quinta-feira, 7 de abril de 2011

NOMES, SIMBOLOS, DO ESPIRITO SANTO




NOMES, SIMBOLOS, DO ESPIRITO SANTO

TEXTO ÁUREO = “Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas”  (1 Co 12.11).

VERDADE PRÁTICA = A pluralidade de nomes do Espírito não o despersonaliza, mas expressa a dimensão das suas operações.

LEITURA EM CLASSE = ROMANOS 8.9-17

INTRODUÇÃO

Nesta lição, estudaremos os vários nomes concedidos ao Espírito Santo. Assim, entenderemos as suas atividades.

I. A PLURALIDADE DOS SEUS NOMES

1. Um só Espírito (Ef 4.4). Deus é Espírito auto-existente (1 Co 12.11). Ele não se apresenta com um único nome, porque sua função é revelar o amor do Pai, através de Jesus Cristo. Em toda a Bíblia, encontramos pronomes pessoais e demonstrativos que o identificam. Em João 16.8,13,14, encontramos “ekeinos”, em grego, que significa “aquele”. Jesus referia-se ao Espírito que viria, depois que Ele completasse sua obra redentora e voltasse para o seio do Pai celestial.
Declara a Bíblia: “Um só e o mesmo Espírito”. Os nomes não falam de vários espíritos, mas se referem ao que opera todas as coisas.

2. O que expressam os seus nomes. Falam de sua ligação com o Pai, tais como: “Espírito de Deus”; “Espírito do Senhor”; “Espírito do nosso Deus”. Também encontramos os que provam sua vinculação com o Filho, como: “Espírito de Cristo”; “Espírito de Jesus Cristo”; “Espírito de seu Filho”, etc. Há nomes que expressam sua divindade (2 Co 3.18; Hb 9.14). Títulos que expressam a obra que Ele realiza na vida dos que servem a Cristo (Rm 8.2,15; Ef 1.17; 2 Tm 1.7; Hb 10.29; Ap 11.11).

3.0 que significa Espírito Santo. “Espírito” indica a sua natureza. Diz respeito ao que Ele é em si mesmo. “Santo” refere-se a sua qualidade. Fala do que Ele realiza: A santificação dos que desejam ser santos (1 Pe 1.2).

II. OS SETE ESPÍRITOS DE DEUS

Parece, à primeira vista, que a frase “sete espíritos de Deus”, de Apocalipse 1.4; 4.5 e 5.6, choca-se com a declaração da existência de um só Espírito. Porém, a pluralidade do termo “espíritos” refere-se a sete manifestações do Espírito Santo entre os homens. O número “sete” fala de plenitude, totalidade. São as formas múltiplas e distintas do mesmo Espírito. Dentro do contexto doutrinário, estes “sete espíritos de Deus” expressam e manifestam a UNIDADE do Espírito Santo. Percebemos que a expressão “sete espíritos” significa o Espírito Santo em sua natureza essencial, da mesma forma que as “sete igrejas”. Vemos o Espírito Santo em Apocalipse 1.4, não na unicidade de sua pessoa, mas na diversidade e plenitude das suas operações. Em Apocalipse 4.5, mais uma vez, a expressão “sete espíritos de Deus” é citada com o sentido figurado, para ilustrar a diversidade das operações do Espírito nos juízos de Deus. Jamais limitemos as operações do Espírito a sete modalidades, porque elas são múltiplas. Os números na Bíblia não devem ser estabelecidos como regra doutrinária. Eles são simbólicos e representativos.Por isso, a expressão “sete espíritos de Deus” não fere a unidade do Espírito, mas revela a sua diversidade nas operações.

III. NOMES QUE IDENTIFICAM O ESPÍRITO SANTO

Há quem declare existir apenas quatro nomes significativos que se referem à terceira pessoa da Trindade: Espírito Santo, Espírito de Deus, Espírito de Cristo, Consolador. Porém, há outros nomes que identificam a pessoa e a divindade do Espírito. Vejamos:

1. Espírito de Deus (1 Co 3.16; 1 Jo 4.2). Os dois nomes ESPIRITO e DEUS indicam quem é e o, que faz o Espírito Santo. O primeiro, identifica a terceira pessoa da Trindade. O segundo revela sua deidade (Gn 1.2; 1 Co 2.11). O Espírito é chamado Deus, porque a divindade pertence às três pessoas da Trindade. Intitula- se Espírito de Deus, porque é enviado pelo Pai (Jo 15.26). Ele é a sua promessa (At 1.4). Em Atos 28.25,26, o apóstolo Paulo identifica a mensagem profética de Isaías 6.8,9, como a voz do “Espírito de Deus”. Em 1 João 4.2, distinguimos as três pessoas da Trindade: “Nisto conhecereis o Espírito de Deus; todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus”. A importância deste nome é a identificação e a declaração de que o Espírito é Deus, visto que o Espírito procede do Pai (Jo 15.26).

2. Espírito de Cristo (Rm 8.9). E interessante saber que esta passagem fala de dois títulos: Espírito de Deus e Espírito de Cristo. No primeiro, Ele se identifica com a primeira pessoa, o Pai, e no segundo, relaciona-se com a segunda pessoa, Cristo, nome de ofício divino e ministerial que significa “Ungido” ou “Messias”. A relação entre Cristo e o Espírito Santo revela-se nas obras efetuadas por Jesus, mas efetivadas pelo Espírito na experiência humana.

Em sua vida terrena, Cristo prometeu o Espírito Santo, o Consolador (Jo 16.13). Este o representaria como o “Espírito de Cristo”. O texto diz: “Se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele” (Rm 8.9). Ter o Espírito de Cristo em nossa vida cristã significa possuir a presença e a ação do Espírito em nossa experiência. A presença do Espírito de Cristo na vida do homem é percebida pela sua conduta no dia-a-dia. Ninguém, que pratica as obras da carne, pode afirmar que possui o Espírito de Cristo. Ele atua na qualidade de emissário de Jesus.
Ele infunde a vida do Salvador na existência do pecador, através da regeneração (Rm 8.2; 2 Co 5.17).
O apóstolo João compreendeu esta atuação do Espírito de Cristo,quando escreveu: “Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está em seu Filho. Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida” (1 Jo 5.11,12). O Espírito de Cristo é também chamado o Espírito de vida, porque Ele infunde a existência do Salvador nos corações dos que se convertem. Outra função do Espírito de Cristo é a de fazer o cristão produzir o fruto do Espírito (Gl 5.22,23) e desenvolver em sua vida as características pessoais de Cristo (Fp 1.11). Ele confere poder espiritual, a fim de que o cristão viva vitoriosamente e realize a obra de Deus (Mt28.18; Lc 24.49; Jo 14.12; At 1.8). O Espírito de Cristo é o que representa a Jesus na Terra. Ele é o “outro Consolador” (Jo 14.6).

