVI
Em questão de tempo, é um longo caminho desde a designação profética de Davi como rei de Israel até sua ascensão ao trono; e ainda mais longo em termos de logística. Como um jovem rapaz, a quem nem mesmo a família considera como candidato a rei, ascende a essa posição, quando um rei paranóico já está nesse lugar, um rei que não hesita em matar seus concorrentes? A resposta a esta pergunta toma tempo e espaço nas Escrituras, mas os versos 14 a 23 nos dão uma amostra de como DEUS providencialmente faz aquilo que indica mediante Seu profeta.
Obviamente, Saul não faz idéia do que aconteceu, conforme registrado nos versos 1 a 13 deste capítulo. Se ele acreditar nas palavras de Samuel (pode ser também que não acredite, especialmente à medida que o tempo passe e ele continue como rei de Israel), será realmente afastado e substituído por um homem da escolha de DEUS. Ele não sabe que Samuel já designou e ungiu Davi como seu substituto, ou que o ESPÍRITO que DEUS lhe deu agora é dado a Davi. O que ele realmente sabe é que as coisas estão bem diferentes do que eram. Ele não vê mais Samuel (ver 15:35). Ele não sente a presença e o poder do Senhor, através do ESPÍRITO. O que ele experimenta mesmo é um fenômeno espiritual bem diferente. Um “espírito maligno da parte de DEUS”(vontade permissiva de Deus) se apossa de Saul, aterrorizando-o. Ele parece ter ataques quando o terror deste espírito está presente e épocas que são mais normais.
Como seria de se esperar, existem várias teorias sobre este “espírito maligno da parte de DEUS”. A aparição deste “espírito”, bem como o desaparecimento do ESPÍRITO SANTO, vêm da parte de DEUS. Ou seja, é o Senhor quem ordena que o ESPÍRITO SANTO deixe Saul. Será possível que o pedido de Davi para que DEUS não retire dele Seu ESPÍRITO (Sl. 51:11) seja, de certa forma, conseqüência daquilo que ele observa com seus próprios olhos enquanto está a serviço de Saul?
O espírito maligno também é da parte de DEUS. Isto não deveria ser nenhuma surpresa, uma vez que DEUS é soberano. Satanás não pode fazer nada a ninguém sem que DEUS permita (vontade permissiva) (ver, por exemplo, Jó 1 e 2). Para os servos de Saul, este “espírito maligno” não é novo ou incomum. Eles já o viram e o reconhecem, e sabem qual é o melhor tratamento para Saul. Todas estas coisas me levam a concluir que o espírito que oprime Saul seja demoníaco.
Os servos de Saul crêem que a música tenha efeito benéfico sobre Saul e recomendam que ele encontre um homem hábil no tocar da harpa para que, quando o espírito o atacar, o músico toque uma canção suave e acalme seu espírito atribulado. Saul aprova a idéia. Ele, acima de tudo, está aterrorizado pela opressão do espírito.
Subitamente um dos servos de Saul se lembra de alguém que se encaixa perfeitamente às suas necessidades. Em algum lugar ele viu e ouviu falar de Davi de Belém. Davi não é apenas um músico dotado que toca harpa com destreza, ele é também um valente, um homem de boa aparência e de bom senso. Mais importante, é um homem com que o Senhor está presente. As mesmas coisas que qualificam Davi como rei são aquelas que o qualificam para servir ao rei. As qualidades reais de Davi estão se tornando evidentes, até mesmo para aqueles que estão no palácio.
Saul convoca Davi com educação, no entanto, este é um convite que ninguém ousa recusar. O pedido é feito a Jessé, uma vez que Davi ainda vive sob seu teto. Pelas palavras de Saul a Jessé, fica claro que ele sabe que Davi é guardador de ovelhas (ver o verso 19). Jessé envia Davi ao rei junto com uma oferta de alimentos, onde ele começa a servir como seu criado. Conforme o caráter e as habilidades de Davi vão ficando mais evidentes para Saul, ele é promovido à posição de seu escudeiro, provavelmente o serviço mais íntimo e pessoal de qualquer um dos servos de Saul. Saul não só começa a respeitar as habilidades de Davi, ele também começa a amá-lo. Talvez Davi seja quase como um filho para ele.
