quarta-feira, 22 de setembro de 2010

A Missão Profética da Igreja


A MISSÃO PROFÉTICA DA IGREJA
Texto Áureo: I Tm. 3.15 - Leitura Bíblica em Classe: At. 8.4-8,12-17
Pb. José Roberto A. Barbosa

Objetivo: Refletir sobre a missão profética da igreja, levando a mensagem de Cristo até aos confins da terra.

INTRODUÇÃO
A igreja do Deus vivo é coluna e firmeza da verdade. Isso quer dizer que o Senhor entregou a ela, e não a qualquer outra instituição, a responsabilidade de proclamar Seu evangelho. Na lição de hoje, estudaremos a respeito do papel profético da igreja no mundo. Em seguida, veremos que precisa cumprir sua missão, para tanto, até mesmo perseguições serão permitidas pelo Senhor. Ao final, destacaremos que a igreja não pode ficar apenas em suas cercanias, mas ir até aos confins da terra, pregando a mensagem da morte e ressurreição de Cristo.

1. A PERSEGUIÇÃO DA IGREJA
A igreja moderna, distanciada dos padrões bíblicos, busca conforto. Mas o Senhor não prometeu tranqüilidade para a sua igreja. Muito pelo contrário, Ele disse que no mundo passaríamos por aflições (Jo. 16.33). Paulo também ressaltou que todos aqueles que seguem piedosamente a Cristo padecerão perseguições (II Tm. 3.11,12). Nos primórdios da sua história, a igreja também quis se acomodar. Mas Deus permitiu que uma grande perseguição sacudisse esse comodismo (At. 8.1). Por causa da perseguição, os primeiros cristãos tiveram que se dispersar por toda parte, por outras regiões fora das fronteiras israelitas (At. 8.4). Nesse contexto, Filipe desceu à Samaria e ali pregou a Cristo crucificado (At. 8.3). Deus estava confirmando a mensagem pregada por aquele evangelista através de milagres (At. 8.6,7). E esses decorriam da proclamação do evangelho, não era o objetivo central, o que costuma acontecer com algumas igrejas nos dias de hoje, que não anunciam a Cristo, apenas milagres, bênçãos e prosperidade financeira. Tais igrejas estão firmadas na comodidade, em seus recursos e filosofias humanas, não na cruz de Cristo.

2. QUANDO A IGREJA PERDE A MISSÃO 
Nos dias que antecedem as eleições, alguns líderes tentam convencer a igreja a fim de que seus membros não votem em candidatos não-evangélicos, que estejam comprometidos com uma agenda imoral. Por outro lado, apóiam atos escusos de políticos de ficha suja, alguns deles ditos evangélicos, cujas agendas estão longe dos princípios cristãos. Tais políticos combatem as leis que vão de encontro à família, o que é salutar; mas não se posicionam com tanta veemência quando se trata da corrupção e de defender a justiça social. Para eles, o envolvimento em práticas corruptas faz parte do modus operandi político. Determinados líderes eclesiásticos são coniventes com tais atitudes, pois incitam a corrupção ao apoiarem pessoas que não têm compromisso com a vida pública. Alguns deles argumentam que é para favorecer o “reino”, mas, na verdade, querem mesmo é participação pessoal. Esse é o perfil de uma igreja que perdeu a missão: a busca pelo poder terreno substituiu o poder do Espírito Santo; a vanglória humana substituiu a presença de Deus; a vaidade dos líderes substituiu a unção do Espírito. Tais igrejas, quando perseguidas, não são bem-aventuradas (Mt. 5.10-12), pois não é por causa de Cristo. A igreja genuinamente cristã não tem medo de perseguições. Além do mais, é melhor ser a igreja perseguida de Filadélfia (Ap. 3.7-13) do que a igreja acomodada de Laodicéia (Ap. 3.14-22).

3. A MENSAGEM PROFÉTICA DA IGREJA
A igreja cristã tem uma missão a cumprir: proclamar o evangelho. Para tanto, deve alicerçar-se no que o Mestre determinou na Grande Comissão. Em Mt. 19,20 o Senhor disse que a igreja deveria fazer discípulos em todas as nações, ensinando-os a guardar todas as coisas que Ele havia ordenado. Em Mc. 16.15, Ele determinou o alcance da missão, que essa deveria ir além fronteiras, em todas as etnias. Em Lc. 24.46, Ele instruiu a igreja quanto ao conteúdo da mensagem a ser pregada, sua morte e ressurreição a fim de que as pessoas se arrependessem dos seus pecados. Em Jo. 20.21, Ele apresenta-se como o modelo de missionário, não o que envia a si mesmo, mas o que é enviado pelo Pai. Em At. 1.8, Ele destaca a fonte de poder para a missão da igreja, a virtude do Espírito Santo que haveria de vir sobre os discípulos, a fim de que esses proclamassem a mensagem com ousadia. Esse é modelo bíblico de fazer missões: 1) não apenas lotar templos, mas ensinar os convertidos a negarem a si mesmos, e seguirem continuamente a Cristo; 2) não ficar dentro das quatro paredes, mas a todos os lugares, independentemente da condição social; 3) não levar apenas um evangelho de transformação social, ou uma mensagem de auto-ajuda, mas explicitar a realidade do pecado e a necessidade do arrependimento; 3) não seguir a homens, que se fazem apóstolos ou ministros, mas aqueles que andam em humildade, os que foram verdadeiramente enviados pelo Pai; e 5) não depender de poderes humanos, sejam políticos e/ou acadêmicos, mas do Espírito Santo, que concede virtude para que a igreja possa abalar os poderes desse mundo tenebroso.

CONCLUSÃO
A igreja só é igreja se cumprir sua missão: pregar o evangelho de Jesus Cristo. Caso contrário, não passará de mais um entre os muitos clubes sociais. Deus não nos chamou para o comodismo, mas para sair da zona de conforto e ir além, anunciado a Palavra de Deus. Para que essa missão se cumpra, o Senhor poderá permitir que a perseguição venha. Mas não devemos temê-la, pois Ele prometeu não nos deixar sozinhos, antes estar conosco, até a consumação dos séculos (Mt. 28.20).

BIBLIOGRAFIA
CAVALCANTI, R. Cristianismo e política. Viçosa: Ultimato, 2002.
HOOVER, T. R. Missões: o ide levado a sério. Rio de Janeiro: CPAD, 1996.

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