quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

AS BENÇÃOS DE ISRAEL E O QUE CABE À IGREJA

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AS BENÇÃOS DE ISRAEL E O QUE CABE À IGREJA
Texto Áureo: Ef. 1.3 – Leitura Bíblica: Gl. 3.2-9

Pb. José Roberto A. Barbosa
Twitter: @subsidioEBD

INTRODUÇÃO
Um dos maiores equívocos na interpretação bíblica é confundir as bênçãos do Antigo Pacto atribuindo-as ao povo do Novo Pacto. Existem bênçãos que cabem a Israel, e que são especificamente para esse, enquanto que outras são para a Igreja. Na lição de hoje estudaremos a respeito dessas bênçãos, com o princípio exegético de diferenciar entre àquelas que cabem a Israel e à Igreja.

1. BENÇÃOS NA BÍBLIA
No Antigo Testamento, as bênçãos – beraka em hebraico – indicam o ato de pronunciar coisas boas em direção a outrem (Gn. 27.38). Deus é a fonte da benção, pois Ele abençoou a Adão, Noé e Abrão (Gn. 12.2-3), Sara (Gn. 17.16), Ismael (Gn. 17.20), Isaque (Gn. 25.11), Labão (Gn. 30.27), Jacó (Gn. 32.29), o povo de Israel (Dt. 2.7), Sansão (Jz. 13.24), Jó (Jó. 42.12), o justo (Sl. 5.13) e todos aqueles que O temem (Sl. 115.13). Outras pessoas podem ser agentes das bênçãos de Deus, tal como o foi Isaque (Gn. 27.27), Jacó (Gn. 49.28), Moisés (Ex. 39.43), Arão (Lv. 9.22), Josué (Js. 14.13), Eli (I Sm. 2.20) e Esdras (Ne. 8.6). A maior benção para Israel, no Antigo Pacto, era a presença de Deus (Ne. 6.24-26). Mas a benção, para esse povo, estava condicionada à obediência (Dt. 7. 12-15; 28.1-68). As bênçãos de Deus para Israel incluíam: posteridade (Gn. 1.18; 9.1; 12.2.; 22.17; 26.4; 28.3; Dt. 7.13; Js. 17.14; Sl. 107.38), a posse da terra, bem como outros tipos de prosperidade material (Gn. 24.35; 26.3; 39.5; Dt. 2.7; 12.7; 15.4). As bênçãos de Deus foram prometidas a Abrão, neles seriam benditas todas as nações da terra (Gn. 12.1-3). Tais bênçãos trazem justiça (Sl. 24.5), vida (Sl. 133.3) e salvação (Sl. 3.8). No Novo Testamento, as bênçãos – eulogia em grego – em seu sentido geral – significa falar bem a alguém (Rm. 16.18). No sentido do Antigo Testamento, as bênçãos são recebidas de Deus (Rm. 15.29) tanto na esfera natural (Hb. 6.7) quanto sobrenatural (I Pe. 3.9). A maior benção da Igreja é a salvação (Gl. 3.14; Ef. 1.3) que pode ser rejeitada, tal como fez Esaú (Hb. 12.12-17). Quando Jesus ascendeu ao céu, Ele nos abençoou com a salvação (At. 3.26; Gl. 3.9). Paulo diz que em Cristo Deus nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais (Ef. 1.3,4).

2. AS BÊNÇÃOS PARA ISRAEL
As bênçãos de Deus para Israel faziam parte do Pacto que o Senhor tinha com essa nação, tendo em vista que Ele prometeu fazer de Abraão uma grande nação (Gn. 12.2) e dar a terra de Canaã por herança à sua posteridade (Gn. 17.8). Essa percepção de Israel enquanto nação é muito importante para a interpretação dos textos bíblicos que fazem alusão à prosperidade desse povo. Essa é uma benção prometida com exclusividade a Israel, que não cabe à Igreja (Dt. 28.8). O texto de I Cr. 7.14: “e se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se desviar dos seus maus caminhos, então eu ouvirei do céu, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra” tem sido indevidamente aplicado à Igreja, e o pior, a determinadas nações. O tratamento de Deus não é mais com uma nação ou com um povo geograficamente constituído. A nação escolhida por Deus, para ser testemunha da Sua revelação no Antigo Pacto, é Israel (Dt. 28.10). No futuro, por ocasião do Milênio (Ap. 20.1-10), Israel receberá as bênçãos que lhe compete e que ainda não se cumpriram. Esse será um tempo de abundância para esse povo e de prosperidade em todos os sentidos. Israel desfrutará de paz com as nações (Is. 9.6; Mq. 4.3-4; Lc. 2.13-14); a terra da palestina será ampliada (Is. 26.25), a topografia será alterada (Zc. 14.4), as chuvas cairão trazendo bençãos (Is. 41.18; Ez. 34.26; Jl. 2.23); as fontes e mananciais de águas serão abundantes (Ez. 47.1-11); Zc. 14.8), a terra produzirá muito (Is. 32.15; 35.1; Ez. 47.12; Am. 9.13), haverá paz e justiça em plenitude (Is. 32.16,17), até na criação (Is. 11.6-9; 65.25; Rm. 8.19-21). Essas são as bençãos que competem a Israel, mas não agora, pois tudo isso se concretizará no futuro, no reinado de Cristo (At. 14.22; I Co. 6:9-10; I Ts. 2.12; Tg. 2.5; II Pe. 1.11; II Tm. 4.1; Ap. 12.10).

