sexta-feira, 24 de junho de 2011

Aviva, ó Senhor, a Tua Obra!

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Por Francisco A. Barbosa
26 de junho de 2011
Texto Áureo
“Porque derramarei água sobre o sedento, e rios sobre a terra seca; derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade, e a minha bênção sobre os teus descendentes.” (Is 44.3).
O texto fala de uma promessa de bênção. O Espírito também confirmará as promessas de Deus. Quanto à conexão entre a água e o Espírito, veja Mc 1.8-10. Nesta perícope, temos o desenvolvimento das promessas dos textos nos capítulos 28.6 e 32.15. É verdadeiro pois, o Espírito vive agora nos filhos da Nova Aliança (Jl 2.28, 29; At 2. 38, 39).
Verdade Prática
O avivamento só é possível quando a Igreja de Cristo se volta ao estudo sistemático e à obediência incondicional da Bíblia Sagrada.
Leitura Bíblica em Classe
Atos 19.1-6, 11, 12, 18, 19
Objetivos
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
- Compreender que a Igreja do Senhor, na atualidade, precisa buscar um autêntico avivamento espiritual;
- Saber que um gebuíno avivamento gera mudança de vida, e
- Conscientizar-se de que é tempo de buscarmos a face de Deus.
Palavra-Chave
- AVIVAMENTO: Retorno de algo à sua verdadeira natureza e propósito.
Comentário
(I. Introdução)
Com a graça do Senhor chegamos ao fim de mais um trimestre, e em especial, comemorativo, quando temos o privilégio de contemplar o centenário de nossa denominação, cem anos de pentecostes como no início da Igreja, e como herdeiros dessa chama, temos a responsabilidade de manter o ardor pentecostal, cuidar da sã doutrina, manter aquele avivamento iniciado na Azuza Street. As Assembleias de Deus, com raras exceções, têm preservado sua liturgia, costumes e zelo por missões. Mas não obstante isso, podemos contemplar inovações que, supostamente, avivam a obra. Teremos hoje a oportunidade de lecionar acerca do verdadeiro avivamento, diferenciar o movimento emocionalista daquele avivamento que causa transformação de vida, aquele que surge através da operação do Espírito Santo no interior do crente como fruto de uma maior busca pelo Senhor, da submissão à Palavra, do arrependimento e de uma vida santificada. O que estamos presenciando hoje em nossos cultos é muito barulho e pouca unção; muita música, muita dança, teatro e pouca adoração; canta-se muito, mas ouve-se pouco e mal a pregação da palavra; sermão expositivo? – O que é isso? Já somos um terço dos brasileiros mas, somos uma geração de crentes impacientes, ansiosos, rebeldes, insubmissos e avessos à disciplina, dispostos a mudar de igreja por qualquer motivo. O louvor evangélico, antes ‘cafona’, hoje é gospel e seus interpretes-erradamente designados por levitas- ávidos por cachês exorbitantes. Pregador hoje é ‘Preletor’, ‘Conferencista internacional’ e suas perfomances, têm trazido prejuízo hermeneutico e teológico - muitas heresias são repetidas em nossos púlpitos, inclusive com imitação de tom de voz e trejeitos. O termo pecado não é mais tema de sermão. Crentes consumistas, oramos apenas para pedir, e alguns de nós ousam ‘exigir o que é seu por direito’ ou determinando alguma coisa; não temos a necessidade de estudar a Bíblia e, por conseguinte, não conhecemos o Deus da Bíblia (Errais não conhecendo as escrituras e nem o poder de Deus. Mt 22.29). No dizer de Paulo, “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus” (Rm 10.17), precisamos experimentar os grandes avivamentos do passado. Precisamos de um retorno à verdadeira natureza do pentecostalismo: muita oração, quebrantamento, santidade e vida com Deus. Boa aula!
(II. Desenvolvimento)
I. BUSCANDO O AVIVAMENTO
1. O Livro da Lei é encontrado. Josias foi o 16º rei de Judá e reinou durante o período de 640 a.C. a 609 a.C.. Em Hebraico Josias significa: "Jeová cura"; filho do rei Amom com sua esposa Jedida. Josias descende da linhagem real de Judá, iniciada com o Rei Davi. Após um reinado de dois anos, seu pai fora assassinado por conspiradores. O próprio povo tratou de eliminar os conspiradores e restaurar a autoridade régia da linhagem davídica, colocando Josias no trono. Josias tinha oito anos de idade nessa época (2Rs 22.1). Entre o 12° e 18° ano de seu reinado, Josias começou a reverter as normas políticas de Amom, quando ainda era jovem, embrenhou-se numa batalha para livrar a nação da idolatria. Na sua inciativa, destruiu postes sagrados, altares e imagens, tanto no seu território, como na parte setentrional do que fora o reino de Israel, arrasado pelos Assírios. Ao consertarem o templo de Jerusalém, os servos do rei se depararam com um achado importante: "o livro da lei de YHWH[*] pela mão de Moisés", o que pode indicar que seja o escrito original. Provavelmente, este livro fosse Deuteronomio (2Rs 22.8). Os sacerdotes entregaram o livro a Josias, que o aceitou como guia de suas reformas. Josias providenciou que o livro fosse lido em público. O primeiro passo da reforma de Josias foi convocar uma assembleia nacional para que Judá renovasse o seu compromisso com a aliança feita com o Senhor. O próximo passo foi a eliminação da idolatria. O texto de 2Rs 23 mostra o horror e a degradação que estavam presentes em Judá: ídolos no templo, sacerdotes idolatras, sodomia e prostituição no templo, astrologia e sacrificio ritual de crianças eram apenas parte da perversidade que foi propagada por Manassés e Amom. Josias estava disposto a destruir tudo isso imediatamente. Josias promulgou a lei de Deus ao povo e jurou ser-lhe obediente. Requereu que o povo se juntasse a ele na renovação do relacionamento de Deus com a nação. O resultado desse ajuntamento foi um avivamento nacional de todo o Israel, isto é, habitantes dos reinos do Norte e do Sul para celebrarem a Páscoa; e o comentarista afirma: ‘Nunca... tal Páscoa... desde os dias do profeta Samuel’ (2Rs 35.18).
[*] O Tetragrama Sagrado YHWH, (יה-וה), refere-se ao nome do Deus de Israel em forma escrita já transliterada e, pois, latinizada, como de uso corrente na maioria das culturas atuais. A forma da expressão ao declarar o nome de Deus YHWH (ou JAHWEH na forma latinizada) deixou de ser utilizada há milhares de anos na pronúncia correta do hebraico original (que é declarada como uma língua quase que completamente extinta). As pessoas perderam ao longo das décadas a capacidade de pronunciar de forma satisfatória e correta, pois a língua precisaria se curvar (dobrar) de uma forma em que especialistas no assunto descreveriam hoje em dia como impossível.
