terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

DÍZIMOS E OFERTAS

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DÍZIMOS E OFERTAS
Texto Áureo: II Co. 9.7 – Leitura Bíblica: Ml. 3.10, 11; II Co. 9.6-8

Pb. José Roberto A. Barbosa
Twitter: @subsidioEBD

INTRODUÇÃO
Existe fundamento bíblico para o ensinamento dos dízimos e ofertas. Mas a Teologia da Ganância distorceu de tal modo essa doutrina que se faz necessário esclarecê-la a fim de evitar alguns abusos. Na aula de hoje estudaremos a respeito dos dízimos e ofertas, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, e, ao final, avaliaremos a aplicação dessa prática para a igreja, atentando para as orientações bíblicas.

1. DÍZIMOS E OFERTAS NO ANTIGO TESTAMENTO
No Antigo Testamento existem diferentes palavras que se referem a dízimo. Asar – dez ou décima parte – se encontra em Gn. 28.22; Dt. 14.22; 26.12; I Sm. 8.15,17; Ne. 10.37,38. Maaser – também significa décima parte – pode ser encontrada em Gn. 14.20; Lv. 27.30-32; Nm. 18.24, 26; Dt. 12.6,11,17. A análise histórica do termo e da prática remete a um costume antigo, anterior à cultura judaica, muito antes da lei mosaica (Gn. 14.17-20). Nesse texto, nos deparamos com Abrãao apresentando a décima parte dos despojos de guerra a Melquisedeque. Posteriormente, Jacó faz um voto ao Senhor, pedindo que o abençoe, e, em retorno, promete entregar o dízimo de tudo o que viesse a possuir (Gn. 28.20-22). No tempo da Lei, colheitas, frutas e animais do rebanho deveriam ser dizimados (Lv. 27.30-32). Os dízimos eram entregues aos levitas (Nm. 18.21), esses gerenciavam os recursos (Lv. 14.22-27), beneficiando também os estrangeiros, órfãos e viúvas (Lv. 14.28,29). Os dízimos deveriam ser conduzidos a Jerusalém (Dt. 12.5-17). Em algumas ocasiões o povo judeu deixou de atentar para essa prática, como após o cativeiro, deixando de levar os dízimos à casa do tesouro, por isso, o Senhor conclama o povo a retornar a esse aspecto do Pacto, fazendo prova dEle, que responderia com bênçãos de prosperidade agrícola, e repreendendo o devorador (Ml. 3.10,11). As ofertas tinham um caráter mais específico no Antigo Testamento, poderiam ser requisitadas, com vistas a algum serviço (Ex. 36.4-6). Mesmo assim, ninguém era obrigado a trazê-las, pois se tratava de atitudes voluntárias - nadabah em hebraico (Lv. 7.1; Ed. 1.1-6; 7.16). As ofertas de paz - neder em hebraico - eram entregues como agradecimento por algum feito do Senhor (Lv. 7.11-12), bem como a dos votos – neder em hebraico (I Sm. 1.11,24).

2. DÍZIMOS E OFERTAS NO NOVO TESTAMENTO
Os defensores da Teologia da Ganância impõem, através de passagens isoladas do Antigo Testamento, que o dízimo deva ser obrigatório e que as pessoas devam dar muito mais do que isso, mesmo contra as suas possibilidades, para tanto, citam Lc. 21.1-4. No Novo Testamento o dízimo, dekatóo (Hb. 7.6,9), - apodekatóo – Mt. 23.23; Lc. 11.42; Hb. 7.5) em grego, não é um mandamento, mas um princípio a ser observado, já que cada um deve dar de acordo com sua prosperidade (I Co. 6.1,2). O voto pessoal de Jacó, que se encontra em Gn. 28.20-22 não pode ser generalizado, muito menos aplicado diretamente à igreja. No Novo Testamento a lei maior é a da generosidade, pautada pelo amor (Rm. 13.8). Os dízimos e ofertas devem ser entregues não como barganha ou mandamento, mas com amor, sobretudo em gratidão pela providência de Deus. Dar com alegria é um critério fundamental (II Co. 9.6,7), para tanto é preciso exercitar a liberalidade (I Co. 16.2), reconhecendo que não passamos de mordomos e que Deus é o dono de todas as coisas (I Co. 4.1,2). A partir dessa percepção bíblica, não é errado dizimar, tendo em vista que esse é um princípio orientado pelo Senhor, antes da Lei (Gn. 14.20), na Lei (Lv. 27.30), nos livros históricos (Ne. 12.44), poéticos (Pv. 3.9,10) e proféticos (Ml. 3.8-11). Lembremos que Jesus não se opôs à observância dos dízimos dos fariseus, mas sua mera exterioridade, sem levar em conta a justiça, misericórdia, fé e amor (Mt. 23.23; Lc. 11.32) Não precisamos mais fazer prova de Deus hoje, pois Ele já provou Seu amor para conosco (Rm. 5.8), por isso, em gratidão, devemos levar nossos dízimos e ofertas à igreja, certos de que ceifaremos bênçãos para a eternidade (II Co. 9.6; Lc. 6.38)

