terça-feira, 26 de janeiro de 2010

TESOUROS EM VASOS DE BARRO

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Leitura Bíblica em Classe
2 Coríntios 4.7-12
http://www.cpad.com.br/cpad/paginas/sub_licao_005.htm


Introdução
I. Paulo Apresenta o Conteúdo dos Vasos de Barro (4.1-6)
II. Paulo Expõe a Fragilidade dos Vasos de Barro (4.7-12)
III. Paulo Fala da Glorificação Final Desses Vasos de Barro (4.13-18)
Palavras-chave: vaso, fragilidade


I. Paulo Apresenta o Conteúdo dos Vasos de Barro (4.1-6)


“A preciosa mensagem da salvação em Jesus Cristo, que tem um valor supremo, foi confiada por Deus a seres humanos frágeis e falíveis. O enfoque de Paulo, porém, não estava no recipiente perecível, mas em seu conteúdo de valor inestimável — no poder de Deus que habita em nós. Mesmo sendo fracos, Deus nos usa para transmitir suas Boas Novas e nos dá poder para fazer a sua obra. Saber que o poder é de Deus, e não nosso, deve nos afastar do orgulho e nos motivar a manter nosso contato diário com Ele, nossa fonte de poder. Nossa responsabilidade é deixar que as pessoas vejam Deus por nosso intermédio” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. 1.ed. Rio de Janeiro, CPAD, p. 1615).


II. Paulo Expõe a Fragilidade dos Vasos de Barro (4.7-12)


• “Paulo nos lembra que, embora, às vezes, possa parecer que estamos sendo quase vencidos, nunca devemos perder as esperança. Nosso corpo está sujeito a pecar e sofrer, mas Deus nunca nos abandona. Por Cristo ter vencido a morte, temos a vida eterna. Todos os nossos riscos, humilhações e provas são oportunidades de Cristo demonstrar seu poder e sua presença em nós e por nós” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. 1.ed. Rio de Janeiro, CPAD, p. 1615).


• Professor, explique aos seus alunos que “nossos problemas não devem diminuir a nossa fé ou nos desanimar. Antes, devemos perceber que existe um propósito em nossos sofrimentos. Os problemas e as limitações humanas trazem muitos benefícios:


1. Ajudam-nos a lembrar o sofrimento de Cristo por nós;
2. Ajuda a não termos orgulho;
3. Ajudam-nos a ver além dessa vida tão curta;
4. Provam a nossa fé;
5. Dão a Deus a oportunidade de demonstrar seu grande poder. Não se ressinta por seus problemas. ‘Veja-os como oportunidades de adquirir experiências com o Senhor’” (Bíblia do Estudante Aplicação Pessoal. 1.ed. Rio de Janeiro, CPAD, p. 1325).
• “Os vasos de barros eram os objetos menos valorizados pela dona de casa. Quebravam-se com facilidade e eram baratos, de fácil reposição. Por outro lado, os vasos de metal ou de vidro eram caros e muito provavelmente, colocados em exposição. Paulo se via como um vaso de barro. O importante é o ministério e a mensagem que transmitia ao mundo. O apóstolo não queria estar em evidência, como se ele ou qualquer outro servo de Deus é que fossem importantes. Assim também hoje, o Espírito Santo que habita em nós e o evangelho que partilhamos merecem prioridade” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia. 1ed. Rio de Janeiro, CPAD, 777).


• [...] “Paulo queria que os coríntios soubessem que pouco importava o que acontecesse, o tesouro no vaso de barro do seu corpo o impedia de ser quebrado pelas circunstâncias ou pelos inimigos.


De quatro maneiras Paulo enfatiza que o poder de Deus vencia sua fraqueza no ministério: 1) Os problemas pressionavam severamente de todos os lados (ou de todas as formas), mas por causa do poder incomparável de Deus, eles não podiam angustiá-lo — o que também pode significar que eles não podiam nem mesmo restringi-lo de disseminar o Evangelho; 2) Ele às vezes via-se perplexo diante das muitas adversidades, e nem sempre entendia o que lhe sobrevinha e os motivos de tais coisas estarem acontecendo, mas nunca tinha o tipo de desespero que duvidava de Deus; 3) Ele era perseguido (no grego, inclui as ideias de ser expulso e perseguido de lugar em lugar; cf. At 14.5,6; 17.13), mas não ficava desamparado. O Senhor não o abandonou, nem seus companheiros o deixaram em apuros; 4) Ele era abatido pelos inimigos, mas não destruído ou arruinado” (HORTON, Stanley M. I & II Coríntios. 1 ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2003, p. 203).

Extraído de:
RICHARDS, Lawrence. Guia do Leitor da Bíblia. 1. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2005, p. 896.
RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro, CPAD, pp. 310-11

TESOUROS EM VASOS DE BARRO

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IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL

LIÇÃO 05 - DIA 31/01/2010

TÍTULO: “TESOURO EM VASOS DE BARRO”

TEXTO ÁUREO – II Cor 4:7

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: II Cor 4:7-12

PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO

e.mail: geluew@yahoo.com.br



I – INTRODUÇÃO:



• II Cor 4:7 - A obra do Senhor é cansativa, exaustiva, algumas vezes difícil e perigosa, até ao ponto da morte. Mas, há vitória: O PODER, A VIDA E A MENSAGEM DE CRISTO se manifestam. Pela graça divina, já possuímos esta preciosidade, porquanto o apóstolo Paulo diz: "TEMOS... ESTE TESOURO...". No entanto, devemos estar conscientes de que "ESTE TESOURO" está guardado em receptáculos de quem nada se espera: VASOS DE BARRO: não tem valor, são frágeis e não tem querer.



• Assim, pois, "... PARA QUE A EXCELÊNCIA DO PODER SEJA DE DEUS, E NÃO DA NOSSA PARTE", para a glória de Deus, exclamemos:



• - "ESTOU CRUCIFICADO COM CRISTO; LOGO, NÃO SOU EU QUEM VIVE, MAS CRISTO VIVE EM MIM..." - Gl 2:20;




• - "PORQUANTO, PARA MIM, O VIVER É CRISTO..." - Fp 1:21.





II – O BARRO NAS MÃOS DO OLEIRO:



• "MAS, AGORA, Ó SENHOR, TU ÉS O NOSSO PAI; NÓS O BARRO, E TU, O NOSSO OLEIRO; E TODOS NÓS, OBRA DAS TUAS MÃOS" - Is 64:8




• Na definição de Isaías, somos barro nas mãos do Senhor (nosso Pai e Oleiro). Vejamos algumas lições extraídas dessa bela metáfora:




• PRIMEIRA LIÇÃO: - "O BARRO NÃO TEM VALOR":



• Destituído de importância, o barro não é objeto de disputas. Não há guerras entre as nações por causa do barro. Por causa do petróleo e do ouro, sim. Mas barro? Barro não é raridade, é comum.

• Alguns pensam que foram feitos de porcelana. Por isso, a obra de Deus muito sofre por causa de nossas vaidades pessoais, quando achamos que somos muita coisa. Mas Deus a todos fez do pó da terra! Somos de barro! Meditemos em alguns versículos da santa Palavra de Deus:




• - "PEÇO-TE QUE TE LEMBRES DE QUE, COMO BARRO, ME FORMASTE, E DE QUE AO PÓ ME FARÁS TORNAR" - Jó 10:9;




• - "EIS QUE VIM DE DEUS, COMO TU; DO LODO TAMBÉM EU FUI FORMADO" - Jó 33:6.




• Vamos ao exemplo de um vaso de barro que ninguém dava valor: - O PROFETA MICAÍAS – I Rs 22:




• (A) - Um profeta em tempos difíceis, mas familiarizado com os pensamentos de Deus (8)




• (B) - Um homem corajoso (17-23)




• (C) - Odiado por causa de seu testemunho (8, 18)




• (D) - Um mensageiro desprezado e perseguido (24)




• (E) - Um servo sofredor (26-27)




• (F) - Comprometido com a Palavra de Deus (28)




• (G) - Um profeta da verdade: Sua profecia se cumpriu (34-40)




• Por isso, diz a Santa Palavra a todos nós, vasos de barro:

• - "AQUELE, PORÉM, QUE SE GLORIA, GLORIE-SE NO SENHOR. PORQUE NÃO É APROVADO QUEM A SI MESMO SE LOUVA, MAS, SIM, AQUELE A QUEM O SENHOR LOUVA" - II Cor 10:17-18.





• SEGUNDA LIÇÃO: - "O BARRO É FRÁGIL"


• Diferente do ferro ou do bronze, o barro se espatifa à toa. Facilmente os nossos projetos se desmoronam. Basta pequena pressão da vida para que os nossos sonhos se despedacem. Nossa fragilidade, entretanto, é a oportunidade de Deus:




• - "DE UM ASSIM ME GLORIAREI EU, MAS DE MIM MESMO NÃO ME GLORIAREI, SENÃO NAS MINHAS FRAQUEZAS" - II Cor 12:5

• - "... A MINHA GRAÇA TE BASTA, PORQUE O MEU PODER SE APERFEIÇOA NA FRAQUEZA. DE BOA VONTADE, POIS, ME GLORIAREI NAS MINHAS FRAQUEZAS, PARA QUE EM MIM HABITE O PODER DE CRISTO" - II Cor 12:9.




• Exemplo de um vaso de barro que se considerou frágil: - GIDEÃO - Jz 6.




• (A) - Foi animado pelo Senhor – (11, 12);




• (B) – Foi chamado por Deus, porque se preocupava com a situação espiritual do povo – (13);




• (C) – Deus o encontrou, o chamou e o capacitou – (14);




• (D) – Quando o tesouro (o Espírito do Senhor) o encheu, o vaso de barro se animou - (35);




• (E) – As armas utilizadas pelo vaso de barro cheio do Espírito – (Jz 7:16-28);




• (F) – Sob a dependência do Oleiro, o vaso destruiu completamente o seu inimigo – (Jz 7:23-25);




• (G) – O vaso de barro só foi vitorioso quando:




• - (1) – Ouviu-se um claro testemunho através das buzinas (nas batalhas, o vaso louva);




• - (2) – Os cântaros foram quebrados (o vaso é frágil; por isso, se submete nas mãos do Oleiro); e




• - (3) - As tochas permaneceram acesas e forneceram sua clara luz (o vaso deve estar cheio do Espírito de Deus e da Palavra do Senhor).




