sexta-feira, 24 de junho de 2011

Aviva, ó Senhor, a Tua Obra!


Aviva, ó Senhor, a Tua Obra!


I – Introdução


Primeiramente gostaria de saudar a todos os leitores com a Paz do Senhor.
Estamos finalizando mais um trimestre absolutamente edificante para nossas vidas espirituais. Várias lições e temas maravilhosos foram estudados, de modo que eu acredito piamente que cada um daqueles que teve contato com tal lição pôde crescer na presença de Deus.
Assim como todas as outras lições, esta última também é muito maravilhosa. Buscaremos, com tal estudo, abordar os aspectos principais da citada lição, visando que cada um de nós tenha cada dia mais o desejo de ser avivado na presença do Senhor.

II – Buscando o Avivamento

Analisando-se a lição, notamos que inicialmente ela mostra dois relatos bíblicos onde houve um grande avivamento.
Inicialmente é citado um trecho bíblico encontrado no livro de Crônicas, em seus capítulos 34 e 35. Tal trecho mostra um grande avivamento que houve no Reino de Judá, onde ainda bem jovem o rei Josias teve um despertamento para restaurar a vida espiritual de Judá e reformar o Santo Templo. Durante a execução de tal obra o sumo sacerdote Hilquias encontrou o livro da lei que se havia perdido, e o mostrou ao rei. Grande foi a angustia de Josias, que chegou a rasgar suas vestes, tamanha a dor e contrição que sofria. Após isso a Palavra de Deus passou mais uma vez a ser ensinada, o que trouxe um grande avivamento àquele reino.


Outro relato é encontrado no livro de Esdras. Lá encontramos que os judeus tinham apostatado da fé, razão pela qual ficaram por cerca de setenta anos exilados na Babilônia. Ao fim desses setenta anos, Deus usa vários reis gentios para reconduzi-los à terra de seus ancestrais, e ainda instrumentaliza o sacerdote e escriba Esdras para constranger o povo a estabelecer um novo concerto. Acontece então um grande avivamento no meio dos judeus, mas isso tudo pois todos voltam a estudar a palavra de Deus, bem como a obedecê-la.

II. 1. Estudo e obediência à Palavra de Deus

Analisando-se tais relatos supramencionados, notamos que há um ponto em comum: a volta ao estudo e obediência à palavra de Deus. Hodiernamente é muito triste por vezes notar que a Bíblia, a Palavra de Deus, cada vez está tendo menos importância em alguns meios cristãos. As pessoas não se preocupam em estudar tal palavra em casa, não dão valor aos cultos de ensino.

Todavia, pela leitura dos dois trechos acima citados, bem como diversos outros que podemos encontrar na Bíblia, nós percebemos que todo grande avivamento, toda modificação de vida, toda mudança em uma sociedade, nasce do estudo da Palavra de Deus, da obediência a tal palavra.
Devemos cada dia mais ansiar ouvir a palavra de Deus e compreendê-la. Amar a palavra, fazer dela nossa alegria e deleite. Devemos, sobretudo, obedecer ao que ela ordena e viver conforme os seus ditames.


II. 2. O Ensino da Palavra de Deus


Outro ponto interessante que se nota é que, em ambos os casos, a Palavra de Deus foi estudada pois houveram homens que se dispuseram a ensiná-la.
A igreja tem responsabilidade de salvaguardar a verdadeira e original doutrina bíblica que se acha nas Escrituras, e transmiti-la aos fiéis sem transigência nem corrupção. Fica subentendida, assim, a necessidade do ensino bíblico na igreja.
Cada dia tem se feito mais necessário o ensino da palavra de Deus. O mundo tem se afastado dessa palavra e de seus ditames, fazendo com que esteja cada dia mais perdido. Como vimos anteriormente, os grandes avivamentos, as modificações de vida, começam pelo estudo da palavra de Deus.
Todavia, o grande problema é que muitas vezes as pessoas tem a falsa impressão de que o ensino da palavra de Deus é função exclusivamente dos pastores, evangelistas, ou presbíteros. Pelo contrário, todos nós temos a responsabilidade de falar da palavra de Deus, de levá-la ao mundo.
Portanto, irmãos meus, sejamos estudiosos da palavra de Deus, para que possamos a cada dia mais ensinar tão maravilhosa palavra.


