terça-feira, 12 de outubro de 2010

Lição 03- A ORAÇÃO SÁBIA


POR FRANCISCO A. BARBOSA

TEXTO ÁUREO
"E acabando Salomão de orar, desceu o fogo do céu, e consumiu o holocausto e os sacrifícios; e a glória do SENHOR encheu a casa." (2Cr 7.1).
- A "glória do SENHOR" refere-se a uma manifestação visível da presença e do esplendor de Deus e tem emprego variado na Bíblia. Às vezes, descreve o esplendor e majestade de Deus (cf. 1Cr 29.11; Hc 3.3-5), uma glória tão grandiosa que nenhum ser humano pode vê-la e continuar vivo (ver Êx 33.18-23). Quando muito, pode-se ver apenas um “aparecimento da semelhança da glória do Senhor” (cf. a visão que Ezequiel teve do trono de Deus, Ez 1.26-28). Neste sentido, a glória de Deus designa sua singularidade, sua santidade (cf. Is 6.1-3) e sua transcedência (cf. Rm 11.36; Hb 13.21). Pedro emprega a expressão “a magnífica glória” como um nome de Deus (2Pe 1.17). A glória de Deus também se refere à presença visível de Deus entre o seu povo, glória esta que os rabinos de tempos posteriores chamavam de shekinah. Shekinah é uma palavra hebraica que significa “habitação [de Deus]”, empregada para descrever a manifestação visível da presença e glória de Deus. Moisés viu a shekinah de Deus na coluna de nuvem e de fogo (Êx 13.21). Em Êx 29.43 é chamada “minha glória” (cf. Is 60.2). Ela cobriu o Sinai quando Deus outorgou a Lei (ver Êx 24.16,17 nota), encheu o Tabernáculo (Êx 40.34), guiou Israel no deserto (Êx 40.36-38) e posteriormente encheu o templo de Salomão. O equivalente da glória shekinah no NT é Jesus Cristo que, como a glória de Deus em carne humana, veio habitar entre nós (Jo 1.14). Os discípulos a viram na transfiguração de Cristo (Mt 17.2; 2Pe 1.16-18), e Estêvão a viu na ocasião do seu martírio (At 7.55). (adaptado do estudo A GLÓRIA DE DEUS, BEP CD RON)
VERDADE PRÁTICA
Apregoar a fidelidade do Senhor e adorá-Lo com humildade leva-nos a interceder pelo próximo.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
2º Crônicas 6.12,21,36,38,39
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
- Conhecer o contexto familiar de Salomão antes de ascender ao trono como rei de Israel;
- Explicar as características da oração de Salomão, e
- Conscientizar-se de que precisamos de sabedoria para a eficácia de nossas orações.
PALAVRA-CHAVE
Sabedoria:-qualidade de Sábio; caráter do que é dito ou pensado sabiamente
COMENTÁRIO
(I. INTRODUÇÃO)
Pode-se aprender muito com a oração de Salomão. Era bastante incomum que um rei se ajoelhasse perante outro, sobretudo diante de seus súditos, porque o ato significa submissão a uma autoridade superior. Salomão demonstrou seu grande amor e respeito por Deus ao se ajoelhar diante dEle. Essa atitude revelou que reconhecia Deus como Supremo Rei e Autoridade; isto encorajou o povo a fazer o mesmo. Quando Salomão dedicou o Templo, que construiu para que Deus pudesse habitar no meio do seu povo, colocou diante de Deus petições referentes à muitas situações que preocupariam Israel no futuro: pecado, inimigos, perdão, seca, pestilência, guerra, cativeiro, e assim por diante. Cada petição foi seguida por uma súplica para que Deus ouvisse e respondesse as orações de Israel. Quando Salomão terminou suas petições, Deus demonstrou de forma dramática a sua aprovação pelo templo e a sua aceitação da oração de Salomão. Desceu fogo do céu, consumindo os sacrifícios e as ofertas queimadas. Então a glória do Senhor encheu o templo. Há lições aqui para nós, pois Deus agora habita nossos corações como seu templo. Se o buscarmos, Ele estará conosco no mesmo momento. No instante em que colocamos as ofertas que selecionamos sobre o altar, o seu fogo santo desce. E sempre que deixarmos espaço disponível para Deus, Ele vem e ocupa! Boa Aula!