• - "... E DIANTE DO TRONO ARDIAM SETE TOCHAS, AS QUAIS SÃO OS SETE ESPÍRITOS DE DEUS" - Apc 4:5




• - "LÂMPADA PARA OS MEUS PÉS É A TUA PALAVRA E LUZ PARA O MEU CAMINHO" - Sl 119:105





• TERCEIRA LIÇÃO: - "O BARRO NÃO TEM QUERER":




• - "AI DAQUELE QUE CONTENDE COM O SEU CRIADOR, CACO ENTRE OUTROS CACOS DE BARRO! PORVENTURA, DIRÁ O BARRO AO QUE O FORMOU: O QUE FAZES? OU A TUA OBRA: NÃO TENS MÃOS?" – Is 45:9




• - "VÓS TUDO PERVERTEIS, COMO SE O OLEIRO FOSSE AO BARRO, E A OBRA DISSESSE DO SEU ARTÍFICE: NÃO ME FEZ; E O VASO FORMADO DISSESSE DO SEU OLEIRO: NADA SABE" - Is 29:16




• Realmente, seria absurdo admitir um oleiro consultando o barro sobre a forma que este deveria receber. Mas ao barro não resta opção, senão render-se à vontade soberana do Artista que o manipula.

• Barro não faz birra; barro não dá berro; o barro fica em silêncio, submete-se, deixando-se ser trabalhado pelas mãos do Oleiro.




• Exemplo de vasos que não tinham querer: – DANIEL E SEUS COMPANHEIROS - Dn 3




• (A) – Foram corajosos e testemunhas fiéis;




• (B) – Tinham uma fé, como de criança, em Deus;




• (C) – Foram lançados na fornalha ardente;




• (D) – Suas amarras caíram dentro da fornalha;




• (E) – Passearam com o Oleiro dentro da fornalha;




• (D) – Alcançaram a liberdade dentro da fornalha;




• (E) – Receberam grande recompensa de Deus, o nosso Oleiro - Jr 18:6.





III - O QUE TEMOS EM CASA?:



• II Rs 4:1-7 - Quando Eliseu ouviu a queixa daquela mulher, ele perguntou: "O que tens em casa?". A mulher respondeu que tinha apenas um vaso com óleo.




• Nós também temos um vaso: o nosso coração, que podemos abri-lo ao Senhor, para que Ele possa enchê-lo com óleo: O ESPIRITO SANTO!!. Sem ele, não passamos de um clube ou uma associação; sem Ele, não passamos de um aglomerado de gente!! O que faz a Igreja ser um corpo vivo do Espírito do Senhor é um vaso (coração) cheio do óleo da presença de Deus!!!




• Quando o ambiente está azeitado pelo Espírito Santo, sentimos a presença da Glória do Senhor trazendo alegria ao ambiente. Transbordemos, pois, este óleo aonde quer que andemos: no colégio, no emprego, no trânsito, entre amigos.... precisamos do óleo do Senhor; precisamos de azeite para vivermos cheios da graça de Deus. E QUAL É O SEGREDO PARA ISSO??...




. ... SEPARARMO-NOS DO MUNDO! - Fechemos a porta para as novelas, para a promiscuidade sexual, para os jogos da loteria, para a mentira, para desonestidade, para a língua que difama e que fala da vida alheia.




• O filosofo dinamarquês, Soren Kierkegaard, disse: "NO DIA EM QUE A IGREJA E O MUNDO SE TORNAREM AMIGOS, A IGREJA DEIXARÁ DE EXISTIR" - Tg 4:4




• Deus não faz milagres em vasos cheios! Ele demonstra o Seu poder por meio de vasos vazios! Esvaziemo-nos, pois, da arrogância, do egoísmo, da vaidade, do amor ao dinheiro, da auto-justiça e entreguemo-nos nas mãos do Artista Perfeito. Enchamo-nos da Sua Palavra e do Seu Santo Espírito! O nosso Deus transformará o barro da nossa vida numa obra de arte valiosa, para Sua honra e glória - Ef 5:18-19; Cl 3:16.





IV - CONSIDERAÇÕES FINAIS:




• APESAR DE NÃO TER VALOR, DE SER FRÁGIL E NÃO TER QUERER, O BARRO CONTINUA SENDO A MATÉRIA-PRIMA DO ARTISTA - É somente Deus quem nos resgata da mediocridade; é somente nas mãos do Oleiro que:




• (A) - somos analisados;




• (B) - somos admirados;




• (C) - somos trabalhados;




• (D) - viramos obras de arte;




• (E) - somos exibidos na galeria dos "Heróis da Fé"; e




• (F) - ficamos valendo uma fortuna.




• Hoje, o nosso Oleiro continua a nos dizer:




• - "VASO DE BARRO, PRECISO DA TUA FRAQUEZA, PORQUE É POR MEIO DELA QUE O MEU PODER SE APEFEIÇOARÁ”.




• O que, de pronto e com reverência, devemos responder:




• - "Ó Deus, muito obrigado por habitar em nós o Teu grande poder. Mas reconhecemos, ó Senhor Jeová, que temos esse TESOURO EM VASOS DE BARRO, PARA QUE A EXCELÊNCIA DO PODER SEJA TUA, SOMENTE TUA, E NÃO DA NOSSA PARTE. Amém".





FONTES DE CONSULTA:




• Mil Esboços Bíblicos – Editora Evangélica Esperança – Georg Brinke


• Estudo Bíblico: “A Casa do Oleiro” – Pr. Jorge Valle


• Estudo Bíblico: “A visão do Oleiro” - Denílson Rodrigues


• Estudo Bíblico: “Como um vaso nas mãos do oleiro” - Davi Liepkan


• Estudo Bíblico: “O barro e o oleiro” – Pr. João Soares da Fonseca


• Estudo Bíblico: “Vasos cheios do Espírito” - Antonio Marcio
Deus continue vos abençoando - GERALDO CARNEIRO FILHO

TESOUROS EM VASOS DE BARRO

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TESOURO EM VASOS DE BARRO
Texto Áureo: II Co. 4.7 - Leitura Bíblica em Classe: II Co. 4.7-12.


Pb. José Roberto A. Barbosa

Objetivo: Mostrar que ainda que sejamos frágeis, Deus nos usa para proclamar as Boas Novas, dando-nos o poder para realizar Sua obra.

INTRODUÇÃO
Conforme estudamos na lição anterior, a glória do ministério cristão não repousa nos atributos pessoais, mas em Deus, que, em Cristo, realiza, em nós, Sua obra em misericórdia. Na aula de hoje atentaremos para a conduta do ministério de Paulo, a fragilidade e o conteúdo dos vasos de barros, e finalmente, da glorificação final desses vasos. Veremos que o Senhor decidiu, soberanamente, concretizar seus propósitos através de vasos frágeis, os quais, paradoxalmente, conduzem um conteúdo precioso.

1. MENSAGEM: TESOURO EM VASOS
Paulo está ciente que o ministério cristão é realizado segundo a misericórdia de Deus (II Co. 4.1). É válido ressaltar que outrora o Apóstolo fora um perseguidor da Igreja de Deus (I Co. 15.9,10; I Tm. 1.12-16). Paulo afirma que não se utiliza de argumentos astuciosos (sutilezas, truques), nem tem a mínima pretensão de adulterar a palavra de Deus (II Co. 4.2) como fez a serpente quando enganou Eva (II Co. 11.3,14,15; 12.6). Sua conduta ministerial é pautada na convicção da presença de Deus, pois é Ele quem julga os atos do obreiro (I Co. 4.3,4). Depreendemos de II Co. 4.3,4 que os opositores de Paulo criticavam-no, dizendo que ele não se fazia compreendido. O Apóstolo defende-se argumentando que o problema não está no encobrimento da mensagem, mas na cegueira promovida por satanás, o deus-deste-século, fazendo com que os incrédulos não compreendam a mensagem (II Co. 2.11; 11.3,14; Jo. 8.44). A cegueira satânica opera a fim de que não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus, a do último Adão (Gn. 1.26; I Co. 15.45-49). A mensagem do apóstolo é simples, ele não trata de si mesmo, mas do Cristo Crucificado (II Co. 4.5), escândalo para os judeus e loucura para os gregos (I Co. 1.20-23). Por meio dessa mensagem, Deus, como no princípio (Gn. 1.2,3), possibilita uma nova criação, retirando os pecadores do império das traves e conduzindo-os ao reino de amor em Seu Filho Jesus Cristo (Cl. 1.13).

2. FRAGILIDADE: VASOS DE BARRO
No antigo oriente os vasos de barro eram comumente encontrados nos lares. Diferentemente dos vasos de metal ou de vidro, os de barro eram adquiridos por baixo preço e quebravam com facilidade. Do mesmo modo os mensageiros de Deus são frágeis, é bem provável que não chamem a atenção do mundo pelos seus artefatos exteriores, mas conduzem, no interior, um tesouro de precioso valor (II Co. 3.7). Isso acontece porque Deus escolheu “as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; e Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são” (I Co. 1.27,28). Os mensageiros de Deus, portanto, são atribulados de várias formas, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados; perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos (II Co. 4.8,9). Ao contrário do que defendem determinados seguimentos evangélicos, a vida cristã, em especial a dos obreiros, não é isenta de sofrimentos. Devido ao escândalo da mensagem cristã, muitos obreiros são incompreendidos não apenas pelo mundo, mas também pelos de dentro da igreja. Paulo destacou que havia passado por circunstâncias desesperadoras que foram para além das suas forças (II Co. 1.8). Mesmo assim ele não desanimou, pois mesmo nos momentos solitários foi assistido pelo Senhor (II Tm. 4.16-18). Diante dele estava, todos os dias, a exposição à morte por causa do evangelho de Cristo (II Co. 4.10,11). Como disse aos crentes de Roma: “Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia; somos reputados como ovelhas para o matadouro” (Rm. 8.36). O Apóstolo regozija-se por saber que, mesmo na fragilidade, e ainda em risco de morte, a vida de Jesus se manifestava em sua carne mortal (Rm. 8.35-39; II Co. 1.8-10; Fp. 3.10; 4.12-13). Mesmo que nele opere a morte, naqueles que ouve, opera a vida (II Co. 4.12). Apóstolo destaca que o fundamento do ministério está nas marcas de Cristo, por meio das quais é demonstrada a identificação do cristão com o Senhor (Gl. 6.17).

3. A GLORIFICAÇÃO DOS VASOS
Apesar dos sofrimentos, a fé de Paulo persiste baseada na certeza da ressurreição dos mortos (II Co. 4.12; I Co. 15.20-23). É antagônico que determinados ministros dos dias atuais fundamentem sua atuação nas glórias que receberão na terra. Alguns deles, contrariando os princípios cristãos, ficam perplexos diante da possibilidade da morte (Fp. 1.21-23; II Co. 5.1,2). O apóstolo, diferentemente, aguarda a manifestação do Senhor, quando se dará o momento da glorificação (Fp. 4.16; I Ts. 2.19). Alguns obreiros, dominados pela teologia da ganância, perderam a bendita esperança, e não mais atentam para a doutrina do arrebatamento da igreja (I Ts. 4.13-17). Ainda que o homem exterior se corrompa, o interior se renova de dia em dia (II Co. 4.16; Ef. 3.14-19), pois “nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação” (II Co. 4.17). Gememos agora debaixo do peso da tribulação, mas regozijaremos no futuro quando o que é incorruptível se revestir da incorruptibilidade, quando a morte for tragada na vitória (I Co. 15.53,54). Os sofrimentos do tempo presente não são para ser comparados com as glórias por vir que em nós serão reveladas (Rm. 8.18). As tribulações de Paulo foram leves e momentâneas apenas no seu modo de ver (I Co. 1.8,9; 2.4; 4.8,9; 6.4-10; 11.24-27), pois ele não atentava para as coisas visíveis, mas para as invisíveis e eternas (II Co. 4.18; Rm. 8.19-23; Fp. 3.20-21).

