terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

O PRINCIPIO BÍBLICO DA GENEROSIDADE

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O PRINCÍPIO BÍBLICO DA GENEROSIDADE
Texto Áureo: II Co. 9.7 - Leitura Bíblica em Classe: II Co. 8.1-5; 9,6,7,10,11.
Pb. José Roberto A. Barbosa

Objetivo: Destacar a importância da generosidade enquanto princípio que deve ser manifestado pelo cristão na graça de Deus.

INTRODUÇÃO
Após fazer as pazes com os crentes de Corinto, Paulo sente-se a vontade para tratar de um assunto espiritual: a contribuição cristã. A questão do dinheiro não é um assunto menos espiritual para o cristão. Por isso, deve ser tratado com sabedoria, principalmente com respaldo bíblico. Na aula de hoje estudaremos a respeito da iniciativa de Paulo quanto a coleta para os pobres. Em seguida, veremos que a generosidade deva ser uma prática do cristão. Ao final, apontaremos alguns princípios que orientam a coleta das ofertas na igreja.

1. A COLETA CRISTÃ PARA OS POBRES
As igrejas gentílicas, atingidas por grande privação durante o império de Cláudio (41 a 54 d. C.), carecia da assistência das igrejas. A igreja de Antioquia deu o exemplo inicial, enviando ajuda pelas mãos de Paulo e Barnabé (At. 11.27-30). Paulo deu continuidade a campanha de arrecadação na Galácia, mostrando preocupação com os pobres (Gl. 2.10). A igreja de Corinto também demonstrou interesse na participação dessa coleta (I Co. 16.1-4). O Apóstolo aproveita a solicitude dos irmãos de Corinto e os direciona para que demonstrem generosidade aos irmãos necessitados (II Co. 8.1-7). A princípio, destaca a generosidade das igrejas da Macedônica como um resultado da graça de Deus em suas vidas (Rm. 5.6-8; Fp. 2.4-11; Cl. 3.12,13; I Jo. 4.7-12). Aquela igreja, ainda que fosse pobre, superabundou em grande riqueza da sua generosidade (II Co. 8.1,2). A grandeza do ato generoso desses irmãos se revelou na disposição em contribuir para além de suas posses, voluntariamente. Eles agiram assim porque entendiam que mais bem-aventurado é dar que receber (At. 20.35). O princípio da contribuição, segundo relata Paulo em II Co. 8.5, esta na disposição de antes de entregar a oferta, entregar-se a si mesmo, assumindo a vontade de Deus. Diante da disposição generosa dos crentes, Paulo instrui Tito para que esse complete a obra da coleta que ele havia iniciado (II Co. 5.6). Como os crentes dos tempos antigos, a graça de Deus derramada em nossos corações em Cristo também deva nos constranger a exercitar a generosidade. Faz-se necessário romper com o paradigma moderno de tirar vantagem em tudo. O cristão precisa aprender a viver com desprendimento. Abençoado não é aquele que retém mais, mas o que entrega com alegria e liberalidade (II Co. 9.7).

2. A GENEROSIDADE CRISTÃ
A igreja de Corinto era imperfeita, mas Paulo não deixa de reconhecer a abundância da fé, do amor e do cuidado daqueles irmãos. Eles eram excelentes na palavra e no conhecimento (I Co. 1.4-7), mas é principalmente na fé e no amor que se destacavam (II Co. 8.7). A demonstração dessa fé e amor é revelada no interesse dos irmãos coríntios em participar da coleta em prol dos pobres da igreja. O amor genuíno não fica apenas em palavras, mas é expresso em atos (Lc. 19.1-10; I Jo. 3.16-18). A preocupação com a pobreza dos irmãos se fundamenta no fato de que Jesus também foi pobre (Lc. 2.7; Lc. 2.24; Lv. 12.6-8); Lc. 9.58). Não podemos esquecer que a pobreza de Cristo nos tornou ricos. A riqueza do cristão tem uma dimensão escatológica, pois o dinheiro, na revelação do evangelho, não deve ser entesourado e pode causar a ruína do crente (Mt. 6.19-24). Na teologia do Antigo Testamento há espaço para uma crença no acúmulo de riqueza, mas não no Novo Testamento, que motiva o ser humano à generosidade (At. 20.35). Essa é uma direção divina para o cristão que, diferentemente do Israel do Antigo Testamento, não vive pelo que ver, mas pela fé no Deus da providência, e que nos dá o pão nosso de cada de dia (II Co. 5.7; Mt. 6.11). Para que o dinheiro não se torne um Deus, é preciso agir, não depois, mas agora, contribuindo com os mais necessitados (II Co. 8.10,11). O evangelho de cristo não exige que doemos mais do que temos, e orienta para que sejamos cautelosos em relação àqueles que querem tirar proveito do evangelho, antes que contribuamos de acordo com as possibilidades (II Co. 8.12). Existem casos extremos de fé, destacados por Jesus, em relação à oferta da viúva, que deu todo seu sustento (Lc. 21.2,3), mas essa é uma atitude individual, que partiu do íntimo do coração, não foi forçada ou constrangida. A mensagem de Paulo nesse texto difere da de algumas “pregações” que visam tirar dos irmãos mais do que eles podem dar. Determinadas igrejas evangélicas incitam os crentes a dar o que não têm, mas a igreja amadurecida na palavra instrui os irmãos que contribuam com os dízimos (Mt. 23.23) e ofertas, princípio que leva em consideração a proporcionalidade (II Co. 8.13-15; I Co. 16.2).

3. INSTRUÇOES PARA A COLETA DA OFERTAS
Do mesmo modo que Deus motivou Tito para levantar as ofertas em Corinto pelos irmãos necessitados, nos dias atuais, o mesmo Senhor, através da Palavra e do Seu Espírito, direciona pessoas para se sensibilizarem com a causa dos pobres (II Co. 8.16). Essas pessoas agem com o coração voluntarioso, são desprendidas de interesses materiais, ajudam graciosamente, não porque pretendam tirar alguma vantagem, seja financeira ou eleitoreira (II Co. 8.17). Esses irmãos precisam ter o aval da igreja a fim de atuarem no ministério da coleta, a fim de que o dinheiro não seja desviado, resultando em escândalo para o evangelho. A igreja precisa ser cuidadosa quando se trata da coleta, todo esforço deva ser empreendido para dar transparência e evitar falatórios infundados (II Co. 8.18,19). Devemos lembrar que Paulo tinha opositores que queriam tirar vantagem de qualquer brecha no seu ministério para acusá-lo de ilicitude. Por esse motivo, o Apóstolo demonstra cuidado na administração da oferta a fim de evitar críticas. Ele instrui os irmãos para que ajam com honestidade, não só perante os homens, mas, principalmente, perante o Senhor (II Co. 8.20,21). A coleta não estava na direção de apenas uma pessoa, por isso Paulo envia, com Tito, dois irmãos zelosos para auxilia-lo (II Co. 8.22,23). Depois de credenciá-los e recomendá-los para a tarefa, orienta os irmãos coríntios para que demonstrem amor pelos pobres, referindo-se, certamente, à contribuição generosa que fariam perante eles (II Co. 8.24).