(II. DESENVOLVIMENTO)
I. VIVENDO A DIFERENÇA
1. O lar de Salomão. Como filho do rei de Israel, certamente o príncipe recebeu uma educação exemplar e acima da média, assim também como os outros filhos do rei, aculturados com costumes de sua e de outras nações. Davi certamente amava seus filhos, educou-os apropriadamente, mas faltou ao rei o pulso firme, pulso que aliás, estava amarrado pelo pecado cometido, sua autoridade e liderança não tinha voz ativa para a sua prole, isso levou sua família a ruína. Os filhos de Davi seguiram seu exemplo no adultério e no assassinato, muito embora possamos ver nos apelos de Tamar (não se faz assim em Israel) uma diferenciação nos padrões morais de Israel face aos praticados pelos vizinhos, mas os valores de Amnom seguiam uma escala diferenciada, por isso buscou saciar sua ‘lascívia animalesca’ possuindo sua meia-irmã. Os filhos do rei certamente foram instruídos na Lei do Senhor e Amnom certamente sabia que o incesto era condenado e o levaria a morte (Lv 20.17). Davi tinha a obrigação de fazer muito mais do que apenas se irar, pela Lei, o incestuoso deveria ser morto (Lv 20.17). Entendemos o comportamento de Davi, afinal, que pai entregaria seu filho à morte? Que dor aquele pai estava sentindo? Sua filha estuprada... seu filho transgressor da Lei, condenado à morte (que não ocorreu de imediato, mas ela chegou pela mão de Absalão). A profecia proferida por Natã claramente afirmava que Deus trataria com Davi às claras e a vista de todo o Israel. É fato que Absalão era o sucessor natural de Davi, tendo agora já vingado sua irmã e tirado o primogênito do caminho, certamente poderia galgar até o trono sem maiores percalços, mas a colheita de Davi continua, afinal, nenhuma palavra do Senhor cai por terra. ‘Ser pai é participar’, rezava um comercial de TV. É uma verdade que negligenciamos e que certamente nos pouparia de muita dor de cabeça, porque quando deixamos de ser companheiros de nossos filhos, aparecem os traficantes, quando deixamos de ser companheiro de nossa esposa, aparecem os ‘bicos doce’... Um bom pai acompanha seus filhos de perto, orientando-os inclusive em relação às suas companhias; um bom esposo é companheiro e bom ouvido, carinhoso, atencioso, dedicado e amável com seu cônjuge. Nunca é demais dizer que os pais devem ser os melhores amigos dos filhos sem, contudo, serem seus cúmplices. O afeto e a presença dos pais na vida dos filhos é fundamental para uma boa educação. "Deus nos aceita apesar do pecado e nos disciplina por causa de nosso pecado." Kenneth Gangel.
2. Salomão e o altar de Deus. Mais preciosa é do que os rubis, e tudo o que mais possas desejar não se pode comparar a ela.’ (Pv 3.15). Salomão entendia que a sabedoria seria o bem mais precioso que um rei poderia ter. Não sabemos, exatamente, qual foi o impacto do descuido familiar de Davi sobre a formação moral e espiritual de Salomão, mas sabemos que logo cedo ele seguiu o caminho do seu pai. A sabedoria torna-se efetiva quando colocada em prática, mas quando ele pediu sabedoria para governar seu reino, já havia praticado um hábito que tornaria seu conhecimento ineficaz para a sua vida: fez um pacto com o Faraó mediante o casamento com a filha daquele soberano que veio a ser a primeira de centenas de esposas obtidas por razões políticas e no decorrer de seu reinado, permitiu que elas corrompessem sua lealdade ao Senhor. Por isso Salomão não foi só contra as últimas palavras do seu pai, mas também contra as ordens de Deus. Sua ação nos lembra como é fácil saber o que é certo e, no entanto não fazê-lo.
3. A oração de Salomão na inauguração do Templo. Salomão sabia que Deus perdoaria o seu povo, se este deixasse os seus pecados e, sinceramente, se arrependesse com pesar e tristeza. Reconhecia, também, que Deus poderia resolver disciplinar os seus a fim de que "te temam todos os dias que viverem na terra" (1Rs 8.40). As palavras de Salomão não visam justificar seus pecados, ou os de Israel; pelo contrário, expressam a verdade que, sendo o pecado universal, existe sempre a possibilidade do povo de Deus desviar-se (Rm 3.23; 1Jo 1.10). A oração de Salomão é um modelo completo concernente ao que devemos ansiar em nosso andar com o Senhor. Ele rogou pela presença protetora e ajuda do Senhor; pela confirmação por Deus da sua palavra, dando cumprimento às suas promessas; por uma operação da graça divina em seus corações para guardarem a palavra de Deus e amarem seus justos caminhos; para que Deus atendesse as orações de todos os dias e suprisse as necessidades diárias; por uma compreensão cada vez maior da excelsa e mirífica natureza de Deus; e por um coração totalmente dedicado a Deus e à vontade dEle (1Rs 8.57-61).
