quinta-feira, 26 de maio de 2011

A Pureza do Movimento Pentecostal


A PUREZA DO MOVIMENTO PENTECOSTAL
Texto Áureo: At. 1.8 – Leitura Bíblica: At. 2.1-4; 14-17.

Pb. José Roberto A. Barbosa
Twitter: @subsidioEBD

INTRODUÇÃO
Nem todo movimento que se diz pentecostal verdadeiramente o é. Atualmente testemunhamos o avanço dos movimentos que se dizem neopentecostais, mas que não passam de pseudopentecostalismo, pois nada tem a ver, biblicamente e historicamente, com o genuíno movimento pentecostal. Na aula de hoje estudaremos a respeito dos fundamentos bíblico-históricos do movimento pentecostal. A pergunta crucial é: afinal, o que quer isso dizer? (At. 2.12).

1. PENTECOSTAL, O QUE QUER ISSO DIZER?
O termo pentecostal passou a ser usado em 1907, na Grã-Bretanha, pelas igrejas tradicionais para se referirem aos crentes que aderiram ao recebimento do batismo no Espírito Santo com evidência de falar línguas, em consonância com At. 2.1-13, texto bíblico no qual lemos a narrativa lucana sobre o derramamento do poder prometido por Jesus (At. 1.8), por ocasião do dia de Pentecostes, a fim de que os crentes testemunhassem de Cristo sob o poder do Espírito Santo. Nos dias atuais, o crente considerado pentecostal é aquele que acredita no batismo no Espírito Santo enquanto experiência distinta do novo nascimento, manifestado visualmente pelo falar em línguas (glossolalia) e na contemporaneidade dos dons sobrenaturais do Espírito Santo (I Co. 12-14). O pentecostalismo, por conseguinte, defende que os crentes dos dias hodiernos podem e devem passar pela experiência do batismo no Espírito Santo pós-conversão. A expressão Pentecostalismo Clássico passou a ser usada na década de 60, nos Estados Unidos, para distinguir as primeiras igrejas pentecostais, dissidentes das igrejas tradicionais históricas, distinguindo-as das igrejas neopentecostais e da renovação carismática católica. O termo clássico diz respeito à antiguidade ou pioneirismo histórico desse movimento, que, em seus fundamentos bíblico-teológicos, diferencia-se consideravelmente tanto do neopentecostalismo quanto da renovação carismática.

2. FUNDAMENTO BÍBLICO-HISTÓRICO
Ainda que as igrejas tradicionais e históricas tenham tentado negar a atualidade do falar em línguas e dos dons espirituais, os fundamentos bíblicos para o pentecostalismo se mostram contundentes. No dia de pentecostes, em At. 2, ao serem cheios do Espírito Santo, os discípulos de Jesus falaram em línguas. Na casa de Cornélio, os gentios falaram em línguas e glorificaram a Deus (At. 10.46). Posteriormente, o próprio Pedro reconheceu a legitimidade daquele evento, afirmando que Deus havia derramado o Espírito santo sobre os gentios na casa daquele centurião romano (At. 11.15). Em Éfeso, os crentes foram batizados e tanto falavam em línguas como profetizavam (At. 19.1-6). Ao longo da história, vários irmãos experimentaram a glossolalia, isto é, o falar em línguas. Por isso, a repetibilidade dessa experiência, ao longo do tempo, e nos dias atuais, não é mero emocionalismo, antes se trata de uma realidade fundamentada na Sagrada Escritura. A análise histórica nos demonstra que homens e mulheres de fé, embasados pela Palavra de Deus, defendiam e testemunhavam o sobrenatural do Espírito, ressaltando sua evidencialidade, dentre eles destacamos: Justino Mártir (100-165), Irineu de Lyon (115-202), Teófilo de Antioquia (?-181), Tertuliano (160-220), Orígenes (180-254), Eusébio de Cesaréia (260-340), João Crisóstomo (304-407), Agostinho (354-430), Gregório o Grande (540-604), Simeão, o Novo Teólogo (949-1022), Hildegard de Bingen (1098-1179), Gregório Palamas (1296-1359), Francisco de Assis (1182-1226), Inácio de Loyola (1491-1556), Martinho Lutero (1483-1546), Jonathan Edwards (1703-1758) e John Wesley (1703-1791)

3. O MOVIMENTO PENTECOSTAL MODERNO
No século XX surge o Movimento Pentecostal Moderno e Clássico, no qual se insere a Assembléia de Deus. Nos Estados Unidos, em 1900, um pregador americano, cujo nome era Charles Fox Parham, convenceu-se que o falar em línguas estranhas era a evidência inicial do Batismo no Espírito Santo. Ele começou o Apostolic Faith Moviment (Movimento da Fé Apostólica) e fundou o jornal com esse mesmo nome. Nesse período, mais especificamente em 1905, William Seymour, um negro americano, cego de um olho, se juntou à Escola Bíblica de Parham e passou a defender o movimento pentecostal. Como resultado, Seymour fundou, em Houston, estado do Texas, uma Escola Bíblica, que ocupou papel importante no avivamento pentecostal americano. Em 9 de abril de 1906 o próprio Seymour recebeu o Batismo no Espírito Santo e passou a dirigir cultos em um templo abandonado da Igreja Metodista Episcopal Africana, na Rua Azuza, 312. O movimento da Rua Azuza foi tão forte que chamou a atenção de jornais da época que enviaram seus repórteres para descreverem os fatos. O poder de Deus era intenso, dominados pelo desejo de santidade, os irmãos e irmãs pentecostais, experimentavam manifestações sobrenaturais. Um jornal da época assim declarou: “as reuniões iniciavam às dez da manhã e não paravam antes das dez ou doze horas da noite, e algumas vezes iam até as duas ou três da madrugada, porque muitos eram curados de suas enfermidades e outros eram cheios do Espírito Santo e poder de Deus”. Esse movimento estimulou a obra missionária, pois, em cumprimento à comissão de Jesus, de At. 1.8, havia um anelo pelo Batismo no Espírito Santo, a fim de levar a mensagem de Cristo às nações.

CONCLUSÃO
Imbuídos do anelo missionário, em 1910, desembarcaram, em Belém do Pará, dois missionários suecos, Gunnar Vingren e Daniel Berg, procedentes dos Estados Unidos, que passam a pregar a doutrina pentecostal na Igreja Batista de Belém. A mensagem puramente pentecostal, apresentada por esses pioneiros, continua a ser reproduzida nos lábios de todos aqueles que professam essa mesma fé: Jesus cristo salva, batiza no Espírito Santo, cura e voltará para arrebatar a Sua igreja.

BIBLIOGRAFIA
ARAÚJO, I. de. Dicionário do Movimento Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.
OLIVEIRA, J. de. Breve história do movimento pentecostal. Rio de janeiro: CPAD, 2003.

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