sábado, 12 de fevereiro de 2011

Assistência social, um importante negócio



TEXTO ÁUREO = “Bem-aventurado é aquele que atende ao pobre; o Senhor o livrará no dia do mal” (SI 41.1).
VERDADE PRÁTICA = Fé e obras se complementam inseparavelmente na vida daquele que vive para Jesus.
INTRODUÇÃO
Atender ao pobre em suas necessidades é um preceito bíblico (Lv 23. 22; Dt 15. 11; Sl 41.1; 82. 3; At 11. 28-30; GI 2. 10). A missão assistencial da Igreja no mundo é a continuação da obra iniciada por Jesus. Assim como o Senhor jamais se esqueceu dos pobres, a Igreja não deve desprezá-los (Lc 4. 18,19). O imperativo da Grande Comissão inclui, na essência da mensagem do evangelho, o atendimento às pessoas necessitadas. Ver Mt 25. 35-40; Jo 13. 14,15. Nesta lição, estudaremos a responsabilidade social da Igreja.
FUNDAMENTOS DA RESPONSABILIDADE SOCIAL DA IGREJA
1. No Antigo Testamento (Dt 15. 10,11). Esta é uma das muitas referências do Antigo Testamento sobre o nosso dever de ajudar, assistir e socorrer os necessitados. Devemos atender ao pedinte (Dt 1 5.7-10) e ao carente de víveres para a sua subsistência (SI 132. 15). Ver Lv 19.10; 23.22; Êx 23. 11. A justiça social ordenada por Deus determinava que os ricos não desprezassem os pobres (Dt 15. 7-11), e que o estrangeiro, a viúva e o órfão fossem atendidos em suas necessidades (Ex 22. 22; Dt 10. 18; 14. 29).
2. No Novo Testamento (Mt 26. 11; GI 2. 10). Aqui estão incluídos os pobres, enfermos, deficientes físicos, crianças, idosos, desamparados, desabrigados, encarcerados, bem como os incapazes de retribuir quaisquer favores recebidos (Lc 14. 13,14). Quando Cristo veio ao mundo, a Palestina passava por graves problemas sócio-econômicos, de sorte que muitos o buscavam apenas para saciar a fome (Jo 6.26). É justamente nesse contexto que devemos estudar a ação social da igreja primitiva. Ler At 2. 43-46; 6. 1; Rm 15. 25-27; I Co 16. 1-4; II Co 8; 9; GI 2. 9; Fp 4. 18,19, etc.
A RESPONSABILIDADE SOCIAL DA IGREJA PRIMITIVA
Após o derramamento do Espírito Santo no Dia de Pentecostes em Jerusalém, e a conversão de quase três mil almas a Cristo, houve um grande despertamento espiritual entre os primeiros crentes. A despeito de os apóstolos jamais deixarem arrefecer a principal missão da Igreja na Terra, que compreende: a pregação do evangelho, a doutrina, a comunhão, a fraternidade e a oração (At 2. 42; 4. 31; 5. 42), o Espírito Santo também inspirou e guiou aqueles servos de Deus rumo ao cumprimento da missão social da igreja. Vejamos:
1 Doutrina. “E perseveravam na doutrina dos apóstolos”.
A doutrina cristã, ensinada por Jesus durante seu ministério terreno, continuou no coração e na mente dos apóstolos. Agora, o Espírito Santo vivificava e consolidava em suas mentes tudo quanto o Senhor ensinara como Jesus havia predito (Jo 14. 26; 15.26; 16. 13, 13). A primeira coisa que cuidaram na igreja nascente foi à doutrina, que é essencial à fé cristã.
2. Comunhão. ‘“E perseveravam na comunhão”. Comunhão quer dizer “aquilo que é comum a todos”; “fraternidade”; “compartilhar de um interesse comum”. Portanto, é relacionamento íntimo e fraternal entre os irmãos. Na igreja primitiva, era uma prática que fortalecia o relacionamento social e despertava a sensibilidade dos crentes pelas necessidades uns dos outros (At 2. 44-46; 4. 32-36).
3. Solidariedade. “E perseveravam no partir do pão”. Em Atos 2.42, pode referir-se tanto às refeições comuns quanto à Ceia do Senhor. Era costume, entre os judeus, representar a comunhão entre as pessoas, segurando com as mãos o pão e partindo-o em pedaços, ao invés de cortá-lo (Lc 22. 19; I Co 11. 24). Era um ato de fraternidade e solidariedade entre os irmãos. Essa prática sugere a necessidade de a Igreja partilhar, por meio do serviço social, o pão material com os necessitados.
4. Oração. “E perseveravam nas orações”. O sentido plural da palavra oração indica a diversidade dos propósitos pelos quais oramos, bem como as diferentes formas de oração. A oração foi à força motriz do grande avivamento no dia de Pentecostes (At 1. 14; 2. 1; 3. 1). Havia uma assídua participação nas reuniões de oração da igreja primitiva, porque os crentes estavam sempre unidos em um mesmo Espírito, fé e amor.
