segunda-feira, 26 de julho de 2010

A AUTENTICIDADE DA PROFECIA


Por  Francisco A. Barbosa

"E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre milhares de Judá, de ti me sairá o que será Senhor em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade" (Mq 5.2).
- Belém significa ‘Casa do Pão’ e é o lugar onde surgiu a dinastia davídica (1Sm 16.1-13), e na ‘Casa do Pão’ o ‘Pão da Vida’ nasceu para o mundo. Muitos dos contemporâneos de Jesus entenderam isso como messiânico e creram que o Messias nasceria em Belém; Efrata poderia ser traduzido para o português como um lugar onde inclui uma cidade. Era algumas vezes chamada Efrata (Gn 35.19), e para distingui-la da Belém em Zebulom era chamada Belém de Judá e Belém Efrata (Jz 17.7) e a cidade de Davi (Lc 2.4); foi no poço da cidade que três de seus
guerreiros pegaram a água levada a ele, quando teve se esconder na caverna de Adulão. (Sm 23. 13-17). Mq 5.2 encerra uma das maiores profecias messiânicas proclamada 700 anos antes de Jesus nascer. Deixa transparecer, ainda, a eternidade do Messias: ‘...desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade’, as raízes do Messias ultrapassam o rei Davi, vão até a imensurável eternidade.
VERDADE PRÁTICA
A autenticidade da profecia bíblica pode ser averiguada através de sua precisão e cumprimento fiel e insofismável.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Isaías 53.2-9
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
- Identificar a autenticidade da profecia bíblica na história;
- Explicar as lições doutrinárias do sacrifício de Cristo, e
- Reconhecer que Deus é o Senhor da história humana.
PALAVRA-CHAVE
AUTENTICIDADE: - Relativo a autêntico. De origem ou qualidade comprovada; genuíno, legítimo, verdadeiro.
COMENTÁRIO
(I. INTRODUÇÃO)
Jamais houve um livro na história da humanidade que tenha influenciado tanto quanto a Bíblia. Ela continua sendo o livro mais freqüentemente traduzido nos mais diversos idiomas e dialetos. Talvez, por este motivo, seja inquestionável que a Bíblia assuma a posição de Palavra de Deus, um livro divinamente inspirado. Mas qual evidência palpável para apoiar esta crença? Seria sem fundamento esta fé? O que podemos utilizar como argumento para provar às pessoas que têm dúvidas sobre a inspiração da Bíblia? A inspiração é a influência do Espírito Santo sobre os escritores da Bíblia, para que as coisas que eles escreveram sejam exatamente o que Deus desejou revelar ao homem. A Bíblia declara ser o produto da inspiração. No dizer de Paulo: "Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra" (2Tm 3.16,17). Aos Coríntios, ele escreveu que o Espírito Santo revelou as verdadeiras palavras que ele e outros usaram para ensinar a Palavra de Deus (1Co 2.10-13). Pedro testifica que os profetas do Velho Testamento também falaram como foram levados pelo Espírito Santo (1Pe 1.11,12; 2Pe 1.20,21). Os próprios profetas declararam que estavam falando as palavras de Deus (Jr 1.2, 4, 9). O cumprimento das inúmeras profecias bíblicas a respeito de fatos históricos hoje confirmados pela arqueologia, constitui-se uma prova irrefutável da origem, inspiração e autenticidade divinas dos oráculos dos antigos profetas hebreus. Hoje, analisaremos o conteúdo messiânico, especificamente, registrados em Isaías 53. Deus é o Senhor da história e nunca perde o controle desta. Essa certeza é um bálsamo em nossa jornada, onde as vicissitudes nos tentam e querem nos fazer parar. Boa aula!
(II. DESENVOLVIMENTO)
I. O DESPREZO DO SENHOR
1. A apresentação do Senhor. Esta apresentação tem seu início em 52.13 "Eis que o meu servo operará com prudência; será engrandecido, e elevado, e mui sublime". O ápice do livro de Isaías é a mais sublime profecia messiânica no AT. Isaías está falando acerca de Jesus, o ‘Servo Sofredor’. Esta passagem é citada ou referida muitas vezes no NT. Os sofrimentos de Cristo no lugar de suas ovelhas lhes concede a vida eterna. Apresentando-O como ‘raiz de uma terra seca’, ‘desprezado... rejeitado’, ‘ferido de Deus’, a perícope de Isaías, trata-se, portanto, de uma genuína e autêntica mensagem profética da parte do Senhor Deus (At 8.28-35).
