quinta-feira, 18 de abril de 2013

AS BASES DO CASAMENTO CRISTÃO



Por Francisco A Barbosa

Lição 3 – As bases do casamento cristão



Lições Bíblicas do 2º Trimestre de 2013 - CPAD - Jovens e Adultos
Título: A Família Cristã no século XXI — Protegendo seu lar dos ataques do inimigo
Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto
Elaboração e pesquisa para a Escola Dominical da Igreja de Cristo no Brasil, Campina Grande-PB;
Postagem no Blog AUXÍLIO AO MESTRE: Francisco A Barbosa.

Lição 3 – As bases do casamento cristão
21 de abril de 2013

TEXTO ÁUREO
“Vós, maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela” (Ef 5.25). Paulo enfatiza que, especialmente no relacionamento conjugal, a submissão não deve ser apenas uma atitude unilateral, mas um relacionamento recíproco entre duas pessoas que amam a Deus e desejam agradá-Lo (oferecendo a Deus o sacrifício de uma vida santa). A entrega de Jesus, por nossa salvação eterna, ilustra de forma dinâmica a maneira pela qual o marido cristão deve dedicar-se carinhosamente ao bem-estar de sua esposa. Entregar-se à morte a favor da amada é uma manifestação mais sublime de devoção do que a exigida da esposa. Que mulher não seria submissa a um homem capaz de entregar sua própria vida para vê-la feliz? Bíblia King James Atualizada (BKJ), p.2288.

VERDADE PRÁTICA
O casamento cristão tem de ser edificado tendo como base o amor a Deus e ao próximo. Sem amor não há casamento feliz.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Efésios 5.22-28,31,33.
22 - Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor;
23 - Porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja: sendo ele próprio o salvador do corpo.
24 - De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seus maridos.
25 - Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela,
26 - Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra,
27 - Para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível.
28 - Assim devem os maridos amar a suas próprias mulheres, como a seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo.
31 - Por isso deixará o homem seu pai e sua mãe, e se unirá a sua mulher; e serão dois numa carne.
33 - Assim também vós cada um em particular ame a sua própria mulher como a si mesmo, e a mulher reverencie o marido.

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
  • Compreender qual é a verdadeira vontade divina para o casamento;
  • Conscientizar-se da importância do amor mútuo e verdadeiro para se estabelecer uma família, e
  • Enfatizar a importância da fidelidade conjugal no casamento.

PALAVRA-CHAVE
Amor Conjugal: O amor entre os cônjuges.

COMENTÁRIO

introdução

Nenhum tema é mais sensível ao coração de Deus do que aquele que, hoje, prende a atenção de todo cristão sensível e cheio do Espírito Santo: a prioridade da família. A fim de prevenir-se contra a imoralidade sexual, Deus ordenou o sagrado relacionamento do matrimônio. Na epístola aos Hebreus, as Escrituras ensinam: “venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula” (13.4) – Sem mácula contém mais do que uma aprovação do relacionamento conjugal, mas também vincula a responsabilidade do casal de preservar sua intimidade das práticas perversas e degradantes de uma sociedade lasciva. Tenhamos todos uma abençoada e frutífera aula!