3. AS BÊNÇÃOS PARA A IGREJA
Deus não trata, atualmente, com nações, isto é, com um povo delimitado por fronteiras geográficas. O povo de Deus, hoje, é a Igreja, a quem Pedro se refere como: “a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (I Pe. 2.9). As bençãos que competem à Igreja, por conseguinte, são diferentes daqueles que competem a Israel. A temporalidade era uma das marcas da benção de Deus para Israel. A Igreja do Senhor desfruta, neste tempo, de bençãos eternas, superiores as promessas dadas a Israel (Hb. 8.13; 10.34). As bençãos de Deus para a Igreja são plenas, espirituais, transcendem as de Israel, cujo foco estava na prosperidade material (II Co. 3.1-11). As bençãos do Novo Pacto incluem: a justificação (Gl. 2.16,21), o Espírito Santo (Gl. 3.2); a herança espiritual de ser filho de Deus (Rm. 8.14), a vida eterna (Rm. 8.2; Gl. 3.21) e a liberdade plena (Gl. 4.8-10; 5.1). As bençãos para a Igreja repousam na tensão entre o já e o ainda não (I Jo.3.1,2). Por isso, sabemos que o nosso tesouro não está na terra (Mt. 6.21), mas no céu, donde esperamos o Senhor Jesus Cristo (Fp.3.2). Por isso, precisamos permanecer nEle (Jo. 15.7), e, ao orar – não determinar – façamos com humildade, tendo o cuidado para não pedir mal, para esbanjar em deleites carnais (Tg. 4.3), levando em consideração a vontade soberana de Deus (I Jo. 5.14).

CONCLUSÃO
Alguns estudiosos da Bíblia interpretam indevidamente Gl. 6.16, argumentando que a Igreja se tornou o Israel de Deus, e que, por isso, tem parte nas bênçãos materiais a ele prometidas. Uma análise criteriosa dos textos bíblicos, alusivos a Israel e a Igreja, no Antigo e no Novo Testamento, a partir dos princípios hermenêuticos, mostrará que existem bênçãos distintas para Israel e para a Igreja. O equívoco do movimento pseudopentecostal é confundir essas competências e reivindicar o que Deus, definitivamente, não prometeu à Igreja.

BIBLIOGRAFIA
FOSTER, R. A liberdade da simplicidade. São Paulo: Vida, 2008.
RHODES, R. O livro completo das promessas bíblicas. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.