CONCLUSÃO
Tesouros em vasos de barro, é isso que os mensageiros de Deus são. Frágeis e de pouco valor, mas com um conteúdo precioso. Não somos ainda o que haveremos de ser, pois quando Cristo que é a vida se manifestar, seremos como Ele é (I Jo. 3.1-3). Portanto, com o compositor sacro, cantamos: “Desprezando toda a dor eu vou a cantar, e o calvário, ao pecador, sempre apontar, flechas transpassaram-me, padeci gran dor, mas Jesus, minha luz, fez-me vencedor. A paz adorada de Jesus verei, com a grei amada, no céu estarei. Na mansão dourada, hinos vou cantar, a Jesus, minha luz, que me quis salvar!” (HC 304).

BIBLIOGRAFIA
KRUSE, C. II Coríntios: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1999.
HORTON, S. I e II Coríntios. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

POR QUE DEVEMOS FREQUENTAR A ESCOLA DOMINICAL ?

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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

A GLÓRIA DAS DUAS ALIANÇAS

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INTRODUÇÃO

POR FRANCISCO A. BARBOSA



A igreja em Corinto era uma operação da graça divina realizada através do apostolado de Paulo e seus companheiros, verdadeiros instrumentos nas mãos de Deus. Paulo tinha total confiança na autenticidae de seu inistério e que os crentes corintios eram ‘carta de recomendação’, que testificavam dessa auteenticidade. Paulo não confiava em si mesmo, mas por intermédio de Cristo. Todo poder e habiliade procedem de Deus, e não de nós mesmos.
É certo que não havia a necessidade de apresentações de Paulo àquela que foi iniciada por ele mesmo na casa de Tício Justo, a primeira casa da igreja corintia; este Tito era cidadão romano que aderira à fé cristã numa das pregações de Paulo na sinagoga durante a primavera do ano 50 d.C., permanecendo na cidade, inicialmente, por 18 meses (At 18.1,8-11). Os irmãos reuniam-se em casas particulares como a de Tito Justo (ele pode ter sido o Gaio de Rm 16.23, que foi batizado por Paulo (1Co 1.1) Gaio pode ter sido um terceiro nome usado antes de Ticio Justo). Paulo deparou-se com uma forte oposição, que colocava em dúvidas a legitimidade de seu ministério. Esse é justamente o objetivo de Paulo nessa Epístola: a defesa do seu apostolado. O versículo-chave que expressa esse intento se encontra em 2Co. 4.7: “Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus como Senhor, e a nós mesmos como vossos servos por amor de Jesus Cristo”.

I. PAULO JUSTIFICA SUA AUTORRECOMENDAÇÃO (3.1,2)

1. A recomendação requerida (3.1). O versículo do sub-ítem apresenta duas perguntas cuja resposta é ‘não’. Paulo não rejeita de modo geral as cartas de recomendação como se defere de perícopes como At 18.27; 1Co 16.10-11, mas ao que nos parece, a oposição que se levantou contra seu apostolado tinham apresentado cartas à igreja de Corinto das quais não eram dignos. Paulo mostra que sua carta era muito melhor, porquanto consistia na vida dos crentes daquela igreja

2. Paulo defende sua autorrecomendação (3.1). Todos em Corinto sabiam que Paulo, mesmo não tendo sido um dos doze que estiveram com Jesus, recebera um chamado de Cristo para ser apóstolo. Seu testemunho pessoal era a prova concreta de que não lhe era necessário nenhuma recomendação. Seus sofrimentos por Cristo evidenciavam seu apostolado entre os gentios e, especialmente, em Corinto, dispensando, portanto, qualquer tipo de recomendação por escrito. No texto de 2 Coríntios 5.11, o apóstolo Paulo faz uma defesa de sua atitude dizendo que "o temor que se deve ao Senhor" lhe dava condições de se autorrecomendar, porque a sua vida e ministério eram manifestos na consciência de cada um daqueles crentes. A atitude paulina não tinha por objetivo ofender a ninguém, mas baseava-se na confiança do conhecimento que os coríntios tinham da sua pessoa e ministério.

3. A mútua e melhor recomendação (3.1). Ao invés de chegar a um consenso em relação aos problemas da igreja, Paulo é rejeitado por alguns crentes de Corinto. Tais pessoas acusam-no de leviandade (2Co. 1.15), de não ter carta de recomendação (2Co. 3.1), de dar motivo de escândalo (2Co. 5.11; 6.3-4); de se beneficiar pessoalmente das ofertas (2Co. 7.2; 12.16), de usar sua oratória em benefício pessoal (2Co. 10.10; 11.6), questionam especificamente o apostolado de Paulo. Paulo apela para uma reciprocidade que havia entre ele e a igreja, a qual dispensava a recomendação de Jerusalém requerida por alguns opositores do seu ministério Paulo, mesmo não tendo sido um dos doze que estiveram com Jesus, recebera um chamado de Cristo para ser apóstolo. Seu testemunho pessoal era a prova concreta de que não lhe era necessário nenhuma recomendação.


II. A CONFIANÇA DA NOVA ALIANÇA (3.4-11)

1. A suficiência que vem de Deus. “Eu, porem, por minha vida, tomo a Deus por testemunha de que, para vos poupar, não tornei ainda a Corinto;" Paulo presta aqui um juramento solene para persuadir os crentes de Corinto quanto à sua veracidade. É como se o apóstolo estivesse dizendo: ‘Se não estou dizendo a verdade, peço a Deus que me tire a vida’. Em sua próxima visita, ele chegaria com a autoridade e o poder do Senhor, e ele queria dar-lhes oportunidade de se arrependerem. Esse foi o motivo pelo qual ele tinha alterado os seus planos e não voltou a Corinto antes de partir para a Macedônia. Essa alteração não ocorrera por vacilação mundana ou por covardia, conforme seus opositores estavam afirmando. Agora Paulo passa a usar a figura metafórica da lei escrita em tábuas de pedra, pelo próprio Deus e traça uma comparação com a graça e sua superioridade, porque veio mediante a pessoa de Jesus Cristo, que consumou todas as coisas do Antigo Pacto, em um único ato sacrificial (Hb 7.27; 12.24; 1 Pe 1.2). A razão por que a nova aliança supera a antiga é que a última era somente por um tempo e para um lugar – a Palestina, e para um povo – o judeu; a nova aliança é para o tempo todo, para todas as nações e para todas as nações.



2. A distinção entre as duas Alianças (3.6). Nas Escrituras, as alianças são acordos solenes, negociados ou impostos unilateralmente, que ligam as partes umas às outras em relações permanentes, definidas, com promessas específicas, com reivindicações e obrigações de ambos os lados. A nova aliança contrasta com a antiga visto que a nova não pode ser quebrada como foi a antiga (Jr 31.32; Hb 8. 7-8). A morte de Cristo inaugurou a nova aliança e trouxe redenção da anátema que estava sobre os transgressores da antiga aliança. A Antiga Aliança era da "letra": gravado com letras em pedras (2 Co 3.7). A Nova Aliança é do "Espírito", e ministrada por Ele (v.8). A Antiga Aliança era de condenação; a nova é de justiça e salvação (v.9). O Antigo Pacto veio por Moisés; o novo veio por Cristo (At 20.28; Hb 9.12; 7.27; 12.24).

3. A "letra" que mata (3.6). As palavras escritas da lei do Antigo Testamento sozinhas condenavam aqueles que não obedeciam, não lhes dando vida. A lei requeria obediência perfeita, mas não dava poder para isso. A afirmar que essa vida não provém da ‘letra’ Paulo não quer dar a entender que na antiga aliança não havia vida espiritual, mas que a lei escrita não produzia vida no crente. O espírito Santo, sob a nova aliança, produz vida com abundancia, em medida muito maior do que fazia sob a antiga aliança. A Antiga Aliança era de condenação; a Nova é de justiça e salvação (v.9). A Antiga Aliança veio por Moisés; a Nova veio por Cristo (At 20.28; Hb 9.12; 7.27; 12.24).

III. A GLÓRIA DA NOVA ALIANÇA (3.7-18)

1. A superioridade da Nova Aliança sobre a Antiga Aliança (3.7-12). As palavras escritas na lei da antiga aliança condenavam os que não as cumpriam cabalmente,não lhes dava vida. A antiga aliança não deixava de ter glória, embora tivesse sido escrita em tábuas de pedra, já a nova aliança deveria ser gravada nas tábuas do coração, sendo mais bela, mais poderosa e mais íntima. A glória da Primeira Aliança revelou o ministério da morte, porque condenava e amaldiçoava todo aquele que não cumpria a lei, mas a glória da Segunda Aliança revelou o ministério da vida e da graça de Deus. Por isso, a glória do Evangelho é superior à da lei.


2. A glória com rostos desvendados (3.13-16). Alguns têm pensado que o véu que Moisés usava sobre o rosto visava proteger os israelitas de serem prejudicados ou de ficarem asustados com seu resplendor. Na realidade a finalidade desse véu era impedi-los de ver que a glória estava desaparecendo, por causa do caráter temporário e inadequado da antiga aliança. Contrastando com esse quadro, Paulo não necessitava de nenhum véu, pois a glória da nova aliança nunca desvanecerá, porque Cristo a revelou no Calvário. Trata-se da liberdade que temos mediante a obra expiatória de Cristo.


3. A liberdade do Espírito e a nossa permanente transformação (3.17,18). Hoje podemos desfrutar de uma experiência comum aos crentes da nova aliança: a liberdade do Espírito e a nossa própria transformação. A liberdade do Espírito livrou-nos da escravidão que era para a morte, pecado e esforço inútil de obedecer à lei pela nossa própria capacidade, nos libertou das amarras das tradições religiosas, que nos impediam de um relacionamento direto com o Senhor. Tal relacionamento nos conduzirá ao longo da vida, a nos tornarmos cada vez mais parecidos com Cristo, numa transformação moral e espiritual de ‘glória em glória’,, estamos sendo progressivamente restaurados a uma possessão cada vez maior da imagem de Deus, imagem corrompida na queda.