2. Quando a Palavra de Deus é ensinada. Esdras (do hebraico Ezra עֶזְרָא, abreviação de עַזְרִיאֵל" Aquele que ajuda, Ajudador, Auxiliador) é o nome de um personagem da tradição judaica que liderou o segundo grupo de retorno de israelitas que retornaram de Babilonia em 457 a.C. Descendente de Arão, o primeiro Sumo Sacerdote de Israel, Esdras era escriba (copista da lei de Moisés) entendido na lei de Moisés. Ele recebeu ordem do rei Artaxerxes para ir até Jerusalém. Ele levaria oferta para o templo, judeus que quisessem voltar com ele e pessoas para trabalhar no templo (levitas, servidores do templo, porteiros, cantores). O objetivo da missão dele era ver como estava à condição espiritual do povo judeu. Com as ofertas ele teria que comprar animais e outros produtos para serem utilizados nos sacrifícios. Esdras tinha também autoridade para nomear magistrados e juízes que julgassem o povo além do rio Eufrates. Esdras não subiu sozinho, ele liderava uma segunda leva de exilados que retornavam. Sua viagem tinha um propósito, como ouvinte e praticante diligente da Palavra, o objetivo de Esdras era ensinar outros a fazerem o mesmo (Ed 7.10). Após as provas do Exílio, com as suas más conseqüências no aspecto religioso, o povo organiza-se numa grande unidade nacional e religiosa. Meditando na Lei, compreende como o castigo lhe foi mandado por Deus, devido à sua infidelidade, e como, apesar de tudo, a misericórdia divina se mantém para com o resto de Israel, detentor das grandes promessas em relação ao Messias. A Palavra de Deus é, assim, a base da reconstrução do povo que volta do Exílio.
3. Os frutos do avivamento. Todo o povo se reuniu diante da Porta das Águas, na cidade de Jerusalém, e pediu que Esdras, o escriba, trouxesse o livro da lei de Moisés. Essa leitura pública trouxe verdadeiro arrependimento ao povo e ocorreu então um grande despertamento. Quando Josias achou o livro da Lei, teve início uma grande reforma. Quando Martinho Lutero leu a Bíblia, começou a Reforma Protestante. A Palavra de Deus precisa ser lida hoje! O cativeiro da Babilônia curou os judeus da idolatria. Até aquele tempo, apesar de todas as advertências dos profetas, o povo continuava adorando os ídolos ao redor. Mas desde o cativeiro até os dias atuais (quase 2.500 anos) os judeus nunca mais caíram nesse pecado. Eles se casavam com seus vizinhos idólatras e essa era a causa do seu pecado. O casamento entre crentes e não-crentes até hoje é coisa perigosa. Paulo diz: Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos (2Co 6.14). O livro de Esdras registra o cumprimento de todos os passos básicos da restauração do judaísmo pós-exílico, passos estes necessários à vinda de Cristo no início da era do NT. Teve lugar a reconstrução de Jerusalém e do templo, a restauração da lei, a renovação do concerto e a devida preservação da linhagem davídica.
Sinópse do Tópico
Deus usou alguns de seus servos para que o seu povo experimentasse um autêntico avivamento.
II. O CLAMOR DO PROFETA HABACUQUE
1. Um homem preocupado com o estado espiritual de seu povo. Habacuque (Hb חֲבַקּוּק‎, Ḥavaqquq) Profeta do Antigo Testamento. A etimologia de seu nome não é clara; o nome possivelmente estaria relacionado com o acadiano khabbaququ, o nome de uma planta perfumada, ou a palavra חבק, raiz hebraica que significa "abraçar"[1]. Habacuque começa seu livro com uma série de perguntas: "Até quando, Senhor, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritar-te-ei: Violência! E não salvarás? Por que me mostras a iniqüidade e me fazes ver a opressão?"(1.2-3). Habacuque viu a violência de Jerusalém e a injustiça de seus líderes, e não entendeu a tolerância do Senhor. O profeta pediu justiça. Ele queria livramento divino para proteger os inocentes e castigar os malfeitores. Habacuque viveu durante um dos períodos mais críticos de Judá. Seu país havia caído do auge das reformas de Josias para as profundezas do tratamento violento de seus cidadãos, medidas opressoras contra o necessitado e a ruína do sistema legal. O mundo localizado ao redor de Judá estava em guerra, com a Babilônia levantando-se em ascensão sobre a Assíria e Egito. A ameaça de invasão do Norte foi adicionado à desordem interna de Judá. Habacuque nos lembra que a pergunta ‘Por quê?’ pode, e deve ser feita. Suas situações mandam que ele pergunte a Deus acerca do reino aparente de injustiça existente ao redor dele. Porque ele cria em Deus, ele cria que Deus tinha uma resposta para o seu problema. Suas perguntas demonstravam a presença da fé, não a falta dela. O profeta apela a Deus para agir a favor do seu povo no meio dos anos, durante o período de espera da decisão final da situação intolerável.
2. A restauração virá. Os resultados destrutivos da invasão babilônica seriam sentidos através de toda a terra, mas o profeta encontra a fonte da sua alegria em Deus e não nas circunstancias. Habacuque sabia: tenho muito sofrimento pela frente. O meu povo tem muito sofrimento pela frente. Os babilônios virão para acabar com tudo. Aquele povo acabará com os frutos da terra. Não haverá mais frutos na videira. Não haverá mais ovelhas no curral. Não haverá mais paz, e sim, guerra. O sofrimento será enorme. Haverá fome, desemprego e miséria total. Tudo está ruim e vai ficar pior ainda. As mesmas dificuldades e sofrimentos podem acontecer também conosco, irmãos. Ou dizendo melhor, hoje também há muitos filhos de Deus que vivem cercados por ímpios, que vivem sofrendo. Muitos sofrem por causa da corrupção de outros. Muitos vivem gemendo, enquanto experimentam o que Habacuque experimentou: "A justiça nunca se manifesta". Mesmo assim, não devem jamais perder a esperança. Não devem jamais parar de louvar ao SENHOR Deus. Pois Cristo é nosso Salvador. Ele prometeu nos salvar e nos livrar de toda a nossa miséria. Ele é nosso Rei. Ele virá para nos salvar e para destruir todos os nossos inimigos. Cristo virá para julgar os vivos e os mortos e para dar a vida aos justos.