3. DÍZIMOS E OFERTAS NA IGREJA DE HOJE
A Teologia da Ganância tem deturpado a doutrina bíblica dos dízimos e ofertas. Seus mentores, interessados em fazer fortuna com o dinheiro dos fiéis, estão incentivando a barganha, utilizando indevidamente passagens bíblicas para justificarem a ostentação. Alguns deles não pedem apenas os dízimos, mas que as pessoas entreguem tudo o que têm, se aproveitando da ignorância das pessoas. Diferentemente do que esses propõem, a igreja deve instruir aos irmãos a serem generosos, a trazerem os dízimos e ofertas ao Senhor, não por medo de serem amaldiçoados ou rotulando de ladrões aqueles que não o fazem, mas a o fazerem com alegria e gratidão ao Senhor, reconhecendo Sua providência. Em uma sociedade que colocou o dinheiro acima de todos os valores, governada por Mamom (Mt. 6.24), muitos crentes se deixaram contaminar pela ideia de acumularem o máximo que podem. O maior investimento, no entanto, não é a bolsa de valores, mas o Reino de Deus, ganhando almas para Cristo (Lc. 16.9) e suprindo as necessidades dos domésticos na fé (Gl. 6.10). Os líderes da igreja precisam dar exemplo na administração dos dízimos e ofertas para não acontecer como nos tempos de Neemias (Ne. 12.1-5) e para servir de estímulo à contribuição (Ne. 12.44). Investir em pessoas, não apenas em coisas, deve ser o alvo primordial de toda igreja séria. De nada adianta ter templos vultosos, enquanto a maioria dos fiéis padecem necessidade. A igreja de Jerusalém nos deu exemplo ao demonstrar sensibilidade em relação aos mais pobres (At. 2.42). Os crentes também precisam estar atentar às carências pastorais, lembrando sempre que digno é o obreiro do seu salário (Mt. 10.10; Lc. 10.7; I Co. 9.7-14; I Tm. 5.17,18).

CONCLUSÃO
A doutrina dos dízimos e ofertas precisa ser sabiamente aplicada na igreja, evitando extremos, de um lado daqueles que se opõem totalmente a essa prática, do outro, os que extorquem os fiéis. O ensinamento sobre os dízimos e ofertas deve ser orientado à luz das Escrituras, sem coerção, avaliando os contextos das passagens do Antigo e do Novo Testamento. As aplicações devem considerar o principio bíblico da gratidão, que resulta em generosidade e liberalidade.

BIBLIOGRAFIA
KELLY, R. E. Should the church teach tithing? New York: WCP, 2000.
LIMA, P. C. Dizimista, eu? Rio de Janeiro: CPAD, 2001.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

TUDO POSSO NAQUELE QUE ME FORTALECE

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TUDO POSSO NAQUELE QUE ME FORTALECE
Texto Áureo: Fp. 4.13 – Leitura Bíblica: Fp. 4.10-19

Pb. José Roberto A. Barbosa
Twitter: @subsidioEBD

INTRODUÇÃO
Um dos principais problemas da Teologia da Ganância está na ausência de princípios sólidos para a interpretação da Escritura. Seus adeptos utilizam textos isolados e descontextualizados para justificar pontos de vistas antibíblicos. Filipenses 4.13 é um exemplo desse tipo de equívoco, não poucos citam esse texto para argumentar que podem fazer qualquer coisa. Na lição de hoje, estudaremos essa passagem atentando para o contexto, que nos conduzirá a uma percepção mais madura da fé, que nos orienta a confiar em Deus, independentemente das circunstâncias.