CONCLUSÃO

"Ao unir-se com seus irmãos em Cristo para perseguir um objetivo comum, você realiza muito mais do que faria sozinho". (Evelyn Christenson ). Quanto mais de perto seguirmos a Cristo, mais parecidos com Ele nos tornaremos. (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal). Paulo tinha ousadia na pregação do evangelho, gastando sua vida nesse negócio, pois tinha essa esperança, visto que o ministério da nova aliança, no poder do Espírito Santo, é tão excelente e poderoso. Confiante, Paulo se põe de pé diante do povo com o ‘rosto desvendado’, sabedor de que a glória da nova aliança jamais se desvanecerá. Quão intrépidos precisamos ser para de igual modo nos pormos de pé diante do mundo, refletindo em nós mesmos a glória de Cristo, glória que vai aumentando cada vez mais, conforme somos transformados na semelhança de Cristo, aquela glória interior, mediante a presença do Espírito de Cristo em cada um de nós.


APLICAÇÃO PESSOAL


Paulo argumenta não que o Antigo Concerto não possuía 'glória', mas que a glória do Novo Concerto supera aquela do Antigo. Ao falar sobre isto, Paulo fixa nossa atenção em como a glória de Deus é exibida em sua vinda para estar com seu povo sob o Antigo Concerto e sob o Novo. Esta é a essência do ministério do Novo Concerto: Deus exibe sua glória por meio de sua presença dentro do crente. Essa é a nova vida em Cristo. Nessa nova vida o Espírito Santo escreve a lei de Deus em nossos corações conferindo-nos amor e poder para caminharmos ao longo de nossa vida em direção a nossa transformação na mesma glória de Cristo. Essa transformação é moral e espiritual, efetuada pelo Espírito Santo que nos conduz progressivamente à restauração daquela possessão cada vez maior da imagem de Deus que tínhamos antes da queda.
A Nova Aliança é a melhor solução que Deus nos deu para a rebelião humana. Recebemos a Nova Aliança através da morte de Jesus Cristo. O próprio Jesus, como a substancia daquilo que foi prometido, e como possuidor de uma indestrutível vida ressurreta, é a nossa garantia de uma nova e melhor aliança. Em última análise, o alvo desta aliança é teocêntrico, não apenas nos livra do medo do juízo, mas nos qualifica para servir ao Senhor de modo agradável. Então, como Paulo, somos convidados a nos gastarmos na obra do Senhor, confiando na gloria da nova aliança e naquele que nos alistou para este embate triunfal, cujo alvo já vislumbramos: nossa transformação moral e espiritual, de glória em glória, à semelhança de Cristo.














N’Ele, cuja luz devo refletir,



Francisco A Barbosa
Assis.barbosa@bol.com.br





BIBLIOGRAFIA PESQUISADA

- Dicionário VINE, CPAD.

- Bíblia de Estudo Pentecostal, Rio de Janeiro: CPAD

- Comentário Bíblico Matthew Henri, p.968. Rio de Janeiro: CPAD

- Bíblia de Estudo DAKE, CPAD-Ed Atos

- Bíblia de Jerusalém, ( edição brasileira 1981) Editora Paulus


BOA AULA!

A GLÓRIA DAS DUAS ALIANÇAS

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Pb. José Roberto A. Barbosa



http://www.subsidioebd.blogspot.com/






Objetivo: Mostrar que a glória da Antiga Aliança desvaneceu ante a glória superior da Aliança revelada em Cristo Jesus.






INTRODUÇÃO


Na aula de hoje nos debruçaremos sobre a comparação que Paulo faz entre a Antiga e a Nova Aliança. Antes de aprofundarmos esse tema, discorreremos a respeito da autorrecomendação do Apóstolo, justificando suas credencias perante a igreja. Ao final da aula atentaremos para a suficiência da nova aliança em Cristo. Esse assunto é bastante apropriado para a igreja, haja vista as ameaças judaizantes para a igreja atual. Semelhante aos dias de Paulo, há hoje cristãos que defendem o retorno às praticas religiosas judaicas como requisito para a salvação.






1. A AUTORRECOMENDAÇÃO DE PAULO


Paulo não era contra as cartas de recomendação, haja vista ele mesmo ter feito uso delas para recomendar determinadas pessoas (Rm. 16.1; I Co. 16.10-11; Fp. 2.19-24). No caso específico desta epístola, ele justificou que por ter tido uma participação tão íntima com a Igreja de Corinto, uma carta de recomendação seria desnecessária. É provável que o ofensor de Paulo, que arrebanhava a igreja contra o Apóstolo em Corinto (II Co. 2.5), tenha usado a falta de uma carta de recomendação – vinda de Jerusalém, das autoridades apostólicas - como artifício para tentar descredenciá-lo. Tal atitude se revestia em pirraça contra o Apóstolo, já que esse teria fundado a igreja naquela cidade (II Co. 3.1). A existência de uma igreja em Corinto, plantada pelo Apóstolo, era a prova cabal de seu envio pelo Senhor, descartando, assim, a exigência de uma carta (II Co. 3.2). Os próprios coríntios eram cartas vivas, demonstração evidente da atuação de Cristo. A salvação dos crentes coríntios revelava-se como uma inscrição do Senhor, efetuada não com tinta, mas com o Espírito Santo (II Co. 3.3). A transformação das vidas dos coríntios, que outrora estavam perdidos em seus pecados, era uma nítida demonstração do poder do evangelho de Cristo (I Co. 6.9-11). Essa é uma valiosa verdade, o mundo pode muito bem não ler as Escrituras, mas poderá ler as vidas dos cristãos. Cada crente deve viver de tal modo que as pessoas possam neles o brilho da luz do evangelho (Mt. 5.14-16).






2. A VELHA E A NOVA ALIANÇA


Cristo é o fundamento da confiança de qualquer apostolado. Tendo Ele como base, não haverá o que temer, nem motivos para agir com timidez (II Co. 3.4; Rm. 8.15-17). Essa confiança é proveniente de Deus, pois é por Ele, com Ele e por meio dEle, que a obra espiritual é realizada (I Co. 1.18). É Ele quem nos faz ministros de uma nova aliança, essa edificada sobre Cristo, que superior à antiga aliança (I Co. 11.25; Hb. 9.15-28). Isso porque a letra, isto é, a Lei de Moisés, utilizada apenas como sistema de regras a ser obedecido conduz à morte (II Co. 3.6; Rm. 3.20; 10.1-4). Não é pela a observância a Lei que o ser humano é vivificado, mas pelo Espírito que realiza em nós, e conosco, aquilo que a Letra, por si, é incapaz de fazer (Go. 5.19-22; Rm. 8.3,4). Infelizmente, alguns cristãos radicais, por desconhecerem as normas de interpretação bíblica, argumentam, sem apelar ao contexto da passagem, que o cristão não pode se dedicar ao estudo da Bíblia, nem freqüentar institutos bíblicos, e nos casos mais extremos, se envolver com a Escola Dominical. O resultado é a total ignorância espiritual, cristãos despreparados para lidar com os problemas da vida, meninos na fé que se deixam levar por todo e qualquer vento de doutrina. Se analisar cuidadosamente esse texto, perceberemos que Paulo está mostrando a incapacidade da Lei para salvar o ser humano, ressaltando que essa apenas aponta o pecado. Ainda que a Lei seja santa, justa e boa (Rm. 7.12-14), o ser humano não é capaz de cumprir sua exigência (Ex. 34.7; Ez. 18.4).






3. A GLÓRIA DA NOVA ALIANÇA EM CRISTO


A Lei apenas serviu de aio – paidagogos no grego – a fim de conduzir as pessoas a Cristo (Gl. 3.24). Mas a Lei teve o seu fim em Cristo, já que essa apenas mostra o caminho, mas não remove os obstáculos, aponta a doença, mas não a cura. A glória da Lei é temporária, sua glória se esvai, pois o próprio brilho no rosto de Moisés desapareceu, o de Cristo, entretanto, permanece revestido de glória, por toda eternidade. Por isso, o Espírito dado na Nova Aliança em Cristo capacita o cristão para que esse cumpra os mandamentos de Deus (Ez. 36.27; Rm. 8.3,4). Esse ministério do Espírito é mais glorioso do que o ministério da morte. Se o ministério da condenação teve a sua glória, em muito maior proporção tem o ministério da justiça em Cristo (II Co. 3.9; Rm. 3.21-26). Assim, as exigências justas da lei podem ser cumpridas através de um andar no Espírito (Rm. 8.4; Gl. 5.19-25). Por meio da justiça de Cristo o Espírito nos auxilia a andar em boas obras para as quais de antemão fomos criados (Ef. 2.8-10). Essa intervenção divina é denominada, por Paulo, de justificação (Rm. 5.1), isso porque por meio de um ato legal, forense e judicial, Cristo se tornou substituto, pagando a dívida do pecado (Cl. 2.14). A partir de então, o justo viverá da fé no evangelho (Rm. 1.16,17) e nenhuma condenação há esses que estão em Cristo Jesus (Rm. 8.1).






CONCLUSÃO


Uma estrofe do hino 15 da Harpa Cristã, intitulado “Conversão”, sumariza o conteúdo da lição estudada. Diz seu autor: “Mas um dia senti meu pecado, e vi / sobre mim a espada da lei / apressado fugi, em Jesus me escondi / e abrigo seguro nEle achei”. O refrão esboça o júbilo dessa glória revelada em Cristo: “Foi na cruz, foi na cruz / onde um dia em vi / meu pecado castigado em Jesus / Foi ali, pela fé, que os olhos abri / e agora me alegro em Sua luz”.




BIBLIOGRAFIA

KRUSE, C. II Coríntios: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1999.

HORTON, S. I e II Coríntios. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

A GLÓRIA DO MINISTÉRIO CRISTÃO

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Por Francisco A. Barbosa
Texto Bíblico: 2 Co 1.12-14, 21, 22; 2.4, 14-17

TEXTO ÁUREO:
“E graças a Deus, que sempre nos faz triunfar em Cristo e , por meio de nós, manifesta em todo lugar o cheiro do seu conhecimento” (2Co 2.14) A narrativa de Paulo muda, subitamente, da realidade invisível de sua ansiedade pelos crentes de Corinto e de seu desapontamento por não ter encontrado Tito em Trôade, para o terreno espiritual. Paulo se vê como parte do cortejo triunfal de Deus na cidade celeste, muito parecido com uma parada de Vitória que um antigo general romano lideraria, ao voltar a Roma, (isto não lhe era concedido pelo senado a menos que ele tivesse uma vitoria muito importante e decisiva ou conquistado uma província), com cativos vencidos seguindo atrás dos carros de combate. Mas aqui Paulo – ex-inimigo de Deus – é um alegre cativo e participante das bênçãos da vitória do Rei. Nós também participamos desse modo do domínio espiritual, marchando na parada de vitória do nosso grande Rei, enquanto as forças do inimigo são esmagadas pelo seu avanço. Apesar de retrocessos como Paulo sofreu em Trôade, os olhos da fé podem ver o progresso inevitável de reino de Deus. Tal triunfo em Cristo, como o que é descrito aqui, manifesta a fragrância do seu conhecimento por meio de ministros triunfantes onde quer que sirvam.

