sexta-feira, 29 de maio de 2009

A Bíblia nos ensina a viver uma vida ética e santa

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Escrito por Pr. Antônio Dionízio da Silva 

Jo 15.1-16.

Veja aqui o estilo de João. Esse capítulo 15 é uma alegoria, isto é, dá a idéia de uma outra coisa. Aqui ele enfoca particularmente a doutrina e a ética da Igreja incluindo o discipulado. É bom examinar a apresentação da Igreja feita por João na alegoria da videira. O Antigo Testamento usa o vinhedo como símbolo de Israel. Esta metáfora, em muitos contextos, representa o povo de Deus. Porém, está relacionada em geral com o contexto de julgamento.

João comenta a sua visão: Jesus é o Tronco, o Pai é o Jardineiro e os crentes em Jesus são os ramos.

João começa com as seguintes palavras de Jesus: "Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador." As expressões "eu" e "verdadeira" no grego enfatizam sua singularidade como o caminho para Deus.

Outra palavra dita por Jesus é a "santificação" no versículo 2. Foi expressa pelo verbo "limpar", isto é, cortar, podar. Esta palavra tem o aspecto de tornar santo ou santificado. Fica óbvio que Deus quer ver limpo o crente.

João continuou na sua visão ética doutrinária nos versículos 3 a 5. Falam da união de Jesus e os crentes em termos figurativos do ramo e do tronco. O resultado dessa união é o crescimento. O texto diz "dar fruto"; os ramos não podem dar frutos a menos que estejam ligados ao tronco.

O texto remete o tema de amar e guardar os mandamentos; também derramou luz na palavra que diz "tenho vos dito isto"; Jesus introduz a palavra "amigos" e o faz contrastando-a com servos e escravos.

I - A função de uma vinha é produzir frutos

1) A responsabilidade do jardineiro é cultivar

2) Cabe aos crentes produzir

"Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento. Por isso, nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento. Ora, o que planta e o que rega são um; mas cada um receberá o seu galardão segundo o seu trabalho.Porque nós somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus." (I Co 3. 6-9)

3) Os crentes devem ser produtivos

Para fazer isto duas coisas são necessárias:

a) "Toda a vara em mim, que não dá fruto, a tira..." (Jo 15.2)

b) O Corpo de Cristo não deve ser enfraquecido por aqueles que apenas professam mas se recusam a dar frutos.

4) A exigência é limpar, ou seja, podar

É necessário para que dê mais frutos. É a ação de Deus revelada na purificação moral dos verdadeiros crentes; o Pai, Deus, tira as varas inúteis e limpa aquelas (os crentes) que não dão frutos.

II - Muitos cristãos concordam que a Ética Cristã está na Bíblia

1) Qual é a ética da Bíblia?

2) Como passar da Bíblia para nossas vidas práticas dos tempos atuais?

3) Estamos convencidos de que o fato principal da narrativa bíblica é Jesus Cristo.

4) A Ética, vista de uma perspectiva bíblica, preocupa-se com o estilo de vida a ser seguido pela igreja que tem fé em Jesus Cristo.

5) A Igreja deve sua existência ao antigo Israel, pois seguindo o exemplo de Jesus, os primeiros cristãos viam a si mesmos como a continuação do que havia começado na época do Antigo Testamento.

III - Qual é a base deste relacionamento de amizade?

1) Não está no mérito nem no trabalho do homem;

2) "Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, ..." (Jo 15.15);

3) não se deseja negar ao homem a sua livre ação moral mas afirmar que fora de Cristo o homem é impotente;

4) Jesus nos nomeou para darmos frutos, e que os frutos permaneçam.

IV - Os discípulos e o ódio do mundo

1) O que é deste mundo aborrece a Jesus e a seus discípulos;

2) a palavra "mundo" aparece cinco vezes;

3) as pessoas do mundo aborrecem Jesus, não o mundo físico; quem o rejeitou foi seu próprio povo: "Veio para o que era seu, e os seus não o receberam." (Jo 1.11)

4) A rejeição de Jesus não foi uma mera frustração de conveniência política, ou o desejo de preservar as tradições;

5) esse ódio intenso foi porque Ele ensinava o Reino dos Céus e a sua mensagem penetrava diretamento no pecado egoísta deles.

Palavras de Jesus: "Se a mim me perseguram, também vos perseguirão a vós; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa." (Jo 15.20)

Pastor Antônio Dionízio
Presidente da Igreja Assembléia de Deus - Missões em Campo Grande
Presidente da Convenção Estadual de Ministros das Assembléias de Deus de Mato Grosso do Sul

3º Trimestre de 2009 - I Epístola de João

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Lições Bíblicas Aluno - Jovens e Adultos

3º Trimestre de 2009
A cada trimestre, um reforço espiritual para aqueles que desejam edificar suas  vidas na Palavra de Deus.
No 3º trimestre de 2009, estaremos estudando o tema I João - Os fundamentos da fé cristã e a perfeita comunhão com o Pai
Comentarista: " Pastor Eliezer de Lira e Silva

SUMÁRIO DA LIÇÃO:
1- A Primeira Carta de João
2- Jesus, o Filho Eterno de Deus
3- Jesus, a Luz do Crente
4- Jesus, o Redentor e Perdoador
5- A Força do Amor Cristão
6- O Sistema de Viver do Mundo
7- A Chegada do Anticristo
8- A Nossa Eterna Salvação
9- O Crente e as Bênçãos da Salvação
10- Os Falsos Profetas
11- O Amor a Deus e ao Próximo
12- O Testemunho Interior do Crente
13- A Segurança em Cristo

Formato: 13,8 x 21cm / 64 págs
Acabamento: Grampeado
Periodicidade:Trimestral

 

Fonte: www.cpad.com.br

terça-feira, 19 de maio de 2009

HISTÓRIA DA ESCOLA DOMINICAL-

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PEQUENA HISTÓRIA DA ESCOLA DOMINICAL


Alderi Souza de Matos


A escola dominical é uma das instituições mais úteis, benéficas e duradouras da história do protestantismo. Ela se insere no contexto mais amplo da educação religiosa ou educação cristã, que sempre tem sido uma preocupação da Igreja, desde os tempos apostólicos. O interesse em instruir, educar e capacitar o povo de Deus foi muito importante no Antigo Testamento, no contexto da família e da vida religiosa de Israel. No período interbíblico surgiu uma importante agência educativa judaica que foi a sinagoga. O ensino recebeu enorme ênfase no ministério de Jesus, que foi mestre e reuniu em torno de si os seus discípulos. Na igreja primitiva, as atividades didáticas foram fundamentais para a propagação e consolidação do novo movimento, como se pode verificar amplamente nos livros do Novo Testamento.


1. Um notável pioneiro
A moderna instituição conhecida como “escola dominical” teve como seu principal fundador o jornalista inglês Robert Raikes (1735-1811). Ele era natural da cidade de Gloucester e em 1757, aos vinte e dois anos, sucedeu o pai como editor do Gloucester Journal, um periódico voltado para a reforma das prisões. Nessa época, estava ocorrendo na Inglaterra o extraordinário avivamento evangélico, com sua forte ênfase social. Inspirado por outras pessoas, Raikes iniciou uma escola em sua paróquia em 1780. Ele ensinava crianças pobres de 6 a 14 anos a ler e escrever e dava-lhes instrução bíblica.


A idéia de Raikes rapidamente se alastrou pelo país. Apenas cinco anos mais tarde, em 1785, foi organizada em Londres uma sociedade voltada para a criação de escolas dominicais. Um ano depois, cerca de 200.000 crianças estavam sendo ensinadas em todo a Inglaterra. No princípio os professores eram pagos, mas depois passaram a ser voluntários. Da Inglaterra a instituição foi para o País de Gales, Escócia, Irlanda e Estados Unidos.