CONCLUSÃO
A prática da generosidade cristã deve ser cultivada na igreja cristã. Para tanto, é preciso que haja desprendimento, que a cultura mundana do acúmulo, denominada, em algumas ingrejas, de "bençãos", seja reavaliada. Alguns cristãos se acostumaram de tal modo com a riqueza, que denominam aos que nada têm de amaldiçoados. Bem-aventurados não são aqueles que têm muito, mas os que estão dispostos a doar do que têm. Para ilustrar, contramos a estória de um mendigo que passou na porta de um espírita, um católico e um evangélico. Cada um deles tinha apenas um pão: o espírita refletiu a respeito do desprendimento para o aperfeiçoamento espiritual e doou todo o pão, preferiu ficar com fome; o católico, na dúvida a respeito da salvação pela fé ou pelas obras, dividiu o pão ao meio, cada um comeu a metade; e o evangélico, pensou, bem sou salvo pela graça, por meio da fé, não das obras, resolveu comer o pão sozinho e se prontificou a orar pelo mendigo. O cristão, de fato, é salvo pela graça, por meio da fé, não das obras, mas porque é salvo, deva praticar boas obras (Ef. 2.8-10).

BIBLIOGRAFIA
KRUSE, C. II Coríntios: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1999.
HORTON, S. I e II Coríntios. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.

