21 de novembro de 2010
TEXTO ÁUREO |
“E aconteceu que, naqueles dias, subiu ao monte a orar e passou a noite em oração a Deus” (Lc 6.12). |
- Mais uma vez Lucas enfatiza o fato de Jesus orar em momentos críticos. Constantemente, Jesus procurava estar a sós em oração com o Pai, principalmente nos momentos de grandes decisões (5.16). Uma noite inteira em fervente oração dará resultados surpreendentes (Tg 5.16). Depois de passar aquela noite em oração, Jesus escolheu os doze para serem seus apóstolos (vv. 13-16), curou muitos que estavam enfermos (vv. 17-19) e pregou seu sermão mais conhecido (vv. 20-49). Se Jesus, o perfeito Filho de Deus, passou uma noite toda em oração ao Pai, para tomar uma importante decisão, quanto mais nós, com nossas fraquezas e nossos fracassos, precisamos orar muito e cultivar uma íntima comunhão com nosso Pai celestial. Observemos que foi oração a Deus, isto é, a oração de Jesus tinha endereço certo. Muitas orações não são respondidas porque não têm o destino certo; estão com o endereço errado, ou não têm endereço nenhum. BEP |
VERDADE PRÁTICA |
A expansão contínua do evangelho completo é um distintivo da igreja que não se descuida da oração. |
João 17.1-4; 15-17; 20-22
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
- Identificar os elementos que evidenciam uma vida de comunhão com Deus;
- Explicar as razões que levaram Jesus a orar por perseverança, alegria e livramento;
- Compreender que por meio da oração o crente é santificado.
PALAVRA-CHAVE |
INTERCESSOR Aquele que suplica por outro ou que intervém em favor de outro. |
COMENTÁRIO
João 17 contém a oração final de Jesus por seus discípulos. Este texto revela os desejos e anseios mais profundos de nosso Senhor por seus seguidores, tanto naquela ocasião como agora. Além disso, esta oração é um exemplo inspirado pelo Espírito de como todo pastor deve orar por seu povo e como todo pai deve orar por seus filhos. Ao orarmos pelos que estão sob nossos cuidados, nossos propósitos principais devem ser para que conheçam intimamente a Jesus Cristo e à sua Palavra (vv. 2,3,17,19), para que Deus os preserve do mundo, da apostasia, de Satanás, do mal e das falsas doutrinas (vv. 6,11,14-17), para que tenham continuamente a alegria de Cristo (v. 13); para que sejam santos em pensamento, ações e caráter; para que sejam um (vv. 11, 21, 22); para que levem outros a Cristo (vv. 21,23); para que perseverem na fé e, finalmente, habitem com Cristo no céu (v. 24) para que permaneçam constantemente no amor e na presença de Deus (v. 26). Boa Aula!
(II. DESENVOLVIMENTO)
1. Relacionamento com Deus (Jo 17.2,3). Relacionamento é correspondência, trato amistoso, ou convivência, relações íntimas com alguém. Relacionamento com Deus quer dizer convivência com Ele. É trato diário com o Senhor, tornando-se familiar essa relação de amizade (Sl 25.14 e Nm 12.5-8). A vida consiste na comunhão com Deus ‘que nos criou para Ele mesmo, de modo que nossas almas não descansam até que descansem nEle’, como disse Agostinho. Conhecer a Deus, como freqüentemente nas Escrituras, significa mais do que uma percepção intelectual; envolve afeição e compromisso também. Ao colocar-se junto com o Pai como fonte de vida eterna, Cristo afirma a sua própria divindade. “Ó que todos os crentes tivessem como prioridade cada vez maior responder essa pergunta! Que eles se juntassem àqueles na história da igreja que se aprofundaram em seu relacionamento com Deus! Citarei John Owen como um exemplo. Ele escreveu um livro chamado Comunhão com Deus que é um jeito antiquado de dizer "relacionamento com Deus." O que um relacionamento com Deus significa é que nós recebemos comunicações de Deus sobre Ele tanto através da Sua Palavra como através da história. Ele vem até nós em Jesus Cristo, no Seu ensino, na Sua cruz, nos Seus apóstolos, através da Sua Palavra, e Ele está falando conosco. E o Seu falar é tornado vital para nós pela presente presença do Espírito Santo que habita dentro de nós. Isso é a metade do relacionamento. Ele toma a iniciativa.” John Piper.
