quarta-feira, 7 de agosto de 2013

A FIDELIDADE DOS OBREIROS DO SENHOR


Lição 6 – A fidelidade dos obreiros do Senhor





Lições Bíblicas do 3º Trimestre de 2013 - CPAD - Jovens e Adultos
Tema: Filipenses - A Humildade de CRISTO como exemplo para a Igreja.
Comentário: Pr. Elienai Cabral
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto
Elaboração e pesquisa para a Escola Dominical da Igreja de Cristo no Brasil, Campina Grande-PB; Postagem no Blog AUXÍLIO AO MESTRE: Francisco A Barbosa.

Por Francisco A Barbosa
Lição 6 – A fidelidade dos obreiros do Senhor
11 de agosto de 2013

TEXTO ÁUREO
“Espero, porém, no Senhor Jesus, mandar-vos Timóteo, o mais breve possível, a fim de que eu me sinta animado também, tendo conhecimento da vossa situação” (Fp 2.19 - ARA). – Timóteo normalmente agia como emissário pessoal de Paulo (1Co 4.17; 16.10,11; 1Ts 3.6). Seu objetivo ao ir para Filipos era estimular os cristãos de lá e trazer de volta a Paulo as notícias de seu bem-estar.

VERDADE PRÁTICA
Os obreiros do Senhor devem estar conscientes quanto à sua responsabilidade no santo ministério.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Filipenses 2.19-29

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
            • Reconhecer a preocupação de Paulo com a Igreja;
            • Pontuar o modelo paulino de liderança,
            • Inspirar-se à prática cristã com o exemplo de Epafrodito.

PALAVRA-CHAVE
Fidelidade: 1. Qualidade de fiel; 2. Fé, lealdade; 3. Verdade, veracidade; 4. Exatidão.

COMENTÁRIO

introdução
A preocupação de Paulo com a unidade e a comunhão da igreja filipense era tão intensa que ele desejava estar presente naquela comunidade. [Paulo está confiante de que será liberado da prisão. Sua expectativa realizou-se logo depois de ele ter escrito esta carta].Todavia, o apóstolo encontrava-se preso. Impedido de rever aqueles pelos quais estava disposto a “sacrificar-se” (Fp 2.17) [Nada caracteriza mais a vida de Paulo e seu ministério do que o amor para com o Senhor, Sua obra e Seu povo. Ele também amava os não crentes, especialmente seus colegas judeus, sobre quem testemunhou: "Porque eu mesmo poderia desejar ser anátema de Cristo, por amor de meus irmãos, que são meus parentes segundo a carne;" (Rm 9.3). Mas ele tinha um amor especial para com os crentes cristãos, como exemplificado pelo seu testemunho aos de Corinto: "Porque em muita tribulação e angústia do coração vos escrevi, com muitas lágrimas, não para que vos entristecêsseis, mas para que conhecêsseis o amor que abundantemente vos tenho."(2 Co 2.4). O tipo de amor de Paulo era para servir incondicionalmente e sacrificialmente.], Paulo envia dois obreiros fiéis, Timóteo e Epafrodito, para cuidar daquela igreja até sua chegada (2.19-30). [Timóteo era um bom exemplo do que um ministro e missionário de Deus deve ser. Era um estudante zeloso e obediente à Palavra de Deus (2Tm 3.15); um servo perseverante e digno de Cristo (1Ts 3.2); um homem de boa reputação (At 16.2), amado e fiel (1Co 4.17), com solicitude genuína pelo próximo (v. 20), fidedigno (2Tm 4.9,21) e dedicado a Paulo e ao evangelho (v. 22; Rm 16.21). Há pastores que pregam, ensinam, pastoreiam ou escrevem, não com solicitude genuína pela propagação do evangelho, mas visando aos seus próprios interesses, honra, glória e prestígio. Ao invés de procurarem agradar ao Senhor Jesus, procuram agradar aos homens e conquistar o favor deles (1.15; 2.20,21; 2Tm 4.10,16). Tais pastores não são verdadeiros servos do Senhor.] Tenham todos uma abençoada e excelente aula!

