quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Lição 5: As bênçãos de Israel e o que cabe à Igreja


Lição 5: As bênçãos de Israel e o que cabe à Igreja
29 de Janeiro de 2012

POR FRANCISCO A. BARBOSA

TEXTO ÁUREO

Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo, como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor (Ef 1.3,4). - Bênçãos espirituais refere-se a privilégios e recursos divinos disponíveis agora, isto é, os crentes são escolhidos, adotados, perdoados. 1Co 1.21 usa a mesma palavra grega para “espiritual” ao se referir aos dons do Espírito Santo, evidenciando que eles estão entre as “bênçãos” incluídas [1].
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[1] Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001
Nota Textual de Ef 1.3; p. 1224.

VERDADE PRÁTICA

Se observarmos a Palavra de Deus, experimentaremos a verdadeira prosperidade: a comunhão plena, em Cristo, com o Pai Celestial.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Gálatas 3.2-9.

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
· Identificar o caráter pessoal das bênçãos sobre Abraão;
· Compreender o aspecto nacional da bênção de Deus sobre Israel; e
· Conscientizar-se de que através da igreja as bênçãos de Deus têm um alcance universal.
Palavra Chave
Promessas: Ato amoroso por meio do qual o Senhor estabelece um compromisso fiel e santo com seus servos.