Termina o período de experiência de Davi e ele toma posse do cargo, por assim dizer, junto ao rei. De forma adequada, Saul solicita a Jessé que permite que Davi permaneça a seu serviço. Assim é que, toda vez que Saul é atormentado pelo espírito maligno, Davi toca sua harpa e tranqüiliza o espírito atribulado do rei. O ESPÍRITO de DEUS em Davi faz com que o espírito maligno, durante algum tempo, se retire de Saul. Como Saul soletra alívio? D A V I.
O pecado do capítulo 15 é o fim para Saul; não é o fim do seu reinado, mas o fim da oportunidade para ele mudar e se arrepender. Mas, por que ungir Davi tanto tempo antes dele ser nomeado e coroado como rei? Primeiro, o ESPÍRITO que está sobre Saul para que desempenhe seus ofícios reais, pode agora ser removido e colocado sobre Davi. É no ESPÍRITO que Davi crescerá, amadurecerá e servirá a Saul, enquanto DEUS o prepara para o seu ofício. Como é irônico e inesperado que Davi sirva ao rei em preparação para servir como rei. Os caminhos de DEUS estão além da nossa capacidade de predizê-los.
Segundo, a unção de Davi acaba sendo um teste para os israelitas. Sua unção, diferentemente de Saul, é semipública. Seu pai e seus irmãos, assim como os homens proeminentes da cidade que comparecem ao banquete sacrificial, precisam saber que o novo rei que substituirá Saul está sendo designado. Na medida em que os homens compreendam que Davi é o próximo rei, sua reação é indicativa da alusão ao Rei de Israel e Seu Reino. Isto também determina seu lugar no reino de Davi.
É quase o mesmo hoje em dia. Quando o autor de I Samuel volta sua atenção de Saul para Davi, ele nos leva a refletir sobre um homem que é um protótipo de nosso Senhor JESUS CRISTO. Infelizmente, Saul se parece demais com Satanás. Saul recebe autoridade para governar segundo DEUS, no entanto, suas regras e seu governo se tornam mais importantes para ele do que o governo e as leis de DEUS. Por isso, ele é posto de lado. Davi é designado para ocupar seu lugar, para governar sobre o povo de DEUS com retidão. Satanás, como o Saul dos tempos antigos, foi rejeitado por DEUS. Na cruz do Calvário, nosso Senhor derrotou Satanás. Contudo, ele ainda está livre para se opor a DEUS, embora seu julgamento e sua punição sejam certos. Neste ínterim, JESUS CRISTO foi designado como o Rei de DEUS. Ele não apenas proclamou o reino de DEUS, Ele também o conquistou com Sua morte, sepultamento e ressurreição. Todos aqueles que se submetem a Ele como Rei entrarão em Seu reino e governarão com Ele por toda a eternidade.
A questão para você e para mim, hoje, é: “A quem serviremos?” Quem reinará sobre nós? A que reino iremos nos submeter? Por natureza, todos os homens são nascidos no reino de Satanás. Somente pelo novo nascimento, por confiar na obra de JESUS CRISTO na cruz do Calvário, é que os homens são transportados do reino das trevas para o reino da luz, do reino de Satanás para o reino de DEUS. Você já mudou os reis, meu amigo?
Samuel erra sobre quem será o rei de DEUS. Ele espera que o rei seja “alto, moreno e bonito”, por assim dizer. DEUS deixa claro a Samuel que a aparência externa não é Seu critério para a escolha do rei (I Sam. 16:7). Davi também tem boa aparência, mas esta não é a base para sua escolha por DEUS. Por desígnio divino, nosso Senhor JESUS CRISTO, o rei eterno de DEUS, também não devia ser reconhecido por Sua aparência: “Quem creu em nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do SENHOR? Porque foi subindo como renovo perante ele e como raiz de uma terra seca; não tinha aparência nem formosura; olhamo-lo, mas nenhuma beleza havia que nos agradasse. Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso.” (Is. 53:1-3)
“Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em CRISTO JESUS, pois ele, subsistindo em forma de DEUS, não julgou como usurpação o ser igual a DEUS; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz.” (Fp. 2:5-8)
