terça-feira, 28 de setembro de 2010

O QUE É ORAÇÃO

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O QUE É ORAÇÃO
Texto Áureo: Ef. 6.18 - Leitura Bíblica em Classe: I Cr. 16.8,10-17; J.. 15.16
Pb. José Roberto A. Barbosa

Objetivo: Definir os sentidos bíblicos da oração enquanto meio de comunicação que Deus estabeleceu para cultivamos um relacionamento íntimo e contínuo com Ele.

INTRODUÇÃO
Neste trimestre estudaremos a respeito da oração, um assunto extremamente importante e necessário para a igreja e a saúde espiritual de todo cristão. Há quem diga que a relevância que o oxigênio tem para o corpo é a mesma que a oração tem para a alma. As lições serão: 1) o que é oração; 2) a oração no Antigo Testamento; 3) a oração sábia; 4) a oração em o Novo Testamento; 5) orando como Jesus ensinou; 6) importância da oração na vida do crente; 7) oração da igreja e o trabalho do Espírito Santo; 8) a oração sacerdotal de Jesus Cristo; 9) a oração e a vontade de Deus; 10) o ministério da intercessão; 11) a oração que conduz ao perdão; 12) quando o crente não oração e 13) se o meu povo orar. Nesta primeira lição, abordaremos os sentidos bíblico-teológicos da oração.

1. SENTIDOS DA ORAÇÃO NO ANTIGO TESTAMENTOO termo “oração” tem diferentes palavras no Antigo Testamento. Palal é um verbo encontrado em oitenta contextos com o significador predominantes de “orar”. As ocorrências desse verbo dizem respeito às orações que são oferecidas a Deus (Gn. 20.17; Nm. 11.2; Dt. 9.26; I Sm. 1.10; I Rs. 8.28; II Rs. 6.17; II Cr. 6.19; Ne. 2.4; Sl. 5.2; Is. 37.15; Jr. 29.12; Jn. 2.1). Essa palavra também é usada para referir-se ao ato de interceder a Deus (Jr. 7.16; 11.14; 14.11) e como um ato de confissão (Ed. 10.1; Ne. 1.4; Dn. 9.4,20). Outra palavra em hebraico para oração é tephilah, um substantivo derivado de palal, que se encontra em II Sm. 7.27; I Rs. 8.28; Sl. 42.8; Jn. 2.7. Tephilal também ocorre no sentido da oração intercessória em Is. 37.4; Dn. 9.3 e também diz respeito ao templo, enquanto Casa de Oração, em Is. 56.7. O verbo selah, em aramaico, é encontrado em dois lugares: Ed. 6.10; Dn. 6.10, no sentido de oração. O verbo paga apresenta o sentido de “encontro”, ressaltando esse aspecto da oração em Jó. 21.15. Atar é um verbo encontrado em Gn. 25.21; Ex. 8.8 com o significado de “interceder”. Shaal, encontrado aproximadamente 170 vezes no Antigo Testamento, tem como significado primário o ato de “pedir” (Sl. 122.6). Halah é uma palavra com sentidos variados, dentre eles destacamos: a petição (Zc. 7.2; 8.21,22).

2. SENTIDOS DA ORAÇÃO NO NOVO TESTAMENTO
No Novo Testamento também existem palavras distintas para o sentido de oração. Proseuchomai é uma das mais comuns para explicitar o ato de orar ou de oferecer oração. Algumas referências gerais à oração com esse termo se encontram em Mt. 24.20; Mc. 11.24; Lc. 1.10; At. 9.11; 22.17; I Co. 11.4; 14.13. Há passagens em que esse termo é usado em relação à postura da oração (Mt. 6.5; I Tm. 2.8) e para exortar à oração (Mc. 13.18; Ef. 6.18; I Ts. 5.17; Jd. 20), inclusive por aqueles que perseguem os seguidores de Jesus (Mt. 5.44; Lc. 6.28). As ocorrências de proseuchomai aludem à oração por direcionamento (At. 1.24), cura de enfermidade (Tg. 5.13), intercessória (Rm. 8.26; Fp. 1.9; Cl. 1.3,9; 4.3; II Ts. 1.11; 3.1; Hb. 13.8). A oração também deva ser ato de comissão para o ministério, incluindo a imposição de mãos (At. 6.6; 8.15; 15.3; 14.23). Esse termo também é usado por Jesus para reprovar a oração hipócrita em Mt. 23.24; Mc. 12.40; Lc. 20.47. O verbo euchomai ocorre no grego do Novo Testamento com o sentido de orar, desejar, interceder (At. 27.29; II Co. 13.7,9; Tg. 5.16; III Jô. 2). Os termos para suplicar é deomai, geralmente relacionado ao ato intercessório (Mt. 9.38; Lc. 10.2; 21.36; 22.32; At. 4.31; 8.22,24; 10,2; I Ts. 3.10) e deesis, especificamente ao ato da súplica em Ef. 6.18; Fp. 4.6; I Tm. 2.1; 5.5; Tg. 5.6; Hb. 5.7. A relação entre oração e adoração também é explicitada através do substantivo deesis em Lc. 2.37 e à oração ouvida e recebida por Deus em Lc. 1.13; I Pe. 3.12.

3. SENTIDOS DA ORAÇÃO NA TEOLOGIA BÍBLICA
A oração baseia-se na convicção de que o Pai Celeste, que tem providencial cuidados sobre nós (Mt. 6.26,30; 10.29,30), que é cheio de misericórdia (Tg. 5.11), ouvirá e responderá às petições dos seus filhos da maneira e no tempo que Ele julgue melhor. A oração deve, então, ser feita com toda a confiança (Fp. 4.6), embora Deus saiba de tudo aquilo que necessitamos, antes de lhe pedirmos (Mt. 6.8,32). A resposta do Senhor pode ser demorada (Lc. 11.5-10), importuna (Lc. 18.1-8) e repetida (Mt. 26.44), e a resposta pode não ser o que pedimos (II Co. 12.7-9), mas o cristão pode descarregar sua ansiedade em Deus, sabendo que nEle podemos descansar (Fp. 4.6,7). As posições na oração, de acordo com a Bíblia, são as mais diversas: em pé (I Sm. 1.20,26; Lc. 18.11), de joelhos (Dn. 6.10; Lc. 22.41), curvando a cabeça e inclinando-a à terra (Ex. 12.27; 34.8), prostrado (Nm. 16.22; Mt. 26.39), com as mãos estendidas (Ed. 9.5) ou erguidas (Sl. 28.2; I Tm. 2.8). Sobre o lugar, o templo é reconhecido, prioritariamente, como “Casa de Oração” (Lc. 18.10), mas os fieis sempre oraram em lugares diversos, de acordo com a necessidade: dentro de um grande peixe (Jn. 2.1), sobre os montes (I Rs. 18.42; Mt. 14.23), no terraço da casa (At. 10.9), em um quarto interior (Mt. 6.6), na prisão (At. 16.25), na praia (At. 21.5). O lugar e a posição corporal não são dogmáticos em relação à oração, o mais importante, conforme ressaltou o Senhor, em Jo. 4.24, é a disposição espiritual, a fim de não incorrer na hipocrisia dos fariseus (Mt. 6.5).