2. Difusão nos Estados Unidos
No fim do século 18, quando ocorreu a independência dos Estados Unidos, muitas crianças, especialmente pobres, não tinham acesso à educação. As escolas dominicais vieram suprir essa carência, além de unir o ensino religioso ao ensino geral. A primeira escola dominical americana surgiu numa residência da Virgínia em 1785. Na década seguinte, foram criadas escolas em Boston, Nova York, Filadélfia, Rhode Island e Nova Jersey. Destinavam-se a crianças que careciam de educação, muitas das quais trabalhavam em indústrias. Na cidade de Pawtucket, Estado de Rhode Island, foi iniciada uma escola na primeira usina de algodão dos Estados Unidos. Os primeiros dirigentes em geral eram leigos e líderes comunitários; o texto usado era a Bíblia e as matérias incluíam leitura, redação e valores cívicos e morais. Essas escolas dominicais prepararam o caminho para a criação de escolas públicas.


3. A organização do movimento
A partir de 1800, os propósitos das escolas dominicais americanas passaram a ser instrução e evangelismo; elas transmitiam valores cristãos e o espírito democrático da nova nação. Era um trabalho não-denominacional ou, como se dizia na época, uma “associação voluntária”, reunindo pessoas de diferentes igrejas. Em 1824 foi fundada a União Nacional de Escolas Dominicais, que organizou os líderes, publicou literatura e criou milhares de escolas no interior do país. Na mesma época, muitas denominações começaram a criar as suas próprias uniões de escolas dominicais.


Até a década de 1870, existiram dois tipos de escolas dominicais: (a) missionárias, que evangelizavam crianças em áreas rurais e bairros pobres das grandes cidades; (b) eclesiásticas, que educavam os filhos dos membros das igrejas. Em 1869 reuniu-se a primeira Convenção Nacional de Escolas Dominicais (passou a denominar-se Convenção Internacional em 1875). Uma comissão passou a preparar um currículo de lições padronizadas para uso geral (Lições Internacionais). Surgiram normas para o uso do tempo e do espaço nas igrejas e o sistema foi levado para os campos missionários no exterior.


No final do século dezenove, 80% dos novos membros ingressavam nas igrejas através das escolas dominicais. Em 1905, foi criada a Associação Internacional de Escolas Dominicais, que passou a promover convenções em muitos países, algumas das quais tiveram a presença de brasileiros.


4. A Escola Dominical no Brasil
A escola dominical chegou ao Brasil como as primeiras missões protestantes. A primeira escola dominical permanente foi fundada pelo casal Robert e Sarah Kalley em Petrópolis, no dia 19 de agosto de 1855. Sarah Kalley havia sido grande entusiasta desse movimento na sua pátria, a Inglaterra. A primeira escola dominical presbiteriana foi iniciada pelo Rev. Ashbel Green Simonton em maio de 1861, no Rio de Janeiro. Reunia-se nos domingos à tarde, na rua Nova do Ouvidor. Essa escola aparentemente foi organizada de modo mais formal em maio de 1867. Um evento comum em muitas igrejas presbiterianas brasileiras nas primeiras décadas do século 20 era o “Dia do rumo à escola dominical”, quando se fazia um esforço especial para trazer um grande número de visitantes.


Um destacado incentivador das escolas dominicais foi o Dr. Eliézer dos Santos Saraiva (1879-1944), presbítero da Igreja Presbiteriana Unida de São Paulo, que promoveu as primeiras convenções de escolas dominicais do Brasil, bem como encontros de confraternização e piqueniques. Outro grande incentivador foi o Rev. Erasmo de Carvalho Braga (1877-1932), que traduziu, adaptou e escreveu por vários anos as Lições Internacionais (Livro do Professor, 1921-1929), um valioso material para crianças, jovens e adultos. No início do século vinte surgiu a União Brasileira das Escolas Dominicais, depois Conselho Nacional de Educação Religiosa, cujo trabalho foi continuado pela Confederação Evangélica do Brasil.


http://www.mackenzie.br/6980.html

Coisas Sacrificadas aos Ídolos

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Por: José Roberto A. Barbosa.

Texto Áureo: I Co. 10.20 - Leitura Bíblica em Classe: I Co. 8.1-4; 10.14; 18-22.1-5,7,10,11
Objetivo: Mostrar que o crente deve usufruir da liberdade cristã, contanto que essa não infrinja o mandamento do amor a fim de evitar que o irmão mais fraco fique escandalizado.

INTRODUÇÃO
O culto aos ídolos costuma ser acompanhado de festejos com farta alimentação. Esses alimentos são dedicados às divindades que são adoradas. Na lição de hoje, veremos que a carne sacrificada aos ídolos se constituiu num problema com o qual a igreja de Corinto não sabia lidar. O apóstolo Paulo traz uma série de recomendações especificando o cuidado que a igreja deveria ter com a carne sacrificada aos ídolos, e, por extensão, trata de como o crente deva exercitar, em amor, a liberdade cristã.

1. O PROBLEMA DA CARNE SACRIFICADA AOS ÍDOLOS
A situação na igreja em Corinto, em relação à carne sacrificada aos ídolos, era bastante problemática. Primeiramente porque era uma prática social, isto é, participar de uma refeição num templo ou qualquer outro lugar associado a um ídolo fazia parte da etiqueta formal daquela sociedade (10.27,28). Além disso, a maior parte do alimento vendido nos mercados, havia sido oferecida aos ídolos em sacrifício (8.10). Segundo o costume, parte do animal sacrificado era distribuída entre o altar ao deus, os sacerdotes e parte aos cultuadores. Os sacerdotes vendiam o que não podiam utilizar, por isso, era muito difícil saber se a comida de um determinado mercado era proveniente de um sacrifício (10.25). Por causa dessa incerteza, os crentes de Corinto queriam saber do Apóstolo se poderiam ou não se apropriar de algum alimento que tivesse sido oferecido aos ídolos pagãos. Ao invés de apresentar uma resposta direta sobre o assunto, Paulo clama para um dos fundamentos centrais da ética cristã: o amor. A princípio, reconhece que o conhecimento inutiliza a força da divindade, com isso, ressalta que o ídolo não tem qualquer valor. Aquele que tem esse conhecimento tem plena liberdade para se apropriar de qualquer comida, até mesmo aquela sacrificada aos ídolos.

2. AMOR, O FUNDAMENTO QUE LIMITA A LIBERDADE CRISTÃ
Conforme vemos em I Co. 8.4, Paulo destaca a existência de um só Deus, por isso, os cristãos fortes tinham fundamentos teológicos suficientes para se apropriarem da carne vendida nos mercados ou oferecidas pelos amigos incrédulos. A resolução do problema, entretanto, não estava no conhecimento, isto é, na teologia, mas na falta de atitude amorosa para com os mais fracos na fé. Paulo diz que o conhecimento, isto é, a gnosis precisa ser balanceada com o ágape, ou seja, o amor. A ética cristã não é governada pelo acúmulo de conhecimento, mas pelo amor genuinamente cristão (I Co. 8.13). Por essa razão, é preciso aprender a abrir mão de certos direitos a fim de preservar a fé do irmão mais fraco, considerando que a vida espiritual do irmão é mais importante que o direito à liberdade. Ainda que Paulo elogie o grupo forte, e mais que isso, se identifique com esses, resolve pôr em suspenso esse direito, abrindo mão do direito de comer carne a fim de não escandalizar os irmãos fracos. Fica evidenciado nas instruções do Apóstolo que o conhecimento, desassociado do amor, ensoberbece (I Co. 8.1). E quando o conhecimento ensoberbece, o caminho para a arrogância está bem próximo, bem como o do sectarismo. Aqueles que conhecem a Deus, e mais importante, que são conhecidos por Ele (I Co. 8.3), não se deixa levar pela arrogância, não tocam trombetas, cultivam a humildade. Como destacou W. Kay, “O conhecimento orgulha-se de ter aprendido tanto, mas a sabedoria humilha-se por não saber mais”. O conhecimento tem a sua serventia, deve ser buscado e estimulado, mas preciso, acima de tudo, ser regido pelo amor (I Co. 8.1). Guiados pelo amor, não vivemos apenas para nós mesmos, mas para o Senhor, e por conseguinte, para o próximo.