II. 3. Frutos do Avivamento


A nossa lição nos mostra alguns dos vários frutos que um verdadeiro avivamento trás: estudo da Palavra de Deus, oração, adoração (Ne 8. 1-18), confissão de pecados (Ne 9. 1-38) e o desejo de cumprir e obedecer os estatutos do Senhor (Ne 10. 29).
No entanto, podemos anotar aqui diversos outros frutos de um verdadeiro avivamento. Destaco aqui três: alegria, paz e força.
“Na verdade, na verdade vos digo que vós chorareis e vos lamentareis, e o mundo se alegrará, e vós estareis tristes, mas a vossa tristeza se converterá em alegria.” (Jo 16. 20)
7Puseste alegria no meu coração, mais do que no tempo em que se lhes multiplicaram o trigo e o vinho.8Em paz também me deitarei e dormirei, porque só tu, SENHOR, me fazes habitar em segurança.” (Sl 4. 7-8)
No Senhor nós temos paz e alegria perfeitas. Não por ausência de conflito ou de tristeza, mas sim porque acima de todas essas coisas continuamos a ter alegria e paz. Confiamos em Deus, e por essa confiança temos alegria e paz.
Pelo menos assim deveria ser. Muitos, porém, que se dizem crentes, têm pregado somente uma doutrina de prosperidade, afirmando que os crentes não podem ter tristeza, não passam por sofrimento. Ou ainda, vemos outros que só sabem reclamar da vida, que tudo está ruim, que não têm felicidade.

Nós, entretanto, que conhecemos a Deus verdadeiramente, que buscamos estar na presença de Deus, que sabemos o quanto ele é maravilhoso, e que confiamos nEle, sabemos que no mundo teremos aflição (Jo 16. 33), mas sempre temos alegria e paz.
“O Senhor é o meu rochedo, e o meu lugar forte, e o meu libertador; o meu Deus, a minha fortaleza, em quem confio; o meu escudo, a força da minha salvação e o meu alto refúgio.” (Sl 18.2). O Senhor, sendo nosso rochedo e fortaleza, sabemos que nEle temos proteção e segurança; sendo nosso escudo, sabemos que ele se coloca entre nós e o mal; sendo nosso lugar forte e alto refúgio, sabemos que temos onde nos proteger, um lugar onde o inimigo não entra, onde estamos acima dos perigos desta vida.


Através do grande poder de Deus nós temos força para enfrentar as lutas da vida. Quando lutamos para passar em um vestibular ou um concurso; quando passamos por doenças; quando temos de formar uma família, sustentá-la, criar e educar filhos; quando somos confrontados pela nossa fé. Enfim, desde as coisas “mínimas” da vida, até as mais importantes, nós necessitamos da força que só Deus pode nos dar.

Deus sempre vai a nossa frente preparando o caminho, mas se fracos formos, não conseguiremos trilhá-lo. Deus nos fortalece e através dessa força somos capazes de transpassar barreiras, de lutar. O caminho preparado por Deus é perfeito, no entanto passaremos por aflições nesses trilhos da vida, e para enfrentá-las temos a força que só Deus nos dá. “Porque me cingiste de força para a peleja, fizeste abater debaixo de mim os que se levantaram contra mim.” (2 Sm 22.40).

III – O Clamor do Profeta Habacuque

A lição nos mostra diversos aspectos acerca do profeta Habacuque. Analisemos alguns deles.

III. 1. Intercessão

A primeira lição que tiramos é a necessidade de intercedermos por nossos irmãos.
"Ouvi, SENHOR, a tua palavra, e temi; aviva, ó SENHOR, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos faze-a conhecida; na tua ira lembra-te da misericórdia."
Em sua oração Habacuque clama a Deus que avive sua obra, buscando que Ele intercedesse trazendo um grande avivamento. Essa também deve ser nossa atitude.
O mundo atual necessita de um grande avivamento, e nós, como servos de Deus, devemos interceder nesse sentido. A própria igreja necessita estar a cada dia sendo avivada, para que possa resplandecer a luz de Cristo sobre o mundo.
Portanto, meus irmãos, clamemos e intercedamos pelo nosso povo, para que Deus esteja conosco sempre. Busquemos o avivamento a esse mundo, que tanto necessita de Deus.