I. A PREOCUPAÇÃO DE PAULO COM A IGREJA
1. Paulo, um líder comprometido com o pastorado. O versículo do texto áureo revela o coração amoroso de Paulo que, apesar de encarcerado, ansiava por notícias dos irmãos na fé. O apóstolo temia que a igreja filipense ficasse exposta aos “lobos devoradores” que se aproveitam da vulnerabilidade e da fragilidade das “ovelhas” a fim de “devorá-las” (Mt 10.16; At 20.29). Paulo se preocupava com a segurança espiritual do rebanho de Filipos e esforçava-se ao máximo para atendê-lo. [Paulo e Timóteo são chamados pelo título de servos de Cristo Jesus, para ficar marcado seu senso de responsabilidade, sob a direção de Deus. Este título denota a autoridade que Deus lhes deu para falarem e agirem em Seu nome, como Seus genuínos representantes. “Ser um servo, na linguagem religiosa do judaísmo, significava ser alguém escolhido por Deus” (Lohmeyer, sobre 2.7). “servo de Cristo Jesus”, que é um sinal de seu senso de autoridade apostólica (cf. 2 Co 10.8). A igreja estava sob ataque pelo perigo dos falsos mestres (3.2). O judaísmo e o perfeccionismo atacavam a igreja. Paulo os chama de adversários (1.28), inimigos da cruz de Cristo (3.17). Ralph Martin diz que os mestres discutidos em Filipenses 3.12-14 são judeus. Eles se vangloriavam da circuncisão (3.2), a que Paulo replica com uma afirmação de que a igreja é o verdadeiro Israel (3.3). O tipo de amor de Paulo era para servir incondicional e sacrificial. Ele temia que, se não desse o seu máximo esforço, ele seria desclassificado e sua recompensa diminuída (1Co 9.24-27). Ele estava consciente de que ele tinha uma vocação especial, superdotação, e capacitação e que o Senhor iria responsabilizá-lo. Ele escreveu sobre sua responsabilidade aos Coríntios: "Que os homens nos considerem como ministros de Cristo, e despenseiros dos mistérios de Deus. Além disso requer-se dos despenseiros que cada um se ache fiel."(1Co 4.1, 2). Devido a essa responsabilidade, Paulo se auto-disciplinava: "Eu disciplino meu corpo e faço dele meu escravo, para que, depois de eu ter pregado aos outros, eu mesmo não venha a ser desqualificado" (1Co 9.27). Ele estava confiante "que no dia de Cristo [ele teria] motivo para a glória, porque [ele] não correra em vão, nem trabalhou em vão" (Fp 2.16). Ao realizar sua missão, os discípulos devem estar preparados para encarar a perseguição e até o martírio. São características do tipo errado de líderes na igreja: 1) estão mais interessados em si mesmos do que cuidar do rebanho (At 20.29); 2) atraem pessoas atrás deles (At 20.30); 3) buscam resultados rápidos que requeiram pouco sacrifício (At 20.31).]
2. Paulo, o mentor de novos obreiros. O apóstolo apresenta dois obreiros especiais para auxiliar a igreja de Filipos. Primeiramente, Paulo envia Timóteo, dando testemunho de que ele era um obreiro qualificado para ouvir e atender às necessidades espirituais da igreja. [Paulo mentoreou muitas pessoas, no entanto foi com Timóteo que esse trabalho sem dúvida destacou-se mais claramente. Timóteo, filho na fé do apóstolo da fé (1Tm 1.2), tinha andado e aprendido com ele por algum tempo. A imagem de mentor transparece em 1 e 2 Timóteo, em especial no início de 2Timóteo. A vida de Timóteo é um modelo de humildade a que Paulo conclama os seus leitores e uma imagem da humildade do próprio Cristo (VV 5-11). Vale a pena destacar como Paulo se referia a Timóteo: “meu amado filho” (v. 2). Palavras semelhantes foram ditas pelo Pai após o batismo de Jesus: “Este é o meu Filho amado, em quem me agrado” (Mt 3.17). As Escrituras trazem mais