quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Sinais e Maravilhas na Igreja


Sinais e Maravilhas na Igreja

Texto Áureo: “Testificando também Deus com eles, por sinais, e milagres, e várias maravilhas e dons do Espírito Santo [...]” (Hb 2. 4)

I – Introdução

Primeiramente, a Paz do Senhor a todos os leitores, que por alguns minutos irão dispor de seu tempo e concentração na leitura de mais esse estudo da palavra de Deus.
Estudo tal que versa sobre um tema muito importante para a vida de cada um de nós, pois muitas vezes nos sentimos fracos e desacreditamos que Deus ainda hoje faz seus sinais e maravilhas. Além disso, de modo contrário, existem pessoas aproveitando-se dos que acreditam que Deus opera, para enganar, para ludibriar.
Por isso, leiamos atentamente tal estudo, não nos atentando para as falhas, mas lembrando do foco principal, que é reforçar nossas fé e atitude diante de Deus.

II – Conceito de Milagres, Sinais, Prodígios e Maravilhas

Tais vocábulos, em seu profundo sentido, podem ser considerados sinônimos. Todavia, vejamos cada uma delas individualmente.
Milagres, segundo o Dicionário Houaiss é ato ou acontecimento fora do comum, inexplicável pelas leis naturais; acontecimento formidável, estupendo; evento que provoca surpresa e admiração. A Pequena Enciclopédia Bíblica de Orlando Boyer diz ser sucesso que se não explica por causas naturais.
Tal conceito de milagres abrange os outros, mas vejamos o que a Pequena Enciclopédia Bíblica de Orlando Boyer fala sobre tais outros vocábulos: Sinal é indício, marca, gesto; Prodígio é coisa sobrenatural; e Maravilha é causa extraordinária que excita admiração. Vê-se, portanto, que abrangem a mesma questão todos os conceitos.
Ou seja, o milagre, sinal, prodígio ou maravilha acontecem quando Deus opera o sobrenatural, fazendo aquilo que aos homens não é possível, de modo a trazer admiração a todos aqueles que tomam conhecimento.

É o que vemos em Marcos 10. 27:
“Jesus, porém, olhando para eles, disse: Para os homens é impossível, mas não para Deus, porque para Deus todas as coisas são possíveis”.

Desse forma, levando-se em consideração que tais conceitos são sinônimos, durante tal estudo usaremos cada um dos termos como se referisse ao mesmo tema.

III - O Milagre na Porta Formosa

Um dos milagres mais emblemáticos que a Bíblia nos relata é o acontecido na porta formosa. Deste acontecimento, muitas lições podem ser tiradas, as quais vamos expor algumas.

III. 1 – Relato Histórico

O milagre está relatado no livro de Atos dos Apóstolos 3. 1-11. Aconteceu que certo dia Pedro e João iam juntos ao tempo à hora da oração quando, na porta do templo, foram abordados por um homem, que era coxo desde o ventre da mãe, o qual lhes pediu uma esmola. Pedro assim respondeu ao coxo: “Não tenho prata nem ouro; mas o que tenho isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda”(versículo 6).

Após isso, o coxo levantou-se e conseguiu andar, enchendo-se de alegria. Entrou no templo saltando e louvando a Deus. Todos que ali estavam o viram louvando a Deus e pasmaram-se, pois conheciam o homem que todos os dias ficava sentado na porta do templo pedindo esmolas. Em consequência disso, todo o povo foi em busca de Pedro e João, para ouvir a Palavra de Deus.
III. 2 – Oração e Milagre

Primeiro ponto importante que vemos nessa passagem está relatado logo no primeiro versículo:
“E Pedro e João subiam juntos ao templo à hora da oração, a nona”. (At 3. 1)
Nota-se que ambos iam ao templo para orar. Nesse sentido, relembrando o que estudamos no trimestre passado, vemos que a oração é essencial tanto para aqueles que precisam de um milagre, quanto para aqueles que querem ser usados por Deus na operação de um milagre. Nesse caso especificamente, fica implícito que Pedro e João tinham vidas de constante oração, por isso eram próximos a Deus, sendo, desse modo, instrumentos na Sua mão.
Nós ainda hoje podemos ser usados por Deus na operação de milagres, no entanto, é condição essencial para que isso aconteça que tenhamos uma vida de constante oração. Busquemos estar cada dia mais próximos a Deus, para que possamos ser instrumentos em Suas mãos.