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AS BÊNÇÃOS DE ISRAEL E O QUE CABE A IGREJA
Texto Áureo
“Bendito o Deus e pai de nosso SENHOR Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo, como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fossemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor” (Ef 1.3,4).
Introdução
Na lição de hoje abordaremos as bênçãos do SENHOR sobre Israel e aquelas que cabem a igreja. Existe a necessidade de entendermos que algumas dessas bênçãos, elencadas na palavra de Deus, pode estar relacionada a um período da história, ou sobre um personagem apenas, ou como no caso de Abraão, alcançarem todos aqueles que aceitam a Cristo Jesus como único e suficiente salvador.
I - A Benção de Abraão aspectos gerais
A Bíblia mostra em todas as histórias dos seus grandes personagens, certa seqüência de fatos que levaram esses homens, na sua maioria de origem humilde e limitada economicamente a serem portadores de bênçãos inimagináveis. Ao reportarmos a Abraão, temos em nossas mentes um homem que por obediência a Deus, deixou a terra de seus pais (Gn 12.1).
 Para nós, poderia simbolizar uma pequena mudança, mas consistia em algo maior que isso. Deixar a terra do seu nascimento significava, além de outras coisas, renunciarem os privilégios conquistados naquele lugar. Todo o trabalho empregado pelos seus antepassados. Vivendo em uma comunidade, a cidade de Ur significava segurança, tranqüilidade e prosperidade. Portanto a proposta do SENHOR ao afirma que ele deveria sair para outro lugar seria a priori algo impensável para a realidade vivida por Abraão, “para terra que Eu te mostrarei” (vers 1b).
Enquanto nos dias hodiernos o mundo procura grande comodidade, nos quais as bênçãos parecem ser apenas uma conseqüência de uma vida sem sacrifícios e renúncias. Oferecem um evangelho fácil de pouca ou nenhuma transformação, deixando para trás o verdadeiro do significado da palavra santificação.
A ordem era sair do meio da tua terra e dos teus parentes. O que levaria o Eterno a uma decisão como esta? Poderia a benção vir sobre Abraão ali mesmo? Ou numa cidade próxima? Mas o Altíssimo tem suas maneiras para trabalhar (Is 55.8). Contudo as bênçãos poderiam chegar até ele, mas Deus preferiu algo melhor para seu servo, por isso a necessidade da mudança ( Gn 12.2,3). Deste modo a benção pode simbolizar mudança de um lugar para outro, como conseqüência de uma benção maior e mais importante. Deus disse “em ti serão benditas todas as famílias da terra,” então o lugar onde Abraão estava poderia limitar a bênção de Deus na sua vida.
 O sábio patriarca não titubeou em obedecer às ordens do SENHOR. Poderíamos hoje estar dispostos a fazer uma renuncia que nos traria prejuízos sem saber realmente se alcançaríamos as promessas. Abraão não recebeu em sua vida a posse da terra (At 7.5), por isso peregrinou naquela terra onde teve que comprar o direito de enterrar o sua mulher (Gn 23). O nosso Deus não desamparou o seu maior amigo (Tg 2.23). As nossas vidas precisam ser transformadas a todo o momento, em todas as horas, que Deus nos ajude a entender as suas promessas e que sempre as suas bênçãos possam nos alcançar.
Observemos que as promessas feitas a um único homem alcançou muitos outros após ele, e sempre o SENHOR fazia menção aos seus descendentes quem realmente era Aquele que garante a continuidade; Eu sou o Deus de Abraão, Isaque e Jacó ( Ex 3.6,16; Dt 29.13; 9,5 etc...)
II – A Benção que cabe a cada um.
As bênçãos do SENHOR como se vêem na lição de hoje, pode ser particular e individual, e podem também alcançar aqueles que nos cercam, locais e universais.  Mas, nem todas as bênçãos deferidas na antiga aliança podem se ministradas como plenas nos dias de hoje. Uma analise sistemática e precisa dos textos bíblicos, pode levar a um entendimento de quais bênçãos podem ser alcançadas em nossas vidas.
 Diz o SENHOR a Abraão “em ti serão benditas todas as famílias da terra”,  essa promessa diz respeito a todos que alcançados por Jesus recebem  a salvação ( At 13.26 ). Enquanto alguns procuram pequenos textos proféticos para extraírem deles bênçãos que jamais alcançaram, pois dizem respeito a um povo especifico ou a uma determinada pessoa.     E bom lembrar que todas as palavras de Deus podem ser temporais, isto é, para um tempo proposto para que cumpra e faça valer a sua palavra (Os 1.4,). Enquanto que outras são atemporais alcançam no futuro o seu cumprimento (Ez 38.8). 
Quem não gostaria de ser abençoado ou ser um homem próspero neste mundo? E quantos que por não conseguirem bens materiais “prometidos” (casa, carro, apartamento) não estão no meio do povo evangélico? Outros que por uma fé baseadas em milagres, curas mirabolantes, deixam o verdadeiro caminho e buscam em cisternas rotas bênçãos fácies e uma fé barata. Galgando apenas para suas almas uma sede insaciável pelo consumismo. Onde o mercantilismo da fé que, plagiam entre eles, os destrutivos argumentos para “promoção da fé”. Não esquecem estes homens, capitalistas da fé, que Jesus cedo virá e deixarão de fora todos estes que mercantilizam fé (Mt 7.20-23). 
As promessas feitas pelo nosso SENHOR na antiga aliança, podem ser entendidas a luz da palavra de Deus, como sendo para um povo em um tempo distinto, possivelmente a um futuro breve, ou simplesmente a gerações futuras. A compreensão das promessas feitas a Abraão nos leva um entendimento aproximado da vontade de Deus.  A bíblia apresenta que o evangelho foi pregado primeiro a Abraão (Gl 3.8), isso num passado remoto. Mas a própria palavra do SENHOR nos diz que ele era portador de uma aliança (Gl 3.14), e que a benção  só chegou a nós pela existência de um homem como ele ( Rm 4.3). 
A beleza do evangelho de Cristo Jesus, é algo incomum e muito prazeroso. Ao compreender que tudo provem dEle e tudo é dEle e para Ele,(Rm 11.36)  e sem ele não nos movemos ou existimos. (At 17.28a) ficamos sempre gratos.  Graças ao SENHOR por tudo o que Ele tem nos feito. Considerando a salvação como maior bem adquirido pelo homem, deixamos todo o pecado e vivamos uma vida marcada pelas bênçãos do Eterno, pois a eternidade nos espera.  
Enquanto alguns “engessam” a palavra de Deus com uma rigidez impossível de suportar, outros por sua vez “flexibiliza” a um ponto de não existe mais limites para benção, unção e poder. Verificamos uma nova “fabricação” de bênçãos, e são de todos os tipos, tudo novo. E aquilo que ainda não foi inventado por ninguém é o que faz maior sucesso. E infelizmente muitos se deixam levar por estes ensinamentos que não passam de marketing. Vendem de tudo, e tudo se vende baseado em passagens bíblicas que muito longe de seu significado real se tornam uma potente arma para inovações e promessas infindáveis.
III – “E tu serás uma benção”
Os servos do SENHOR em todos os tempos sempre foram alcançados por ricas e infinitas bênçãos.  Contudo segundo o nosso “conceito de benção” diagnosticamos que este ou aquele foi mais ou menos abençoado. Os pensamentos de Deus são infinitos (Sl 92.5). E somente o Espírito de dEle consegue perscrutar o mais profundo pensamento divino ( 1 Co 2.11). Não cabe ao homem dizer se este ou aquele é prospero ou não. Riqueza e fama não trazem em seu bojo, alegria e paz.
Jesus nos prometeu uma vida plena e abundante (Jo 10.10b). Mas ao homem cabe se submeter à vontade do Eterno. Não existe uma maneira de se medir a quantidade bênçãos derramadas pelo SENHOR sobre nossas vidas. A vida em sim, já é uma dádiva imensurável.
 O alcance das bênçãos do SENHOR foi de certa forma derramada sobre Israel, mas nós fomos abençoados com todas as bênçãos espirituais (Ef 1.3,4). Para a igreja não teve medida, foi algo sem medida, que superabundou (Rm 5.20). A perfeição de Deus é notável, pois antes da fundação dos séculos já havia previsto tudo e nossa mente não consegue ao menos imaginar o tamanho de todas as suas promessas.
 Quando diz o Eterno a Abraão, em ti serão benditas todas as nações, o servo do SENHOR não teve noção de tamanha benção. A promessa sobre a vida de Abraão “caminhou” pelos os séculos e chegou até a igreja;  
Portanto, é pela fé que segundo a graça, a fim de que a promessa seja firme a toda a posteridade, não somente  à que é da lei, mas também à que é da fé que teve Abraão, o qual é pai de todos nós,( como está escrito: Por pai de muitas nações te constitui) perante aquele no qual creu, a saber, Deus, o qual vivifica os mortos, e chama as coisas que não são como se já fossem. O qual, em esperança, crê contra a esperança, tanto que ele tornou-se pai de muitas nações, conforme o que lhe fora dito: Assim será a tua descendência”. (Rm 4.16,18).
Portanto, algumas promessas são devidamente racionadas ao povo de Israel, cabe a igreja de o SENHOR tomar posse daquelas que realmente são para a igreja do SENHOR Jesus Cristo. A igreja deve estar atenta as verdades bíblicas, pois somente o conhecimento pleno da verdade é que liberta e restaura o homem (Jo 8.32). Portanto a prosperidade de uma pessoa não esta naquilo que tem, ou aparentar ter.              Jesus disse que devemos nos acomodar com o que temos. Enquanto muitos querem a qualquer preço a riqueza e esquecem-se da maior dádiva da salvação que é a vida eterna, essa não tem preço.
Conclusão
No mundo moderno as pessoas vivem como se todas as coisas durassem para sempre. Um carro não dura para sehttp://rxisaias.blogspot.com/mpre, uma casa, por melhor que seja a construção, não dura para sempre. Muitas coisas são destruídas pelo tempo ou pelo uso, mas as nossas almas duram para sempre. Precisamos cada dia mais voltar para a o nosso SENHOR e salvador Jesus Cristo, pois só através dEle que podemos manter o nosso tesouro no céus onde temos as nossas moradas (Jo 14.1,2).  
Evang. Juarez Alves
Fonte:http://rxisaias.blogspot.com/