oito frases similares com referência a Jesus, o que mostra quão fundamental isso foi para a vida e a identidade de Cristo (v. Is 42.1; Mt 12.18, 17.5; Mc 1.11, 9.7; Lc 3.22, 9.35 e 2Pe 1.17). Quantos líderes e pastores não estão convictos de que são realmente amados, aceitos pelo Pai celeste ou por um mentor ou pai espiritual aqui na terra.]Em seguida, o apóstolo valoriza um obreiro da própria igreja filipense, Epafrodito. Este gozava de total confiança de Paulo, pois preservava a pureza do Evangelho recebido. O apóstolo Paulo ainda destaca a integridade desses dois servos de Deus contra a avareza dos falsos obreiros (v.21) [Os filipenses eram companheiros de Paulo no serviço sacrificial a Deus (1.25-30; 4.10-19), principalmente através do ministério de Epafrodito (2:25-30). Epafrodito havia sido enviado da igreja de Filipos para dar um apoio financeiro para Paulo e para ministrar às suas necessidades. Epafrodito é um dos Setenta Discípulos e um santo. Pessoas com este nome aparecem como primeiro bispo de Filipos e de Andríaca, na Ásia Menor, e também de Terracina, na Itália. Há poucas evidências de que sejam todos o mesmo indivíduo.] Estes são líderes que não zelam pela causa de Cristo, mas se dedicam apenas aos seus próprios interesses. [ Há pastores que pregam, ensinam, pastoreiam ou escrevem, não com solicitude genuína pela propagação do evangelho, mas visando aos seus próprios interesses, honra, glória e prestígio. Ao invés de procurarem agradar ao Senhor JESUS, procuram agradar aos homens e conquistar o favor deles (1.15; 2.20,21; 2 Tm 4.10,16). Tais pastores não são verdadeiros servos do Senhor.]
3. Paulo, um líder que amava a igreja. Ao longo de toda a Carta aos Filipenses, percebemos que a relação do apóstolo Paulo para com esta igreja era estabelecida em amor. Não era uma relação comercial, pois o apóstolo não tratava a igreja como um negócio. Ele não era um gerente e muito menos um patrão. A melhor figura a que Paulo pode ser comparado em seu comportamento em relação à igreja é a de um pai que ama os seus filhos gerados na fé de Cristo. Todas as palavras do apóstolo — admoestações, exortações e deprecações — demonstram um profundo amor para com a igreja de Filipos. Precisamos de obreiros que amem a Igreja do Senhor. Esta é constituída por pessoas necessitadas, carentes, mas, sobretudo, desejosas de serem amadas pelos representantes da igreja (2Tm 2.1-26). [Depois de dar primazia a Cristo no capítulo 1, Paulo revela que o outro deve vir antes do eu. O amor não é egocentralizado, mas outrocentralizado. O segredo da unidade é sempre pôr o interesse dos outros na frente do nosso. No capítulo 2, Paulo cita quatro exemplos daqueles que pensam no outro antes de pensar no eu: Cristo, ele próprio, Timóteo e Epafrodito. O orgulho é competitivo por natureza e tenta elevar uma pessoa acima das outras, promovendo conflitos em lugar de harmonia. Já a humildade aceita um lugar de serviço, preocupando-se com necessidades e interesses dos outros. O amor é essencial à humildade (1.9; 1Co 13.4,5). E, ainda que seja oferecido por libação sobre o sacrifício e serviço da vossa fé, folgo e me regozijo com todos vós. E vós também regozijai-vos e alegrai-vos comigo por isto mesmo. (2.17–18). Nada caracteriza mais a vida de Paulo e seu ministério do que o amor para com o Senhor, Sua obra e Seu povo. Ele também amava os não crentes, especialmente seus colegas judeus, sobre quem testemunhou: "Porque eu mesmo poderia desejar ser anátema de Cristo, por amor de meus irmãos, que são meus parentes segundo a carne;" (Ro 9.3).]