CONCLUSÃOEsperamos que o Senhor nos guie ao longo dos estudos sobre a oração neste trimestre. Dispomos de muitos recursos bíblico-teológicos sobre esse assunto que serão úteis à igreja do Senhor. O desafio, porém, é não apenas aprofundar o tema da oração, conhecer exaustivamente sobre o assunto (que tem sua devida importância), mas que sejamos cada vez mais despertados a buscar o Senhor em oração. Que neste trimestre aprendamos bastante sobre a oração, mas, principalmente, que venhamos a orar mais. Assim, “quando a noite chegar, e o mal me cercar, quero estar em constante oração” (HC 296).

BIBLIOGRAFIA
BUCKLAND, A. R. Dicionário bíblico universal. São Paulo: Vida, 1999.
VINE, W. E, UNGER, M. F., WHITE JR, W. Dicionário Vine. Rio de Janeiro: CPAD, 2002.

O QUE É ORAÇÃO

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Por Sulamita Macêdo
Professoras e professores, para a lição 01 e panorâmica do trimestre apresento as seguintes sugestões:
1 – Cumprimentem os alunos, perguntem como passaram a semana.
2 – Iniciem a aula, fazendo uma panorâmica do trimestre, apresentando:
O Tema: O Poder e o Ministério da Oração - O Relacionamento do Cristão com Deus
A capa: O que vemos?
O significa esta figura?
Qual a origem do hábito de orar/rezar com as mãos postas?
Conta-se que na época das conquistas romanas, os derrotados nas lutas corriam em direção aos vitoriosos, ajoelhavam- se e estendiam as mãos pedindo para serem acorrentados, para não serem mortos.  Essa atitude de súplica difundiu-se na Era Cristã. Orar/rezar de joelhos com as mãos postas indica uma atitude de reverência, submissão e humildade do humano, diante da soberania de Deus todo poderoso.
Comentarista: Pastor Eliezer de Lira e Silva. Há algumas informações sobre ele na interação da lição 01.
Lições do trimestre: Dinamizem a leitura dos títulos das lições, para isto sugiro três maneiras diferentes:
A) Uma parte da sala lê as lições ímpares e a outra parte lê as de número par.
B) Cada fila de alunos lê um título da lição.
C) A classe lê os títulos das lições, os professores a palavra-chave.
3 – Perguntem para os alunos o que é oração. Observem atentamente as respostas.


4 – Escrevam no quadro ou cartolina, as seguintes perguntas, uma de cada vez:
A QUEM ORAR?
QUANDO ORAR?
COMO ORAR?
ONDE ORAR?
POR QUEM ORAR?
Aguardem as respostas dos alunos. Em seguida, acrescentem outras informações contidas na lição, na Bíblia e/ou outras fontes de pesquisa

.
Observações:
 - Estas perguntas compõem os itens da lição.
- Sugiro a leitura e reflexão do texto “Consciente dos pequenos reparos”, após o estudo da pergunta “Quando orar?”
5 – Para finalizar a aula, utilizem a dinâmica “De Coração para coração”.
Objetivos: Exercitar a oração intercessória.
                  Promover integração do grupo.

Material: Numeração dupla, digitada ou manuscrita; por exemplo, se sua classe tem 30 alunos, vocês deverão fazer 2 vezes os números de 1 a 15.  

Procedimento:
- Distribuam um número para cada aluno.
- Peçam para que eles procurem seu par, isto é, a pessoa com o mesmo número.
Se a quantidade de alunos for ímpar, o aluno que ficar sozinho deve ser integrado a um grupo, formando um trio.
- Orientem para que eles apresentem para o colega um motivo de oração e posteriormente façam uma oração pelo companheiro.
               Algumas pessoas só oram quando estão em crise. Elas têm um reparo rápido mental que vê a Deus sobretudo como alguém que resolve um problema. Quando vêem as soluções misericordiosas, agradecem-Lhe cordialmente e então O esquecem até a próxima crise aparecer.
                Conta-se a história de uma menina rica, acostumada com empregados, que tinha medo de subir sozinha uma escada, no escuro. A sua mãe lhe sugeriu que poderia vencer o medo, pedindo que Jesus subisse com ela as escadas. Quando a criança chegou ao alto da mesma, os outros ouviram ela dizer: “Obrigada, Jesus. Agora você pode ir”.
                Talvez rimos desta história, mas o Salmo 106 contém uma séria admoestação com relação ao fato de  excluirmos Deus das nossas vidas – como se isso fosse possível. Israel aceitou as misericórdias de Deus como algo natural e Deus chamou a isto de provocação. Eles desenvolveram almas mal nutridas porque escolheram ignorá-lo. Que lição para nós!
                Assim como a pequena menina rica, peça a Deus para acompanhar você através dos caminhos escuros da vida. Mas em vez de despedi-LO quando as suas necessidades forem resolvidas, apegue-se a Ele como se a sua vida dependesse disso. E ela depende!
Joanie Yoder
Fonte: Nosso Pão Diário – junho/2003

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

A Missão Profética da Igreja

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ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL DA IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 13 – DATA 26/09/2010
TÍTULO: “A MISSÃO PROFÉTICA DA IGREJA”
TEXTO ÁUREO – I Tm 3:15
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: At 8:4-8, 12-17
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br




I - INTRODUÇÃO:

• Da cidade onde Jesus terminou o Seu ministério saiu o Evangelho para transformar a terra, mudando o rumo da História do Mundo.


II – A VIDA DA IGREJA EM JERUSALÉM:

• At 2:42-27; 4:32-35 - Há informações históricas de que a população de Jerusalém naquela época era de 200 mil pessoas, DAS QUAIS A METADE CONSTITUÍA-SE DE CRISTÃOS. Como explicar esse avanço? Resposta: A IGREJA DE JERUSALÉM ERA CHEIA DO ESPÍRITO SANTO! Analisemos:

• (1) - HAVIA ESTUDO DA PALAVRA DE DEUS (At 2:42) - Esta Igreja não se orientava pelas “novas revelações”. Era, sim, submissa à doutrina dos apóstolos.

• (2) - HAVIA COMUNHÃO (At 2:42) - A palavra grega é KOINONIA, cujo significado é duplo:

• (A) - Compartilhar nossos recursos materiais e nossas potencialidades inatas, inclusive trocando serviços na comunidade; e

• (B) - Princípio de caridade ao pobre, tendo como base At 2:45 e 11:29, ou seja, DAR NA MEDIDA DA POSSE; NA MEDIDA QUE ALGUÉM TENHA NECESSIDADE. Se pretendemos ser uma Igreja como a de Jerusalém, não podemos estar alheios às necessidades dos irmãos e às do nosso próximo

• (3) - HAVIA ADORAÇÃO (At 2:42) - “...no partir do pão e nas orações” - No culto a Deus deve haver lugar para os hinos, as manifestações de louvor e a liturgia.