SINÓPSE DO TÓPICO (1)
Salomão viveu a diferença através da aproximação com o altar de Deus, exposta na oração inaugural do Templo em meio ao contexto vivencial no palácio de seu pai.
II. AS CARACTERÍSTICAS DA ORAÃO DE SALOMAO
1. Salomão confessou que Deus é único (2Cr 6.14). Salomão confessou que não há Deus semelhante ao Senhor nos céus; não há ninguém semelhante a Ele na terra, com essa declaração ele relegou as divindades das nações ao nada. Essa declaração é a primeira coisa que um judeu ouve ao nascer e última ao morrer. O ‘Shemá Israel’[1] (Dt 6.4) ‘Ouve Israel, O Senhor, nosso Deus, é o único SENHOR. Este versículo juntamente com outros textos veterotestamentários (Dt 6.5-9; 11.13-21; Nm 15.37-41) ensina o monoteísmo. Esta doutrina afirma que Deus é o único Deus verdadeiro, e não uma teogonia[2] ou grupo de diferentes deuses; que é onipotente entre todos os seres e espíritos do mundo (Êx 15.11). Este Deus deve ser o objeto exclusivo do amor e obediência de Israel. Esse aspecto de "unicidade" é a base da proibição da adoração a outros deuses (Êx 20.2). O ensino do ‘Shemá Israel’ não contradiz a revelação no NT, de Deus como ser trino, que sendo uno em essência, é manifesto como Pai, Filho e Espírito Santo (Mt 3.17; Mc 1.11). Salomão logo esqueceu dessa declaração de fé, amou o Deus de seu pai, mas também amou muitas mulheres estrangeiras (1Rs 11.1-8). Teve 700 esposas, fruto dos muitos acordos políticos com várias nações pagãs, e 300 concubinas. Deus havia dito aos israelitas para não se casarem com essas pessoas, de tal modo que elas se tornaram uma cilada para ele. Desviou-se aos falsos deuses deles. A grandiosidade desse pecado desagradou o Senhor muito mais do que o pecado de Davi. Enquanto a punição de Davi foi de que a espada nunca deveria sair de sua casa, a pena para o pecado de Salomão seria a divisão, o declínio e a queda da nação de Israel.
2. Salomão proclama a fidelidade de Deus (2Cr 6.14,15). Saberás, pois, que o SENHOR teu Deus, ele é Deus, o Deus fiel...’ (Dt 7.9). A fidelidade de Deus é um consolo para aqueles que permanecerem leais (1Ts 5.24; 2 Ts 3.3; Hb 10.23), mas para os infiéis é um aviso solene. Deus permanece sempre fiel à sua Palavra (2Sm 7.28; Jr 10.10; Tt 1.2; Ap 3.7). A fidelidade é um dos atributos de maior conforto e doçura. A fidelidade pertence a Deus; a inconstância caracteriza o homem pecador. A fidelidade de Deus é uma verdade prática ao crente. É travesseiro para a cabeça cansada, estímulo ao coração que desfalece e apoio para os joelhos fracos. Em todas as exigências da vida, podemos contar asseguradamente com Ele. Ele nunca decepcionará a alma que confia. Sua fidelidade nunca falhará. A fidelidade de Deus, juntamente com Seu imenso poder é nossa esperança eterna. Os homens nos decepcionam por falta de fidelidade ou poder. Mas podemos olhar além das ruínas causadas pela infidelidade dos homens, e avistarmos Um que é grande em fidelidade. Podemos ficar certos que ‘Porque fiel é o que prometeu’ (Hb 10.23). Deus é imutável, isto é, Ele é inalterável nos seus atributos, nas suas perfeições e nos seus propósitos para a raça humana (Nm 23.19; Sl 102.26-28; Is 41.4; Ml 3.6; Hb 1.11,12; Tg 1.17). Isso não significa, porém, que Deus nunca altere seus propósitos temporários ante o proceder humano. Ele pode, por exemplo, alterar suas decisões de castigo por causa do arrependimento sincero dos pecadores (Jn 3.6-10). Além disso, Ele é livre para atender as necessidades do ser humano e às orações do seu povo. Em vários casos a Bíblia fala de Deus mudando uma decisão como resultado das orações perseverantes dos justos (Nm 14.1-20; 2Rs 20.2-6; Is 38.2-6; Lc 18.1-8).