SINOPSE DO TÓPICO (I)
O compromisso pastoral do apóstolo Paulo passava pela mentoria que ele exercia sobre os novos obreiros e por seu amor pela igreja. Ele não era gerente de uma instituição, mas pastor de uma igreja.

II. O ENVIO DE TIMÓTEO À FILIPOS (2.19-24)
1. Paulo dá testemunho por Timóteo. O envio de Timóteo à Filipos tinha a finalidade de fortalecer a liderança local e, consequentemente, todo o Corpo de Cristo. Além de enviar notícias suas à igreja, Paulo também esperava consolar o seu coração com boas informações acerca daquela comunidade de fé. Assim, como Timóteo era uma pessoa de sua inteira confiança, considerado pelo apóstolo como um filho (1Tm 1.2), tratava-se da pessoa indicada para ir a Filipos, pois sua palavra à igreja seria íntegra, leal e no temor de Deus. Paulo estava seguro de que o jovem Timóteo teria a mesma atitude que ele, ou seja, além de ensinar amorosa e abnegadamente, pregaria o evangelho com total comprometimento a Cristo (v.20). [Timóteo (em grego: Τιμόθεος - Timótheos, que significa "honrando a Deus" ou "honrado por Deus") foi um bispo cristão do século I d.C. que morreu por volta do ano 80 d.C. O Novo Testamento indica que Timóteo esteve com Paulo de Tarso, que era seu mentor, durante as suas viagens missionárias. Está listado como um dos Setenta Discípulos e é mencionado na Bíblia durante a segunda visita de Paulo à Listra, na Anatólia, como sendo um "discípulo", "filho de uma judia crente, mas de pai grego". Paulo então decidiu tomá-lo como seu companheiro de viagem, circuncidando-o antes para garantir sua aceitação pelos judeus convertidos (De acordo com McGarvey, Paulo realizou a operação "com suas próprias mãos". Timóteo foi então ordenado) e seguiu com Paulo em suas viagens através da Frígia, Galácia, Mísia, Tróas, Filipos, Véria e Corinto. Sua mãe, Eunice, e sua avó, Loide, são também citadas como eminentes por sua piedade e fé, o que indica que elas devem ter sido cristãs também. Timóteo foi elogiado por Paulo por seu conhecimento das Escrituras, a quem ele parece ter sido apresentado ainda na infância. Pouco se sabe sobre seu pai, exceto que ele era grego. De acordo com uma tradição posterior, Paulo consagrou Timóteo como bispo de Éfeso no ano 65 d.C., onde ele teria servido por 15 anos. No ano 80 d.C. (ou 97 d.C., Timóteo tentou impedir uma procissão pagã e, em resposta, os furiosos pagãos o atacaram, arrastaram-no pelas ruas e o apedrejaram. No século IV d.C., suas relíquias foram transferidas para a Igreja dos Santos Apóstolos em Constantinopla.].
2. O modelo paulino de liderança. Timóteo, Epafrodito e Tito foram obreiros sob a liderança de Paulo. Eles aprenderam que o exercício do santo ministério é delineado pela dedicação, humildade, disposição e amor pela obra de Deus. Qualquer obreiro que queira honrar ao Senhor e sua Igreja precisa levar em conta os sofrimentos enfrentados pelo Corpo de Cristo na esperança de ser galardoado por Deus. Nessa perspectiva, o principal ensino de Paulo aos seus liderados era que o líder é o servidor da Igreja. O apóstolo aprendera com Jesus que o líder cristão deve servir à Igreja e