UM PROFUNDO SENSO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL
(vv. 44,45)
Ao invés de a igreja primitiva discutir se era ou não de sua responsabilidade suprir as necessidades dos cristãos pobres, realizava esse serviço movido de amor e compaixão de Deus. O bem-estar social de cada irmão em Cristo tinha sua base nos valores espirituais e morais da igreja nascente.
1. A igreja era caridosa (At 2. 45). Os versículos 43 e 44 indicam três qualidades da igreja cristã: temor, fervor pentecostal e unidade. No original, os verbos dos vv. 43,44 descrevem uma ação repetida e contínua – os discípulos continuavam sendo cheios de temor e vendendo seus bens à medida que as necessidades individuais surgiam: “repartiam com todos, segundo cada um tinha necessidade” (v.45). O temor dos crentes não era medo, mas um profundo reconhecimento de que tudo o que estava acontecendo com eles procedia de Deus.
A igreja era pentecostal, no sentido bíblico da palavra, e unida: “tinham tudo em comum”.A consciência dos crentes foi despertada para sair da neutralidade e da omissão social.
2. Consciência das necessidades materiais dos cristãos (At 11. 27-30). A Bíblia registra a profecia concernente à grande fome e empobrecimento que atingiu o mundo de então. Esse fato ocorreu no governo de Cláudio César, imperador de Roma, entre 45-54 d.C. Josefo, historiador judeu, registra uma grande fome na Judéia em 46 d.C. Foi nesse período de extrema necessidade que os cristãos de Antioquia enviaram suprimentos à igreja de Jerusalém. A igreja missionária em Antioquia se preocupava com o estado dos demais cristãos no mundo, especialmente com a igreja-mãe em Jerusalém. Os cristãos foram estimulados a contribuírem conforme suas posses, enviando as ofertas por meio de Barnabé e Paulo, e assim socorreram os irmãos da Judéia.
3. A igreja primitiva cumpria sua missão social (II Co 8. 3,4; 9. 13). A igreja não apenas pregava o evangelho, mas também atendia àqueles que necessitavam de socorro físico e material (Gl 2. 9,10).
Os seguintes princípios devem nortear o serviço social da igreja:
a) Mutualidade – isto é, ser generoso, recíproco, solidário.
b) Responsabilidade-trata-se de privilégio e não obrigação (II Co 8. 4; 9. 7);
c) Proporcionalidade – contribuição de acordo com as possibilidades individuais (II Co 9. 6,7).
EXEMPLOS DE AÇÕES GENEROSAS ( Co 8.1-6,9; 9.1,2)
1. O exemplo dos macedônios (8.1-6). O princípio da generosidade está fundamentado na idéia de doar e não de ter (II Co 8.12). A prova vem das igrejas macedônias que eram gentias e, apesar de suas dificuldades e pobreza, foram capazes, por causa do amor a Deus, de ofertar o pouco que tinham para socorrer os pobres de Jerusalém. Paulo cita-lhes o exemplo e passa a exortar os coríntios a que observem a mesma prática em termos de contribuição. O apóstolo apela para os cristãos de Corinto ser abundantes na generosidade para com os irmãos necessitados, especialmente, os de Jerusalém, a Igreja-mãe, pois foi onde tudo começou.
2. O exemplo de Jesus Cristo (8.9). Segundo o Dicionário Houaiss, generosidade é a “virtude daquele que se dispõe a sacrificar os próprios interesses em benefício de outrem”. Esta acepção encaixa- se perfeitamente no que Paulo afirmou acerca do Filho de Deus, dizendo que Ele “sendo rico, por amor de vós se fez pobre” (v.9). Para o apóstolo dos gentios, o sacrifício de Jesus não começou no Calvário, nem sequer com sua humilhação fazendo-se homem e nascendo de mulher.
O sacrifício de nosso Senhor teve início rio Céu, quando se despojou de sua glória para vir a Terra e der a sua vida em resgate da humanidade. Seu exemplo de generosidade vai além de qualquer outro. Paulo diz que Jesus se fez “pobre”, para que, pela sua “pobreza”, nós, cristãos fôssemos enriquecidos (v.9; I Co 1 .5). O sentimento que dominou o ministério de Jesus é o que deve permear o coração dos crentes, tendo disposição de vontade para fazer o melhor pelo Reino de Deus, inclusive, contribuir com amor fraterno para os necessitados (Fp 2.5).
3. O exemplo da igreja coríntia (9.1,2). O apóstolo é amável e felicita os coríntios pela abundância de bênçãos espirituais que têm experimentado.
Em termos de caridade, os coríntios já haviam- na manifestados a Paulo e aos seus companheiros (II Co 8.7). A fim de defender a importância de tal contribuição, ele afirma que Tito fora sido recebido carinhosamente em Corinto e começado o levantamento de ofertas (8.6-1 2). Paulo reconhece esse primeiro esforço, entretanto, recorda-lhes que não devem ficar apenas com esse ato inicial, mas que concretizem o propósito de enviar a oferta que prometeram (8.11).