O PRINCIPIO BÍBLICO DA GENEROSIDADE

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TEXTO ÁUREO
"Cada um contribua segundo propôs no seu coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria" (2Co 9.7). Nossas ofertas podem e devem ser feitas com alegria (Gr. Hilarios: disposto, de boa natureza, alegremente pronto. A palavra descreve um espírito de alegria no ato de dar que afasta todo comedimento). “Por necessidade”: sob coação, contra a vontade de alguém. Nossa atitude é mais importante do que a quantia que doamos. Não temos que nos envergonhar se pudermos dar apenas uma pequena contribuição. Deus está interessado na maneira como ofertamos, a partir dos recursos que temos. Paulo dá o exemplo dos macedônios os quais foram tão generosos que excederam este padrão, para incentivar os coríntios (rivais naturais) a realizarem o mesmo. A atitude generosa reconhece que é Deus que faz com que toda graça abunde em nossa direção e dá capacidade em todas as coisas, até mesmo a generosidade para podermos fazer boas obras. Somos abençoados, a fim de sermos uma bênção para os outros.
VERDADE PRÁTICA
A generosidade é um princípio que deve preencher o coração alcançado pela graça de Deus.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
2º Coríntios 8.1-5; 9.6,7,10,11
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
- Conscientizar-se de que o princípio da generosidade está fundamentado na idéia de doar e não de ter.
- Compreender que atender ao pobre em suas necessidades é um preceito bíblico.
- Saber que a graça de contribuir está fundamentada no princípio de que mais "bem-aventurada coisa é dar do que receber".
PALAVRA-CHAVE
Generosidade:- "Virtude daquele que se dispõe a sacrificar os próprios interesses em benefício de outrem". Generosidade é a qualidade daquele que é generoso; ação generosa; liberalidade; magnanimidade.É a virtude em que a pessoa tem quando acrescenta algo ao próximo. Se aplica também quando a pessoa que dá algo a alguém tem o suficiente para dividir ou não. Não se limita apenas em bens materiais. Generosos são tanto as pessoas que se sentem bem em dividir um tesouro com mais pessoas porque isso as fará bem, tanto quanto aquela pessoa que dividirá um tempo agradável para outros sem a necessidade de receber algo em troca. Segundo René Descartes, em ‘Tratado das Paixões’ e ‘Princípios de Filosofia’, a generosidade é apresentada como uma despertadora do real valor do Eu e ao mesmo tempo como mediadora para que a vontade se disponha a aceitar o concurso do entendimento, acabando assim a causa do erro. Neste caso, passa a ser um conceito de mediação entre a Vontade e o Entendimento.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
“A Igreja precisa pedir perdão por séculos e séculos de esquecimento em relação ao cuidado com os pobres” – Ronald Sider, PhD, fundador do Evangelicals for Social Action. Vivemos em uma sociedade marcada pelo individualismo e o egoísmo, onde parece não existir mais lugar para a generosidade. Quando nos deparamos com textos como Tiago 1.22, nos vem à memória as muitas obras realizadas por seitas e filosofias humanas em detrimento da obra social evangélica. "A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e guardar-se da corrupção do mundo" (Tg 1.27). Estamos vivenciando uma corrida por construções de mega-templos, estamos muito envolvidos com o sustento de tele-pastores e seus megalomaníacos projetos; não sou contra às construções de templos maiores e mais confortáveis nem do sustento dos tele-pastores, mas o problema não é este. Meu questionamento está em saber se as igrejas estão levando as pessoas a viverem como Cristo, a se tornarem obedientes a Ele, preocupadas com o próximo e ativas no serviço social. Não há problemas em ofertar para este ou aquele programa de radio ou televisão, o problema reside em fazê-lo em detrimento do socorro ao necessitado que, muitas vezes, senta no banco da igreja, ao nosso lado, e não sentimos suas necessidades. Espiritualidade e responsabilidade social são eixos paralelos no grande mandamento da Lei: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo.”(Mt 22.37) Estes eixos paralelos confluem-se na vida e natureza da Igreja. De um modo geral, tem havido muita contradição entre a mesa do pobre e os megaprojetos evangélicos – e a falta de pão na primeira pode ser uma indicação da falta de espiritualidade da Igreja, isso quando a causa do pobre não se constitui em bandeira institucional e publicitária a serviço da imagem publica da instituição. Dessa forma, espiritualidade e responsabilidade social são manifestações intrínsecas em nossa realidade. Esta lição vem resgatar, em boa hora, a obrigatoriedade de amarmos e auxiliarmos os pobres e necessitados, começando com os domésticos da fé. Esta lição ensina-nos que o ato de estendermos as mãos aos menos favorecidos é uma forma de expressarmos o amor de Deus através de nossa vida. "Você não pode dar mais do que Deus! Não importa o que dê a Ele, Ele sempre lhe dará mais."Warren W. Wiersbe.
DESENVOLVIMENTO:
I. EXEMPLOS DE AÇÕES GENEROSAS (8.1-6,9; 9.1,2)
1. O exemplo dos macedônios (8.1-6). O texto referente a este subtópico mostra Paulo voltando-se para um projeto iniciado nas igrejas que ele tinha fundado, a fim de socorrer os irmãos de Jerusalém. É interessante notar que havia uma rivalidade ‘natural’ entre as regiões da Macedônia (norte da atual Grécia) e a Acaia (região do Poloponeso, onde se localiza Corinto). Paulo menciona os macedônios varias vezes nestes dois capítulos, talvez, no intuito de estimular os coríntios a cooperarem com esse projeto. Pode parecer uma apelação de Paulo ‘provocar’ os coríntios com a citação dos Macedônios, que apesar de suas dificuldades e pobreza, foram capazes, por causa do amor a Deus, de ofertar o pouco que tinham para socorrer os pobres de Jerusalém, mas ele cita outros motivos para contribuir.
2. O exemplo de Jesus Cristo (8.9). Paulo usa o exemplo de Cristo para um apelo ao altruísmo. Não há outro maior exemplo de generosidade além do que nos mostrou Jesus, não em referencia à riqueza material, mas referente à sua glória celeste como Senhor do céu e da terra, humilhou-se a si mesmo fazendo-se pobre através de total esvaziamento, encarnação e crucificação. Paulo frisa aos coríntios que devemos estar dispostos a olhar além de nossos interesses em favor do próximo.
3. O exemplo da igreja coríntia (9.1,2). O apóstolo é amável mas exorta os coríntios a cumprirem o compromisso que haviam feito. Corinto era próspera e os membros da igreja experimentavam uma abundância de bênçãos espirituais. O princípio da generosidade está fundamentado na idéia de doar e não de ter (2 Co 8.12). SINOPSE DO TÓPICO (1)
II. EXORTAÇÃO AO ESPÍRITO GENEROSO PARA CONTRIBUIR (8.7-15)
1. A igreja de Corinto foi encorajada a repartir generosamente com os necessitados (8.11). Os crentes coríntios tinham uma boa situação financeira e aparentemente estavam prontos para ofertar e foram desafiados pelo apóstolo a dar prosseguimento nesse plano iniciado um ano antes e interrompido pelos problemas levantados pela oposição dos pseudoapóstolos. Doar é uma resposta natural do amor. Não há uma firmeza de Paulo ordenando ou coagindo à doação, no entanto, apela a que sobejem, também, na graça da generosidade para que provassem que seu amor era real. Quando amamos alguém, queremos compartilhar, dar atenção, suprir necessidades.
2. A responsabilidade social da Igreja. A verdadeira fé salvífica não pode prescindir de ação social – a fé sem obras nada aproveita. A igreja está crescendo em número e em importância no contexto nacional, porém a maioria dos que professam a fé em Cristo não demonstram pelas obras nenhuma evidencia de devoção sincera a Ele e à sua Palavra. A fé salvífica na se limita à uma confissão, ela transcende;espiritualidade e responsabilidade social são manifestações intrínsecas em nossa realidade. Como parte do povo de Deus, é nossa responsabilidade nos ajudarmos mutuamente em tudo o que for possível.
3. A generosidade cristã requer reciprocidade mútua dos recursos. É desanimador continuar praticando o bem e não receber nenhuma palavra de agradecimento ou não receber nenhum resultado tangível. Somos desafiados a praticar o bem e confiar em Deus quanto os resultados, que a seu tempo, recompensará. Assim como o Senhor jamais se esqueceu dos pobres, a Igreja não deve desprezá-los (Lc 4.18,19), pois na essência da mensagem do Evangelho está também o atendimento às pessoas necessitadas. SINOPSE DO TÓPICO (2)
III. OS PRINCÍPIOS DA GENEROSIDADE (9.6-15)