III. 3 – Nem prata ou ouro

Quando o coxo pediu esmolas a Pedro e João, antes de darem aquilo que tinham, eles declaram não ter prata ou ouro. Eles eram pobres, mas cheios poder do Espírito Santo.
Hoje em dia muitas igrejas são muito ricas, mas já não tem autoridade para dizer: “[...] mas o que tenho isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda”.
Isso se dá porque atualmente muitas igrejas perderam o foco do que é uma igreja. Só pensam em lucrar, em construir templos vultuosos, em comprar aviões, helicópteros, enfim, só pensam na prata e no ouro. Até imagino como muitos hoje em dia responderiam àquele coxo: “Se você me der tudo o que tem, obterá vitória e prosperidade”.
Mesmo diante de tal realidade em que vivemos, podemos fazer diferente. Buscar, sobretudo o que há de mais valioso, que é estar próximo a Deus, sendo usados por Ele.

III. 3 – Conheciam-no

Já destacamos dois pontos nessa passagem do milagre da Porta Formosa. Porém, o ponto que julgo mais importante nessa passagem é o que encontramos no versículo 10 do capítulo 3 de Atos:

“E conheciam-no, pois era ele o que se assentava a pedir esmola à porta Formosa do templo; e ficaram cheios de pasmo e assombro, pelo que lhe acontecera.”

Todos os que estavam no templo maravilharam-se com o milagre acontecido, ficaram pasmados. Entretanto, isso só aconteceu, pois todos aqueles que ali estavam conheciam o coxo, pois ele ficava todo dia na porta do templo, e todos sabiam que ele era coxo desde o nascimento.
Quem sabe se o coxo fosse um desconhecido de todos, eles desconfiariam, e talvez não dessem crédito a Pedro e João. Nisso vemos que Deus opera da maneira correta, para que não haja desconfiança.
Hoje em dia muitas igrejas sofrem desconfiança exatamente por causa disso. Eles dizem que operam milagres e maravilhas, mas ninguém consegue ter certeza, pois não conhecem a pessoa que recebeu o milagre.
Tudo ter ocorrido da maneira como ocorreu no templo foi para que a palavra de Deus pudesse ser pregada e tivesse crédito diante de todos aqueles que viram o agir sobrenatural de Deus.
Posteriormente, os sacerdotes, o capitão do templo e os saduceus não gostaram da pregação de Pedro e João, questionando a eles sobre o milagre realizado. Porém, nada tinham a dizer, pois o milagre era evidente:
“E, vendo estar com eles o homem que fora curado, nada tinham que dizer em contrário”. (At. 4. 14)
Pelo exposto, fiquemos atentos irmãos, para que não sejamos enganados. Quando Deus agir, a dúvida não há de permear em nossos corações.


III. 4 – Abriu porta para a palavra

Há ainda um ponto chave, talvez o mais importante. Através desse milagre Deus abriu a porta para que Pedro e João pregassem a Sua palavra. No entanto, tal questão será tratada de forma mais específica posteriormente.

IV – Porque Deus Opera Milagres

Quando Deus opera, Ele não o faz em vão. Todo agir de Deus tem um objetivo específico, os quais trataremos pormenorizadamente neste tópico.

IV. 1 – Glorificar a Deus e expandir-lhe o reino

No livro de João, capítulo 11, é relatado quando Lázaro foi ressuscitado por Jesus. Este foi informado da doença de Lázaro, estando em local diverso daquele onde Lázaro se encontrava. Porém, ainda assim Jesus não se apressou, indo somente após dois dias ao encontro de Lázaro. Quando lá chegou ele estava morto já, mas Jesus operou grande milagre, ressuscitando-o.
Entretanto vemos que, antes mesmo de ir ao encontro de Lázaro, quando foi informado de sua enfermidade, Jesus assim disse:

“E Jesus, ouvindo isto, disse: Esta enfermidade não é para morte, mas para glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela.”(Jo 11. 4)

Portanto, Jesus operou tão grandioso milagre como um de Seus grandes sinais, para que aqueles que estavam ali dessem crédito a sua palavra, para que glorificassem a Seu santo nome.
Esse é um dos principais objetivos de um milagre, glorificar ao nome de Deus e abrir caminho para que sua palavra seja pregada, expandindo o Seu reino.
No milagre da porta formosa também podemos visualizar tal objetivo. Feito o milagre, maravilharam-se todos e foram ao encontro de Pedro e João. Partindo-se disso, então, eles começaram a falar da mensagem de Cristo a todos que ali se encontravam. Começaram a glorificar a Deus, apontando-O como autor do milagre. Foi o prodígio realizado que fez com que todos lhes dessem atenção e valor. Grande foi a pregação, e muitos foram os que se converteram a Cristo naquela ocasião.