VERDADE PRÁTICA:
A glória do ministério cristão está na simplicidade com que se prega o evangelho e na salvação e edificação dos fiéis. - Nesta terceira Lição é dada ênfase à autenticidade do ministério cristão, caracterizado pela simplicidade, bom testemunho e sinceridade com que se prega ou ensina a palavra de Deus.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
- Conscientizar-se
 de que a glória do ministério cristão está na simplicidade e sinceridade com que se prega o Evangelho
- Explicar as razões da mudança de planos da ida de Paulo a Corinto
- Saber que somos o bom cheiro de Cristo

PALAVRA CHAVE: “ministério” – (Gr. Diakonia) serviço, ministério; aparece no sentido de ministério religioso e espiritual (cargo ou função) em At 1.17, 25; 6.4; 12.25; 21.19; Rm 11.13 (ministério apostólico), At 20.24; 2 Co 4.1; 6.3; 11.8; 1 Tm 1.12; 2 Tm 4.5 (ministério de pregação e ensino), administração (2 Co 9.13; Ef 4.12). (VINE, 2003, p. 791); - (Gr. Leitourgia) ministérios sacros: (a) sacerdotal (Lc 1.23; Hb 8.6; 9.21) (b) figurativamente, a fé prática dos membros da igreja em Filipos considerados como sacrifício sacerdotal, sobre o qual a vida do apóstolo Paulo poderia ser derramada como libação (Fp 2.17); (c) o "ministério" dos crentes uns aos outros, considerado como serviço sacerdotal (2 Co 9.12; Fp 2.30).

INTRODUÇÃO
Paulo visitou Trôade (Uma cidade no extremo noroeste da Ásia Menor, atual Turquia, no lado oposto do mar Egeu, defronte da Grécia. Paulo viajou dali para Filipos. Foi em Trôade que Paulo teve uma visão de um homem da Macedônia, implorando-lhe que viesse ajudá-los (At 16.8)) em sua segunda viagem missionária (At 16. 6-8) e talvez durante a terceira (At 16..At 18.23). Não se sabe a qual viagem ele se refere.Após render graças a Deus pela libertação divina que tivera na Ásia (1.8-11), Paulo agora segue, a partir do versículo 12, trazendo uma defesa de sua conduta aos irmãos de Corinto. Segundo Mt 24.3, um dos grandes sinais do fim dos tempos é a aparição de um grande número de “falsos obreiros” ou de "falsificadores da palavra de Deus", que enganarão com muita habilidade e astúcia o povo de Deus, inclusive, com a realização de grandes sinais e prodígios. Paulo enfrentou acusações de oponentes que tentavam arruinar sua credibilidade como apóstolo de Cristo. Hoje, esses “falsos obreiros” se encontram exercendo várias funções na igreja e de igual forma, tentam arruinar o progresso do verdadeiro evangelho. A Igreja de Jesus é um corpo espiritual no qual a unidade do Espírito só pode ser conservada pelo vínculo da paz. O apóstolo Paulo, usado por Deus, exorta a Igreja à unidade, à concórdia e à comunhão entre os irmãos. Todavia, é uma grande lástima ver aqui e acolá os ditos salvos e santos em guerra uns contra os outros. Será que estes são a continuação dos "falsos irmãos" descritos em Gálatas 2.4?

I. O MINISTÉRIO APOSTÓLICO DE PAULO (1.12-22)
1. Confiabilidade, a garantia do ministério (1.12-14). Paulo havia desistido da viagem a Corinto pela terceira vez, e os irmãos coríntios influenciados por alguns opositores, começaram a alegar que Paulo agia displicentemente com a igreja. Deus proveu oportunidades que Paulo pregasse o evangelho. Uma grande oportunidade de ter um ministério eficaz não fez Paulo desviar-se de seu compromisso anterior de cuidar da igreja em Corinto e endireitar os seus problemas. Paulo continuava a sentir uma profunda preocupação por todas as igrejas fundadas por ele..

2. A força de sua consciência (1.12). Paulo se gloria não em sua própria habilidade, mas em ter uma consciência limpa e uma conduta moralmente reta. Sua simplicidade e sinceridade piedosa não resultam de ele estar seguindo a sabedoria convencional do mundo, mas resultam dele depender da graça de Deus. Quando se gloria, Paulo não toma crédito para si mesmo. É o triunfo da graça de Deus nele.

3. A autenticidade ministerial (1.18-22). Paulo invoca a fidelidade divina como o padrão e a garantia da sua própria fidelidade. Todas as promessas de Deus são sim e que assim seja, ou sim e verdade. Nele, elas são sempre sim, e nele, elas são sempre fiéis. Nem uma promessa de Deus se resume em ‘não’ para quem crer e cumprir as condições. A veracidade absoluta e as palavras de Deus, dignas de confiança como elas são em Cristo, eram o padrão que Paulo sempre seguia em seus discursos. Isso é coerente com o padrão geral, seguido por Paulo, de derivar os absolutos morais do caráter moral de Deus. Paulo era um homem tão íntegro e tinha um caráter tão firme que, diante da acusações contra a sua vida, ele apela para a sua consciência pessoal como testemunho de sua sinceridade nas ações de seu ministério.

II. A ATITUDE CONFIANTE DE PAULO EM RELAÇÃO À IGREJA (1.23-2.13)
1. Razões de mudança de planos da ida de Paulo a Corinto (1.23-2.4). “Eu, porem, por minha vida, tomo a Deus por testemunha de que, para vos poupar, não tornei ainda a Corinto;" Paulo presta aqui um juramento solene para persuadir os crentes de Corinto quanto à sua veracidade. É como se o apóstolo estivesse dizendo: ‘Se não estou dizendo a verdade, peço a Deus que me tire a vida’. Em sua próxima visita, ele chegaria com a autoridade e o poder do Senhor, e ele queria dar-lhes oportunidade de se arrependerem. Esse foi o motivo pelo qual ele tinha alterado os seus planos e não voltou a Corinto antes de partir para a Macedônia. Essa alteração não ocorrera por vacilação mundana ou por covardia., conforme seus opositores estavam afirmando.

2. O perdão ao ofensor arrependido e a disciplina eclesiástica (2.5-11). Após aquela visita entristecedora (v. 1), Paulo escreveu uma carta de repreensão à igreja dos coríntios, enviando-a por mão de Tito. O propósito de Paulo, ao escrever a carta desagradável, não foi simplesmente entristecer os coríntios. Ele estava buscando o melhor para a igreja, mesmo que isso trouxesse dor, tanto para eles quanto para si próprio. Ao que tudo indica, depois que Paulo deixara Corinto ou, pelo menos, depois que Tito havia chegado ali com a carta desagradável, os crentes de Corinto exerceram disciplina eclesiástica contra o ofensor.

3. A confiança de Paulo no triunfo da Igreja. Nos versículos 12 e 13, Paulo anseia por ter noticias de Tito. Ele tinha esperado que Tito visse ao encontro dele em Trôade e lhe desse noticia de que a carta de reprimenda fora bem recebida. Quando Tito não apareceu, Paulo ficou profundamente perturbado. A igreja não pode deixar de administrar a disciplina aos que cometem pecado, para que não haja contaminação dos demais, entretanto, o tratamento com o pecador deve ser feito com atitude corretiva, terapêutica e restauradora, visando proporcionar-lhe o arrependimento e o recomeço da vida cristã.

III. PAULO SE PREOCUPA COM OS FALSIFICADORES DA PALAVRA DE DEUS (2.14-17)
1. A visão de triunfo do Evangelho no mundo (2.14). A narrativa de Paulo muda, subitamente, da realidade visível de sua ansiedade pelos crentes de Corinto e de seu desapontamento por não ter encontrado Tito em Trôade, para o terreno espiritual. Paulo se vê como parte do cortejo triunfal de Deus na cidade celeste. O triunfo aqui é como o dos romanos, no qual uma homenagem publica e solene era feita a um general vitorioso, concedendo-lhe um magnífico cortejo pela cidade de Roma. O triunfo em Cristo significa completo domínio sobre os poderes satânicos.

2. Somos o bom cheiro de Cristo (2.15). Tal triunfo em Cristo manifesta a fragrância do seu conhecimento por meio de ministros triunfantes onde quer que sirvam. Os ministros são o bom perfume para Deus por meio de Cristo em todos que salvos e não salvos. Para os salvos, eles são um aroma de vida para a vida. Para os não salvos, eles são um aroma de morte. Esta é outra forma de dizer que quem receber o evangelho será salvo e quem o rejeitar se perderá. O evangelho pregado salva santos e condena pecadores.

3. A ameaça dos falsificadores da Palavra de Deus (2.17). É uma tragédia que então, como agora, muitos tenham pregado o evangelho ou o ensino cristão apenas como um meio de ganhar a vida. O alvo de Paulo não era beneficiar-se pessoalmente ou receber recompensa financeira, mas era a glória de Deus – todo o ministério de Paulo foi efetuado na presença de Deus, provendo-lhe um poderoso motivo para manter sua consciência limpa. Pregadores mercadores são aqueles que oferecem um evangelho de imitação, corrompido, o qual ilude aos interessados. No capítulo 11.13, Paulo condena os falsos apóstolos que torciam o Evangelho para tirar proveito próprio em detrimento dos demais.

CONCLUSÃO
Depois de haver explicado sua mudança de planos sobre a visita aos crentes coríntios, Paulo descreve o que é um verdadeiro ministério cristão. Significa ser ministro de uma gloriosa nova aliança, confiando em Deus em meios a tribulações e falando a mensagem de reconciliação. Paulo insiste que a fidelidade a essas tarefas – e não a eloqüência, profundos pensamentos filosóficos ou padrões mundanos de excelência pessoal – é a base de um ministério válido. Ele confia, diante de Deus, que o seu ministério é autêntico e que os crentes coríntios são “carta de recomendação”, que testificam dessa autenticidade. Ele não confiava em si mesmo, mas “por intermédio de Cristo”(3.4).