1. O valor da liberalidade na contribuição. Os crentes podem hesitar em doar generosamente a Deus devido à preocupação de terem o suficiente para atender às suas próprias necessidades. É uma verdade bíblica que quem doa pouco, ceifa pouco além de caracterizar a falta de fé. Nossa atitude é mais importante do que a quantia que doamos. Somos abençoados com recursos que devemos usar e investir em sua obra.Na igreja, o cristão obedece ao princípio da fé e do reconhecimento do Senhorio de Cristo. Assim, do ponto de vista bíblico, a contribuição não se restringe aos 10% (o valor mínimo que o crente deve trazer à casa do tesouro); o princípio que a rege é o da liberalidade. Portanto, não há limite para a contribuição (2 Co 9.10). A pessoa oferta o que propuser em seu coração; o que vale é o seu princípio (o dar com liberalidade), não a regra. Se desejarmos ver nosso dinheiro e nossos bens santificados e abençoados, a primeira coisa a fazer é reconhecer em Deus o verdadeiro dono de todas as coisas. Nada é nosso! “Do Senhor é a terra e tudo o que nela se contém, o mundo e os que nele habitam” (Sl 24:1). Somos apenas os mordomos. Deus nos entregou os seus recursos para que cuidemos deles. E, nossa incumbência é administrá-los com sabedoria e dedicação, pois, um dia, vamos lhe prestar contas de nossa administração.
2. A igreja deve socorrer os necessitados obedecendo a três princípios que norteiam o serviço social. O desejo de Deus é que usemos o que entregou, para o avanço de seu reino e ajuda aos necessitados. Esse princípio é libertador! Quando o entendemos, nossa atitude diante do dinheiro muda radicalmente e encontramos uma motivação mais legítima para adquiri-lo. Sendo mordomos, devemos ser generosos em ajudar os que precisam. Sendo mordomos, devemos ser fiéis a Deus. Não devemos nos esquecer de devolver a parte que lhe cabe. Entreguemos os dízimos e as ofertas como expressão de gratidão. Ele promete retribuir nossa liberalidade “abrindo as comportas do céu e derramando benções sem medidas” (Ml 3:10).
3. A graça de contribuir. Os crentes macedônios viviam em meio a muitas provas de tribulações, pois naqueles tempos, a Macedônia havia sido saqueada pelos romanos, que tomaram suas riquezas, o ouro e a prata de suas minas e impuseram pesados impostos sobre tudo que aquele país produzia nas suas indústrias e minas de cobre, ferro e fundições. Exploraram o sal e a madeira dos macedônios. E a tudo isso, os romanos acrescentaram perseguições empobrecedoras contra os cristãos. Por isso o sofrimento daquelas igrejas era considerado como provas para se avaliar a pureza e genuinidade das coisas, como metais preciosos. Deus permite estas provações na nossa vida para que seja manifesto se somos verdadeiros ou se abandonaremos a Cristo (Dt 8.2-3). A igreja deve socorrer os necessitados obedecendo a três princípios que norteiam o serviço social: mutualidade, responsabilidade e proporcionalidade.SINOPSE DO TÓPICO (3)
CONCLUSÃO
... e a profunda pobreza deles superabundou em grande riqueza da sua generosidade.(2Co 8.2).
Na situação em que os crentes macedônios viviam, eles tinham tudo para dizer a Paulo: “Nós o amamos muito, Paulo, e gostaríamos de contribuir para o seu ministério e na assistência aos necessitados, mas como o senhor mesmo está vendo, na situação de sofrimento e pobreza em que estamos, nada podemos dar”. Aliás, o próprio Paulo não queria levantar oferta nas igrejas da Macedônia, porque ele mesmo reconhecia que eles estavam na pobreza e nas perseguições. Mas para sua surpresa, os próprios crentes macedônios é que pediram e insistiram para que o apóstolo os permitisse participar da contribuição. Eles queriam a todo custo participar desta graça de ajudar (v 4). Eles deram na medida do que podiam e até mais (v 3). Eles não eram egoístas. Ofertaram sacrificialmente para o ministério de Paulo e para assistência às igrejas de Jerusalém. Os crentes macedônios sentiram grande júbilo, porque a alegria sem dinheiro depende de sermos generosos e liberais com aquilo que possuímos. A generosidade pode ser medida pelo percentual que demos sobre o que possuímos e do sacrifício envolvido no ato de doar, e também pelo espírito voluntário com que as dádivas são feitas. Eles contribuíram com grande liberalidade, movidos por grande júbilo pelo privilégio de dar, e mesmo em meio à grande pobreza contribuíram com abundância, e chegaram a ponto do sacrifício em suas ofertas espontâneas, porque sabiam que Deus ama a quem dá com alegria (2 Co 9.7).
-A generosidade não depende da situação
-Quem é generoso, o é na pobreza ou na riqueza.
-Quem é avarento, também o é na pobreza ou na riqueza.
-Os macedônios mostraram que eram ricos para com Deus.
-Da pobreza os macedônios produziram riquezas da generosidade.
Filantropia sem generosidade não tem valor. A boa filantropia é aquela que baseia suas obras no princípio do amor, que supera todas as deficiências e nos torna úteis ao Reino de Deus. Gratidão e disposição para servir uns aos outros anulam a avareza e abrem as despensas de Deus com bênçãos espirituais e materiais (Ml 3.10). "Dar ajuda aos pobres, era, e é, virtude tão grande no judaísmo assim como o é na grande exortação de Paulo aos coríntios (e a nós!) para que todos sejam generosos com os necessitados". Lawrence Richards REFLEXÃO – Revista do Mestre.
APLICAÇÃO PESSOAL
Ouvimos muito pregar-se acerca de avivamento espiritual, mas confunde-se avivamento com manifestações sobrenaturais. Uma Igreja Viva precisa abranger o homem como um todo, se não queremos um organismo aleijado ou disforme. Não se pode falar de um avivamento que priorize apenas um aspecto da totalidade do ser humano como, por exemplo, o destino de sua alma, em detrimento de seu bem-estar físico e social. O homem vive na dimensão do aqui e agora. Tem fome, frio, doença, sofre injustiças; enfim, tem mil motivos para não ser feliz. Nossa missão, pois, é socorrer o homem no seu todo, para que não somente usufrua paz de espírito, mas também conserve no corpo e na mente motivos de alegria e esperança. Eu vejo que os crentes, na média, estão muito materialistas, talvez em virtude de uma teologia equivocada, centrada no ‘ter’ em detrimento do ‘ser’ em meio às pressões pelo sucesso e pela prosperidade, próprios dessa sociedade capitalista. Mas tem havido um crescimento da ação evangélica nessa área, embora tímida e necessitada de um incremento nas ações de combate à pobreza, no combate ao racismo, na afirmação da dignidade de setores marginalizados, e aí sim, constituiremos uma sociedade sadia.
Alegria, generosidade, voluntariedade e boa-vontade são motivações indispensáveis a quem quer contribuir. Só se alegra em contribuir quem entende tal possibilidade como graça, ou seja, favor imerecido. Somente os que têm acesso ao extraordinário-imerecido é que o vêem como objeto de alegria indizível. contribuir é uma expressão da Graça de Deus. Dito de outra maneira: não temos o poder ou a capacidade de contribuir a não ser que o Senhor nos alcance com o seu favor e nos capacite a fazer isso através do seu poder. O que estou dizendo é que contribuir segundo o coração de Deus não é algo que se faça por conta própria e pelas próprias forças; é algo que faz quando somos alcançados pela Graça. Como reconhecer a Graça de Deus na contribuição Veja só: qualquer pessoa pode vir até aqui à frente e entregar dinheiro. Mas contribuir para o Reino de Deus, apenas aqueles que foram alcançados pela Graça podem fazerA pergunta mais lógica a fazer agora é como podemos reconhecer a Graça de Deus na contribuição. Penso que o exemplo das igrejas da Macedônia nos dão pelo menos três maneiras de conectar contribuição e Graça: 1). Alegria em meio à tribulação; 2). Riqueza em meio a pobreza, e 3). Superação em meio aos limites.
N’Ele, que graciosamente me chama à santidade,
Francisco A Barbosa
BIBLIOGRAFIA PESQUISADA
- HENRY, Matthew. Comentário Bíblico do Novo Testamento. 1. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2008;
- Bíblia de Estudo Pentecostal, Rio de Janeiro, CPAD;
- Bíblia de Estudo Plenitude-SBB, nota e palavra-chave v.2Co 9.7, pág 1207;
- Bíblia de Aplicação Pessoal, Rio de Janeiro, CPAD;
EXERCÍCIOS
RESPONDA
1. De acordo com a lição, o princípio da generosidade está baseado em qual ideia?
R. .O princípio da generosidade está fundamentado na ideia de doar e não de ter (2 Co 8.12).
2. Defina generosidade.
R. "Virtude daquele que se dispõe a sacrificar os próprios interesses em benefício de outrem"..
3. Atender o pobre em suas necessidades é um preceito bíblico. Cite três referências bíblicas que comprovem essa verdade.
R. Lv 23.22; Dt 15.11; Sl 82.3.
4. De acordo com a lição, qual princípio deve reger a oferta?
R. O da liberalidade.
5. Cite os três princípios que devem nortear o serviço social da igreja.
R. Mutualidade, responsabilidade e proporcionalidade
BOA AULA!