Pelo que entendo destes textos e de outros, o Senhor JESUS não era uma pessoa que chamava a atenção, fisicamente falando. Os homens não eram atraídos a Ele por Seus belos traços ou por Sua voz profunda, tipo locutor de rádio. Os homens eram atraídos a Ele quando reconheciam Seu coração igual a DEUS, Seu ser igual a DEUS. Foram Sua submissão e obediência ao Pai que O distinguiram, junto ao fato dEle ter cumprido perfeitamente todas as profecias relativas ao Messias. Ele é aquele apontado por DEUS para governar e, quando Ele voltar, todos os homens se ajoelharão diante Dele e O reconhecerão como o Rei de DEUS (Fp. 2:9-11). A exortação das Escrituras é para que O recebamos como Rei e que nos tornemos parte de Seu reino, ou aguardemos Sua ira sobre nós como Seus inimigos (Sl. 2:10-12).
Talvez esta seja uma boa ocasião para falarmos sobre música e sua relação com o reino espiritual. Você deve se recordar que em I Sm. 10 (versos 5-6, 10-13) os profetas com quem Saul se encontrou, e a quem se juntou como “um dos profetas” (pelo menos por alguns instantes) quando o ESPÍRITO desceu poderosamente sobre ele, estavam acompanhados de instrumentos musicais - tamborim, flauta e harpa (verso 5). De alguma forma, a descida do ESPÍRITO sobre Saul (e talvez sobre os outros profetas) está associada à música, ou até mesmo seja principiada por ela. No capítulo 16, as possessões demoníacas de Saul são acalmadas pelo toque da harpa de Davi. Em 2 Rs. 3:14-15 uma vez mais, Eliseu chama um menestrel a fim de profetizar no ESPÍRITO. Entendo que a música deva ter algum tipo de papel na ligação (ou desligamento) com o reino espiritual. Acho que devemos ter muito cuidado com o tipo de música que ouvimos. Sei que tem havido muita discussão sobre o “rock”, e não desejo ser muito loquaz neste assunto, mas sugiro que haja um tipo de música potencialmente benéfico e, provavelmente um tipo que possa invocar o espírito errado. Este texto deve nos dar uma pausa para pensar no tipo de música que ouvimos e sua influência sobre nós.
Nossa passagem fala sobre a escolha de Davi para desempenhar uma função dada por DEUS - não para sua salvação. Alguns poderiam ficar tentados a se desviar desta passagem achando que DEUS escolheu salvar Davi porque ele tinha um coração voltado para Ele. DEUS escolheu Davi para servir por causa de seu coração. Há uma diferença enorme entre DEUS escolher para um serviço e Sua eleição para salvação. Se DEUS escolhesse salvar os que tivessem coração puro, Ele não salvaria ninguém: “Quem pode dizer: Purifiquei o meu coração, limpo estou do meu pecado?” (Pv. 20:9, ver Rm. 3:9-18). “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?” (Jr. 17:9, ver também Rm. 3:9-18)
DEUS não salva os homens devido àquilo que vê em seus corações e gosta do que vê. DEUS salva homens que são vis pecadores em seus corações e tem misericórdia deles, colocando seus pecados sobre Seu Filho, JESUS CRISTO. Somente CRISTO é sem pecado e, por isso, capaz de morrer pelos pecados dos outros. Há apenas uma pessoa em toda a história da raça humana cujo coração foi livre de pecado, e essa pessoa é JESUS CRISTO. DEUS salva aqueles que confiam Nele para serem perdoados de seus pecados e para terem o presente da vida eterna.
Hoje em dia há muita discussão sobre liderança, e devo dizer que as qualidades e qualificações procuradas nos líderes contemporâneos não são aquelas que DEUS buscou em Davi. Os evangélicos escolhem seus líderes quase nas mesmas bases que a sociedade secular. Procuramos homens que tenham “recursos” (dinheiro e influência) e “uma boa cabeça prá negócios”. DEUS buscou um homem que tinha um coração voltado para Ele. Creio que esta característica seja o primeiro e principal pré-requisito para o tipo de liderança que DEUS quer. Vamos procurar ser o tipo de homens e mulheres que DEUS busca para o Seu serviço.