Outra passagem que bem nos relata tal função do milagre encontramos no livro de Marcos capítulo 2. 3-12:

“3E vieram ter com ele conduzindo um paralítico, trazido por quatro.
4E, não podendo aproximar-se dele, por causa da multidão,descobriram o telhado onde estava, e, fazendo um buraco, baixaram o leito em que jazia o paralítico. 5E Jesus, vendo a fé deles, disse ao paralítico: Filho, perdoados estão os teus pecados. 6E estavam ali assentados alguns dos escribas, que arrazoavam em seus corações, dizendo: 7Por que diz este assim blasfêmias? Quem pode perdoar pecados, senão Deus? 8E Jesus, conhecendo logo em seu espírito que assim arrazoavam entre si, lhes disse: Por que arrazoais sobre estas coisas em vossos corações? 9Qual é mais fácil? dizer ao paralítico: Estão perdoados os teus pecados; ou dizer-lhe: Levanta-te, e toma o teu leito, e anda? 10Ora, para que saibais que o Filho do homem tem na terra poder para perdoar pecados (disse ao paralítico), 11a ti te digo: Levanta-te, toma o teu leito, e vai para tua casa. 12E levantou-se e, tomando logo o leito, saiu em presença de todos, de sorte que todos se admiraram e glorificaram a Deus, dizendo: Nunca tal vimos.”

Vemos que Jesus perdoou os pecados do paralítico, mas que foi questionado sobre sua autoridade para fazer isso. Diante de tal situação, para mostrar que realmente poderia perdoar, curou o paralítico. Fica claro, portanto, que Jesus assim o fez para que aqueles que ali se encontravam cressem que Ele tinha poder para perdoar pecados.


É necessário frisar, para que fique claro, que o perdão dos pecados, diante de Deus, é mais importante que ele ter voltado a andar. No entanto, aos olhos humanos, e Jesus bem sabia disso, um sinal surtiria maior efeito para que Sua palavra tivesse crédito.

Disso, tiramos que, a pregação da palavra que segue ao milagre é mais importante que o próprio milagre. O prodígio torna-se um meio de Deus agir, de forma a trazer pecadores a si. Portanto, não devemos perder o foco, um dos principais (se não o principal) objetivos da operação de uma maravilha, é para que o nome de Deus seja glorificado por isso, e para que mais almas venham a convencer-se de Cristo através de nossa pregação.

IV. 2 – Benefício do ser humano

Mesmo sendo a principal função a glória de Deus, não há que se perder de vista que todo milagre também é para beneficio do ser humano. Em todos os exemplos citados no sub-tópico anterior, no caso de Lázaro, do coxo da porta formosa e do paralítico de Cafarnaum, vemos que eles beneficiaram-se, podendo ter a partir daquele momento uma nova vida.
Deus opera milagres sempre para a Sua glória, e também sempre para que as pessoas que receberam tal milagre se alegrem.
Tal benefício às pessoas também é para a glória de Deus, pois essas pessoas passam a ter um testemunho a dar de Deus. Quando Deus opera milagres a sua palavra passa a ser anunciada em duas frentes.

Primeiro naquela já citada, que é quando Deus opera através de um servo Seu, fazendo com que esse passe a ter oportunidade de falar. Mas também para que aquele que recebe o milagre passe a falar de Jesus, passe a testemunhar do que Ele fez em sua vida.
Muitas vezes, a pregação de quem recebe um milagre é ainda mais eficaz, pois ele pode contar como ocorreu, pode mostrar o que Deus pode fazer por nós.
Ainda, lembremos que muitas vezes um milagre operado por Deus dá uma nova chance para aquele o recebeu. Vemos em João 5, quando da cura do paralítico de Betesda, que após operar o milagre Jesus encontrou no templo o homem que tinha recebido a cura, e disse-lhe:

“Eis que já estás são; não peques mais, para que não te suceda alguma coisa pior.” (Jo 5. 14)

Disso, vemos que tal homem recebeu uma nova chance. Quando Jesus exorta para que não pequs mais, para que não suceda coisa pior, fica implícito que Jesus está lhe dando uma nova chance, uma nova vida.
Portanto, irmãos meus, creiamos que Deus pode operar milagres em nossas vida, que Ele pode nos curar, pode nos livrar de problemas, angústias, enfim, de toda forma de enfermidade. No entanto, tenhamos sempre em mente que quando recebemos um milagre de Deus, estamos recebendo junto a responsabilidade de testemunhar desse milagre, bem como uma nova chance, para uma vida diferente.