3. APLICAÇÕES PRÁTICAS PARA A IGREJA CRISTÃ
O problema da igreja de Corinto era a questão do consumo de carne sacrificada aos ídolos. Dependendo da localidade, e da época, os questionamentos dos cristãos podem ser outros: se é permitido ou não praticar esportes, tomar ou não um pouco de vinho, assistir ou não a televisão, entre outros. O princípio exposto por Paulo em sua I Epístola aos crentes de Corinto se aplica muito bem aos dias atuais. Talvez não seja possível dar as respostas individuais que os crentes desejariam. Isso porque alguns, mais liberais, querem que o crente possa fazer tudo o que deseja. Outros, mais ascéticos, aconselham à privação de tudo. O caminho bíblico em relação à resolução desses problemas na igreja deva ser o bom senso, sobretudo com equilíbrio. Evitar os extremos parece ser a saída mais apropriada. Ademais, é válido destacar que tudo nós é possível, mesmo assim, não nos deixaremos levar por nenhuma delas (I Co. 6.12). É preciso ponderar nas atitudes, considerando que existem em nosso meio alguns irmãos mais fracos, e, por esse motivo, não devamos levar a liberdade cristã aonde bem quisermos. Por causa desses irmãos, isto é, em amor a eles, a consciência fraca que ainda têm, o melhor é privar a liberdade. É salutar também que se leve em consideração o respeito mútuo pelas diferenças no que tange às questões menos significativas. O amor cristão, conforme Paulo instruiu os irmãos de Roma, é o fundamento do relacionamento cristão (Rm. 14.13-23).

CONCLUSÃO
A consciência exerce um papel fundamental na liberdade cristã. Mesmo assim, não é bom pensar que essa, por si só, seja a Palavra de Deus. Devemos levar nossos julgamentos perante o crivo da Escritura, pois há muita gente com a consciência cauterizada pelos seus pecados (I Tm. 4.2). A consciência do crente mais fraco vê pecado em tudo e o demônio em todos os lados (Rm. 14.23; I Co. 8.10). O crente mais forte, por ter conhecimento, não precisa mostrar arrogância perante tais irmãos. Em respeito à consciência deles, é mais sábio instruí-los, com amor e carinho, na verdade cristã, a fim de que, no tempo propício, ocorra o amadurecimento. Enquanto isso não acontece, atuemos com sabedoria, e, se preciso for, aceitemos o desafio de Paulo: “se o manjar escandalizar a meu irmão, nunca mais comerei carne, para que meu irmão não se escandalize” (I Co. 8.13).

BIBLIOGRAFIA
MORRIS, L. I Coríntios: Introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2007.
PRIOR, D. A mensagem de I Coríntios. São Paulo: ABU, 2001.

Publicado no blog Subsídio EBD

COISAS SACRIFICADAS AOS IDOLOS

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por: Pr. Geraldo Carneiro Filho.


TÍTULO: “COISAS SACRIFICADAS AOS ÍDOLOS”

TEXTO ÁUREO - I Cor 10:20

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: I Cor 8:1-4; 10:14, 18-22

PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO

I - INTRODUÇÃO:

Ser idólatra não significa apenas adorar uma imagem de escultura; mas também reverenciar o próprio eu, um objeto, uma pessoa ou qualquer coisa que tente anular o dever de o homem cultuar a Deus. Por isso, os cantores e pregadores não devem ser adorados, pois isto é uma forma velada de idolatria, que é condenada por Deus. Devemos orar por eles para que continuem sendo bênçãos nas mãos do Senhor, mas jamais devemos considerá-los nossos ídolos (Mt 4:10).

II - IDOLATRIA - SIGNIFICADO E ORIGEM:

A idolatria vem de duas palavras gregas: EIDOLON, que significa “ÍDOLO”; e LATREUNO, que significa “ADORAR, SERVIR, PRESTAR SERVIÇO SAGRADO”. A idolatria, portanto, consiste em cultuar ao ídolo, sendo uma das conseqüências da apostasia do ser humano. Tudo aquilo que o homem ama mais do que a Deus, torna-se o seu deus, incluindo aí a avareza (Fp 3:19; Ef 5:5; Cl 3:5).

Quanto à origem, a prática da idolatria era desconhecida no mundo pré-diluviano. A Bíblia fala de violência, maldade e corrupção, mas não menciona a idolatria (Gn 6:5, 11-12). Esta começou com Ninrode, o construtor da Torre de Babel. Ele foi o primeiro a ser adorado como deus. Sua mulher, Semíramis, é a mãe de Adônis, ou Tamuz, divindade de Babilônia (Gn 10:9-12; Ez 8:14). As migrações humanas partiram de Babilônia para todos os quadrantes da terra, levando consigo suas crenças e divindades. Babilônia é, portanto, o berço da idolatria.

III - A NATUREZA REAL DA IDOLATRIA:

I Sm 12:20-31 - Não se pode compreender a atração que exercia a idolatria sobre o povo, a menos que compreendamos sua verdadeira natureza.

 1. A Bíblia deixa claro que o ídolo em si, nada é (Jr 2.11; 16.20). O ídolo é meramente um pedaço de madeira ou de pedra, esculpido por mãos humanas, que nenhum poder tem em si mesmo. Samuel chama os ídolos de “vaidades” (12.21), e Paulo declara expressamente: “sabemos que o ídolo nada é no mundo” (1Co 8.4; cf. 10.19,20). Por essa razão, os salmistas e os profetas freqüentemente zombavam dos ídolos (Sl 115.4-8; 135.15-18); (1Rs 18.27; Is 44.9-20; 46.1-7; Jr 10.3-5).

2. Por trás de toda idolatria, há demônios, que são seres sobrenaturais controlados pelo diabo. Tanto Moisés (ver Dt 32.17) quanto o salmista (Sl 106.36,37) associam os falsos deuses com demônios (cf 1Co 10.20). Noutras palavras, o poder que age por detrás da idolatria é o dos demônios, os quais têm muito poder sobre o mundo e os que são deles. Satanás, como “o deus deste século” (2Co 4.4), exerce vasto poder nesta presente era iníqua (1 Jo 5.19 cf. Lc 13.16; Gl 1.4; Ef 6.12; Hb 2.14). Ele tem poder para produzir falsos milagres, sinais e maravilhas de mentira e de proporcionar às pessoas benefícios físicos e materiais (2Ts 2.9; Ap 13.2-8,13; 16.13-14; 19.20). Sem dúvida, esse poder contribui, às vezes, para a prosperidade dos ímpios (cf. Sl 10.2-6; 37.16, 35; 49.6; 73.3-12).

3. A correlação entre a idolatria e os demônios vê-se mais claramente quando percebemos a estreita vinculação entre as práticas religiosas pagãs e o espiritismo, a magia negra, a leitura da sorte, a feitiçaria, a bruxaria, a necromancia e coisas semelhantes (2Rs 21.3-6; Is 8.19; Dt 18.9-11; Ap 9.21). Segundo as Escrituras, todas essas práticas ocultistas envolvem submissão e culto aos demônios. Quando, por exemplo, Saul pediu à feiticeira de Endor que fizesse subir Samuel dentre os mortos, o que ela viu ali foi um espírito subindo da terra, representando Samuel (I Sm 28.8-14), i.e., ela viu um demônio subindo do inferno.

4. O NT declara que a cobiça é uma forma de idolatria (Cl 3.5). A conexão é óbvia: pois os demônios são capazes de proporcionar benefícios materiais. Uma pessoa insatisfeita com aquilo que tem e que sempre cobiça mais, não hesitará em obedecer aos princípios e vontade desses seres sobrenaturais que conseguem para tais pessoas aquilo que desejam. Embora tais pessoas talvez não adorem ídolos de madeira e de pedra, entretanto adoram os demônios que estão por trás da cobiça e dos desejos maus; logo, tais pessoas são idólatras (Mt 6.24 cf 1Co 10.21).

IV - DEUS NÃO TOLERARÁ NENHUMA FORMA DE IDOLATRIA:

1. Ele advertia freqüentemente contra ela no AT:

(a) Nos dez mandamentos, os dois primeiros mandamentos são contrários diretamente à adoração a qualquer deus que não seja o Senhor Deus de Israel (Êx 20.3,4).