3. Espírito do Senhor (2 Co 3.17,18). O Espírito Santo, quando se apresenta como o “Espírito do Senhor”, revela o senhorio do Deus Todo-poderoso. A palavra “Senhor” não se restringe a uma pessoa, mas às três da Trindade. Em relação a Deus Pai, ela diz respeito ao que lhe pertence, porque todas as coisas foram feitas por Ele. A Igreja também é “propriedade exclusiva de Deus” (1 Pe 2.9). Em relação a Cristo, Paulo declarou aos coríntios “Mas vós sois dele” (1 Co 1.30). Quando o Espírito do Senhor se manifesta na vida do cristão, ou, de modo geral, na Igreja, significa que Ele quer exercitar seu senhorio (Cl 1.16- 19).

4. Espírito Santo (At 19.2; 1 Pe 1.12). Este é o título mais conhecido e usado, principalmente pela Igreja, desde sua fundação. A santidade é um estado eterno que pertence às três pessoas da Trindade. O Espírito Santo é o agente da santificação. Por isso, é chamado Santo. Esta palavra está implícita em sua natureza divina, e manifesta-se como uma qualidade sobre os que são santificados (1 Ts 4.7,8). O profeta Isaías relata a visão do Trono de Deus e ouve os serafins pronunciarem três vezes: “Santo, Santo, Santo” em alusão às três pessoas da Trindade (Is 6.3). O apóstolo João, na Ilha de Patmos, ouviu quatro seres viventes recitarem: “Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo- poderoso, que era, e que é, e que há de vir” (Ap4.8).

A missão do Espírito Santo não é só a de proclamar e revelar a santidade de Deus, mas, sim, a de santificar e purificar, como o seu próprio nome indica. Por isso, é chamado “Espírito de santificação” (Rm 1.4). Uma de suas atribuições é a de limpar e purificar com o espírito de ardor e de justiça (Is 4.4). O Espírito de santificação manifesta-se contra tudo o que é pecado, sujo e abominável, e com o “espírito de ardor”, queima as escórias e faz juízo. A santidade de Deus é eterna e imutável. O Espírito é Santo por si mesmo e produz a santificação, uma necessidade contínua do homem enquanto estiver sob o jugo do pecado. Por isso o apóstolo Pedro registra: “Sede santos, porque eu sou Santo” (1 Pe 1.15).

5. Espírito da Graça (Tt 2.11). Ele se manifesta como o executivo de Deus. Convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8-10), e manifesta a graça, o favor imerecido, ao pecador. O Espírito da Graça opõe-se ao espírito do pecado, manifestação virulenta que escraviza e desvia o homem de Deus. Os termos chattath, no hebraico, e hamartia, no grego, têm o mesmo sentido. Significam a ação que desvia o homem do alvo, retira-o do caminho reto. Resistir ao chamado do Espírito da Graça significa insultara Deus e desprezar a sua disposição de libertar e salvar o pecador (Hb 10.29).

6. Espírito de Adoção (Rm 8.15,16). Adoção “é a aceitação voluntária e legal de uma criança como filho”. Era freqüente entre os antigos hebreus, gregos e romanos, o adotar uma criança, que era entregue, voluntariamente, por uma família, e incorporada a outra. Fazia se também a adoção de escravos, os quais, depois de um certo tempo, eram aceitos com todos os direitos legais daquela família. No plano espiritual, éramos escravos e estávamos sob o jugo do “espírito de servidão” (Rm 8.15), mas quando aceitamos a Cristo, tornamo-nos filhos de Deus (Jo 1.12).

7. Espírito da Promessa (Ef 1.13). O texto revela que Ele é o “Espírito da Promessa”, porque sua vinda cumpriu a determinação divina para o dia de Pentecoste e para o ministério de Cristo, anunciado por Joel (312.28) e reafirmado por Jesus, como a”promessa do Pai” (Lc 24.49; At 1.4). Uma das funções do Espírito da Promessa é SELAR E CONFIRMAR a promessa do Pai e do Filho (2 Co 1.22). Ele se identifica como o penhor da nossa herança, adquirida pelos méritos de Cristo, que se constitui em garantia da herança, no futuro. O SELO comprova a autenticidade da promessa, que é o próprio Espírito Santo (Ef 4.30).

8. Espírito da Verdade (Jo 14.17; 15.26; 16.13; l Jo5.6). Quando Ele se manifesta como Espírito da Verdade, revela-se como a expressão exata do que o Evangelho apresenta. Cristo declarou: “Eu sou o caminho, e a VERDADE e a vida” (Jo 14.6). Por isso, o Espírito Santo testifica dele. Ele é o antídoto do “espírito do erro” e da mentira que está no mundo (1 Jo 4.6). A Igreja de Cristo é chamada coluna e firmeza da verdade (1 Tm 3.15), construída pelo Espírito Santo. O “espírito do erro” opera em toda a parte (2 Ts 2.11), o “Espírito da Verdade” o combate.

9. Espírito de Glória (1 Pe4.14). A palavra “glória”, na linguagem bíblica, tem o sentido de caráter. Não é simples resplendor, brilho, fama, celebridade, renome, reputação, típicos da majestade humana. O Espírito de Glória não se manifesta para tomar alguém famoso, brilhante ou célebre. Do ponto de vista divino, glória tem a ver com o que revelamos em nosso caráter cristão. Em relação ao Espírito Santo, a Bíblia o apresenta como o que não falaria de si mesmo (Jo 16.13), mas de Cristo. Demonstraria a glória de Cristo, manifestada em bondade, perdão, amor, santidade e justiça. Para o viver cristão, o caráter de Cristo é o modelo ideal e é o Espírito de Glória quem revela tudo. E o Espírito Santo quem produz no crente um caráter parecido com o de Jesus Cristo (2 Co 3.18). Sua glória é como o espelho que nos mostra o que somos.




IV. FIGURAS E SÍMBOLOS DO ESPIRITO SANTO

1 - Figuras e Símbolos

É importante estarmos familiarizados com a linguagem gramatical das Escrituras, tendo em vista a significação correta das palavras, a forma das frases e as particularidades idiomáticas da língua empregada. De igual modo devemos conhecer o que cada figura representa, à luz do contexto lógico. A linguagem figurada e certos símbolos empregados na Bíblia, quando bem apresentados, nos dão maior segurança, intensidade e beleza na interpretação.