3. Avivamento gera mudança de vida. Em meio a um tempo de injustiças e do eminente juízo de Deus sobre Israel, ouve-se um clamor do profeta Habacuque: “aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos”. O pecado gera morte e o avivamento é Cristo gerando em nós nova vida, o que Habacuque quer é Deus realizando de novo uma grande mudança na vida do povo. O avivamento é trazer a vida de volta e não está vinculado ao “barulho” ou ao “emocionalismo”, ao “retété” ou movimentos afins, mas sim a um renovar espiritual gerando mudança de vida. "Avivamento é o sopro de Deus para tirar a poeira que foi acumulada no decurso dos anos sob nossa vida espiritual" - Ashbel Green Simonton. Assim como na época de Habacuque, hoje também precisamos da poderosa obra de Deus, que para nós é a salvação dada por Cristo a nós na cruz. Cristo declara que o arrependimento será produzido pelo Espírito (Jo 16.8) O Espírito gera as ferramentas que precisamos para glorificar a Deus. Busquemos o avivamento em nossas vidas a fim de que o lugar onde passamos a maior parte do nosso dia seja transformado pelo poder de Cristo investido em nós, isso é avivamento, Habacuque queria isso para o povo, MUDANÇA conforme a vontade de Deus.
Sinópse do Tópico
O profeta Habacuque, preocupado com a condição espiritual do seu povo, clamou ao Senhor por um avivamento.
III. É TEMPO DE BUSCAR A FACE DE DEUS
1. Buscando e conhecendo a Deus. Oséias retrata um Israel aparentemente arrependido volta a Deus, mas a sua linguagem o trai. Eles ainda culpam Deus pelos seus problemas (ele despedaçou); e eles abusam de sua graça, pressupondo que, uma vez que foi Deus, e não eles, o culpado, então ele é obrigado a restaurá-los (Os 6.3) [2]. Tal como a chamada para se tornarem ao Senhor no versículo 1 do capítulo 6, o convite a adquirirem o verdadeiro conhecimento do Senhor é central na mensagem de Oséias. O conhecimento de Deus, jamais pode ser algo que acontece uma única vez e pronto. Muito pelo contrário; deve ser algo que aconteça diariamente, fruto do nosso relacionamento com Ele, através da leitura da Palavra, da meditação, da contemplação, da oração, dos momentos de comunhão diante do Pai. Deve ser algo, gostoso, apaixonante, que nos leva a uma intimidade profunda, crendo que estamos nos relacionando com aquele que é o único Senhor e Salvador. Quando conhecemos com profundidade, quem é o nosso Deus, passamos a amá-lo muito, pois sabemos olhar para dentro de nós mesmos e ver quem realmente somos. Prossigamos nesta busca de conhecer, cada dia mais, o nosso Deus, e enxergar a sua grandeza. Nas palavras do salmista: "Faze-me, Senhor, conhecer os teus caminhos, ensinas-me as tuas veredas" (Sl 25.4), e ainda com as palavras de João: "Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem"(Jo 42.5).
2. Consagrando-se e entregando-se a Deus. O termo ‘consagrar-se’ encerra o sentido de ‘Tornar-se sagrado’; ‘Oferecer-se à divindade’. Fig. ‘Dedicar-se’, ‘votar-se’. Já o termo ‘entregar-se’ encerra o sentido de ‘Pôr-se em poder de (outrem)’; ‘Restituir-se’; ‘Dar posse de’; ‘Confiar-se’; ‘Render-se; ‘Dar-se inteiramente a’; ‘Deixar-se dominar por’. Entregar-se é admitir –se que não podemos lidar com a vida sem Deus. É permitir que Deus reine sobre nós. Por definição, consagrar-se significa separar-se, dedicar-se, santificar-se para Deus. Deus nos chama à consagração, Ele está buscando homens e mulheres que se consagrem à Ele para que Ele possa usar. Os dias que vivemos são dias difíceis, como no tempo de Habacuque, tempos da apostasia, de novas unções e novas revelações, tempos onde os interesses pessoais são mais importantes que o reino de Deus. "Pela renovação da vossa mente" (Rm 12.2) - Nós somos o que pensamos de nós mesmos e dos outros, nossos pensamento devem ser levados cativos a Jesus Cristo, não podemos perder tempo pensando coisas improdutivas, mas o que traz honra, boa fama, o que é bom para edificação. A renovação é resultado da graça de Deus, que oferece sempre oportunidade para o cristão reiniciar sua caminhada de fé, mas também para renovar a convicção dos votos e a confiança na palavra de Deus e na veracidade da sua Palavra. Consagração a Deus leva a plenitude de vida.
3. Confessando e abandonando os pecados. Dwight Lyman Moody ecreveu: “Eu [...] sou daqueles que crêem que a igreja precisa se arrepender muito antes que muita coisa de valor possa ser feita no mundo. Acredito firmemente que o baixo padrão de vida cristã está mantendo muita gente no mundo e nos seus pecados. Se o incrédulo vê que o povo cristão não se arrepende, não se pode esperar que ele se arrependa e se converta de seu pecado. Eu tenho me arrependido dez mil vezes mais depois que conheci a Cristo, do que em qualquer época anterior, e penso que a maioria dos cristãos precisa se arrepender de alguma coisa. Assim, quero pregar tanto para os cristãos como para os não-convertidos, tanto para mim mesmo quanto para aquele que nunca conheceu a Cristo como seu Salvador. Há cinco coisas que fluem do verdadeiro arrependimento:
1. Convicção.
2. Contrição.
3. Confissão de pecado.
4. Conversão.
5. Confissão de Cristo diante do mundo.
Convicção
Quando um homem não está profundamente convicto de seus pecados, é um sinal bem certo de que ainda não se arrependeu de verdade. A experiência tem me ensinado que as pessoas que têm uma convicção muito superficial de seus pecados, cedo ou tarde recaem em suas velhas vidas. Nos últimos anos tenho estado bem mais ansioso por uma profunda e verdadeira obra de Deus entre os já convertidos do que em alcançar grandes números. Se um homem confessa ser convertido sem reconhecer a atrocidade de seus pecados, provavelmente se transformará num ouvinte endurecido que não irá muito longe. No primeiro sopro de oposição, na primeira onda de perseguição ou ridículo, eles serão carregados de volta para o mundo. Creio que é um erro lamentável conduzirmos tantas pessoas à igreja que nunca experimentaram a verdadeira convicção de pecados. O pecado no coração do homem é tão negro hoje quanto o foi em qualquer outra época. Às vezes penso que está mais negro. Porque quanto maior a luz que uma pessoa tiver, maior sua responsabilidade, e por conseguinte maior a sua necessidade de profunda convicção. Até que a convicção de pecados nos faça cair de joelhos, até que estejamos completamente