Lição 5: As bênçãos de Israel e o que cabe à Igreja

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Lição 5: As bênçãos de Israel e o que cabe à Igreja
29 de Janeiro de 2012

POR FRANCISCO A. BARBOSA

TEXTO ÁUREO

Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo, como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor (Ef 1.3,4). - Bênçãos espirituais refere-se a privilégios e recursos divinos disponíveis agora, isto é, os crentes são escolhidos, adotados, perdoados. 1Co 1.21 usa a mesma palavra grega para “espiritual” ao se referir aos dons do Espírito Santo, evidenciando que eles estão entre as “bênçãos” incluídas [1].
_____________________________________
[1] Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001
Nota Textual de Ef 1.3; p. 1224.

VERDADE PRÁTICA

Se observarmos a Palavra de Deus, experimentaremos a verdadeira prosperidade: a comunhão plena, em Cristo, com o Pai Celestial.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Gálatas 3.2-9.

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
· Identificar o caráter pessoal das bênçãos sobre Abraão;
· Compreender o aspecto nacional da bênção de Deus sobre Israel; e
· Conscientizar-se de que através da igreja as bênçãos de Deus têm um alcance universal.
Palavra Chave
Promessas: Ato amoroso por meio do qual o Senhor estabelece um compromisso fiel e santo com seus servos.