2. A mensagem do Senhor. É difícil compreender a reação de admiração diante do ensino de Cristo acoplada à persistente descrença e rejeição pelos judeus (Lc 4.22,28); A mensagem que Jesus transmitia com tanta autoridade era contrastante com os fariseus e doutores da Lei, os quais apelavam para a tradição e rabinos anteriores; Jesus causa estupenda admiração em seus ouvintes por não citar nenhuma tradição nem autoridade; Ele mesmo era o Logos de Deus. Uma discrição desse Logos dificilmente poderia começar mais apropriadamente do que com Jo 1.1. Ecoando a Septuaginta, João usa Gn 1.1 - “no princípio”. Não somente a divindade é afirmada nessas palavras, mas João repete a idéia no final do versículo: “O Logos era Deus”. No dizer de Paulo, escrevendo aos Efésios (3.9): “Deus criou todas as coisas por meio de Jesus Cristo”, e aos de Colossos ele afirma que Cristo criou todas as coisas, e mais explicitamente que Cristo “organizou o universo” (Cl 1.16,17). Cristo, o Logos, organizou o universo! Jesus fala em seu próprio nome e em sua própria autoridade, diferentemente dos mestres judeus. A Bíblia de Estudo Plenitude comentando a Palavra ‘poder’(exousia) utilizada em Mc 3.15, diz o seguinte: “[...] Uma das quatro palavras para ‘poder’ (dunamis, exousia, ischus e kratos), exousia significa a autoridade ou direito de agir, habilidade, privilégio, capacidade, autoridade delegada. Jesus tinha exousia de perdoar o pecado, curar doenças e expulsar demônios. Exousia é o direito de usar dunamis, ‘poder’. Jesus deu a seus seguidores exousia para pregar, ensinar, curar e libertar (Mc 3.15), e essa autoridade nunca foi rescindida (Jo 14.12)-Bíblia de estudo Plenitude, SBB, 2001, PC Mc 3.15, p.999. Jesus causou admiração por falar com exousia, e não obstante isso, o capítulo 53 de Isaías inicia com a pergunta: "Quem deu crédito à nossa pregação?", apontando para a rejeição da mensagem do Messias. Até mesmo sua família, aqueles que humanamente estavam mais próximos dele, interpretou mal seu zelo como desequilíbrio mental ou emocional (Mc 3.21).
3. A aparência e a rejeição do Senhor. Freqüentemente existe uma sutil tensão entre a idéia de Jesus como um modelo de perfeição física e mental e a idéia expressada em Isaias de que “olhando nós para ele, não havia boa aparência nele, para que o desejássemos” (Is 53.2). Há algumas questões intrigantes nesta passagem. O que Isaías quis dizer quando falou que o Messias não teria “boa aparência?”. Devemos considerar que o Jesus mortal pode ter tido uma aparência que fosse diferente do Senhor fisicamente perfeito e ressuscitado? Acredito que o comentário do autor é impreciso quanto à intenção do profeta Isaias em retratar Jesus como um homem comum. Entendo que Isaías não apresenta um retrato do Messias; ‘Não tinha parecer... para que o desejássemos’ lamenta a sua morte. O julgamento e a crucificação de Jesus não são algo a ser desejado, muito embora, Tiago e João, filhos de Zebedeu dissessem que seriam capazes de beber do mesmo cálice que o Senhor (cálice aqui refere-se à morte de Jesus) e realmente aqueles dois sofreram; Tiago foi o primeiro dos apóstolos a ser martirizado e João em sua velhice sofreu perseguição e exílio. O que nos acostumamos a ver em quadros pintados e produções de cinema é uma visão de artistas ocidentais de como seria o Cristo, geralmente baseada em suas próprias culturas e não na cultura da Palestina do primeiro século. Não há como saber os traços físicos de Jesus, mas certamente não é essa pintada pelos artistas.
A rejeição narrada em Isaias enfoca muito mais a aversão à mensagem de Cristo e às verdades que Ele proclamava a seu respeito. Isaias profetizou um panorama do ministério de Cristo que não teria a aceitação da sociedade judaica e sim o seu desprezo, culminando na morte de cruz. A rejeição do Senhor pode ser entendida à luz de Jo 1.5: “... e as trevas não a compreenderam.” Essencialmente, a Luz e as trevas são antagônicas; vida e luz são a essência da missão do Logos encarnado. Ele é a luz verdadeira para todos os que crêem; mas também, Ele é a Luz que clareia a consciência humana e, dessa forma, deixa o pecado exposto e os homens inescusáveis diante de Deus: "A Luz veio ao mundo, mas os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal aborrece a luz e não vem para a luz para que suas obras não sejam reprovadas." (Jo 3.19,20).
