segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

2 CORÍNTIOS

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EM BREVE SUBSÍDIOS PARA A PRÓXIMA LIÇÃO BÍBLICA

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

DAVI, UM HOMEM SEGUNDO O CORAÇÃO DE DEUS

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TEXTO ÁUREO

"E, quando este foi retirado, lhes levantou como rei a Davi, ao qual também deu testemunho e disse: Achei a Davi, filho de Jessé, varão conforme o meu coração, que executará toda a minha vontade" (At 13.22) - Segundo a minha escolha para governar o reino segundo a minha vontade (1Sm 13.14), Davi conduziu seu governo de acordo com a Lei, não permitindo a prostituição espiritual da nação nem transformando seu reino num poder ditatorial. Era característica sua buscar sempre a orientação do senhor em todos os assuntos de governo - assim entendemos que 'conforme o meu coração' refere-se à vida pública e não privada daquele rei.

VERDADE PRÁTICA

Fazer a vontade de Deus é o segredo de todo projeto bem-sucedido.

INTERAÇÃO

Amado leitor, com essa lição findamos o último trimestre de 2009 e pela misericordia do Senhor, pudemos acompanhar como que assistindo a um filme, a trajetória de vida de um homem que soube, ao longo de sua caminhada, levantar-se e seguir em frente. Fomos edificados, exortados e consolados através do exemplo de vida do "homem segundo o coração de Deus". Da mesma maneira que acontece conosco hoje, o personagem central da lição começou bem a sua carreira, teve alguns tropeços, no entanto, buscou a Deus, colocou-se de pé novamente e terminou os seus dias bem, na presença do Pai. A grande moral dessa história nos ensina que fazer a vontade de Deus é o segredo para se ter uma vida bem-sucedida. A Palavra de Deus diz que "Davi dormiu com seus pais e foi sepultado na Cidade de Davi" (1 Rs 2.10). Reconhecer nossos erros, arrepender-se deles e confessá-los é o caminho para cumprirmos bem nossa missão existencial. Vamos no exemplo de Davi, até alcançarmos a medida de varão perfeito, à estatura de Cristo!

OBJETIVOS

Após esta aula, seu aluno deverá estar apto a:
- Conscientizar-se que fazer a vontade de Deus é o segredo de todo projeto bem-sucedido.
- Compreender que Davi foi um homem segundo o coração de Deus, mas isso não significa que fosse isento de falhas.
- Descrever as características de Davi que tanto agradaram ao Senhor.


Palavra Chave: Servo - (latim servus, -i, escravo) Aquele que não dispõe da sua pessoa, nem de bens; Pessoa que presta serviços a outrem, não tendo condição de escravo (criado, servente, serviçal); Pessoa que depende de outrem de maneira subserviente; Aquele que não tem direitos, ou não dispõe de sua pessoa e bens.

INTRODUÇÃO
Aprendemos no decorrer deste trimstre que Davi foi um verdadeiro líder e isso fica comprovado pelas diversas vezes que esse homem é tomado como paradigma para outros reis no decorrer do texto . Constantemente, encontramos expressões que classificam os reis como os que governaram bem porque andaram no "caminho de Davi" (2 Rs 22.2); e os que governaram mal, pois não fizeram o que era reto aos olhos do Senhor, "como Davi" (2 Cr 28.1). O que o distinguiu dos demais monarcas a ponto de sua vida servir de referencial para avaliar todos quantos vieram depois dele? Muitos dos traços desse homem podem ser inferidos no texto sagrado e imitados por nós hoje, a fim de que possamos também, à seu exemplo, alcançarmos testemunho do próprio Deus: 'achei um homem segundo o meu coração'.

I. UM HOMEM PRONTO PARA SERVIR (AT 13.36)
1. Davi serviu voluntariamente a sua geração.
O texto de Atos 13.36 na versão atualizada traz a seguinte redação: "Porque, na verdade, tendo Davi servido à sua própria geração, conforme o desígnio de Deus, adormeceu, foi para junto de seus pais e viu corrupção". Paulo faz uma importante afirmação sobre Davi quando diz que ele viveu para servir. O modelo bíblico de liderança é aquele centralizado no caráter, ao contrario do que ensinava Maquiavel que era preferível ao rei ser temido do que ser amado. Elementos do caráter cristão como o temor de Deus, a coragem, a virtude, o altruísmo, a honestidade, etc., são postos em relevo. As técnicas mudam, mas os princípios do caráter não. O sucesso da admirável liderança de Davi veio dos princípios bíblicos observados por ele. Um dos primeiros passos para que possamos entender a questão da liderança cristã é adotarmos a perspectiva correta sobre Deus, Sua Palavra e Sua Obra. Nessa perícope observamos o segundo monarca de Israel sendo um ajudador do povo, e não o contrário. O modelo de Jesus para a liderança é justamente esse: "servir". Servir foi a missão do filho de Deus (Mt 20.28) e também a de seu ancestral humano, Davi.
2. Davi serviu a Deus com propósito. Há outro fato sobre Davi registrado no texto de Atos 13.22 que merece a nossa reflexão: "Achei Davi, filho de Jessé, homem segundo o meu coração, que fará toda a minha vontade". Essa frase pode ser interpretada como 'um homem de sua própria escolha' ressaltando a escolha soberana da parte de Deus bem como, à guisa de textos bíblicos tais como 1Sm 2.35; 16.7, entendemos que Davi, o escolhido do Senhor, 'era segundo o coração de Deus' no sentido de estar dedicado à sua vontade e aos seus propósitos. Davi viveu para o Eterno e, consequentemente, viveu também para os outros. A vontade de Deus aparece aqui como "o que se tem determinado e que será feito". Este homem, com seu coração de servo, realizou aquilo que o Senhor esperava. Davi viveu para o Eterno e, consequentemente, viveu também para os outros.