jamais servir-se dela (Mt 20.28). [O tipo de amor de Paulo era para servir incondicionalmente e sacrificialmente. Ele temia que, se não desse o seu máximo esforço, ele seria desclassificado e sua recompensa diminuída (1Co 9.24-27). Ele estava consciente de que ele tinha uma vocação especial, superdotação, e capacitação e que o Senhor iria responsabilizá-lo. Ele escreveu sobre sua responsabilidade aos Coríntios: "Que os homens nos considerem como ministros de Cristo, e despenseiros dos mistérios de Deus. Além disso requer-se dos despenseiros que cada um se ache fiel."(1Co 4.1, 2). Devido a essa responsabilidade, Paulo se auto-disciplinava: "Eu disciplino meu corpo e faço dele meu escravo, para que, depois de eu ter pregado aos outros, eu mesmo não venha a ser desqualificado" (1Co 9.27). Paulo foi um exemplo humano porque ele seguiu o exemplo divino, o Senhor Jesus Cristo. Como o escritor aos Hebreus admoesta, Paulo fixou seus "olhos em Jesus, autor e consumador da nossa fé" (Hb 12.2). O exemplo de Paulo era evidente no preço que estava pagando em derramar sua vida a Deus como uma oferta de libação do Antigo Testamento. O modelo de liderança de Paulo está firmado no princípio de que o sacrifício de servir a Deus é o propósito supremo de sua existência. O apóstolo escreveu anteriormente em Filipenses: "Segundo a minha intensa expectação e esperança, de que em nada serei confundido; antes, com toda a confiança, Cristo será, tanto agora como sempre, engrandecido no meu corpo, seja pela vida, seja pela morte. Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho "(1.20, 21). Alguns anos antes, ele escreveu: "Nenhum de nós vive para si, e nenhum morre para si mesmo, pois se vivemos, vivemos para o Senhor, ou se morremos, morremos para o Senhor, portanto, se vivemos ou morremos, somos do Senhor "(Ro 14.7, 8).]
3. As qualidades de Timóteo (2.20-22). Timóteo aprendeu muito com Paulo em relação à finalidade da liderança. Ele se solidarizou com o apóstolo e dispôs-se a cuidar dos interesses dos filipenses como um autêntico líder. Paulo declarou aos filipenses que Timóteo, além de “um caráter aprovado”, estava devidamente preparado para exercer a liderança, pois tinha uma disposição de “servir” ao Senhor e à igreja. Todo líder cristão precisa desenvolver uma empatia com a igreja, tornando-se um marco referencial para toda a comunidade de fé (1Tm 4.6-16). [Timóteo era o filho espiritual de Paulo, tendo sido convertido através de seu ministério (Fp 2.22). Era um íntimo cooperador de Paulo na causa de Cristo, de quem ambos eram servos (1.1). Como um servo de Cristo, Timóteo cuidará com sinceridade do bem estar de outros (v. 20). Timóteo é um dos grandes testemunhos bíblicos do quanto, mesmo pessoas com pouca idade, mas humildes e consagradas ao Senhor, podem cooperar notavelmente com a expansão do Reino de Deus em todo o mundo. Paulo havia discipulado o jovem Timóteo como um pai que educa seu filho amado (1 e 2 Tm).]
SINOPSE DO TÓPICO (II)
O apóstolo desejou enviar Timóteo a igreja de Filipos visando o fortalecimento da liderança local e, consequentemente, de todo o Corpo de Cristo.