humilhados, até que tenhamos perdido toda esperança em nós mesmos, não podemos encontrar o Salvador. Há três coisas que nos levam à convicção: (1) A Consciência; (2) A Palavra de Deus; (3) O Espírito Santo. Todos os três sao usados por Deus. Muito antes de existir a Palavra escrita, Deus tratava com o homem através da consciência. Foi por isto que Adão e Eva se esconderam da presença do Senhor Deus entre as árvores do Jardim do Éden. Foi isto que convenceu os irmãos de José quando disseram: "Na verdade, somos culpados, no tocante a nosso irmão, pois lhe vimos a angústia da alma, quando nos rogava, e não lhe acudimos. Por isso", disseram eles (e lembre-se, mais de vinte anos haviam se passado depois que eles o venderam como cativo), " por isso nos vem essa ansiedade". É a consciência que devemos usar com nossos filhos antes de atingiram uma idade onde podem entender a Palavra e o Espírito de Deus. E é a consciência que acusa ou inocenta o ímpio. A consciência é "uma faculdade divinamente implantada no homem, que o pede a fazer o que é certo". Alguém disse que ela nasceu quando Adão e Eva comeram do fruto proibido, quando seus olhos foram abertos e "conheceram o bem e o mal". Ela julga, mesmo contra nossa vontade, os nossos pensamentos, palavras, e ações, aprovando ou condenando-os de acordo com a sua avaliação de certo ou errado. Uma pessoa não pode violar sua consciência sem sentir a sua condenação. Mas a consciência não é um guia seguro, porque freqüentemente ela só dirá que uma coisa é errada depois de você a praticar. Ela precisa ser iluminada por Deus porque faz parte de nossa natureza caída. Muitas pessoas fazem o que é errado sem serem condenadas pela consciência. Paulo disse: "Na verdade, a mim me parecia que muitas cousas devia eu praticar contra o nome de Jesus, o Nazareno" (At 26:9). A própria consciência precisa ser educada. Outra vez, a consciência freqüentemente é como um relógio despertador, que a princípio desperta e acorda, mas com o tempo a pessoa se acostuma com ele, e então perde o seu efeito. A consciência pode ser asfixiada. Creio que cometemos um erro em não dirigirmos as pregações mais para a consciência. Portanto, no devido tempo a consciência foi suplantada pela Lei de Deus, que no seu tempo foi cumprida em Cristo. Neste país cristão, onde as pessoas têm Bíblias, a Palavra de Deus é o meio que Deus usa para produzir convicção. A Bíblia nos diz o que é certo e o que é errado antes de você cometer o pecado, e assim o que você precisa é aprender e apropriar-se de seus ensinos, sob a direçao do Espírito Santo. A consciência comparada à Bíblia é como uma vela comparada ao sol lá no céu. Veja como a verdade convenceu aqueles judeus no dia de Pentecostes. Pedro, cheio do Espírito Santo, pregou que "este Jesus que vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo". "Ouvindo eles estas cousas, compungiu-se-lhes o coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, irmãos?" (At 2: 36, 37). Em terceiro lugar, enfim, o Espírito Santo convence. Algumas das mais poderosas reuniões de que já participei foram aquelas em que houve uma espécie de quietude sobre o povo e parecia que um poder invisível se apoderava das consciências. Lembro-me de um homem que veio à reunião e no momento em que entrou, sentiu que Deus estava lá. Um senso de reverência veio sobre ele, e naquela mesma hora sentiu convicção e se converteu.
Contrição
A próxima coisa é a contrição, o profundo sentimento de tristeza segundo Deus e humillhação de coração por causa do pecado. Se não houver verdadeira contrição, o homem voltará direto para o seu velho pecado. Esse é o problema com muitos cristãos. Um homem pode sentir raiva e se não houver muita contrição, no dia seguinte sentirá raiva outra vez. A filha pode dizer coisas indignas, ofensivas à sua mae, e porque sua consciência lhe perturba ela diz: "Mãe, sinto muito. Perdoe-me". Mas logo há um outro impulso genioso, porque a contrição não foi profunda nem verdadeira. Um marido diz palavras agressivas à sua esposa, e então para aliviar sua consciência, compra um buquê de flores para ela. Ele não quer enfrentar a situação como um homem e dizer que errou. O que Deus quer é contrição, e se não houver contrição, não há arrependimento completo. "Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado, e salva os de espírito oprimido." "Coração compungido e contrito não o desprezarás, ó Deus." Muitos pecadores lamentam por seus pecados, lamentam por não poderem continuar pecando; mas se arrependem apenas com corações que não estão quebrantados. Não creio que saibamos como nos arrepender atualmente. Precisamos de um João Batista, que ande pelo país, gritando: "Arrependam-se! Arrependam-se!"
Confissão de pecado
Se tivermos verdadeira contrição, ela nos levará a confessarmos nossos pecados. Creio que nove décimos dos problemas em nossa vida cristã são resultado de não fazermos isso. Tentamos esconder e cobrir nossos pecados. Há muito pouca confissão deles. Alguém disse: "Pecados não confessados na alma são como uma bala no corpo". Se você não tiver poder, talvez seja porque há algum pecado que precisa ser confessado, alguma coisa em sua vida que necessita ser removida. Não importa quantos salmos você cante, ou a quantas reuniões você compareça, ou o quanto você ore e leia a sua Bíblia, nada disso encobrirá esse tipo de problema. O pecado deve ser confessado, e se o meu orgulho me impede de confessar, não devo esperar misericórdia de Deus nem respostas às minhas oraçoes. A Bíblia diz: "O que encobre as suas transgressões, jamais prosperará" (Pv 28:13). Pode ser um homem no púlpito, um sacerdote por trás do altar, um rei no trono _ não me importo quem ele seja. O homem está tentando fazer isso há seis mil anos. Adão o tentou e falhou. Moisés o tentou quando enterrou o egípcio que matou, mas falhou. "Sabei que o vosso pecado vos há de achar." Por mais que você tente enterrar o seu pecado, este tornará a aparecer mais cedo ou mais tarde, se não for apagado pelo Filho de Deus. Se o homem nunca conseguiu fazer isso em seis mil anos, é melhor você e eu desistirmos de tentar. Há três maneiras de se confessar pecados. Todo pecado é contra Deus, e a Ele deve ser confessado. Há pecados que eu não preciso confessar a pessoa alguma no