2. Meditação e prática da Palavra de Deus (Jo 17.6). “Habite , ricamente em vós a Palavra de Cristo”. (Cl 3.16). Como vimos, não é exagero ler demais a Palavra de Deus, mas sim uma necessidade. Ler a Bíblia, absorver a Bíblia, ingerir a Palavra é uma ordem de Deus para nós. Sem a Palavra não há relacionamento com Deus. Nela encontramos o próprio Deus, encontramos o nosso começo com Cristo, salvação. Com ela alimentamos o nosso relacionamento com Deus que deve ser forte e constante. Com ela haverá quebrantamento, regozijo e emoções sensibilizadas pelo Espírito Santo. A Palavra é instrumento de restauração, de libertação, de cura para nossa alma doente. É à base de tudo. Ela fortalece o espírito, conforta a nossa alma, fortalece a personalidade por dentro até Cristo fluir. A Palavra não pode ser apartada do tratamento interior que o Espírito Santo faz e quer fazer em cada crente e que dura à vida inteira. Ela é remédio para nossa alma marcada pelo pecado. Ela gera paz, poder, prosperidade, alegria saúde, força, vitória (Js 1.6-8, Pv 4.20-23). A ordem de Deus para Josué foi ser forte, corajoso para herdar a terra, mas apresentou o meio para essa conquista – fazer e não desviar da Palavra para que fosse bem sucedido. E continuou: Falar constantemente, Meditar e Fazer o que a Lei ordenava para fazer Prosperar o Seu Caminho. A nossa alma tem sede da Palavra, e ela deverá ocupar lugar central na vida da cada crente se quiser vitória. O grande problema de muitos crentes é desprezar a Palavra, se empobrecendo espiritualmente e até sendo ponto de interrogação quanto a sua vida cristã. Também o desvalor pela Palavra abre um espaço enorme para Satanás atacar, agir em nossa vida. Qual é a sua brecha? Tem fraquejado? Ler a Palavra devagar, meditando, examinando (João 5:39), extraindo o seu ensino, anotando, descobrindo verdades ocultas para você. Isso significa alimentar-se da Palavra de Deus, relacionar-se com Ele. “Um relacionamento com Deus fundamentalmente acontece pelo Espírito, através da Palavra. Não tente correr para longe da Bíblia tentando achar uma relação com Deus nos bosques ou em algum tipo de encontro estético com a natureza ou em alguma grande obra de arte. Tudo isso é suplementar. Sim, os céus manifestam a glória de Deus (Salmo 19:1). De fato, Deus usa arte e poesia de qualidade para nos despertar. Mas se nós não centrarmos na Bíblia, onde ele fala autoritativa e infalivelmente, então nosso relacionamento tornar-se-á distorcido pelo erro e pelo pecado. Portanto, deixe a Bíblia ser o lugar onde Deus encontra e fala com você e deixe a Bíblia ser o lugar onde você fala de volta para Ele. O relacionamento reside nesta comunhão: Ele para nós e nós para Ele. E isso ocorre o tempo todo ao longo do dia. Nós nos lembramos quando estamos desencorajados: "não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel.” (Isaías 41:10). Você se lembra dessas palavras e as traz à memória, porque elas vêm de uma promessa na Bíblia. Então você diz: "Obrigado Senhor. Eu darei este passo de obediência." E naquele momento desfrutou-se de um relacionamento e uma comunhão foi experimentada. E é assim que você caminha dia após dia com Deus por esta vida”. John Piper, http://www.desiringgod.org/resource-library/resources/what-does-it-mean-to-have-a-relationship-with-god
3. Uma vida que glorifique a Deus (17.4). Glorificar a Deus é o propósito de nossas vidas, para Sua Glória fomos criados. E a Bíblia está repleta de indicações, por exemplo, em Isaías 43:7 "... eu os criei para minha glória..."; em 1 Coríntios 10:31 "quer comais, quer bebais ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus". Glorificar a Deus significa, honrá-Lo através do que falamos, agimos, e pensamos; glorificar a Deus é reconhecer a Sua importância e valorizá-Lo acima de todas as coisas, fazendo-O também conhecido à outras pessoas, para que de igual modo, aprenda a glorificá-Lo. Glorificar a Deus é também ter um coração grato. Podemos glorificá-Lo também através da nossa fé, com a total confiança de que Ele estará conosco sempre e nunca nos abandonará, apesar de qualquer circunstância. Podemos glorificá-Lo através de nosso amor, através da busca em conhecê-Lo mais, e do desejo de obedecê-Lo. Deus nos criou e nos redimiu; pertencemos a Ele, e Ele conhece cada um de nós pelo nome (Is 43. 1). Diante de problemas difíceis, não seremos vencidos, pois Ele está conosco (Is 43. 2,5). Somos preciosos e honrados à sua vista, e objetos do seu grande amor (Is 43. 4). O objetivo principal da vida do crente é agradar a Deus e promover a sua glória. Sendo assim, aquilo que não pode ser feito para a glória de Deus (i.e., em sua honra e ações de graças como nosso Senhor, Criador e Redentor) não deve ser feito de modo nenhum. Honramos a Deus mediante nossa obediência, ações de graças, confiança, oração, fé e lealdade a Ele. Viver para a glória de Deus deve ser uma norma fundamental em nossa vida, o alvo da nossa conduta, e teste das nossas ações.