II. UM HOMEM PRONTO PARA CRER
1. O menor na casa de Jessé se tornou o maior em Israel.
A ascenção de Davi ao trono é feita providencialmente, não sendo o resultado do esforço humano ou da cobiça pelo poder. Ao ser incumbido pelo Senhor de ir até Belém ungir um novo rei, Samuel, como qualquer outro ser humano comum, era propenso a julgar por padrões humanos de aparencia externa, ao invés de julgar pelo coração, como Deus julga; aquele profeta não sabia a quem iria ungir, por isso atentou para aspectos exteriores. Mesmo estando ungido a mando do Senhor para ser o rei, Davi soube esperar o tempo de Deus para ocupar o trono de Israel. Uma das grandes lições na história de Davi é a sua paciência para esperar o momento certo de ascender ao trono de Israel. Paciência adquirida do trato com as ovelhas, paciência advinda da fé – inteira dependência; segurança das coisas esperadas – em Deus; paciência que era também fruto do imenso respeito que demonstrava por aquele que, embora desvinculado da vontade divina, havia sido ungido (consagrado; separado) para ser o primeiro rei de Israel.
2. O pequeno pastor que realizou proezas com o poder da fé. O desafio lançado por Golias ao exército de Israel era comum naqueles dias, onde se digladiavam dois campeões e o vencedor ganhava a batalha para o seu exército. Neste evento bíblico, Davi foi o campeão israelita que deu a vitória a Israel, quando seu exército já estava com o moral quebrantado e acuado pelo desafio lançado pelo gigante filisteu. Davi tinha experiência com Deus, adquirida não nos bancos de uma Faculdade, porém, no Campo de Batalha, no “batalhar pela fé”. Quem não matar o leão e o urso, não matará Golias. É no campo de batalha, é no confronto direto com os inimigos, é na realização da Obra de Deus que a fé cresce e se fortalece. Ao final da lição destacaremos o papel da confiança e fé de Davi enquanto exemplo para todos os crentes no enfrentamento dos inimigos espirituais: não importa a nossa estrutura, mas a fé no nome do Deus a quem servimos. “Maior é o que está em nós do que o que está no mundo” (1 Jo 4.4). A fé de Davi o transformou em um grande homem. De fato, é a fé que está por trás de cada uma das suas ações. Davi ainda muito jovem, colocou-se como o campeão dos israelitas para enfrentar o blasfemo Gigante filisteu, homem acostumado às batalhas, vestido com toda sua armadura (I Sm. 17.5-7), tal disposição heróica e louca de Davi, causou espanto ao guerreiro filisteu. Golias tomou tal atitude como um insulto.Sem perca de tempo, Davi confiante n’Aquele que o vocacionara para liderar a nação judaica, pela força do Ruach YAWEH, adestrado com sua arma, a funda, abateu o sanguinário Golias (1 Sm.17.49,50). Que irônico! Que vitória! Um jovem pastor e sua funda ganhando uma batalha para o seu exército! A missão estaria cumprida quando a cabeça do oponente estivesse separada do corpo sem vida (1 Sm. 17.50-24). Desta luta aparentemente desigual tiramos algumas lições:
1) enfrentar gigantes é uma experiência intimidadora - lemos com entusiasmo o relato bíblico sobre a vitória de Davi, mas, no dia-a-dia, lutar contra os gigantes não é uma tarefa fácil;
2) pelejar é uma experiência solitária - ninguém mais pode assumir o posto para o qual fomos chamados, cada um de nós precisa enfrentar os “Golias” que se apresentam contra nós;
3) confiar em Deus é uma necessidade - a menos que depositemos nossa fé em Deus, não conseguiremos ir muito longe, ficaremos aterrorizados pelo tamanho dos “gigantes” e
4) vencer traz conseqüências memoráveis - as vitórias do passado devem nos impulsionar para olhar com maior bravura para o futuro.
A fé de Davi estava por trás de cada uma das suas ações e a transformou em um grande homem.
III. UM HOMEM PRONTO A SE HUMILHAR
1. Quando buscou reconciliação com o Senhor.
Qualquer pecado desagrada ao Senhor, que fará justiça a todos os homens em seu tempo certo, de acordo com suas obras. Davi sendo um homem de justiça e um homem que executava a justiça, ele estava pronto para agir com relação ao homem da parábola proferida por Natã, não sabendo que ele mesmo era o antítipo daquele hoemem rico. Arrependido - sua maior virtude: sabia quebrantar-se ( Hb dakka: esmagado como pó; triturado) (Sl 34.18: ), recebeu o perdão divino, contudo, sofreu as consequencias. Davi estava disposto a assumir toda a culpa e sofrimento em detrimento do povo. Quando ele assumiu a culpa pelo pecado e colocou-se como o único merecedor de receber - em si mesmo e em sua familia - o castigo, tornou-se alvo da misericórdia de Deus.
2. Quando buscou reconciliação com o próximo. Deus vocacionou e ungiu Davi para governar seu povo. Mas, da unção até a ascensão ao trono, seu caráter precisava ser moldado mediante o exercício da paciência. Ele teve que aprender a esperar, e esperar o tempo de Deus. Davi estava sendo moldado, seu caráter tinha que ser forjado no cadinho da paciência; o futuro monarca deveria passar por essa ‘prova de fogo’ e dar testemunho do motivo pelo qual foi ungido por Samuel: temor ao Senhor. Davi se enquadrou perfeitamente no texto de Hc 2.4, ele tinha plena confiança n’Aquele que o vocacionou, demonstrou aquelas virtudes recomendadas por Paulo em Rm 12.9-21.Ter fé é ter certeza, plena convicção, e como resultado viver em inteira dependência. Davi deu testemunho que confiava em Deus, esta esperança trouxe-lhe paciência para esperar o desenrolar dos fatos, ele sabia que o Senhor estava no controle e cumpriria seus desígnios. - "Quando estamos esperando, o plano de Deus e o seu tempo perfeito são dignos da nossa confiança". Charles Stanley – Revista EBD. Construir relacionamentos é uma porta aberta à proclamação do evangelho. A exemplo de Davi, perdoando a Saul quando este o perseguia para matá-lo, e depois quando foi procurado no deserto por Abigail, esposa de Nabal, o carmelita (1 Sm 25), devemos passar por cima de toda e qualquer afronta, e por meio do diálogo fortalecer nossos relacionamentos em prol da causa do reino. Davi era um homem de diálogo e pronto tanto para perdoar como para se humilhar.

CONCLUSÃO
As experiencia vividas por esse rei no decorrer de sua vida proporcionou-lhe um conhecimento mais aprofundado do Senhor, ele sabia que YAWEH era poderoso para livrar e transformar o homem pecador. Davi foi o homem segundo o coração de Deus, no entanto, como aprendemos, isso não significa que fosse isento de falhas ou imune ao pecado. Ele teve seus acertos, mas também seus erros. Davi conhecia ao Senhor de modo pessoal, pois andava em sua presença. Conhecia ao Senhor por experiência própria e não porque ouviu falar dEle e isso foi o diferencial na vida desse monarca. Para ser um homem ou mulher segundo o coração de Deus, se faz necessário conhecê-Lo e viver inteiramente com Ele, obedecendo-Lhe em tudo. Os aspectos do caráter de Davi revelados nas Escrituras tornaram-no muito mais que um rei. Eles o transformaram em um líder-servo, um homem segundo o coração de Deus, que até hoje ilustra as histórias bíblicas para as crianças, inspira vocações e serve de referencial para nós, adultos.