(b) Esta ordem foi repetida por Deus noutras ocasiões (e.g., Êx 23.13, 24; 34.14-17; Dt 4.23,24; 6.14; Js 23.7; Jz 6.10; 2Rs 17.35,37,38).

(c) Vinculada à proibição de servir outros deuses, havia a ordem de destruir todos os ídolos e quebrar as imagens de nações pagãs na terra de Canaã (Êx 23.24; 34.13; Dt 7.4,5; 12.2,3).

2. Por não cumprir Suas ordens, Deus castigou Israel, permitindo que seus inimigos o dominasse.

a) O livro de Juízes apresenta um ciclo constantemente repetido, em que os israelitas começavam a adorar deuses-ídolos das nações que eles deixaram de conquistar. Deus permitia que os inimigos os dominassem; o povo clamava ao Senhor; o Senhor atendia o povo e enviava um juiz para libertá-lo.

(b) A idolatria no Reino do Norte continuou sem dificuldade por quase dois séculos. Finalmente, a paciência de Deus esgotou-se e Ele permitiu que os assírios destruíssem a capital de Israel e removeu dali as dez tribos (2Rs 17.6-18).

(c) O Reino do Sul (Judá) teve vários reis que foram tementes a Deus, como Ezequias e Josias, mas por causa dos reis ímpios como Manassés, a idolatria se arraigou na nação de Judá (2Rs 21.1-11). Como resultado, Deus disse, através dos profetas, que Ele deixaria Jerusalém ser destruída (2Rs 21.10-16). A despeito dessas advertências, a idolatria continuou (Is 48.4,5; Jr 2.4-30; 16.18-21; Ez 8), e, finalmente, Deus cumpriu a sua palavra profética por meio do rei Nabucodonosor de Babilônia, que capturou Jerusalém, incendiou o templo e saqueou a cidade (2Rs 25).

3. O NT também adverte todos os crentes contra a idolatria.

(a) A idolatria manifesta-se de várias formas hoje em dia. Aparece abertamente nas falsas religiões mundiais, bem como na feitiçaria, no satanismo e noutras formas de ocultismo. A idolatria está presente sempre que as pessoas dão lugar à cobiça e ao materialismo, ao invés de confiarem em Deus somente. Finalmente, ela ocorre dentro da igreja, quando seus membros acreditam que, a um só tempo, poderão servir a Deus, desfrutar da experiência da salvação e as bênçãos divinas, e também participar das práticas imorais e ímpias do mundo.

(b) Daí, o NT nos admoestar a não sermos cobiçosos, avarentos, nem imorais (Cl 3.5; cf. Mt 6.19-24; Rm 7.7; Hb 13.5,6;) e, sim, a fugirmos de todas as formas de idolatria (1Co 10.14; 1Jo 5.21).

V - CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Deus reforça suas advertências com a declaração de que aqueles que praticam qualquer forma de idolatria não herdarão o seu reino (1Co 6.9,10; Gl 5.20,21; Ap 22.15).

FONTES DE CONSULTA:

1. Lições Bíblicas CPAD - 2° Trimestre de 1996 - Comentarista: Valdir Bícego.

2. Lições Bíblicas CPAD - 2° Trimestre de 1998 - Comentarista: Esequias Soares.

3. A Bíblia de Estudo Pentecostal - CPAD

Publicado no blog Escola Bíblica Dominical para Todos

domingo, 17 de maio de 2009

INSPIRAÇÃO DIVINA DA BÍBLIA

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O que diferencia a Bíblia de todos os demais livros do mundo é sua inspiração divina (Jó 32.8; 2Tm 3.16 e 2Pe 1.21). É devido a inspiração divina que ela é chamada "a Palavra de Deus". Que vem aser "inspiração divina?" Para melhor compreensão, vejamos primeiro o que é inspiração.

No sentido fisiológico, é a inspiração do ar para dentro dos pulmôes. É pela inspiração do ar que temos fôlego para falar. Daí o ditado falar é fôlego.  Quando estamos falando o ar é expelido dos pulmões: é o que chamamos de expiração. Pois bem, Deus, para falar a sua palavra aos escritores bíblicos, inspirou neles o seu Espírito. Portanto, inspiração divina é a influência sobrenatural do Espírito Santo como um sopro sobre os escritores da Bíblia, capacitando-os a receber e transmitir a mensagem divina sem mistura de erro.
A própria Bíblia reivindica a si a inspiração de Deus, pois a expressão "Assim Diz o Senhor", ocorre mais de 2,6 mil vezes nos seus 66 livros. Isoo além de outras expressões equivalentes. Foi o Espírito de Deus que falou por meio dos escritores bíblicos 2Cr 20.14; 24.20; Ez 11.5. Deus mesmo da testemunho da sua Palavra (Sl 78.1; Is 51.15-16 e Zc 7.9,12) Os escritos bíblicos, por sua vez, evidênciam ter inspiração divina (2Rs 17.13;Ne 9.30; Hb 1.1-2).
Com isto temos uma grande prova da inspiração divina da Bíblia, por mais que alguns pensadores e estudiosos de nossa época não lhe de o devido crédito, estamos observando o cumprimento de muitas profecias contidas na Bíblia.
Nós como servos do Senhor, temos a obrigação de estuda-la e também guarda sua palavras em nosso coração e aplicar a nossa vida.

Deus abençoe a todos, espero que estas palavras ajude na edificação e preparo dos amantes das Escrituras.

UIlson Camilo


Texto adaptado por Família EBD
Fonte MOB - CPAD

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Assista este video e reflita sobre sua vida.
Vale apena frequentar a Escola Biblica Dominical em sua Igreja!
Seja um aluno da EBD em sua Igreja, isto só acrescentará em sua vida e contribuirá para o seu crescimento espiritual.
Tome essa importante decisão se ainda não é aluno da Escola Dominical.

É uma benção !


Para Refletir ......

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Oh! Quanto amo a tua lei! É a minha meditação em todo o dia!
Tu, pelos teus mandamentos, me fazes mais sábio qque meus inimigos, pois estão sempre comigo.
Tenho mais rentendimento do que todos os meus mestres, porque medito nos teus testemunhos.
Sou mais prudente do que os velhos, porque guardo os teus preceitos.
Desviei os meus pés de todo caminho mau, para observar a tua palavra.
Não me apartei dos teus juízos, porque tu me ensinaste.
Oh! Quão sdoces são as tuas palavras ao meu paladar! Mais doces do que o mel à minha boca.
Pelos teus mandamentos, alcancei entendimento; pelo que aborreço todo falso caminho.
Lâmpada para os meus pés é tua palavra e luz, para o meu caminho.(Sl 119.97-105)



Este salmo expressa um grandioso amor à Palavra escrita de Deus. Ele alude à Palavra como promessa, mandamento, direção, testemunho, ensino, sabedoria, verdade, justiça e repreensão.
Este salmo revela a Palavra como o consolo do salmista, sua proteção, norma para sua vida, deleite para seu coração e alma, e provedor de todas as suas necessidades.
A palavra de Deus nos torna mais sábios que aqueles que nos perseguem. A verdadeira sabedoria não se resumo em acúmulo de conhecimento, implica saber aplicar o conhecimento de modo que nossa vida seja mudada para melhor. A sabedoria vem quando deixamos que os ensinamentos de Deus nos guiem. A palavra de Deus é a luz que nos mostra o caminho adiante, de maneira que não tropecemos.
Estude a Bíblia , ela fará você enxergar com muita clareza as coisas da vida, para permanecer no caminho correto e não perder a direção.

Que possamos dizer como o salmista:
O meu zelo me consumiu, porque os meus inimigos se esqueceram da tua palavra.
A tua palavra é muito pura; por isso, o teu servo a ama.

Sola Scriptura !!!