“À medida que nos relacionamos intimamente com o Senhor por meio da oração e da meditação em seus mandamentos, o seu caráter vai sendo moldado em nós” Eliezer de Lira e Silva[1]
SINÓPSE DO TÓPICO (1)
Uma vida de comunhão com Deus é evidenciada por um relacionamento íntimo com Ele mediante a oração e a leitura bíblica.
1. Perseverança (Jo 17.11,12). Todo cristão deseja ter a certeza da salvação, ou seja: a certeza de que, quando Cristo voltar ou a morte chegar, esse cristão irá estar com o Senhor, no céu (Fp 1.23; 2Co 5.8). João ao escrever sua primeira epístola esclarece-nos que o povo de Deus pode ter esta certeza (1Jo 5.13); ele declara que seu propósito ao escrever esta epístola é prover ao povo de Deus o ensino bíblico sobre a certeza da salvação. Temos a certeza da vida eterna quando cremos “no nome do Filho de Deus” (5.13; cf. 4.15; 5.1, 5). Não há vida eterna, nem certeza da salvação, sem uma fé inabalável em Jesus Cristo; fé esta que o confessa como o Filho de Deus, enviado como Senhor e Salvador nosso.
2. Alegria (Jo 17.13). O crente deve regozijar-se e fortalecer-se, meditando na graça do Senhor, sua presença e promessa. A alegria é parte integrante da nossa salvação em Cristo. É paz e prazer interiores em Deus Pai, Filho e Espírito Santo, e na bênção que flui de nosso relacionamento com Eles (cf. 2Co 13.14). Os ensinos bíblicos a respeito da alegria incluem a alegria associada à salvação que Deus concede em Cristo (1Pe 1.3-6; cf. Sl 5.11; 9.2; Is 35.10) com a Palavra de Deus (Jr 15.16; cf. Sl 119.14). A alegria flui de Deus como um dos aspectos do fruto do Espírito (Sl 16.11; Rm 15.13; Gl 5.22). Logo, ela não nos vem automaticamente. Nós a experimentamos somente à medida que permanecemos em Cristo (Jo 15.1-11). Nossa alegria se torna maior quando o Espírito Santo nos transmite um profundo senso da presença e do contato com Deus em nossa vida (cf. Jo 14.15-21). Jesus ensinou que a plenitude da alegria está intimamente ligada à nossa permanência na sua Palavra, à obediência aos seus mandamentos (Jo 15.7,10,11) e à separação do mundo (Jo 17.13-17). A alegria, como deleite na presença de Deus e nas bênçãos da redenção, não pode ser destruída pela dor, pelo sofrimento, pela fraqueza nem por circunstâncias difíceis (Mt 5.12; At 16.23-25; 2 Co 12.9).
“Se tivermos toda a Bíblia e nenhuma oração, teremos um grande monte de verdade, mas nenhum poder. Seria como ‘luz sem calor’. Por outro lado, se tivermos toda oração, porém nenhum ensino bíblico, estaremos em perigo de nos tornarmos fanáticos – calor sem luz!” Warren W Wiersbe[2]
SINÓPSE DO TÓPICO (2)
Em sua oração intercessória, Jesus suplicou a Deus que concedesse aos discípulos livramento, alegria e perseverança.