APLICAÇÃO PESSOAL

Muitas igrejas tem surgido no cenário nacional, adotando a função de ‘apóstolo’ dentro de sua hierarquia eclesiástica. Quando comparamos os ditos ‘apóstolos’ com aqueles do Novo-Testamento, notamos o quanto diferentes são. De fato, no exercício dessa função, os ‘apóstolos’ de hoje acabam não se identificando com o apostolado bíblico. Hoje, um título de pastor não é difícil de obter. Ministérios há em que os consagrados a tão sublime cargo, não tem a chamada, a vocação, recebendo imposição de mãos de outros em pior situação. Estes falsificadores não estão preocupados com o bem estar das ovelhas, mas sua única preocupação é com a lã das ovelhas. As falsas doutrinas (Ef 4.14 ), provenientes do ensino de falsos mestres, estão entrando em nossas igrejas através de movimentos e modismos doutrinários, confundindo os crentes sem raízes profundas. A Teologia da Prosperidade, o Movimento da Fé, quebra de maldições, batalhas espirituais, encontrões, a auto-ajuda e o movimento G-12 são exemplos dessas coisas nocivas que têm causado sérios prejuízos à Igreja.
Hoje temos uma excelente oportunidade para uma aula participativa, para um FeedBack* do que tem sucedido em nossas igrejas. Pergunte aos alunos o que eles entendem por ministério e ministros. Depois, discuta as respostas. Pergunte também como percebem o crescimento dos falsos obreiros e se saberiam identificar os tais.

NEle, que aspira em nós o doce aroma de Cristo,
Francisco A Barbosa (assis.barbosa@bol.com.br)

BIBLIOGRAFIA PESQUISADA
- Dicionário VINE, CPAD.
- Bíblia de Estudo Pentecostal, Rio de Janeiro: CPAD
- Comentário Bíblico Matthew Henri, p.968. Rio de Janeiro: CPAD
- Bíblia de Estudo DAKE, CPAD-Ed Atos
- Bíblia de Estudo Genebra, Ed Cultura Cristã – SBB;

Boa Aula!

*FeedBack: -Em administração, feedback é o procedimento que consiste no provimento de informação à uma pessoa sobre o desempenho, conduta ou eventualidade executada por ela e objetiva reprimir, reorientar e/ou estimular uma ou mais ações determinadas, executadas anteriormente.
No processo de desenvolvimento da competência interpessoal o feedback é um importante recurso porque permite que nos vejamos como somos vistos pelos outros. É ainda, uma atividade executada com a finalidade de maximizar o desempenho de um indivíduo ou de um grupo. Processualmente, é oriundo de uma avaliação de monitoria.

A GLÓRIA DO MINISTÉRIO CRISTÃO

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A GLÓRIA DO MINISTÉRIO CRISTÃO
Texto Áureo: II Co. 2.14 - Leitura Bíblica em Classe: II Co. 1.12-14,21,22; 2.4,14-17.
Pb. José Roberto A. Barbosa

Objetivo: Mostrar que a glória do ministério cristão está na simplicidade e sinceridade com que se prega o evangelho e na salvação e edificação dos fiéis.

INTRODUÇÃO
Apesar dos descalabros evangélicos que tentam ofuscar o brilho do ministério cristão, esse, uma vez desenvolvido em conformidade com a Palavra de Deus, continua sendo glorioso. Paulo escreveu a Timóteo, jovem pastor de Éfeso, ressaltando a sublimidade do ministério (I Tm. 3.1). O Apóstolo dos gentios é um grande exemplo de alguém que desenvolveu o ministério cristão com a dignidade e a sinceridade que lhe é devida. Na lição de hoje refletiremos a respeito do seu ministério apostólico, suas atitudes perante a igreja, bem como sua resposta aos falsificadores da mensagem evangélica.

1. O MINISTÉRIO APÓSTÓLICO DE PAULO
Paulo ressalta a glória do seu ministério apostólico apelando para o testemunho da sua consciência (II Co. 1.12). O Apóstolo dos gentios é cônscio do desenvolvimento das tarefas para as quais o Senhor lhe capacitou (Rm. 15.17-19). É evidente que a consciência de Paulo estava tranqüila porque esse conhecia e observava a Palavra de Deus. A consciência humana não é infalível como defendiam os gregos e romanos, pois essa precisa estar respaldada pela Palavra de Deus (I Co. 4.2-5). Mas deixar de atentar para a consciência significa incorrer no risco de perder-se espiritualmente (I Tm. 1.19). Os obreiros de Deus que atuam com a consciência fundamentada na Palavra são motivos de glória (II Tm. 2.16,16). Os que seguem as diretrizes da Palavra se alegrarão na eternidade ao verem o fruto do seu trabalho (Fp. 4.1; I Ts. 2.19). Como Paulo, podemos nos gloriar na obra do Senhor, contanto que isso não seja feito com orgulho ou auto-exaltação, mas com o coração comprometido com a igreja e com a causa do evangelho de Cristo (II Co. 10.17; I Co. 15.10). Paulo, diferentemente de alguns obreiros dos dias atuais, fundamentou seu ministério não em palavras de persuasão humana, mas na simplicidade, no escândalo e loucura da mensagem da cruz de Cristo (I Co. 2.1-5). Por esse motivo, sua consciência sossegava na certeza de estar cumprindo a meta para a qual o Senhor o separara. A meta de Paulo não era obter a aprovação dos outros, antes viver em sinceridade – eilikrineia em grego – termo que, literalmente, diz respeito a algo que é capaz de suportar a luz do sol e pode ser mirado com o sol brilhando através dele. O objetivo primordial do obreiro de Deus não é alcançar popularidade, mas pregar e viver a Palavra de Deus (II Tm. 2.15; 4.12).

2. A ATITUDE DE PAULO PERANTE A IGREJA
Os acusadores de Paulo diziam que ele não agia com leviandade e que não eram íntegros em suas palavras (II Co. 1.17,18). Essa acusação deu-se por causa da mudança de planos do apóstolo em relação à viagem pretendida. Eles pretendiam denegrir a imagem do Apóstolo, criticando-o por seguir a sabedoria humana, agindo segundo a carne (II Co. 1.12) e por ignorar a vontade de Deus (II Co. 1.17). Paulo responde aos críticos afirmando que resolveu mudar os planos da viagem – de Corinto para a Macedônia para da Macedônia para Corinto – por reconhecer uma necessidade premente naquela igreja. Com essa atitude ele pretende mostrar-se sensível às carências das igrejas e que a mudança de percurso revelava diligência na resolução de uma causa urgente. Com essa viagem os coríntios seriam beneficiados, esse seria um segundo benefício (II Co. 1.15), haja vista que o primeiro teria sido o período de dezoito meses em que esteve entre eles (At. 18.11) e os havia ganhado para o Senhor, tornando-se pai espiritual deles (I Co. 4.15). Ainda no intuito de defender-se da acusação de leviandade, Paulo faz referência à fidelidade de Deus. E, do mesmo modo, diz que suas palavras são verdadeiras, sinceras e coerentes (Mt. 5.37). Com essas palavras o Apóstolo argumenta em favor da sua sinceridade, e principalmente, das motivações corretas, fundamentadas no amor a Cristo e a Igreja para a glória de Deus (II Co. 1.19,20).

3. CONTRA OS FALSIFICADORES DA PALAVRA
Os falsificadores da Palavra eram aqueles que transformavam o evangelho de Cristo numa mercadoria a ser vendida. Em nossos dias nos deparamos com exemplos dessa mesma natureza, falsos obreiros que pregam um evangelho adulterado, descompromissado com a Palavra de Deus. Como não há compromisso com a Verdade, pregam aquilo que as pessoas desejam ouvir, não o que precisam ouvir (II Tm. 4.3). Tais profissionais utilizam estratégias de marketing com vistas à autopromoção. Igrejas incautas, por não se voltarem à Palavra, são fontes de lucro fácil para esses negociantes do evangelho de Cristo (II Co. 4.2; 11.20). Há até os que vendem pacotes para eventos evangélicos e têm a audácia de cobrar de acordo com a quantidade dos “milagres” que serão realizados. Cobram quantias vultosas para ir às igrejas, exploram os irmãos pobres a fim de satisfazer suas vaidades e para suplantar seus complexos de inferioridade. Investem exageradamente na aparência pessoal, usam gravatas importadas com custos vultosos, ternos luxuosos e sapatos com preços exorbitantes, tudo isso para causar impacto nos ouvintes. Paulo, diferentemente de tais falsificadores, não estava mercadejando a Palavra de Deus, não pretendia transformar o evangelho em um produto (II Co. 2.17a). O Apóstolo estava comprometido com a mensagem do evangelho, sabendo que essa procedia não de homens, mas de Deus (II Co. 2.17b). Também não fazia uso de malabarismos e subterfúgios para ludibriar as pessoas. Como Pedro, sabia que não importava agradar os homens e não agradar a Deus (At. 5.29). Por esse motivo pautava seu ministério na sinceridade, falava com honestidade aos seus ouvintes, fundamentava seu ensinamento não na ganância, mas na sinceridade a Deus.

CONCLUSÃO
Duas palavras resumem o ministério de Paulo e servem de critério para os obreiros de Deus: simplicidade e sinceridade. O Apóstolo não vivia de ostentações, não buscava glória própria, não camuflava a Palavra a fim de obter lucro e aprovação humana. A expansão do evangelho era a sua motivação central, mas sabia que essa somente seria alcançada caso estivesse de acordo com os parâmetros divinos. Quando o obreiro se encontra no centro da vontade de Deus, ele pode dormir com a consciência tranqüila. Mais que isso, tem autoridade espiritual para se opor aos falsificadores da Palavra que distorcem o evangelho de Cristo a fim de ludibriar o povo de Deus (II Co. 4.2).

BIBLIOGRAFIA
KRUSE, C. II Coríntios: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1999.
LOPES, H. D. II Coríntios. São Paulo: Hagnos, 2008.

A GLÓRIA DO MINISTÉRIO CRISTÃO

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IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
LIÇÃO 03 - DIA 17/01/2010
TÍTULO: “A GLÓRIA DO MINISTÉRIO CRISTÃO”
TEXTO ÁUREO – II Cor 2:14
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: II Cor 1:12-14, 21-22; 2:4, 14-17
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e.mail: geluew@yahoo.com.br


I – INTRODUÇÃO:

• Se Satanás não puder derrotar a Igreja, tentará ingressar nela por meio das falsas doutrinas; em isso acontecendo, a ameaça mortal será devastadora e virá de dentro da própria Casa do Senhor. Logo, da mesma forma que o Apóstolo Paulo, devemos nos preocupar em combater os falsos ensinadores e falsificadores da Palavra de Deus, que estão dentro da Casa do Senhor.


II - A DOUTRINA DE BALAÃO:

• BALAÃO, O PROFETA MERCENÁRIO...:

- (1) - Tinha contatos diretos com Deus - Nm 22:9, 20; 23:5, 16; 24:2;


- (2) - Era famoso e possuía carisma - Nm 22:5-6;


- (3) - Praticava encantamentos e agouros - Nm 22:7; 24:1; e


- (4) - Era habituado ao pecado e à avareza - II Pe 2:13-15;

• Nm 23:12, 16; 25:1; 31:16; Apc 2:12-17 - Por dinheiro, arrumou uma maneira de fazer o povo escolhido do Senhor pecar; além de abençoar, revelou a senha do pecado, mostrando aos midianitas como derrotar Israel. Ou seja, de um lado, abençoou; do outro, deu conselhos de indução ao pecado. 