COMENTÁRIO

(I. Introdução)
Segundo a Bíblia, o termo promessa (Gr Epangelia; palavra empenhada), é o compromisso de conferir bens a pessoas, instituições, grupos, que Deus assume livremente e que mantém graças a seu poder e fidelidade. A promessa é correlativa ao amor de Deus e à fé que deseja suscitar no coração do homem. Não há no Antigo Testamento um termo específico que corresponda a prometer ou promessa. O hebraico dispõe de vários termos para descrever o sentido de promessa: juramento, herança, palavra ou de fórmulas “cumprir as promessas da aliança”, “manter a palavra”. As promessas divinas estão ligadas à idéia de aliança ou de pacto. Deus é fiel às suas promessas mesmo que os herdeiros não cumpram as exigências da aliança. Contudo, Deus pode restringir ou propor as promessas sob novas bases. Neste domingo, veremos que Deus, em sua infinita bondade e misericórdia, tem bênçãos para todos. Na sua Palavra encontramos muitas promessas preciosas e incondicionais para toda a humanidade, como por exemplo, a vinda do seu Filho Unigênito a este mundo (2 Pe 3.4). Não por acaso, o termo grego epangelia possui uma afinidade com euangelion, a boa nova; nos sinóticos, Jesus é o Messias prometido, o anunciador de novas promessas (Mt 1.1-17). Não há como enumerar tantas manifestações da bondade do Senhor. Se alguém tentasse enumerá-las, chegaria à mesma conclusão do salmista: “contaria, contaria, sem jamais chegar ao fim” (Sl 139.18). Porém, nenhuma bênção é tão importante e tão especial como a salvação. Todavia, algumas bênçãos e promessas são específicas para Israel e outras são para a Igreja. Ao fim desta lição, entenderemos que as bênçãos divinas podem ser gerais, individuais, para Israel e para a Igreja, com ênfase nas duas últimas. Não esqueçamos jamais que já participamos das bênçãos da Nova Aliança quando, pela fé, entregamos nossa vida a Jesus e recebemos o perdão dos nossos pecados por intermédio do sangue do Cordeiro Imaculado. Essa é a maior bênção que uma pessoa pode experimentar deseja conceder bênçãos ainda maiores aos seus filhos. Boa aula!
(II. Desenvolvimento)
I. ABRAÃO E O ASPECTO PESSOAL DA BÊNÇÃO
1. O alcance individual das bênçãos. Bênçãos (Hb. bIeraka), indicam o ato de pronunciar coisas boas em direção a outrem (Gn 27.38). Como um chamado totalmente soberano, a ordem de Deus a Abraão ‘sai-te... da tua parentela’ foi um teste da sua fé. Ele foi chamado a abandonar tudo o que lhe era importante em troca duma terra desconhecida. O que ele tem é a promessa de Deus que o faria grande; e Deus de fato abençoou Abraão de muitas maneiras, inclusive com bênçãos materiais (Gn 24.35), onde percebemos como Abraão tornou-se muito rico, assim mesmo como o seu servo relata que “o Senhor abençoou muito o meu senhor”, e então passa a enumerar as bênçãos materiais que Deus concedeu a Abraão. Esta dinâmica torna-se pertinente a cada crente também hoje; a Bíblia revela que Deus trata com pessoas e não apenas com nações. Em Gl 3.13,14, Deus promete dar a todos os crentes as bênçãos de Abraão, declarando-nos que Jesus tornou-se maldição por nós a fim de que pudéssemos receber as “bênçãos de Abraão”. De tudo isso subentende-se que a chamada de Abraão envolvia bênçãos que contemplavam o presente mas que também apontavam para o futuro. Ela envolvia uma conquista terrena e uma celestial. Sua visão alcançava um lar definitivo não mais na terra e sim no céu (Hb 11.9,10,14-16; Ap 21.1-4; 22.1-5). As bênçãos, portanto, eram tanto temporais como eternas. As temporais eram aquelas que diziam respeito à realidade pessoal do patriarca; as eternas referiam-se às promessas que estavam por se cumprir na plenitude dos tempos (Gl 4.4); A plenitude dos tempos era o tempo divinamente estabelecido para a vinda de Cristo, quando as condições do mundo favoreciam sua aparição.
2. O alcance social das bênçãos. De nada adianta possuir bênçãos materiais, se aqueles que estão ao nosso redor, não forem alcançados em decorrência de nossa confissão e testemunho (Gn 12.3). Não são poucas as portas abertas à pregação de um evangelho que supre as necessidades de muitos que apelam a Deus em busca de bens materiais. Contudo, Paulo exorta que o crente deve estar contentado ao ter as necessidades básicas supridas (1Tm 6.8; Fp 4.10-13). A procura da riqueza traz somente tristeza e tropeços na vida de quem quer servir a Deus, pois vem de um coração enraizado no mundo e não no Senhor (Cl 3.1,2). De fato, o crente não deve desgastar-se em busca de obter riquezas materiais, porque tal procura é vã e gasta tempo que deve ser usado na busca de uma vida