• (4) - HAVIA EVANGELISMO (At 2:47) - A evangelização da Igreja de Jerusalém tinha cinco dimensões:

• (A) - A DIMENSÃO DA SOBERANIA DE DEUS - “...acrescentava-lhes o Senhor”; e

• (B) - A DIMENSÃO DA COERÊNCIA E AUTORIDADE - Eles aglutinavam serviço social e evangelismo. Era uma Igreja que evangelizava todo o homem e cuidava do “homem todo”.

• (C) - A DIMENSÃO DA NATURALIDADE - “... dia a dia” eles evangelizavam. Não precisavam de grandes eventos ou apresentações especiais; estavam sempre disponíveis e a Igreja crescia naturalmente aonde iam.

• (D) - A DIMENSÃO DO LOUVOR - “... louvando a Deus” - Esta deve ser a maneira do cristão viver. O mundo não se deixará convencer pela razoabilidade da nossa doutrina, mas por um estilo de vida.

• (E) - A DIMENSÃO DA SIMPATIA - Às vezes, pensamos que se orarmos, jejuarmos, formos sinceros e piedosos, teremos sucesso automaticamente quando evangelizarmos. Mas precisamos ter a estratégia, também. A Igreja de Jerusalém usava o método certo: A SIMPATIA.

• (5) - O CRESCIMENTO SE DEU PELA MULTIPLICAÇÃO (At 6:7) - Na obra do crescimento, não podem existir as operações de diminuir ou dividir.

• (6) - O CRESCIMENTO SE DEU PELA EVANGELIZAÇÃO DOS LARES (At 5:42) - Aqui está o ponto de maior importância relacionado com a expansão da Igreja. As casas são locais ideais para o trabalho de evangelização objetivando o crescimento da Igreja.

• (7) - O CRESCIMENTO SE DEU PELA IMPLANTAÇÃO DE NOVAS IGREJAS (At 9:31) - Mais uma vez vemos o verbo “MULTIPLICAR” que vem ressaltar a descentralização do trabalho. Onde quer que os novos crentes chegassem, uma nova Igreja era implantada.

• Em suma: A evangelização, no poder do Espírito Santo, propiciou o crescimento e a expansão da Igreja em proporções geométricas. Analisemos:

• (1) - (At 1:13 - doze apóstolos);

• (2) - (At 1:15 - quase 120 pessoas);

• (3) - (At 2:41 - quase 3000 pessoas);

• (4) - (At 2:47 - Todos os dias almas eram salvas);

• (5) - (At 4:4 - quase 5000 almas);

• (6) - (At 5:14 - multidão crescia cada vez mais);

• (7) - (At 5:28 - Jerusalém foi evangelizada);

• (8) - (At 6:1 - crescia o número de discípulos);

• (9) - (At 6:7 - multiplicava-se o número de discípulos);

• (10) - (At 8:4 - os que fugiram de Jerusalém, pregaram em toda Samaria);

• (11) - (At 9:31 - Igrejas se multiplicavam em toda Judéia, Galiléia e Samaria);

• (12) - (At 9:35 - Todos os habitantes de Lida e Sarona se converteram ao Senhor);

• (13) - (At 9:42 - Por toda Jope muitos creram no Senhor);

• (14) - (At 11:19 - Evangelização dos judeus na Fenícia, Chipre e Antioquia);

• (15) - (At 11:20-21 - Grande número de salvos em Antioquia);

• (16) - (At 11:24 - Muita gente salva em Antioquia);

• (17) - (At 12:24 - A palavra de Deus crescia e se multiplicava);

• (18) - (At 14:1 - Uma grande multidão foi salva em Icônio);

• (19) - (At 16:5 - As Igrejas cresciam em número);

• (20) - (At 17:4 - Grande multidão creu em Tessalônica);

• (21) - (At 17:12 - Muitos salvos em Beréia);

• (22) - (At 18:10 - Muita gente salva em Corinto);

• (23) - (At 19:10 - Todos os habitantes da Ásia ouviram a Palavra);

• (24) - (At 21:20 - Milhares de judeus creram).


III - ALGUMAS INFORMAÇÕES BÍBLICA SOBRE SAMARIA:

• Era uma cidade:

• (1) - Edificada por Onri, rei de Israel - I Rs 16:23-24;

• (2) - Recebeu nome de Semer, proprietário da colina onde foi edificada - I Rs 16:24;

• (3) - Era cidade murada e bem provida de armas - II Rs 10:2;

• (4) – O profeta Eliseu habitava ali - II Rs 2:25; 5:3; 6:32;

• (5) – Foi tomada de assalto por Ben-Hadade - I Rs 20:1-12;

• (6) - Seu livramento foi predito e efetuado - I Rs 20:13-21;

• (7) - Novamente tomada de assalto por Ben-Hadade - II Rs 6:24;

• (8) - Sofreu severamente com a fome - II Rs 6:25-29;

• (9) - Eliseu predisse abundância da mesma - II Rs 7:1-2;

• (10) - Livrada por meios miraculosos - II Rs 7:6-7;

• (11) - Notável abundância na mesma, conforme predisse Eliseu - II Rs 7:16-20;

• (12) - Assaltada e conquistada por Salmaneser - II Rs 17:5-6; 18:9-10;


IV - ORIGEM DOS SAMARITANOS:

• Quando Salmaneser, imperador da Assíria, sitiou Samaria, a capital de Israel, em 722 a.C., levou cativas as dez tribos do Norte (2 Rs 17.3).



• Os assírios faziam permutas, deportando seus subjugados para terras estrangeiras. Levaram as dez tribos do Norte para outras regiões e trouxeram estrangeiros para povoarem a terra de Israel. Eles adotaram essa política como estratégia para desarticular os povos vencidos e, assim, neutralizar o sentimento nacionalista e eliminar a hipótese da insurreição contra a metrópole (2 Rs 17.24-31).



• Os poucos filhos de Israel que ficaram na terra se misturaram com esses estrangeiros, de modo que seus filhos se tornaram mestiços (mistura de israelita e gentio). Eram os samaritanos.



• Essa mistura era também religiosa, pois rejeitaram as Escrituras Sagradas, aceitando apenas o Pentateuco.



• As duas tribos do Sul, que também foram levadas cativas para a Babilônia, por Nabucodonosor, ao retornarem a Judá (Ed 4.1-4), não consideraram os samaritanos como seus irmãos. Por isso, recusaram sua ajuda na reconstrução do Templo, em Jerusalém. O relacionamento deles, que já não era bom, ficou pior, e tornaram-se inimigos ferrenhos.