As figuras de linguagem, também chamadas figuras de estilo, são recursos especiais de que se vale quem fala ou escreve, para comunicar-se com mais força, colorido, evidência e beleza. (1)

Deus também permitiu que certas figuras e símbolos fossem inseridos no cânon sagrado, para melhor compreensão de determinadas verdades espirituais. O Espírito

Santo é representado na Bíblia por muitas figuras e símbolos, conforme veremos a seguir.

V. Figuras e Símbolos do Espírito Santo

Estas são as figuras e símbolos do Espírito Santo nas Escrituras:

ÁGUA = CHUVA RIO = ORVALHO
VENTO = ÓLEO = UNÇÃO = FOGO
COLUNA = PENHOR = SELO = VINHO = POMBA

Evidentemente há outras, detectadas por inferência. Entretanto, estas são as mais usadas e conhecidas dos estudiosos da Bíblia.

1. Água

“Porque derramarei água sobre o sedento, e rios sobre a terra seca; derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade, e a minha bênção sobre os teus descendentes” (Is  44.3).

A água encontra-se em três regiões do Universo:

• na expansão dos Céus (Gn 1.6-10);
• sobre a face da terra (Gn 7.11);
• debaixo da terra (Jó 38.30).

Esta é uma figura real do Espírito Santo - Ele opera nas três dimensões da constituição humana, produzindo a regeneração do espírito, da alma e do corpo (cf. 1 Ts 5.23). A operação miraculosa do Espírito no homem produz um tipo de “lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo” (Tt 3.5). Certamente era este o sentido das palavras do apóstolo Paulo, ao ensinar a igreja de Corinto sobre a atuação poderosa do Espírito: “Todos temos bebido de um Espírito” (1 Co 12.13).

Uma outra figura, utilizada por Jesus, compara o Espírito Santo a “rios de água viva”. Em seu imortal discurso em Jerusalém, no último dia da festa, o Mestre convida: “Se alguém tem sede, venha a mim, e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre. E isso disse ele do Espírito, que haviam de receber os que nele cressem...” (Jo 7.37-39).

O ato de beber do Espírito Santo fala evidentemente de algo que mata a nossa sede espiritual. Alguns têm fome e sede de justiça (Mt 5.6); outros têm fome e sede de evangelizar os perdidos (Rm 15.19,20); outros ainda têm fome e sede de uma comunhão perfeita e permanente com o Espírito (Gl 5.25). O Espírito, como fonte perene, calma e cristalina, satisfaz toda e qualquer necessidade espiritual ou reverte o estado de sequidão em nossa vida.

Ele é realmente a Água da vida, que “refrigera a nossa alma” nos desertos cálidos deste mundo injusto e cruel. O cálice, neste caso, fala da comunhão entre o Espírito Santo e o crente que se dispõe a seguir sua orientação. Pão e água são os dois elementos essenciais à sobrevivência humana. No campo espiritual isso é ainda mais evidente: Cristo, o Pão da vida, satisfaz a nossa fome espiritual (Jo 6.35); o Espírito Santo, a Água da vida, satisfaz a nossa sede espiritual (Ap 22.17).

2. Chuva

“E a elas [as ovelhas], e aos lugares ao redor do meu outeiro, eu porei por bênção; e farei descer a chuva a seu tempo: chuvas de bênção serão” (Ez 34.26). Tiago, o irmão do Senhor Jesus e autor da epístola que leva o seu nome, menciona “as primeiras chuvas e últimas chuvas”, como sendo a “chuva temporã e serôdia”, baseado na metáfora agrícola (Tg 5.7). O apóstolo sabia muito bem dessas chuvas, por experiência pessoal. Os lavradores palestinos esperavam o “precioso fruto da terra”, aguardando as chuvas oportunas, tanto as primeiras (no hebraico, yoreh ou rnoreh) como as últimas (no hebraico, malkos).

Na Palestina, a estação chuvosa normalmente começa nos primeiros dias de outubro e muitas vezes se prolonga até janeiro, quando se transforma em neve. As primeiras chuvas provêem umidade à semente recém-plantada, para que possa germinar. Portanto, é sinal para a semeadura. As últimas chuvas ocorrem em abril e maio, e são necessárias para que a semente amadureça.
Este simbolismo, aplicado ao Espírito Santo, fala da beneficência que Ele traz à Igreja corno um todo e ao crente em particular. A chuva sempre foi retratada como sendo uma “bênção de Deus”, que traz alegria aos corações (At 14.17).
Na metáfora de Tiago, o simbolismo é perfeito: o Espírito Santo desceu no dia de Pentecoste, preparando assim a terra para a grande semeadura da Palavra de Deus. Depois, no decorrer dos séculos, as últimas chuvas, ou seja, suas manifestações contínuas neste mundo, especialmente onde a vontade de Deus é aceita, têm produzido o amadurecimento e garantido uma safra de almas abundante (cf. J0 4.35-38).

No final, aparece o “precioso fruto da terra” como o resultado satisfatório da chuva, da semeadura e da colheita.

• O “precioso fruto da terra” é a Igreja;

• O “lavrador” é Deus. Assim interpretou Jesus: “Eu sou a videira verdadeira, meu Pai é o lavrador” (Jo 15.1);

• a “chuva temporã” é a descida do Espírito Santo no dia de Pentecoste                  (At 2.1-4);

• a  “chuva serôdia” refere-se a outras jfestaÇões do Espírito: batizando os crentes e concedend045 dons (At 8.15-17; 9.17; 10.44-46; 19.1-6; 1 Co 1.7; 12.1-11).
E, na Igreja que se seguiu, a chuva do Espírito Santo tem continuado e continuará até o dia do arrebatamento da igreja por Jesus Cristo (Mc 16.17 etc.).

3. Rio

“Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre” (Jo 7.3 8).
Logo no versículo seguinte encontramos o significado destas palavras de Jesus: “Isto disse ele do Espírito, que haviam de receber os que nele cressem”.

Este deve ser também o sentido de Salmos 46.4: “Há um rio [o Espírito] cujas correntes [os dons espirituais] alegram a cidade [Igreja ] de Deus, o santuário [coração] das moradas do Altíssimo”.

Um rio pode surgir de uma fonte, de um lago ou do derrafla1flt0 de geleiras. O lugar onde ele nasce é chamado de nascente ou cabeceira. A partir daí, o rio corre em direção a outro rio, a um lago ou mar, onde lança suas águas. O lugar onde o rio lança suas águas chama-Se foz.

Chamamos curso ao caminho percorrido por um rio entre sua cabeceira e sua foz; o terreno sobre o qual as águas correm é denominado leito. As terras de um e outro lado do rio são as margens.
De acordo com historiadores judaicos o último dia da festa dos Tabernácubos era denominado “Dia do Grande Hosana”, porque se fazia um circuito, por sete vezes, em torno do altar, ao mesmo tempo que todos clamavam: “Hosana!” (2)

Antes do dia final, um sacerdote trazia, em um vaso de ouro, água tirada do tanque de Siloé, e então, acompanhado por um cortejo jubiloso, seguia até o Templo. Despejava a água sobre o altar, juntamente com vinho, cerimônia esta acompanhada pelo cântico do Halel (Sl 113-118). Simbolicamente, segundo os rabinos, esta água mitigava a sede espiritual do povo.