piedosa e da pátria celestial (Mt 6.24-34). Mesmo sem ter por meta granjear riquezas, alguns crentes são alcançados com muitos bens materiais. Para estes é necessário lembrar da mordomia cristã e que tudo é dado por Deus, que se deve confiar nele e não na própria riqueza, a qual é passageira (1Tm 6.17). De fato, a riqueza verdadeira consiste na prática da vontade de Deus, usando as dádivas dele para fazer o bem a outros. Tal serviço preparará o tesouro real para a vida verdadeira após esta. A riqueza em si não é má. Porém, o que fazemos dela pode transformar-se em algo danoso para nós e para os que nos cercam (Sl 62.10), mas para o crente, as verdadeiras riquezas consistem na fé e no amor que se expressam na abnegação e em seguir fielmente a Jesus (1Co 13.4-7; Fp 2.3-5). Sim, as verdadeiras riquezas são as espirituais e não as materiais. Ele não deve apegar-se às riquezas como um tesouro ou garantia pessoal; pelo contrário, deve abrir mão delas, colocando-as nas mãos de Deus para uso no seu reino, promoção da causa de Cristo na terra, salvação dos perdidos e atendimento de necessidades do próximo. Portanto, quem possui riquezas e bens não deve julgar-se rico em si, e sim administrador dos bens de Deus (Lc 12.31-48). John Piper comenta em seu artigo intitulado ‘O Olho é a Lâmpada do Corpo, Uma Meditação sobre Mateus 6:19-24’: “Colocadas entre o mandamento de ajuntar tesouros no céu (6:19-21) e a advertência de que não se pode servir a Deus e ao dinheiro (6:24), estão as estranhas palavras sobre o olho sendo a lâmpada do corpo. Se o olho é bom (literalmente: “simples”), todo o corpo será cheio de luz. Mas se o olho for mau, o corpo será cheio de trevas. Em outras palavras: Como você vê realmente, determina se você está em trevas ou não. Ora, por que esta afirmação sobre o olho bom e o mau está colocada entre dois ensinos sobre dinheiro? Eu penso que é por causa de uma coisa específica: o que nos mostra se o olho é bom, é como ele vê Deus em relação ao dinheiro e tudo o que este pode comprar. Este é o assunto na primeira parte desta passagem. Em 6:19-21 o assunto é: você deve desejar a recompensa celestial e não a terrena. O que, em resumo, significa: deseje Deus e não o dinheiro. Em 6:24 o assunto é se você pode servir dois senhores. Resposta: Você não pode servir a Deus e ao dinheiro. [2]
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[2] PIPER, John. ‘O Olho é a Lâmpada do Corpo, Uma Meditação sobre Mateus 6:19-24’ http://www.monergismo.com/textos/meditacoes/piper_olho_lampada.htm
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Por intermédio de Abraão, todas as nações têm acesso à salvação em Jesus Cristo.
II. ISRAEL E O ASPECTO NACIONAL DA BÊNÇÃO
1. O alcance geográfico das bênçãos. A maior benção para Israel, no Antigo Testamento, era a presença de Deus (Ne 6.24-26). Mas a benção para esse povo estava condicionada à obediência (Dt 7.12-15; 28.1-68). As bênçãos de Deus para Israel incluíam: posteridade (Gn 1.18; 9.1; 12.2; 22.17; 26.4; 28.3; Dt 7.13; Js 17.14; Sl 107.38), a posse da terra, bem como outros tipos de prosperidade material (Gn 24.35; 26.3; 39.5; Dt 2.7; 12.7; 15.4). As bênçãos de Deus foram prometidas a Abrãao, neles seriam benditas todas as nações da terra (Gn 12.1-3). Tais bênçãos trazem justiça (Sl 24.5), vida (Sl 133.3) e salvação (Sl 3.8). As bênçãos de Deus para Israel faziam parte do Pacto que o Senhor tinha com essa nação, tendo em vista que Ele prometeu fazer de Abraão uma grande nação (Gn 12.2) e dar a terra de Canaã por herança à sua posteridade (Gn 17.8). Essa percepção de Israel enquanto nação é muito importante para a interpretação dos textos bíblicos que fazem alusão à prosperidade desse povo. Essa é uma benção prometida com exclusividade a Israel, que não cabe à Igreja (Dt 28.8). O texto de 1Cr 7.14: “e se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se desviar dos seus maus caminhos, então eu ouvirei do céu, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terratem sido indevidamente aplicado à Igreja, e o pior, a determinadas nações. O tratamento de Deus não é mais com uma nação ou com um povo geograficamente constituído. A nação escolhida por Deus, para ser testemunha da Sua revelação no Antigo Pacto, foi Israel (Dt 28.10). Acreditamos que no futuro, por ocasião do Milênio (Ap 20.1-10), Israel receberá as bênçãos que lhe compete e que ainda não se cumpriram. Esse será um tempo de abundância para esse povo e de prosperidade em todos os sentidos. Israel desfrutará de paz com as nações (Is 9.6; Mq 4.3-4; Lc 2.13-14); a terra da palestina será ampliada (Is 26.25), a topografia será alterada (Zc 14.4), as chuvas cairão trazendo bençãos (Is 41.18; Ez 34.26; Jl 2.23); as fontes e mananciais de águas serão abundantes (Ez 47.1-11); Zc 14.8), a terra produzirá muito (Is 32.15; 35.1; Ez 47.12; Am 9.13), haverá paz e justiça em plenitude (Is 32.16,17), até na criação (Is 11.6-9; 65.25; Rm 8.19-21). Essas são as bençãos que competem a Israel, mas não agora, pois tudo isso se concretizará no futuro, no reinado de Cristo (At 14.22; 1Co 6.9-10; 1Ts 2.12; Tg 2.5; 2Pe 1.11; 2Tm 4.1; Ap 12.10).