III. 2. Confiar em Deus


"17Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado; 18Todavia eu me alegrarei no SENHOR; exultarei no Deus da minha salvação".(Hb 3. 17-18)
Em sua oração o profeta Habacuque demonstra grande confiança em Deus, pois sabia que mesmo diante das adversidades, Deus agiria naquele povo.
Nós devemos ter o coração confiante de que Deus estará conosco sempre. Devemos crer que como nosso Pai, Ele nunca nos desamparará. Mesmo diante das aflições, das adversidades, dos problemas, tristezas e dores, confiemos, pois Deus é nosso refugio e fortaleza, socorro bem presente na angustia (Sl 46. 1).

III. 3. Transformação

Quando o profeta Habacuque orava e clamava pelo avivamento, o fazia pois sabia que o povo havia pecado contra Deus, fazendo-se necessário uma grande mudança de vida entre os filhos de Israel.
Em Jeremias 18. 1-6, Deus fala ao profeta Jeremias através de uma parábola, comparando a todos nós com vasos que são feitos por um oleiro. Deus manda que Jeremias observe um oleiro trabalhando, e ao fazer isso o profeta vê que o oleiro molda o barro da forma como lhe parece bom aos olhos e que quando o vaso quebra em suas mãos, ele pode refazê-lo de outra forma.
Somos comparados ao barro nas mãos do oleiro, pois este usa aquele para fazer vasos da forma que lhe agradar, podendo fazer de uma forma, depois mudar para algo totalmente diferente. Esta comparação nos mostra o dever que temos de entregar nossas vidas completamente a Deus, para que Ele possa fazer de nós o que lhe agradar. Sempre devemos buscar andar segundo a vontade de Deus, pois assim nossa vida será agradável aos Seus olhos.
O oleiro não pode trabalhar com um material rígido, pois assim ele não consegue moldar. O barro é um material que possui uma consistência adequada para ser moldado de várias formas diferentes. Assim devemos ser, um corpo preparado e disposto a ser feito da forma como agradar a Deus.
Enquanto há deformidades no vaso, enquanto não chega ao resultado desejado pelo oleiro, este não para de moldá-lo, buscando sempre a perfeição. Da mesma forma devemos nos colocar diante de Deus, para que Ele possa estar constantemente retirando nossas deformidades, isto é, nos ajudando a nos santificar, a buscar sermos vasos perfeitos, adequados a guardar os Seus tesouros.
Quando queremos servir ao Senhor, devemos fazê-lo com todo o nosso viver. Desta forma, se há algo em nós que pode não agradar a Deus, devemos deixar que Ele nos molde segundo a Tua Palavra. Se alguém se converte, aceita a Jesus como único e suficiente Salvador, deve buscar uma grande mudança em sua vida. É o que muitos chamam de regeneração. Não nos cabe nos aprofundar neste tema, uma vez que ele é matéria para um estudo próprio, mas ele deve ser lembrado, pois o maior sentido de nos colocarmos como barro nas mãos de Deus é exatamente para que ele possa mudar nossas vidas. Isso serve para todos nós, desde aquele servo fiel, mas que como humano possui suas falhas e deve buscar ser corrigido pelo oleiro; passando por aquele que se proclama evangélico, mas não possui uma vida condizente; até chegar aos novos convertidos, que devem buscar desde sempre serem quebrados por Deus e serem feitos vasos novos.

IV - É Tempo de Buscar a Face de Deus


IV. 1. Conhecer a Deus


Atualmente, existe um grande paradoxo que se mostra no meio evangélico. Ao mesmo tempo que cada dia mais pessoas buscam conhecer uma igreja, estar em uma igreja, menos pessoas buscam conhecer a Deus, estar na presença de Deus.
Isso se dá assim pois boa parte das pessoas que buscam uma igreja o fazem pelo motivo errado. Tais pessoas vão em busca de promessas de prosperidade, de milagres e curas, mas sem a intenção de simplesmente adorar a Deus.
Como a própria lição diz, as pessoas barganham com Deus, procurando por ele apenas nos momentos em que precisam de algo. Mas a bíblia é clara ao dizer: "Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem." (Jo 4. 23)
Vemos, assim, que Deus procura pessoas que o adorem em espírito e em verdade, e não porque querem algo em troca.
Portanto meus irmãos, "conheçamos, e prossigamos em conhecer ao SENHOR" (Os 6. 3-a), "Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós" (Tg 4. 8-a).