SINÓPSE DO TÓPICO (1)
A autenticidade profética é reconhecida mediante o cumprimento das profecias veterotestamentárias relativas à apresentação, aparência, rejeição e mensagem do Senhor.
II. A PAIXÃO E A MORTE DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO
1. O sofrimento sem igual de Jesus. O Servo Sofredor é reputado como ‘ferido de Deus’ em Is 53.4, e a Lei diz “O que for pendurado no madeiro é maldito de Deus” (Dt 21.23). Quando tornou-se realidade, os espectadores pensavam que Cristo estava sofrendo somente o que merecia, mas a sua experiência de dor e angustia era por seu povo (1Pe 2.24). Cristo sofreu a maldição do pecado, aceitando a punição que os nossos pecados mereceram, provendo perdão e liberdade. Esse extremo de seu sofrimento mostra que a sua compaixão é real e não teórica. Somente aquele que tinha sido tentado de todas as maneiras possíveis, como nós, podia ser o misericordioso sumo-sacerdote (Hb 2.17,18).
2. O silêncio de Jesus. Em obediência e submissão completa ao Pai, o Servo Sofredor em seu julgamento e morte é comparado ao cordeiro levado ao matadouro e à ovelha muda diante de seus tosquiadores: Ele "não abriu a sua boca" (v.7), sendo morto como resultado de uma injustiça. Em At 8.32, Filipe discorre sobre esta passagem explicando-a ao eunuco etíope, levando-o a converter-se a Cristo.
3. A crucificação e a sepultura de Jesus (v.9). Cristo morreu como um sacrifício propiciatório, que satisfaz o julgamento divino contra os pecadores, produzindo perdão e justificação e trazendo a reconciliação de partes que estavam alienadas entre si. A expiação realiza-se por ressarcir os danos, apagando os delitos e oferecendo satisfação pelas injustiças cometidas. A continuação do versículo (“E puseram a sua sepultura com os ímpios e com o rico, na sua morte;”) profetiza o seu sepultamento decente e honrado na tumba de José de Arimatéia, o que verdadeiramente aconteceu, fato esse ratificado pelos quatro evangelhos que citam a José de Arimatéia como quem assumiu o papel de líder no sepultamento de Jesus, mostrando, assim, a autenticidade da profecia bíblica.
SINÓPSE DO TÓPICO (2)
A autenticidade profética é reconhecida mediante o cumprimento das profecias veterotestamentárias relativas à paixão e sofrimento de Cristo
III. LIÇÕES DOUTRINÁRIAS DO SACRIFÍCIO DE CRISTO
1. As nossas dores e as nossas enfermidades. O profeta, cerca de setecentos anos antes de Cristo, fez declarações incrivelmente acuradas sobre os fatos da crucificação e o seu propósito. O capítulo 53 fala do sofrimento vicário do Servo Sofredor e a sua morte sobre a cruz em oferta infinita pelos pecados da humanidade. A palavra “vicário”, de acordo com o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, procede do latim “vicarius” e significa “o que faz às vezes de outro” ou “o que substitui outra coisa ou pessoa”. Morte vicária e morte substitutiva são expressões equivalentes (Jo 3.16). Alguns textos bíblicos consolidam a fé no sacrifício vicário, isto é, substitutivo da morte de Jesus. Paulo diz, em Rm. 3.25 e 5.6, que, pelo sangue de Cristo, Deus propôs propiciação pelos nossos pecados a fim de que fôssemos reconciliados com Ele. Aos Efésios (1.7 e 5.2), ele afirma que Jesus ofereceu a si mesmo como oferta agradável a Deus pelos nossos pecados. Aos de Colossos, ele ensinou que temos paz pelo sangue da cruz (Cl 1.14,20,22). Ele (Jesus) assumiu a posição de vítima no sacrifício, tomando sobre Si as nossas enfermidades, as nossas dores. Tornou-se Ele o ferido de Deus e oprimido (Is 53.4). Ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades (v.5), ou seja, assumia a condição da vítima dos sacrifícios da lei, levando a culpa do ofertante sobre Si (v.6). O profeta afirma que não houve apenas sofrimento, mas morte, pois foi levado como cordeiro ao matadouro (v.7), sendo cortado da terra dos viventes (v.8), devidamente sepultado (v.9), embora fosse justo. Sua morte representou verdadeira expiação do pecado (v.10), que teria o agrado do Senhor e representaria a justificação de muitos (v.11), a ponto de levar sobre Si o pecado de muitos e de poder interceder pelos transgressores, embora, para tanto, tivesse tido de ser contado com eles (v.12).