1. PRESO, MAS ALEGRE E CONFIANTE
A Epístola ao Filipenses foi escrita por Paulo, por volta de 63 d. C., pouco tempo depois desse mesmo Apóstolo ter plantado uma igreja naquela cidade, situada na Macedônia oriental, a 16 km do Mar Egeu (At. 16.9-40). Ao longo da Epístola, percebemos o forte laço de amizade entre os irmãos filipenses e Paulo, tendo esses enviado ajuda financeira ao Apóstolo várias vezes (II Co. 11.9; Fp. 4.15,16). Ao que tudo indica, Paulo teria visitado essa igreja duas vezes durante sua terceira viagem missionária (At. 20.1-6). A Epístola ao Filipenses é uma daquelas Cartas da Prisão (Fp. 1.7, 13, 14), quando o Apóstolo estava encarcerado em Roma (At. 28.16-31). Um dos objetivos dessa Epístola é agradecer a generosidade dos irmãos, em razão da oferta providenciada por eles (Fp. 4.14-19). Mesmo preso em Roma, Paulo revela sua confiança em Deus, e roga aos irmãos para que não fiquem desanimados por causa da sua condição (Fp. 1.12-26). Ele aproveita a oportunidade para orientar os crentes para que estejam alegres – uma palavra chave na Epístola aos Filipenses, chara em grego – em todas as circunstâncias da vida (Fp. 1.4, 12; 2.17,18; 4.4, 11-13). Ao contrário do que defendem os adeptos do pseudopentecostalismo, propondo um modelo triunfalista de cristianismo, Paulo instiga à humildade e ao serviço cristão, ressaltando o exemplo de Cristo, que mesmo sendo Deus, tomou forma humana, como servo (Fp. 2.1-16).

2. TUDO PODEMOS, INDEPENDENTEMENTE DAS CIRCUNSTÂNCIAS
A vida cristã não é orientada pelas circunstâncias, tendo em vista que somos desafiados, a todo o momento, a vivermos acima delas. Paulo nos ensina, nessa Epístola, a vivermos contentes, a não nos deixarmos solapar pelas vicissitudes existenciais. Mas o contentamento não é algo que se consegue do dia para a noite, é resultado do fruto do Espírito (Gl. 5.22), trata-se de uma alegria que não se deixa abalar, mesmo quando tudo parece não se ajustar ao nossos bem estar. A esse respeito diz o Apóstolo: “Não digo isto por causa de necessidade, porque já aprendi a contentar-me com as circunstâncias em que me encontre” (Fp. 4.11). O contentamento é resultado de aprendizado, e muitas vezes, com provas difíceis, e certamente, com notas baixas. Às vezes, é preciso perder bastante para aprender que é “grande fonte de lucro a piedade com o contentamento” (I Tm. 6.6). A palavra contentamento em grego é autarkes e diz respeito à suficiência, a convicção de ter o que é preciso, a certeza de que o Senhor é o nosso Pastor e de que nada nos fará falta (Sl. 23.1). É a certeza de que Deus providencia o que necessitamos, uma satisfação por ter as carências básicas supridas pelo Senhor (I Tm. 6.8; Hb. 13.5). A declaração de Paulo “tudo posso” precisa ser compreendia nesse contexto, não como uma palavra mágica que pode ser utilizada para fazer coisas que estão além da vontade soberana de Deus. O Apóstolo sabia estar diante de Deus em toda e qualquer situação, tal como José que demonstrou ser fiel tanto na fartura quanto na necessidade (Gn. 45.5; 50.20). Algumas pessoas não sabem passar por necessidades, outras não conseguem lidar com a fartura, mas o cristão maduro, pode, independentemente das circunstâncias, viver para Deus (II Co. 6.16-18).

3. NAQUELE QUE FORTALECE
A prosperidade material, amplamente almejada nesses dias, tem causado mais malefícios do que bênçãos. Muitas igrejas estão esquecendo de buscar ao Senhor, investiram demasiadamente em construções, mas deixaram de dar o o devido valor à edificação espiritual (Ap. 3.17). Cristo é o Mestre que nos ensina a não vivermos ansiosos, a não estamos demasiadamente preocupados com as necessidades da vida e a não depositar a nossa confiança nas riquezas (Mt. 6.25-34). A fonte da qual recebemos contentamento, satisfação plena, é Cristo, pois sem Ele nada podemos fazer (Jo. 15.5). Paulo não estava desprezando a oferta generosa dos irmãos filipenses, antes os elogia pelo desprendimento. Ele destaca, fazendo um contraponto, que eles foram de encontro com a necessidade dele, mas que Deus iria de encontra a todas as suas necessidades, que Ele havia contribuído mesmo na pobreza, mas que Deus supriria as suas necessidades em Suas riquezas em glória (Fp. 4.18,19). É importante destacar que Deus não promete suprir todas as nossas “ganâncias”, mas todas as nossas "necessidades". Muitas pessoas não conseguem vivem contentes porque se deixam levar pelas supostas necessidades criadas pela mídia, movida pela sociedade de consumo, que não permite que se encontre plena satisfação.

CONCLUSÃO
Precisamos aprender, como Paulo, a viver contentes, a encontrar plena satisfação em Cristo. Muitos pedem, declaram, até citam Jo. 14.13, achando que receberão qualquer coisa que pedirem, mas não relativizam, que muitos pedem, mas não recebem, porque pedem mal, para esbanjar em seus deleites carnais (Tg. 4.2,3). Somente aqueles que aprenderam na escola de Cristo a estarem satisfeitos nEle, podem dizer, com o Apóstolo, que: “tudo podem naquele que me fortalece”.

