Escrito por Pr. Antônio Dionízio da Silva
Jo 15.1-16.
Veja aqui o estilo de João. Esse capítulo 15 é uma alegoria, isto é, dá a idéia de uma outra coisa. Aqui ele enfoca particularmente a doutrina e a ética da Igreja incluindo o discipulado. É bom examinar a apresentação da Igreja feita por João na alegoria da videira. O Antigo Testamento usa o vinhedo como símbolo de Israel. Esta metáfora, em muitos contextos, representa o povo de Deus. Porém, está relacionada em geral com o contexto de julgamento.
João comenta a sua visão: Jesus é o Tronco, o Pai é o Jardineiro e os crentes em Jesus são os ramos.
João começa com as seguintes palavras de Jesus: "Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador." As expressões "eu" e "verdadeira" no grego enfatizam sua singularidade como o caminho para Deus.
Outra palavra dita por Jesus é a "santificação" no versículo 2. Foi expressa pelo verbo "limpar", isto é, cortar, podar. Esta palavra tem o aspecto de tornar santo ou santificado. Fica óbvio que Deus quer ver limpo o crente.
João continuou na sua visão ética doutrinária nos versículos 3 a 5. Falam da união de Jesus e os crentes em termos figurativos do ramo e do tronco. O resultado dessa união é o crescimento. O texto diz "dar fruto"; os ramos não podem dar frutos a menos que estejam ligados ao tronco.
O texto remete o tema de amar e guardar os mandamentos; também derramou luz na palavra que diz "tenho vos dito isto"; Jesus introduz a palavra "amigos" e o faz contrastando-a com servos e escravos.
I - A função de uma vinha é produzir frutos
1) A responsabilidade do jardineiro é cultivar
2) Cabe aos crentes produzir
"Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento. Por isso, nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento. Ora, o que planta e o que rega são um; mas cada um receberá o seu galardão segundo o seu trabalho.Porque nós somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus." (I Co 3. 6-9)
3) Os crentes devem ser produtivos
Para fazer isto duas coisas são necessárias:
a) "Toda a vara em mim, que não dá fruto, a tira..." (Jo 15.2)
b) O Corpo de Cristo não deve ser enfraquecido por aqueles que apenas professam mas se recusam a dar frutos.
4) A exigência é limpar, ou seja, podar
É necessário para que dê mais frutos. É a ação de Deus revelada na purificação moral dos verdadeiros crentes; o Pai, Deus, tira as varas inúteis e limpa aquelas (os crentes) que não dão frutos.
II - Muitos cristãos concordam que a Ética Cristã está na Bíblia
1) Qual é a ética da Bíblia?
2) Como passar da Bíblia para nossas vidas práticas dos tempos atuais?
3) Estamos convencidos de que o fato principal da narrativa bíblica é Jesus Cristo.
4) A Ética, vista de uma perspectiva bíblica, preocupa-se com o estilo de vida a ser seguido pela igreja que tem fé em Jesus Cristo.
5) A Igreja deve sua existência ao antigo Israel, pois seguindo o exemplo de Jesus, os primeiros cristãos viam a si mesmos como a continuação do que havia começado na época do Antigo Testamento.
III - Qual é a base deste relacionamento de amizade?
1) Não está no mérito nem no trabalho do homem;
2) "Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, ..." (Jo 15.15);
3) não se deseja negar ao homem a sua livre ação moral mas afirmar que fora de Cristo o homem é impotente;
4) Jesus nos nomeou para darmos frutos, e que os frutos permaneçam.
IV - Os discípulos e o ódio do mundo
1) O que é deste mundo aborrece a Jesus e a seus discípulos;
2) a palavra "mundo" aparece cinco vezes;
3) as pessoas do mundo aborrecem Jesus, não o mundo físico; quem o rejeitou foi seu próprio povo: "Veio para o que era seu, e os seus não o receberam." (Jo 1.11)
4) A rejeição de Jesus não foi uma mera frustração de conveniência política, ou o desejo de preservar as tradições;
5) esse ódio intenso foi porque Ele ensinava o Reino dos Céus e a sua mensagem penetrava diretamento no pecado egoísta deles.
Palavras de Jesus: "Se a mim me perseguram, também vos perseguirão a vós; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa." (Jo 15.20)
Pastor Antônio Dionízio
Presidente da Igreja Assembléia de Deus - Missões em Campo Grande
Presidente da Convenção Estadual de Ministros das Assembléias de Deus de Mato Grosso do Sul
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