APLICAÇÃO PESSOAL

Você deseja que Deus faça em sua vida o mesmo que fez com Davi? Esse monarca é lembrado e respeitado por seu coração voltado a Deus, apesar de suas fraquezas, possuía uma fé inabalável na fiel e perdoadora natureza de Deus. Ao assumir o trono, a preocupação de Davi foi em restaurar a adoração ao Deus de Israel trazendo a Arca para o centro nação e organizado o culto levitico, demonstrou a sua vontade em reconduzir a nação de volta ao seu propósito existencial: YAWEH e a Lei no centro da vida nacional. Foi um homem que amou a Palavra de Deus. Muitas vezes somos como Davi: amamos a palavra do Senhor, buscamos viver em sintonia com o Espírito Santo, mas vez ou outra alimentamos maus pensamentos, maus desejos, más conversações, ações erradas, e o pior, quando confrontados pelo Espírito Santo, damos desculpas mil, como: é culpa da outra pessoa; não pude evitar; todo mundo faz isso; foi um engano; o diabo me tentou... Tiago nos ensina que o teatro de operações dessa guerra espiritual é a nossa mente, é lá que alimentamos e permitimos que se tornem em ações, por isso Jesus foi incondicional quando afirmou que o simples fato de olhar para uma mulher e desejá-la em seu coração (pensamento), já cometeu adultério com ela.Davi errou ao alimentar o mau pensamento. Nós erraremos também, mesmo sendo tabernáculo do Espírito Santo, a mente não está cativa a Ele, devemos fazê-lo a todo custo, a fim de evitarmos o fracasso espiritual – “pensai nas coisas que são de cima e não nas que são da terra... mortificai, pois os vossos membros que estão na terra: a prostituição, a impureza; o apetite desordenado...”(Cl 3.3, 5). Quantas vezes nos deparamos com maus desejos, pecado sexual, impureza, lascívia, cobiça, ira, dissensões, malicia, calunia, linguagem torpe, mentira, tudo isso em detrimento do exercício da misericórdia, bondade, humildade, fé, mansidão, paciência, comedimento, perdão...Davi foi confrontado pela Palavra de Deus pronunciada pelo profeta Natã (1 Sm 12). Temos que levar cativos os nossos pensamentos à Cristo, só assim teremos uma atitude a fim de que não venhamos tropeçar (Rm 10.17; 1 Ts 1.6). O nosso maior mal é sermos ouvintes esquecidos, o crente necessita ouvir a Palavra, recebê-la e também nela meditar (Sl 1.2), muitas vezes ouvimos, processamos a informação e guardamos em nosso intelecto sem permitir que desça ao coração. A Palavra precisa ser aceita e acolhida por nossas mentes e corações. O bom soldado conhece sua arma, sabe resolver qualquer falha ou incidente, adestra-se em seu manejo. O que adianta armar-se com a Palavra ou estar cheio dela se não soubermos como usá-la? É preciso conhecer e manejar bem a Palavra da verdade (2 Tm 2.15), assim mesmo como um soldado adestrado para o combate. A Palavra de Deus é fundamental no processo de restauração, atuando como luz em nossas densas trevas. Ao finalizarmos esta lição, aprendemos que fazer a vontade de Deus é o segredo de todo projeto bem-sucedido.
N’Ele, que busca homens e mulheres segundo o seu coração,
Francisco de Assis Barbosa, [ton frère dans Le sauvateur Jésus Christ]

BIBLIOGRAFIA PESQUISADA
- Bíblia de Estudo DAKE, CPAD-Ed Atos
- Bíblia de Estudo Genebra, Ed Cultura Cristã – SBB;

DAVI, UM HOMEM SEGUNDO O CORAÇÃO DE DEUS

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DAVI – UM HOMEM SEGUNDO O CORAÇÃO DE DEUS
Texto Áureo: At. 13.22 - Leitura Bíblica em Classe: At. 13.22

Pb. José Roberto A. Barbosa

Objetivo: Refletir a respeito da importância da vontade de Deus na vida do crente a fim de que esse seja bem sucedido.

INTRODUÇÃO
As lições deste trimestre privilegiaram a vida de uma das figuras exponenciais da história de Israel. Davi, o homem segundo o coração de Deus, não pode passar despercebido. Aprendemos muito com suas experiências, tanto com suas vitórias quanto suas derrotas. Nesta última aula trataremos a respeito de Davi e o cumprimento da vontade de Deus em sua geração. Veremos também que nós, na geração atual, precisamos aprender a estar no centro da vontade de Deus.

1. DAVI EM SUA GERAÇÃO
Em At. 13.36 está escrito que Davi serviu à sua geração. O verbo “servir” merece destaque nessa passagem. Jesus também veio para servir, essa foi sua missão (Mt. 20.28). A missão de todo homem é viver não para si próprio, mas para Deus. Justamente por essa razão Davi é considerado um homem segundo o coração de Deus (At. 13.22). A expressão “segundo o coração de Deus” pode ser traduzida como “segundo a vontade de Deus”. Isso quer dizer que Davi era um homem que se conformava em fazer a vontade do Senhor. Isso não quer dizer que ele fosse perfeito, na verdade, o relato bíblico nos revela que Davi estava longe da perfeição. Mas ele era um homem sincero, que sabia o intento da sua vida, estava centrado no plano que Deus havia estabelecido para ele. De modo que mesmo nas fraquezas reconheceu seus pecados e se voltou para o Senhor, sabendo que não existe lugar melhor para estar do que no centro da vontade do Soberano. Essa consciência de Davi é um exemplo para os líderes cristãos. Devemos estar cientes dos planos que Deus estabeleceu para a vida de cada de um nós. Se não atentarmos para tal, corremos o risco de fazer as nossas próprias vontades, e, o que não é improvável, a vontade dos outros. Fazer a vontade de Deus deva ser a meta de todo cristão. Mesmo que uma determinada atribuição seja considera menos significativa, ou não dê muita visibilidade, valerá a pena se esse for o lugar para o qual Deus planejou.

2. A VONTADE DE DEUS NA VIDA DE DAVI
A vontade de Deus na vida de Davi se deu antes mesmo que ele nascesse. Em um dos salmos ele cantou a confiança de que Deus o havia formado no ventre da sua mãe (Sl. 22.9,10). Essa certeza de propósito apazigua o sentimento inócuo da sociedade moderna de que não passamos de mais um na multidão. A concretização da vontade de Deus na vida de Davi foi confirmada por ocasião da sua separação para reinar em Israel (I Sm. 16.11; 17.14,28). A convicção de tal chamado divino fez com que Davi vivesse sua vida pautada na fé. Mesmo diante das situações gigantescas ele aprendeu a confiar no Senhor (I Sm. 17.48). Quando Davi procedeu pecaminosamente perante o Senhor ele soube prostrar-se e voltar-se para Deus, tanto no caso de Bate-Seba (II Sm. 11,12), quando na execução do censo (I Cr. 21.7,17). O cristão não vive para pecar, mas não está isento do pecado (I Jo. 1.7-9). O que diferencia um homem (ou mulher) de Deus é que esse(a) quando peca não trata o pecado com conivência. Antes se entristece, buscar ao Senhor em arrependimento, e se volta a vontade de Deus (II Co. 7.10). O cristão quando peca sabe que aquele não é o seu lugar, a insatisfação e a culpa atuam de modo a apontar que existe um caminho melhor a ser seguido (I Jo. 3.6; 5.18). Como Davi, não devemos conviver com o pecado, antes buscar a reconciliação, primeiramente com Deus, e, se for o caso, com aqueles a quem ofendemos, afinal, esse é um princípio cristão, ensinado por Jesus aos seus discípulos (Mt. 5.23,24)