• "OS JUDEUS NÃO SE COMUNICAM COM OS SAMARITANOS" (Jo 4.9) - Judeus e samaritanos sempre foram extremamente hostis, pois estes últimos tinham uma forma de culto muito diferente da dos primeiros. A Bíblia Samaritana, até hoje, consiste apenas do Pentateuco.


V - ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DO POVO SAMARITANO:

• (1) - Orgulhoso e arrogante - Is 9:9;

• (2) - Corrupto e iniquo - Ez 16:46-47; Os 7:1; Am 3:9-10;

• (3) - Idólatra - Ez 23:5; Am 8:14; Mq 1:7;

• (4) - Predições concernentes a sua destruição - Is 8:4; 9:11-12; Os 13:6; Am 3:11-12; Mq 1:6;

• (5) - Seus habitantes levados cativos para a Assíria - II Rs 17:6, 23; 18:11


VI - FILIPE EM SAMARIA:

• (A) – PERSEGUIÇÃO E EXPANSÃO DA IGREJA - Com o assassinato de Estêvão, a Igreja em Jerusalém experimentou uma perseguição nunca vista (At 8. l -3). Isso foi o ponto de partida, para que o Evangelho saísse de dentro das portas de Jerusalém e alcançasse as nações dos gentios.

• (B) – EVANGELIZAÇÃO DOS SAMARITANOS - Filipe, como Estêvão, sobressaiu-se na pregação do Evangelho. Ele era impulsionado pelo Espírito Santo, pois, do contrário, não ousaria enfrentar as hostilidades dos samaritanos. O texto diz que o povo prestava atenção ao que ele dizia. Agora encontramos samaritanos e gentios no contexto da evangelização: "Samaria e até os confins da terra" (At 1.8).

• Filipe, em Atos 8, começa o grande projeto missionário, levando avante a ordem imperativa do Mestre (Mt 28.19,20, Mc 16.16,17). Começou com os samaritanos, povo mestiço (mistura de israelita e gentio), e depois foi enviado pelo Espírito Santo para o região de Gaza, pois o eunuco, ministro da rainha Candace, estava sedento da Palavra de Deus.

• (C) – PEDRO E JOÃO - A chegada de Filipe a Samaria mostra que na Igreja de Jesus não há preconceito. É verdade que Filipe, pelo que se infere do nome, era judeu helenista, e como tal não era tão extremista como os da Palestina. Pedro e João eram hebreus, nascidos na Palestina. No entanto, foram até lá, para apoiarem o trabalho de Filipe. A chegada desses apóstolos àquela localidade fortaleceu o trabalho evangelístico e também os samaritanos foram batizados com Espírito Santo (At 8.14-17).


VII - CONSIDERAÇÕES FINAIS:

• (1) - Os três relacionamentos de uma Igreja cheia do Espírito Santo são: COM DEUS, COM O PRÓXIMO e COM O MUNDO.



• (2) - A Igreja cheia do Espírito Santo ESTUDA A PALAVRA, ADORA A DEUS, EVANGELIZA e PRATICA O FRUTO DO ESPÍRITO.



• (3) - Assim, se uma Igreja deseja realizar a obra do crescimento e expansão de modo dinâmico e efetivo, mantendo, desta forma, sua missão profética, terá de contar primordialmente com o Espírito Santo e a metodologia certa para canalizar suas ações evangelísticas.


FONTES DE CONSULTA:



1) A Bíblia Vida Nova – Edições Vida Nova



2) Apostila do Pr. Isaías Gomes de Oliveira “CRESCENDO NA GRAÇA E NO CONHECIMENTO”



3) Lições Bíblicas CPAD = 3º Trimestre de 1996 – Comentarista: Esequias Soares

A Missão Profética da Igreja

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A MISSÃO PROFÉTICA DA IGREJA
Texto Áureo: I Tm. 3.15 - Leitura Bíblica em Classe: At. 8.4-8,12-17
Pb. José Roberto A. Barbosa

Objetivo: Refletir sobre a missão profética da igreja, levando a mensagem de Cristo até aos confins da terra.

INTRODUÇÃO
A igreja do Deus vivo é coluna e firmeza da verdade. Isso quer dizer que o Senhor entregou a ela, e não a qualquer outra instituição, a responsabilidade de proclamar Seu evangelho. Na lição de hoje, estudaremos a respeito do papel profético da igreja no mundo. Em seguida, veremos que precisa cumprir sua missão, para tanto, até mesmo perseguições serão permitidas pelo Senhor. Ao final, destacaremos que a igreja não pode ficar apenas em suas cercanias, mas ir até aos confins da terra, pregando a mensagem da morte e ressurreição de Cristo.

1. A PERSEGUIÇÃO DA IGREJA
A igreja moderna, distanciada dos padrões bíblicos, busca conforto. Mas o Senhor não prometeu tranqüilidade para a sua igreja. Muito pelo contrário, Ele disse que no mundo passaríamos por aflições (Jo. 16.33). Paulo também ressaltou que todos aqueles que seguem piedosamente a Cristo padecerão perseguições (II Tm. 3.11,12). Nos primórdios da sua história, a igreja também quis se acomodar. Mas Deus permitiu que uma grande perseguição sacudisse esse comodismo (At. 8.1). Por causa da perseguição, os primeiros cristãos tiveram que se dispersar por toda parte, por outras regiões fora das fronteiras israelitas (At. 8.4). Nesse contexto, Filipe desceu à Samaria e ali pregou a Cristo crucificado (At. 8.3). Deus estava confirmando a mensagem pregada por aquele evangelista através de milagres (At. 8.6,7). E esses decorriam da proclamação do evangelho, não era o objetivo central, o que costuma acontecer com algumas igrejas nos dias de hoje, que não anunciam a Cristo, apenas milagres, bênçãos e prosperidade financeira. Tais igrejas estão firmadas na comodidade, em seus recursos e filosofias humanas, não na cruz de Cristo.

2. QUANDO A IGREJA PERDE A MISSÃO 
Nos dias que antecedem as eleições, alguns líderes tentam convencer a igreja a fim de que seus membros não votem em candidatos não-evangélicos, que estejam comprometidos com uma agenda imoral. Por outro lado, apóiam atos escusos de políticos de ficha suja, alguns deles ditos evangélicos, cujas agendas estão longe dos princípios cristãos. Tais políticos combatem as leis que vão de encontro à família, o que é salutar; mas não se posicionam com tanta veemência quando se trata da corrupção e de defender a justiça social. Para eles, o envolvimento em práticas corruptas faz parte do modus operandi político. Determinados líderes eclesiásticos são coniventes com tais atitudes, pois incitam a corrupção ao apoiarem pessoas que não têm compromisso com a vida pública. Alguns deles argumentam que é para favorecer o “reino”, mas, na verdade, querem mesmo é participação pessoal. Esse é o perfil de uma igreja que perdeu a missão: a busca pelo poder terreno substituiu o poder do Espírito Santo; a vanglória humana substituiu a presença de Deus; a vaidade dos líderes substituiu a unção do Espírito. Tais igrejas, quando perseguidas, não são bem-aventuradas (Mt. 5.10-12), pois não é por causa de Cristo. A igreja genuinamente cristã não tem medo de perseguições. Além do mais, é melhor ser a igreja perseguida de Filadélfia (Ap. 3.7-13) do que a igreja acomodada de Laodicéia (Ap. 3.14-22).