1. Santidade (Jo 17.17,19). Deus é santo, e as qualidades de Deus devem ser as qualidades do seu povo. A idéia principal de santidade é a separação dos modos ímpios do mundo e dedicação a Deus, por amor, para o seu serviço e adoração. Ser santo é estar separado do pecado e consagrado a Deus. É ficar perto de Deus, ser semelhante a Ele, e, de todo o coração, buscar sua presença, sua justiça e a sua comunhão. Acima de todas as coisas, a santidade é a prioridade de Deus para os seus seguidores (Ef 4.21-24). A santidade foi o propósito de Deus para seu povo quando Ele planejou sua salvação em Cristo (Ef 1.4). A santidade foi o propósito de Cristo para seu povo quando Ele veio a esta terra (Mt 1.21; 1 Co 1.2,30). A santidade foi o propósito de Cristo para seu povo quando Ele se entregou por eles na cruz (Ef 5.25-27). A santidade é o propósito de Deus, ao fazer de nós novas criaturas e nos conceder o Espírito Santo (Rm 8.2-15; Gl 5.16-25, Ef 2.10). Sem santidade, ninguém poderá ser útil a Deus (2 Tm 2.20,21). Sem santidade, ninguém terá intimidade nem comunhão com Deus (Sl 15.1,2). Sem santidade, ninguém verá o Senhor. Lv 11.44 apresenta as instruções no tocante ao alimento puro e impuro (i.e., apropriado e impróprio) dadas, segundo parece, por motivos de saúde; mas também são padrões para ajudar Israel a permanecer como um povo separado da sociedade ímpia ao seu derredor (cf. Dt 14.1,2). Essas instruções sobre alimentos já não são obrigatórias para o crente do NT, posto que Cristo cumpriu o significado e o propósito delas (cf. Mt 5.17; 15.1-20; At 10.14,15; Cl 2.16; 1 Tm 4.3). Contudo, os princípios inerentes nessas instruções continuam válidos hoje. O cristão hodierno deve diferir da sociedade em derredor quanto a comer, beber e vestir-se, de tal modo que glorifiquem a Deus no seu corpo (cf. 1 Co 6.20; 10.31) e pela rejeição de todos os costumes pecaminosos sociais dos ímpios. O crente precisa ser "santo em toda a vossa maneira de viver" (1 Pe 1.15). A ênfase nos detalhes à pureza cerimonial ressaltava a necessidade da separação moral do povo de Deus, em pensamento e obras, em relação ao mundo ao seu redor (Êx 19.6; 2 Co 7.1). Todos os aspectos da nossa vida devem ser regulados pela vontade de Deus (1Co 10.31). A santidade é o alvo e o propósito da nossa eleição em Cristo (Ef 1.4); significa ser semelhante a Deus, ser dedicado a Deus e viver para agradar a Deus (Rm 12.1; Ef 1.4; 2.10; ver Hb 12.14). É o Espírito de Deus que realiza em nós a santificação, que purifica do pecado nossa alma e nosso espírito, que renova em nós a imagem de Cristo e que nos capacita, pela comunicação da graça, a obedecer a Deus segundo a sua Palavra (Gl 5.16,22,23,25; Cl 3.10; Tt 3.5; 2 Pe 1.9)
2. Unidade (Jo 17.21,22). A união em favor da qual Jesus orou não era a união de igrejas e organizações, mas a espiritual, baseada na permanência em Cristo (v. 23); amor a Cristo (v. 26); separação do mundo (vv. 14-16); santificação na verdade (vv. 17-19); receber a verdade da Palavra e crer nela (vv. 6,8,17); obediência à Palavra (v. 6); e o desejo de levar a salvação aos perdidos (vv. 21,23). Faltando algum desses fatores, não pode haver a verdadeira unidade que Jesus pediu em oração. Jesus não ora para que seus seguidores "se tornem um", mas para que "sejam um". Trata-se do subjuntivo presente[3] e significa "continuamente ser um". União essa que se baseia no relacionamento que todos eles têm com o Pai e o Filho, e na mesma atitude basilar que têm para com o mundo, a Palavra e a necessidade de alcançar os perdidos (cf. 1 Jo 1.7). Intentar criar uma união artificial por meio de reuniões, conferências ou organização centralizada, pode resultar num simulacro da própria união em prol da qual Jesus orou. Ele tinha em mente algo muito mais do que "reuniões de unificação", ou seja, de união artificial. É uma união espiritual de coração, propósito, mente e vontade dos que estão totalmente dedicados a Cristo, à Palavra e à santidade. "A unidade do Espírito" não pode ser criada por nenhum ser humano. Ela já existe para aqueles que creram na verdade e receberam a Cristo, conforme Paulo proclama nos capítulos 1-3 de Efésios. Aquela igreja devia guardar e preservar essa unidade, não mediante os esforços ou organizações humanas, mas pelo andar "como é digno da vocação com que fostes chamados" (Ef 4. 1). A unidade espiritual é mantida pela lealdade à verdade e o andar segundo o Espírito (Gl 5.22-26). Não pode ser conseguida "pela carne" (Gl 3.3).