mundo. Se o pecado foi entre mim e Deus, devo confessá-lo sozinho no meu quarto. Não preciso cochichá-lo no ouvido de nenhum mortal. "Pai, pequei contra o céu e diante de Ti." "Pequei contra Ti, contra Ti somente, e fiz o que é mal perante os teus olhos." Mas se fiz algo errado a alguma pessoa, e ela sabe que a prejudiquei, devo confessar o pecado não somente a Deus mas também a esta pessoa. Se o meu orgulho me impede de confessar meu pecado, não preciso ir a Deus. Posso orar, posso chorar, mas isso não adiantará. Primeiro confesse àquela pessoa, e depois a Deus, e veja com que rapidez Ele lhe ouvirá e lhe enviará a paz. "Se pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma cousa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta." (Mt 5: 23, 24). Esse é o caminho bíblico. Há outra classe de pecados que devem ser confessados publicamente. Suponha que fui conhecido como um blasfemador, um alcoólatra ou um depravado. Se me arrependo de meus pecados, devo ao público uma confissão. A confissão deve ser tão pública quanto foi a trangressão. Muitas vezes uma pessoa dirá algo maldoso a respeito de outra na presença de terceiros, e então tentará apaziguar isso indo somente à pessoa prejudicada. A confissão deve ser feita de forma que todos os que ouviram a transgressão possam ouvir a confissão. Somos bons em confessar o pecado de outras pessoas, mas se experimentarmos um verdadeiro arrependimento, ficaremos mais que ocupados cuidando dos nossos próprios pecados. Quando alguém dá uma boa olhada no espelho de Deus, não encontrará ali faltas dos outros; tem coisas demais a ver em si mesmo. "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça" ( 1 Jo 1:9 ). Obrigado Senhor pelo Evangelho! Crente, se há algum pecado em sua vida, resolva confessá-lo, e seja perdoado. Não deixe nenhuma nuvem entre você e Deus. Garanta o seu título para a mansão que Cristo foi preparar para você .
Conversão
A confissão leva à verdadeira conversão, e não pode haver uma verdadeira conversão, até que se tenha dado esses três passos. Agora a palavra conversão significa duas coisas. Dizemos que uma pessoa é "convertida" quando nasce de novo. Mas conversão também tem um significado diferente na Bíblia. Pedro disse: "Arrependei-vos...e convertei-vos" (At 3:19). Existe uma versão que traduz assim: "Arrependei-vos e voltai-vos". Paulo disse que não foi desobediente à visao celestial, mas começou a pregar a judeus e gentios para que se arrependessem e se voltassem para Deus. Um certo teológo de outra época disse: "Todos nós nascemos de costas para Deus. O arrependimento é uma mudança de trajetória. É uma volta de cento e oitenta graus." Pecado é afastar-se de Deus. Como alguém disse, é aversão a Deus e conversão para o mundo; enquanto que o verdadeiro arrependimento significa conversão a Deus e aversão ao mundo. Quando há verdadeira contrição, o coração está entristecido por causa do pecado; quando há verdadeira conversão, o coração fica liberto do pecado. Deixamos a velha vida, somos transportados do reino das trevas para o reino da luz. Maravilhoso, não é ? A não ser que nosso arrependimento inclua essa conversão, não vale muito. Se alguém continua em pecado, é a prova de uma profissão inútil. E como bombear água para fora do navio, sem tampar os vazamentos. Salomão disse: "Se o povo orar... e confessar teu nome, e se converter dos seus pecados..." (2 Cr 6:26). Oração e confissão não seriam de proveito nenhum enquanto o povo continuasse em pecado. Vamos prestar atenção à chamada de Deus. Vamos abandonar o velho caminho perverso. Voltemos ao Senhor, e Ele terá misericórdia de nós, e ao nosso Deus, porque Ele perdoará abundantemente.
Confissão de Cristo
Se você é convertido, o próximo passo é confessar isso abertamente. Ouça: "Se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Porque com o coração se crê para justiça, e com a boca se confessa a respeito da salvação" ( Rm 10:9, 10 ). A confissão de Cristo é o clímax da obra de verdadeiro arrependimento. Devemos isso ao mundo, aos nossos semelhantes cristãos e a nós mesmos. Ele morreu para nos redimir, e podemos estar envergonhados ou com medo de confessá-Lo? A religião como uma abstraçao, como uma doutrina, tem pouco interesse para o mundo, mas aquilo que as pessoas podem testemunhar da experiência pessoal sempre tem peso. Ah, amigos, estou tão cansado de cristianismo medíocre. Vamos nos entregar cem por cento por Cristo. Não vamos dar um som inseguro. Se o mundo quer nos chamar de tolos, que o faça. É apenas por um pouco. O dia da coroação está chegando. Graças a Deus pelo privilégio que temos de confessar a Cristo!”[3]
Sinópse do Tópico
A Igreja de Cristo é responsável pela preservação da sã doutrina.
(III. Conclusão)
"Avivamento é a revivificação do primeiro amor dos crentes, resultando no despertamento e na conversão dos pecadores a Deus” (Charles G. Finney). Avivamento é algo que precisamos buscar, mas precisamos saber o que estamos buscando e porque estamos buscando. Um Avivamento não é resultado de um esforço humano, no sentido de depender dele. O Avivamento é produzido pelo Senhor da Obra. Quando clamamos como o profeta Habacuque - "Aviva a tua obra, ó Senhor”, estamos, na verdade, afirmando: Quem tem o poder de dar a vida é o Senhor. Avivar significa assoprar as brasas, remover as cinzas e ver surgir o fogo que queima pecados e aquece a alma do crente. É o Senhor com o seu vento que faz as brasas queimarem revivendo a chama do amor e da fé. A obra não é nossa , é do Senhor - Somos apenas trabalhadores, da grande seara.
N’Ele, que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus” (Ef 2.8),
Francisco A Barbosa
auxilioaomestre@bol.com.br
Notas Bibliográficas
[1]. Adaptado de http://pt.wikipedia.org/wiki/Habacuque;
[2]. Adaptado da nota de roda-pé de Os 6.1-3, Bíblia de Estudo Plenitude, SBB, p.857;
[3]. Transcrito de http://www.monergismo.com/textos/arrependimento/moody_arrependimento.htm;
Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP, Sociedade Bíblica do Brasil, 2001;
Os textos das referências bíblicas foram extraídos da versão Almeida Revista e Atualizada, 2a edição (Sociedade Bíblica do Brasil), salvo indicação específica.
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Aviva, ó Senhor, a Tua Obra!

