JOÃO BATISTA, O ÚLTIMO PROFETA DO ANTIGO PACTO
Texto Áureo: Lc. 16.16 - Leitura Bíblica em Classe: Mt. 11.7-15.
Texto Áureo: Lc. 16.16 - Leitura Bíblica em Classe: Mt. 11.7-15.
Pb. José Roberto A. Barbosa
Objetivo: Destacar o papel profético de João Batista, o Precursor do Messias, no Antigo Pacto, um exemplo profético para a igreja de hoje.
INTRODUÇÃO
João Batista teve seu nascimento e ministério anunciado por Isaias, 700 anos antes (Is. 40.3-5). Seu ministério profético fora reconhecido pelos seus ouvintes (Mt. 14.5), e ele mesmo sabia que havia sido enviado pelo Senhor (Jo. 1.20-23). O próprio Jesus destacou a importância do ministério profético de João Batista (Mt. 11.11). Na lição de hoje, estudaremos a respeito desse que é o último profeta do Antigo Pacto.
1. JOÃO BATISTA, VIDA E MINISTÉRIO
O nascimento de João Batista foi profetizado por Isaias (40.3) e Malaquias (4.5) e aos seus pais idosos, através de um anjo (Lc. 1.5-23). Seu pai, Zacarias, era sacerdote, e sua mãe, Isabel, uma das “filhas de Arão”. Maria, a mãe de Jesus, também recebeu uma revelação a respeito do nascimento de João (Lc. 1.36). Pouco se sabe a respeito da sua infância e juventude, a não ser que ele “crescia e se fortalecia em espírito. E viveu nos desertos até ao dia em que havia de manifestar-se a Israel” (Lc. 1.80). Depois de passar vários anos no isolamento, já na idade adulta, João Batista começa a pregar e chamar o povo ao arrependimento. Suas vestes eram de pelo de camelo, e andava cingindo de um cinto de couro, e alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre (Lv. 11.22; Sl. 81.16; Mt. 3.4). Ele começou seu ministério no deserto da Judéia (Mt. 3.1; Mc. 1.4; Lc. 3.3; Jo. 1.6). As pessoas vinham até ele a fim de serem batizadas no Rio Jordão (Mt. 3.5; Mc. 1.5). João Batista era um profeta corajoso, que não deixava de denunciar a religiosidade aparente dos fariseus e saduceus (Mt. 3.7) e as classes sociais abastardas (Lc. 3.7-14). A mensagem de João Batista era cristocêntrica, pois apontava para o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Lc. 3.15-17; Jô. 1.29-21). Ele nunca quis ser confundido com Cristo, sabia reconhecer o seu lugar no ministério (Lc. 3.15; Jo. 1.20). Devido ao seu comprometimento profético, foi perseguido e morto por Herodes, por denunciar suas práticas pecaminosas (Lc. 3.19; Mt. 14.3-12)
2. O ÚLTIMO PROFETA DO ANTIGO PACTO
O ministério de João Batista foi respaldado por Jesus, que asseverou ser esse um maior dos profetas nascidos de mulher (Mt.11.7-11; Lc. 7.19-23). Essa palavra do Senhor reforça o que anteriormente havia sido dito a respeito de João, que ele seria “profeta do Altíssimo” (Lc. 1.76). A singularidade de João Batista, em relação aos demais profetas do Antigo Pacto, repousa em seu caráter de envio para ser o precursor do Messias (Mt. 11.9, 11). Os estudiosos destacam algumas razões pelas quais João Batista é considerado o maior e o último profeta do Antigo Pacto: 1) por ter o privilégio de ver o cabal cumprimento das profecias do Antigo Testamento em relação à vinda do Messias; 2) por ter sido, ele mesmo, o precursor do Messias, e ser testemunha do Seu ministério; 3) por ter batizado o Senhor Jesus nas águas, assumindo a posição de participante do ministério da justiça do Messias; e 4) por ter testemunhado o ápice do ministério profético, fechando o ciclo dos profetas do Antigo Pacto (Lc. 16.16). Esse foi o último profeta a quem “veio a palavra de Deus”, do mesmo modo que falava o Senhor aos outro profetas do Antigo Testamento (Lc. 3.2; Jr. 1.2). Depois de João Batista, existiram, e ainda existe, o ministério profético, o dom de profecia, não mais profetas da mesma envergadura daqueles do Antigo Pacto.
3. UM MODELO PROFÉTICO PARA HOJE
O ministério profético de João Batista, conforme destacamos nos tópicos anteriores, é singular. Mas sua atuação, nos dias de hoje, ainda serve de exemplo para a igreja do Senhor. Como João Batista, devemos ter a consciência do chamado divino para anunciar a mensagem de condenação e salvação à humanidade (Mt. 3.12; Lc. 3.8,9). A igreja não pode pregar apenas um Deus bonachão, que não pune aos pecadores, e que está disposto a salvar a todos ao final, como defendem os universalistas. Por outro lado, não se pode apenas destacar a ira divina, sem apontar para sua graça maravilhosa, revelada em Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo. 1.29,36). Semelhantemente a João Batista, não podemos fugir da realidade do pecado, esse que já está sendo negado em alguns contextos evangélicos, influenciados pela psicologia moderna. O pecado é uma realidade, de gravíssimas proporções, pois afasta o ser humano da glória de Deus (Rm. 3.23), por isso, faz-se necessário o arrependimento (Mt. 3.10-14). Mas nem tudo está perdido, pois Deus amou a humanidade (Jo. 3.16), e entregou Seu Filho Amado, para que todos aqueles que crêem nEle tenham a vida eterna, esse é o Dom Gratuito de Deus (Rm. 6.23). Tal como João Batista, devemos assumir que Jesus é o centro da pregação, importa que Ele cresça e que nós diminuamos (Jo. 3.10), pois Ele é Maior do que João Batista (Mt. 3.11), a respeito do qual testemunhou dizendo achar-se indigno de desatar suas alparcas (Lc. 3.16). A igreja, assim como João Batista, não pode se conformar com o pecado, com a religiosidade aparente, e muito menos com a corrupção na política. A autoridade profética da Igreja se baseia na revelação da Palavra de Deus, e, a partir dela, pode também ser uma voz que clama no deserto (Mt. 3.3; Mc. 1.3; Lc. 3.4; Jo. 1.23).
CONCLUSÃO
João Batismo, como profeta, teve um ministério único. A singularidade do seu ministério está na predição do seu nascimento e atuação. Ele, diferentemente dos outros profetas do Antigo Pacto, teve a oportunidade de ser testemunha ocular dos oráculos do Senhor. Por esse motivo, Jesus, o tema central das profecias do Antigo Testamento, destacou que João, o Batista, era o maior dos profetas, sendo, este, verdadeiramente, uma lâmpada que ardia e iluminava (Jo. 5.35).
BIBLIOGRAFIA
BRUCE, F. F. João: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2007.
LAHAYE, T., HINDSON, E. (ed.) Enciclopédia popular de profecia bíblica. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
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