Jesus, entretanto, mostrou àquela gente que sua missão era outorgar uma água eterna, que é o “derramar do Espírito Santo em cada coração”. A água anunciada por Cristo não será tirada do Siloé nem levada ao Templo, porque cada crente será um templo do Espírito Santo e uma fonte de vida; não meramente um único rio, mas rios, o que expressa, no pensamento geral da Bíblia, um derramamento do Espírito Santo em sua plenitude (Jl 2.28; At 2.17,18; 10.45; Tt 3.5,6).

4. Orvalho

“Assim pois te dê Deus do orvalho dos céus, e das gorduras da terra, e abundância de trigo e de mosto” (Gn 27.28).

Encontramos, no Antigo Testamento, cerca de 34 referências sobre o orvalho, como sendo um refrigério adicional à escassez das chuvas temporã e serôdia. Era necessário durante o período de estiagem, para revigoramento da erva e da relva (Dt 32.2). Tornou-se assim, um símbolo do Espírito Santo, por cair gradualmente e, algumas vezes, de maneira imperceptível nos corações humanos. Onde cai o orvalho, ali Deus ordena a bênção e a vida para sempre (Sl 13 3.3), trazendo prosperidade à alma sob a influência do Espírito Santo, como gotas copiosas.

5. Vento

“O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz; mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito ( Jo 3.8). Os ventos sempre trazem consigo as características dos lugares de onde vêm. Assim podemos descobrir, através de nosso sistema sensível, os ventos quentes e os frios, os úmidos e os secos. Para sabermos se estamos caminhando em direção a terra ou em direção ao mar, basta parar um pouco ao cair da noite e analisar a direção do vento.

Os ventos mais importantes para esse tipo de orientação são os alísios. Os ventos alísios são carregados de umidade, pois vêm dos oceanos. Pela madrugad as brisas continentais (ventos que sopram da terra para o mar) tornam-se mais essenciais para orientação. Assim, é fácil saber se as brisas estão soprando para o mar ou para a terra.
A pressão depende da temperatura e os ventos, dos diferentes níveis de pressão. Assim, de madrugada a terra está mais “fria” que a água, o que significa maior pressão atmosférica sobre a terra. Por isso, o vento sopra do continente para a água. A tarde, ou ao cair da noite, a água está menos quente que a terra, o que quer dizer maior pressão do ar sobre a água. Assim o diz a ciência, e assim acontece com o soprar do Espírito Santo em nossas vidas.

Se Ele sopra “suave”, está indicando a direção traçada por Deus a favor de seus filhos, numa rota onde a calma e a tranqüilidade nos esperam (cf. Gn 8.1).
Se Ele sopra “veemente e impetuoso” como no dia de Pentecoste, é sinal evidente de sua presença com manifestações de poder (At 2.1-4; Hb 2.4).
Se Ele sopra apenas com “gemidos inexprimívei5” está nos alertando de perigos iminentes (cf. Rm 8.26; Hb 3.7,8)

Esses movimentos do Espírito Santo são completamente desconhecidos para o pecador. Por isso Jesus instruiu Nicodemos, um mestre do primeiro século de nossa era, acerca do “movimento” produzido pelo Espírito Santo neste mundo.
Então o Mestre disse: “O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz; mas não sabes [Nicodemos é que não sabia donde vem, nem para onde vai”. Assim, Nicodemos não sabia também do movimento operado pelo Espírito Santo, que produz a regeneração do homem, porque isso se “discerne espiritualmente” (Jo 3.8; 1 Co 2.14).

6. Óleo

“Amaste a justiça e aborreceste a iniqüidade; por isso, Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de alegria, mais do que a teus companheiros” (Hb 1.9).

Na Bíblia, o azeite da unção era usado somente para consagração de pessoas de grande poder, tais como reis (1 Sm 10.1; 16.13), sacerdotes (Lv 8.30) e profetas (1 Rs 19.16; Is 61.1). Também eram ungidos com óleo os escudos dos ilustres guerreiros, numa demonstração de honra (2 Sm 1.21; Is 21.5).

O tabernáculo e seus móveis foram também ungidos (Ex 30.22-33), e os enfermos eram muitas vezes ungidos com azeite, para que sua fé aumentasse e seus pecados fossem perdoados (Mc 6.13; Tg 5.14,15).

Mas parece que o óleo usado na unção dos enfermos não era o mesmo da “santa unção” (cf. Ex 30.31,32). Neste caso, a unção de homens e coisas não podia ser feita com qualquer tipo de óleo, e sim com um óleo especial chamado “azeite da santa unção” (Ex 30.31).

Metaforicamente, é chamado “óleo fresço” (Sl 92.10), “óleo precioso” (Sl 133.2), “excelente óleo” (Am 6.6), “óleo de alegria” (Sl 45.7). O óleo, portanto, tomado neste sentido simboliza o Espírito Santo como “unção especial” para os salvos em Cristo - que quer dizer também  “ungido”.
Em Atos 10.38, o Espírito Santo é retratado como aquEle que consagrou a Cristo com este tipo de unção especial: “Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o qual andou fazendo o bem, e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele”. E, em 1 Coríntios 1.21, Paulo afirma que quem nos capacitou para o desempenho de nossa missão foi Deus. “O que nos ungiu é Deus”, disse d apóstolo.

O Espírito Santo, de fato, é a unção de Deus em nossas vidas, tanto para aprender como para ensinar (Lc 4.18,19; 1 Jo 2.20,27). Sempre que alguém era ungido com óleo, as pessoas ao redor mantinham respeito e reverência. Era expressamente proibido por Deus tocar em alguém que tivesse recebido a unção com óleo (2 Sm 1.21). O Espírito Santo, portanto, torna-se nosso protetor, a garantia de que as forças do mal não nos tocarão.

7. Unção

“E vós tendes a unção do Santo, e sabeis tudo... e a unção que vós recebestes dele, fica em vós..” (1 Jo 2.20,27). Já tivemos a oportunidade de analisar o óleo como símbolo do Espírito Santo. Agora, estudaremos este outro símbolo, que. evidentemente, alude à operação e influência do Espírito Santo na vida dos crentes, ensinando as verdades mais profundas da Bíblia, ao mesmo tempo que dá a interpretação e significação de cada palavra nela inserida.