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Aviva, ó Senhor, a Tua Obra!


I – Introdução


Primeiramente gostaria de saudar a todos os leitores com a Paz do Senhor.
Estamos finalizando mais um trimestre absolutamente edificante para nossas vidas espirituais. Várias lições e temas maravilhosos foram estudados, de modo que eu acredito piamente que cada um daqueles que teve contato com tal lição pôde crescer na presença de Deus.
Assim como todas as outras lições, esta última também é muito maravilhosa. Buscaremos, com tal estudo, abordar os aspectos principais da citada lição, visando que cada um de nós tenha cada dia mais o desejo de ser avivado na presença do Senhor.

II – Buscando o Avivamento

Analisando-se a lição, notamos que inicialmente ela mostra dois relatos bíblicos onde houve um grande avivamento.
Inicialmente é citado um trecho bíblico encontrado no livro de Crônicas, em seus capítulos 34 e 35. Tal trecho mostra um grande avivamento que houve no Reino de Judá, onde ainda bem jovem o rei Josias teve um despertamento para restaurar a vida espiritual de Judá e reformar o Santo Templo. Durante a execução de tal obra o sumo sacerdote Hilquias encontrou o livro da lei que se havia perdido, e o mostrou ao rei. Grande foi a angustia de Josias, que chegou a rasgar suas vestes, tamanha a dor e contrição que sofria. Após isso a Palavra de Deus passou mais uma vez a ser ensinada, o que trouxe um grande avivamento àquele reino.


Outro relato é encontrado no livro de Esdras. Lá encontramos que os judeus tinham apostatado da fé, razão pela qual ficaram por cerca de setenta anos exilados na Babilônia. Ao fim desses setenta anos, Deus usa vários reis gentios para reconduzi-los à terra de seus ancestrais, e ainda instrumentaliza o sacerdote e escriba Esdras para constranger o povo a estabelecer um novo concerto. Acontece então um grande avivamento no meio dos judeus, mas isso tudo pois todos voltam a estudar a palavra de Deus, bem como a obedecê-la.

II. 1. Estudo e obediência à Palavra de Deus

Analisando-se tais relatos supramencionados, notamos que há um ponto em comum: a volta ao estudo e obediência à palavra de Deus. Hodiernamente é muito triste por vezes notar que a Bíblia, a Palavra de Deus, cada vez está tendo menos importância em alguns meios cristãos. As pessoas não se preocupam em estudar tal palavra em casa, não dão valor aos cultos de ensino.

Todavia, pela leitura dos dois trechos acima citados, bem como diversos outros que podemos encontrar na Bíblia, nós percebemos que todo grande avivamento, toda modificação de vida, toda mudança em uma sociedade, nasce do estudo da Palavra de Deus, da obediência a tal palavra.
Devemos cada dia mais ansiar ouvir a palavra de Deus e compreendê-la. Amar a palavra, fazer dela nossa alegria e deleite. Devemos, sobretudo, obedecer ao que ela ordena e viver conforme os seus ditames.


II. 2. O Ensino da Palavra de Deus


Outro ponto interessante que se nota é que, em ambos os casos, a Palavra de Deus foi estudada pois houveram homens que se dispuseram a ensiná-la.
A igreja tem responsabilidade de salvaguardar a verdadeira e original doutrina bíblica que se acha nas Escrituras, e transmiti-la aos fiéis sem transigência nem corrupção. Fica subentendida, assim, a necessidade do ensino bíblico na igreja.
Cada dia tem se feito mais necessário o ensino da palavra de Deus. O mundo tem se afastado dessa palavra e de seus ditames, fazendo com que esteja cada dia mais perdido. Como vimos anteriormente, os grandes avivamentos, as modificações de vida, começam pelo estudo da palavra de Deus.
Todavia, o grande problema é que muitas vezes as pessoas tem a falsa impressão de que o ensino da palavra de Deus é função exclusivamente dos pastores, evangelistas, ou presbíteros. Pelo contrário, todos nós temos a responsabilidade de falar da palavra de Deus, de levá-la ao mundo.
Portanto, irmãos meus, sejamos estudiosos da palavra de Deus, para que possamos a cada dia mais ensinar tão maravilhosa palavra.


II. 3. Frutos do Avivamento


A nossa lição nos mostra alguns dos vários frutos que um verdadeiro avivamento trás: estudo da Palavra de Deus, oração, adoração (Ne 8. 1-18), confissão de pecados (Ne 9. 1-38) e o desejo de cumprir e obedecer os estatutos do Senhor (Ne 10. 29).
No entanto, podemos anotar aqui diversos outros frutos de um verdadeiro avivamento. Destaco aqui três: alegria, paz e força.
“Na verdade, na verdade vos digo que vós chorareis e vos lamentareis, e o mundo se alegrará, e vós estareis tristes, mas a vossa tristeza se converterá em alegria.” (Jo 16. 20)
7Puseste alegria no meu coração, mais do que no tempo em que se lhes multiplicaram o trigo e o vinho.8Em paz também me deitarei e dormirei, porque só tu, SENHOR, me fazes habitar em segurança.” (Sl 4. 7-8)
No Senhor nós temos paz e alegria perfeitas. Não por ausência de conflito ou de tristeza, mas sim porque acima de todas essas coisas continuamos a ter alegria e paz. Confiamos em Deus, e por essa confiança temos alegria e paz.
Pelo menos assim deveria ser. Muitos, porém, que se dizem crentes, têm pregado somente uma doutrina de prosperidade, afirmando que os crentes não podem ter tristeza, não passam por sofrimento. Ou ainda, vemos outros que só sabem reclamar da vida, que tudo está ruim, que não têm felicidade.