• Logo, proferir palavras divinas e bíblicas não é sinal de espiritualidade. Ter trejeitos de profeta não implica em compromisso automático com Deus. Há muitos que se apresentam como porta-vozes do Senhor, sem terem vida exemplar. De um lado, são santos; do outro, profanos (Lv 10:8-11; Ez 22:26).


• A doutrina de Balaão refere-se a mestres e pregadores corruptos que levam as congregações à transigência fatal com a imoralidade, o mundanismo e as falsas ideologias; tudo por amor à promoção pessoal ou vantagem financeira. 


• A doutrina de Balaão é o compromisso com o mundo. É a mistura das coisas santas com as profanas. É ter um pé na Igreja e outro no mundo. Com semelhante ensino, esse grupo de Pérgamo ameaçava destruir a Igreja. Um pouco de fermento leveda toda a massa. Um pequeno foco de pecado prejudica todo o corpo. O mal, pois, precisa ser eliminado. 


• Observemos abaixo alguns detalhes bíblicos:


• (1) - II Pe 2:15 - “CAMINHO DE BALAÃO” - comercialização do dom profético ou, de maneira mais geral, o dinheiro e outras vantagens materiais exageradas, adquiridos mediante a comercialização da religião;


• (2) - Jd 11 – “ERRO DE BALAÃO” - consiste na suposição de que Deus deve amaldiçoar o Seu povo, quando este pratica o que é errado. No entanto, Deus julga, mas não amaldiçoa os que são Seus - Hb 12:5; e


• (3) - Apc 2:14 – “DOUTRINA DE BALAÃO” - é a corrupção de pessoas piedosas, levando-as a abandonarem sua atitude de santidade e a se degradarem na imoralidade e no mundanismo. Vemos, assim, que é possível corromper àqueles que não podem ser amaldiçoados (Nm 22:5, 22:5; 31:15-16)


III – A DOUTRINA DOS NICOLAÍTAS:

• Apc 2:15 - Jesus aponta outro pecado oculto. Havia um segundo grupo ensinando falsas doutrinas - os nicolaítas. 


• A tradição conta que Nicolau foi um dos primeiros líderes da Igreja. Mas apostatando, começou a ensinar que o crente pode viver como quiser. Seu objetivo: achar um meio termo entre a vida cristã e os costumes da sociedade greco-romana.


• Na realidade, os nicolaítas combinavam os ideais cristãos com a imoralidade e a idolatria. O resultado era uma heresia devastadora que ameaçava a existência da Igreja. Eles pervertiam a graça de Deus. Ensinavam que nenhuma lei moral de Jesus está vinculada ao cristão atual. Reafirmando a idolatria de Balaão, encorajavam os crentes a envolverem-se com todo tipo de perversão, podiam viver da maneira que bem entendessem, pois a graça cobre todas as coisas. Não há conseqüência para o pecado. 


- Em resumo, a doutrina de Balaão em conjunto com a dos Nicolaítas ensina o seguinte: 

• “BUSCAI PRIMEIRO O REINO DESTE MUNDO E AS COISAS ESPIRITUAIS VOS SERÃO ACRESCENTADAS”. 


IV - JEZABEL, A MULHER QUE SE DIZIA PROFETISA:

- I Rs 16:21; 19:1-3; 21:1-15; Apc 2:18-29 - JEZABEL representa a idolatria e a perseguição aos santos; Tiatira tolerava o pecado, a iniqüidade e o ensino antibíblico. 


- O marido de Jezabel era um presbítero ou diácono, ou ainda um proeminente homem de negócios. De qualquer forma, era ela quem dirigia a Igreja. Como agente do poder, puxava as cordas nos bastidores. Usando sua influência como profetisa, desviava a muitos. Ela levava os incautos a se prostituírem e a comerem os sacrifícios da idolatria.


- Sarcasticamente, Jesus diz que ela se autodenominava profetisa. Ela mesma se intitulara porta-voz de Deus. Mas nem todo aquele que declara falar sobre Deus, fala por Deus. Através de seus ensinamentos, Jezabel encorajava aos seus seguidores a abraçarem a imoralidade e a idolatria. 


- Na Igreja, alguns costumam tolerar tais falsos ensinos por indiferença, medo de confronto, amizade pessoal ou pelo desejo de harmonia, autopromoção ou dinheiro. Deus excluirá tal Igreja, porque Ele condena o pecado da transigência com o erro e percebe a bem camuflada e oculta deterioração na Sua casa; Ele revela coisas ocultas (Hb 4:13).


- A Igreja não pode tolerar tais práticas. Precisamos desembainhar a espada de dois fios e removê-las do meio do arraial dos santos. A Bíblia não mudou e Deus também não (Ex 20:14; I Cor 6:16; I Ts 4:3; Hb 13:4; Ef 5:3)


V – FINALIDADES DO DOM DE MESTRE:

• Mestre é o ministro que recebe de Deus o dom de ensinar. Aqueles que possuem este importante dom devem dedicar-se em fazê-lo com diligência, não esquecendo que os dons espirituais, não obstante a sua procedência divina, dependem também do cuidado e do zelo de quem o recebe (Rm 12:6-8; I Cor 12:28; Ef 4:11 cf I Cor 14:12; I Tm 4:14; II Tm 1:6). Vejamos, pois, algumas finalidades deste honrado dom:


• (1) - PREVENIR CONTRA A TENTAÇÃO E O PECADO – A sã doutrina não é apenas remédio curativo; é, antes, preventivo. A falta de mestre é a causa da instabilidade das Igrejas. Onde a doutrina é ministrada com segurança, há crentes sempre firmes e fiéis (Sl 119:9, 11 cf Ed 8:1-3, 8-9).


• (2) - CORRIGIR ATITUDES E COSTUMES ERRADOS – Tg 1:21; Ef 5:25-26 – A palavra de Deus ensinada com habilidade do Espírito Santo fertiliza e vivifica a vida espiritual do rebanho e cria nos corações ódio ao pecado e desejo de santidade. 


• (3) - PRODUZIR CONVICÇÕES FORTES – (II Tm 4:1-5) Crentes sem convicção são como árvores sem raízes. Igrejas sem mestres da parte de Deus são edifícios sem alicerces. A falta de convicção gera a incerteza da vida futura e abre caminho para toda sorte de fracassos morais e espirituais (I Rs 18:21).


• (4) - PREPARAR PARA O SERVIÇO CRISTÃO – (II Tm 3:16-17) – Felizes são os crentes que têm oportunidade de aprender com um mestre da parte de Deus. A resposta a isso pode ser encontrada nos insucessos de muitas Igrejas que desconhecem e desprezam o dom de mestre. Tais Igrejas produzem poucos obreiros e estes com pouco preparo espiritual. 


VI - CONSIDERAÇÕES FINAIS:

• I Pe 4:17 - As doutrinas de Balaão, Nicolau e Jezabel tiveram efeito devastador sobre a Igreja. Basta uma gota de veneno para contaminar toda a botija. Mas não devemos esquecer que o julgamento há de começar pela casa de Deus. Ser tolerantes com tais doutrinas, faz da Igreja cúmplice daqueles três personagens e seus falsos ensinamentos. 


• A Igreja de Cristo precisa expulsar o pecado, para que Jesus não a expulse de Sua presença. Se ela não disciplinar seus membros, o Senhor far-lhe-á guerra com a espada de dois gumes, lutará contra qualquer Igreja que tolerar a imoralidade e a idolatria. A mensagem é clara: Idolatria e imoralidade não serão toleradas, pois a Igreja de Cristo FOI, É e SEMPRE SERÁ SANTA!





FONTES DE CONSULTA:

• Títulos e Dons do Ministério Cristão – CPAD – Estêvam Ângelo de Souza

• Lições Bíblicas – CPAD – 2º trimestre de 1994 – comentarista: Estêvam Ângelo de Souza

• Revista Maturidade Cristã - CPAD - 1º Trimestre de 1986 - Raimundo F. de Oliveira

• Revista Lições Bíblicas - CPAD - 1º Trimestre de 1997 - Elienai Cabral

• Bíblia Vida Nova

• Números - O Exército de Israel e o Serviço dos Levitas - Editora Árvore da Vida - Dong Yu Lan

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

O CONSOLO DE DEUS EM MEIO A AFLIÇÃO

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IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLÉIA DE DEUS EM ENGENHOCA – NITERÓI - RJ
ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
LIÇÃO 02 - DIA 10/01/2010
TÍTULO: “O CONSOLO DE DEUS EM MEIO À AFLIÇÃO”
TEXTO ÁUREO – II Cor 1:3
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: II Cor 1:1-7
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e.mail: geluew@yahoo.com.br




  • I – INTRODUÇÃO: 
  • A Segunda Carta aos Coríntios começa e termina com CONSOLAÇÃO. Por isso, tem sido chamada de “EPÍSTOLA DO CONSOLO”, posto que nela está registrado um elevado número desta palavra (II Cor 1:3-7; 7:4, 6-7, 13; 13;11). 
  •  
  • CONSOLAR significa colocar-se ao lado de uma pessoa, encorajando-a e ajudando-a em tempos de aflição (sofrimento).
  •  
  • Deus desempenha incomparavelmente esse papel, pois Ele enviou o Espírito Santo, que é chamado "O CONSOLADOR" (Jo 14.16).
  •  
  •  II - CONSOLADORES INFELIZES: 
  • A pergunta fundamental no livro de Jó é:
  • - “POR QUE DEUS PERMITE QUE OS JUSTOS SOFRAM?”; 
  •  
  • Os amigos de Jó ficaram sabendo de seu sofrimento; combinaram ir juntamente condoer-se dele e consolá-lo - Jó 2:11; 
  •  
  • Jó ficou alegre em ver os seus amigos e poder compartilhar suas aflições. Mas eles não compreenderam. 
  •  
  • Parafraseando os personagens constantes naquele Livro, cada um deles tentou emitir alguma explicação para esclarecer o sofrimento do justo. Vejamos: 
  •  
  • (1) - A ESPOSA DE JÓ – Olhando desanimada para o quadro e numa voz de desespero, exclamou: 
  • - “ALGUMA COISA ESTÁ ERRADA. SUA RELIGIÃO É UM FRACASSO! JÓ, AMALDIÇOA A DEUS E MORRE!”;  
  •  
  • (2) – ELIFAZ acrescentou: 
  • - “DEUS NUNCA ERRA! JÓ, O QUE É QUE VOCÊ FEZ PARA QUE ISSO ACONTECESSE?”; 
  •  
  • (3) - BILDADE disse: 
  • - “JÓ, DEUS É JUSTO! CONFESSE O SEU PECADO!”;
  •  
  • (4) - ZOFAR falou em seguida: 
  • - “DEUS É SÁBIO, JÓ. ELE CONHECE O HOMEM”;  
  •  
  • (5) - ELIÚ disse uma palavra um pouco mais sábia: 
  • - “JÓ, DEUS É BOM. ERGA O SEU OLHAR E CONFIE NELE; ELE É DEUS!” 
  •  
  • (6) - JÓ clamou das cinzas: 
  • - “NÃO POSSO COMPREENDER! NÃO ME PARECE CORRETO!”;  
  •  
  • Jó tentou explicar, mas foi mal compreendido e acabou perdendo os amigos.
  •  
  • Por outro lado, a filosofia dos amigos de Jó estava errada! As palavras deles não ajudaram. Ofereceram explicações baseadas nas opiniões deles, e não na verdade que vem de Deus. Onde o Senhor não tinha falado, eles ousaram falar. O resultado não foi consolo e ajuda, e sim perturbação e desânimo. 
  •  
  • Assim, na questão do sofrimento, SÓ DEUS COMPREENDE; SÓ ELE TEM A RESPOSTA!