Uilson Camilo

sábado, 16 de maio de 2009

Considerações acerca do Casamento

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por Marcos Tuler

http://www.cpad.com.br/cpad/paginas/sub_licao_007.htm

Leitura Bíblica em Classe
1 Coríntios 7.1-5, 7, 10, 11

Introdução:

I. Casamento ou Celibato

II. A Necessidade do Casamento (vv.2-5)

III. O Solteiro (vv.7-9)

IV. Compromissos Cristãos no Casamento (vv.10,11)

Conclusão:

 Palavras-chave: Relacionamentos. Casamento. .   
 Título deste subsídio: Relacionamentos Domésticos
 Autor: Marcos Tuler

RELACIONAMENTOS DOMÉSTICOS

INTRODUÇÃO

Alguns cristãos consideravam o casamento como um dever absoluto. Outros, como uma condição moral inferior. E ainda havia os que diziam que, ao aceitar a Cristo, todos os relacionamentos sociais, inclusive o casamento, deveriam ser dissolvidos. 

Na verdade, havia uma facção: os libertinos, diziam que o que a pessoa faz com seu corpo é moralmente indiferente; e os adeptos do ascetismo, que negavam a si mesmos o prazer físico.

Foi então que alguns irmãos de Corinto escreveram uma carta para o apóstolo Paulo solicitando esclarecimentos sobre o assunto. Esta é a passagem mais abrangente das Escrituras sobre esse tema.

I. CASAMENTO E CELIBATO

Ele começa explicando o valor do celibato:

“bom seria que o homem não tocasse em mulher” [eufemismo do AT para relações sexuais]. 

Mas para Paulo, o estado de solteiro ou casado é questão de conveniência, e não de certo ou errado.

Uma pessoa casada não melhora em nada sua vida espiritual, mas também não a macula. Todavia, o casamento trás consigo obrigações que o crente não pode ignorar.

1. Por que Paulo defendia o celibato?

Bom seria que o homem não tocasse em mulher” Não é que Paulo seja contra o casamento. Tanto é que em Ef 5.23-28 ele o usa como ilustração do relacionamento de Cristo com a igreja. 

Paulo sabia que o casamento é uma instituição divina e que “não é bom que o homem esteja só” (Gn 2.18). 

Aqui ele estava respondendo aos coríntios de forma específica: “às coisas que me escrevestes”.

a) Os coríntios tinham muitas dúvidas sobre o casamento.

– Sofriam a influência dos gregos que consideravam o estado de solteiro superior ao de casado;

– Alguns interpretavam de forma errada as palavras de Jesus, em Lc 20.35.

“Mas os que forem havidos por dignos de alcançar o mundo vindouro, e a ressurreição dentre os mortos, nem hão de casar, nem ser dados em casamento…” 

– Outros espiritualizavam a “condição de solteiro” por estarem desgostosos com a ênfase sobre o sexo em Corinto.

Entretanto, havia outras pessoas…

… De formação judaica na igreja que criticavam a vida de solteiro. Porque o casamento para o judeu era uma obrigação sagrada. A família era o centro da sociedade.

Paulo então resolveu se pronunciar; e o fez em defesa do celibato.

Bom seria que o homem não tocasse em mulher”

O termo “bom”, kalon, não indica algo moralmente bom, pois não há nenhuma questão de pecado. O que Paulo está dizendo é que em algumas circunstâncias, é melhor que o homem permaneça solteiro. 

Não há um princípio geral para cada época na igreja. Paulo escreveu para os coríntios, visando suas circunstâncias específicas.

II. A NECESSIDADE PRÁTICA DO CASAMENTO.

A atitude promíscua de Corinto fazia da fornicação uma constante tentação. O casamento seria uma proteção contra o pecado. Não é que Paulo considere o casamento como um mecanismo de fuga para os fracos que não conseguem controlar as paixões da carne. O que ele está dizendo é que um resultado prático do casamento é o de evitar a tentação na área sexual.

1. Atitude cristã em relação ao sexo.

a) Obrigações de reciprocidade (7.3-4).

“O marido pague à mulher a devida benevolência, e da mesma sorte a mulher ao marido” (v.3). Ou seja, cumpram com seus deveres conjugais.

O verbo “pague” não significa a concessão de um favor, mas o pagamento de uma obrigação; do marido para a esposa e da esposa para o marido.

O apóstolo coloca o aspecto sexual do casamento em sua perspectiva correta, evitando tanto uma atitude promíscua como o ascetismo rígido. [supervalorização do espírito em detrimento do corpo].

As palavras “não tem poder” refere-se ao exercício da autoridade. 

Quando há o entendimento mútuo, dois extremos são eliminados:

posse do outro e a sujeição de uma parte a outra. No casamento cada parceiro tem direito legítimo à pessoa do outro.

Embora Paulo ensine que o marido é a cabeça da família e que a esposa deve sujeitar-se a ele, na área sexual ambos estão no mesmo nível.

A ênfase está em dar de si mesmo ao seu cônjuge, e não receber algo ou exigir direitos sobre o cônjuge.

“Não vos priveis um ao outro…” (v.5). [significa defraudar, causar dano em].

b) Abstinência temporária (7.5-6).

Quando um dos cônjuges resolve abster-se sexualmente para dedicar-se às atividades espirituais, três condições devem ser atendidas: 

1. Consentimento mútuo.

2. A situação deve ser temporária “por algum tempo”.

3. Deverá ser por propósitos elevadíssimos – oração, jejum.

4. Deverão juntar-se de novo, imediatamente.

Até aqui, as opiniões de Paulo sobre o casamento, são principalmente “por permissão e não por mandamento” (v.6). Ele não tem nenhuma ordem direta de Deus.

III. “FICAR SOLTEIRO” É UMA PREFERÊNCIA PESSOAL OU UM DOM PARTICULAR? (7.7-9).

Certa ocasião, Jesus ensinava a seus discípulos sobre o divórcio. Eles lhe perguntaram: “Então, não convém se casar?” Jesus lhes disse: 

“Nem todos podem receber esta palavra”. (…) “há eunucos que castraram a si mesmos por causa do reino dos céus” (…) “Quem pode receber isto, receba-o”. 

Você tem esse dom? Está disposto a receber a vocação celibatária?

Ficar solteiro requer domínio próprio, e isso é um dom de Deus. Não é dado a todos.

“… cada um tem de Deus o seu próprio dom…” (v.7)

Mas… Se a pessoa não tem esse dom, deve casar-se: 

“… mas se não podem conter-se, casem-se. Porque é melhor casar do que abrasar-se” (v.9).

Conter-se, aqui, significa “possuir em si o poder de se controlar”. 

Quem tem falta desse controle deve se casar! É melhor casar do que lutar continuamente com o fogo do desejo sexual.

A NVI diz “arder nas chamas da paixão”.

Essas chamas, às vezes, é interpretada como o castigo eterno do inferno. [Geena] que aguarda as pessoas imorais.

Um rabino comenta com o outro ao verem uma mulher caminhando à sua frente: Apressemo-nos e passemos à frente do Geena.

“Por teu amor, desci às pávidas geenas/dos não ouvidos ais, das não ouvidas penas” [poema de Gomes Leal]

1. Qual era o estado civil de Paulo? Era solteiro, casado, viúvo?

“Porque quereria que todos os homens fossem como eu mesmo” (7.7a).

Isso sugere que Paulo não era casado e também não era viúvo. Como ele poderia expressar o desejo de que todos os homens fossem viúvos? 

Muitos dizem que Paulo era casado por ter votado no Sinédrio, segundo Atos 26.10. E sendo membro do Sinédrio, deveria ser casado. [Existiam o grande Sinédrio e os sinédrios inferiores]. 

“Ser casado” era apenas um princípio entre os rabinos, não era uma regra de elegibilidade. 

Paulo nunca se referiu à sua esposa ou filhos.

IV. OBRIGAÇÕES CRISTÃS NO CASAMENTO

Agora o apóstolo fala com autoridade: “todavia aos casados mando não eu, mas o Senhor” (v.10).

“A mulher não se aparte do marido (…) se apartar fique sem casar” (…) “o marido não deixe a mulher” (vv.10,11). 

Isso concorda com o ensino de Jesus:

“Qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de fornicação, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério” (Mt 19.9).