APLICAÇÃO PESSOAL
"O Davi humano também teve uma falha séria que o poderia ter condenado não fosse o Mestre agindo em sua vida. O Salmo 51 fala sobre o pecado que quase o destruiu e nos ensina mediante o seu exemplo como nos arrependermos dos nossos próprios erros.
A oração de Davi se inicia com três pedidos ao Senhor: Misericórdia (v.1). Nenhum de nós merece a graça de Deus, porém Ele cuida de nós com ternura e intensidade, mesmo quando o nosso coração está distante dEle. Nosso amor pelo Senhor pode falhar, mas não o seu amor por nós. Renovação (v.2). A "tinta" de nossa falha deixa uma marca indelével em nossa vida e na dos outros; porém, podemos confiar na compaixão do Senhor para apagar o nosso pecado do livro de sua memória. Purificação (v.2). Somente Deus pode lavar a mancha e a sujeira do pecado. Queremos nos sentir puros outra vez, de modo que desapareçam toda a impureza que adquirimos e o legado de suas lembranças"

terça-feira, 13 de outubro de 2009

DAVI NA CORTE REAL - VIVENDO COM SABEDORIA

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ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
LIÇÃO 03 - DIA 18/10/2009
TÍTULO: “DAVI NA CORTE REAL – VIVENDO COM SABEDORIA”
TEXTO ÁUREO – I Sm 18:5
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: I Sm 16:18; 18:2-5, 13-14
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e.mail: geluew@yahoo.com.br





  • INTRODUÇÃO:
  • O melhor líder é aquele dotado do coração de um servo. Ele não exibe parcialidade, mas aprende a ser "escravo de todos". Via de conseqüência, o verdadeiro líder não é “senhor-dominador” dos seus liderados. Antes, é o seu modelo. Leiamos - I Tm 3:1-7; 4:14; 5:19, 22; II Tm 1:6 cf II Tm 2:24-26; Tt 2:7-8.

  • II - PROCEDIMENTOS DE DAVI PARA OBTER SUCESSO NA VIDA:
  • Deus rejeitou ao desobediente Saul; não julgou Davi pela sua aparência; o Espírito de Deus habitou naquele que Ele escolheu. Com isso, Davi foi muito bem-sucedido.

  • (A) matou o gigante Golias (deu a vitória ao exército de Israel);

  • (B) as mulheres cantaram para ele (ficou muito famoso);

  • (C) todo povo passou a admirá-lo e amá-lo (tornou-se um herói nacional);

  • (D) derrotou os exércitos inimigos e casou-se com a filha do rei (obteve lugar de honra na família real).


  • III – A INVEJA E A IRA DE SAUL:

  • INVEJA: Sentimento de rancor e ciúme em direção a outros por causa de seus bens ou boas qualidades.

  • A INVEJA é uma das maiores demonstrações de mesquinharia humana causada pela queda no pecado. Os invejosos chegam a fazer campanhas de perseguição contra suas vítimas, as quais, na maioria das vezes, não têm qualquer culpa por haverem despertado tal sentimento nos invejosos. Geralmente os mal-sucedidos têm inveja dos bem-sucedidos e procuram manchar e sujar a pessoa invejada.
  • Vejamos algumas características da inveja:

  • (A) A INVEJA É AMARGA – Tg 3:14-15 - A amarga inveja e o sentimento faccioso são inspirados pelo diabo. É fácil sermos atraídos por desejos errados devido às pressões da sociedade, e, às vezes, até mesmo devido a cristãos bem intencionados. Se não forem bem entendidos e trabalhados conselhos como “Faça valer os seus direitos”, “Persiga seus objetivos”, “Fixe metas elevadas”, podem nos levar à cobiça e à competitividade destrutiva. Buscar a sabedoria de Deus nos livra da necessidade de nos compararmos aos outros e de cobiçarmos aquilo que eles têm.

  • (B) A INVEJA É UM MONSTRO – Rm 13:13 - Essa emoção, que algumas traduções vertem para “invejas”, sempre será destrutiva, e, na linguagem simbólica moderna, tem sido, mui acertadamente, caracterizada como um “monstro”. Pode ocorrer entre duas pessoas particulares ou pode assumir um caráter “público”, quando ocorrem as “divisões” ou facções dentro de uma igreja ou dentro de uma sociedade qualquer.

  • (C) A INVEJA DESTRÓI – Jó 5:2 - Evitemos ressentimento, recusa de perdão e inveja. Creiamos que estas atitudes são destrutivas para todos nós.

  • (D) NÃO NOS CONTAMINEMOS COM A INVEJA – Mc 7:21-23 - O pecado começa a ser concebido com um simples pensamento. Permitir que nossa mente acolha cobiça, INVEJA ódio ou vingança nos levará a pecar. Não nos contaminemos focalizando o pecado; antes, sigamos o conselho de Paulo em Fp 4.8.

  • (E) NÃO TENHAMOS INVEJA DOS ÍMPIOS – Sl 37:1 - Jamais devemos invejar os ímpios, embora alguns deles possam ser extremamente populares ou excessivamente ricos. Não importa quanto tenham, definharão como a relva e murcharão como a erva verde. Aqueles que seguem a Deus não vivem como os ímpios, por isso, herdarão tesouros no céu. O que um incrédulo adquire na terra pode durar toda a vida dele aqui, mas o que alcançamos seguindo a Deus, durará para sempre.