BIBLIOGRAFIA
LOPES, H. D. Filipenses. São Paulo: Hagnos, 2007.
MARTIN, R. P. Filipenses: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1986.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

A PROSPERIDADE DOS BEM-AVENTURADOS

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A PROSPERIDADE DOS BEM-AVENTURADOS
Texto Áureo: Lc. 4.18 – Leitura Bíblica: Mt. 5.1-12

Pb. José Roberto A. Barbosa
Twitter: @subsidioEBD

INTRODUÇÃO
O movimento da Teologia da Ganância, que nada tem de cristã, foge dos textos bíblicos que tratam a respeito do sofrimento. As bem-aventuranças, apresentadas por Jesus no Sermão do Monte, são desconsideradas. Na lição de hoje, aprenderemos que existe prosperidade para os bem-aventurados, e esses, diferentemente do que defendem o pseudopentecostalismo, tem como marca o sofrimento. Mesmo em meio ao sofrimento, por amor a Cristo, esses são considerados - makarios em grego - isto é, mais do que felizes.

1. BEM-AVENTURADOS OS POBRES, OS QUE CHORAM E OS MANSOS
A pobreza espiritual é o reconhecimento da nossa necessidade de Deus, de que somos pecadores, carentes do Seu perdão. Como bem explicitou Calvino: “só aquele que, em si mesmo, foi reduzido a nada, e repousa na misericórdia de Deus, é pobre de espírito”. O reino de Deus é concedido àqueles que percebam sua carência de Deus, os pecadores, nos tempos de Jesus, concretizados, por exemplo, nos publicanos e prostitutas (Mt. 21.21). Os fariseus, alicerçados em sua vã religiosidade, deixaram de atentar para essa sublime verdade (Mt. 23.23-26). Os que choram também são bem-aventurados, Jesus é um grande exemplo nesse sentido, pois Ele mesmo chorou a miséria dos homens (Jo 11.35; Mt. 23.37; Hb. 5.7). Somente aqueles que choram pelos seus pecados podem receber o Consolador, pois esses, ao final, terão suas lágrimas enxugadas por Deus (Ap. 7.17). Os mansos – praus em grego – seguem o modelo que é Cristo, em Sua mansidão (Mt. 11.29). Dr. Lloyd Jones explica essa bem-aventurança com a seguinte declaração: “a mansidão é, em essência, a verdadeira visão que temos de nós mesmos, e que se expressa na atitude e na conduta para com os outros”. A promessa de Jesus aos mansos é que eles herdarão a terra, que ecoa as palavras do Salmo 37, para não nos indignarmos por causa dos malfeitores, e a mantermos nossa esperança no Senhor.

2. OS QUE TÊM FOME E SEDE DE JUSTIÇA, OS MISERICORDIOSOS,
Maria, em seu Magnificat, declara que Deus encheu de bens os famintos e despediu vazios os ricos (Lc. 1.53). De fato, os que têm fome e sede de Deus, e de justiça, é que serão fartos. A ambição desses não é material, como tanto se propaga atualmente, mas espiritual. Essa fome e sede de justiça não serão cumpridas enquanto estivermos aqui na terra. No mundo impera a maldade e o engano, as pessoas fazem de tudo para tirar vantagem. O rico prospera e ostenta o produto das suas aquisições, muitas vezes adquiridas ilicitamente. Enquanto que o pobre é injustiçado, trabalha por um salário de fome, e é constantemente oprimido. Mas bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, pois eles, no céu, jamais terão fome e nunca mais terão sede (Ap. 7.16,17). Os misericordiosos – eleos em grego - também são bem-aventurados, pois demonstram compaixão pelas pessoas que passam necessidade. Existe uma diferença marcante entre graça (charis) e misericórdia (eleos). A primeira é resultante do favor imerecido, em relação ao pecado, enquanto que essa última é uma demonstração de alívio diante da dor, da miséria e do desespero. O mundo desconhece tanto a graça quanto a misericórdia, pois trata as pessoas com crueldade, foge da dor e do sofrimento dos homens. A cultura da vingança e da competitividade se consolidou no contexto de uma sociedade insensível à mensagem de Deus. Agir com misericórdia é está disposto a perdoar, conforme instruiu Jesus na parábola do credor incompassivo (Mt. 18.21-35).