Nós, entretanto, que conhecemos a Deus verdadeiramente, que buscamos estar na presença de Deus, que sabemos o quanto ele é maravilhoso, e que confiamos nEle, sabemos que no mundo teremos aflição (Jo 16. 33), mas sempre temos alegria e paz.
“O Senhor é o meu rochedo, e o meu lugar forte, e o meu libertador; o meu Deus, a minha fortaleza, em quem confio; o meu escudo, a força da minha salvação e o meu alto refúgio.” (Sl 18.2). O Senhor, sendo nosso rochedo e fortaleza, sabemos que nEle temos proteção e segurança; sendo nosso escudo, sabemos que ele se coloca entre nós e o mal; sendo nosso lugar forte e alto refúgio, sabemos que temos onde nos proteger, um lugar onde o inimigo não entra, onde estamos acima dos perigos desta vida.


Através do grande poder de Deus nós temos força para enfrentar as lutas da vida. Quando lutamos para passar em um vestibular ou um concurso; quando passamos por doenças; quando temos de formar uma família, sustentá-la, criar e educar filhos; quando somos confrontados pela nossa fé. Enfim, desde as coisas “mínimas” da vida, até as mais importantes, nós necessitamos da força que só Deus pode nos dar.

Deus sempre vai a nossa frente preparando o caminho, mas se fracos formos, não conseguiremos trilhá-lo. Deus nos fortalece e através dessa força somos capazes de transpassar barreiras, de lutar. O caminho preparado por Deus é perfeito, no entanto passaremos por aflições nesses trilhos da vida, e para enfrentá-las temos a força que só Deus nos dá. “Porque me cingiste de força para a peleja, fizeste abater debaixo de mim os que se levantaram contra mim.” (2 Sm 22.40).

III – O Clamor do Profeta Habacuque

A lição nos mostra diversos aspectos acerca do profeta Habacuque. Analisemos alguns deles.

III. 1. Intercessão

A primeira lição que tiramos é a necessidade de intercedermos por nossos irmãos.
"Ouvi, SENHOR, a tua palavra, e temi; aviva, ó SENHOR, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos faze-a conhecida; na tua ira lembra-te da misericórdia."
Em sua oração Habacuque clama a Deus que avive sua obra, buscando que Ele intercedesse trazendo um grande avivamento. Essa também deve ser nossa atitude.
O mundo atual necessita de um grande avivamento, e nós, como servos de Deus, devemos interceder nesse sentido. A própria igreja necessita estar a cada dia sendo avivada, para que possa resplandecer a luz de Cristo sobre o mundo.
Portanto, meus irmãos, clamemos e intercedamos pelo nosso povo, para que Deus esteja conosco sempre. Busquemos o avivamento a esse mundo, que tanto necessita de Deus.


III. 2. Confiar em Deus


"17Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado; 18Todavia eu me alegrarei no SENHOR; exultarei no Deus da minha salvação".(Hb 3. 17-18)
Em sua oração o profeta Habacuque demonstra grande confiança em Deus, pois sabia que mesmo diante das adversidades, Deus agiria naquele povo.
Nós devemos ter o coração confiante de que Deus estará conosco sempre. Devemos crer que como nosso Pai, Ele nunca nos desamparará. Mesmo diante das aflições, das adversidades, dos problemas, tristezas e dores, confiemos, pois Deus é nosso refugio e fortaleza, socorro bem presente na angustia (Sl 46. 1).

III. 3. Transformação

Quando o profeta Habacuque orava e clamava pelo avivamento, o fazia pois sabia que o povo havia pecado contra Deus, fazendo-se necessário uma grande mudança de vida entre os filhos de Israel.
Em Jeremias 18. 1-6, Deus fala ao profeta Jeremias através de uma parábola, comparando a todos nós com vasos que são feitos por um oleiro. Deus manda que Jeremias observe um oleiro trabalhando, e ao fazer isso o profeta vê que o oleiro molda o barro da forma como lhe parece bom aos olhos e que quando o vaso quebra em suas mãos, ele pode refazê-lo de outra forma.
Somos comparados ao barro nas mãos do oleiro, pois este usa aquele para fazer vasos da forma que lhe agradar, podendo fazer de uma forma, depois mudar para algo totalmente diferente. Esta comparação nos mostra o dever que temos de entregar nossas vidas completamente a Deus, para que Ele possa fazer de nós o que lhe agradar. Sempre devemos buscar andar segundo a vontade de Deus, pois assim nossa vida será agradável aos Seus olhos.
O oleiro não pode trabalhar com um material rígido, pois assim ele não consegue moldar. O barro é um material que possui uma consistência adequada para ser moldado de várias formas diferentes. Assim devemos ser, um corpo preparado e disposto a ser feito da forma como agradar a Deus.
Enquanto há deformidades no vaso, enquanto não chega ao resultado desejado pelo oleiro, este não para de moldá-lo, buscando sempre a perfeição. Da mesma forma devemos nos colocar diante de Deus, para que Ele possa estar constantemente retirando nossas deformidades, isto é, nos ajudando a nos santificar, a buscar sermos vasos perfeitos, adequados a guardar os Seus tesouros.
Quando queremos servir ao Senhor, devemos fazê-lo com todo o nosso viver. Desta forma, se há algo em nós que pode não agradar a Deus, devemos deixar que Ele nos molde segundo a Tua Palavra. Se alguém se converte, aceita a Jesus como único e suficiente Salvador, deve buscar uma grande mudança em sua vida. É o que muitos chamam de regeneração. Não nos cabe nos aprofundar neste tema, uma vez que ele é matéria para um estudo próprio, mas ele deve ser lembrado, pois o maior sentido de nos colocarmos como barro nas mãos de Deus é exatamente para que ele possa mudar nossas vidas. Isso serve para todos nós, desde aquele servo fiel, mas que como humano possui suas falhas e deve buscar ser corrigido pelo oleiro; passando por aquele que se proclama evangélico, mas não possui uma vida condizente; até chegar aos novos convertidos, que devem buscar desde sempre serem quebrados por Deus e serem feitos vasos novos.