3. O CRISTÃO E A VONTADE DE DEUS
Como regra geral, a vontade de Deus é a mesma para cada pessoa na terra: ser conforme a imagem de seu filho, o Senhor Jesus Cristo. Existem alguns textos bíblicos que revelam os princípios da vontade de Deus para o cristão: 1) Rm. 8:28-29 – devemos nos assemelhar à imagem de Jesus Cristo; 2) Jo. 17:20-23 – Ele quer que vivamos em unidade, a fim de que o mundo possa identificá-lo em nós; 3) Ef. 4:13-15 – precisamos crescer no conhecimento de Jesus Cristo, de forma que não sejamos enganados por doutrinas enganosas da parte de homens fraudulentos. Especificamente, fazer a vontade de Deus deva ser o propósito de todo cristão que ama a Deus (Rm. 12.1,2). Os dias são maus, e diante dessa realidade, somos chamados pelo Senhor para entender a perfeita e agradável vontade de Deus (Ef. 5.17). Mas não apenas compreender a Sua vontade é suficiente, faz-se necessário cumpri-la (Sl. 143.30). Paulo dá instruções claras aos cristãos tessalonicesses a fim de que esses busquem a santidade, haja vista ser essa a vontade de Deus, principalmente no que tange à sexualidade (I Ts. 4.3,4). O apóstolo dos gentios também ensina que ao fazer a vontade de Deus o cristão está agrandando ao Seu senhor (Cl. 1.9,10). O intento de fazer começa pela oração, já que o próprio Jesus ensinou a pedir que a vontade de Deus seja feita na terra como é feita no céu (Mt. 6.10; Lc. 11.2; Rm. 15.30-32; Tg. 4.13-15). O cristão que conhece a vontade de Deus através da Palavra pode expressa-la por meio da oração. Essa é uma grande vantagem, pois Deus ouve todo aquele que ora segundo a vontade de Deus (I Jo. 5.14).

CONCLUSÃO
O cristão nunca encontrará a vontade de Deus ou o plano de Deus para sua vida fora da palavra de Deus. A vontade de Deus é alcançada através do processo de renovação da mente: “que sua mente esteja em você, assim como também estava em Cristo Jesus.” (Fp. 2:5). O cristão deve substituir os pensamentos carnais pelos pensamentos de Deus, imergindo-se na Palavra de Deus, conhecendo-O, levando cativo todo pensamento a Cristo. (II Co. 10.5).

BIBLIOGRAFIA
BALDWIN, J. G. I e II Samuel: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2008.
SWINDOLL, C. R. Davi. São Paulo: Mundo Cristão, 2009.