EXORTAÇÃO AO ESPÍRITO GENEROSO PARA CONTRIBUIR (Co 8.7-15)
1. A igreja de Corinto foi encorajada a repartir generosamente com os necessitados (8.11).
Paulo motiva a igreja lembrando suas virtudes positivas e declara que os coríntios têm sido abundantes na fé, no entanto, apela a que sobejem, também, na graça da generosidade (II Co 8.7). Para não parecer que está exercendo sua autoridade apostólica com atitude interesseira, Paulo apenas dá o seu parecer sobre o assunto. Ele não impõe à igreja qualquer encargo, mas recorre ao espírito generoso dos irmãos quanto à contribuição financeira em favor dos crentes de Jerusalém (v.8).
2. A responsabilidade social da Igreja. Atender ao pobre em suas necessidades é um preceito bíblico (Lv 23.22; Dt 15.11; SI 82.3; At 11.28-30; Cl 2.10; Tg 2.15,16). A missão assistencial da Igreja no mundo é a continuação da obra iniciada por Jesus. Assim como o Senhor jamais se esqueceu dos pobres, a Igreja não deve desprezá-los (Lc 4.1 8,1 9), pois na essência da mensagem do Evangelho está também o atendimento às pessoas necessitadas. A Igreja Primitiva deu ênfase à assistência generosa para com os seus pobres.
A Bíblia afirma que os Cristãos primitivos “repartiam com todos, segundo cada um tinha necessidade” (At 2.44,45).
3. A generosidade cristã requer reciprocidade mútua dos recursos. O sentimento comunitário é um dos sinais do cristianismo autêntico.
Todos são iguais perante o Senhor, e seus direitos são os mesmos, O princípio da igualdade refuta as diferenças sociais quando é possível que algo seja feito.
A reciprocidade mútua entre os crentes supre as necessidades dos irmãos que fazem parte da mesma fé. Não pode haver espaço para a fome e a nudez no meio do povo de Deus. A base desse sentimento constitui o critério da generosidade que deve permear a vida cristã.
OS PRINCÍPIOS DA GENEROSIDADE ( Co 9.6-15)
1. O valor da liberalidade na contribuição. No Antigo Testamento, a entrega do dízimo obedecia a uma lei. Todo israelita tinha a obrigação de entregar o seu dízimo na Casa do Senhor (Dt 14.22).
O dízimo, mais que uma regra a ser obedecida, é um princípio de gratidão, fé e obediência. O doador o faz porque reconhece o senhorio de Deus sobre suas finanças. Na igreja, o cristão obedece ao princípio da fé e do reconhecimento do Senhorio de Cristo. Assim, do ponto de vista bíblico, a contribuição não se restringe aos 10% (o valor mínimo que o crente deve trazer à casa do tesouro); o princípio que a rege é o da liberalidade. Portanto, não há limite para a contribuição (II Co 9.10). A pessoa oferta o que coração; o que vale é o seu princípio (o dar com liberalidade), não a regra.
Ninguém o faz por força de uma lei ou preceito, mas sim por gratidão ao Senhor, por fidelidade e reconhecimento. As ofertas devem ser espontâneas, de coração aberto, e sem avareza (9.5). Deus se com praz em abençoar a igreja, dando- lhe bênçãos espirituais e materiais. Assim como Ele abençoa seus filhos, espera que seus filhos abençoem generosamente seus irmãos na fé. Este princípio orienta que devemos dar com alegria, não com tristeza ou por necessidade (II Co 9.7).
2. A igreja deve socorrer os necessitados obedecendo a três princípios que norteiam o serviço social. A igreja não apenas prega o Evangelho. Ela deve atender os seus necessitados em termos físicos e materiais (GI 2.9,10). Três princípios são fundamentais neste exercício: a) Mutualidade: Este princípio se manifesta em generosidade, reciprocidade e solidariedade (At 2.44,45); b) Responsabilidade: Com a obra de Deus e com seus irmãos necessitados (2 Co 8.4; 9.7); c) Proporcionalidade: Nesta perspectiva, o cristão contribui de acordo com as suas possibilidades (II Co 8.12).
3. A graça de contribuir. A generosidade requerida por Paulo não se constituía de atitudes vazias ou meras formalidades sociais. As igrejas que ajudam às suas coirmãs, ou investem na obra de evangelização e missões, são abençoadas copiosamente; ofertar é um ato de adoração e louvor a Deus (Fp 4.1 8). Além do mais, a graça de contribuir está fundamentada no princípio de que mais “bem-aventurada coisa é dar do que receber” (At 20.35).
OS CRISTÃOS POBRES DE JERUSALÉM:
Leiamos Rm 15:25-29.
1. O papel da Igreja na socieciedade – O objetivo principal da Igreja é glorificar a Deus (I Cor 10:31). Alguém pode perguntar: “A tarefa principal da Igreja não é a evangelização?” A resposta é afirmativa. Isso, porém, é conseqüência do glorificar a Deus. A atividade da Igreja se direciona em dois sentidos: vertical — adoração, autoridades espirituais; horizontal — servir ao próximo, atividades filantrópicas e sociais. Por isso Deus eseleceu ministérios na Igreja.