I. A VONTADE DE DEUS PARA O CASAMENTO
1. Um plano global. O mandamento exarado em Gn 2.24 encerra profundos significados; Deixará conota uma mudança de prioridade da parte do marido. Apegar-se-á traz a ideia tanto de paixão como de permanência. Uma carne tem numerosas implicações, incluindo união sexual, geração de filhos, intimidade espiritual e emocional e demonstração de respeito de um para com o outro, assim como se respeita pais e outros irmãos. Isto é intensificado no Novo Testamento, onde fica evidente que os cônjuges cristãos também são irmão e irmã.
2. Os indicadores da vontade de Deus. Ao aconselhar os jovens em relação ao namoro, noivado e casamento, é preciso orientá-los para que tomem decisões conscientes. Nesse particular, é preciso buscar a vontade de Deus, cujos indicadores são:
a) A Paz de Deus no coração. Em sua prática de amor, perdão e bondade, a comunidade cristã deve ser uma vítima da reconciliação e paz que Cristo trouxe entre o céu e a terra e entre uma humanidade dividida (Cl 1.20-22; 2.14-15; 3.11,13).
b) O comportamento pessoal. Pessoalmente, deve-se ser revestido de ternos afetos: um relacionamento que envolve emoção e cuidado para com todos cujas vidas encontram-se machucadas e abatidas; bondade: prontidão em fazer o bem, mesmo quando possa ser imerecido (Rm2.4; Tt 3.4); mansidão: ou brandura; longanimidade: boa-vontade para agir com tolerância diante da fraqueza humana (Rm 2.4; 1Tm 1.16).
c) Naturalidade. Nesse ponto, nos serve o conselho de Paulo as viúvas: quando aquelas estariam livres para casar-se com quem quisessem, com uma única consideração é que se ela casasse novamente, seu novo esposo deve ser um crente. Orar para que Deus encaminhe o relacionamento é dever de todo crente, mas preocupar-se ao ponto de buscar “profetas” demonstra apenas falta de fé no Deus que é Provedor e que zela pelos seus.
d) Os princípios de santidade. Neste ponto, aplica-se aqui o conceito da Igreja como o novo templo onde Deus habita (1Co3.16). Apesar de devermos estar conscientes desse caráter pessoal da residência do Espírito Santo em nós, a ênfase das Escrituras recai sobre a identidade coletiva do povo de Deus como um templo santo e como uma casa espiritual (Ef 2.19-22; 1Pe 2.4,5). Assim, deve-se cuidar para não pecar contra o corpo, que é templo do Espírito Santo. A união física envolvida na imoralidade sexual reveste-se de consequências especiais, porquanto interfere com a nossa identidade cristã como pessoas que foram unidas a Cristo por intermédio do Espírito Santo. O sexo antes e fora do casamento é pecado (Êx 20.14; 1 Ts 4.3). E a virgindade, tanto do rapaz, quanto da moça, continua a ser muito importante aos olhos de Deus.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Deus ordenou, logo no princípio, que o homem deixasse pai e mãe e se unisse à sua mulher, para que ambos sejam “uma só carne”.

II. O AMOR VERDADEIRO NO CASAMENTO
1. O dever primordial do casal. As instruções específicas que o apóstolo Paulo dá a maridos e esposas são um vislumbre do Noivo e da noiva – um modelo celeste para todos os casamentos na terra. Sendo marido, como devo me comportar em relação à minha esposa? Olhe para Cristo, o noivo divino, em seu relacionamento com a Igreja: ame-a, faça sacrifícios por ela, ouça suas preocupações, cuide dela; seja tão sensível às necessidades e dores dela como você o é com seu próprio corpo. Sendo esposa, como devo me comportar em relação ao meu esposo? Olhe para a noiva escolhida, a Igreja em seu relacionamento com Cristo: respeite-o, reconheça sua qualidade de “chefe” da família, responda à sua liderança, ouça-o, louve-o, esteja unida a ele em propósito e vontade, ajude-o de verdade (Gn 2.18). Nenhum marido ou esposa consegue fazer isso por simples força de vontade ou resolução, mas como você (incluindo seu casamento) é “feitura sua” (Ef 2.8-10), Deus os ajudará a alcançá-lo. [Bíblia de Estudo Plenitude, p.1230]
2. O amor gera união plena. Quando a Bíblia apresenta o relacionamento entre o Pai e Jesus, ela está mostrando como marido e esposa devem se relacionar. Marido e esposa devem compartilhar um amor mútuo (Jo 5.20; 14.31). Apesar de terem papéis diferentes no casamento, marido e esposa são iguais: eles devem viver em unidade (Jo 10.30; 14.9,11), estimar-se um ao outro (Jo 8.49,54). Adão e Eva foram criados mutuamente interdependentes, e assim, juntos, eles criam a humanidade de maneira completa.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
O marido que não ama a esposa não pode dizer que obedece a Palavra de Deus.