DAVI, UM HOMEM SEGUNDO O CORAÇÃO DE DEUS

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DAVI, UM HOMEM SEGUNDO O CORAÇÃO DE DEUS
TEXTO ÁUREO - “Achei a Davi, meu servo; com o meu santo óleo o ungi” (SI 89.20).
VERDADE PRÁTICA - A humildade de espírito predispõe o homem para o serviço de Deus, tanto na igreja como na sociedade.
LEITURA BÍBLICA - 1 Samuel 13.13,14; - Salmos 51. 1,4,10,12, 13.
INTRODUÇÃO
Israel estava vivendo uma crise na liderança política e na vida espiritual. Os filhos de Samuel, que deveriam julgar a nação com eqüidade, não trilharam os retos caminhos do pai (1 Sm 8.1-5). Desorientado, o povo decidiu buscar um rei que os governasse (1 Sm 8.5-9; -10.17-25). Elegeram a Saul. Apesar de cumprir os principais requisitos humanos, Saul foi rejeitado por Deus, em razão de sua infidelidade (1 Sm 13.14). É exatamente nesse contexto que surge Davi, um homem segundo o coração de Deus (1 Sm 13.14; 16.11-1 3).
I – QUEM ERA DAVI?
Davi era um jovem comum à sua época:
1. Descrição física: Não possuía uma aparência exuberante (I Sm 16.12).
2. Sua Ocupação: Pastorear as ovelhas de seu pai. (I Sm 16.11).
3. Sua Origem: Vivia num povoado pequeno, em Belém (I Sm 16.1).
4. Suas Habilidades: Davi foi um excelente músico (I Sm 16.18).
II – QUAIS OS ASPECTOS DO CARÁTER DE DAVI?
Davi é um dos principais personagens da Bíblia. Sua história é registrada em mais de sessenta capítulos da Bíblia; cerca de 60 referências são feitas a ele no Novo Testamento, além de figurar na genealogia do Senhor Jesus; até hoje é lembrado como o maior rei de Israel e, por duas vezes na Bíblia é chamado de “homem segundo o coração de Deus” (I Sm 13.14; At 13.22). Por que tanta honra a um homem que, apesar de notável, teve sua vida pontuada por graves pecados?
1. Davi era um homem cujo coração era inclinado ao Senhor: Davi era um homem espiritual, cuja vida estava em harmonia com os anseios de Deus (I Sm 17.36).
2. Davi era um homem humilde: Além de conhecer suas limitações (Sl 131; 40.12,17), Davi aprendeu a atribuir as suas vitórias a Deus (I Sm 17.37; Sl 34.4-7; 40.5-10; 124).
3. Davi era um homem sincero: Apesar de ser chamado pelo próprio Deus “O homem segundo o meu coração” (I Sm 13.14), Davi não era um homem infalível. Cometeu dois graves pecados: adultério e cumplicidade na morte de Urias (II Sm 11.1-22). Mas, quando repreendido pelo Senhor, através do profeta Natã, Davi confessa e arrepende-se de seus pecados (II Sm 12.13; = Sl 51).
III - Os aspectos do caráter de Davi podem ser visto em sua vida, mesmo depois que foi ungido rei de Israel:
3.1. Não deixou de lado sua vida de adoração, manteve sua devoção diária ao Senhor, seu “culto doméstico” nos campos de Belém, sendo assim citado por um servo de Saul como o músico que poderia acalmar o espírito perturbado do rei (I Sm 16.14-18).
3.2. Continuou com suas tarefas de pastor, mesmo sendo o ungido do Senhor (I Sm 16.19). Que belo exemplo a ser seguido por nós, o exemplo de um pastor que se portava como um rei, porque um dia seria rei com virtudes de um pastor.
3.3. Mesmo sendo promovido a músico do rei, continuava submisso ao seu pai, e de seu rebanho cuidava com fidelidade (I Sm 17.15).
3.4. Ele respeitava Saul, a quem substituiría, porque tinha consciência da vontade soberana de Deus em sua vida, e do controle que Ele exerce sobre todas as coisas (I Sm 17.58; 18.5; 19.1-7).
IV - DAVI, EXEMPLO DE UM ADORADOR
Ao estudarmos a biografia deste servo de Deus, observamos que Davi não foi apenas um pastor que se tornou em um guerreiro, e, posteriormente, no rei de Israel. Ele foi também um grande músico: compôs mais de 70 salmos, tocava muito bem a sua harpa e demonstrou habilidade na organização do cântico ao assumir o reino de Israel. Vejamos porque ele é um exemplo de adorador:
4.1. Davi foi conhecido como músico: Quando Saul estava sendo atormentado por um espírito mau, ele disse: “Buscai-me, pois, um homem que toque bem, e trazei-mo”. Um dos seus servos lhe respondeu: “… tenho visto um filho de Jessé, que sabe tocar …(I Sm 16.17,18). Esta expressão revela que o servo do rei conhecia a Davi, não apenas como um pastor de ovelhas, mas também como músico.
4.2. Davi foi obediente quando convidado para tocar a sua harpa diante do rei: Como ele já havia sido ungido rei de Israel, poderia negar-se a ser músico do rei. No entanto, ele não era apenas um músico, ele era um músico obediente: veio, trouxe presentes a Saul (I Sm 16.20) e tocou a sua harpa diante dele (I Sm 16.23).
4.3. Quando Davi dedilhava a sua harpa, o espírito mau se retirava de Saul: Qual será a razão pela qual aquele espírito mau se retirava? Com certeza, as músicas que Davi tocava, e com certeza, cantava, não eram músicas mundanas e superficiais, atendendo aos caprichos e gostos humanos. Eram músicas sacras e inspiradas por Deus. Muitas estão a nosso dispor, no livro dos Salmos.
V - DAVI, UM HOMEM QUE APRENDEU A LIDAR COM OS SENTIMENTOS HUMANOS
Como qualquer homem, Davi enfrentou momentos de crises, tais como: ódio, desejo de vingança etc. Os capítulos 24, 25 e 26 de I Samuel nos revelam fatos dignos de serem mencionados, quando estudamos sobre a vida de Davi. Eles nos oferecem lições importantes para aqueles que desejam melhorar em seu relacionamento com Deus e, conseqüentemente, com seu próximo.
5.1. Lidando com a vingança (I Sm 24.1-22): Davi teve a chance de matar Saul. Ele estava com seus homens nas cavernas de En-Gedi (fonte dos cabritos), quando Saul, vindo cansado de uma batalha, entrou na caverna onde Davi estava escondido com seus homens. Seria a oportunidade de por fim àquela perseguição? Foi o que seus guerreiros lhe disseram (v.4), mas não foi o que fez Davi. Ele deu a Saul provas de sua fidelidade, cortando apenas a orla de seu manto, mas preservando sua vida (vv.4-11). Davi tinha confiança em Deus, e não se deixou vencer pela tentação da vingança (Rm 12.18-21), além de ensinar essa lição para seus liderados (v.7).
5.2. Lidando com a ira (I Sm 25.2-13): A indiferença e a grosseria de Nabal fez com que Davi perdesse, por um período de tempo, a paciência que tanto lhe era peculiar. Isto nos ensina a termos cuidado com os sentimentos negativos que surgem em nossos corações, para não os alimentarmos. O mesmo Davi que se porta pacientemente com Saul, que sabe esperar no Senhor, que se recusa a ferir o ungido do Senhor, agora explode em raiva, perde o controle. Devemos ter cuidado (Pv 29.11).
5.3. Lidando com a misericórdia (I Sm 25.18-35): Davi foi abordado por Abigail, que com sabedoria o convenceu a não levar adiante seu plano de vingança. Davi por sua vez, foi humilde ao aceitar conselhos de uma mulher que jamais havia visto, uma desconhecida até então. Mas, o coração de um homem segundo o coração de Deus é inclinado ao perdão, à tolerância, e não sente dificuldade em voltar atrás em decisões que não agradam a Deus.
5.4. Lidando com a longanimidade (I Sm 26.1-25): Era a segunda vez que Davi tinha a oportunidade de matar Saul, mas, outra vez, poupou a sua vida. Davi nos ensina que não é difícil ser vingativo, maldoso e carnal.
O grande desafio é ser longânimo, é perdoar, é produzir o Fruto do Espírito, pois as obras da carne surgem sem que precisemos plantá-las (Mc 7.21).
VI - DAVI, UM SERVO FIEL E RESPONSÁVEL
6.1. No pastoreio das ovelhas.
Davi era muito jovem quando recebera de Jessé, seu pai, a incumbência de cuidar das ovelhas da família. Apesar de importante, esse trabalho aparentemente simples, era negligenciado por seus irmãos (1 Sm 16.11; 17.28). Mas, por incrível que pareça, foi justamente esse serviço que deu a Davi a capacidade de tornar-se um grande líder, e mais tarde, o rei de Israel.
Davi era capaz de arriscar a própria vida por uma ovelha (1 Sm 17.34, 35). Sua dedicação e responsabilidade eram suficientes para que Deus o tornasse pastor das ovelhas da casa de Israel (SI 78.70-72).