COMENTÁRIO

(I. Introdução)
Segundo a Bíblia, o termo promessa (Gr Epangelia; palavra empenhada), é o compromisso de conferir bens a pessoas, instituições, grupos, que Deus assume livremente e que mantém graças a seu poder e fidelidade. A promessa é correlativa ao amor de Deus e à fé que deseja suscitar no coração do homem. Não há no Antigo Testamento um termo específico que corresponda a prometer ou promessa. O hebraico dispõe de vários termos para descrever o sentido de promessa: juramento, herança, palavra ou de fórmulas “cumprir as promessas da aliança”, “manter a palavra”. As promessas divinas estão ligadas à idéia de aliança ou de pacto. Deus é fiel às suas promessas mesmo que os herdeiros não cumpram as exigências da aliança. Contudo, Deus pode restringir ou propor as promessas sob novas bases. Neste domingo, veremos que Deus, em sua infinita bondade e misericórdia, tem bênçãos para todos. Na sua Palavra encontramos muitas promessas preciosas e incondicionais para toda a humanidade, como por exemplo, a vinda do seu Filho Unigênito a este mundo (2 Pe 3.4). Não por acaso, o termo grego epangelia possui uma afinidade com euangelion, a boa nova; nos sinóticos, Jesus é o Messias prometido, o anunciador de novas promessas (Mt 1.1-17). Não há como enumerar tantas manifestações da bondade do Senhor. Se alguém tentasse enumerá-las, chegaria à mesma conclusão do salmista: “contaria, contaria, sem jamais chegar ao fim” (Sl 139.18). Porém, nenhuma bênção é tão importante e tão especial como a salvação. Todavia, algumas bênçãos e promessas são específicas para Israel e outras são para a Igreja. Ao fim desta lição, entenderemos que as bênçãos divinas podem ser gerais, individuais, para Israel e para a Igreja, com ênfase nas duas últimas. Não esqueçamos jamais que já participamos das bênçãos da Nova Aliança quando, pela fé, entregamos nossa vida a Jesus e recebemos o perdão dos nossos pecados por intermédio do sangue do Cordeiro Imaculado. Essa é a maior bênção que uma pessoa pode experimentar deseja conceder bênçãos ainda maiores aos seus filhos. Boa aula!
(II. Desenvolvimento)
I. ABRAÃO E O ASPECTO PESSOAL DA BÊNÇÃO
1. O alcance individual das bênçãos. Bênçãos (Hb. bIeraka), indicam o ato de pronunciar coisas boas em direção a outrem (Gn 27.38). Como um chamado totalmente soberano, a ordem de Deus a Abraão ‘sai-te... da tua parentela’ foi um teste da sua fé. Ele foi chamado a abandonar tudo o que lhe era importante em troca duma terra desconhecida. O que ele tem é a promessa de Deus que o faria grande; e Deus de fato abençoou Abraão de muitas maneiras, inclusive com bênçãos materiais (Gn 24.35), onde percebemos como Abraão tornou-se muito rico, assim mesmo como o seu servo relata que “o Senhor abençoou muito o meu senhor”, e então passa a enumerar as bênçãos materiais que Deus concedeu a Abraão. Esta dinâmica torna-se pertinente a cada crente também hoje; a Bíblia revela que Deus trata com pessoas e não apenas com nações. Em Gl 3.13,14, Deus promete dar a todos os crentes as bênçãos de Abraão, declarando-nos que Jesus tornou-se maldição por nós a fim de que pudéssemos receber as “bênçãos de Abraão”. De tudo isso subentende-se que a chamada de Abraão envolvia bênçãos que contemplavam o presente mas que também apontavam para o futuro. Ela envolvia uma conquista terrena e uma celestial. Sua visão alcançava um lar definitivo não mais na terra e sim no céu (Hb 11.9,10,14-16; Ap 21.1-4; 22.1-5). As bênçãos, portanto, eram tanto temporais como eternas. As temporais eram aquelas que diziam respeito à realidade pessoal do patriarca; as eternas referiam-se às promessas que estavam por se cumprir na plenitude dos tempos (Gl 4.4); A plenitude dos tempos era o tempo divinamente estabelecido para a vinda de Cristo, quando as condições do mundo favoreciam sua aparição.
2. O alcance social das bênçãos. De nada adianta possuir bênçãos materiais, se aqueles que estão ao nosso redor, não forem alcançados em decorrência de nossa confissão e testemunho (Gn 12.3). Não são poucas as portas abertas à pregação de um evangelho que supre as necessidades de muitos que apelam a Deus em busca de bens materiais. Contudo, Paulo exorta que o crente deve estar contentado ao ter as necessidades básicas supridas (1Tm 6.8; Fp 4.10-13). A procura da riqueza traz somente tristeza e tropeços na vida de quem quer servir a Deus, pois vem de um coração enraizado no mundo e não no Senhor (Cl 3.1,2). De fato, o crente não deve desgastar-se em busca de obter riquezas materiais, porque tal procura é vã e gasta tempo que deve ser usado na busca de uma vida piedosa e da pátria celestial (Mt 6.24-34). Mesmo sem ter por meta granjear riquezas, alguns crentes são alcançados com muitos bens materiais. Para estes é necessário lembrar da mordomia cristã e que tudo é dado por Deus, que se deve confiar nele e não na própria riqueza, a qual é passageira (1Tm 6.17). De fato, a riqueza verdadeira consiste na prática da vontade de Deus, usando as dádivas dele para fazer o bem a outros. Tal serviço preparará o tesouro real para a vida verdadeira após esta. A riqueza em si não é má. Porém, o que fazemos dela pode transformar-se em algo danoso para nós e para os que nos cercam (Sl 62.10), mas para o crente, as verdadeiras riquezas consistem na fé e no amor que se expressam na abnegação e em seguir fielmente a Jesus (1Co 13.4-7; Fp 2.3-5). Sim, as verdadeiras riquezas são as espirituais e não as materiais. Ele não deve apegar-se às riquezas como um tesouro ou garantia pessoal; pelo contrário, deve abrir mão delas, colocando-as nas mãos de Deus para uso no seu reino, promoção da causa de Cristo na terra, salvação dos perdidos e atendimento de necessidades do próximo. Portanto, quem possui riquezas e bens não deve julgar-se rico em si, e sim administrador dos bens de Deus (Lc 12.31-48). John Piper comenta em seu artigo intitulado ‘O Olho é a Lâmpada do Corpo, Uma Meditação sobre Mateus 6:19-24’: “Colocadas entre o mandamento de ajuntar tesouros no céu (6:19-21) e a advertência de que não se pode servir a Deus e ao dinheiro (6:24), estão as estranhas palavras sobre o olho sendo a lâmpada do corpo. Se o olho é bom (literalmente: “simples”), todo o corpo será cheio de luz. Mas se o olho for mau, o corpo será cheio de trevas. Em outras palavras: Como você vê realmente, determina se você está em trevas ou não. Ora, por que esta afirmação sobre o olho bom e o mau está colocada entre dois ensinos sobre dinheiro? Eu penso que é por causa de uma coisa específica: o que nos mostra se o olho é bom, é como ele vê Deus em relação ao dinheiro e tudo o que este pode comprar. Este é o assunto na primeira parte desta passagem. Em 6:19-21 o assunto é: você deve desejar a recompensa celestial e não a terrena. O que, em resumo, significa: deseje Deus e não o dinheiro. Em 6:24 o assunto é se você pode servir dois senhores. Resposta: Você não pode servir a Deus e ao dinheiro. [2]