3. A MENSAGEM PROFÉTICA DA IGREJA
A igreja cristã tem uma missão a cumprir: proclamar o evangelho. Para tanto, deve alicerçar-se no que o Mestre determinou na Grande Comissão. Em Mt. 19,20 o Senhor disse que a igreja deveria fazer discípulos em todas as nações, ensinando-os a guardar todas as coisas que Ele havia ordenado. Em Mc. 16.15, Ele determinou o alcance da missão, que essa deveria ir além fronteiras, em todas as etnias. Em Lc. 24.46, Ele instruiu a igreja quanto ao conteúdo da mensagem a ser pregada, sua morte e ressurreição a fim de que as pessoas se arrependessem dos seus pecados. Em Jo. 20.21, Ele apresenta-se como o modelo de missionário, não o que envia a si mesmo, mas o que é enviado pelo Pai. Em At. 1.8, Ele destaca a fonte de poder para a missão da igreja, a virtude do Espírito Santo que haveria de vir sobre os discípulos, a fim de que esses proclamassem a mensagem com ousadia. Esse é modelo bíblico de fazer missões: 1) não apenas lotar templos, mas ensinar os convertidos a negarem a si mesmos, e seguirem continuamente a Cristo; 2) não ficar dentro das quatro paredes, mas a todos os lugares, independentemente da condição social; 3) não levar apenas um evangelho de transformação social, ou uma mensagem de auto-ajuda, mas explicitar a realidade do pecado e a necessidade do arrependimento; 3) não seguir a homens, que se fazem apóstolos ou ministros, mas aqueles que andam em humildade, os que foram verdadeiramente enviados pelo Pai; e 5) não depender de poderes humanos, sejam políticos e/ou acadêmicos, mas do Espírito Santo, que concede virtude para que a igreja possa abalar os poderes desse mundo tenebroso.

CONCLUSÃO
A igreja só é igreja se cumprir sua missão: pregar o evangelho de Jesus Cristo. Caso contrário, não passará de mais um entre os muitos clubes sociais. Deus não nos chamou para o comodismo, mas para sair da zona de conforto e ir além, anunciado a Palavra de Deus. Para que essa missão se cumpra, o Senhor poderá permitir que a perseguição venha. Mas não devemos temê-la, pois Ele prometeu não nos deixar sozinhos, antes estar conosco, até a consumação dos séculos (Mt. 28.20).

BIBLIOGRAFIA
CAVALCANTI, R. Cristianismo e política. Viçosa: Ultimato, 2002.
HOOVER, T. R. Missões: o ide levado a sério. Rio de Janeiro: CPAD, 1996.