3. OS LIMPOS DE CORAÇÃO, OS PACIFICADORES E OS PERSEGUIDOS
Bem-aventurados são os limpos de coração, aqueles que oram, com Davi: “cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova dentro em mim um espírito inabalável” (Sl. 51.6). A pureza que agrada a Deus vem de dentro para fora, parte do interior do ser, não do exterior, como defendiam os fariseus (Lc. 11.39; Mt. 23.25-28). Umas das marcas dos limpos de coração é sinceridade, são pessoas que não entregam a alma à falsidade (Sl. 24.4). A motivação das suas atitudes é produto da honestidade. Os limpos de coração não vivem das aparências, do marketing pessoal em detrimento da sinceridade do coração. Somente os limpos de coração, os que são sinceros diante de Deus, que não vivem de máscaras, verão a Deus. Aqueles que assim vivem são pacificadores, por isso são bem-aventurados, pois não vivem dissimuladamente, antes agem com vistas a construir relacionamentos sólidos, sem que esses estejam baseados na pressão. Os cristãos não foram chamados por Cristo para viverem em conflito, mas em paz (I Co. 7.15; I Pe. 3.11; Hb. 12.14; Rm. 12.18). Os que são pacificadores são bem-aventurados porque foram agraciados com a paz de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo (Cl. 1.10; Ef. 2.15). Aqueles que vivem a partir desses princípios sofrerão perseguição, mesmo assim, devem se considerar mais do que felizes (Mt. 5.12). A promessa para os que suportam as perseguições é a “o galardão nos céus”. Os profetas, por denunciarem o pecado, foram perseguidos, aqueles que fazem o mesmo atualmente, participam dessa sucessão (At. 5.41).

CONCLUSÃO
Lutero incluiu o sofrimento no rol das características de uma verdadeira igreja. Do mesmo modo, podemos afirmar que uma igreja verdadeiramente próspera passa por sofrimento. Paradoxalmente, há movimentos cujo slogan é: “pare de sofrer”. Uma igreja que não sofre não pode se considerar igreja, pois conforme revelou Paulo ao jovem pastor Timóteo, todos aqueles que seguem piedosamente a Cristo padecerão perseguição (II Tm. 3.12).

BIBLIOGRAFIA
LLOYD-JONES, D. M. Estudos no Sermão do Monte. São Paulo: Fiel, 1984.
STTOT, J. A mensagem do Sermão do Monte. São Paulo: ABU, 2001.

Lição 6 - A prosperidade dos bem-aventurados

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Lição 6 - A prosperidade dos bem-aventurados
Data: 5 de Fevereiro de 2012
Por Francisco A. Barbosa

TEXTO ÁUREO

O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração(Lc 4.18). O primeiro sermão de Jesus na sinagoga da cidade de Nazaré, onde morava, envolveu o cumprimento de uma passagem das Escrituras. Quando o rolo do Livro de Isaías foi entregue a Jesus, ele se pôs de pé e leu (Is 61.1,2; 58.6), omitindo “o dia da vingança do nosso Deus”, e então começou a pregar. Depois que o rejeitaram, não há registro de que Jesus tenha voltado a Nazaré para pregar [1].
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[1] Bíblia de Estudo da Mulher, Editora Mundo Cristão e SBB; Barueri, SP; 2003
Nota Textual de Lc 4.18; p. 1258
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VERDADE PRÁTICA

A verdadeira prosperidade não reside no acúmulo de bens materiais, mas se encontra na abundância dos bens espirituais que a graça de Nosso Senhor Jesus Cristo nos proporciona.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Mateus 5.1-12.

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
· Saber quais são os fundamentos das bem-aventuranças;
· Explicar as bem-aventuranças da mansidão e da misericórdia; e
· Conscientizar-se de que a prosperidade dos bem aventurados firma-se nas coisas espirituais e não nas materiais.
Palavra Chave
Bem-aventurança: Do gr. makarismós; felicidade perfeita.