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[2] PIPER, John. ‘O Olho é a Lâmpada do Corpo, Uma Meditação sobre Mateus 6:19-24’ http://www.monergismo.com/textos/meditacoes/piper_olho_lampada.htm
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Por intermédio de Abraão, todas as nações têm acesso à salvação em Jesus Cristo.
II. ISRAEL E O ASPECTO NACIONAL DA BÊNÇÃO
1. O alcance geográfico das bênçãos. A maior benção para Israel, no Antigo Testamento, era a presença de Deus (Ne 6.24-26). Mas a benção para esse povo estava condicionada à obediência (Dt 7.12-15; 28.1-68). As bênçãos de Deus para Israel incluíam: posteridade (Gn 1.18; 9.1; 12.2; 22.17; 26.4; 28.3; Dt 7.13; Js 17.14; Sl 107.38), a posse da terra, bem como outros tipos de prosperidade material (Gn 24.35; 26.3; 39.5; Dt 2.7; 12.7; 15.4). As bênçãos de Deus foram prometidas a Abrãao, neles seriam benditas todas as nações da terra (Gn 12.1-3). Tais bênçãos trazem justiça (Sl 24.5), vida (Sl 133.3) e salvação (Sl 3.8). As bênçãos de Deus para Israel faziam parte do Pacto que o Senhor tinha com essa nação, tendo em vista que Ele prometeu fazer de Abraão uma grande nação (Gn 12.2) e dar a terra de Canaã por herança à sua posteridade (Gn 17.8). Essa percepção de Israel enquanto nação é muito importante para a interpretação dos textos bíblicos que fazem alusão à prosperidade desse povo. Essa é uma benção prometida com exclusividade a Israel, que não cabe à Igreja (Dt 28.8). O texto de 1Cr 7.14: “e se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se desviar dos seus maus caminhos, então eu ouvirei do céu, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terratem sido indevidamente aplicado à Igreja, e o pior, a determinadas nações. O tratamento de Deus não é mais com uma nação ou com um povo geograficamente constituído. A nação escolhida por Deus, para ser testemunha da Sua revelação no Antigo Pacto, foi Israel (Dt 28.10). Acreditamos que no futuro, por ocasião do Milênio (Ap 20.1-10), Israel receberá as bênçãos que lhe compete e que ainda não se cumpriram. Esse será um tempo de abundância para esse povo e de prosperidade em todos os sentidos. Israel desfrutará de paz com as nações (Is 9.6; Mq 4.3-4; Lc 2.13-14); a terra da palestina será ampliada (Is 26.25), a topografia será alterada (Zc 14.4), as chuvas cairão trazendo bençãos (Is 41.18; Ez 34.26; Jl 2.23); as fontes e mananciais de águas serão abundantes (Ez 47.1-11); Zc 14.8), a terra produzirá muito (Is 32.15; 35.1; Ez 47.12; Am 9.13), haverá paz e justiça em plenitude (Is 32.16,17), até na criação (Is 11.6-9; 65.25; Rm 8.19-21). Essas são as bençãos que competem a Israel, mas não agora, pois tudo isso se concretizará no futuro, no reinado de Cristo (At 14.22; 1Co 6.9-10; 1Ts 2.12; Tg 2.5; 2Pe 1.11; 2Tm 4.1; Ap 12.10).
2. O alcance político das bênçãos. Na lista de bênçãos a Israel, encontramos as de natureza política que se referiam ao seu relacionamento com nações vizinhas. Israel estava localizado em um meio hostil. Por isso mesmo, dependia da guarda divina (Dt 28.7).Gênesis 22.18 confirma o que acima dizemos: “E em tua descendência serão benditas todas as nações da terra; porquanto obedeceste à minha voz”. Estas nações e famílias que seriam abençoadas por Deus, teriam que estar enxertadas na boa oliveira que é Israel (Rm 11.23,24). No dizer de Paulo em Gálatas 3.29, se somos do Cristo, então somos descendência de Abraão e herdeiros conforme a promessa feita a Abraão, a promessa da vida eterna por Cristo. As promessas feitas no Antigo Pacto, portanto, carecem de interpretação à luz do que é revelado por outros versículos da Bíblia.
3. O alcance global das bênçãos. Deus separou Abrão da sua família idólatra a fim de que tanto ele como os seus descendentes viessem a ser nação messiânica, que traria salvação para todas as famílias da terra. Quando Deus diz a Abraão, por exemplo, que “em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.3), Ele antecipa os patriarcas ainda por vir, a nação de Israel, e toda a linha davídica, incluindo o Messias e fundamenta o conceito bíblico de bênção – Deus em ação na vida do seu povo para contrapor-se aos efeitos da maldição. Entendemos que desde o princípio da criação, o plano de Deus para a salvação tem sido global e vemos isto ao longo do Antigo Testamento, indivíduos e nações que abençoaram os descendentes de Abrão foram abençoados por Deus; aqueles que o perseguiam Sofreram as maldições de Deus. Por conseguinte, a bênção da salvação não era apenas para a posteridade de Abraão, mas também para todos os povos. Acredito que as bênçãos destinadas a Israel eram exclusivas, mas também acredito que somos alvos da bondade eterna de Deus e como Israel, somos também abençoados.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Nem todas as bênçãos prometidas a Israel podem ser aplicadas a nós atualmente, pois eram destinadas exclusivamente ao povo hebreu.
III. A IGREJA E O ASPECTO UNIVERSAL DA BÊNÇÃO