  • (F) NÃO TENHAMOS INVEJA DO SUCESSO DE OUTROS – At 13:44-45 - Os líderes judeus indubitavelmente trouxeram à tona argumentos teológicos contra Paulo e Barnabé; mas Lucas nos contou qual era a verdadeira razão da hostilidade dos judeus: a inveja. Quando vemos outros alcançando o sucesso e não o alcançamos nem recebemos o reconhecimento que almejamos, é difícil nos regozijarmos com eles. A inveja é nossa reação natural. Mas como é trágico quando nossos sentimentos de inveja tentam nos impedir de fazer a obra de Deus. Se a obra é de Deus, regozijemo-nos; não nos importa quem a esteja fazendo.

  • (G) NÃO COBICEMOS; NÃO INVEJEMOS – Gl 5:26 - Todos nós precisamos de uma certa dose de aprovação dos outros. Mas aqueles que se distanciam de seu caminho, a fim de assegurar honras ou alcançar a popularidade perante os outros, tornam-se convencidos e mostram que não estão obedecendo à orientação do Espírito Santo. Aqueles que procuram a aprovação de Deus não precisam invejar ninguém, porque somos seus filhos e temos o Espírito Santo como a amorosa garantia dessa aprovação.


III.1 - IRA - RAIVA = ACESSO VIOLENTO DE IRA, ACOMPANHADO DE FUROR E DESESPERO.

  • Vejamos algumas características da ira:

  • (1) É Proibida - Ec 7:9; Mt 5:22; Rm 12:19

  • (2) É Uma das obras da carne - Gl 5:20

  • (3) É Uma das características dos insensatos - Pv 12:16; 14:29; 27:3; Ec 7:9


III.2 - A IRA ou RAIVA ESTÁ LIGADA...

  • (1) Ao orgulho - Pv 13:10; 21:24

  • (2) À crueldade - Gn 49:7; Pv 27:3-4

  • (3) Ao clamor e à má língua - Ef 4:31

  • (4) À malícia e à blasfêmia - Cl 3:8

  • (5) À desavença e à contenda - Pv 21:19; 29:22; 30:33

  • (6) Às palavras pesadas que a atiçam-na - Jz 12:4; Pv 15:1


III.3 - CONSELHOS DA PALAVRA DE DEUS EM RELAÇÃO À IRA:

  • Devemos evitar os iracundos - Gn 49:6; Pv 22:24

  • A ira transforma-se facilmente em furor - II Cr 28:9; Dn 3:19; Lc 23:5; Jo 10:31; At 7:57; 22:23

  • Por isso, ao homem, a ira é proibida, pois a ira humana não estabelece a justiça divina - Sl 37:8; Pv 14:17; 16:32; 19:11; 22:24; 27:4; Ec 7:9; Mt 5:22; Cl 3:8; Tt 1:7; Tg 1:19-20


IV – UM RETRATO DE DAVI: O FUTURO LÍDER DE ISRAEL:

  • (1) É estimado por todo povo (I Sm 18:5);

  • (2) É um homem perseguido pelos possuídos por espírito maligno (I Sm 18:10-11);

  • (3) É um homem temido por seus adversários, que sabem que o Senhor é com ele (I Sm 18:12-15, 28-29);

  • (4) É amado por todo povo (I Sm 18:16);

  • (5) É um homem humilde (I Sm 18:17-18);

  • (6) É um herói vitorioso, honrado e estimado (I Sm 18:27, 30);

  • (7) O que Deus é para este homem (II Sm 22:2-3);

  • (8) É um homem que louva ao seu Deus (Sl 138:1-8).

V - A HUMILDADE DE DAVI:

  • HUMILDADE = Virtude com que manifestamos o sentimento da nossa fraqueza ou de nosso pouco ou nenhum mérito.

  • Apesar de Davi ser um homem amado e estimado pelo povo, a humildade foi diante da sua fama – Pv 15:33.

  • Vejamos algumas características da humildade e dos humildes.