  • III – JEOVÁ, O JUSTO CONSOLADOR: 
  •  
  • Quando sofremos, é natural perguntarmos: "Por que?".
  •  
  • Jó fez isso – Jó 3:11-12, 20, 23-24.
  •  
  • Habacuque fez a mesma coisa – Hc 1:3.
  •  
  • Milhões de pessoas têm feito a mesma pergunta.
  •  
  • É interessante e importante observarmos que Deus não responde a todas as nossas perguntas. Do começo ao fim do livro de Jó, não encontraremos uma resposta completa de Deus à pergunta do sofredor.
  •  
  • Durante a boa parte da história, Deus deixou Jó e seus amigos ponderarem o problema. E Quando o Senhor falou no fim do livro, ele não explicou o porquê. Analisemos: 
  •  
  • Jó 38:1 – A voz de Jeová veio de um redemoinho, revelando-se gloriosamente.
  •  
  • Numa série de aproximadamente 60 perguntas, Deus está realmente dizendo: “QUEM PODE PERMITIR TODAS ESTAS COISAS SENÃO EU?”.
  •  
  • Jeová explicou a Jó que quando o homem vê a Deus, alguma coisa sempre lhe acontece.
  •  
  • Quando Isaías se viu como realmente era, caiu por terra e exclamou: “... Ai de mim, que vou perecendo! Porque eu sou um homem de lábios impuros... e os meus olhos viram o rei, o Senhor dos Exércitos!” – Is 6:1-5.
  •  
  • Jó 40:4-5 - Como acontece conosco muitas vezes, Jó veio à presença do Senhor e não reagiu: NÃO PODIA ARGUMENTAR COM DEUS! 

  • Jó 42:2-6 – Sem poder argumentar com o Senhor, Jó caiu em terra e arrependeu-se no pó e na cinza.
  •  
  • Este é o único lugar em que podemos aprender as lições de Deus para a questão das aflições dos justos: PROSTRADOS REVERENTEMENTE DIANTE DO SENHOR E COM A BOCA FECHADA!

  • IV – POR QUE DEUS PERMITE SOFRIMENTOS NA VIDA DO CRISTÃO?: 
  •  
  • O apóstolo Paulo usa os seus próprios sofrimentos como ilustrações, para que possamos entender as razões de Deus permitir sofrimentos na vida do crente. São elas: 
  •  
  • (1) - PARA QUE CONHEÇAMOS AS POSSIBILIDADES DE DEUS - Quando estamos debaixo da luta, temos a possibilidade de descobrir que a graça de Deus é suprimento mais que suficiente para qualquer circunstância da vida. Descobrimos que há conforto, socorro e provisão de força para toda aflição; descobrimos a natureza do nosso Deus – II Cor 1:2-3; 
  •  
  • (2) - PARA QUE OUTROS POSSAM SER CONSOLADOS – II Cor 1:4 – Quando murmuramos, estamos testemunhando que Deus é infiel, que as Escrituras não são verdade, que não teremos do Senhor socorro e fortalecimento. Neste caso, somos instrumentos do abatimento da fé. Mas, quando enfrentamos as lutas na força do Senhor, somos testemunho vivo de que Deus nos consola e sustenta. 
  •  
  • (3) - PARA NOS ENSINAR A NÃO CONFIARMOS EM NÓS MESMOS, MAS EM DEUS – II Cor 1:8-9 - Esta talvez seja uma das maiores razões por que Deus envia-nos sofrimentos. É para quebrar nosso espírito duro e obstinado, que insiste em viver pelos seus próprios ditames e recursos. 
  •  
  • (4) - PARA QUE O SENHOR SEJA LOUVADO PELA RESPOSTA ÀS ORAÇÕES - Os sofrimentos nos ensinam que somos membros de uma família, fazemos parte do corpo de Cristo e necessitamos uns dos outros. Aprendemos com ele a orar uns pelos outros, pois será em reposta a estas mesmas orações que Deus enviará a Sua bênção e trará livramento! Ele será louvado por todos que participaram do nosso sofrimento. 
  •  
  • (5) - PORQUE OS CRISTÃOS SÃO SERES HUMANOS - O fato de sermos cristãos não quer dizer que estejamos isentos de doenças, padecimentos, desastres naturais, tragédias e a morte. Alguns são milagrosamente salvos ou curados; outros, passam pelo fogo do padecimento; 
  •  
  • (6) - PORQUE, MESMO CRENTES, AINDA PECAMOS E DESOBEDECEMOS A DEUS - I Cor 11:28-32; I Pe 4:17-19; Hb 12:5-11. 
  •  
  • (7) - PORQUE A IGREJA NÃO É UM ABRIGO CRISTÃO CONTRA O SOFRIMENTO - Se os crentes estivessem isentos do sofrimento, os não cristãos viriam correndo para a porta da Igreja como se ela fosse um abrigo contra o sofrimento. A popularidade do Cristianismo está crescendo; muitos não cristãos acham que, por motivos comerciais ou políticos, devem pertencer à Igreja e fazer uma profissão de fé que não está de acordo com a vida que levam. Mas quando o sofrimento e a perseguição caem sobre nós, há uma diferença. 
  •  
  • (8) - PORQUE DEUS USA O SOFRIMENTO PARA NOS DISCIPLINAR (Apc 3:19) - Para nos tornarmos aquilo que Deus quer que sejamos, temos que ser homens de fé e de sofrimento (Hb 2:10). Se Ele alcançou a perfeição pelos sofrimentos, como podemos esperar fugir? (Hb 11:33-40) - Temos que nos dar conta de que,  quando Deus permite que tais coisas aconteçam, existe um motivo que acabará sendo do conhecimento do indivíduo - Hb 12:11; Sl 119:67,71; 
  •  
  • (9) - PORQUE HÁ UMA VANTAGEM A SE TIRAR DO SOFRIMENTO - Podemos tirar vantagem da experiência do sofrimento, suportando-o pacientemente e aprendendo com ele, ao invés de lutar contra ele (Jó 23:10 cf I Pe 1:7); 
  •  
  • (10) - PORQUE O SOFRIMENTO NOS MANTÉM HUMILDES E DE JOELHOS - O sofrimento aumenta nossa vida de oração. Nada nos porá de joelhos mais depressa do que os sofrimentos; 
  •  
  • (11) - PORQUE O SOFRIMENTO NOS ENSINA A PACIÊNCIA - (I Pe 2:20) - Deus está no controle dos acontecimentos e temos que ser submissos e pacientes à vontade de dEle.

  • V - DEPOIS DO SOFRIMENTO, VÊM AS BÊNÇÃOS:  
  •  
  • Os que dizem que os filhos de Deus não sofrem, são falsos mestres que não conhecem e não aceitam a palavra do Senhor: Jó perdeu tudo; Jeremias foi preso; João Batista foi decapitado; Estevão foi apedrejado; Paulo sofreu naufrágio e prisões e Jesus foi crucificado. 
  •  
  • O sofrimento desta vida é temporário; o de Jó foi intenso, mas não durou para sempre. É bem provável que ele lembrou, durante o resto da vida, daquelas experiências doloridas. Mas a crise passou e a vida continuou. Deus restaurou as posses dele em porções dobradas - Jó 42:10-17; 
  •  
  • A mesma coisa acontece conosco. Enfrentamos alguns dias muito difíceis, mas as tempestades passam e a vida continua. Em Cristo Jesus, nós temos uma grande vantagem: uma esperança bem definida de perseverança e consolação - Hb 12:1-3 
  •  
  • Os problemas da vida não sugerem falta de fé e não são provas de algum terrível pecado na nossa vida. Jó foi fiel a Deus no período do seu sofrimento, sendo abençoado sobremaneira. A fidelidade de Jó precisa calar nosso coração: Jó 1:20-22 cf  Tg 1:2-4.

  • VI - CONSIDERAÇÕES FINAIS: 
  •  
  • Nenhum de nós saberá o motivo total do sofrimento dos fiéis. Se os crentes que nos antecederam não foram isentos, por que nós seríamos?! 
  •  
  • O apóstolo Paulo aprendeu, nas suas muitas aflições, que nenhum sofrimento, por severo que seja, poderá separar o crente dos cuidados e da compaixão do seu Pai celeste - Rm 8.35-39.
  •  
  • Divinamente inspirado, ele escreveu um hino de louvor a Deus, retratando que O SSENHOR DEUS NÃO EXPLICA TODAS AS COISAS! - Rm 11:33-36; 
  •  
  • Por fim, meditemos em uma das declarações feitas pelo Senhor Jesus: 
  • - “O QUE EU FAÇO, NÃO O SABES TU AGORA, MAS TU O SABERÁS DEPOIS” – Jo 13:7. 
  •  
  • Quando nos curvamos à vontade de Deus, encontramos o caminho do Senhor. Esta é a vitória da fé submissa. Curvemo-nos, para obedecer; inclinemo-nos, para vencer.


FONTES DE CONSULTA:

1)       Revista Maturidade Cristã – 1º Trimestre de 1997 – CPAD – Comentarista: Raimundo F. de Oliveira.



2)       Lições do sofrimento - Ely X. de Barros


3)       Lições Bíblicas – 1º Trimestre de 1996 – CPAD - Comentarista: Geremias do Couto


4)       Conhecendo Deus através do sofrimento - Neuber Lourenço


5)       Lições Bíblicas – 2º Trimestre de 1996 – CPAD - Comentarista: Valdir Bícego.


6)       Por que Deus permite sofrimentos na vida do cristão - Paschoal Piragine Jr.


7)       Lições Bíblicas – 4º Trimestre de 1996 - CPAD – Comentarista: Antônio Gilberto.


8)       Lições Bíblicas – 2º Trimestre de 1982 – CPAD – Comentarista: Eurico Bérgsten.


9)       A Segunda Vinda de Cristo - Editora Record - Billy Graham


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