A Missão Profética da Igreja

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Por Francisco A. Barbosa
26 de setembro de 2010
TEXTO ÁUREO
"Mas, se tardar, para que saibas como convém andar na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade" (1 Tm 3.15).
- A missão da igreja é apoiar e transmitir ao mundo a verdade que Deus revelou. ‘Coluna’ e ‘firmeza’ são vocábulos que têm conotação de prover suporte. Paulo afirma que a verdade do evangelho é encontrada na igreja de Deus e sustentada pela mesma (2Tm 2.19). A igreja deve zelar por ser o fundamento da verdade do evangelho. Ela sustenta e preserva a verdade revelada por Cristo e pelos apóstolos. Ela recebeu esta verdade para obedecê-la (Mt 28.20), escondê-la no coração (Sl 119.11), proclamá-la como ‘a palavra da vida’ (Fp 2.16), defendê-la (Fp 1.17) e demonstrar seu poder no Espírito Santo (Mc 16.15-20; At 1.8; 4.29-33; 6.8).
VERDADE PRÁTICA
A missão profética da Igreja é levar o conhecimento e a vontade de Deus até aos confins da terra, cumprindo assim a Grande Comissão.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Atos 8.4-8,12-17
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Descrever o contexto de vida da igreja em Jerusalém;
Explicar a chegada do evangelho em Samaria, e
Conscientizar-se do seu papel na missão profética da Igreja.
PALAVRA-CHAVE
Missão: - [do latim missio] ato de enviar; incumbência; obrigação; encargo; enviado, correio. Nesta Lição: Transmissão consciente e planejada das Boas novas.
COMENTÁRIO
(I. INTRODUÇÃO)
‘Jesus deixou nas mãos da igreja a responsabilidade de pregar o evangelho. Essa tarefa é nossa e de mais ninguém. Se nos calarmos seremos tidos como culpados. A evangelização é uma tarefa intransferível. Somente a igreja, remida pelo sangue do Cordeiro, é portadora dessa boa nova. Nenhuma instituição humana tem essa credencial. Nem mesmo os anjos podem cumprir essa gloriosa missão. Fomos chamados do mundo para sermos enviados de volta ao mundo como embaixadores de Deus, como ministros da reconciliação, como despenseiros da multiforme graça de Deus. O método de Deus é a igreja. Se ela falhar, ele não tem outro método. Se o ímpio morrer na sua impiedade, ele vai perecer e Deus vai lançar sobre nós o seu sangue. Precisamos compreender que a evangelização é tanto um privilégio como uma responsabilidade. Mas, precisamos entender, também, que a evangelização é uma missão urgente. Não há esperança de salvação depois da morte. Depois da morte vem o juízo. O tempo é agora; hoje é o dia da salvação’(Rev. Hernandes Dias Lopes). O termo missão deriva da palavra latina missio(enviar), referindo-se à proclamação do evangelho a todos os homens em todas as partes do mundo. Uma vez que ela objetiva a conversão das nações em todos os tempos (Mateus 28. 19.20; Atos 1.8), o envio de missionários é de máxima importância. Assim como o Pai enviou seu Filho, a Igreja sob a direção e a inspiração do Espírito Santo é comissionada à Missões. A Igreja é o ajuntamento de pessoas em congregações locais e unidas pelo Espírito Santo, que diligentemente buscam um relacionamento pessoal, fiel e leal com Deus e com Jesus Cristo, o ‘Cabeça da Igreja’ (At 13.2; 16.5; 20.7; Rm 16.3,4; 1 Co 16.19; 2 Co 11.28; Hb 11.6); É mediante o poderoso testemunho da igreja, que os pecadores são alcançados pela mensagem do Evangelho, nascidos de novo, batizados nas águas e acrescentados à igreja, o ‘Corpo de Cristo’; participam da Ceia do Senhor e esperam a volta de Cristo (At 2.41,42; 4.33; 5.14; 11.24; 1Co 11.26). No decorrer da história da Revelação divina, a voz de Deus na terra era transmitida pela boca dos santos profetas; nestes últimos diasDeus continua a utilizar mensageiros para levar sua Palavra.A igreja como ‘Coluna’ e ‘firmeza’ deve prover suporte para a suprema tarefa de proclamar o Evangelho como ‘a palavra da vida’ (Fp 2.16). É através da Igreja que Deus ainda fala. Boa Aula!
(II. DESENVOLVIMENTO)
I. A PERSEGUIÇÃO
1. Os primórdios da igreja em uma cidade. A missão da Igreja deproclamar o Evangelho segue um planejamento divino. O testemunho de Jerusalém apresenta em escala reduzida, o ministério mundial de Deus: Os judeus de todas as nações que ouviram e creram carregaram a mensagem para bem longe (At 2.5). No resto do livro de Atos, o Evangelho se espalha de Jerusalém à Judéia e Samaria, à Antioquia da Síria e aos confins da terra. Os discípulos permaneceram em Jerusalém mesmo após terem recebido a promessa do batismo no Espírito Santo. Foi necessário levantar-se perseguição para demovê-los de Jerusalém e espalhá-los pelos quatro cantos da terra, assim, durante alguns anos Jerusalém foi o centro da igreja. Parece paradoxal que o principal centro de inimizade contra Cristo tenha sido a cidade onde o cristianismo começou. Do ano 30 até meados do ano 44, a igreja de Jerusalém manteve uma posição de liderança na comunidade cristã primitiva. Muitos judeus acreditavam que os seguidores de Jesus eram apenas outra seita do judaísmo. Suspeitavam que os cristãos estivessem tentando começar uma nova ‘religião de mistério’ em torno de Jesus de Nazaré. É verdade que muitos dos cristãos primitivos continuaram a cultuar no templo (At 3.1) e alguns insistiam em que os convertidos gentios deviam ser circuncidados (At 15). Esperavam que Cristo voltasse muito em breve. Naquele ambiente, a igreja crescia com rapidez tal, que os apóstolos necessitaram nomear sete homens para distribuir víveres às viúvas necessitadas. O dirigente desses homens era Estêvão (At 6.5). Este veio a ser o primeiro mártir da Igreja (At 7.58-60), fato que deu início a uma onda de perseguição que levou muitos seguidores do ‘Caminho’ a abandonarem Jerusalém (At 8.1). Assim, a instrução de Cristo para fazer ‘discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo’ (Mt 28.19) começou a ser cumprida pela Igreja. Logo depois do martírio de Estêvão, a igreja deu início a uma atividade sistemática para levar o evangelho a outras nações. Pedro visitou as principais cidades da Palestina, pregando tanto a judeus como aos gentios. Outros foram para a Fenícia, Chipre e Antioquia da Síria. Ouvindo que o evangelho era bem recebido nessas regiões, a igreja de Jerusalém enviou a Barnabé para incentivar os novos cristãos em Antioquia (At 11.22-23). Barnabé, a seguir, foi para Tarso em busca do jovem convertido Saulo (Paulo) e o levou para a Antioquia, onde ensinaram na igreja durante um ano (At 11.26).
2. A dispersão dos discípulos (v.4). O crescimento foi rápido. Muitos eram acrescidos diariamente ao número dos três mil até chegarem logo a cinco mil (At 4.4). Atos menciona multidões integrando-se à Igreja (At 5.14). Muitos destes eram judeus helenistas da dispersão e que estavam em Jerusalém para celebrar as festas de Páscoa e Pentecostes (At 6.1). Até mesmo sacerdotes foram alcançados pela nova fé; ‘muitos sacerdotes’ (At 6.7) são mencionados como estando entre os membros da Igreja de Jerusalém. Talvez alguns deles tivessem presenciado a abertura do grande véu do templo, que seguiu-se à morte de Jesus, e isto junto com a pregação dos apóstolos, levou-os a abraçar o ‘Caminho’. Este crescimento rápido suscitou os olhares dos judeus. As autoridades eclesiásticas perceberam a terrível ameaça que a nova fé apresentava. A perseguição veio primeiramente de uma organização político-eclesiástica, o ‘Sinhedrim’ (sinédrio), o qual, com permissão do governo romano, supervisionava a vida civil e religiosa judaica. Depois disto, a perseguição ganhou cunho político: Herodes assassinou Tiago e prendeu Pedro (At 12), desde então, a perseguição à Igreja de Cristo tem seguido esse padrão: político ou eclesiástico.