IV. 2. Entregar a vida a Deus


A partir do momento que conhecemos a Deus, temos que entregar nossas vidas a Ele, e tal entrega deve ser completa. Todos os aspectos de nossas vidas, todas nossas atividades e decisões devem ser segundo a vontade de Deus.
Deus deve estar a frente de todas nossas decisões. Fazendo isso nós deixaremos de ser ansiosos e preocupados com tudo, pois saberemos que está guiando nossa vida, e confiaremos que a vontade dEle será sempre a melhor para nossas vidas.
Temos que a cada dia mais entregar nossas vidas como "sacrifício vivo, santo e agradável a Deus".
Exorto mais uma vez irmãos meus, que possamos declarar: "Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim."


IV. 3. Confissão e Abandono dos pecados


Por fim, todo avivamento deve ser acompanhado de confissão, arrependimento e abandono do pecado.
Em vários Salmos de Davi o vemos confessando seus pecados em oração a Deus, para que, assim, consiga o perdão Divino. Assim vemos em Salmos 32.5:
“Confessei-te o meu pecado e a minha maldade não encobri; dizia eu: Confessei ao Senhor as minhas transgressões; e tu perdoaste a maldade do meu pecado”.
Nessa passagem Davi coloca em uma relação de causa/efeito a confissão do pecado e o perdão de Deus. Sem a confissão Deus não perdoa nossos pecados, pois é ela que demonstra a nossa vontade de termos nossos pecados perdoados e nosso arrependimento sincero.

Nesse mesmo sentido está escrito em 1 João 1. 8 e 9:
"8Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. 9Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”.

Nessas duas últimas passagens vemos a diferença entre aquele que tenta esconder seus pecados e aquele que as confessa. Logicamente nada fica encoberto a Deus, mesmo assim, como já dito, é essencial que nos humilhemos e clamemos a Deus pelo perdão.
Após termos nos arrependido e confessado nosso pecado, devemos abandoná-lo. Provérbios 28.13 assim leciona:
"O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia."
Na parte final deste versículo há uma palavra que demonstra o nosso dever em abandonar o pecado, qual seja, “deixa”. O Rei Salomão, com sua imensa sabedoria, nos aconselha a confessarmos e deixarmos o nosso pecado, para assim alcançarmos misericórdia.
Se estamos realmente arrependidos será uma consequência natural abandonarmos o pecado cometido. Porém, se voltarmos a cometer o mesmo pecado, mesmo tendo sido sinceros no arrependimento anterior, Deus é misericordioso para novamente nos perdoar. Nunca devemos perder de vista, porém, que Deus conhece o que pensamos e o que sentimos, o que quer dizer que Ele sabe muito bem quando estamos sendo sinceros.
No evangelho de Cristo segundo escreveu João, no capítulo 8, do versículo primeiro ao 11, narra-se o episódio de uma mulher adúltera que seria apedrejada pelo seu pecado. Porém Jesus estava perto e sabiamente falou para aquele que não tivesse pecado atirar a primeira pedra. Com estas palavras as pessoas foram saindo de um em um. Jesus fala, então, com aquela mulher:

10E, endireitando-se Jesus e não vendo ninguém mais do que a mulher, disse-lhe: Mulher, onde estão aqueles seus acusadores? Ninguém te condenou? 11E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te e não peques mais”.

Nesta passagem Jesus fala com uma pecadora, porém não a condena, pois ele não veio ao mundo para condenar, mas sim para perdoar os pecados de todos nós. Não se pode achar que Jesus considera o adultério um pecado sem importância. O que Ele fez foi proporcionar a oportunidade para que aquela mulher passasse a ter uma nova vida, livre do pecado.
Jesus veio ao mundo cem por cento homem e cem por cento Deus. Isso quer dizer que ele era onisciente na Terra e com certeza sabia se aquela mulher estava arrependida ou não e se ela tinha intenção de voltar a cometer o mesmo pecado ou não. Se Ele tivesse visto que a mulher não se endireitaria, com certeza não teria simplesmente falado estas palavras e a deixado ir. Jesus viu arrependimento sincero na mulher e por isso perdoou o seu pecado.
Ele, porém, deu uma última instrução: que ela não pecasse mais. E é este o mandamento que ele nos dá toda vez que perdoa nossos pecados, ou como condição para que os perdoe. Este é o último passo para termos um grande avivamento em nossas vidas, devemos mudar de atitude, nos regenerar.

V - Conclusão


Busquemos ter nossas vidas cada dia mais avivadas estudando a Palavra de Deus, buscando conhecer cada dia mais a Deus, sendo seus verdadeiros adoradores, confessando e abandonando nossos pecados, essa é a mensagem que este estudo tenta transmitir.
Amém!


Elaboração por:- Jozeph Bruno

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