A unção desempenha grande papel na vida física das raças orientais, tal como o orvalho faz reviver a verdura das colinas. “Assim também a influência curadora e suavizante do Espírito Santo soprada sobre os filhos de Deus, nos “guiando em toda a verdade” e ensinando “todas as coisas” concernentes a Deus e sua Palavra”.

8. Fogo

“E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; cujas alparcas não sou digno de levar; ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo” (Mt 3.11). O fogo é sinal da presença de Deus.

As manifestações de Deus algumas vezes faziam-se acompanhar pelo fogo (Ex 3.2; 13.21,22; 19.18; Dt 4.11), que tanto representa sua presença como sua glória (Ez 1.4,13), sua proteção (2 Rs 6.17), sua santidade (Dt 4.24), seus juízos (Zc 13.9), sua ira (Is 66.15,16) e, finalmente, o Espírito Santo (Mt 3.11; At 2.3; Ap 4.5).

No Antigo Testamento, a ordem divina era conservar o fogo aceso diuturnamente: “O fogo arderá continuamente sobre o altar; não se apagará” (Lv 6.13) - sinal evidente da presença de Deus no meio do seu povo.
No Novo Testamento, a ordem divina é a mesma:
“Não extingais o Espírito” (1 Ts 5.19). Numa outra tradução: “Não apagueis o Espírito”. Em outras palavras, Paulo quer dizer que a chama do Pentecoste “deve arder em nossos corações todos os dias, até a consumação dos séculos”.

9. Coluna

“E o Senhor ia diante deles, de dia numa coluna de nuvem, para os guiar pelo caminho, e de noite numa coluna de fogo, para os alumiar, para que caminhassem de dia e de noite. Nunca tirou de diante da face do povo a coluna de nuvem, de dia, nem a coluna de fogo, de noite” (Ex 13.21,22).

A coluna, seja como símbolo religioso, marco ou monumento, traz sempre a idéia de firmeza. Paulo, por exemplo, valeu-se dessa figura para representar a Igreja: “Escrevo-te estas coisas, esperando ir ver-te bem depressa; mas, se tardar, para que saibais como convém andar na casa de Deus, que é a igreja de Deus vivo, a coluna e a firmeza da verdade (1 Tm 3.14,15).

Como símbolo do Espírito Santo, a coluna fala da força espiritual mediante a qual a alma será eternamente abençoada e, sendo de natureza divina como aquela que acompanhou o povo de Deus no deserto, serve de proteção, iluminação e orientação. O Espírito Santo é tudo isso e muito mais, com relação à Igreja. Ele foi posto por Deus no edifício espiritual de Cristo, que é sua Igreja, para segurança, 0rnentaÇãO e beleza. A nuvem da glória de Deus, em dado momento, quando Israel estava em extremo perigo, “se retirou de diante deles, e se pôs atrás deles... e a nuvem era escuridade para aqueles, e para estes esclarecia a noite: de maneira que em toda a noite não chegou um ao outro” (Ex 14.19,20). Podemos observar nesta passagem a ação imediata de Deus, mudando de posição a coluna que guiava o seu povo, retirando a nuvem de “diante” deles e pondo-a “atrás” deles.

A manobra divina deu versatilidade à nuvem: “... era escuridades para aqueles [os egípcios] e para estes [os israelitas] esclarecia a noite”. O Espírito Santo também assumiu a posição de “divisor” da santidade que separa a Igreja do mundo, de tal maneira que durante toda a trajetória da Igreja nesta Terra, “não chegou um ao outro”.

A coluna de nuvem acompanhou Israel através do deserto e um dia desapareceu na fronteira de Canaã, ao atingirem a margem oriental do Jordão. O povo foi, então, orientado a espalhar-se em volta da arca da aliança, num raio de 914 metros, para contemplar mais facilmente o símbolo guia da glória de Deus flutuando nos ombros dos sacerdotes. Agora, o povo não seguia mais a coluna de nuvem (ela havia desaparecido) e sim a arca da aliança do Senhor. Assim também acontecerá com o Espírito Santo, no dia do arrebatamento da Igreja.  Ele terá cumprido sua missão, entregando a Noiva nos braços 4e Cristo - a Arca divina. Cristo, então, a conduzirá à sala do banquete nupcial (Ct 2.4; Mt 25.6,10).

10. Penhor

“Ora, quem para isto mesmo nos preparou foi Deus, o qual nos deu também o penhor do Espírito” (2 Co 5.5).

O vocábulo “penhor”, do grego arrabon, significa “primeira prestação”, “depósito”, “garantia”. Indica o pagamento de parte do preço total da compra. Esta “primeira prestação” recebida é a regeneração. O valor total será complementado com os pagamentos intermediários - a santificação - e o pagamento final - a redenção do nosso corpo (cf. Rm 1.4; 8.23; Tt 3.5).

O Espírito Santo que, mediante a Palavra de Deus e por todos os meios da graça, nos capacita a atingir a glória eterna, transformando-nos “de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor” (2 Co 3.18), é evidentemente a nossa garantia.

11. Selo

“O qual também nos selou e deu o penhor do Espírito em nossos corações” (2 Co 1.22). O uso mais comum do selo, na antiguidade, era na autenticação de documentos, cartas, títulos de propriedade e recibos de mercadoria ou dinheiro. Após deixar a mensagem em escrita cuneiforme, o escriba pedia que o remetente e as testemunhas removessem de seus pescoços os próprios selos cilíndricos, que eram rolados sobre a argila ainda mole, servindo de assinatura. As leis romanas, por exemplo, somente aceitavam um testemunho se estivesse selado com “sete selos” e confirmado por “sete testemunhas”. (3)

Nas Escrituras, o selo traduz vários significados e aplicações:

GARANTIA (Gn 38.18)
JURAMENTO (Ir 22.24)
CONFIRMAÇAO (Jo 6.27)

JUSTIÇA E FÉ (Rm 4.11)
AUTENTICIDADE (1 Co 9.2)
FUNDAMENTO (2 Tm 2.19)

SEGURANÇA (Mt 27.66; Ap 20.3)
IRREVOGABILIDADE (Et 8.8; Dn 6.17)
PROMESSA (Ef 1.13)

REDENÇÃO (Ef 4.3 0)
MISTÉRIO (Ap 5.1)
VIDA (Ap 7.2)
PRESERVAÇAO (Ap 9.4)
O selo, como figura do Espírito, traduz para a Igreja rodas as vantagens mencionadas acima e muito mais. O Espírito Santo sela a Igreja (Ct 4.12), a lei do Senhor (Is 8.16), o coração (Ct 8.6), a visão e a profecia (Do 9.24) e os crentes para o dia da redenção (2 Co 1.22; Ef 1.13; 4.30; 2 ‘Em 2.19). Fomos selados com o selo da promessa que nos dá a garantia de pertencermos somente a Deus.