2. O reconhecimento dos gentio – (v.27). Os gentios deviam se sentir endividados espiritualmente com os judeus; afinal Jerusalém era a igreja-mãe. Como nós, no Brasil, conhecemos os nossos pioneiros suecos, e temos uma admiração profunda pela Suécia, a nossa mãe, que nos enviou os primeiros missionários. Assim também, os gentios tinham apreço especial pelos irmãos judeus de Jerusalém.
3. Jerusalém e suas necessidades – Agora, a igreja de Jerusalém padecia necessidades. O apóstolo Paulo era um homem muito cuidadoso. Tudo o que fazia, o fazia com dedicação e empenho (Ec 9.10). Seu cuidado com as igrejas não se restringia apenas ao plano espiritual. Paulo, sabendo dessa necessidade, levantou ofertas na Macedônia, na Acaia (v.26; 2 Co 8.1), em Corinto e na Galácia (l Co 16.1-3; 2 Co 8.6-11; 9.1-5), para suprir as necessidades dos irmãos pobres de Jerusalém.
4. Objetivo de Paulo – O apóstolo Paulo via a necessidade de unir as igrejas gentias com a de Jerusalém. Os gentios ainda eram vistos com suspeitas por causa dos costumes judaicos. Essa oferta era um gesto espontâneo baseado no amor fraternal, e com isso levava os gentios a reconhecerem sua dívida espiritual com Jerusalém. Não era uma inovação, pois, cerca de 11 anos antes, juntamente com Barnabé, Paulo levou uma oferta para os necessitados de Jerusalém (At 11.30).
A NECESSIDADE ATUAL:
1. “Ministrar aos santos” (v.25). Essa expressão diz respeito ao serviço social prestado pelo apóstolo aos irmãos pobres de Jerusalém. Ministério significa serviço. Deus incluiu entre os ministérios dados à Igreja, o serviço social (Rm 12.8); depois, dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas (l Co 12.28).
2. Mazelas sociais – Mc 14.7 – Hoje se fala dos meninos e meninas de ruas juntamente com os idosos abandonados, da prostituição infantil, das freqüentes invasões de terra, do desemprego e de outras mazelas. O que a Igreja tem feito para aliviar o sofrimento dessa gente?
É bom lembrar que desde o princípio do mundo que os trabalhos filantrópicos estiveram sempre ligados à religião (Tg l .27).
3. Pão para quem tem fome – Não podemos ficar alheios ao sofrimento do próximo (l Jo 3.17). Con­vém lembrar que uma cesta básica não resolve o problema do pobre. O problema é resolvido à medida que essas pessoas forem absorvidas no mercado de trabalho, ganhando seu pão com o suor do seu rosto. A cesta básica é um paliativo até que essas pessoas consigam emprego. O que não se deve é despedir sem nada o necessitado. Tiago chama esse procedimento de fé morta (Tg 2.14-17).
A FILANTROPIA NA BÍBLIA
1. Esta palavra significa “humanitário, amigo da humanidade”, e vem do grego filós, “amigo” e anthropos, “homem”. Ora, se os que não têm esperança estão sempre dispostos a ajudar a seu próximo, por que não nós, que somos filhos da luz? O cristão tem inclinação para ajudar os pobres e necessitados, porque ele é “participante da natureza divina” (2 Pe 1.4).
2. Desde Moisés. O assunto da filantropia vem desde Moisés e perpassa toda a Bíblia. Jesus deu o exemplo de filantropia numa época em que não havia infra-estrutura e nem organização estatal. Quando falamos de trabalhos sociais e filantrópicos queremos mostrar as várias maneiras pelas quais a Igreja procura socorrer os pobres nas suas necessidades. Como o pecado é a causa primária dessa miséria, enquanto o mundo subsistir, estas coisas estarão presentes.
3. No Cristianismo. Não demorou muito para que os serviços sociais surgissem na Igreja. Os apóstolos delegaram esses trabalhos aos irmãos vocacionados, de boa reputação, cheio do Espírito Santo e de sabedoria. Os apóstolos deram assim importância a essa atividade, não fi­cando alheios aos problemas dos necessitados. Isso está muito claro em Atos 6.1-6, quando houve a separação de crentes para o diaconato, a fim de servirem nesse ministério.
V. AS BÊNÇÃOS DE DEUS:
1. Comunicar e comunicação – O apóstolo Paulo costuma usar o verbo “comunicar” ou o substantivo “comunicação” com referência ao ato de o cristão compartilhar o que tem com os demais (2 Co 8.4; Fp 4.15). A Versão Almeida Atualizada usa o verbo “associar”. Isso diz respeito à ajuda aos necessitados (Hb 13.16) e também à ofertas ou ao sustento missionário (Fp 4.15).
2. Deus promete retribuir – Quem ajuda ao necessitado, Deus o abençoa (2 Co 9.8-12). Temos a promessa de Deus de uma boa colheita – salário abençoado. Por isso, Jesus disse que é melhor dar do que receber (At 20.35). Jesus garantiu que quem assim faz, de maneira nenhuma perderá o seu galardão (Mt 10:42).