“O PRINCÍPIO BÍBLICO DA GENEROSIDADE”

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ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL DA
IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO 09 - DIA 28/02/2010
TÍTULO: “O PRINCÍPIO BÍBLICO DA GENEROSIDADE”
TEXTO ÁUREO – II Cor 9:7
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: II Cor 8:1-5; 9:6-7, 10-11
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e.mail: geluew@yahoo.com.br



I – INTRODUÇÃO:

· Mt 4:23 - JESUS É O MODELO E A INSPIRAÇÃO PARA A AÇÃO SOCIAL! Ele pregava (evangelização); ensinava (educação) e curava (cuidado do corpo – mantendo-o saudável). Nem todas as dimensões da obra do Senhor nos atraem com a mesma intensidade, mas todas foram deixadas como missão da Igreja de Jesus.

II – SIGNIFICADO DA PALAVRA GENEROSIDADE:

. GENEROSIDADE = Liberalidade de espírito, especialmente na contribuição aos necessitados. A generosidade é considerada a nobreza do caráter. Ela se manifesta de duas maneiras principais:

· (1) – LIBERALIDADE – Pv 19:17 – Qualidade daquele que gosta de fazer doações, de repartir o que tem com o que não tem. O crente deve ser liberal, tanto em contribuir para a obra de Deus, como em ajudar os necessitados. Se alguém tem compaixão pelos pobres, tudo o que ele oferece aos necessitados, é como se emprestasse a Deus. O próprio Senhor é quem pagará tal benefício. Cristo deu o exemplo máximo de liberalidade (II Cor 8:9, 13-15; Ml 3:10).

· (2) – LONGANIMIDADE – Pv 19:11 – A generosidade também se manifesta em perdoar com facilidade. A longanimidade é o adiamento da ira, para se tolerar mais um pouco. Deus é longânimo conosco, ao perdoar nossos grandes e frequentes pecados. Perdoar é ter um caráter semelhante ao de Cristo que sempre esteve pronto a perdoar (I Tm 1:16 cf Ef 4:32).

III - CARACTERÍSTICAS DE UMA IGREJA QUE PERDEU A SENSIBILIDADE SOCIAL:

·  A Igreja deve ser encarada como comunidade de pessoas que tem problemas sociais e materiais, os quais precisam ser amenizados pela participação de todos os membros. Por isso, Paulo ensinou à Igreja de Corinto o modo de cooperar na obra do Evangelho, financeiramente – I Cor 16:1-3

·  Leiamos Lc 10:25-37:

·  (1) - ELA IGNORA QUEM SEJA SEU PRÓXIMO – No íntimo, aquele doutor nunca creditaria a um samaritano (uma raça, a seu ver, impura e maculada) a condição de próximo. Nem seria misericordioso com alguém que pertencia a um povo cujas relações com os judeus estavam cortadas. Muitas Igrejas vivem assim! Voltam-se para dentro de si mesmas, sem nenhum interesse real pelo próximo. Em muitas Igrejas não se conhece o amor ao próximo e muito menos o próximo, porquanto o lema é: “CADA UM POR SI E DEUS POR TODOS”. Então, quem é o meu próximo? - É todo aquele que estiver ao alcance da minha ação abençoadora, da minha misericórdia. Enfim, o próximo não é somente aquele que está perto dos nossos olhos, mas todos os que estão perto do nosso coração.

·  (2) - ELA É INSENSÍVEL ÀS NECESSIDADES HUMANAS - Os próprios líderes religiosos viram uma pessoa precisando de socorro e passaram sem dar a mínima importância! O sacerdote e o levita não puderam ver o necessitado como seu próximo porque tinham medo que fosse samaritano. Quantas pessoas não despedimos sem lhes dar socorro, porque achamos que não merecem nossa ajuda? Mas, para todos os efeitos, QUEM É MERECEDOR? SE ELES NÃO SÃO, TAMPOUCO NÓS! (Lm 3:22; I Cor 15:10).

IV – CARACTERÍSTICAS DE UMA IGREJA VIVA, QUE POSSUI SENSIBILIDADE SOCIAL:


. A Parábola do Bom Samaritano tem um final feliz, porque um samaritano foi usado para nos ensinar o modo correto de praticar nossa missão social.

·  (1) -  ELA AGE COM MISERICÓRDIA – O samaritano parou, desceu do seu cavalo e socorreu. Não se preocupou em saber se o necessitado era judeu ou não. Apenas o viu como alguém necessitado, ou seja, seu próximo que precisava ser socorrido. Antes de procurarmos ver de quem se trata, nosso amor cristão deve nos impulsionar a ações abençoadoras. A bem da verdade, não faz nenhuma diferença para o coração genuinamente cristão quem é que está precisando de ajuda, quem é o próximo. Por definição cristã, quem está necessitado é meu próximo e deve ser alvo do meu amor. O levantamento de ofertas nas Igrejas da Macedônia, Acaia e Corinto, foi para atender os santos de Jerusalém que estavam empobrecidos (Rm 15:26; II Cor 8:1-4). O objetivo do levantamento das ofertas era claro: IGUALDADE SOCIAL. Por duas vezes o apóstolo cita a expressão PARA QUE HAJA IGUALDADE (II Cor 8:13-15).

·  (2) -  ELA AGE COM LIBERALIDADE – O samaritano usou seu próprio remédio, colocou o ferido em sua condução, levou-o a um hospital e pagou a despesa. Ele não tirou nenhum folheto do bolso e o pôs na mão do enfermo, deixando-o à própria sorte. Ele tirou remédio, dinheiro e o abençoou. O que estava no interior do samaritano é que o constrangeu a servir o próximo: O AMOR DE DEUS! AÇÃO SOCIAL NÃO É MÉTODO EVANGELÍSTICO, MAS REFLEXO DO AMOR DE DEUS NOS CORAÇÕES DOS CRENTES (Mc 2:1-11)!

·  (3) - ELA NÃO DEIXA DE AGIR FACE AOS RISCOS – O caminho de Jerusalém para Jericó era muito perigoso, pois havia muitos assaltantes à espreita. Era uma região violenta e não convinha parar no meio da estrada. Quem o fizesse, corria perigo de vida e de ser assaltado. Não era recomendável parar o cavalo e descer naquele lugar. O risco era grande! Mas graças a Deus que há cristãos e Igrejas que estão enfrentando esses riscos. Vão a lugares pouco amistosos, inclusive nas madrugadas, levando roupas, cobertores e remédios, entre outras coisas. Estão empenhados num grande projeto de socorrer o necessitado que vive nessas ruas perigosas. Somente quando a Igreja de Jesus neste país assimilar essa consciência de missão, é que poderemos transformar a história.

. Paulo forneceu uma pequena demonstração da forma pela qual a Igreja de Corinto deveria realizar a doação:

. (A) - Da sua pobreza - II Cor 8:2;

. (B) - Generosamente - II Cor 8:3;

. (C) - Proporcionalmente - II Cor 8:12-14;

. (D) - Abundantemente - II Cor 9:6; e

. (E) - Espontaneamente e alegremente - II Cor 9:7;
V - CONSIDERAÇÕES FINAIS:

· O Salmo 41 destaca as seguintes BÊNÇÃOS DECORRENTES DA MISERICÓRDIA PARA COM OS NECESSITADOS:

·  (1) - O LIVRAMENTO DE DEUS - (Sl 41:1-2) – Atitude de misericórdia para com o pobre é um negócio de Deus através de nós. E a certeza que temos é de que se cuidarmos dos negócios de Deus, Ele cuidará dos nossos.