2. Os nossos pecados. Na Antiga Aliança, as pessoas ofereciam por seus pecados sacrifícios de animais. Jesus assumiu essa posição e ofereceu-se pelos nossos pecados. Ele é o Cordeiro oferecido pelos pecados da humanidade (Jo 1.29). O Messias sofreu por nós a fim de nos tornar aceitáveis a Deus. Essa foi a vontade de Deus: que o justo sofresse pelo pecador (vv.10,11b), pois Cristo foi ‘entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus’(At 2.23).
3. A humildade e o amor de Jesus Cristo. Filipenses 2.6-11 é o texto clássico da cristologia na Bíblia. Sua humilhação consistiu em não exigir o que era direito Seu. Ao invés de insistir em Sua semelhança com Deus, Ele humilhou-se a Si mesmo. Ele, diante de cuja palavra o Universo se abala; Ele, que é adorado e exaltado por todos os anjos criados; Ele, que não é criatura, mas o próprio Criador – esvaziou-se "tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz." Jesus antes da sua encarnação sempre foi Deus co-igual, co-eterno e consubstancial com o Pai e com o Espírito Santo. Ele sempre foi revestido de glória e majestade (Jo 17.5). Ele é o criador de todas as coisas, visíveis e invisíveis (Cl 1.16). Ele sempre foi adorado pelos anjos nas coortes celestiais. William Barclay[1] diz que esta é a passagem mais importante e mais emocionante que Paulo escreveu sobre Jesus. O contexto revela-nos que Paulo está tratando de um problema prático na vida da igreja, exortando os crentes à unidade. Ou seja, Paulo está expondo seu pensamento teológico mais profundo para resolver um problema de desunião dentro da igreja. A doutrina é a base para a solução dos problemas que atacam a igreja. William Barclay afirma: Em Paulo sempre se unem teologia e ação. Para ele, todo sistema de pensamento deve necessariamente converter-se em um caminho de vida. Em muitos aspectos esta passagem é uma daquelas que tem o maior alcance teológico do Novo Testamento, mas toda a sua intenção está em persuadir e impulsionar os Filipenses a viverem uma vida livre de desunião, desarmonia e ambição pessoal.
SINÓPSE DO TÓPICO (3)
As lições doutrinárias do sacrifício de Cristo abrangem nossas dores, enfermidades, nossos pecados, a humildade e o amor de Jesus Cristo.
(III. CONCLUSÃO)
Os verdadeiros profetas eram porta-vozes de YAWEH. Muito mais do que predizer as coisas, a função precípua do profeta consistia em convocar o povo ao arrependimento. “Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, e da sua boca devem os homens procurar a instrução, porque ele é mensageiro do SENHOR dos Exércitos.” (Ml 2.7). As profecias bíblicas atinentes ao Messias e sua missão foram cumpridas cabalmente na pessoa de Jesus e são a confirmação da Bíblia como a palavra verdadeira e fiel de Deus aos homens. Muitas profecias do Antigo Testamento tiveram seu cumprimento no próprio Antigo Testamento, outras, se cumpriram no Novo Testamento e, outras tem se cumprido no passar dos séculos. É impressionante a maneira como se cumprem as profecias da Bíblia. O que Deus disse sucederá. “Disse-me o Senhor: Viste bem; porque eu velo sobre a minha Palavra para a cumprir.” (Jr 1.12).
[1] William Barclay (5 de dezembro de 1907, Wick – 24 de janeiro de 1978, Glasgow) foi um escritor, apresentador de rádio e televisão, pastor da Igreja da Escócia e professor de divindade e crítica bíblica na Universidade de Glasgow. Era um universalista, e não acreditava em milagres.