A despeito de ter sido ungido rei, o homem que era segundo o coração de Deus, continuou fiel na tarefa de apascentar as ovelhas de seu pai (1 Sm 16. 17-19). Essas características não são vistas em todas as pessoas que servem a Cristo.
6.2. Na corte do rei.
Mesmo sabendo que Deus o escolhera para sucessor do trono de Saul, Davi nunca se negou a dedilhar sua harpa perante o rei. Tocava-a com tanto desvelo e dedicação, que recebera do perturbado monarca, amor, amizade benevolência (1 Sm 16.21-23). Sem nunca reivindicar a posse do que era seu, o futuro líder de Israel fazia tudo que lhe vinha às mãos, apenas confiando no Senhor (Ec 9.10).
VII - ASPECTOS DO CARATER DE DAVI
No tempo determinado, o Senhor ordenou a Samuel que fosse à casa de Jessé, o belemita, ungir um novo rei (1 Sm 16.1). Aparentemente, o critério seria o mesmo utilizado na escolha de Saul: o candidato teria de ser o mais belo, mais alto e mais elegante jovem da região. Tendo isso em mente, Samuel estava certo de que o escolhido do Senhor era Eliabe, o filho mais velho de Jessé (1 Sm 16.6,7).
Por sua vez, o próprio Jessé, não tinha dúvida de que Abinadabe seria o eleito, ou quem sabe Samá... Ambos estavam enganados (1 Sm 16.8,9). “Porque o Senhor não vê como vê o homem. Pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração” (v.7). O Altíssimo não se preocupa com a aparência externa do homem, mas observa seu caráter impoluto, irrepreensível e santo. Por isso escolhera o pequeno Davi. É um desastre quando não se utiliza critérios bíblicos na separação de uma pessoa para o santo ministério (At 9.11-15; - E f4.1 1-12). O que tinha Davi de especial para que Deus lhe dispensasse tanta estima e consideração? As características de seu caráter revelam que ele era um homem que amava a Deus acima de todas as coisas, e nEle cria de todo o coração.
7.1. Coração de servo.
Davi nunca se queixou do laborioso e solitário pastoreio das ovelhas de seu pai. Ungido rei não hesitou em voltar ao seu trabalho habitual. Servia ao pai prazerosamente com o que sabia e mais gostava de fazer: estar com as ovelhas (1 Sm 16.19). Davi tinha um coração de servo! Deus mesmo chamou-o de servo (SI 78.70; - 89.20). É imprescindível a todo cristão avaliar o modo como serve a Cristo (Mt 7.2 1). Você o tem servido de todo o coração? Jesus é o maior exemplo de servo humilde e obediente ( Jo 4: 34; - Fp 2.5-8).
7.2. Humildade.
Davi era um homem humilde e reconhecedor de suas limitações (SI 131; 40.12,17). Apesar de ser um soldado inigualável, um comandante corajoso, um rei exemplar, sempre atribuiu todas as suas vitórias ao Senhor dos Exércitos (SI 34.4-7; 40.5-10; 124; 144.1,2). Quanto mais o homem se aproxima da bondade, santidade e grandeza do Altíssimo, mais consciente se torna de seus pecados, mazelas e misérias (Rm 7.24,25; 12.3).
7.3. Sinceridade.
Sabendo que todas as coisas estão diante do Senhor (SI 139), Davi nunca quis ser urna pessoa diferente do que real- mente era. Portava-se perante o Altíssimo com o coração sincero (SI 26.2; 38.9). Numa sociedade em que se valoriza excessivamente o exterior, Deus não leva em conta o que alguém diz sobre si mesmo, mas o que verdadeiramente é. Para o salmista, sinceridade e integridade são indispensáveis aos que desejam desfrutar de íntima comunhão com o Eterno (SI 15).
7.4. Dependência de Deus.
Davi dependia do Senhor em todos os momentos e circunstâncias da vida. Seu maior desejo era conhecer os caminhos de Deus, e para isso, punha-se sob sua direção em tudo que fazia (SI 17.5; 18.21; 25.4,5; 143.8,10). Jeová era seu mais precioso tesouro (SI 16.2,5; 142.5).
7.5. Coragem.
A coragem de Davi era incontestável: matou um leão e um urso (1 Sm 17.34,35), apresentou-se para enfrentar o gigante Golias (1 5m 17.32), lutou bravamente contra os filisteus sob risco da própria vida. Sua evidente coragem firmava-se na autêntica fé em Deus (1 Sm 17.37,45-47; 23.2-5).
7.6. Gratidão.
Davi não se cansava de exaltar ao Senhor por seus maravilhosos feitos. Seus salmos estão repletos de gratidão e louvor ao Todo-Poderoso (SI 9.1,2; 86.12; 138.1,2). Eles refletem a alegria, a satisfação e o reconhecimento por todas as bênçãos recebidas (Sl 7.1,17; - 8.1-9; - 13.5,6; - 16.7; - 18. 46,49,50; - 144.1,2; - 145.1-21).
7.7. Arrependimento.
Segundo a lei mosaica, Davi cometeu dois pecados imperdoáveis: adultério e - assassinato premeditado (2 Sm 12.9; ver Ex 20.13,14; - 21.12-15; - Lv 20.10; - Dt 22.23,24; - SI 51.14-17).
Saul também transgredira a Lei do Senhor e, em virtude disso, perdera até o trono. Mas realmente o que o torna diferente de Davi? Provavelmente sua atitude em relação ao: pecado. Ao pecar, Saul tentou justificar-se transferindo sua responsabilidade para o povo (1 Sm 13.13- 14; - 15.1-3, 9, 15-31), ao passo que Davi, arrependeu-se profundamente (2 Sm 12.1 3a; - SI 51.4).
O crente em Jesus que não reconhece seus erros e rejeita a disciplina do Senhor, poderá ter o mesmo destino de Saul (Mt 18.15-17; - 2 Ts 26-14). A Palavra de Deus é incisiva: “O que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia” (Pv 28.1 3). Davi arrependeu-se do que fez, pediu perdão a Deus de todo o e foi perdoado (2 Sm 12.13b; - SI 32:5; - 38:18; 51.3-19). Embora remido de sua iniqüidade, Davi sofreu as conseqüências do seu pecado (2 Sm 12.10-14; - Cl 6.7,8).
VIII. DAVI E SEU CONHECIMENTO DO SENHOR
O caráter de Davi foi lapidado por meio de sua comunhão com Deus e obediência irrestrita ás Escrituras. Ele era um profeta usado pelo Espírito Santo e conhecia profundamente a Deus (At 1.16; - 2-29- 36).
A revelação divina era tão profusa na vida do salmista que, às vezes, ele se prostrava reverentemente diante da grandeza do Senhor (SI 139.6,14, 17).
Veja como Davi descreveu seu conhecimento da natureza e do caráter de Deus.
8.1. Deus poderoso. Davi sabia que Deus não é apenas o Criador do Universo, mas também o que o mantêm sob total harmonia, garantindo a vida e o bem-estar do homem (SI 8; 19.1-6; - 24.1,2).
8.2. Deus que ouve seus filhos. A confiança de Davi originava-se da convicção de que o Senhor sempre ouve o clamor de seus filhos (SI 3.4; - 4.3; - 6.9; - 17.6; - 18.6;- 21.2). Nos momentos mais difíceis de sua vida, lá estava o salmista em oração.
As Escrituras nos orientam a levarmos as nossas necessidades em oração e súplicas ao Senhor, com a certeza de que Ele responde a oração do justo (Fp 4.6; - Jo 15.7; - Hb 11.6; - Tg 5.16).
8.3. Deus que julga com justiça.
A experiência de Davi o havia ensinado que somente o Senhor é capaz de julgar com justiça (SI 7.8- 11; - 9.7,8, 16; - Hb 1.8). No mundo atual, quando a justiça é questionável e, muitas vezes, falha, podemos estar seguros de que o nosso Deus está no controle da situação e, ao fim, julgará a cada um segundo os seus atos (At 17.31; - 1 Pe 1.17).
8.4. Deus Onisciente e Onipresente.
Davi se considerava seguro por saber que em todo o tempo, lugar e circunstâncias, sua vida estava sob o olhar e o absoluto controle do Senhor (SI 139). Hoje nós, cristãos, temos a promessa de que Jesus, o Emanuel, estará sempre conosco (Mt 28.20).
CONCLUSÃO
Davi, o homem segundo o coração de Deus, conhecia ao Senhor pelo fato de andar em sua presença. Ele, assim como o patriarca Jó, conhecia o Senhor por experiência própria e não porque ouviu falar dEle (Jó 42.5). Isto fez a diferença na vida do salmista e, com certeza, fará também na vida daquele que anda com Deus nos dias atuais. Para ser um homem ou mulher segundo o coração do Altíssimo é necessário conhecê-Lo e viver intimamente com Ele, obedecendo-o em tudo (Cl 1.10; - Rm 12.1,2). Amém
Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus (auxiliar)
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
Lições bíblicas CPAD 2007
www.radioboasnovas.net