3. Salomão era sensível ao bem-estar de seu povo. É interessante notarmos que à medida que Salomão dirijia seu povo em oração, rogava a Deus que ouvisse as petições relacionadas a uma série de situações do cotidiano da nação. Deus se preocupa com tudo aquilo que podemos enfrentar, até com as dificuldades que nossas decisões possam acarretar, e deseja que o busquemos em oração.
SINÓPSE DO TÓPICO (2)
A confissão da unicidade de Deus, a proclamação de sua fidelidade e a sensibilidade pelo bem-estar do povo são características marcantes da oração de Salomão.
III. A ORAÇÃO INTERCESÓRIA
1. No Antigo Testamento. Oração intercesória é a ação de orar por outras pessoas. O papel de mediador em oração era prevalente no Velho Testamento (Abraão, Moisés, Davi, Samuel, Ezequias, Elias, Jeremias, Ezequiel e Daniel). Preocupado com Ló e sua família, Abraão intercedeu diante de Deus para Ele não destruir as cidades impenitentes. Deus respondeu à oração de Abraão, embora não como este esperava. Embora os ímpios perecessem, Deus não destruiu os justos com os ímpios.
2. No período interbíblico. Entre o final do Antigo e o início do Novo Testamento há uma lacuna de 400 anos sem a manifestação de um profeta de Deus. Durante esse longo período houveram eventos marcantes, guerras e o surgimento de diversos grupos que estão presentes nas páginas do Novo Testamento. Numa época de condições espirituais deploráveis, o justo Simeão era dedicado a Deus e cheio do Espírito Santo, esperando com fé, paciência e grande anseio a vinda do Messias. Semelhantemente, nos últimos dias da presente era, quando muitos abandonam a fé apostólica do NT e a bendita esperança da vinda de Cristo (Tt 2.13), sempre haverá os Simeões fiéis. Outras pessoas podem depositar suas esperanças nesta vida e neste mundo, mas os fiéis serão como o servo leal que mantém-se em vigília durante a longa e escura noite, esperando a volta do seu Mestre (Mt 24.45-47). Nossa maior bênção será ver face a face o Cristo do Senhor (v. 26; cf. Ap 22.4), estar pronto na sua vinda e habitar para sempre na sua presença (Ap 21,22).
3. Em o Novo Testamento. No NT, Cristo é retratado como o intercessor supremo; e por causa disso toda oração Cristã se torna intercessão, já que é oferecida a Deus através de Jesus Cristo. Jesus acabou com a distância que existia entre nós e Deus quando Ele morreu na cruz. Ele foi o mais importante mediador (intercessor) que já existiu. Por causa disso podemos agora interceder em oração a favor de outros Cristãos, ou pelos perdidos, pedindo a Deus que lhes conceda arrependimento de acordo com Sua vontade. ‘Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem’ (1Tm 2.5). ‘Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós’ (Rm 8.34).
SINÓPSE DO TÓPICO (3)
A oração intercessória de Salomão pode ser comparada, em sua sensibilidade com a dos protagonistas nos períodos do Antigo Testamento, o interbíblico e Novo Testamento.
(III. CONCLUSÃO)
‘Por isso disse que os destruiria, não houvesse Moisés, seu escolhido, ficado perante ele na brecha, para desviar a sua indignação, a fim de não os destruir.’ (Sl 106.23). O intercessor é o que vai a Deus não por causa de si mesmo, mas por causa dos outros. Ele se coloca numa posição de sacerdote, entre Deus e o homem, para pleitear a sua causa. Todo cristão é chamado a exercer o sacerdócio. Ocupar a função sacerdotal implica necessariamente em ministrar a Deus a favor dos homens. É verdade que todos têm acesso à Deus, através de Cristo Jesus, porém é também verdade que a Bíblia nos exorta a orar uns pelos outros e fazer súplicas e intercessões por todos os homens. É um imperativo, um chamado, um dever, um privilégio. Por causa de tudo quanto já estudamos, é premente a necessidade de intercessores.