3. Deus pode tornar o mal em bem. A perseguição que se seguiu foi mais dura e acabou sendo o meio usado pela igreja nascente para que sua mensagem fosse levada a outras partes do mundo (At 8.4)
SINÓPSE DO TÓPICO (1)
O martírio de Estevão, nos primórdios da Igreja, resultou na dispersão dos discípulos e, por conseguinte, numa maior propagação do evangelho.
II. OS SAMARITANOS
1. A ordem de Jesus derruba barreiras étnicas. O verdadeiro cristianismo tem sido sempre de orientação missionária. O evangelho foi levado a povos de outras raças através deste trabalho. A visita de Filipe a Samaria levou o Evangelho a um povo que não era de sangue judeu puro (At 8.5-25).
2. Samaria (v.5). Os samaritanos descendiam daquelas dez tribos que não foram levadas para a Assíria depois da queda de Samaria e dos cativos estrangeiros que o rei da Assíria trouxe para habitarem ‘nas cidades da Samaria’ (a totalidade do Reino do Norte), [uma política adotada pelo império a fim de destruir qualquer nacionalismo que ainda restasse evitando revoltas]. Casamentos mistos entre os israelitas deixados e os estrangeiros trazidos à terra de Israel, resultaram no povo chamado ‘samaritano’. O resultado foi uma mistura de tradições religiosas e culturais estrangeiras com os costumes e a fé dos hebreus (2Rs 17.29-33) ‘Assim, estas nações temiam o SENHOR e serviam as suas próprias imagens de escultura; como fizeram seus pais, assim fazem também seus filhos e os filhos de seus filhos, até ao dia de hoje’(2Rs 17.41). Os judeus e os samaritanos se fizeram inimigos ferrenhos desde então. Já nos tempos do NT, no entanto, muitos samaritanos tinham deixado seus modos pagãos e tinham nutrido uma fé baseada exclusivamente no Pentateuco (os cinco primeiros livros da Bíblia). Jesus testemunhou a uma mulher samaritana, quando falou da imperfeição das tradições samaritanas (Jo 4.4-26). Posteriormente, muitos samaritanos tornaram-se crentes em Cristo através do ministério de Filipe (At 8.5-25). O primeiro alvo missionário da ‘Igreja do Caminho’ foi significante, quebrou a pior barreira racial que poderia existir.
3. Judeus e samaritanos. Entre judeus e samaritanos havia uma oposição implacável, como comentado no subtópico acima, do ponto de vista étnico e religioso. Um judeu religioso tinha como obrigação evitar qualquer contato com os samaritanos, e devia abster-se de lhes pedir qualquer alimento, água inclusive (4, 9). É em Samaria, junto do poço de Jacó, que Jesus, sem levar em conta o preconceito étnico-religioso que impediriam o encontro e o diálogo com aquela mulher, pede-lhe água! Seu encontro com a mulher samaritana resultou na conversão de toda aquela aldeia para o Reino de Deus (Jo 4.39-42). A paixão consumidora de Jesus era salvar os perdidos (ver Lc 15; Pv 11.30; Dn 12.3; Tg 5.20), alvo este que lhe era infinitamente mais importante que a comida e a bebida (Jo 4.34). Devemos seguir o exemplo de Jesus. Ao nosso redor há pessoas dispostas a ouvir a Palavra de Deus. Devemos falar-lhes da sua necessidade espiritual e de Jesus, que pode satisfazer essa necessidade.
SINÓPSE DO TÓPICO (2)
A ordem evangelística de Jesus derrubou barreiras étnicas entre judeus e samaritanos
III. . O EVANGELHO EM SAMARIA
1. "Descendo Filipe à cidade de Samaria, lhes pregava a Cristo" (v.5). Onde Filipe foi? Para esta raça mista de pessoas aos quais os judeus olhavam com desprezo; até mesmo mesmo João desejou fazer cair fogo do céu para consumi-los! (Lc 9.54). O crente precisa ter cuidado para que sua fidelidade a Cristo e o seu fervor por Ele não abriguem um espírito de vingança ou violência contra os descrentes que vivem nas trevas do pecado. 'As multidões atendiam, unânimes, às coisas que Filipe dizia ... E houve grande alegria naquela cidade’(At 8.6-8). Agora os cristãos judeus estavam unidos com os cristãos samaritanos (algo impensável a um judeu), todos um em Cristo. ‘Pois todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus; porque todos quantos fostes batizados em Cristo de Cristo vos revestistes. Dessarte, não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus. E, se sois de Cristo, também sois descendentes de Abraão e herdeiros segundo a promessa’ (Gl 3.26-29). Paulo, escrevendo aos Gálatas, remove todas as distinções étnicas, raciais, nacionais, sociais e sexuais, no que diz respeito ao nosso relacionamento espiritual com Jesus Cristo. Todos os que estão em Cristo são igualmente herdeiros da graça da vida (1Pe 3.7), do Espírito prometido (v. 14; 4.6), e da restauração à imagem de Deus (Cl 3.10,11).
2. A presença divina (vv.6,7). Nos Evangelhos, o reino de Deus está estreitamente associado à cura, aos milagres e à expulsão de demônios (4.23,24; 9.35; 10.7,8; 12.28; Lc 9.1,2; At 8.6,7,12). O reino de Deus inclui bênçãos para o corpo, e não somente para a alma. O contexto de Mt 10.1,8 deixa claro que a pregação do reino de Deus deve ser acompanhada da manifestação do poder de Deus contra as forças do pecado, da enfermidade e de Satanás. O propósito de Cristo é que o reino de Deus e o seu poder estejam próximos (i.e., presentes) para levarem a salvação, a graça e a cura ao povo de Deus. [As Escrituras ensinam claramente que Cristo quer que seus seguidores operem milagres ao anunciarem o evangelho do reino de Deus (ver Mt 10.1; Mc 3.14,15; Lc 9.2; 10.17; Jo 14.12). Estes sinais (gr. semeion), realizados pelos discípulos verdadeiros, confirmam que a mensagem do evangelho é genuína, que o reino de Deus chegou à terra com poder e que o Senhor Jesus vivo e ressurreto está presente entre os seus, operando através deles (ver Jo 10.25; At 10.38). Essas manifestações espirituais devem continuar na igreja até a volta de Jesus. Conforme vemos nas Escrituras, esses sinais não foram limitados ao período que se seguiu à ascensão de Jesus (ver 1Co 1.7; Gl 3.5). Os discípulos de Cristo não somente deviam pregar o evangelho do reino e levar a salvação àqueles que crêem (Mt 28.19,20; Mc 16.15,16; Lc 24.47), mas também concretizar o reino de Deus, como fez Jesus (At 10.38) ao expulsar demônios e curar doenças e enfermidades. Jesus deixa claro, em Mc 16.15-20, que esses sinais não são dons especiais para apenas alguns crentes, mas que seriam concedidos a todos os crentes que, em obediência a Cristo, dão testemunho do evangelho e reivindicam as suas promessas. A ausência desses ‘sinais’ na igreja, hoje, não significa que Cristo falhou no cumprimento de suas promessas. A falta, conforme Jesus declara, está na vida dos seus seguidores (ver Mt 17.17). Cristo prometeu que sua autoridade, poder e presença nos acompanharão à medida que lutarmos contra o reino de Satanás (Mt 28.18-20; Lc 24.47-49). Devemos libertar o povo do cativeiro do pecado pela pregação do evangelho, mediante uma vida de retidão (Mt 6.33; Rm 6.13; 14.17) e pela operação de sinais e milagres através do poder do Espírito Santo (ver Mt 10.1; Mc 16.16-20; At 4.31-33).Adaptado do estudo ‘Sinais dos Crentes’, Stamps, Donald. Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD;].