12. Vinho

“E o vinho que alegra o coração do homem, e faz reluzir o seu rosto como o azeite, e o pão que fortalece o seu coração” (Sl 104.15).

Esta figura do Espírito  Santo é pouco usada pelos escritores.  Entretanto, sem duvida alguma, também se reveste de significação especial. Para o povo hebreu, o vinho e a vinha são usados para representar a prosperidade e a bênção. Possuir uma vinha próspera era sinal evidente do favor divino. Também era considerada uma dádiva de Deus ao homem: “E lhe darei as suas vinhas dali, e o vale de Acor, por porta de esperança: e ali cantará como no dia da mocidade, e como no dia em que subiu da terra do Egito” (Os 2.15).

Jesus afirmou ser “a videira verdadeira”, e comparou o Pai, Senhor dos homens e Deus do Universo, a um proprietário de vinha (Jo 15.1). O fruto da vide, que é o vinho, ilustra a alegria que existe entre os salvos; o cálice fala da comunhão que temos, promovida pelo Espírito Santo “derramado em nossos corações”. Paulo cita-a como “a comunhão do Espírito Santo” (2 Co 13.13).

No dia de Pentecoste, em Jerusalém, as pessoas de fora acharam que os discípulos estavam “cheios de vinho” (At 2.13). Pedro, então, explicou-lhes que aquilo era alegria do Espírito Santo. Em outras palavras, eles não estavam embriagados com vinho, mas cheios do Espírito Santo!

13. Pomba

“E o Espírito Santo desceu sobre ele em forma corpórea, como uma pomba; e ouviu-se uma voz do céu que dizia: Tu és meu filho amado, em ti me tenho comprazido” (Lc 3.22).

Dificilmente tal simbolismo seria associado a João Batista. Ele era um profeta de grande poder. Sua mensagem produzia sempre o choro, e não o riso. Era mesmo uma mensagem de arrependimento. Suas palavras, de fato, faziam doer: víboras, pedras, machado, pá, fogo, deserto, ira, fuga etc.

De outro lado, porém, João Batista era meigo e cheio de compaixão. Era “cheio do Espírito Santo, já desde o ventre de sua mãe” (Lc 1.15); entretanto, sobre ele repousava a unção divina em sua plenitude.
João Batista viu o Espírito descer do céu como pomba e pousar sobre Jesus (Jo 1.32). Manso, terno, puro e inofensivo como uma pomba: assim Ele é. Como pomba, o Espírito

Santo pode ser assustado ou entristecido (Ef 4.30). E, como ii pomba é o símbolo universal da paz, também o Espírito Santo promove a paz nos corações dos homens. Dizem os naturalistas que a pomba não tem fel. Assim também o Espírito Santo - nEle não existe amargura!

Alguns intérpretes opinam que o Espírito foi representado na forma “corpórea” de uma pomba pelos seguintes motivos:

a. Sua ternura e apego ao homem. Que mostra como Deus encaminha pacientemente os homens à realização de sua potencialidade espiritual.

b. Sua gentileza. Deus trata conosco de modo positivo e completo, embora com grande gentileza.

c. Seu vôo gentil e a ternura para com os filhotes. O Espírito Santo é benigno - sempre.

d. Pelas virtudes singulares que representa. Por exemplo, a pureza e a inocência. Nos escritos judaicos, quando o Espírito Santo aparece “pairando” sobre a face das águas é expressamente comparado a uma pomba. Simboliza a natureza calorosa e revivificadora da terceira Pessoa da Santíssima Trindade (Gn 1.2).

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus

BIBLIOGRAFIA

Livro A Existência e a Pessoa do Espírito Santo = Severino Pedro da Silva - CPAD
Lições bíblicas CPAD 1994
Bíblia de Estudo Pentecostal

SEGUE ABAIXO ESTUDO SOBRE NOMES E TITULOS DO ESPIRITO SANTO

Nomes e Títulos do Espírito Santo

1 - Seus Nomes e Títulos

Vários nomes e títulos são dados ao Espírito Santo nas Escrituras, que descrevem a natureza profunda do seu Ser. O nome traduz a natureza do ser que o carrega. O título expressa sua fama e reputação. Além dos nomes e títulos conferidos ao Espírito Santo são também usados pronomes pessoais, para que a imaginação humana possa concebê-lo como realmente é.

Os escritores do Antigo e do Novo Testamento e milhões de outras testemunhas afirmam a existência real do Espírito Santo, como sendo de fato uma Pessoa.
É impossível que milhões de pessoas tenham combinado mentir por uma extensão de séculos. Todas elas, desde os mais remotos tempos, têm afirmado a mesma coisa: o Espírito Santo existe, e é uma Pessoa real. Com efeito, fosse Ele uma simples influência, sopro ou vento, os milhões de depoimentos se teriam desfeito em contradições. Ele é, como já vimos, a terceira Pessoa da Santíssima
Trindade. Em toda a extensão do Novo Testamento, que marca exatamente a era do Espírito em sua plenitude, faz-se alusão a Ele em termos coloquiais, como “esse” (e não isso) e “aquele” (e não aquilo).

Os pronomes e apelativos são largamente usados para descrever sua existência e personalidade:

EU - “E, pensando Pedro naquela visão, disse-lhe o Espírito Santo: Eis que três varões te buscam. Levanta-te pois, e desce, e vai com ele, não duvidando; porque eu os enviei” (At 10.19,20).

ELE - “E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça, e do juízo” (Jo 16.8).

AQUELE - “Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito” (Jo 14.26).

OUTRO - “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre” (Jo 14.16).

ESSE - “O Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas” (Jo 14.26).
Cada nome ou título do Espírito Santo descreve a natureza de sua existência e caráter. Alguns destes nomes e títulos descrevem a sua natureza propriamente dita; outros, a sua obra; outros ainda, sua manifestação.

O ESPÍRITO (simplesmente) - “Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus” (1 Co 2.10).

O ESPÍRITO DE DEUS - “E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas” (Gn 1.2).

O ESPÍRITO DO DEUS VIVO - “Porque já é manifestado que vós sois a carta de Cristo, ministrada por nós, e escrita, não com tinta, mas com o Espírito do Deus Vivo, não em tábuas de pedra, mas nas tábuas de carne do coração” (2 Co 3.3).
O ESPÍRITO DO SENHOR DEUS - “O Espírito do Senhor Deus está sobre mim; porque o Senhor me ungiu, para pregar boas novas aos mansos: enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos e a abertura de prisão aos presos” (Is 61.1).

