terça-feira, 1 de março de 2011

O EVANGELHO PROPAGA-SE ENTRE OS GENTIOS


O EVANGELHO PROPAGA-SE ENTRE OS GENTIOS
Texto Áureo: At. 10.45 – Leitura Bíblica em Classe: At. 10.44-48; 11.15-18

Pb. José Roberto A. Barbosa
Twitter: @ebd_ADMossoro

Objetivo: Mostrar aos alunos que Deus não faz acepção de pessoas, de nações ou de raças e que deseja que o evangelho de Jesus Cristo seja anunciado entre todos os povos.

INTRODUÇÃO
A pregação do evangelho, nos primeiros capítulos de Atos, ficou restrita a Jerusalém. No capítulo 8, esse passa a ser enunciado entre os samaritanos, mas fazia-se necessário que esse fosse mais além. Na aula de hoje, estudaremos a respeito da pregação de Pedro entre os gentios, mais especificamente, na casa de Cornélio, ressaltando seus efeitos a todos aqueles que recebem a Cristo como Salvador.

1. CORNÉLIO, UM OFICIAL PIEDOSO
Na cidade de Cesaréia, habitava um oficial romano, por nome Cornélio. Lucas o apresenta como “centurião da coorte, chamada italiana, piedoso e temente a Deus com toda a sua casa”. Esse homem praticava sua fé em Deus por meio de “muitas esmolas ao povo e de continuo orava a Deus” (At. 10.1,2). O registro lucano demonstra ser esse um homem que buscava agradar a Deus, era sensível à causa dos necessitados e um pai de família exemplar. O texto dá a entender que Cornélio era um convertido ao judaísmo e que tinha a intenção de servir a Deus. Em resposta às suas orações, ele recebeu a visita de um anjo, que veio até ele, não para pregar o evangelho, pois essa não era sua atribuição, mas para indicar onde encontrar um mensageiro da Palavra, o apóstolo Pedro. O oficial romano envia “dois dos seus domésticos e um soldado piedoso” para irem a Jope, a fim de chamar “Simão, que tem por sobrenome Pedro” (At. 10.5). Enquanto esses se dirigiam a Jope, o Senhor deu uma visão a Pedro na qual ele viu um lençol, que representava o mundo, os quatro cantos; apontando para os quatro pontos cardeais da terra; os animais que simbolizavam as raças e que seriam alcançadas pela pregação de Cristo. A visão dada a Pedro pode ter resultado da sua condição espiritual, pois se encontrava em jejum: “estando com fome, quis comer: mas, enquanto lhe preparavam a comida sobreveio-lhe um êxtase” (At. 10.10). Ele ouviu uma voz que dizia “mata e come” (At. 10.13). A resposta do apóstolo foi decisiva: “De modo nenhum, Senhor” e acrescentou “jamais comi coisa alguma comum e imunda” (At. 10.15). A visão do lençol se repetiu “por três vezes, e logo aquele objeto foi recolhido ao céu” (At. 10.16). Aquela visão deva ter deixado Pedro perplexo e confuso, mas enquanto “meditava acerca da visão, disse-lhe o Espírito: Estão ai dois homens que te procuram” (At. 10.19). Deus é Senhor das situações, pois Ele preparou Pedro, o judeu, para que esse levasse o evangelho a Cornélio, o gentio.