IV. 3 – A Glória é de Deus, não nossa

Voltando ao exemplo do milagre da porta formosa, vemos que após a operação do milagre, Pedro e João poderiam muito bem enaltecer seus nomes, glorificar a si mesmo. Todavia, não foi o que fizeram, mas sim deram glórias a quem realmente era o autor da obra, o nosso Grande e Maravilhoso Deus.
Hoje em dia, porém, as coisas estão mudando. Vemos na televisão, em igrejas espalhadas, pessoas que fazem verdadeiros shows em cima de milagres, que a maioria das vezes nem aconteceram.
Pessoas criam igrejas independentes, montam palcos, para mostrarem supostos prodígios de Deus. Que Deus tenha misericórdia desses, que atentam contra o Seu nome.

O pior de tudo, porém, é que muitos desses enganam diversos fiéis. Quantas vezes não vemos pessoas dizerem que vão a tal evento, pois lá estará um pastor que cura. Eu me pergunto, quem é que cura? Quem opera o milagre? O dono da obra é Deus, somente Deus. Pobres e coitados esses que apresentam a obra como se sua fosse.
Atentemo-nos irmãos, toda honra e toda glória sejam dadas a Deus, única e exclusivamente a Deus.



V – O Milagre da Salvação

Apesar de fugir um pouco ao foco da lição, quando se fala em milagre, não se pode deixar de comentar o maior dos milagres, o da Salvação.
Digo ser o maior dos milagres, pois é o que concede a cura da alma, dá alegria e paz eternas. Em Romanos 14. 1 encontramos:

“ORA, quanto ao que está enfermo na fé, recebei-o, não em contendas sobre dúvidas.”

Portanto, vê-se que existem pessoas que são enfermas na fé, de modo que a salvação é também um milagre de cura. No mundo perverso em que vivemos, no qual vemos pessoas que em nosso ponto de vista não tem salvação, quando tal pessoa é alcançada pela palavra de Deus, estamos diante de um verdadeiro milagre.
Vejamos, portanto, alguns dos principais pontos desse milagre tão maravilhoso.

V. 1 – Uma nova chance

A Salvação oferece ao pecador uma nova chance. A oportunidade de ter uma vida diferente, de ter atitudes diferentes, de ter a vida eterna. Grande exemplo disso é a história da mulher adúltera.
Tal história é relatada no Evangelho de João, capítulo 8. Trata-se de uma mulher que foi pega em adultério e levada até Jesus para que falasse o que devia ser feito. Os que a levaram queriam ver se Jesus negaria as leis de Moisés, que mandava que ela fosse apedrejada. Foi quando Jesus disse que aquele que não tivesse pecado, fosse o primeiro a atirar uma pedra.
Levantando a cabeça Jesus viu que não havia mais ninguém. Em decorrência disso Jesus perguntou à mulher onde estavam seus acusadores e se ninguém a havia condenado, respondendo ela que haviam ido embora e não a haviam condenado. Foi quando Jesus disse:

“Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais.” ( Jo 8. 11)

Dessa forma, vemos que Jesus deu àquela mulher uma nova chance, a chance de mudar sua vida. A partir daquele momento a mulher poderia decidir se voltaria a cometer pecado ou não, mas sabia que se não voltasse a cometer pecado estava salva, teria a vida eterna.

Em 2 Co 5. 17 temos:
“Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.”

Portanto, ganhamos uma nova chance, nos tornando novas criaturas. Tudo que fizemos de errado ficou para trás, sendo nossa responsabilidade fazer tudo diferente daqui para frente. Maravilhoso milagre é ter uma nova oportunidade de fazer tudo diferente.
Sobre essa nova chance nasce também uma responsabilidade. Devemos falar a todos desse maravilhoso milagre da salvação. Devemos anunciar que Jesus pode dar uma nova vida ao mais vil pecador.