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

DAVI E SEU SUCESSOR

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IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLÉIA DE DEUS EM ENGENHOCA – NITERÓI - RJ
ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
LIÇÃO 12 - DIA 20/12/2009
TÍTULO: “DAVI E O SEU SUCESSOR”
TEXTO ÁUREO – I Cr 22:9
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: I Cr 28:4-8
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e.mail: geluew@yahoo.com.br
 


I – INTRODUÇÃO:


·   Devemos nos preocupar com quem vai nos substituir na obra de Deus. Porém, tenhamos paciência, pois no devido tempo, o Senhor indicará o sucessor certo. Deixemos, pois, O Todo-Poderoso fazer a escolha e determinar o eventual substituto, posto que somente Ele tem poder de transformar um homem num verdadeiro líder (At 13:1-3).

II - QUANDO DEUS ESCOLHE O SUCESSOR, A VITÓRIA É GARANTIDA:

·   I Cr 22:5-19 – Anos antes, o Senhor havia revelado a Davi que Salomão seria o próximo rei de Israel;


·  Davi transmitiu essa revelação para Bate-Seba e também para o povo – (I Rs 1:13, 17); (I Cr 28:4-10; 29:1);


·  No entanto, Adonias reivindicou seus direitos ao trono de Israel, encabeçando duas rebeliões: uma antes e outra depois da morte de Davi. Em ambas, contou com o apoio de Joabe (general do exército) e do sumo-sacerdote Abiatar - I Rs 1:5-7; I Rs 2:10-22;


·  Quando Deus escolhe o sucessor, nem “general”, nem “sumo -sacerdote” poderão arrancar a bênção daquele que for o escolhido do Senhor para a substituição. Se não, vejamos:


·  (A) - Adonias morreu (I Rs 2:23-24) – Não tentemos, via rebelião, assumirmos cargo de liderança;


·  (B) – Abiatar foi deposto (cumpriu-se a sentença de Deus proferida por Samuel) - (I Rs 2:26-27); (I Sm 2:31-35) – Não tentemos “abençoar” àqueles que buscam cargos de liderança por meio de rebelião e que não tenham sido indicados por Deus!


·  (C) – Joabe também morreu – I Rs 2:28-35 -  As pontas do altar eram lugares de refúgio para o fugitivo que procurava salvar a vida das mãos dos seus perseguidores. Porém, de acordo com a Lei, somente OS HOMICIDAS INVOLUNTÁRIOS tinham direito de buscar asilo naquele lugar sagrado – Ex 21:12-14.


·  Este não foi o caso de Joabe! Quando  era tempo de paz, cometeu um duplo assassinato: O de Abner e o de Amasa – I Rs 2:28; II Sm 3:26-30; 20:9-10. 

.   Mas a verdadeira razão que determinou a morte de Joabe foi o seu apoio à rebelião de Adonias – I Rs 2:22.


·  Joabe, o general do exército de Israel, não pode contra o Senhor dos Exércitos, o Deus dos exércitos de Israel! 





.  O sumo-sacerdote Abiatar não conseguiu amaldiçoar o que Deus abençoou! – (I Sm 17:45 ); (Nm 23:8, 19-20, 23; 24:9 b).



·  Todos estes acontecimentos foram manifestações da graça divina e da fidelidade à aliança feita com Davi e seus descendentes; Salomão era o herdeiro dessa dádiva – II Sm 4:1-17.



.   Com temor e tremor leiamos Is 14:24, 27 e Is 66:1-2.



III - AS APARIÇÕES DE DEUS A SALOMÃO:


·  (A) – PRIMEIRA APARIÇÃO – Foi em sonhos. Deus solicitou o pedido; Salomão pediu um coração compreensivo – I Rs 3:5, 9.





. (A.1) - A resposta de Deus foi aprovadora: Concedeu discernimento e acrescentou bênçãos adicionais. 

.   (A.2) - Entretanto, uma condição foi apresentada junto com as bênçãos: “Se andares...  e guardares... - I Rs 3:10-14.




·  (B) – SEGUNDA APARIÇÃO - Veio após a dedicação do Templo – I Rs 9:1 - A bênção do Senhor permaneceu e é prometida como resultado da obediência e do culto fiel – I Rs 9:3-5;



·  (B.1) – Porém, ainda desta vez, a mensagem do Todo-Poderoso compõe-se de advertências de juízo sobre o povo e o templo: “se não seguissem a Deus de todo coração” – I Rs 9:6-9;



·  (C) – TERCEIRA APARIÇÃO - Veio como um julgamento por seus pecados. O reino seria dividido e tirado do controle da dinastia de Davi – I Rs 11:11-13;



·  (C.1) - ponto principal nesta terceira aparição constitui-se de divisão e perda. A partir de então, o império salomônico começou a desaparecer – I Rs 11:14-42.



IV - SABEDORIA VERSUS IDOLATRIA:


·  Salomão foi sucessor de Davi no trono de Israel com a idade de 20 anos, deixando enorme legado, fruto da sabedoria doada por Deus:


·  (A) - Construiu a casa do Senhor – I Rs 3:1;


·  (B) - Amou a Deus, andando como Davi, seu pai – I Rs 3:3;


·  (C) - Ofereceu muitos sacrifícios ao Senhor – I Rs 3:4;


· (D) - Foi humilde em sua petição, pedindo um coração compreensivo – I Rs 3:9;


·  (E) - Sua sabedoria foi a maior de todas, com grande discernimento judicial – I Rs 3:12, 16-28;


·   (F) - Sua riqueza foi incontável – I Rs 3:13;


·   (G) - Foi profundamente grato – I Rs 3:25;


·   (H) - Organizou o reino – I Rs 4:7-19;


·    (I) - Estabeleceu grande força armada – I Rs 4:24-28;


·    (J) – Foi superior aos sábios – I Rs 4:29-31;


·    (K) – Proferiu provérbios e discursos – I Rs 4:32-34;


· (L) - Desenvolveu grandes projetos de construções, destacando-se o Templo e a Casa da Floresta do Líbano (palácio de Salomão), que demoraram 23 anos para serem edificados – I Rs caps. 5 e 6;


·  (M) – Orou, dedicando o templo ao Senhor – I Rs 8:22-53;

·  NO ENTANTO, ALGO LEVOU SALOMÃO A SE TORNAR IDÓLATRA, ATRAINDO O JUÍZO DE DEUS PARA SUA CASA:


·  (A) – A insensatez de Salomão vista em sua vida luxuosa – I Rs 4:22-23; 10:21-23 – Embora os líderes de Deus não devam ser ascetas, nem por isso devemos nos entregar aos excessos do luxo – I Tm 6:10.