A mulher ou o homem que se separar só tem duas opções: ficar sem casar ou reconciliar-se com o cônjuge.

Obs: Naquela época tanto a lei romana quanto a judaica conferia a uma ou outra parte o direito de dissolver o casamento por qualquer razão.

1. Obrigações em casamentos mistos (7.12-16).

Duas situações:

a) Casamento misto onde os parceiros estão satisfeitos (7.12-14).

Neste caso, o parceiro descrente está disposto a permanecer com o outro que se tornou cristão – O crente é obrigado a permanecer casado com o descrente. 

Não há nenhum problema de o novo convertido continuar vivendo com o cônjuge descrente. O descrente ainda receberá benefícios espirituais através do crente.

“O marido descrente é santificado pela mulher, e a mulher descrente é santificada pelo marido” (v.14). 

Não é que o descrente passe a ser santo em Cristo perante Deus. Significa que o marido ou mulher de um crente é separado ou consagrado a Deus pela vida do crente.

Através do cônjuge crente, as bênçãos do casamento são conferidas sobre o cônjuge descrente. E até os filhos de tal casamento são beneficiados… “mas, agora são santos” (v.14).

b) Casamento misto onde o descrente não está satisfeito (7.15-16).

Se o descrente se recusar a permanecer com o crente, o cristão está livre da obrigação de sustentar o casamento. Mas, a iniciativa deve ser do descrente. 

“Mas se o descrente se apartar, aparte-se” (v.15).

Isso não dá permissão para um crente casar-se com um descrente.

O casamento não é uma “instituição missionária”. Quando alguém já é casado não dá para saber se a outra parte será salva ou não. Entretanto, a mulher cristã ou o marido está sob a obrigação de tentar ganhar o outro parceiro.

“vós, mulheres, sede sujeitas aos vossos próprios maridos; para que também, se alguns não obedecem à palavra, pelo porte de suas mulheres sejam ganhos sem palavra” (1 Pe 3.1).

V. CONSELHOS AOS QUE PRETENDEM SE CASAR

1) Não te cases por dinheiro. O dinheiro compra uma casa, mas não compra um lar.

2) Não te cases porque todos se casam.

3) Não te cases com um homem ou mulher doente de ciúmes.

4) Não te cases com alguém comprovadamente preguiçoso.

5) Não te cases com um descrente.

6) Casa-te com a aprovação de Deus.

Marcos Tuler é chefe do Setor de Educação Cristã da CPAD, pastor, pedagogo, escritor e autor dos livros Manual do Professor da Escola DominicalRecursos Didáticos para a Escola DominicalDicionário de Educação CristãEnsino Participativo na Escola Dominical e Abordagens e Práticas da Pedagogia Cristã. Acesse o blog do autor http://prmarcostuler.blogspot.com

Paulo de Tarso, O Ápostolo dos Gentios

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Resumo biográfico e informativo

Em grego Paulos, derivado do latim “Paulus”, que quer dizer pequeno. Nome do grande apóstolo dos gentios. O nome judaico anterior era Saulo; no hebreu, Shaul, no grego, Saulos; assim denominado nos Atos dos Apóstolos, mesmo até depois da conversão de Sérgio Paulo, procônsul de Chipre, At 13. 9. Daqui em diante, só tem o nome de Paulo, que ele a si mesmo dá em todas as suas cartas. Não é de estranhar que alguns pensem que tomou este nome do procônsul Sérgio. Isto, porém, não é de modo algum aceitável, tendo em vista o modo gentil pelo qual Lucas o apresenta, dando-lhe o nome gentílico de Paulo, quando começou a sua obra de apóstolo das gentes.

É mais provável que, acompanhando o costume de muitos judeus, At 1. 23; 1Z. 12; C1 4. 11, e principalmente os judeus da dispersão, o apóstolo usasse de ambos os nomes. Havia nascido em Tarso, cidade principal da Cilícia, At 9. 11; 21. 39; 22. 3, e pertencia à tribo, de Benjamim, Fp 3. 5. Não se sabe como é que a sua família foi residir em Tarso. Uma antiga tradição afirma que ele havia sido levado de Giscala em Galiléia, pelos romanos, depois que tomaram este último lugar. É possível, pois, que a família de Saulo em tempos anteriores, tivesse fixado residência em Tarso, em alguma das colônias que os reis da Síria estabeleceram ali (Ramsay, St. Paul the Traveler, p. 31) ou que tivesse imigrado voluntariamente, como faziam muitos judeus por motivos de ordem comercial.

Parece que Paulo tinha relações familiares de alto valor e de grande influência. Em Rm 16, 7, 11, manda sondar a três pessoas seus parentes, das quais Andrônico e Júnias, que se haviam assinalado entre os apóstolos e que foram cristãos primeiro que ele. Pela leitura de At 23, 16 sabe-se que “um filho de sua irmã”, que provavelmente morava em Jerusalém com sua mãe, deu informações ao tribuno sobre a conspiração tramada contra a vida de Paulo. Dá isto a entender que este moço pertencia a alguma das famílias importantes da cidade, o que parece confirmado pelo fato de Paulo haver presidido à morte de Estêvão. É provável que já fosse membro do concílio, At 26. 10, pois que não tardou a receber comissão do sumo sacerdote para perseguir os cristãos, 9. 1, 2; 22. 5. Os seus dizeres na epístola aos filipenses 3. 4-7, autorizam-nos a crer que ocupava posição de grande influência que lhe dava margem para conseguir lucros e grandes honras.

As suas relações de família não podiam ser obscuras. Apesar de receber uma educação subordinada às tradições e às doutrinas da fé hebraica, e de ter pai fariseu, At 23., ele era cidadão romano. Ignora-se por que meios havia alcançado este privilégio; teria sido por serviços prestados ao estado ou talvez por compra, e pode bem ser que o nome Paulo tenha alguma relação com o título de cidadão romano. De qualquer modo que seja, dava-lhe grande importância na seqüência de seu trabalho cristão, e serviu mais de uma vez para salvar-lhe a vida.

Tarso era centro intelectual do oriente onde existia uma escola famosa e onde dominava a filosofia estóica. É possível que Paulo crescesse ali sob estas influências. Seus pais, sendo como eram, fiéis à lei mosaica, o mandaram logo para Jerusalém para ser educado lá. A semelhança de outros rapazes da mesma raça, tinha de aprender um ofício, que no seu caso, foi o de fazedor de tendas, das que se usavam nas viagens, 18. 3. Como ele mesmo diz, 22. 3, foi educado em Jerusalém, para onde o mandaram, quando muito jovem. A educação consistia principalmente em fixar nele as tradições farisaica. “Foi instruído conforme a verdade da lei de seus pais”, ibd.

Teve como preceptor um dos mais sábios e notáveis rabinos daquele tempo, o grande Gamaliel, neto do ainda mais famoso Hilel. Foi este Gamaliel, cujo discurso se contém nos Atos dos Apóstolos 5. 34-39, que aconselhou o Sanedrim a não tentar contra a vida dos apóstolos. Este Gamaliel possuía alguma coisa estranha ao espirito farisaico, a qual se avizinhava da cultura grega. O seu discurso já referido demonstra que ele não possuía o espirito intolerante e perseguidor, característico da seita dos fariseus. Celebrizou-se por seus vastos conhecimentos rabínicos.

A seus pés o jovem Saulo, vindo de Tarso, recebeu as lições sobre os ensinos do Antigo Testamento, porém já se vê, de acordo com as subtilezas e interpretações dos doutores, que acenderam no espírito ardente do jovem discípulo, um zelo feroz para defender as tradições de seus antepassados. Assim, pois o futuro apóstolo tornou-se fariseu zeloso, disciplinado nas idéias religiosas e intelectuais de seu povo.