3. Frutificação espiritual (Jo 17.18). Quando uma pessoa crê em Cristo e recebe o seu perdão, recebe a vida eterna e o poder de estar ou permanecer n’Ele. Tendo esse poder, o crente precisa aceitar sua responsabilidade quanto à salvação e permanecer em Cristo. Assim como a vara só tem vida enquanto a vida da videira flui na vara, o crente tem a vida de Cristo somente enquanto esta vida flui nele pela sua permanência em Cristo. A palavra grega aqui é meno, que significa "continuar", "permanecer", "ficar", "habitar". As condições mediante as quais permanecemos em Cristo são:
a. conservar a Palavra de Deus continuamente em nosso coração e mente, tendo-a como o guia das nossas ações;
b. cultivar o hábito da comunhão constante e profunda com Cristo, a fim de obtermos dEle forças e graça;
c. obedecer aos seus mandamentos e permanecer no seu amor e amar uns aos outros;
d. conservar nossa vida limpa, mediante a Palavra, resistindo a todo pecado, ao mesmo tempo submetendo-nos à orientação do Espírito Santo (v. 3; 17.17; Rm 8.14; Gl 5.16-18; Ef 5.26; 1 Pe 1.22). BEP, nota Jo 15.4.
Na oração sacerdotal de Jesus, Ele intercedeu ao Pai pela santidade, unidade e frutificação espiritual de sua Igreja.
(III. CONCLUSÃO)
Na oração sacerdotal o Senhor Jesus depois de haver orado pelos discípulos que já criam e caminhavam com Ele, orou também por todos aqueles que ainda haveriam de vir a crer n´Ele através da pregação da Palavra. Ele orou ao Pai rogando por nós, muitos anos antes de nascermos, e antes que viéssemos a abraçar a fé. Ele não rogou por todas as pessoas do mundo, como está escrito no verso 17:9, mas sim por todos aqueles que pelo Pai lhe foram dados (Jo 17.6 e 9); pelos que já criam, e pelos que ainda viriam a crer. Ele rogou por todos os que Ele de antemão conheceu na Sua Onisciência! Ele rogou por nós!
[1] Eliezer de Lira e Silva, Pastor Auxiliar na AD em Curitiba (PR). Conferencista, professor de Homilética, palestrante em Escolas Bíblicas de Obreiros. Diretor do Projeto Missionário Ide e Ensinai, em Moçambique, África. Comentarista da revista Lições Bíblica de Escola Dominical pela CPAD.
[2] Warren Wendel Wiersbe é um pastor norte-americano, teólogo, conferencista e um grande escritor de literatura cristã e trabalhos teológicos. Warren Wiersbe fez mais dois doutorados honorários e tem acumulado em sua biblioteca pessoal mais de dez mil livros; às vezes referido como "pastor dos pastores", o Dr. Wiersbe tornou-se um bem conhecido e confiável teólogo bíblico e estudioso nos círculos do Fundamento Evangélico.
[3] O subjuntivo presente expressa ações incertas, hipotéticas ou desejadas no presente. O modo subjuntivo contrasta com o indicativo e para entender as diferenças entre um e outro, vamos analisar a série a seguir: Garanto que ele trabalha. Suponho que ele trabalhe. Espero que ele trabalhe. Duvido que ele trabalhe. Na primeira frase do exemplo, o verbo em negrito está no indicativo presente, pois a ação expressa é certa, confirmada no presente. Nas demais frases, o tempo empregado foi o subjuntivo presente, pois expressam hipótese, desejo, dúvida sobre o que ocorre no presente.