2. A PREGAÇÃO DE PEDRO EM CESARÉIA
No dia seguinte Pedro partiu com eles, acompanhados por alguns irmãos que habitavam em Jope. Cornélio o esperava, e para ouvi-lo, preparou o ambiente, reunindo “seus parentes e amigos íntimos” (At. 10.24). A atitude de Cornélio deva servir de exemplo para os cristãos dos dias atuais, a fim de que possam abrir portas para que o evangelho de Cristo seja anunciado, entre vizinhos e parentes. Cornélio era tão temente a Deus que ao avistar Pedro prostrou-se aos seus pés e o adorou. Mas Pedro, diferentemente de alguns líderes religiosos, que gostam de ser adorados, “o levantou, dizendo: Ergue-te, que eu também sou homem” (At. 10.26). Em seguida, passou a expor a verdade do evangelho, partindo da revelação que o Senhor havia lhe dado: “Reconheço por verdade que Deus não faz acepção de pessoas; mas que lhe é agradável àquele que, em qualquer nação, o teme e obra o que é justo” (At. 10.34,35). A mensagem de Pedro revela que Deus não faz distinção geográfica de pessoas, isto é, quanto à nacionalidade. Isso não quer dizer que elas podem ser salvas por meio das obras (Ef. 2.8,9). Jesus é o caminho, a verdade e a vida, ninguém vai ao Pai senão por Ele (Jo. 14.6) e em nenhum outro há salvação senão no nome de Jesus (At. 4.12). Pedro foi enviado a Jope justamente para proclamar a morte e a ressurreição de Cristo (At. 10.38-40). A mensagem do apóstolo alertou os ouvintes quanto ao juízo: “ele é quem foi constituído por Deus juiz de vivos e mortos” (At. 10.42). Em consonância com o evangelho, declara também “que todos os que nele crêem receberão o perdão dos pecados pelo seu nome” (At. 10.43). A pregação de Pedro foi genuinamente evangélica, ele anunciou a condição de pecado das pessoas (Rm. 3.23), as conseqüências do pecado (Rm. 6.23), a incapacidade da salvação pelas obras (Ef. 2.8,9), a realidade do juízo vindouro (I Tm. 4.1) e a necessidade de arrependimento para o recebimento do perdão de pecados (At. 2.38). Existem muitos pregadores nos dias de hoje que não tratam mais a respeito desses temas. Como eles não anunciam o evangelho de Cristo, também não podem ser considerados pregadores evangélicos.

3. OS EFEITOS DA PREGAÇÃO DE PEDRO
A genuína pregação do evangelho de Jesus Cristo traz efeitos positivos. Enquanto Pedro anunciava a mensagem, “caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a Palavra” (At. 10.44). O verdadeiro pentecostes acontece sempre em consonância com a ministração da Palavra de Deus. O movimento pentecostal não é resultado de mero subjetivismo. Os pioneiros pentecostais eram homens e mulheres que amavam a Palavra de Deus. A maioria deles não teve a oportunidade de obter formação acadêmica, mas, por outro lado, eram estudiosos da Bíblia, tinha prazer em conhecer suas doutrinas. As escolas dominicais e as escolas bíblicas para obreiros tiveram papel fundamental na formação dos pioneiros do movimento pentecostal. Esse é o fator desencadeador do derramamento do Espírito que causou admiração aos “fiéis que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do Espírito Santo se derramasse também sobre os gentios” (At. 10.45). A graça maravilhosa de Deus nos causa espanto, pois Ele prova Seu amor pelo fato de nos ter amado sendo nós ainda pecadores (Rm. 5.8). A mensagem de Jesus Cristo é boa nova, ela alcança as pessoas, indistintamente do país, posição social ou formação educacional, basta apenas reconhecer que são pecadoras e necessitadas da salvação. A esses é prometido o recebimento do Espírito Santo, não apenas no ato da regeneração, mas também como revestimento de poder, a fim de que testemunhem de Cristo (At. 1.8). Na casa de Cornélio esses fatos acontecerem simultaneamente, já que as pessoas foram salvas, e ao mesmo tempo, receberam o batismo no Espírito Santo: “Porque os ouviam falar línguas, e magnificar a Deus” (At. 10.46). O derramamento do Espírito Santo foi motivo suficiente para que Pedro ordenasse o batismo nas águas “mandou que fossem batizados em nome do Senhor” (At. 10.48). O recebimento do Batismo no Espírito Santo não desobriga o cristão de buscar o batismo nas águas, esse é necessário como testemunho de que esse morreu e ressuscitou em Cristo, ainda que não seja condição para a salvação (Cl. 2.11,12).

CONCLUSÃO
O evangelho de Jesus Cristo não é exclusividade de uma nação. Desde o princípio o Senhor ordenou que Sua mensagem fosse pregada a todas as etnias (Mc. 16.15), até aos confins da terra (At. 1.8). Depois da perseguição, os discípulos se espalharam por Samaria, anunciado a Palavra (At. 8.4). Neste capítulo 10 de Atos, estudado na aula de hoje, vemos como Deus abriu a porta para a difusão do evangelho entre os gentios, mostrando que Ele não faz acepção de pessoas. Diante dessa verdade, resta a igreja a responsabilidade de fazer discípulos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo (Mt. 28.19).

BIBLIOGRAFIA
PEARLMAN, M. Atos. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
STOTT, J. A mensagem de Atos. São Paulo: Abu, 2008.

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