O ESPÍRITO DO SENHOR - “E, quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou a Filipe, e não viu mais o eunuco; e, jubiloso, continuou o seu caminho” (At 8.39).

O ESPÍRITO DE VOSSO PAI - “Porque não sois vós quem falará, mas o Espírito de vosso Pai é quem fala em vós” (Mt 10.20).

O ESPÍRITO DE CRISTO - “Indagando que tempo ou que ocasião de tempo o Espírito de Cristo, que estava neles, indicava, anteriormente testificando os sofrimentos que a Cristo haviam de vir e a glória que se lhes havia de seguir”              (1 Pe 1.11).

O ESPÍRITO DE JESUS CRISTO - “Porque sei que disto me resultará salvação, pela vossa oração e pelo socorro do Espírito de Jesus Cristo, segundo a minha intensa expectação e esperança...” (Fi 1.19,20).

O ESPÍRITO DE JESUS - “E, quando chegaram a Mísia, intentavam ir para Bitínia, mas o Espírito de Jesus não lho permitiu” (At 16.7).

O ESPÍRITO DE SEU FILHO - “E, porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai” (Gl 4.6).

O ESPÍRITO DE ARDOR - “Quando o Senhor lavar a imundícia das filhas de Sião, e limpar o sangue de Jerusalém do meio dela, com... o Espírito dc ardor... e haverá um tabernáculo para sombra contra o calor do dia” (Is 4.4,5).

O ESPÍRITO DE SÚPLICAS - “E sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém, derramarei o Espírito.., de súplicas...” (Zc 12.10).

O ESPÍRITO DE ADOÇÃO - “Porque não recebestes o espírito de escravidão para outra vez estardes em temor, mas recebestes o Espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai” (Rm 8.15).

O ESPÍRITO DA PROMESSA - “Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também cri- do, foste selado com o Espírito da promessa; o qual é o penhor da vossa herança...” (Ef 1.13,14).

O ESPÍRITO DE VIDA - “Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte” (Rm 8.2).

O ESPÍRITO DE VERDADE - “Mas, quando vier o Consolador, que eu da parte do Pai vos hei de enviar, aquele Espírito de verdade, que procede do Pai, ele testificará de mim” (Jo 15.26).

O ESPÍRITO DA GRAÇA - “De quanto maior castigo cuidais vos será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, e tiver por profano o sangue do testamento, como foi santificado, e fizer agravo ao Espírito da graça?” (Hb 10.29).

O ESPÍRITO DA GLÓRIA - “Se pelo nome de Cristo sois vituperados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória de Deus” (1 Pe 4.14).

O ESPÍRITO DE REVELAÇÃO - “Para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê em seu conhecimento o Espírito.., de revelação; tendo iluminados os olhos do vosso entendimento...” (Ef 1.17,18).

O ESPÍRITO ETERNO - “Quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará as vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo” (Hb 9.14).

O ESPÍRITO DE SANTIFICAÇÃO - “Declarado Filho de Deus em poder, segundo o Espírito de santificação, pela ressurreição dos mortos, Jesus Cristo Nosso Senhor” (Rm 1.4).

O ESPÍRITO SANTO - “Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito” (Jo 14.26).

Em Lucas 11.20, o Espírito Santo é chamado de O DEDO DE DEUS; em Atos 5.4, de DEUS; em Apocalipse 19.10, de ESPIRITO DE PROFECIA.

Em Isaías 11.2, Ele é apresentado em sua plenitude, septiforme:


O ESPÍRITO DO SENHOR
O ESPÍRITO DE SABEDORIA
O ESPÍRITO DE INTELIGÊNCIA
O ESPÍRITO DE CONSELHO
O ESPÍRITO DE FORTALEZA
O ESPÍRITO DE CONHECIMENTO
O ESPÍRITO DE TEMOR DO SENHOR

Se o Espírito Santo não fosse de fato uma pessoa, como se dariam tantos nomes a Ele? A razão natural e as luzes da fé afirmam que Ele existe!

II - Nomes que o Identificam com a Trindade

Já observamos que o nome é dado para denotar a natureza profunda do ser que o carrega. Assim, a criatura somente era conhecida depois que se lhe dava o nome (Gn 2.19). No caso do Espírito Santo, encontramos vários nomes, como acabamos de expor. Entretanto, há três nomes principais que o identificam diretamente com a Santíssima Trindade e as dimensões universais da existência:

ESPÍRITO DE DEUS
ESPÍRITO DE CRISTO
ESPÍRITO SANTO

1. O Espírito de Deus

Encontramos este nome divino no início da Bíblia, associado diretamente à obra da criação, onde nos é dito que “o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas” (Gn 1.2). Ele aparece como co-participante, a “pairar” sobre o caos das águas do oceano primevo, quando tudo ainda estava mergulhado em escuridão e total desordem. Em outras passagens das Escrituras, aparece também este nome, ligado diretamente à criação, à renovação da terra e à regeneração da pessoa humana (Gn 6.3; 4 1.38; Jó 33.4; Ez 11.24; Rm 8.9; 1 Co 3.16 etc.). Em Jó 33.4, Eliú, um sábio oriental, associa-o à criação do homem:

“O Espírito de Deus me fez; e a inspiração do Todo- poderoso me deu vida”. Em Salmos 104.30, liga-se à criação inteira: “Envias o teu Espírito, e são criados, e assim renovas a face da terra”. No tocante à regeneração da pessoa humana, Ele é citado em vários elementos doutrinários das Escrituras, sempre produzindo uma “nova criatura” para Cristo e seu Reino (Rm 8.2). A vida do próprio Jesus, no ventre da virgem, foi um ato miraculoso de seu poder (Mt 1.20; Lc 1.35).

2. O Espírito de Cristo

Este nome está relacionado à obra da redenção, que Cristo realizou por amor de nós. Desde os tempos mais remotos, o Espírito Santo vinha “testificando os sofrimentos que a Cristo haviam de vir e a glória que se lhes havia de seguir”               (1 Pe 1.11). Esta é uma das razões por que Ele é chamado O ESPTRITO DE CRISTO. Ele acompanhou todos os passos, atos e palavras de Cristo em sua missão divina a favor dos homens.

3. O Espírito Santo

Este nome está diretamente relacionado à santificação das coisas e dos seres. Tudo se santifica ou é santificado pela atuação gloriosa do Espírito Santo. Até a evidência central da ressurreição de Cristo aconteceu “segundo o Espírito de santificação” (Rm 1.4). Esta é, portanto, a natureza do seu Ser e a extensão de sua obra santificadora.
Ao abrirmos o Novo Testamento, encontramos o Espírito Santo imediatamente com este nome, e daí por diante em cada seção tópica ou celestial.

a. Como Espírito de Deus. Representando a onipotência de Deus, que tudo criou e tudo pode fazer.

b. Como Espírito de Cristo. Representando a onisciência de Deus que, com antecedência de séculos, planejou toda a obra da redenção.

c. Como Espírito Santo. Representando a onipresença do Deus Santo, que faz da santidade a condição moral necessária presente em todo o Universo.