III. EPAFRODITO, UM OBREIRO DEDICADO (2.25-30)
1. Epafrodito, um mensageiro de confiança. Epafrodito era grego, um obreiro local exemplar e de caráter ilibado. O apóstolo Paulo o elogia como um grande “cooperador e companheiro nos combates”. Sua tarefa inicial era a de ajudar o apóstolo enquanto ele estivesse preso, animando-o e fortalecendo-o com boas notícias dos crentes filipenses. Epafrodito também fora encarregado de levar a Paulo uma ajuda financeira da parte da igreja de Filipos, objetivando custear as despesas da prisão domiciliar do apóstolo.[Epafrodito (nome pagão que significa "amado por Afrodite"), corresponde a Vetustus, "belo" em latim e era muito comum durante o período romano. O nome ocorre frequentemente em inscrições, tanto em grego quanto em latim, seja na forma completa, 'Epaphroditus', ou na forma contraída, 'Epaphras'. Este indivíduo não deve ser confundido com Epafras citado em Colossenses 1.7, Colossenses 4.12 e Filemom 1.23. No capítulo 2, Paulo cita quatro exemplos daqueles que pensam no outro antes de pensar no eu: Cristo, ele próprio, Timóteo e Epafrodito. Epafrodito foi o delegado da comunidade cristã de Filipos enviado com um presente para Paulo durante o seu primeiro cativeiro em Roma. Paulo o chama de "meu irmão e cooperador e companheiro nas lutas", com "as três palavras arranjadas numa escala ascendente: simpatia comum, obra comum e perigo, sofrimento e labuta comum". Ele é descrito também como um delegado de autoridade (αποsτολος, mais que um mensageiro, ainda que não um apóstolo) dos filipenses a Paulo (Fp 2.25)].
2. Epafrodito, um verdadeiro missionário. Epafrodito não levou apenas boas notícias para o apóstolo, mas também propagou o Evangelho nas adjacências da cidade de Filipos. Em outras palavras, Epafrodito era um autêntico missionário. À semelhança de Silvano e Timóteo (1Ts 1.1-7), bem como Barnabé, Tito, Áquila e Priscila, ele entendia que, se o alvo era pregar o Evangelho, até mesmo os sofrimentos por causa do nome de Jesus faziam parte de seu galardão. [Ele foi enviado também como um ministro (λειτουργος) para as necessidades do apóstolo, fazendo por ele o que a comunidade de Filipos fora incapaz de fazer (Fp 2.30). A designação leitourgos deriva do costume cívico grego, indicando um "servidor público", geralmente alguém com recursos financeiros suficientes para realizar suas funções. Assim, Epafrodito deve ter sido não apenas um legado da igreja de Filipos, mas uma pessoa de posses, capaz de suplementar o presente da comunidade a Paulo (Fp 4.18)].
3. Paulo envia Epafrodito. Filipenses 2.20 relata o desejo de Paulo em mandar alguém para cuidar dos assuntos da igreja em Filipos. O pensamento inicial era enviar Timóteo, pois Epafrodito adoecera vindo quase a falecer. Deus, porém, teve misericórdia desse obreiro e o curou (v.27), dando ao apóstolo a oportunidade de enviá-lo à igreja em Filipos (v.28). Epafrodito possuía condições morais e emocionais para tratar dos problemas daquela igreja. Por isso, o apóstolo pede aos filipenses que o recebam em Cristo, honrando-o como obreiro fiel (vv.29,30). Que os obreiros cuidem da Igreja de Cristo com amor e zelo, e que os membros do Corpo do Senhor reconheçam a maturidade, a fidelidade e a responsabilidade dos obreiros que Deus dá à Igreja (Hb 13.17). [Quando Paulo esteve preso em Roma, a igreja de Filipos enviou a ele Epafrodito com donativos e para lhe prestar assistência na prisão (4.18). Ao chegar, Epafrodito se dedicou a "obra de Cristo", tanto como atendente de Paulo e como seu assistente na obra missionária. Ele o fez com tanto ardor que acabou por perder sua saúde e, nas palavras de Paulo, "esteve doente e quase à morte". Ele, porém, se recuperou e Paulo o enviou de volta a Filipos com a sua carta, que clamava para que ele fosse recebido de forma honrosa (Fp 2.29)].