Por este modo, as suas qualidades pessoais, o seu preparo intelectual, e, talvez ainda, as relações de família, preparavam-lhe posição de destaque na sociedade judaica. Aparece no cenário da história cristã, como presidente da execução de Estêvão o protomártir do Cristianismo, a cujos pés as testemunhas depuseram suas vestimentas At 7. 58, quando ainda moço. A sua posição neste caso, não queria dizer que estivesse investido de funções oficiais. De acordo com os dizeres da passagem referida acima, ele apenas era consentidor na morte de Estevão. Contudo, vê-se claramente que perseguia com ardor os primeiros cristãos. Sem dúvida entrava em o número daqueles helenistas, ou judeus que falavam o grego, mencionados nos Atos dos Apóstolos 6, 9, que promoveram a acusação contra Estêvão. Não erramos dizendo que o ódio de Paulo contra a nova seita já estava aceso; não só desprezava o crucificado Messias, como considerava os seus discípulos um elemento perigoso, tanto para a religião como para o Estado.

Não é para admirar, pois, que fosse tão feroz o seu ódio a ponto de promover-lhes o extermínio pela morte. Logo após o martírio de Estêvão, tomou parte ativa, dirigindo o movimento de perseguição contra os cristãos, At 8. 2, 3- 22. 4; 26. 10, 11; 1 Co 15. 9; Gl 1. 13; Fp 3. 6; 1 Tm 1. 13. Fazia tudo isto guiado por uma consciência mal informada. Era o tipo do inquisidor religioso. Não satisfeito com a perseguição devastadora que fazia em Jerusalém, pediu cartas ao príncipe dos sacerdotes para as sinagogas de Damasco com o fim de levar presos para Jerusalém quantos achasse desta profissão, At 9. 1, 2. Os romanos davam largos poderes aos judeus para exercerem a sua administração interna. O governador de Damasco que obedecia à direção do rei Aretas, era particularmente favorável aos judeus, 9. 23, 24; 2 Co 11. 32, favorecendo por este modo a perseguição de Paulo aos cristãos.

Nota importante a observar segundo o testemunho expresso de Lucas e dó próprio Paulo, é que respirava ameaças de morte contra os discípulos de Jesus até ao momento da sua conversão, crendo que assim fazendo prestava grande serviço a Deus. Não tinha dúvida alguma quanto à justiça da sua empresa, nem sentia desfalecimento de coração para executá-la. Foi no caminho de Damasco que se deu a repentina conversão.

Paulo e seus companheiros provavelmente iam a cavalo, como era costume nas viagens pelos caminhos desertos da Galiléia para a antiga cidade. Estavam perto da cidade Era meio-dia, o sol ardente estava no seu zênite, At 26. 13. Repentinamente uma luz vinda do céu, mais brilhante que a luz do sol caiu sobre eles, derrubando-os, 14. Todos se ergueram, continuando Paulo prostrado por terra, 9. 7. Ouviu-se então uma voz que dizia em língua hebraica: “Saulo, Saulo, porque me persegues? Dura coisa é recalcitrares contra o aguilhão”, 26. 14. Respondeu ele então: “Quem és tu Senhor?” Ele respondeu: “Eu sou Jesus a quem tu persegues, 15. Levanta-te e vai à cidade e aí se te dirá o que te convém fazer”, 9. 6- 22. 10. Os companheiros que o seguiam ouviam a voz sem nada ver, 9 7, nem entender, 22. 9. Paulo sentiu-se cego pelo intenso clarão da luz, e foi conduzido pela mão dos companheiros. Entrou em Damasco, hospedando-se na casa de Judas, 9. 11, onde permaneceu três dias sem vista e sem comer, nem beber, orando, 9, 11, e meditando sobre a revelação que Deus lhe fizera.

Ao terceiro dia, o Senhor mandou a certo judeu convertido, chamado Ananias, que fosse ter com Paulo e impor-lhe as mãos para recobrar a vista. O Senhor garantiu a Ananias, o qual tinha receio de encontrar-se com o grande perseguidor, que este, quando em oração, já o tinha visto aproximar-se dele. Portanto, Ananias obedeceu. Paulo confessou a sua fé em Jesus, recobrou a vista, e recebeu o batismo; e daqui em diante, com a energia que o caracterizava, e com grande espanto dos judeus, começou a pregar nas sinagogas que Jesus era o Cristo, Filho de Deus vivo, 9 10-22. Tal é a narrativa da conversão de Saulo de Tarso.

Há três narrativas deste fato nos Atos; uma feita por Lucas 9. 3-22 outra pelo próprio Paulo, diante dos judeus, 22. 1-16 e outra pelo mesmo Paulo, diante de Festo e Agripa, 26. 1-20. As três narrativas combinam-se entre si posto que todos os incidentes se achem em cada uma delas. Em todo caso, cada uma foi escrita com referência ao fim que o narrador tinha em vista. Em suas epístolas, o apóstolo alude freqüentemente à sua conversão, atribuindo-a à graça e poder de Deus, ainda que a não descreve em minúcias, 1 Co 9. 1-16, 15. 8-10 G1 1. 12-16, Ef 3. 1-8, Fp 3. 5-7, 1 Tm 1. 12-16, 2 Tm 1. 9-11. Este fato, pois, é atestado pelo testemunho mais forte possível. É certo também que Jesus, não somente falou a Paulo, mas também lhe apareceu, At 9. 17, 27; 22. 14; 26. 16; 1 Co 9. 1. Não se diz de que forma; com certeza foi de modo tão glorioso, que o apóstolo conheceu logo que era o Jesus crucificado, o Cristo, Filho do Deus Vivo, que lhe falava; e ele chama a isto, “visão celestial” At 26. 19, ou um espetáculo, palavra esta empregada em Lc 1. 22, 24. 23 para descrever o aparecimento de entes celestiais. Não há lugar para dizer-se que seja ilusão de qualquer espécie. Contudo, o aparecimento de Cristo não foi a causa da conversão de Saulo, e sim a obra do Espírito Santo no coração, habilitando-o a receber e aceitar a verdade que lhe havia sido revelada, G1 1. 15. Foi o mesmo Espírito que convenceu a Ananias e que o levou a impor as mãos e a unir à igreja nascente o novo convertido.

Vários racionalistas pretendem explicar a conversão de Paulo, sem tomar em conta a intervenção sobrenatural, mas essas opiniões são destruídas pelo testemunho do mesmo Paulo; afirmando a sua atitude de perseguidor, obedecia a motivos de consciência e que a sua mudança era devida ao soberano exercício do poder de Deus e à sua graça infinita. A frase “Dura coisa é recalcitrares contra o aguilhão”, não quer dizer que ele agia contra a sua vontade, ou que já reconhecia a verdade do Cristianismo, quer dizer antes que era insensatez resistir aos propósitos divinos. A sua vida anterior deve ser reconhecida como um período de iniciação inconsciente para a sua missão futura.

(Do Dicionário Bíblico, de John Davis)

Publicado no site www.novavoz.org.br/docs/paulo.doc

sexta-feira, 15 de maio de 2009

SUBSÍDIO LIÇÃO 7 / 2º TRIMESTRE 2009

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CONSIDERAÇÕES ACERCA DO CASAMENTO – I Coríntios 7.1-5,7,10,11

Adilson Guilhermel
Lição 7 – 17/05/2009
Texto Bíblico: Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem macula; porém aos que se dão à prostituição e aos adúlteros Deus os julgará.

O CRISTÃO E O CASAMENTO

1. O CASAMENTO E SEUS PRINCÍPIOS

• O celibato não é um dogma e sim uma questão pessoal – I Co 7.1 Ora, quanto às coisas que me escrevestes, bom seria que o homem não tocasse em mulher
• A fornicação não é uma regra e sim um questão imoral – I Co 7.2 Mas, por causa da prostituição, cada um tenha a sua própria mulher, e cada uma tenha o seu próprio marido.
• A sexualidade não é um favor e sim uma questão devida – I Co 7.3 O marido pague à mulher a devida benevolência, e da mesma sorte a mulher ao marido.

2. O CASAMENTO E SEUS DEVERES

• O direito de um casal deve ser recíproco - I Co 7.4 A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no o marido; e também da mesma maneira o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no a mulher.
• A abstinência de um casal deve ser combinada - I Co 7.5a… Não vos priveis um ao outro, senão por consentimento mútuo por algum tempo, para vos aplicardes ao jejum e à oração;
• A separação de um casal deve ter brevidade - I Co 7.5b…e depois ajuntai-vos outra vez, para que Satanás não vos tente pela vossa incontinência.