3. A omissão dessa responsabilidade é pecado. Deus abençoa, tanto no sentido espiritual como no material aos que ajudam os necessitados. Ele aumenta os bens materiais para que também aumente as condições de ajuda aos necessitados. Quem dá ao pobre empresta a Deus (Pv 19.17). Qualquer omissão diante desta responsabilidade espiritual, pesa sobre a Igreja, pode resultar em graves conseqüências. A Bíblia diz que o “que retém o trigo, o povo o amaldiçoa” (Pv 11.26).
4. A caridade fraternal. Infelizmente ainda há igrejas que continuam insensíveis às necessidades do pobre e aos serviços sociais. Dão muita ênfase à guerra espiritual, ao mundo invisível, mas não se importam com o mundo visível. Não devemos nos esquecer da hospitalidade, dos presos e dos maltratados Hb 13.1-3.
O MINISTÉRIO SOCIAL E O CRESCIMENTO DA IGREJA
No segundo capítulo, falamos da missão da Igreja. Vimos como o mandato evangelístico tem prioridade e como podemos desenvolver um ministério eficiente, ocupando-nos em “edificar Sua Igreja” e em cuidar de todas as responsabilidades do crente, nas quais está incluído o ministério social de que queremos falar neste capítulo.
O Movimento de Crescimento da Igreja tem sido acusado de não dar uma ênfase no ministério social da Igreja. Certo é que, no passado, esta ênfase não foi expressamente articulada e hoje, mais que nunca, temos livros e escritos que demonstram que Crescimento da Igreja está levando em conta todo o evangelho, do qual o ministério social é uma parte. Indubitavelmente, será muito difícil satisfazer a todo o mundo, mas, à medida em que as bases do Crescimento da Igreja forem mais estudadas, maior será o conhecimento e o reconhecimento que receberão. Não podemos polarizar o mandato cultural e nem o evangelístico, mas devemos reconhecer as diferenças entre um e outro.
Conforme já dissemos: “Quanto mais igrejas tivermos, quanto mais crentes formos, não somente teremos uma evangelização mais agressiva e um reconhecimento maior das igrejas, como também poderemos participar mais ativamente nas necessidades físicas e políticas deste mundo. Quando falarmos de libertação, justiça e paz, seremos ouvidos.
Dividiremos nosso estudo em duas partes maiores:
1) o Serviço Social; 2) a Ação Social.
Estes temas estarão sendo considerados em profundidade em conferências internacionais. Quando este livro estiver sendo impresso, estará se reunindo uma delas em Grand Rapids, Michigan, E.U.A., promovida pelo Comitê Para a Evangelização Mundial de Lausane e pela Confraternização Mundial Evangélica.
Isto me faz pensar que os leitores interessados terão muito mais para ler daqui em diante. Espera-se que, nesta conferência, analise-se a história e as Escrituras, à luz de experiências e estudos contemporâneos, conforme diz Leighton Ford: “Os patrocinadores têm a esperança de que a conferência contribua grandemente para esclarecer a visão evangélica desta relação crucial entre a evangelização e a responsabilidade social”. Faremos nossa parte neste capítulo para apresentar o pensamento c Crescimento da Igreja.
O Serviço Social
Este é um tipo de ministério que satisfaz às necessidades tanto de indivíduos como de grupos ou pessoas de uma forma direta e imediata. Isto não é nada novo para a Igreja e o temos feito em uma medida ou outra. Já mencionei que quando nasci meus pais pertenciam ao Exército de Salvação. Ali conheci muito de perto o que isto queria dizer: “fazer serviço social”. Aprendi a solicitar ajuda de alimentos, abrigos e até mesmo dinheiro. Lembro-me quando falava com comerciantes, chefes de casas de cereais e autoridades municipais, etc. Voltava sempre carregado com as “cooperações” que esta gente dava. Pergunto-me hoje, como me escutavam, como me davam coisas. O certo é que o faziam. Hoje, minha surpresa maior é quando me lembro que não tinha mais de 9 anos de idade. Quando eu tinha esta idade, nós nos mudamos de lugar e começamos a freqüentar a Igreja dos Irmãos, com a qual trabalho até o presente.
Certamente, o serviço social não está limitado ao que eu podia fazer como criança. E muito máis do que providenciar comida ao necessitado e agasalho ao que tem frio. Há tempo de fome, quando se deve providenciar alimentos. Terremotos e outros fenômenos naturais requerem a ação da Igreja. Quando surgem epidemias, a Igreja pode prover medicamentos e cuidados médicos. Muito do evangelho conhecido hoje na América Latina e a implantação de muitas igrejas têm ocorrido através de escolas, orfanatos e postos de saúde que foram abertos em nossos países. Primeiro, a evangelização de presença 1 -P semeou de modo que, quando o evangelho 2-P foi pregado, as pessoas escutaram e o aceitaram para, em seguida, serem incorporadas às igrejas como membros responsáveis e reprodutivos 3-P.