SINOPSE DO TÓPICO (III)
Epafrodito era um mensageiro de confiança do apóstolo Paulo, um verdadeiro missionário. Foi enviado a Filipos para cuidar de assuntos locais.

CONCLUSÃO

A Igreja pertence a Cristo, e nós, os obreiros, somos os servidores desta grande comunidade espalhada por Deus pela face da terra. Que ouçamos o conselho do apóstolo Pedro, e venhamos apascentar “o rebanho de Deus [...], tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho” (1Pe 5.2,3). [Nestes dias complexos, urge a necessidade de líderes comprometidos com o Reino à exemplo de Paulo, líderes que sejam mentores e mentoreados. Somente um obreiro cheio do Espírito Santo, do conhecimento da Palavra e vocacionado irá verdadeiramente apascentar “o rebanho de Deus”, visto que vivemos num dos tempos mais complicados e plenos de avanços tecnológicos que este mundo jamais viu, é crucial que os líderes da Igreja do Senhor sejam não só cheios mas também guiados pelo Espírito Santo.]
NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8),

Graça e Paz a todos que estão em Cristo!

Francisco de Assis Barbosa
Cor mio tibi offero, Domine, prompte et sincere
Meu coração te ofereço, Senhor, pronto e sincero (Calvino)

Campina Grande-PB
Agosto de 2013.

EXERCÍCIOS
1. Qual era o temor do apóstolo Paulo em relação à igreja filipense?
R. Que ela ficasse exposta aos “lobos devoradores” que se aproveitam da vulnerabilidade e da fragilidade das “ovelhas” a fim de “devorá-las” (Mt 10.16; At 20.29).
2. Cite os nomes dos obreiros apresentados por Paulo para auxiliar a igreja de Filipos.
R. Primeiramente, Paulo envia Timóteo, dando testemunho de que ele era um obreiro qualificado para ouvir e atender às necessidades espirituais da igreja. Em seguida, o apóstolo valoriza um obreiro da própria igreja filipense, Epafrodito.
3. Qual era o principal ensino de Paulo aos seus liderados?
R. O principal ensino de Paulo aos seus liderados era que o líder é o servidor da Igreja.
4. Qual era a tarefa inicial de Epafrodito?
R. Sua tarefa inicial era a de ajudar o apóstolo enquanto ele estivesse preso, animando-o e fortalecendo-o com boas notícias dos crentes filipenses.
5. Para você, quais são as características indispensáveis a um obreiro do Senhor?
R. Resposta pessoal

NOTAS BIBLIOGRÁFICAS
OBRAS CONSULTADAS:
-. Lições Bíblicas do 3º Trimestre de 2013 - CPAD - Jovens e Adultos; Comentarista: Pr. Elienai Cabral; CPAD; -. HOLMES, Arthur F. Ética: As decisões Morais à Luz da Bíblia. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2000. -. ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. 4.ed. Vol. 2, Rio de Janeiro: CPAD, 2009
-. Comentário Bíblico - Epístolas Paulinas - Myer Pearlman - CPAD - www.cpad.com.br - O Exemplo Inspirador de Cristo (Fp 2.5-11);
-. Bíblia de Estudo Pentecostal – BEP (Digital);
-. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001, Dinâmica do Reino – Confissão de Fé; p. 1236;
-.
 CARLSON, R.; TRASK, T. (et all.). Manual Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais. 3 ed., RJ: CPAD, 2005;
-. MACARTHUR JR, J. Ministério Pastoral: Alcançando a excelência no ministério cristão. 4 ed., RJ: CPAD, 2004;
-. RICHARDS, L. O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1 ed., RJ: CPAD, 2007.
Autorizo a todos que quiserem fazer uso dos subsídios colocados neste Blog. Solicito, tão somente, que indiquem a fonte e não modifiquem o seu conteúdo. Agradeceria, igualmente, a gentileza de um e-mail indicando qual o texto que está utilizando e com que finalidade (estudo pessoal, na igreja, postagem em outro site, impressão, etc.).
Francisco de Assis Barbosa

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