2. O alcance político das bênçãos. Na lista de bênçãos a Israel, encontramos as de natureza política que se referiam ao seu relacionamento com nações vizinhas. Israel estava localizado em um meio hostil. Por isso mesmo, dependia da guarda divina (Dt 28.7).Gênesis 22.18 confirma o que acima dizemos: “E em tua descendência serão benditas todas as nações da terra; porquanto obedeceste à minha voz”. Estas nações e famílias que seriam abençoadas por Deus, teriam que estar enxertadas na boa oliveira que é Israel (Rm 11.23,24). No dizer de Paulo em Gálatas 3.29, se somos do Cristo, então somos descendência de Abraão e herdeiros conforme a promessa feita a Abraão, a promessa da vida eterna por Cristo. As promessas feitas no Antigo Pacto, portanto, carecem de interpretação à luz do que é revelado por outros versículos da Bíblia.
3. O alcance global das bênçãos. Deus separou Abrão da sua família idólatra a fim de que tanto ele como os seus descendentes viessem a ser nação messiânica, que traria salvação para todas as famílias da terra. Quando Deus diz a Abraão, por exemplo, que “em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.3), Ele antecipa os patriarcas ainda por vir, a nação de Israel, e toda a linha davídica, incluindo o Messias e fundamenta o conceito bíblico de bênção – Deus em ação na vida do seu povo para contrapor-se aos efeitos da maldição. Entendemos que desde o princípio da criação, o plano de Deus para a salvação tem sido global e vemos isto ao longo do Antigo Testamento, indivíduos e nações que abençoaram os descendentes de Abrão foram abençoados por Deus; aqueles que o perseguiam Sofreram as maldições de Deus. Por conseguinte, a bênção da salvação não era apenas para a posteridade de Abraão, mas também para todos os povos. Acredito que as bênçãos destinadas a Israel eram exclusivas, mas também acredito que somos alvos da bondade eterna de Deus e como Israel, somos também abençoados.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Nem todas as bênçãos prometidas a Israel podem ser aplicadas a nós atualmente, pois eram destinadas exclusivamente ao povo hebreu.
III. A IGREJA E O ASPECTO UNIVERSAL DA BÊNÇÃO
1. Transitório versus eterno. Sabemos que as bênçãos listadas no Antigo Testamento apontavam para as bênçãos disponíveis na nova aliança, sendo aquelas, sombra de bens futuros. Hebreus 10.1, refere-se à lei e nós podemos nos referir a tudo que dizia respeito ao povo de Israel, a lei e o sacerdócio. Na Antiga Aliança, as bênçãos possuíam natureza material, social e também espiritual. Em todos os casos, elas faziam sobressair o seu aspecto temporal em contraste com a Nova Aliança (Hb 8.13; 10.34). Nesta, as bênçãos são eternas. O que foi prometido na Antiga Aliança tem o seu pleno cumprimento na Nova. O transitório pertencia ao Antigo Pacto; o permanente ao Novo (2 Co 3.1-11). Isto significa que as bênçãos, em sua plenitude, estavam reservadas para a Nova Aliança, para ter seu cumprimento na Igreja. A igreja é o objetivo final e máximo de Deus. O termo grego Ekklesia, denota um grupo de pessoas chamadas para fora; não é uma edificação onde os crentes se reúnem, mas algo orgânico, cheio de vida; é uma casa espiritual (1Pe 2.5), não apenas uma habitação, mas um lar, é a família de Deus e alvo das bênçãos eternas (Ef 2.19). A antiga aliança era mera sombra de coisas superiores por vir. Como tal, não possuía em si mesma a substância da vontade de Deus, que é eterna e celestial. Por conseguinte, a sua natureza era limitada em vários aspectos. Não só se restringia a um povo em particular, a nação de Israel, como era regulada pela condição de duas partes, Deus e o povo. Além disso, tal aliança, limitada ao um tempo, era terrena, não possuindo o poder de aperfeiçoar os que nela confiavam. E, por todos esses motivos, diz-se que a aliança do Sinai era imperfeita.