  • (1) A HUMILDADE É ORDENADA (Mq 6:8; Mt 20:25; Lc 14:10; 22:26, 44; Rm 11:20; 12:3; Ef 4:2; Fp 2:5; Tg 4:10);

  • (2) DEUS ATENTA PARA OS HUMILDES (Sl 138:6; Pv 3:34; Lc 1:52; 18:14; Tg 4:6; I Pe 5:5);

  • (3) A FALTA DE HUMILDADE É CONDENADA NA BÍBLIA (II Cr 33:23; 36:12; Jr 44:10; Dn 5:22);

  • (4) O AVILTAMENTO DOS ORGULHOSOS É PREDITO NA BÍBLIA (Jó 40:12; Sl 101:5; Pv 15:25; 29:23; Is 2:12; Ml 4:1)


V.1 - POR QUE DEVEMOS SER HUMILDES?:

  • (1) NÃO TEMOS NADA DE NÓS MESMOS (Jo 3:27)

  • (2) SOMOS TOTALMENTE INDIGNOS (Gn 32:10-11; Rm 7:18)

  • (3) PORQUE DEUS NOS CONHECE (I Sm 2:3; Sl 139:1-7)

  • (4) NÃO SOMOS NADA SEM JESUS (Jo 15:5)

  • (5) SOMENTE ATRAVÉS DA HUMILDADE NOS TORNAMOS SANTOS e MAIORES NO REINO DE DEUS (Mt 18:4; Lc 20:26-28)

  • (6) O SENHOR É NOSSO MELHOR EXEMPLO (Fp 2:3-8)

  • (7) DEUS SOMENTE HABITA NOS HUMILDES; ELES GOZAM DA PRESENÇA DO SENHOR (Is 57:15)

  • (8) DEUS AJUDA E ABENÇOA OS HUMILDES (Mt 5:3-5; I Pe 5:6)

  • (9) HUMILDADE NOS CONDUZ ÀS RIQUEZAS, À HONRA E À VIDA (Pv 22:4)

  • (10) É CARACTERÍSTICA DOS SANTOS (Sl 34:2)

  • (11) OS HUMILDES SÃO CONSIDERADOS POR DEUS (Sl 138:6; Is 66:2)

  • (12) OS HUMILDES SÃO OUVIDOS POR DEUS (Sl 9:12; 10:17)

  • (13) OS HUMILDES SÃO LIVRADOS POR DEUS (Jó 22:29)

  • (14) OS HUMILDES SÃO EXALTADOS POR DEUS (Lc 14:11; 18:14)

  • (15) OS HUMILDES RECEBEM MAIS GRAÇA (Pv 3:34; Tg 4:6)

  • (16) OS HUMILDES SÃO MANTIDOS EM HONRA (Pv 18:12; 29:23)

  • (17) DEVEMOS SER REVESTIDOS DE HUMILDADE (Cl 3:12)

  • (18) DEVEMOS SER ENVOLVIDOS NA HUMILDADE (I Pe 5:5)

  • (19) DEVEMOS ANDAR HUMILDEMENTE (Ef 4:1-2)

  • (20) DEVEMOS TER CUIDADO COM A FALSA HUMILDADE (Cl 2:8, 23)

  • (21) AS AFLIÇÕES VISAM PRODUZIR HUMILDADE (Dt 8:1-3)


VI - CONSIDERAÇÕES FINAIS:

  • I Sm – 16:6-7 – Ao escolhermos um líder, olhamos para a pessoa atrativa. Falamos em carisma ou em personalidade vibrante. Gostamos de quem fala com eloqüência, de quem se veste com elegância. Para nós, por muitas vezes a liderança consiste em aparência exterior. Mas, apesar dessas coisas não serem pecaminosas em si mesmas e certamente serem características desejáveis, com freqüência tornam-se os fatores mais importantes para a determinação de um líder espiritual, de acordo com a perspectiva humana. No entanto, de acordo com o próprio Deus, o ingrediente mais importante é o interior, oculto no coração, e não algo externo. Deus escolheu Davi como líder por causa de sua força interior, pois o Senhor não olha para o exterior, Ele vê o coração.


FONTES DE CONSULTA:

1) Bíblia de Estudo Vida Nova

2) O Homem de Deus, Suas Características e Suas Responsabilidades - Apostila do Pastor Cleberson Horsth

3) As Sete Leis da Liderança Cristã – Ed. Abba Press – David Hocking

4) Estudo Bíblico “O segredo para o sucesso” – de Marilene Sousa da Silva

5) Pequena Enciclopédia Bíblica - CPAD - Orlando S. Boyer

6) Estudo Bíblico “A Inveja é Destruidora” – do Pr. João da Cruz Parente

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