3. O CASAMENTO E SEUS PROBLEMAS

• Assumir esse compromisso requer reflexão - I Co 7.7 Porque quereria que todos os homens fossem como eu mesmo; mas cada um tem de Deus o seu próprio dom, um de uma maneira e outro de outra.
• Envolve lucidez para lidar com dissensões - É uma decisão que requer fidelidade - I Co 7.10 Todavia, aos casados mando, não eu mas o Senhor, que a mulher não se aparte do marido.
• Questões litigiosas não podem ficar pendentes - I Co 7.11 Se, porém, se apartar, que fique sem casar, ou que se reconcilie com o marido; e que o marido não deixe a mulher.

Pr Adilson Guilhermel

CONSIDERAÇÕES ACERCA DO CASAMENTO

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CONSIDERAÇÃOS ACERCA DO CASAMENTO

por José Roberto A. Barbosa

Texto Áureo: Hb. 13.4 - Leitura Bíblica em Classe: I Co. 7.1-5,7,10,11
Objetivo: Mostrar que o casamento é, desde o princípio, uma instituição social e vitalícia como ponto de origem e suporte da família.
INTRODUÇÃO
A saída apresentada por Paulo aos crentes de Corinto, e também para nós hoje para evitar a imoralidade sexual, é o casamento. Nesta aula, aprenderemos o que a Bíblia ensina a respeito dessa importante instituição.. Estudaremos a respeito da questão do celibato, suas possibilidades e implicações, e, ao final, meditaremos a respeito do relacionamento conjugal entre cristãos e não-cristãos.
1. O CASAMENTO NA BÍBLIA
No Antigo Testamento a palavra hebraica para casamento é “laqah”, cujo significado básico é o de “pegar pela mão, conduzir”. No Novo Testamente, o termo “gamos”, em grego, significa “casar, celebrar o casamento, ter relações sexuais” (Mc. 6.17; Lc. 14.20; Jô. 2.1-2). A importância do casamento é claramente exposta no Novo Testamento e está baseada nos mandamentos de Deus (Gn. 2.24; Mt. 19.4-5; I Co. 6.16; Ef. 5.31). Jesus, no Sermão do Monte, destacou a natureza sagrada do casamento e reforçou o cuidado em relação ao mandamento de não cometer adultério (Mt. 5.31-32). Ainda que em Dt. 24.1 haja uma possibilidade de divórcio, em Mc. 10.2, Jesus o proibiu, permitindo-o somente nos casos de imoralidade sexual do cônjuge (Mt. 5.32; 19.9). O casamento é tão sublime do ponto de vista bíblico que, para Paulo, esse se assemelha ao relacionamento do homem com Deus (Rm. 9.25). Por esse motivo, o casamento é um mistério que ilustra a relação de Cristo com a igreja (Ef. 5.32). A fidelidade de Cristo pela igreja espelha como deve ser o tratamento do esposo para com a esposa e desta em relação àquele (Ef. 5.21-22, 25-29). Ao contrário do que depreendem alguns estudiosos, a partir do capítulo 7 da I Epístola aos Corintios, a visão paulina do casamento é positiva, não negativa. Conforme veremos nos próximos tópicos, o objetivo de Paulo nesse trecho da epístola é responder a alguns questionamentos da igreja (v. 1), levando em consideração os aspectos contextuais (v. 26).
2. O CASAMENTO E CELIBATO
Ao que tudo indica, na igreja de Corinto havia pólos extremos em relação ao casamento e ao celibato. Paulo, no entanto, evita esses dois posicionamentos e mostra que tanto o casamento quanto o celibato são dons de Deus. Por isso, se alguém recebeu o dom de casar, deve se casar, do mesmo modo, se recebeu o dom do celibato, deve permanecer no celibato. O Apóstolo destaca, nesse capítulo, que: 1) o casamento é puro, por isso a poligamia deva ser terminantemente proibida (7.2); 2) do mesmo modo ele trata a união homossexual (7.2); 3) o celibato não deve ser uma ordenança, ainda que seja motivado (7.1). O celibato não pode ser uma obrigatoriedade, conforme estipula algumas igrejas, pois só faz sentido caso seja resultado de um dom espiritual (Mt. 19.10-12), na verdade, o casamento é um princípio estabelecido por Deus quando criou o primeiro casal (Gn. 2.18); 4) há uma mutualidade nos direitos conjugais, portanto, no que tange ao relacionamento, o marido e a mulher devam saber que têm responsabilidades sexuais um com o outro (7.4), é preciso que haja cuidado para que um não prive o outro (7.5); 5) o ato sexual, no entanto, não deva ser endeusado, como costuma acontecer nesta sociedade centrada no sexo, é possível que os conjugues resolva absterem-se, com consentimento mútuo, por algum tempo, para a dedicação à oração (7.5). A razão para um tempo determinado, que não seja muito longo, é para evitar que Satanás entre em ação (7.5). Acima de tudo, é preciso desconstruir a idéia, defendida por alguns, que o sexo é pecado, na verdade, dependendo de como ele é feito, ai sim, pode se tornar pecado (Hb. 13.4).
3. O CASAMENTO ENTRE CRISTÃOS E NÃO-CRISTÃOS

A igreja de Corinto era bastante recente, por isso, algumas pessoas se converteram ao evangelho de Cristo depois de casadas. Como acontece com ainda hoje nas igrejas, é possível que o marido ou a mulher se converta e o cônjuge permanece descrente. O questionamento da igreja era o seguinte: devemos nós permanecer casados com cônjuges descrentes? A resposta do Apóstolo à essa pergunta é: se algum é SIM. Com isso, tal realidade não deva ensejar a separação. A conversão não muda o compromisso social do cristão, a não ser, e ai entre a exceção paulina, que o cônjuge descrente não mais queira viver com o crente (v. 15). Nesse caso, além da possibilidade do divórcio dada por Jesus, no caso da imoralidade sexual (Mt. 19.9), inclui-se também quando houver deserção obstinada da parte incrédula e que não possa por hipótese alguma ser remediada pela igreja. Aos cristãos não casados da igreja de Corinto, Paulo recomenda, tanto aos solteiros quanto às viúvas, que não se casem, a menos que realmente não possam, nesse caso, persiste a máxima, “é melhor casar do que viver abrasado” (v. 8,9). Um entrave para muitos teólogos é tentar entender porque Paulo, que defendera o casamento em tantas outras circunstâncias, parece se opor a esse. A resposta está nas circunstâncias, haja vista que a igreja se encontrava na iminência de ser perseguida, por isso, seria mais viável para os solteiros e as viúvas não se casarem, afinal, no contexto da perseguição, as famílias sofrem mais ainda (v. 28).
CONCLUSÃO
Esse capítulo da epístola não deva ser tomado isoladamente a fim de se construir uma teologia do casamento. Ele precisa ser correlacionado com outras passagens bíblicas, e, principalmente, ser visto a partir das indagações específicas da igreja de Corinto. Algumas verdades, entretanto, são de âmbito doutrinário, isto é, têm alcance universal, dentre elas, destacamos: 1) o celibato é um dom, portanto, se alguém anseia o casamento é porque não tem o dom do celibato, então, é melhor casar (v. 8,9); 2) quando for fazê-lo, esteja ciente que o seu futuro cônjuge seja, de fato, um cristão, a fim de que o casamento se dê no Senhor (v. 39); 3) se a conversão acontecer depois do casamento, todos os esforços devam ser feitos a fim de que o casamento seja mantido; e 4) os cônjuges devam ter o cuidado de cumprir a satisfação sexual um do outro, a fim de que não sejam alvo das tentações satânicas (vs. 3-5).
BIBLIOGRAFIA
LOPES, H. D. I Coríntios. São Paulo: Hagnos, 2008.
MORRIS, L. I Coríntios: Introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2007

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