2. Material versus espiritual. O Livro de Hebreus revela que Cristo é o “Mediador de superior aliança instituída com base em superiores promessas” (Hb 8.6). Ela é mais excelente porque as promessas do pacto mosaico eram condicionais, terrenas, carnais e temporárias, enquanto as promessas do Novo Testamento são incondicionais, espirituais e eternas. O Pai Celestial já nos abençoou e já nos deu toda sorte de bênçãos (Ef 1.3). Estas bênçãos chegam até nós por meio de Cristo Jesus e são aplicadas em nós pelo Espírito Santo. Pela ação do Espírito Santo as bênçãos espirituais passam a ser realidade na vida dos filhos de Deus.
3. Pobreza e riqueza. Deus nos concede todas as bênçãos espirituais de que necessitamos (Ef 1.3; Fp 4.19; Tg 1.17) bem como as bênçãos materiais. Deus abençoa a todos sem distinção de raça, cor, credo, condição financeira, condição física ou educação. (Lc 9.23). “Porque sei que são muitas as vossas transgressões e enormes os vossos pecados; afligis o justo, tomais resgate e rejeitais os necessitados na porta. Portanto, o que for prudente guardará silêncio naquele tempo, porque o tempo será mau. Buscai o bem e não o mal, para que vivais; e assim o Senhor, o DEUS dos Exércitos, estará convosco, como dizeis.” (Am 5.12-14). Não se deve esquecer é que na Igreja há irmãos carentes e enfermos (1 Tm 5.23; 2 Tm 4.20). A Bíblia tem muito a dizer a respeito de como os crentes devem tratar os pobres e necessitados. Ao revelar a sua Lei aos israelitas, mostrou-lhes também várias maneiras de se eliminar a pobreza do meio do povo (ver Dt 15.7-11). Declarou-lhes, em seguida, o seu alvo global: “Somente para que entre ti não haja pobre; pois o SENHOR abundantemente te abençoará na terra que o SENHOR, teu DEUS, te dará por herança, para a possuíres” (Dt 15.4). O crente tem o dever de preocupar-se com o social, especialmente com os domésticos na fé (Gl 6.10) [Paulo de fato diz para ajudar “a todos.” Quando ele diz “especialmente” ou “principalmente” é com ênfase, mas não exclusividade]. Boa parte do ministério de JESUS foi dedicado aos pobres e desprivilegiados na sociedade judaica. Dos oprimidos, necessitados, samaritanos, leprosos e viúvas, ninguém mais se importava a não ser JESUS (cf. Lc 4.18,19; 21.1-4; Lc 17.11-19; Jo 4.1-42; Mt 8.2-4; Lc 17.11-19; Lc 7.11-15; 20.45-47). Ele condenava duramente os que se apegavam às possessões terrenas, e desconsideravam os pobres (Mc 10.17-25; Lc 6.24,25; 12.16-20; 16.13-15,19-31). Quantos de nós que, embora ricos espiritualmente, carecemos de bens materiais para a sobrevivência! Quantos irmãos nossos, co-herdeiros com Cristo, vivem em palafitas, ou estão desempregados? A estes não devemos fechar o coração, mas ajudá-los com alegria. É interessante e importante a palavra de Paulo quanto a este respeito em 1Tm 5.8: “se alguém não cuidar dos seus e especialmente dos da própria casa, tem negado a fé e é pior do que o descrente”. A prosperidade legitima-se com a generosidade.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Todas as promessas divinas feitas na Antiga Aliança têm o seu pleno cumprimento na Nova.
(III. Conclusão)
“Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo” (Fp 3.20). Embora o crente sendo cidadão de uma pátria terrena, eles têm uma cidadania maior e realmente somos estrangeiros neste mundo. Portanto, permitamos que a Palavra seja um guia para compreendermos a vontade de Deus no aspecto da prosperidade. Não sejamos ‘tolos’, a Bíblia diz ‘sim, podemos ter riquezas’. Mas ela também afirma ‘não’, ‘não confie nelas’! Jesus sabia da sedução que os bens terrenos podem exercer sobre nós e por isso advertiu: “Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração” (Mt 6.21). O crente, por este motivo, é instado a ter a ‘mente de Cristo’ (Fp 2.1-5) para poder experimentar ou a riqueza financeira ou dificuldades temporárias, mas ainda estar firmes em nosso viver por confiar plenamente nEle, o autor e consumador da nossa fé. No dizer de Paulo, [...] não ambicioneis coisas altas, mas acomodai-vos às humildes; não sejais sábios em vós mesmos;” (Rm 12.16), nós devemos aprender a estar satisfeitos, tendo as coisas essenciais desta vida, como alimento, vestuário e teto. Para ele, a satisfação das necessidades materiais não era motivo nem medida de sua alegria, ao contrário, ele repudia expressamente a mera auto-suficiência (2Co 3.5; 9.9). Sua suficiência estava em Cristo, cuja paz e propósito ele desfrutou apesar de todas as circunstancias por ele vividas. Tal fé é um estimulante para cremos em toda a suficiência de Cristo ao encarar todas as circunstancias da vida!
“Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade." (1Jo 3.18)
N’Ele, que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus” (Ef 2.8),
Janeiro de 2012,
Campina Grande, PB
Francisco de Assis Barbosa,