APLICAÇÃO PESSOAL
O que significa humildade? Paulo dá-nos uma pista por via de contraste. Não faça nada por egoísmo ou vanglória. Todos sabemos muito bem o que é o egoísmo. Vanglória é um falso orgulho: orgulho numa situação ou num momento em que não há razão alguma para ser orgulhoso. Há coisas das quais deveríamos estar verdadeiramente vaidosos: do evangelho, de nossas crianças... Porém, a maioria das pessoas orgulha-se de seu alto intelecto, de sua posição econômica superior, da boa aparência; geralmente, destinando os dons e as bênçãos de Deus para suas próprias realizações, usurpando os méritos de quem é devido. Sendo assim, humildade é, a princípio, não ser egoísta, nem falsamente orgulhoso. Humildade, continua o apóstolo, no versículo 4, significa buscar - não meramente buscar nossos próprios interesses - como também, os interesses dos outros. Diga-se de passagem, os nossos próprios nós vemos naturalmente, mas os dos outros... Façamos uma analogia. Se percebermos algo voando, tentando entrar em nossos olhos, é absolutamente natural e instintivo evitarmos que aquilo nos penetre. Entretanto, é menos provável que reajamos instintivamente para proteger as pessoas ao nosso redor (exceto os familiares).
“À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva (ou: não haverá manhã para eles” (Is 8.20). A profecia, conforme conhecemos na Bíblia, significa oráculo e o profeta, vidente. Dependendo da situação profecia quer dizer proferir, anunciar uma mensagem. O profeta bíblico é aquele que recebe uma mensagem do Altíssimo e a transmite para o destinatário. As profecias que hoje são enunciadas por meio do charisma. Embora válidas para a exortação, consolação e edificação dos fiéis, não possuem valor canônico: não tem a validade das profecias registradas na Bíblia, nem tem autoridade para modificar qualquer dogma ou artigo de fé baseado nas Escrituras. Elas têm de passar pelo crivo da Bíblia Sagrada para serem recebidas pela congregação (1Co 15.26-40).
Paulo diz que os dons são dados a cada um para o que for útil – ou o bem comum (1 Co 12.7). A profecia é um dom (1 Co 12.10) e que Deus dá a cada um como quer (1 Co 12.11). Fazendo uma analogia com o corpo humano Paulo deixa claro que não há hierarquia entre os dons e ninguém é maior por portar um deles (1 Co 12.12-30). É permitido procurar os melhores dons (1 Co 12.31), manda aspirar ao de profetizar (1 Co 14.10). "Não havendo profecia, o povo se corrompe; mas o que guarda a lei, esse é bem-aventurado" (Pv 29.18). À guisa de Rm 12.1,2, deve haver uma constante exposição doutrinária perante a congregação a fim de não permitir a conformação de muitos com o mundo. ‘Profecia’ aqui encerra o sentido de ‘visão’ e ‘revelação’ e afirma que a vontade revelada do Senhor e suas justas exigências conforme explícitas nas Escrituras, são o meio pelo qual o homem pode permanecer bem-aventurado. Deixa, ainda, uma solene advertência: Os que não permanecerem na Sua benignidade serão cortados.
N’Ele, que me leva a refletir: "Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê.” (Rm 10.4),
Francisco A Barbosa
BIBLIOGRAFIA PESQUISADA
- Lições Bíblicas 3º Trim – Livro do Mestre – versão eletrônica, CPAD (http://www.cpad.com.br);
- Stamps, Donald. Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD;
- Bíblia de Estudo de Genebra, São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e SBB, 1999;
- STOTT. John R. W. Cristianismo Equilibrado. Rio de Janeiro, CPAD
- Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, Editora Objetivo, Rio de Janeiro, 2001
- RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia. 1.ed. RJ, CPAD, 2005;
- Bíblia de Estudo Plenitude, SBB;
- Imagem: (Controle).
EXERCÍCIOS
1. Quem é o Servo do SENHOR em Isaías 52.13 - 53.12?
R. O Senhor Jesus Cristo.
2. Em que texto bíblico no Novo Testamento afirma-se que as pessoas não criam em Jesus?
R. Jo 12.37,38 e Rm 10.16 afirmam que muitos não criam nEle e até mesmo os de sua casa não compreenderam seu ministério (Mc 3.21; Jo 7.5).
3. Que tipo de cura alcança a obra da expiação?
R. Cura física e a espiritual.
4. Por que Jesus sofreu?
R. Porque agradou a Deus "moê-lo, fazendo enfermar", colocando-o por expiação do pecado.
5. O que nos mostra a autenticidade da profecia bíblica?
R. As profecias messiânicas já cumpridas

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