·  (2) - CONFORTO NA DOENÇA - (Sl 41:3) - É extremamente consolador saber que quando os recursos humanos já nada mais podem fazer para ajudar-nos, o conforto do Senhor nos assiste, mesmo que seja em nossas enfermidades.

·  (3) - TRIUNFO SOBRE A TRAIÇÃO - (Sl 41:9-11) - Deus busca homens e mulheres de espíritos desarmados da violência, a transbordar de compaixão e que gozem no cotidiano a bem-aventurança da misericórdia, ensinada no Evangelho (Mt 5:7).

· “O QUE É DE BONS OLHOS SERÁ ABENÇOADO, PORQUE DEU DO SEU PÃO AO POBRE” – Pv 22:9 - As bênçãos de Deus repousam sobre o generoso. Além de contar com a justiça divina, o que estende sua mão para ajudar os necessitados terá sempre a acompanhá-lo a gratidão e as orações daqueles a quem ele ajudou. Assim, ser generoso é contemplar com alegria a felicidade de alguém, é alegrar-se com o que se alegra. Ainda que não tenha muita abundância, o generoso pode viver feliz e desfrutar bem o que possui.

· Leiamos com atenção Dt 15:9-10; Pv 28:27 e II Cor 9:7-8.


FONTES DE CONSULTA:

· Lições Bíblicas CPAD - 1º Trimestre de 1987 - Comentarista: Raimundo F. de Oliveira


· Lições Bíblicas CPAD – 3º Trimestre de 1996 – Comentarista: Esequias Soares


· Revista Campeões da Fé – CPAD – 3º Trimestre de 1997 – Comentarista: Arézia Lessa Cabral


· José Armando S. Cidago - Um Grito pela Vida da Igreja - CPAD 


· Revista Educação Cristã – Vol. IX – Os Ministérios da Igreja – SOCEP – Sociedade Cristã Evangélica de Publicações Ltda