EXERCÍCIOS

1. As bênçãos na Antiga Aliança eram apenas temporais? Explique-as.
R. As bênçãos eram tanto temporais como eternas. As temporais eram aquelas que diziam respeito à realidade pessoal do patriarca; as eternas referiam-se às promessas que estavam por se cumprir na plenitude dos tempos (Gl 4.4).
2. As bênçãos prometidas a Israel, através dos patriarcas, podem ser aplicadas a nós atualmente?
R. Não, pois eram destinadas exclusivamente ao povo hebreu.
3. As bênçãos na Nova Aliança são transitórias?
R. Não, elas são eternas.
4. As bênçãos da Nova Aliança fazem referência a quê?
R. As bênçãos da Nova Aliança fazem referência à justificação (Gl 2.16,21), ao dom do Espírito Santo (Gl 3.2), à herança espiritual de filho de Deus (Rm 8.14), à vida eterna (Gl 3.21; Rm 8.2) e à verdadeira liberdade que só encontramos em Cristo (Gl 4.8-10; 5.1).
5. Depois de estudar a lição, qual ensino você pode extrair para sua vida pessoal?
R. Resposta pessoal.
NOTAS BIBLIOGRÁFICAS
TEXTOS UTILIZADOS:
-. Lições Bíblicas do 1º Trimestre de 2012, Jovens e Adultos, A verdadeira prosperidade — A vida cristã abundante; Comentarista: José Gonçalves; CPAD;

CITAÇÕES:
-.
Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001; Nota Textual de Ef 1.3; p. 1224;
-. PIPER, John. ‘O Olho é a Lâmpada do Corpo, Uma Meditação sobre Mateus 6:19-24’ http://www.monergismo.com/textos/meditacoes/piper_olho_lampada.htm

OBRAS CONSULTADAS:
-. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001;
-. Bíblia de Estudo Genebra, São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999;
-. RHODES, R. O Livro Completo das Promessas Bíblicas. 1.ed., RJ: CPAD, 2006;
-. BENTHO, E. Hermenêutica Fácil e Descomplicada. 4.ed., RJ: CPAD, 2006.
Os textos das referências bíblicas foram extraídos do site http://www.bibliaonline.com.br/ , na versão Almeida Corrigida e Revisada Fiel, salvo indicação específica.
Autorizo a todos que quiserem fazer uso dos subsídios colocados neste Blog. Solicito, tão somente, que indiquem a fonte e não modifiquem o seu conteúdo. Agradeceria, igualmente, a gentileza de um e-mail indicando qual o texto que está utilizando e com que finalidade (estudo pessoal, na igreja, postagem em outro site, impressão, etc.).
Francisco de Assis Barbosa

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