1. Transitório versus eterno. Sabemos que as bênçãos listadas no Antigo Testamento apontavam para as bênçãos disponíveis na nova aliança, sendo aquelas, sombra de bens futuros. Hebreus 10.1, refere-se à lei e nós podemos nos referir a tudo que dizia respeito ao povo de Israel, a lei e o sacerdócio. Na Antiga Aliança, as bênçãos possuíam natureza material, social e também espiritual. Em todos os casos, elas faziam sobressair o seu aspecto temporal em contraste com a Nova Aliança (Hb 8.13; 10.34). Nesta, as bênçãos são eternas. O que foi prometido na Antiga Aliança tem o seu pleno cumprimento na Nova. O transitório pertencia ao Antigo Pacto; o permanente ao Novo (2 Co 3.1-11). Isto significa que as bênçãos, em sua plenitude, estavam reservadas para a Nova Aliança, para ter seu cumprimento na Igreja. A igreja é o objetivo final e máximo de Deus. O termo grego Ekklesia, denota um grupo de pessoas chamadas para fora; não é uma edificação onde os crentes se reúnem, mas algo orgânico, cheio de vida; é uma casa espiritual (1Pe 2.5), não apenas uma habitação, mas um lar, é a família de Deus e alvo das bênçãos eternas (Ef 2.19). A antiga aliança era mera sombra de coisas superiores por vir. Como tal, não possuía em si mesma a substância da vontade de Deus, que é eterna e celestial. Por conseguinte, a sua natureza era limitada em vários aspectos. Não só se restringia a um povo em particular, a nação de Israel, como era regulada pela condição de duas partes, Deus e o povo. Além disso, tal aliança, limitada ao um tempo, era terrena, não possuindo o poder de aperfeiçoar os que nela confiavam. E, por todos esses motivos, diz-se que a aliança do Sinai era imperfeita.
2. Material versus espiritual. O Livro de Hebreus revela que Cristo é o “Mediador de superior aliança instituída com base em superiores promessas” (Hb 8.6). Ela é mais excelente porque as promessas do pacto mosaico eram condicionais, terrenas, carnais e temporárias, enquanto as promessas do Novo Testamento são incondicionais, espirituais e eternas. O Pai Celestial já nos abençoou e já nos deu toda sorte de bênçãos (Ef 1.3). Estas bênçãos chegam até nós por meio de Cristo Jesus e são aplicadas em nós pelo Espírito Santo. Pela ação do Espírito Santo as bênçãos espirituais passam a ser realidade na vida dos filhos de Deus.
3. Pobreza e riqueza. Deus nos concede todas as bênçãos espirituais de que necessitamos (Ef 1.3; Fp 4.19; Tg 1.17) bem como as bênçãos materiais. Deus abençoa a todos sem distinção de raça, cor, credo, condição financeira, condição física ou educação. (Lc 9.23). “Porque sei que são muitas as vossas transgressões e enormes os vossos pecados; afligis o justo, tomais resgate e rejeitais os necessitados na porta. Portanto, o que for prudente guardará silêncio naquele tempo, porque o tempo será mau. Buscai o bem e não o mal, para que vivais; e assim o Senhor, o DEUS dos Exércitos, estará convosco, como dizeis.” (Am 5.12-14). Não se deve esquecer é que na Igreja há irmãos carentes e enfermos (1 Tm 5.23; 2 Tm 4.20). A Bíblia tem muito a dizer a respeito de como os crentes devem tratar os pobres e necessitados. Ao revelar a sua Lei aos israelitas, mostrou-lhes também várias maneiras de se eliminar a pobreza do meio do povo (ver Dt 15.7-11). Declarou-lhes, em seguida, o seu alvo global: “Somente para que entre ti não haja pobre; pois o SENHOR abundantemente te abençoará na terra que o SENHOR, teu DEUS, te dará por herança, para a possuíres” (Dt 15.4). O crente tem o dever de preocupar-se com o social, especialmente com os domésticos na fé (Gl 6.10) [Paulo de fato diz para ajudar “a todos.” Quando ele diz “especialmente” ou “principalmente” é com ênfase, mas não exclusividade]. Boa parte do ministério de JESUS foi dedicado aos pobres e desprivilegiados na sociedade judaica. Dos oprimidos, necessitados, samaritanos, leprosos e viúvas, ninguém mais se importava a não ser JESUS (cf. Lc 4.18,19; 21.1-4; Lc 17.11-19; Jo 4.1-42; Mt 8.2-4; Lc 17.11-19; Lc 7.11-15; 20.45-47). Ele condenava duramente os que se apegavam às possessões terrenas, e desconsideravam os pobres (Mc 10.17-25; Lc 6.24,25; 12.16-20; 16.13-15,19-31). Quantos de nós que, embora ricos espiritualmente, carecemos de bens materiais para a sobrevivência! Quantos irmãos nossos, co-herdeiros com Cristo, vivem em palafitas, ou estão desempregados? A estes não devemos fechar o coração, mas ajudá-los com alegria. É interessante e importante a palavra de Paulo quanto a este respeito em 1Tm 5.8: “se alguém não cuidar dos seus e especialmente dos da própria casa, tem negado a fé e é pior do que o descrente”. A prosperidade legitima-se com a generosidade.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Todas as promessas divinas feitas na Antiga Aliança têm o seu pleno cumprimento na Nova.
(III. Conclusão)
“Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo” (Fp 3.20). Embora o crente sendo cidadão de uma pátria terrena, eles têm uma cidadania maior e realmente somos estrangeiros neste mundo. Portanto, permitamos que a Palavra seja um guia para compreendermos a vontade de Deus no aspecto da prosperidade. Não sejamos ‘tolos’, a Bíblia diz ‘sim, podemos ter riquezas’. Mas ela também afirma ‘não’, ‘não confie nelas’! Jesus sabia da sedução que os bens terrenos podem exercer sobre nós e por isso advertiu: “Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração” (Mt 6.21). O crente, por este motivo, é instado a ter a ‘mente de Cristo’ (Fp 2.1-5) para poder experimentar ou a riqueza financeira ou dificuldades temporárias, mas ainda estar firmes em nosso viver por confiar plenamente nEle, o autor e consumador da nossa fé. No dizer de Paulo, [...] não ambicioneis coisas altas, mas acomodai-vos às humildes; não sejais sábios em vós mesmos;” (Rm 12.16), nós devemos aprender a estar satisfeitos, tendo as coisas essenciais desta vida, como alimento, vestuário e teto. Para ele, a satisfação das necessidades materiais não era motivo nem medida de sua alegria, ao contrário, ele repudia expressamente a mera auto-suficiência (2Co 3.5; 9.9). Sua suficiência estava em Cristo, cuja paz e propósito ele desfrutou apesar de todas as circunstancias por ele vividas. Tal fé é um estimulante para cremos em toda a suficiência de Cristo ao encarar todas as circunstancias da vida!
“Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade." (1Jo 3.18)
N’Ele, que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus” (Ef 2.8),
Janeiro de 2012,
Campina Grande, PB
Francisco de Assis Barbosa,