IV - É Tempo de Buscar a Face de Deus


IV. 1. Conhecer a Deus


Atualmente, existe um grande paradoxo que se mostra no meio evangélico. Ao mesmo tempo que cada dia mais pessoas buscam conhecer uma igreja, estar em uma igreja, menos pessoas buscam conhecer a Deus, estar na presença de Deus.
Isso se dá assim pois boa parte das pessoas que buscam uma igreja o fazem pelo motivo errado. Tais pessoas vão em busca de promessas de prosperidade, de milagres e curas, mas sem a intenção de simplesmente adorar a Deus.
Como a própria lição diz, as pessoas barganham com Deus, procurando por ele apenas nos momentos em que precisam de algo. Mas a bíblia é clara ao dizer: "Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem." (Jo 4. 23)
Vemos, assim, que Deus procura pessoas que o adorem em espírito e em verdade, e não porque querem algo em troca.
Portanto meus irmãos, "conheçamos, e prossigamos em conhecer ao SENHOR" (Os 6. 3-a), "Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós" (Tg 4. 8-a).


IV. 2. Entregar a vida a Deus


A partir do momento que conhecemos a Deus, temos que entregar nossas vidas a Ele, e tal entrega deve ser completa. Todos os aspectos de nossas vidas, todas nossas atividades e decisões devem ser segundo a vontade de Deus.
Deus deve estar a frente de todas nossas decisões. Fazendo isso nós deixaremos de ser ansiosos e preocupados com tudo, pois saberemos que está guiando nossa vida, e confiaremos que a vontade dEle será sempre a melhor para nossas vidas.
Temos que a cada dia mais entregar nossas vidas como "sacrifício vivo, santo e agradável a Deus".
Exorto mais uma vez irmãos meus, que possamos declarar: "Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim."


IV. 3. Confissão e Abandono dos pecados


Por fim, todo avivamento deve ser acompanhado de confissão, arrependimento e abandono do pecado.
Em vários Salmos de Davi o vemos confessando seus pecados em oração a Deus, para que, assim, consiga o perdão Divino. Assim vemos em Salmos 32.5:
“Confessei-te o meu pecado e a minha maldade não encobri; dizia eu: Confessei ao Senhor as minhas transgressões; e tu perdoaste a maldade do meu pecado”.
Nessa passagem Davi coloca em uma relação de causa/efeito a confissão do pecado e o perdão de Deus. Sem a confissão Deus não perdoa nossos pecados, pois é ela que demonstra a nossa vontade de termos nossos pecados perdoados e nosso arrependimento sincero.

Nesse mesmo sentido está escrito em 1 João 1. 8 e 9:
"8Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. 9Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”.

Nessas duas últimas passagens vemos a diferença entre aquele que tenta esconder seus pecados e aquele que as confessa. Logicamente nada fica encoberto a Deus, mesmo assim, como já dito, é essencial que nos humilhemos e clamemos a Deus pelo perdão.
Após termos nos arrependido e confessado nosso pecado, devemos abandoná-lo. Provérbios 28.13 assim leciona:
"O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia."
Na parte final deste versículo há uma palavra que demonstra o nosso dever em abandonar o pecado, qual seja, “deixa”. O Rei Salomão, com sua imensa sabedoria, nos aconselha a confessarmos e deixarmos o nosso pecado, para assim alcançarmos misericórdia.
Se estamos realmente arrependidos será uma consequência natural abandonarmos o pecado cometido. Porém, se voltarmos a cometer o mesmo pecado, mesmo tendo sido sinceros no arrependimento anterior, Deus é misericordioso para novamente nos perdoar. Nunca devemos perder de vista, porém, que Deus conhece o que pensamos e o que sentimos, o que quer dizer que Ele sabe muito bem quando estamos sendo sinceros.
No evangelho de Cristo segundo escreveu João, no capítulo 8, do versículo primeiro ao 11, narra-se o episódio de uma mulher adúltera que seria apedrejada pelo seu pecado. Porém Jesus estava perto e sabiamente falou para aquele que não tivesse pecado atirar a primeira pedra. Com estas palavras as pessoas foram saindo de um em um. Jesus fala, então, com aquela mulher:

10E, endireitando-se Jesus e não vendo ninguém mais do que a mulher, disse-lhe: Mulher, onde estão aqueles seus acusadores? Ninguém te condenou? 11E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te e não peques mais”.

Nesta passagem Jesus fala com uma pecadora, porém não a condena, pois ele não veio ao mundo para condenar, mas sim para perdoar os pecados de todos nós. Não se pode achar que Jesus considera o adultério um pecado sem importância. O que Ele fez foi proporcionar a oportunidade para que aquela mulher passasse a ter uma nova vida, livre do pecado.
Jesus veio ao mundo cem por cento homem e cem por cento Deus. Isso quer dizer que ele era onisciente na Terra e com certeza sabia se aquela mulher estava arrependida ou não e se ela tinha intenção de voltar a cometer o mesmo pecado ou não. Se Ele tivesse visto que a mulher não se endireitaria, com certeza não teria simplesmente falado estas palavras e a deixado ir. Jesus viu arrependimento sincero na mulher e por isso perdoou o seu pecado.
Ele, porém, deu uma última instrução: que ela não pecasse mais. E é este o mandamento que ele nos dá toda vez que perdoa nossos pecados, ou como condição para que os perdoe. Este é o último passo para termos um grande avivamento em nossas vidas, devemos mudar de atitude, nos regenerar.

V - Conclusão


Busquemos ter nossas vidas cada dia mais avivadas estudando a Palavra de Deus, buscando conhecer cada dia mais a Deus, sendo seus verdadeiros adoradores, confessando e abandonando nossos pecados, essa é a mensagem que este estudo tenta transmitir.
Amém!


Elaboração por:- Jozeph Bruno

 

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