Não somente os países desenvolvidos têm agências e organizações para realizar este serviço social; pois elas também existem nos países latino-americanos. Vemos isso também dentro das igrejas, onde se está tratando de suprir a necessidade do ser humano.
Temos organizações como a Visão Mundial, que trabalham especificamente para suprir esta necessidade. Muitas destas organizações trabalham com duas metas. A primeira, é a de “auxílio de emergência” aos povos e indivíduos, quando os males já aconteceram.
A segunda, é ajudar o desenvolvimento, onde, por meio do ensino e prática, pode-se preparar pessoas desta ou daquela região para que saibam como ter melhores colheitas, água, alimento, etc. Como tais, estas organizações são muito produtivas ainda que às vezes sejam mal interpretadas. A maioria dos crentes está envolvida no serviço social de uma forma ou de outra. Em nossa igreja, há irmãos que, sem fazer alarde ou muitas perguntas, são vistos chegando aos cultos com uma cesta de alimentos ou roupas. Ao terminar o culto, outra pessoa sai com a mesma cesta. Trata-se de alguém que soube de algum necessitado e supriu-lhe as necessidades.
As vezes, alguns chegam e me dizem: “Pastor, o que o senhor acha se alguns de nós, ou da tesouraria da igreja, ajudássemos fulano ou ciclano?”. Sem convocar a uma sessão plenária ou esperar semanas para resolver, a comissão responsável se reúne e decide. Não sei de nenhum caso legítimo que se tenha negado ajuda.
Ainda podemos encontrar situações em que o mandato cultural terá prioridade sobre o evangelístico. O Dr. McGravan considera isto e ensina: “… em algumas circunstâncias e, sem dúvida, por tempo limitado, algum aspecto de ordem social, poderá cristianizar-se e será necessário dar prioridade a este aspecto do que à evangelização” Um exemplo clássico é do Bom Samaritano. Ali, a prioridade era auxiliar o necessitado e curar suas feridas. As condições deste homem não pareciam muito favoráveis para que se lhe apresentasse uma mensagem evangelística. Wagner diz: “Se um edifício estiver se incendiando, não será apropriado fazer uma reunião ao ar livre. O mais importante será ajudar a apagar o fogo e atender às vítimas” Nossa própria lógica nos ajudará a tomarmos resoluções nesses casos.
Deixem-me repetir o que disse antes: quanto maior formos em número, maior será a nossa eficácia. O impacto será maior. Quanto maior o número de membros de uma igreja, haverá mais pessoas para realizar o trabalho. Além disso, em uma igreja “suficientemente grande ”, haverá quem tenha dons específicos para o serviço social. Isto permitirá também que, embora alguns estejam ocupados no aspecto do Mandato Evangelístico, outros poderão desenvolver e usar seus dons espirituais no cumprimento do Mandato Cultural. McGravan tem dito também que, nas causas sociais: “nós, os crentes, não triunfaremos, a menos que sejamos um grande número” Não precisamos ser eruditos para perceber isto. O bispo Stephen Neil está convencido de que: “a ordem de prioridade deve ser sempre a conversão primeiro, depois, a mudança social”.
Há três anos atrás, na igreja que pastoreamos quando começamos com zero de assistência, o que podíamos fazer em serviço social era muito limitado, mas, hoje, podemos realizar muito mais. Pregamos o evangelho e ensinamos a nossa congregação tanto quanto o tempo e as energias nos permitem. Estamos recrutando ajuda de outras pessoas que possam constituir uma equipe de trabalho pastoral. O Senhor está acrescentando a cada dia os que hão de ser salvos. Creio que estamos cumprindo a prioridade do Mandato Evangelístico.
Todavia, minha esposa, que é minha mão direita em todo meu trabalho, acaba de preparar um projeto de “serviço social”, que complementa tudo o que se tem feito até aqui. Logo, apresentaremos isto à igreja para sua aprovação e implementação.
No sul da Califórnia, temos alguns problemas sociais muito especiais e particulares. A invasão de pessoas de todos os países latino- americanos cria uma situação complexa e a igreja precisa considerá-la. Talvez seja muito diferente da que você tem no lugar onde está, mas onde nós estamos, consideramos estas “necessidades reais” de nossa comunidade e estas necessidades são as que estamos tratando de suprir.
Quanto mais nossa igreja cresce, seja em número ou espiritualmente, cremos que tanto mais fácil será alcançarmos a realização destes programas, e a congregação estará estruturada para um maior esforço e resultado. Cremos que os programas de serviço social nos ajudarão a crescer, além de satisfazer às necessidades humanas. J. Edwin Orr disse: “O derramamento do Espírito Santo, ao avivar as igrejas e despertar as massas, promove não somente a evangelização e o ensino da Palavra, como também acelera a ação social.” Isto pode se tornar um círculo construtivo.