III - Títulos do Espírito Santo

Já falamos sobre os nomes do Espírito Santo; agora, veremos alguns de seus títulos associados, evidentemente, à sua fama e reputação.

1. O Consolador

“E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador...” (Jo 14.16). Há um testemunho gramatical que deve ser mencionado aqui: o uso do substantivo masculino “paracleto”, empregado por Cristo ao referir-se ao Espírito Santo.
O próprio Jesus, durante sua vida terrena, era o Consolador dos seus discípulos, e os consolou quando estava prestes a deixá-los, prometendo-lhes “outro Consolador” (paracleto). Tudo o que Jesus fora para os discípulos, o outro Consolador haveria de ser. Portanto, o Espírito Santo seria uma Pessoa substituindo outra.

A palavra parakletos é antiga, usada no grego clássico, como nos escritos de Demóstenes, onde aparece com o sentido de “advogado” - alguém que pleiteia a causa de outrem -, sentido este que passou para o grego helenista, nos escritos de Josefo, historiador judaico do primeiro século de nossa era, e de Filo e igualmente aos papiros dos tempos dos apóstolos. O termo deriva dos vocábulos gregos para (“para o lado de”) e kaleo (“chamar”, “convocar”), dando o sentido geral de “alguém chamado para ajudar ao lado de outrem”.

Afirma-se que, nos tribunais romanos e gregos, os advogados que assistiam os amigos o faziam não pela recompensa ou remuneração, mas por amor e consideração, ajudando com sábios conselhos.

A palavra traduzida por “ajuda” é extremamente significativa. E formada por três palavras gregas - duas preposições e uma raiz verbal. Uma das preposições significa “com”; a outra, “do outro lado”; e a raiz verbal quer dizer “segurar”. Assim, temos: “segurar do outro lado com”.

“Em alguns momentos de provações, podemos ver alguém ao ‘nosso lado’ e até pensamos, mesmo por uma questão de temor e respeito, que este ‘alguém’ seja o Pai ou o Filho, ou até mesmo um anjo da corte celestial, sem lembrarmos que é o Espírito Santo, ajudando-nos em nossas fraquezas”. (1)

2. O Guia espiritual

Este título é também conferido a nosso Senhor Jesus Cristo (Mq 5.2; Mt 2.6). Aplicado ao Espírito Santo, porém, está relacionado diretamente com sua missão
Orientadora em todos os sentidos da vida, especialmente quanto as verdades espirituais nas quais a alma humana está fundamentada. As pessoas, precisam de pontos de referência para sua orientação. Numa cidade, por exemplo, são pontos d,e referência praças, igrejas, edifícios, torres de comunicações etc. Também são pontos de referência paradas de ônibus, nomes das estações de trem e metrô e de lugares.

Todos esses meios indicam direções seguras e exatas, em qualquer lugar da Terra ou mesmo do Universo, especialmente naquelas dimensões que o homem pode atingir. Para isso foram criados os pontos universais de referência - os pontos cardeais, determinados com base no movimento do Sol (Igor).

Para Deus, entretanto, o conceito de orientação é bem mais amplo e valioso. E Ele, em sua infinita sabedoria, entregou esta grande missão a seu Filho, Jesus Cristo. Porém, com seu regresso ao Pai, confiou-se a tarefa ao Espírito Santo. Este título, mesmo sendo uma derivação de “Consolador”, possui algumas significações especiais. Está ligado diretamente a uma promessa de Jesus a seus discípulos: “Ele o Espírito] vos guiará em toda a verdade...”

A promessa foi confirmada logo após a ressurreição de nosso Senhor. O Espírito acompanhava a Igreja passo a passo. Paulo diz que os cristãos são guiados pelo Espírito: “Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus” (Rm 8.14); em Gálatas 5.18, o apóstolo acrescenta: “Se sois guiados pelo Espírito não estais debaixo da lei”. Ora, sem dúvida isto significa que quem é “guiado pelo espírito de Deus” sabe de onde veio, onde se encontra e para onde está caminhando. Porque o Espírito Santo o “guiará em toda a verdade”.

3. O dedo de Deus

Este título surgiu como uma expressão idiomática dos magos egípcios, talvez Janes e Jambres (2 Tm 3.8). Eles disseram a Faraó, quando fracassaram na reprodução da praga dos piolhos: “Isto é o dedo de Deus...” (Ex 8.19). No entanto, a expressão alcançou significado especial quando o Senhor argumentava com os escribas e fariseus sobre a atuação poderosa do Espírito de Deus em sua vida. Jesus demonstrou claramente a fonte do seu poder:

“Mas, se eu expulso os demônios pelo Espírito de Deus, é conseguintemente chegado a vós o reino de Deus”. Na passagem paralela de Lucas 11.20, Jesus diz literalmente: “Mas, se eu expulso os demônios pelo dedo de Deus, certamente a vós é chegado o reino de Deus”. Jesus utiliza-se nesta última passagem de uma expressão lucana, usada no Antigo Testamento para demonstrar uma intervenção direta e poderosa do Espírito de Deus (cf. Ex 8.19; Dt 9.10).

4. Outro

Este título, mencionado em João 14.16, significa “outro da mesma espécie”. Segundo Dods, o termo grego aqui traduzido por “outro” é allon, e não heteron, e significa que o Espírito Santo é outro ajudador, separado e distinto de Cristo, embora da mesma “espécie”, e não distinta ou separada de “ajudador”. Ele é a continuidade do Senhor Jesus em nós, igual em poder e glória, embora sob manifestação diferente.

Jesus procura consolar os discípulos, mostrando-lhes que, apesar da separação que ocorreria em breve, Ele haveria de permanecer com eles para todo o sempre, porque o seu Representante legal desceria do Céu para estar no meio deles e com eles. (2)

A palavra “paracleto” indica muito mais do que uma 1wssoa compassiva. Um verdadeiro paracleto acompanha intimamente em todos os momentos o que consola. Na qualidade de Paracleto, o Espírito Santo está sempre disposto infundir poder coragem, sabedoria e graça ao coração de cada salvo.
Alcançamos essa graça através da nossa comunhão com Ele. Razão pela qual o apóstolo Paulo a recomenda a iodos os santos: “A comunhão do Espírito Santo seja com vós todos” (2 Co 13.13)

A Existência e a Pessoa do Espírito Santo = Severino Pedro da Silva - CPAD
 




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