COMENTÁRIO

(I. introdução)
A expressão “bem-aventurado” aparece sete vezes no Antigo Testamento e vinte e seis vezes no Novo Testamento. Encerra o sentido de ‘ditoso’, ‘feliz’ e ‘felicidade perfeita’. Esta ‘felicidade perfeita’ é fundamentada principalmente em Deus, na obediência à Sua palavra e na fé. A obediência conjugada à fé gera a ação de Deus no coração, que gera a felicidade, que ajuda o crente a resistir aos momentos mais difíceis - “Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados.” (Mt 5.4). Os servos de Deus que por algum motivo estão chorando, serão bem-aventurados, pois essa felicidade é fundamentada em Deus e na fé (serão consolados). Este é o tema que estudaremos na lição de hoje: “A Prosperidade dos Bem-Aventurados”. Ser um bem-aventurado não é ter muitos bens materiais, mas é viver do favor de Deus. A graça divina nos dá condições para vivermos segundo os seus preceitos. Ser bem-aventurado é ser feliz. Obediência gera felicidade, não obediência aos sistemas nem a homem, mas a Deus, que se comunica através dos mandamentos que deixou para o nosso bem-estar. Obediência é para a mente e para o coração. A obediência começa com o conhecimento do mandamento (o que exige meditação), desejo de seguir as instruções e esforço na caminhada. Obediência é para quem acha que os mandamentos de Deus são bons, mesmo que soem como azorragues (chicotes) ou repreensões. Diante deles, nós devemos nos sentir como aqueles que estão no caminho da obediência ou como aqueles que caminham pela margem deles. Obediência é uma palavra que só tem efeito quando vira prática. Essa felicidade não se origina dos bens materiais que possuímos, mas em termos os nossos pecados perdoados por Jesus. Somente aqueles que receberam a Cristo como único e suficiente Salvador podem desfrutar dessa felicidade; felicidade que nos acompanhará por toda a eternidade. Vejamos, pois, na aula de hoje, em que consiste a verdadeira prosperidade. Boa aula!
(II. desenvolvimento)
I. O FUNDAMENTO DAS BEM-AVENTURANÇAS
1. O significado das bem-aventuranças. É importante salientar que o nosso conceito de felicidade precisa se inscrever no círculo bíblico, não importa o que se proponha nos outros compassos. A Bíblia está cheia de descrições sobre felicidade. Makarismos denota ‘declaração de bem-aventurança, felicitação’; é encontrado em Gl 4.15; os convertidos gálatas tinham se considerado felizes quando ouviram e receberam o Evangelho de Paulo; ele lhes pergunta retoricamente o que tinha acontecido com o espírito que os tinha animado. A palavra também ocorre em Rm 4.6,9. A bem-aventurança, a comunhão com Deus e tudo aquilo que os acompanha, bem como a salvação, não são adquiridas mediante as obras, mas são o efeito do dom do perdão. É por causa da obra de Cristo, e não por causa da nossa, que somos justificados. Méritos humanos de qualquer tipo ficam excluídos. O Dicionário VINE afirma que o termo hebraico “‘asrê” ocorre 44 vezes e que todas, menos quatro das 44 ocorrências bíblicas, estão em passagens poéticas, como 26 ocorrências nos Salmos e oito em Provérbios e que conota, basicamente, o sentido de ‘prosperidade’ ou ‘felicidade’ que vem quando um superior concede seu favor (bênção) a alguém. Na maior parte das passagens, a fonte é sempre Deus: “Feliz és tu, ó Israel! Quem é como tu? Povo salvo pelo SENHOR” (Dt 33.29) [2].
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[2] Dicionário VINE, CPAD; Rio de Janeiro, RJ; 1ª edição, 2002
Bendito, ‘asrê; p. 53
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2. Bem-aventurados os pobres (Mt 5.3). No Sermão da Montanha, Bem-aventurados significa mais do que um estado emocional representado pela palavra ‘feliz’. Inclui bem-estar espiritual, tendo a aprovação de Deus e, assim, um destino mais feliz (Sl 1). Nesse contexto, a pobreza não é vista propriamente como escassez de bens materiais, mas como necessidade espiritual. Os que têm maior necessidade espiritual estão mais aptos para perceber essa necessidade e depender só de Deus e não da sua própria bondade. Paulo observa o mesmo princípio em Romanos 9.30 e 31. O paralelo em Lucas 6.20 omite “de espírito”. Isto tem levado muitos intérpretes a entender que Jesus, primariamente, se referiu aos materialmente pobres. Pobreza material e reconhecimento da necessidade espiritual freqüentemente andam juntas (Sl 9.18), mas as duas espécies de pobreza são idênticas.
3. Bem-aventurados os que choram (Mt 5.4). Por que um crente chora? O contexto de Mateus 5.4 indica que estão chorando por causa do pecado e do mal, especialmente os deles mesmos, e por causa do fracasso da humanidade em dar a glória devida ao Senhor. Apocalipse 21.4 afirma que “Deus limpará de seus olhos toda lágrima...” Se de fato choramos aos pés de Cristo, o consolo certamente virá.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Ser bem-aventurado é ser feliz por amar intensamente ao Senhor.
II. A BEM AVENTURANÇA DA MANSIDÃO E DA MISERICÓRDIA
1. Bem aventurados os mansos (Mt 5.5). Nesse contexto, manso assemelha-se à bem aventurança de Sl 37.11 e, talvez, esteja baseada nela. A mansidão aqui referida é de natureza espiritual, é uma atitude de humildade e submissão ao senhorio de Deus. Nosso modelo máximo de mansidão é Jesus, que se submete à vontade do Pai celeste. O termo grego paütes é utilizado nas Escrituras com um significado bem mais amplo que nos escritos seculares; não consiste apenas no comportamento exterior nem em suas relações interpessoais. Antes, ema entretecida graça da alma; e cujos exercícios são primeira e primariamente para com Deus. É o temperamento de espírito no qual aceitamos Seus procedimentos conosco como bons, e, portanto, sem disputar ou resistir.
2. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça (Mt 5.6). Os que procuram a justiça de Deus recebem aquilo que desejam, e não os que confiam em sua própria justiça. ‘Fome e sede’ é uma expressão idiomática que significa ‘forte desejo’. Por isso mesmo este versículo é um dos mais importantes do Sermão do Monte e afirma que a condição primordial para uma vida santa em todos os aspectos é ter ‘fome e sede de justiça’. Tal fome pode ser vista na vida de Paulo (Fp 3.8-10). A verdadeira prosperidade é possuída apenas por aqueles que demonstram um ardente, extremo, penetrante, e que tudo consome, desejo e paixão da alma pela completa união com Deus e pela plenitude do Espírito (Sl 42.; 63.1; 143.6; Is 41.17; 44.3).
3. Bem-aventurados os misericordiosos (Mt 5.7). Os ‘misericordiosos’ são aqueles que cheios de compaixão e dó para com os que sofrem, quer seja pelos pecados, quer seja pelas aflições da vida. Os misericordiosos desejam minorar os sofrimentos e fazem isso levando as boas novas do Evangelho ao homem aprisionado pelo pecado (Mt 18.33-35; Lc 10. 30-37; Hb 2.17). O termo grego aqui é eleemon e denota uma palavra gentil, compassiva, solidária, misericordiosa e sensível, que combina intenções do coração com ação.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Ser próspero é agir com mansidão e submeter-se à vontade divina.
III. A BEM-AVENTURANÇA DA PUREZA E DA AFLIÇÃO
1. Bem-aventurados os limpos de coração (Mt 5.8). O termo grego aqui é katharos e significa ‘sem mancha’, ‘limpo’, ‘imaculado’, ‘puro’. O termo descreve a limpeza física, pureza cerimonial e pureza ética (Mt 23.36; 27.59; Lc 11.41; Rm 14.20; Jo 13.10; At 18.6). O pecado macula e corrompe, mas o sangue de Jesus vertido no Calvário tem a propriedade de tirar toda e qualquer mancha. O crente verá a Deus pelos olhos da fé, já que a Deus é espírito e sua essência divina é invisível (Cl 1.15; 1Tm 1.17; 6.16). Jesus assegurou aos discípulos que, vendo-o, vêem ao Pai (Jo 14.9). Não obstante isso, temos a grata promessa de que, quando glorificados, os filhos de Deus o verão ‘como ele é’ (1Jo 3.2).
2. Bem-aventurados os pacificadores (Mt 5.9). Deus é o pacificador supremo, e nós, como filhos do Pai, que carrega as características daquele que nos gerou, devemos seguir seu exemplo. O crente tem por obrigação buscar a paz até com seus próprios inimigos. A idéia de paz encontrada no Antigo Testamento não é simplesmente uma ausência de discórdia. Ao contrário, paz, shalom, é um termo dinâmico e positivo que implica tanto em saúde quanto em inteireza. [“...] Existe a clara implicação de que a pessoa capaz de trazer cura e inteireza, é pobre de espírito, mansa, misericordiosa e pura de coração” [3].
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[3] RICHARDS, L. O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1.ed., RJ: CPAD, 2007, p.25
3. Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça (Mt 5.10,11). O Pr Antonio Gilberto em seu livro O fruto do Espírito discorre acerca da natureza do Amor Ágape: A pessoa que tem amor é sofredora. Este é o amor passivo, o amor paciente, o amor que espera, suporta, sofre, na quietude. A pessoa que tem amor é benigna. Certo escritor chama a benignidade de amor ativo. A pessoa que tem amor não é invejosa. A pessoa amorosa não tem inveja ou ciúmes do sucesso dos outros. A pessoa que tem amor ágape não trata com leviandade, não se ensoberbece. Ela não é orgulhosa. A pessoa que tem amor semelhante a Cristo não se porta com indecência. Ela não é rude. É natural a pessoa amorosa ser cortês, mostrar consideração pelos outros. A pessoa que tem amor não busca os seus interesses. Ela é altruísta. A pessoa que manifesta amor não se irrita. Ela não fica zangada facilmente. A pessoa que ama não suspeita mal. Ela não guarda rancor, não mantém um registro dos erros. A pessoa que tem o verdadeiro amor não folga com a injustiça, mas folga com a verdade [4].
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[4] GILBERTO, A. O fruto do Espírito. RJ: CPAD, 2004
p. 40-42
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Sofrer injustiça, ser perseguido e até mesmo martirizado por causa do Reino de Deus são evidências de uma bem-aventurança eterna.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Sofrer injustiça e ser perseguido por causa do Reino de Deus são evidências de uma bem-aventurança eterna.
(III. conclusão)
As bem-aventuranças contém a revelação dos princípios divinos da justiça, segundo os quais todo crente deve vivenciar através da fé em Jesus Cristo (Gl 2.20), e mediante o poder do Espírito Santo que em nós habita (Rm 8.2-14; Gl 5.16-25). Todos os servos do Cordeiro, que pertencem a ele e são cidadãos do reino de Deus, deve ter um intenso desejo, de que trata esse sermão proferido por Jesus. Devemos ressaltar que, Deus tem para os seus bênçãos sem igual e que isso não significa que Deus não queira que os seus filhos prosperem materialmente. Porém, entendemos que ‘Ainda que o Senhor é excelso, atenta para o humilde; mas ao soberbo, conhece-o de longe’ (Sl 138.6). “Necessitamos da força e da ajuda de Deus em tudo o que fazemos. Não existe nenhum ‘vencedor pelo próprio esforço’, mas homens e mulheres que desenvolveram os talentos recebidos de Deus. Há muitas pessoas bem-sucedidas, que chegaram ao topo de sua profissão e esqueceram-se do que (ou quem) as levou até lá. Os nossos talentos, a nossa inteligência, singularidade e oportunidade vieram de Deus. Se agirmos na vida com fidelidade e confiança, cresceremos e saberemos o que fazer para ser próspero” [5].
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[5] GOODALL, W. O Sucesso que Mata: Fuja das Armadilhas que Roubam os seus Sonhos. 1.ed., RJ: CPAD, 2011, p.77
“Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade." (1Jo 3.18)
N’Ele, que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus” (Ef 2.8),
Campina Grande, PB,
Fevereiro de 2012.
Francisco de Assis Barbosa,