·  (B) – Seu casamento com mulheres pagãs estrangeiras e sua excessiva sensualidade – I Rs 11:1-3; Ne 13:23, 26 – Tenhamos cuidado! Satanás ataca os líderes em três pontos principais: sexo, dinheiro e poder.


·  (C) – Sua opressão ao povo – I Rs 12:4 – A fim de manter sua magnificente corte, Salomão taxou pesadamente o povo. Isto foi um fator de insatisfação, em face das dificuldades financeiras que o povo comum precisava enfrentar – Tg 5:4.


·  (D) – Sua sanção à idolatria – I Rs 11:4-8 – Talvez esse seja o aspecto mais trágico e incompreensível  do desvio de Salomão. Um homem que teve o privilégio de receber visitações divinas terminou a vida como fomentador das práticas idólatras. 

.   Desta forma, O CONSTRUTOR DO TEMPLO DO SENHOR TERMINOU SENDO CONSTRUTOR DE TEMPLOS PAGÃOS, DEDICADOS A VÁRIOS DEUSES! 


·  (1) - ASTAROTE (plural de Astarte) – Deusa dos sidônios  (Jz 2:13; 10:6; I Sm 7:3). - O culto a essa falsa deusa do amor incluía sacrifícios de animais, prostituição (masculina e feminina), práticas homoafetivas como parte do culto e sacrifícios humanos.


·  (2) - MOLOQUE – Também conhecido como MILCOM; MALCAN; e MOLEQUE – Uma divindade dos amonitas adorada com sacrifícios humanos  - Lv 18:21; I Rs 11:5, 33; II Rs 23:10; Jr 32:35; Am 5:26; At 7:43 – Este deus exigia sacrifício de crianças;



·  (3) - CAMOS ou QUEMOS – Nome ou título do deus dos moabitas (Nm 21:29; Jr 48:46); era adorado por meio do sacrifício de crianças (II Rs 3:27); foi destruído por Josias (II Rs 23:13-14).

.   MOLOQUE e QUEMOS eram os deuses de Amom e Moabe, cujas nações foram formadas com os descendentes de Ló, que cometeu incesto com as suas duas filhas; 

.   Vários autores sagrados aludem que, atualmente, esses deuses estão ligados ao lar, separando casais, matando crianças e levando à prática de incesto.


·  Diante de tais considerações, extraiamos algumas  lições  para nossa meditação:


·   (1) – SALOMÃO FOI SÁBIO, MAS NÃO PERMANECEU FIEL A DEUS – I Rs 3:5-14 – Por ser humilde e não pensar primeiramente em si mesmo, Deus não só atendeu o pedido de Salomão, mas deu-lhe também riquezas, fama e notoriedade – I Rs 4:34. 


·  (1.1) - O que se esperaria de alguém com todas estas bênçãos?: NO MÍNIMO, FIDELIDADE. 


·  (1.2) - Mas a verdade é que as pessoas se envolvem em laços; e, nem sempre ser sábio nos isenta de cairmos neles, pois a sabedoria deve ser prática e não teórica. Salomão não ouviu a voz da sabedoria; antes, deixou-se levar pela idolatria – I Rs 3:5-8

·  (2) – SALOMÃO FOI SÁBIO, MAS NÃO SE LIVROU DOS PERIGOS COM ENVOLVIMENTOS ERRADOS:


·  (2.1) – Deixou-se envolver pela fama da sua sabedoria e competência, esquecendo-se que tudo o que possuía vinha de Deus – I Rs 10:1, 7-9 ;


·  (2.2) – Deixou-se envolver pelos prazeres que o levaram à adoração dos deuses estranhos – I Rs 11:4;


·  (2.3) – Deixou-se envolver por interesses políticos, a fim de fazer negócios e agradar às suas mulheres estrangeiras – I Rs 11:1-2 comparar com Pv 2:16-19;


·   (2.4) – Deixou-se envolver por si mesmo, achando que depois de tudo o que havia conquistado, não precisaria mais de Deus; era autosuficiente – I Rs 11:6 comparar com Pv 3:5-8.


·  (3) – SALOMÃO FOI SÁBIO, MAS NÃO SE AFASTOU DA IDOLATRIA – A idolatria cega o entendimento e geralmente é conseqüência das seguintes atitudes:


·  (3.1) – Esquecer que Deus nos ama - Salomão se esqueceu do amor de Deus e isto o afastou do Senhor – II Sm 12:24-25;


·  (3.2) – Esquecer de quem somos e o que Deus fez por nós – I Rs 3:6-10. 

V - CONSIDERAÇÕES FINAIS:



·  Nm 27:12-23 – Ao saber que sua morte estava próxima, Moisés se preocupou com quem haveria de sucedê-lo e orou ao Senhor para que lhe indicasse seu substituto. Meditemos em alguns pontos:


·  (1) – Moisés pensou e se preocupou com o seu sucessor (o que muitos líderes hoje não fazem);



·  (2) – Moisés não cogitou nomes para a sucessão: um amigo, um parente, sua esposa ou até mesmo um de seus filhos;


·  (3) – Tampouco Moisés mencionou o nome de Josué, que tantas provas demonstrou de sua liderança e capacidade;



·  (4) – Moisés simplesmente orou ao Senhor e deixou que Ele tomasse esta iniciativa.

·  Que todos nós aprendamos esta bela lição e, acima de tudo, ponhamo-la em prática nas nossas vidas ministerial e de liderança, para glória de Deus! Amém.



FONTES DE CONSULTA:
  • Lições Bíblicas CPAD – 2º Trimestre de 1996 – Comentarista: Valdir Bícego 
  • Mil Esboços Bíblicos – Editora Evangélica Esperança – Georg Brinke 
  • A Bíblia Vida Nova – Edições Vida Nova 
  • 70 Esboços de A a Z – Editora Pró Logos – Caio Fábio 
  • Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia – Editora e Distribuidora Candeia – R. N. Champlin e J. M. Bentes

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