III. A FIDELIDADE CONJUGAL
1. Fator indispensável à estabilidade no casamento. A área mais sensível do bom relacionamento conjugal é a sexualidade, um aspecto incomparavelmente profundo da personalidade, envolvendo todo o ser de uma pessoa. A imoralidade sexual tem efeitos de longo alcance, com grande significado espiritual e complicações sociais. Relação sexual é mais do que uma experiência biológica; ela envolve uma comunhão de vida, por isso mesmo, é expressamente recomendado por Paulo: “Fugi da prostituição” (1Co 6.18). Além da fidelidade conjugal na área sexual, o lar cristão deve ser a continuação da igreja, e verdadeiramente o é, assim, o relacionamento entre os membros da família deve ser tão santo em casa, quanto na igreja. A fidelidade é indispensável para que se mantenham inabaláveis os alicerces do lar – todos fiéis uns aos outros.
2. Cuidado com os falsos padrões. Os prejuízos causados pelos falsos padrões têm sido imensos. O modo de vida e o “mundo do faz de conta” onde vivem os artistas tem influenciado drasticamente essa geração. Não é raro vermos frequentadores da mídia opinando sobre assuntos controversos e, quase maioria, favorável a um modo de vida contrário ao estabelecido pelas Escrituras, defendendo novas “configurações familiares”, seguindo aqueles que desprezam e debocham dos princípios divinos. Biblicamente, Deus sustenta a aliança matrimonial. Quando duas pessoas se casam, Deus mesmo se coloca como uma testemunha do casamento, selando-o com a palavra mais forte possível: concerto ou aliança. A aliança fala sobre a fidelidade e compromisso contínuos. Ela fica como uma sentinela divina sobre o casamento, para bênção ou para julgamento. Para o mundo separado de Deus, o padrão é a busca pelo prazer e felicidade, se for preciso, com o divórcio. O padrão divino, contudo, descreve o divorcio como violência. Iniciar o divórcio causa violência ao propósito de Deus para o casamento e ao cônjuge a quem alguém se ajuntou.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
O verdadeiro padrão do amor conjugal que deve ser seguido por todos, sobretudo pelo cristão, é o mesmo que o de Cristo pela Igreja.

CONCLUSÃO

No casamento cristão, o modelo do marido é o Noivo divino; o modelo da esposa é a igreja. Nesse mister, o poder e a autoridade de Deus colocam-se contra qualquer inimigo que venha a ameaçar o matrimônio, isso porque o próprio Deus é o Protetor e o Provedor; o marido que olha para Deus, nele encontrará a inspiração e o poder necessários para a sua família. Família é uma palavra arraigada em Deus: Quando um homem e uma mulher se unem em casamento, Deus lhes estende este nome que, em essência, lhe pertence. Marido, mulher e filhos vivem de acordo com o verdadeiro significado desse nome e refletem a natureza e vida da divina família em sua família humana. N’Ele, que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8),

Graça e Paz a todos que estão em Cristo!

Francisco de Assis Barbosa
Cor mio tibi offero, Domine, prompte et sincere
Meu coração te ofereço, Senhor, pronto e sincero (Calvino)

Recife-PE
Abril de 2013.

EXERCÍCIOS
1. Quando o marido se torna “uma só carne” com a esposa?
R. Durante o ato conjugal.
2. Cite pelos menos três indicadores da vontade divina no relacionamento.
R. Paz de Deus no coração, o comportamento pessoal e naturalidade.
3. Como deve ser o amor do marido pela esposa?
R. O amor à esposa, ordenado pelas Escrituras, deve ser o mais elevado possível. É semelhante ao amor de Cristo pela Igreja: “Como também Cristo amou a Igreja”.
4. O que é indispensável à estabilidade no casamento?
R. A fidelidade conjugal.
5. Qual é o verdadeiro padrão do amor conjugal?
R. O verdadeiro padrão do amor conjugal é o de Cristo para com a Igreja!

NOTAS BIBLIOGRÁFICAS

OBRAS CONSULTADAS:
-. Lições Bíblicas do 2º Trimestre de 2013, Jovens e Adultos: A Família Cristã no século XXI — Protegendo seu lar dos ataques do inimigo; Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima; CPAD; -. LIMA, Elinaldo Renovato de. A Família Cristã nos dias atuais. 7 ed. 2004, RJ: CPAD;
-.CRUZ, E. Sócios, Amigos & Amados. Os três pilares do casamento. 1 ed., RJ: CPAD, 2005;
-.YOUNG, E. Os Dez Mandamentos do Casamento: O que fazer e o que não fazer para manter uma aliança por toda a vida. 1 ed., RJ: CPAD, 2011.
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Francisco de Assis Barbosa

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