V. 2 – Alegria e Paz

Quando somos salvos experimentamos da paz e alegria perfeitas, que só vem de Cristo. Nesse sentido:

“Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.” (Rm 14. 17)

Tanto em nossa vida terrena, e sobretudo em nossa vida eterna, desfrutaremos da paz e alegria que o Espírito Santo, nosso Consolador, nos dá. Sabemos que aflições hão de vir, mas a alegria e paz são perfeitas em Cristo por causa disso, pois mesmo diante de tais aflições, se estivemos ligados à Videira Verdadeira, continuaremos alegres e em paz.
Há maior milagre do que enfrentar a vida, os problemas, as angústias, as aflições, com a alegria e paz no coração? Não há, esse é um milagre verdadeiro.



V. 3 – O Maior dos milagres

Como já dito anteriormente, o milagre da salvação é o maior dos milagres, pois sem ele há condenação eterna. A pessoa pode ter a saúde perfeita, ser próspera financeiramente, mas se não tiver a salvação, de nada servem essas coisas.

Também já dito anteriormente, quando falamos sobre o paralítico de Cafarnaum, Jesus deu um sinal aos que ali estavam (a cura do paralítico), para que cressem que Ele poderia perdoar pecados. Porém, o principal, para o paralítico, foi ter seus pecados perdoados. Pode ser que não percebamos isso claramente, sobretudo aquele que se encontra enfermo, todavia, vale muito mais ter uma vida eterna estando doente aqui na terra, do que ter uma saúde perfeita e ser condenado.

Muitos ainda questionam-se do porquê de existirem muitas pessoas que aceitam a Cristo, recebem perdão e salvação, mas continuam enfermos. É o caso muitas vezes de pessoas que por terem uma vida desregrada acabam tendo enfermidades graves. Estas podem receber a salvação, mas seus pecados têm suas consequências. Não que Deus não possa reverter tal situação, muito pelo contrário, por tudo que já foi dito sabemos que Deus pode fazer qualquer coisa, mas é que muitas vezes não é da vontade de Deus que a pessoa seja curada. Esse é um dos grandes mistérios de Deus, que não cumpre a nós humanos julgar.

Para finalizar, temos o um grande exemplo de que a salvação é o maior dos milagres, e que sem ela de nada vale o resto. É o que encontramos no Evangelho de Lucas, capítulo 17. 11-19:

“11E aconteceu que, indo ele a Jerusalém, passou pelo meio de Samaria e da Galiléia; 12E, entrando numa certa aldeia, saíram-lhe ao encontro dez homens leprosos, os quais pararam de longe; 13E levantaram a voz, dizendo: Jesus, Mestre, tem misericórdia de nós. 14E ele, vendo-os, disse-lhes: Ide, e mostrai-vos aos sacerdotes. E aconteceu que, indo eles, ficaram limpos. 15E um deles, vendo que estava são, voltou glorificando a Deus em alta voz; 16E caiu aos seus pés, com o rosto em terra, dando-lhe graças; e este era samaritano.17E, respondendo Jesus, disse: Não foram dez os limpos? E onde estão os nove? 18Não houve quem voltasse para dar glória a Deus senão este estrangeiro? 19E disse-lhe: Levanta-te, e vai; a tua fé te salvou.”

Vemos nessa passagem que foram dez os que pediram a cura a Jesus, mas somente um deles voltou para glorificar a Deus por isso. Mediante tal fato Jesus disse: “vai, a tua fé te salvou”. Portanto, vemos que todos aqueles leprosos receberam a cura, porém somente um deles recebeu a salvação. De que vale ter uma vida saudável, mas não ter a salvação?

Irmãos, essa é a última exortação que faço. Foquemos-nos na salvação de nossas almas, que é maior de todos os milagres que Deus pode realizar em nossas vidas.

VI – Conclusão

Após este estudo, o que se busca é que entendamos quão maravilhoso é ver Deus operar em nosso meio. Tenhamos fé de que Deus pode nos usar como Seu instrumento. Assumamos nossa responsabilidade de falar aos outros da palavra de Deus, nos utilizando dos sinais que Ele operar, e testemunhando daquilo que Ele faz. E que busquemos sobre todas as coisas o milagre da salvação em nossas vidas, bem como que falemos de tal milagre àqueles que necessitam de receber essa tão maravilhosa mensagem. Amém!


Elaboração por:- Jonathan S. Silva

Membro da Igreja Assembléia de Deus Ministério do Belém de Dourados-MS.

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