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

EXORTAÇÃO À SANTIDADE LIÇÃO- 08

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TEXTO ÁUREO
"Ora, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus" (2 Co 7.1).
Tendo... tais promessas – as promessas do Antigo Testamento, citadas no capítulo 6.16-18 – devemos desempenhar um papel ativo e vigoroso no processo de santificação. Deus prometeu sua presença e um relacionamento especial com aqueles que lhe obedecem. As promessas são de Deus, e os crentes devem cumprir as condições para recebê-las – sim! É condicional. Primeiro, é esperado dos crentes que se purifiquem desviando-se de tudo o que contamina o corpo e o espírito – inclusive afastando-se dos que torcem a verdade. Segundo, devem trabalhar para que sua santidade seja aperfeiçoada. O uso de ‘aperfeiçoando’ no gerúndio significa a continuação do processo pelo qual a santificação é completada. Todo crente compromissado com o Senhor anseia por viver em santidade. A santificação é um processo, longo, é realizada paulatinamente por meio do Espírito Santo naqueles que a buscam com um coração sincero e puro. Paulo amava os coríntios, por isso, os advertiu a viver uma vida de santidade na presença de Deus. O apóstolo, com amor e zelo, advertiu os irmãos a respeito do jugo desigual e da parceria com os incrédulos. Ele enfatizou o fato de que é preciso haver separação entre "luz e trevas", "justiça e iniqüidade", "templo de Deus" e "templo de ídolos".
VERDADE PRÁTICA
“Através de uma vida de santificação e pureza, o crente separa-se das paixões mundanas, dedicando-se sacrificalmente ao serviço de nosso Senhor Jesus Cristo.”
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
2 Coríntios 6.14-18; 7.1,8-10
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
- Compreender o que levou Paulo a buscar a reconciliação e a comunhão com os coríntios;
- Conscientizar-se a respeito da importância de se ter uma vida santificada, e
- Explicar o porquê de Paulo ter reiterado seu amor para com os coríntios.
PALAVRA CHAVE
Santificação: - Separação do mal e do pecado, e dedicação total e exclusiva a Deus
COMENTÁRIO
I - INTRODUÇÃO:
Deus é Santo e quer que seus filhos o sejam também” (1 Ts 4.3).Santidade é uma característica fundamental de Deus, é um atributo Seu. Ele deseja ter comunhão conosco, mas para isto, é necessário nos tornarmos parecidos com Ele, já que o inverso é impossível - Deus não pode tornar-se menos santo para ter comunhão com o homem. A santificação é um processo espiritual que se inicia na regeneração do homem, pelo sangue de Jesus. É uma continuação do que foi começado na regeneração, quando então uma novidade de vida foi conferida ao crente. Em especial, a santificação é a operação do Espírito Santo que aplica à vida do crente a obra feita por Jesus Cristo. Santificar significa primariamente separarconsagrardedicar. E também purificartornar limpo. Assim, a santificação acontece em duas fasesseparação para o Senhor e purificação contínua necessária. O conceito de separação do mal é fundamental para o correto relacionamento com Deus. Esta separação no Novo Testamento é, sobretudo, daqueles que na igreja permanecem em seus pecados e dos mestres que torcem a Palavra. Paulo regozija-se por ter havido arrependimento da parte daqueles cristãos depois de lerem a ‘carta severa’. Entretanto, seu zelo com a vida de santidade não foi omitido nesta nova missiva. Ele, mais uma vez, apela à comunhão dos crentes em Cristo, e incentiva-os a viverem em santificação, rejeitando todo envolvimento com as coisas imundas. Reflexão:- “Somente quando você se tornar um homem do Espírito é que deixará de ser um homem da carne” - Bruce Wilkinson (Revista do Mestre).
II - DESENVOLVIMENTO:
I. PAULO APELA À RECONCILIAÇÃO E COMUNHÃO (6.11-13)
1. Paulo apela ao sentimento fraterno dos coríntios (v.11). Paulo revela seus sentimentos internos mais nesta carta do que em qualquer outra. Seu ‘coração aberto’ revela o amor dele por eles. Ele sabia ser terno quando se fazia necessário. Ele interrompe sua defesa apostólica apelando, com veemência, ao afeto mútuo que deve ser nutrido entre um pai e seus filhos – os coríntios se jactavam de sua lealdade a Apolo, a Pedro e a outros, dando a entender que eles não tinham necessidade de Paulo. Ele, porém, relembra-lhes que seu relacionamento paternal com eles era ímpar, e que eles não tinham razões para atacá-lo.
2. Paulo dá exemplo de reconciliação. Esta expressão diz respeito ao reajuntamento das pessoas que estavam separadas, é restabelecer o acordo entre pessoas que se tinham malquistado. O Cristo de Deus realizou a expiação necessária para remover os elementos que impediam a restauração do relacionamento entre Deus e o homem (Rm 5.10,11). Isto é, justificação pela graça, mediante a fé. Em lugar de ficar aquém da glória de Deus por motivo de pecado, agora há esperança de glória, há alegria mesmo em tribulações por causa daquilo que Deus produz através delas. Assim, a mensagem de reconciliação de Paulo aos coríntios apresenta o perdão em seu sentido mais amplo, de forma que esta seja amistosa e correta.
3. Paulo demonstra seu afeto e espera ser correspondido (vv.12,13). Comparando os falsos obreiros infiltrados na igreja com Paulo, aqueles aplicam um método mundano de avaliação, orgulhando-se em sua aparência externa, dependendo de si mesmos, amando o dinheiro, o poder e o prestígio; quão diferente era Paulo, o qual suportava as aflições por enfocar a sua atenção sobre o que era invisível e eterno. Paulo vivia para Deus e para o próximo, seus oponentes não podiam reivindicar o mesmo para si tal coisa. Ele dá ênfase ao verbo "dilatar" (o mesmo que alargar) e insiste com os coríntios que, de igual forma, dilatem (ou alarguem) seus corações, a fim de que recebam o amor que estava no coração do apóstolo. Dessa forma, Paulo visava acabar com os pensamentos negativos a seu respeito. Paulo demonstra seu afeto pelos coríntios e espera ser correspondido.
II. PAULO EXORTA OS CORÍNTIOS A UMA VIDA SANTIFICADA (6.14-7.1)
1. Uma abrupta interrupção de exortação (vv.14-18). Depois de expor sua dilatação e anelo pela reciprocidade coríntia, Paulo passa à doutrinação daquela igreja quanto a assuntos pertinentes à associação com incrédulos-religiosos (os falsos irmãos). Paulo deixa transparecer que diante de Deus, há apenas duas categorias de pessoas: as que estão em Cristo e as que não estão. Às vezes o texto do versículo 14 é usado para sustentar a tese de que cristãos não devem se casar com incrédulos, mas o texto não se refere a casamentos. Ele pede que não se coloquem no mesmo jugo com pseudoemissários (veja 11.13), que na verdade são incrédulos. De fato, isso seria receber em vão a graça de Deus (6.1).
2. O perigo que ameaça a fé: o jugo desigual. “Não vos prendais ao mesmo jugo com os infiéis. Que união pode haver entre a justiça e a iniqüidade? Ou que comunidade entre a luz e as trevas?” (2Co 6.14 – Versão Católica); Esta perícope refere-se à metáfora de uma junta de bois que atrelados juntos à um carro, carregam grandes cargas juntos, expostos as mesmas regras, carregando o mesmo fardo, porque estão presos sob a mesma canga. A idéia é que não se pode colocar animais diferentes sob a canga, iriam compartilhar pesos e pressões desiguais.
Da análise do texto da versão francesa de Louis Segond(Société Biblique de Genève, Ed 1910): “Ne vous mettez pas avec les infidèles sous un joug étranger”, temos uma problemática para entender o que é ‘julgo desigual’.
“Não vos ponhais com infiéis sob um jugo estrangeiro...” Não acredito na tese de que Paulo tinha em mente os casamentos mistos, associações de negócios impróprios ou relacionamentos com pagãos idólatras, como é entendido da leitura de 1Co 5.9-10: “{Já} por carta vos tenho escrito que não vos associeis com os que se prostituem; isso não quer dizer absolutamente com os devassos deste mundo, ou com os avarentos, ou com os roubadores, ou com os idólatras; porque então vos seria necessário sair do mundo.” (ARC 1995).. À luz do texto da Louis Segond, acredito que Paulo referia-se a associações com os falsos apóstolos, a quem ele considerava responsáveis pela recente divisão de seu relacionamento com a igreja de Corinto (veja 2Co 11.13-15). Os falsos apóstolos em Corinto afirmavam-se crentes, mas na realidade, eram servos de satanás. Uma aliança com eles distorceria toda a vida e o ministério da igreja. Entendo que essa proibição deve ser considerada em situações em que um controle significativo sobre as próprias ações seria entregue voluntariamente a um falso crente, mediante associação ou sociedade. A preocupação de Paulo era justamente a comunhão com os falsos irmãos. Não consigo enxergar nem em Paulo, nem no todo do Novo Testamento nenhuma proibição a qualquer associação com os incrédulos, ao contrário, ele incentiva os crentes a se associarem com os não-salvos deste mundo (veja Mc 2.15-17; 1Co 5.9-10), e até exorta os cristãos a permanecerem com seus cônjuges incrédulos (1Co 7.12, 13). Há sim, instruções a não nos pormos em ‘jugo desigual’ com os que se prostituem (no sentido bíblico) de tal modo que eles possam influenciar significativamente a direção e o resultado de nossas decisões morais e de nossas atividades espirituais. As alianças que Paulo tinha em mente podem ter sido casamentos mistos, associações de negócios impróprios ou relacionamentos com pagãos idólatras, entretanto, à luz do contexto, acredito que Paulo refere-se a associações com pseudo-apóstolos, a quem ele considerava responsáveis pela recente divisão de seu relacionamento com a igreja de Corinto (veja 2Co 11.13-15).