A Ação Social
Trata-se de uma classe de ministério relacionada com o conceito de mudar as estruturas sociais. Esta entra no aspecto das mudanças sócio-políticas. Não é que isto tenha necessariamente que acabar sempre em revolução, violência ou desobediência civil. Na América Latina (e ao redor do mundo), temos governos que se aproveitam, tiram vantagens e cometem toda sorte de injustiças sociais. Qual será ou qual deve ser a atitude da Igreja nestas situações? Entendemos que a meta da ação social é a de modificar ou substituir as estruturas políticas que agem assim. E a Igreja?
Uma pergunta que cada um deverá responder pessoalmente e o que eu não pretendo fazer neste livro é a seguinte: quando a Igreja se envolve em ação social, está evangelizando e pode trazer salvação no sentido bíblico? Wagner diz: A ação social é tão complexa que poucos estão capacitados para tomarem uma decisão inteligente no assunto. Como se isto fosse pouco, em nossos países surgem constantemente problemas sociais que demandam sabedoria do alto. “Cada nova estruturação social que surge em nossos países, em transformação, necessita de novas unções do Espírito para cumprir novas tarefas.”
Os problemas sociais são difíceis e complexos até mesmo para os especialistas, quanto mais para a maioria das pessoas de nossas igrejas. Muitas das pessoas que pretenderam ser líderes e os entendidos nestes assuntos não conseguiram fazer nada muito substancial. Até ousaria a dizer que, pelos resultados, pioraram as coisas.
Pelo menos confundiram as pessoas mais novas na fé e se houvessem empregado seu tempo e energia em cumprir com o mandato evangelístico teriam sido mais produtivos e muito mais crentes apoiariam suas intenções de mudanças sociais. Precisamos ter cuidado; lembremos que a ação social pode ser um obstáculo para o nosso crescimento. Wagner nos dá seis razões sobre este assunto. Podemos resumi-Ias assim:
1. O perigo das seleções. Os líderes das congregações ou denominações perdem o contato com o básico, com as pessoas que sinceramente querem servir a Deus, e cujas convicções sobre o envolvimento nos assuntos sociais são negativas frente às atitudes e ações dos líderes.
2. O perigo das divisões. A ação social é controvertida. Certamente deixará cair sementes de divisão nas igrejas, a menos que a congregação se convença que o assunto discutido é claramente bíblico.
3. O perigo da desumanização. Nem sempre percebemos que, ao usar a congregação como instrumento de poder político, alguns membros da mesma podem ser oprimidos. Eles se uniram à igreja por razões espirituais e descobrem que seu dinheiro é usado para fins políticos. Quando uma congregação ou denominação toma uma plataforma política, ela o faz em nome de seus membros, quer estejam de acordo ou não. Isto pode desumanizar estes membros.
4. O perigo da impotência social. As igrejas evangélicas são conservadoras em sua natureza social básica. Isto não é do agrado dos pregoeiros da ação social que desejariam usar as congregações para levarem adiante seus interesses próprios. Por isso, os que se envolvem nestes assuntos tão controvertidos terminam perdendo as forças. Dean Kelley disse: “não devemos esperar que as congregações sejam quartéis onde tropas reformistas militantes estejam prontas para agir nas mudanças sociais”. O próprio Papa, falando sobre a Teologia da Libertação na América Latina, disse aos sacerdotes que pregassem o evangelho e cuidassem dos pobres, e que não se metessem em política”.
5. O perigo da imperfeição. Isto é, no final, não seremos nem uma coisa nem outra. A experiência e os resultados de igrejas envolvidas em ação social não têm sido muito impressionantes. Isto ocorre pelo fato de os pronunciamentos da igreja nesta matéria não terem sido levados muito a sério. Poucas vezes os líderes eclesiásticos têm a perícia tão necessária no campo da ação social.
6. O perigo de “Constantinismo”. (refere-se ao imperador Constantino). Suponhamos que a estrutura congregacional tome uma postura política e ganhe o poder. A meta da Igreja é controlar a política ou a sociedade? Os que têm lido a história não aceitarão esta opção. Não é uma meta recomendável. Quando a Igreja controla o mundo tende a perder o poder profético.
Um dos problemas mais graves que nós enfrentamos na América Latina é o de ter que aceitar ou decidir sobre opções políticas. Cada país é diferente do outro. Em muitos lugares, a igreja tem se dividido por causa de questões políticas que são complexas e difíceis. A justiça social, por exemplo, tem várias faces. Os direitos humanos podem ser interpretados conforme os interesses de cada um.
Admito que, desde minha infância, fui ensinado em minha igreja e por meus pais que a política não era para os evangélicos. Em minha cidade natal, um pastor que até esteve preso, por estar envolvido com um partido político e por falar publicamente contra outros partidos, tornou-se a “ovelha negra” entre os pastores. Muito querido, muito solicitado para reuniões especiais, etc., mas, quanto à política, nem convém falar. Por estas razões e outras experiências é que devo admitir minha subjetividade no assunto. Sinto-me muito à vontade diante do mandato evangelístico com o aspecto do serviço social, mas tenho problemas com a ação social. Não desejo julgar o leitor, prefiro que cada um faça o que Deus puser em seu coração depois de analisar este capítulo.