[1] [Shemá Israel (em hebraico שמע ישראל; "Ouça Israel") são as duas primeiras palavras da seção da Torá que constitui a profissão de fé central do monoteísmo judaico (Dt 6.4-9) no qual se diz שמע ישראל י-ה-ו-ה אלקינו י-ה-ו-ה אחד (Shemá Yisrael Adonai Elohêinu Adonai Echad - Escuta ó Israel, O Senhor nosso Deus é único).];
[2] Teogonia (em grego, Θεογονία [theos, deus + genea, origem] - THEOGONIA, na transliteração), também conhecida por Genealogia dos Deuses, é um poema mitológico em 1022 versos exametros escrito por Hesíodo no séc. VIII a.C., no qual o narrador é o próprio poeta. O poema se constitui no mito cosmogônico (descrição da origem do mundo) dos gregos, que se desenvolve com geração sucessiva dos deuses, e na parte final, com o envolvimento destes com os homens originando assim os heróis. Nesse mito, as deidades representam fenômenos ou aspectos básicos da natureza humana, expressando assim as idéias dos primeiros gregos sobre a constituição do universo.
APLICAÇÃO PESSOAL
John Stott, no livro "Your Confirmation” (rev. edn. London: Hodder and Stoughton, 1991), p. 118, escreve: ‘Homens e mulheres estão no seu estado mais nobre quando estão de joelhos diante de Deus em oração. [...] Quando oramos somos verdadeiramente humanos, pois o homem foi feito por Deus e para Deus, e, quando ora, está em comunhão com Deus. Desta forma, a oração é uma atividade autêntica por si só, independente de quaisquer benefícios que possa nos trazer. Ainda assim, ela é também um dos meios mais efetivos de graça. Eu duvido que alguém possa se tornar semelhante a Cristo sem que seja antes diligente na oração.’ A oração é o elo de ligação que carecemos para recebermos as bênçãos de Deus, o seu poder e o cumprimento das suas promessas. Numerosas passagens bíblicas ilustram esse princípio. Jesus, por exemplo, prometeu aos seus seguidores que receberiam o Espírito Santo se perseverassem em pedir, buscar e bater à porta do seu Pai celestial (Lc 11.5-13). Deus, no seu plano de salvação da humanidade, estabeleceu que os crentes sejam seus cooperadores no processo da redenção. Em certo sentido, Deus se limita às orações santas, de fé e incessantes do seu povo. Muitas coisas não serão realizadas no reino de Deus se não houver oração intercessória dos crentes.
Deus tinha Moisés como um amigo íntimo, com quem podia conversar face a face. Esse relacionamento especial devia-se, em parte, ao fato de que Moisés vivia verdadeiramente dedicado a Deus e à sua causa, sua vontade e seus propósitos. Moisés vivia em harmonia com o Espírito de Deus, a ponto de compartilhar dos próprios sentimentos de Deus, de padecer quando Ele padecia e de entristecer-se com o pecado quando Deus ficava entristecido (Ex 32.19). Todo crente deve procurar conhecer os caminhos de Deus através da oração e crescer numa comunhão tão profunda com Ele e seus propósitos, o que o torna realmente um amigo de Deus. Tais exemplos devem fortalecer a nossa fé e encher-nos de disposição para orarmos de modo eficaz, segundo os princípios delineados na Bíblia.
Crendo N’Aquele que é galardoador dos que o buscam (Hb 11.6),
Francisco A Barbosa
EXERCÍCIOS
1. O que aprendemos mediante as experiências de Salomão com Deus altar da oração?
- R. Que é possível a qualquer crente permanecer firme e inabalável na fé, independente de meio no qual ele necessite estar.
2. O que a oração de Salomão na inauguração do Templo revela acerca de sua pessoa?
- R. Revela a sua bondade e a grandeza de seu coração para com o povo (2Cr 6.12-42).
3. Cite duas características da oração de Salomão:
- R. Confissão de que Deus é único; Sensibilidade pelo bem-estar do povo.
4. O que significa período interbíblico?
- R. Significa ‘entre a Bíblia’, ou seja, o período entre o AT e o NT.
5. Qual era o assunto central nas orações de Ana?
- R. A redenção em Jerusalém.
Boa aula!
BIBLIOGRAFIA PESQUISADA
- Lições Bíblicas 4º Trim. Livro do Mestre CPAD (http://www.cpad.com.br);
- Stamps, Donald. Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD;
- Bíblia de Estudo Genebra. São Pulo e Barueri, Cultura Cristã e SBB, 1999;
- SOUZA, Estevam Ângelo, Guia Básico de Oração. Como Orar com Eficácia no seu Dia-a-Dia. Rio de Janeiro, CPAD, 2002;
- BRANDT, Robert L., BICKET, Zenas J. Teologia Bíblica da Oração. Rio de Janeiro, CPAD, 4. Ed., 2007;

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