EXERCÍCIOS

1. O que significa ser bem-aventurado?
R. Significa ser feliz por amar intensamente ao Senhor.
2. Como é vista a pobreza no Sermão da Montanha?
R. No Sermão da Montanha, a pobreza não é vista propriamente como escassez de bens materiais, mas como carência da alma.
3. De acordo com o contexto das bem-aventuranças, o que é ser manso?
R. Ser manso é demonstrar total submissão à vontade de Deus, mesmo quando esta parece contrariar os interesses pessoais.
4. Segundo a lição, quem são os verdadeiros prósperos?
R. Os verdadeiramente prósperos são aqueles que demonstram um forte desejo pela justiça divina e a buscam ansiosamente.
5. Qual ensino você pode extrair para a sua vida pessoal depois de ter estudado esta lição?
R. Resposta pessoal.
NOTAS BIBLIOGRÁFICAS
TEXTOS UTILIZADOS:
-. Lições Bíblicas do 1º Trimestre de 2012, Jovens e Adultos, A verdadeira prosperidade — A vida cristã abundante; Comentarista: José Gonçalves; CPAD;

CITAÇÕES:
-. Bíblia de Estudo da Mulher, Editora Mundo Cristão e SBB; Barueri, SP; 2003; Nota Textual de Lc 4.18; p. 1258;
-.
Dicionário VINE, CPAD; Rio de Janeiro, RJ; 1ª edição, 2002; Bendito, ‘asrê; p. 53;
-.
RICHARDS, L. O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1.ed., RJ: CPAD, 2007, p.25;
-.
GILBERTO, A. O fruto do Espírito. RJ: CPAD, 2004; p. 40-42.

OBRAS CONSULTADAS:

-. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001;
-. Bíblia de Estudo Genebra, São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999;
-. Bíblia de Estudo da Mulher, Editora Mundo Cristão e SBB; Barueri, SP; 2003;
-. COUTO, G. A Transparência da Vida Cristã. 1.ed., RJ: CPAD, 2001;
-. RICHARDS, L. O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1.ed., RJ: CPAD, 2007.
Os textos das referências bíblicas foram extraídos do site http://www.bibliaonline.com.br/ , na versão Almeida Corrigida e Revisada Fiel, salvo indicação específica.
Autorizo a todos que quiserem fazer uso dos subsídios colocados neste Blog. Solicito, tão somente, que indiquem a fonte e não modifiquem o seu conteúdo. Agradeceria, igualmente, a gentileza de um e-mail indicando qual o texto que está utilizando e com que finalidade (estudo pessoal, na igreja, postagem em outro site, impressão, etc.).
Francisco de Assis Barbosa

 

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