3. Nasce a igreja dos samaritanos (v.12). O motivo principal que levou os samaritanos a receber tão alegremente o evangelho pregado por Filipe foram os milagres por ele operados (At 8.5,6). Outro motivo, sem dúvida concorreu para o mesmo resultado, é que, ao contrário das doutrinas dos judeus, o Cristianismo seguia os ensinos e os exemplos de seu fundador, admitindo os samaritanos aos mesmos privilégios que gozavam os judeus convertidos ao Evangelho (Lc 10.29-37; 17.16-18; Jo 4.1-42). O Evangelho em Samaria foi proclamado por meio da pregação cristocêntrica, resultando em conversões e manifestações sobrenaturaisSINÓPSE DO TÓPICO (3)
(III. CONCLUSÃO)
A Igreja nasceu para ser ‘um pronto-socorro’ espiritual. O encontro de Jesus com a mulher samaritana no poço de Jacó explana esse papel da Igreja. Examine a reação da mulher para com Jesus: ela estava ansiosa para receber o que Jesus oferecia mesmo sem entender muito bem; quando Jesus mostrou o seu pecado, ela não tentou dar justificativas ou se sair com desculpas, nem ficou brava. Desmascarar o pecado é uma parte dolorosa, mas fundamental do encontro com o evangelho; ela reconheceu que Jesus era Deus! Por fim, ela tornou-se uma missionária e testemunhou aos seus aldeões a respeito de Jesus, o que resultou num avivamento religioso em meio aos samaritanos. Será que, enquanto Igreja, estamos agindo como aquela mulher em relação a Jesus? A igreja é o corpo de Cristo, onde Ele mesmo é a cabeça. Os crentes são os membros desse corpo. E, como membros, estamos sempre sujeitos à vontade da cabeça. Assim como não existe uma cabeça sem um corpo, também não pode existir um corpo sem uma cabeça. A Bíblia classifica a humanidade em três grupos de povos: os judeus, os gentios e a Igreja (1 Co 10.32,33). Temos o grande privilégio de fazer parte do último, porém, temos o dever de anunciar aos demais a Palavra do Senhor. Cumpramos, pois, integralmente, a missão profética da Igreja de Cristo"A Igreja é o estandarte da reconciliação entre a humanidade e Deus, e dos seres humanos entre si. [...] O ministério à Igreja inclui o compartilhar da vida divina. Só temos a dinâmica daquela vida à medida que permanecermos nEle e continuarmos repassando a sua vida uns aos outros dentro do Corpo. Esse processo de edificação é descrito por Paulo como relacionamentos de mútua confiança: pertencermos uns aos outros, precisamos uns dos outros, afetamos uns aos outros (Ef 4.13-16). Essa mútua confiança inclui abnegação para ajudarmos a suprir as necessidades uns dos outros. Não somos um clube social, mas sim, um exército que exige mútua cooperação e solicitude ao enfrentarmos o mundo, negarmos a carne e resistirmos ao diabo" (HORTON, Stanley M (ed). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro. 12.ed. CPAD, 2009, pp. 600-1).
BIBLIOGRAFIA PESQUISADA
- Lições Bíblicas 3º Trim. Livro do Mestre, versão eletrônica, CPAD (http://www.cpad.com.br);
- O Cristianis Através dos Séculos, Uma História da Igreja Cristã, Earle E. Cairns, tradução Israel Belo de Azevedo, 2ª edição, São Paulo, Vida Nova, 1995;
- Stamps, Donald. Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD;
SOARES, Ezequias. O Ministério Profético na Bíblia. Rio de Janeiro, CPAD, 2010, p.143-162;
RICHARDS, O. Lawrence. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro. CPAD, 2007, p.262;
(HORTON, Stanley M (ed). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro. 12.ed. CPAD, 2009, pp. 600-1).
APLICAÇÃO PESSOAL
Embora aqueles que tinham saído forçosamente de Jerusalém pregassem somente aos judeus (At 11.19), não demorou muito para que uma grande igreja gentílica surgisse. Em Antioquia foi cunhado o epíteto ‘cristão’ o qual designava os seguidores da nova fé por se parecerem com Jesus, o Cristo e que no princípio era um termo jocoso que os antioquenses utilizavam para se referirem aos crentes. Aqueles perseguidos e insultados crentes se tornaram o maior centro cristão de 44 a 68 d.C. A tarefa de levar o evangelho aos gentios nos ‘confins’ estava apenas começando com Paulo, missionário enviado por Antioquia, e continua até hoje como a missão inacabada da Igreja de Cristo. Devemos nos lembrar de que a hostilidade profundamente enraizada e a competição religiosa haviam existido entre os judeus e os samaritanos durante muitas gerações. Ao dar o Espírito Santo por intermédio de Pedro e João, o Senhor deixou claro (1) que a igreja era uma só, e (2) que os apóstolos eram seus líderes autorizados. Sem esta evidência de unidade e autoridade, os samaritanos poderiam perfeitamente bem ter iniciado um movimento dissidente. E sem ela, os cristãos judeus poderiam não estar dispostos a aceitar os samaritanos como membros, juntamente com eles, do Corpo de Cristo" (RICHARDS, O. Lawrence.Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro. CPAD, 2007, p.262). Li algures que alguém foi procurar a igreja e a encontrou no mundo; foi procurar o mundo e o encontrou na igreja. A igreja é um povo chamado do mundo para ser enviada de volta ao mundo como luz do mundo. A igreja está no mundo, mas o mundo não pode estar na igreja, assim como a canoa está na água, mas a água não pode estar na canoa. Jesus, em sua oração sacerdotal falou-nos sobre essa relação da igreja com o mundo. [...] A igreja é enviada de volta ao mundo (Jo 17.18)“Da mesma maneira como me enviaste ao mundo, eu os enviei ao mundo”. A igreja não é do mundo, é chamada do mundo, é guardada do mundo, santificada no mundo e enviada de volta ao mundo como testemunha de Cristo. Assim como Jesus desceu do céu e se fez carne e habitou entre nós; assim como Ele se inseriu no meio dos homens, também, devemos estar presentes no mundo, não para sermos assimilados pelo mundo, amar o mundo, ser amigos do mundo e conformarmo-nos com ele, mas para sermos embaixadores de Deus, rogando aos homens que se reconciliem com Deus. A igreja é a agência do reino de Deus no mundo. A igreja é uma embaixada do céu na terra. O reino de Cristo não é deste mundo. O mundo vai passar e não temos aqui herança permanente. Nossa Pátria está no céu. Nossa herança está no céu. Vivemos aqui por causa da nossa missão. Nosso papel aqui é glorificar a Deus e anunciar sua glória entre as nações. Nossa missão é chamar os homens de todas as raças, povos, línguas e nações a se arrependerem e crer no Bendito Filho de Deus. Somos embaixadores de Cristo, arautos do Rei, ministros da reconciliação, portadores de boas notícias. Fomos tirados do império das trevas para sermos filhos da luz e luzeiros do mundo. Fomos arrancados da potestade de Satanás para anunciarmos ao mundo o reino da graça e o reino de glória do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo. Fomos desarraigados deste mundo tenebroso para proclamarmos ao mundo que Cristo morreu, ressuscitou e vai voltar em majestade e glória para julgar os vivos e o mortos.” (Rev. Hernandes Dias Lopes)
N’Ele, ‘Que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar’ (2Co 1.4),
Francisco A Barbosa
EXERCÍCIOS
1. Como estavam os crentes em Jerusalém antes da morte de Estevão?
R. Limitados a pregar o evangelho somente em Jerusalém.
2. Como era o relacionamento entre judeus e samaritanos?
R. A animosidade no relacionamento era muito marcante entre ambos, principalmente na questão religiosa.
3. O que atestavam os milagres operados por meio dos discípulos?
R. A presença de Deus entre os crentes.
4. O que resulta da pregação de uma mensagem cristocêntrica?
R. Em bênçãos divinas e conversões.
5. Qual é a missão da igreja?
R. Levar as Boas-Novas de salvação a toda criatura.
Boa aula!
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