Lembremos que, de qualquer maneira, é nas urnas que podemos e devemos definir nossa posição. Se não participamos de uma eleição de qualquer tipo, não estamos exercendo o direito e poder de voto. Logicamente, aqui tudo permanece no segredo da cabine eleitoral; alguns preferem a política fora das urnas, onde possam falar publica- mente e serem conhecidos por todos, passando a ser parte do espetáculo. Isto pode nos levar a formar um novo partido ou começar uma união para a revolução. Como elegeremos? Qual é a ordem divina? Quais são as nossas prioridades como crentes em Cristo Jesus, nosso Salvador? Este é um problema para o qual nunca encontrei uma resposta definitiva.
Em todo pleito político existem crentes de ambos os lados. Que fazer? Vivi isto em minha pátria, vendo várias igrejas onde a congregação estava dividida; onde as igrejas da mesma denominação, na mesma cidade, estavam algumas a favor de um partido, outras, de outro partido. Existem três situações: a favor, contra e neutro. Permanecer neutro será a resposta? Que influência terá isto na igreja local? Corresponde à Grande Comissão?
Uma coisa muito importante considerarmos é que a maioria de nossas igrejas tem mais capacidade e conhecimento para desenvolver um programa de serviço social do que para desenvolver um programa de ação social. Tivemos mais êxito com serviço social, tanto a nível de igreja local, como denominacional e mesmo interdenominacionalmente, do que com ação social. A razão é muito simples:
Poucas igrejas têm os recursos humanos, financeiros e estrutura apropriada para tal ministério. Um fenômeno reconhecido que temos encontrado em nossas pesquisas é que, ainda que cumpramos o mandato cultural, não alcançamos maior média no crescimento da igreja; mas, há um princípio de Crescimento da Igreja: “quando as igrejas se envolvem em serviço social (ajudando nas necessidades humanas), tendem a atrair mais membros novos do que as igrejas que se especializam na ação social (ou seja, mudando as estruturas sociais)”.
Necessitamos de sabedoria divina. Esperemos que os próximos congressos sobre evangelização e princípios sociais nos ajudem. O dilema, todavia, permanece. Nas palavras de Leighton Ford: “Esperar que somente a evangelização mude a sociedade pode ser muito ingênuo. Esperar mudar a sociedade sem mudar as pessoas por intermédio do evangelho será em vão”.
Um representante da América Latina disse ao Dr. Pedro Wagner que “a igreja a qual ele representa quer unicamente missionários que estejam dispostos a participar na mudança das estruturas sociais na América Latina e na libertação do homem latino-americano. Ela quer revolucionários sociais e não evangelistas”.18 Será esta a solução?
Que Deus nos ajude a distinguir entre libertação sócio-política e salvação. O pacto de Lausane diz: “reconciliação com o homem não é reconciliação com Deus, nem ação social é evangelização e nem libertação política é salvação” (Artigo 5).
Minha preocupação é sobre o mal que pode ser trazido para a obra de Deus se não usarmos de sabedoria divina. Poderemos chegar a um acordo e entendimento que nos ajude a cumprir os dois: o mandato evangelístico e o mandato cultural?
“Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade”(1 João 3.18)
CONCLUSÃO
A missão da igreja inclui não apenas a proclamação do evangelho, mas também a assistência aos pobres, a cura dos enfermos e a libertação dos oprimidos pelo diabo (Mc 16. 15-1 8). Filantropia sem generosidade não tem valor. A boa filantropia é aquela que baseia suas obras no princípio do amor, que supera todas as deficiências e nos torna úteis ao Reino de Deus. Gratidão e disposição para servir uns aos outros anulam a avareza e abrem as despensas de Deus com bênçãos espirituais e materiais (Ml 3.10).
A generosidade cristã não deve restringir apenas aos trabalhos filatrópicos. Deve ser extensivo ao trabalho de Deus, nos dízimos e nas ofertas, para a expansão do reino de Deus. O ex-primeiro ministro de Israel, Ben Gurion, disse certa vez que Israel vive dos missim e nissim, jogo de palavras hebraicas que significa: “impostos e milagres”. A obra de Deus se faz com recursos financeiros – dízimos e ofertas -, e com os milagres. A igreja de Filipos tinha essa visão e não se esqueceu do apóstolo Paulo. O apóstolo ficou deveras agradecido aos filipenses pela lembrança e pela ajuda (Fp 4.14-19).
Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
BIBLIOGRAFIA
Lições bíblicas CPAD 1998
Lições bíblicas CPAD 2007
Lições bíblicas CPAD 2010
Manual de Crescimento da Igreja. Dr. Juan Carlos Miranda

0 comentários:

Postar um comentário

Quem sou eu

Minha foto
Pregador do Evangelho Pela Graça do Senhor.

NOS INDIQUE

Uilson no twitter

ACESSOS

 

FAMÍLIA EBD. Copyright 2008 All Rights Reserved Revolution Two Church theme by Brian Gardner Converted into Blogger Template by Bloganol dot com | Distributed by Deluxe Templates