EXERCÍCIOS

1. As bênçãos na Antiga Aliança eram apenas temporais? Explique-as.
R. As bênçãos eram tanto temporais como eternas. As temporais eram aquelas que diziam respeito à realidade pessoal do patriarca; as eternas referiam-se às promessas que estavam por se cumprir na plenitude dos tempos (Gl 4.4).
2. As bênçãos prometidas a Israel, através dos patriarcas, podem ser aplicadas a nós atualmente?
R. Não, pois eram destinadas exclusivamente ao povo hebreu.
3. As bênçãos na Nova Aliança são transitórias?
R. Não, elas são eternas.
4. As bênçãos da Nova Aliança fazem referência a quê?
R. As bênçãos da Nova Aliança fazem referência à justificação (Gl 2.16,21), ao dom do Espírito Santo (Gl 3.2), à herança espiritual de filho de Deus (Rm 8.14), à vida eterna (Gl 3.21; Rm 8.2) e à verdadeira liberdade que só encontramos em Cristo (Gl 4.8-10; 5.1).
5. Depois de estudar a lição, qual ensino você pode extrair para sua vida pessoal?
R. Resposta pessoal.
NOTAS BIBLIOGRÁFICAS
TEXTOS UTILIZADOS:
-. Lições Bíblicas do 1º Trimestre de 2012, Jovens e Adultos, A verdadeira prosperidade — A vida cristã abundante; Comentarista: José Gonçalves; CPAD;

CITAÇÕES:
-.
Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001; Nota Textual de Ef 1.3; p. 1224;
-. PIPER, John. ‘O Olho é a Lâmpada do Corpo, Uma Meditação sobre Mateus 6:19-24’ http://www.monergismo.com/textos/meditacoes/piper_olho_lampada.htm

OBRAS CONSULTADAS:
-. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001;
-. Bíblia de Estudo Genebra, São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999;
-. RHODES, R. O Livro Completo das Promessas Bíblicas. 1.ed., RJ: CPAD, 2006;
-. BENTHO, E. Hermenêutica Fácil e Descomplicada. 4.ed., RJ: CPAD, 2006.
Os textos das referências bíblicas foram extraídos do site http://www.bibliaonline.com.br/ , na versão Almeida Corrigida e Revisada Fiel, salvo indicação específica.
Autorizo a todos que quiserem fazer uso dos subsídios colocados neste Blog. Solicito, tão somente, que indiquem a fonte e não modifiquem o seu conteúdo. Agradeceria, igualmente, a gentileza de um e-mail indicando qual o texto que está utilizando e com que finalidade (estudo pessoal, na igreja, postagem em outro site, impressão, etc.).
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