3. O correto relacionamento do cristão com os não-crentes. Os pseudo-apóstolos em Corinto afirmavam-se crentes, mas na realidade, eram servos de satanás. Uma aliança com eles distorceria toda a vida e o ministério da igreja. Entendo que essa proibição deve ser considerada em situações em que um controle significativo sobre as próprias ações seria entregue voluntariamente a um incrédulo, mediante associação ou sociedade. A preocupação de Paulo era justamente a comunhão com os falsos irmãos. Não consigo enxergar nem em Paulo, nem no todo do Novo Testamento nenhuma proibição a qualquer associação com os incrédulos, ao contrário, ele incentiva os crentes a se associarem com os não-salvos deste mundo (veja Mc 2.15-17; 1Co 5.9-10). Há sim, instruções a não nos pormos em ‘jugo desigual’ com eles de tal modo que eles possam influenciar significativamente a direção e o resultado de nossas decisões morais e de nossas atividades espirituais. A cultura do mundo exterior, extremamente pagã, não deve interferir na vida dos cristãos. SINOPSE DO TÓPICO (2)
III. PAULO REGOZIJA-SE COM AS NOTÍCIAS DA IGREJA DE CORINTO (7.2-16)
1. Paulo reitera seu amor para com os coríntios (vv.2-4). Uma vez mais, defendendo-se daqueles que o acusavam, Paulo apela para um testemunho irrepreensível no ministério, revelando o quão profundamente ele amava aquela igreja com ‘amor não fingido’.
2. Paulo alegra-se com as notícias trazidas por Tito (vv.5-7). Paulo está com a alma perturbada com o desvio da igreja de corinto. As noticias trazidas por Tito eram boas (quanto aos efeitos da ‘carta severa’ de Paulo – carta que não mais existe – escrita para repreender os coríntios por causa da conduta deles durante a visita anterior de Paulo). Que exemplo de Pastor! Quando há perigo de desviar-se, ele não hesita magoar a ovelha a fim de que ela não se perca... por isso os ‘temores por dentro’ até que Tito chegou com as boas-novas: a repreensão paulina gerou arrependimento e concerto (vv.10-12).
3. A tristeza segundo Deus (vv.8-16). Paulo explicou sua motivação para escrever esta carta com dura disciplina. Ele não estava procurando primeiramente corrigir o ofensor nem vingar a si mesmo; antes, desejava reafirmar seu relacionamento com os coríntios como seu pai espiritual. Ele arrependeu-se de tê-la escrito, mas ela gerou tristeza naquela igreja e posterior arrependimento e um esforço para concertar o erro ficando indignados contra os opositores de Paulo. Mesmo tendo enfrentado a reprovação apostólica através dos atos rebeldes praticados por opositores ao seu ministério, Paulo se sentia consolado porque, ao reprovar tal atitude, produziu arrependimento e bem-estar em todos. SINOPSE DO TÓPICO (3)
III - CONCLUSÃO:
A santificação é obra do Espírito Santo que atua no crente transformando-o segundo a imagem de Deus, habilitando-o a morrer para o pecado e a viver para a retidão. O amor, a humildade e a paciência de Cristo constituem o padrão para os crentes. O crente deve tomar parte ativa na santificação (2Tm 2.20,21) Aquele que semeia um pensamento, colhe uma ação. Aquele que semeia uma ação colhe um hábito. Aquele que semeia um hábito colhe um estilo de vida. Aquele que semeia um estilo de vida colhe um destino. Isso é o que Paulo passou aos coríntios, isso é o legado daquela igreja para os crentes de hoje. Somente através de uma vida de santificação e pureza, o crente separa-se das paixões mundanas, dedicando-se sacrificalmente ao serviço de nosso Senhor Jesus Cristo. Assim, após a operação do Espírito Santo na vida da igreja, Paulo pôde então dizer: Regozijo-me de em tudo poder confiar em vós (v.16). “Quando corretamente nos separamos do mal, o próprio Deus nos recompensará, acercando-se de nós com sua proteção, sua bênção e seu cuidado paternal. Ele promete ser tudo o que um bom Pai deve ser. Ele será nosso Conselheiro e Guia; Ele nos amará e de nós cuidará como seus próprios filhos (6.16-18)”. (Bíblia de Estudo Pentecostal-CPAD, pág 1779)
APLICAÇÃO PESSOAL
O que é jugo desigual? É correto o relacionamento do cristão com os não-crentes?
A graciosa iniciativa de Deus nos chama à uma nova vida em Cristo. Vida essa que exige vigor e firmeza em nossas convicções. Aquela igreja não se colocou contra Paulo, seu erro, na verdade, estava em não opor-se aos falsos mestres e em não defenderem – como igreja - a Paulo contra o(s) seu(s) ofensor(es). Os falsos irmãos em Corinto diziam-se crentes, eram atuantes, exerciam cargos de liderança e influenciavam muitos crentes, mas na realidade, eram servos de satanás infiltrados a fim de destruírem a igreja. Esta aliança destruiria a igreja. A preocupação de Paulo era justamente a comunhão com esses falsos irmãos. O ‘jugo desigual’ com estes influenciaria significativamente a direção e o resultado das decisões morais e atividades espirituais dos crentes de Corinto. Hoje, a mesma união causa os mesmos efeitos. É vital entendermos que não há nenhum problema em relacionarmos com pessoas não-crentes, ter sociedade, etc., o ‘jugo desigual’ refere-se a deixar-se influenciar por idéias daqueles que dizendo-se cristãos, são na verdade, agentes de satanás infiltrados, trazendo doutrinas falaciosas, heresias, modismos e coisas afins, desviando a igreja da conduta correta, do caminho da santificação. Essa santificação é condicional. Os crentes devem purificar-se desviando-se de tudo o que contamina o corpo e o espírito – inclusive afastando-se dos que torcem a verdade. Devem trabalhar para que sua santidade seja aperfeiçoada. “A separação do mundo envolve mais do que se manter distante dos pecadores, significa ficar perto de Deus. Envolve mais do que evitar entretenimento mundano, estende-se à questão de como empregamos nosso tempo e dinheiro. Não existe um modo de nos separarmos totalmente de todas as influencias pecaminosas. Contudo, devemos resistir ao pecado à nossa volta, sem desistir ou ceder.” (Bíblia Aplicação Pessoal-CPAD, nota v.2Co 6.17, pág 1616)Todo crente compromissado com o Senhor anseia por viver em santidade. Paulo amava os coríntios, por isso, os advertiu a viver uma vida de santidade na presença de Deus. O apóstolo, com amor e zelo, advertiu os irmãos a respeito do jugo desigual e da parceria com os torcedores da verdade. É preciso haver separação entre "luz e trevas", "justiça e iniqüidade", "templo de Deus" e "templo de ídolos".
N’Ele, que graciosamente me chama à santidade,
Francisco A Barbosa
* Louis Segond (1810-1885), pastor da Igreja Nacional de Genebra, teólogo suíço que traduziu a Bíblia para a língua francesa diretamente das línguas bíblicas originais.
BIBLIOGRAFIA PESQUISADA
- MATTHEW, Henry. Comentário Bíblico do Novo Testamento. 1. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2008;
- Biblia da Mulher, SBB, pág1470;
- Bíblia de Estudo Pentecostal, Rio de Janeiro, CPAD;
Bíblia Aplicação Pessoal-CPAD, nota v.2Co 6.17, pág 1616;
La Bible en français, version Louis Segond 1910, Société Biblique de Genève;
- Dicionário VINE, CPAD;
- Revista Ensinador Cristão, CPAD, no 41, p. 39;
EXERCÍCIOS
RESPONDA
1. Qual o significado das expressões "nossa boca está aberta para vós" e "nosso coração está dilatado" (2 Co 6.11)?
R. .Denotam que seus atos e palavras são a expressão verdadeira do seu sentimento. Isso, entretanto, não significa que ele arrefeceria sua postura para com os falsos mestres.
2. De acordo com a lição, o afeto dos coríntios restringia-se a quem?
R. Restringia-se a eles mesmos.
3. Conforme a lição, que relação não deve existir na vida de um crente?
R. O jugo desigual.
4. O cristão deve se relacionar com os não-crentes? Caso a resposta seja afirmativa, como deve ser esse relacionamento?
R. O cristão deve se comunicar com todas as pessoas, independentemente de suas crenças. O que não deve ser praticado pelo cristão, são as mesmas obras dos ímpios.
5. O que Paulo pôde declarar após a operação do Espírito Santo na vida da igreja?
R. Paulo pôde dizer: Regozijo-me de em tudo poder confiar em vós (v.16).
BOA AULA!



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