APLICAÇÃO PESSOAL
É edificante saber que naquele momento lindo e tão profundo de intercessão, o Senhor Jesus pensava em nós, e também em todos aqueles que ainda virão a crer n´Ele. Nos conforta e nos encoraja ainda mais saber que, na Sua Onisciência, Ele sempre nos vê, e permanentemente se lembra de nós, e de todos os que pelo Pai lhe foram dados. Ainda hoje, Ele vive junto ao Pai, intercedendo por nós... "Por isso também pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles." Hb 7.25. Quer dizer, Ele está sempre nos acompanhando com o seu olhar de amor, nos guardando do mal, nos livrando das ciladas do inimigo, e pronto a estender a Sua Bondosa Mão para nos socorrer em nossas necessidades, problemas, dores e sofrimentos! Diante de tão grande prova de amor, o que temos a fazer é nos aproximarmos mais e mais deste Deus Maravilhoso, amá-Lo acima de todas as coisas, entrar nos seus átrios com adoração, ações de graças, salmos, e hinos de louvor. Opus-me fortemente às doutrinas da eleição, redenção particular (também chamada de expiação limitada) e graça para perseverança até o fim. Agora, porém, fui levado a examinar essas verdades preciosas pela Palavra de Deus. Tenho sido levado a não procurar nenhuma glória própria na conversão do ímpio, mas tão somente a me considerar como um mero instrumento, e havendo sido disposto a aceitar o que as Escrituras dizem, eu me aproximei da Palavra, lendo o Novo testamento desde seu início, com referência em particular a essas verdades. Qual não foi minha surpresa, as passagens que falam diretamente sobre eleição e graça perseverante são cerca de quatro vezes mais abundantes do que as que aparentemente falam contra essas verdades. E após refletir não por breve tempo, compreendi as doutrinas referidas. Quanto ao feito que minha crença nessas doutrinas teve em minha vida, sou constrangido a afirmar, para a glória de Deus, que embora seja ainda muito fraco, e de forma alguma tão morto para a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida quando deveria ser, ainda assim, pela graça de Deus, tenho andado ainda mais perto dEle desde esse período. Minha vida não tem sido tão inconstante e posso dizer que tenho vivido muito mais para Deus do que antes.
Crendo N’Aquele que é galardoador dos que o buscam (Hb 11.6),
Francisco A Barbosa
EXERCÍCIOS
1. O que a oração sacerdotal de Jesus expressa?
R. Os sentimentos, pensamentos e vontades mais íntimas do Mestre em relação aos seus discípulos.
2. Qual a melhor maneira de conhecer o Pai?
R. A melhor maneira de conhecer o Pai e a sua vontade para seus filhos é meditar em sua Santa Palavra.
3. O que o crente deve fazer para não entrar em tentação?
R. Orar e vigiar, “em todo o tempo” (Ef 6.18).
4. Por que o Senhor exige santificação de seu povo?
R. Para adorá-lo e servi-lo.
5. É possível um cristão fiel não produzir frutos?
R. Não, pois aquele que está em Cristo – a Videira Verdadeira – naturalmente produz frutos da mesma espécie.
Boa aula!
BIBLIOGRAFIA PESQUISADA
- Lições Bíblicas 4º Trim. Livro do Mestre CPAD (http://www.cpad.com.br);
- Max Lucado, "A Grande Casa de Deus" – Rio de Janeiro: CPAD, 2001;
- A Oração de Jesus, Hank Hanegraaff, 1ª edição - 2002, Rio de Janeiro, CPAD;
- Stamps, Donald. Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD;
- Bíblia de Estudo Genebra. São Pulo e Barueri, Cultura Cristã e SBB, 1999;
- (HORTON, Stanley M (ed). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro. 12.ed. CPAD, 2009, pp. 600-1).
- Hybels, Bill. Ocupado Demais para Deixar de Orar / Bill Hybels; Tradução Magaly Fraga Moreira. Campinas, SP: Editora United Press, 1999.
- Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2004.
- BRANDT, Robert L.; BICKET, Zenas J. Teologia Bíblica da Oração. 4. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2006.
- GEORGE, Jim. Orações Notáveis da Bíblia. 1. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2007.
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