terça-feira, 10 de agosto de 2010

OS FALSOS PROFETAS


 Por Francisco A. Barbosa
 
 
TEXTO ÁUREO

"Quando o tal profeta falar em nome do SENHOR, e tal palavra se não cumprir, nem suceder assim, esta é palavra que o SENHOR não falou; com soberba a falou o tal profeta; não tenhas temor dele (Dt 18.22).
- Profecias e sonhos são formas costumeiras usadas por Deus para falar com o seu povo, embora ambos os dons possam ser deturpados. Os verdadeiros profetas têm o poder de realizar sinais e maravilhas, mas pseudo-profetas também podem apresentar tal poder (Ex 7.10-12). Dons e poderes não constituem a única prova de que alguém seja um verdadeiro profeta; Novas revelações ensinadas por pessoas que aparentam espiritualidade podem parecer boas, mas não podem prescindir do escrutínio e julgamento se tais idéias estão de acordo com as Sagradas Escrituras.
VERDADE PRÁTICA
O alvo dos falsos profetas é desconstruir a verdade do evangelho e combater os autênticos arautos do Senhor.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Jeremias 28.2-4,12-15
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
- Identificar a falsa mensagem profética de Hananias;
- Explicar como Hananias foi desmascarado, e
- Conscientizar-se de que o discernimento é indispensável para o reconhecimento dos falsos profetas.
PALAVRA-CHAVE
FALSO
Contrário à realidade; em que há mentira ou dolo; que imita algo ou parece verdadeiro;
adj.:
1. Não verdadeiro; não verídico.
2. Fingido, simulado.
3. Enganoso; mentiroso.
4. Desleal, traidor.
5. Adulterado, falsificado.
6. Suposto, que não é o que diz verdade.
COMENTÁRIO
(I. INTRODUÇÃO)
Na Lição 4 analisamos o misticismo na profecia e os efeitos danosos que este tem provocado na igreja. Hoje, infelizmente, o ensino pode ser prático: vamos analisar os efeitos do engano da falsa profecia dentro da igreja. Em tudo semelhantes aos falsos profetas do Antigo Testamento, os falsos profetas de Israel que, por não terem o temor de Deus, usavam o nome do Senhor para enganar o povo. Embora apresentem uma ‘visível’ espiritualidade, apresentarem uma suposta autoridade espiritual e falarem em nome de Jesus, não passam de imitadores de Hananias. A profecia de acordo com o princípio bíblico é para edificar, exortar (animar) e consolar (1 Co 14.3). ‘O insensatos gálatas! Quem vos fascinou para não obedecerdes à verdade, a vós, perante os olhos de quem Jesus Cristo foi evidenciado, crucificado, entre vós?’ Paulo questiona aos gálatas: “Quem vos fascinou?” (Gl. 3.1). Fascínio (latim fascinum, -i, encanto, feitiço). Esse questionamento precisa encontrar ressonância hoje. Precisamos compreender que ‘Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo;’ é que os dons foram dados, isto é, para a ‘utilidade de todos’ (Ef. 4. 11, 12) e devem ser exercidos em amor (I Co. 12-14) ‘Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente.’(Ef. 4.14). O Pastor Assembleiano David Wilkerson, Pastor presidente da Times Square Church, Nova yorque, e fundador-presidente do ‘Desafio Jovem’, chora ao falar sobre as aberrações vistas em nosso meio (assista esse vídeo). Boa aula!
(II. DESENVOLVIMENTO)
I. A FALSA MENSAGEM PROFÉTICA
1. A celeste mensagem de Jeremias. No início do reinado de Zedequias, o profeta Jeremias colocou sobre seu pescoço uma canga de madeira com tiras de couro (27.1,2; 28.10,12,13) e foi enviado por Deus a Judá e a Jerusalém (27.3), exortando o povo à submissão ao rei de Babilônia (27.6-8). Jeremias foi um crítico da conduta do seu povo e com os julgamentos que este sofreu, mediante uma visão de que Israel era a nação de Deus, vinculada a Ele por meio de um pacto e sujeita à sua Lei, o que eles violavam claramente naqueles dias praticando a idolatria, desrespeitando o descanso no dia do sábado e não libertando os escravos no Ano do Jubileu. As denúncias de Jeremias reivindicavam a atenção dos príncipes e do povo, para que fossem responsáveis pela Lei, a qual violavam constantemente. Suas críticas eram feitas em discursos acalorados em plena praça pública e dirigidos à classe dominante - os sacerdotes, profetas, governantes e a todos aqueles que seguiam o legalismo do ‘proceder popular’. Jugos representam submissão e servidão, assim como o boi é dominado pelo jugo de seu dono, Jeremias pleiteia junto a Judá que aceite o domínio da Babilônia e o exílio de alguns de seus líderes como parte do plano de Deus para a redenção final da nação.
2. O falso profeta Hananias (v.1). A única coisa que se sabe é que era ele filho de Azur. Ele era do tipo que impressionava. Falava como profeta, tinha discurso de profeta e como profeta, vestia-se. Aliás, era mais dramático que os profetas de Deus. Além disso, só falava o que o povo queria ouvir. Vinha ele pregando a paz e determinando a prosperidade. Positivamente, tudo confirmava. No NT encontramos recomendações quanto à vigilância e cuidado em relação aos falsos profetas. No dizer de Pedro, esses ‘Hananias’ no meio da Igreja usarão as pessoas como forma de atingir suas próprias metas egoístas. Esses falsos caracterizarão a era da Igreja e suas atividades aumentarão nos últimos tempos (1Tm 4.1); leia este artigo.
3. A mensagem de Hananias (vv.3,4) e a reação do profeta de Deus. Naqueles dias, o poderoso rei da Babilônia tinha levado muitos cidadãos do povo de Deus cativos para a Babilônia. Em suas pregações, o profeta Jeremias tinha deixado bem claro que isso aconteceu em decorrência dos pecados do povo de Deus. Eles pecaram tanto, que o próprio YAWEH entregou uma parte de seu povo para ser levada cativa para um país distante. Outra parte ficava para trás, em Judá. Então, a nação estava dividida: uma parte da população foi deportada, e outra parte ficou para trás. Era uma época de grandes tensões e incertezas. O país estava quebrado, arruinado. A economia estava parada. Naquela situação tão lamentável, Jeremias pregou a Palavra de YAWEH, e anunciou que o povo de Israel, como também os povos vizinhos (que tentavam fazer uma aliança contra o rei da Babilônia), ficariam debaixo do jugo do rei da Babilônia. Ou seja, Jeremias deixou bem claro que, por enquanto, nada mudaria. Esta pregação que Jeremias fez, em nome de YAWEH, deixou o povo como também os líderes espirituais do povo revoltados! Jeremias teve a ousadia de pregar uma mensagem ruim numa época ruim. Ele falou em pecado e castigo, como se a miséria enfrentada pelo povo não fosse suficiente. Todo o mundo ficou irritado com Jeremias. Todo o povo se ajuntou contra ele (Jr 26.9). Os líderes espirituais até queriam tirar-lhe a vida (Jr 26.16). Neste contexto, o falso profeta Hananias apresentava uma “mensagem maravilhosa” e tinha a ousadia, e até mesmo a insolência, de proclamá-la abertamente: “No mesmo ano, no princípio do reinado de Zedequias, rei de Judá, isto é, no ano quarto, no quinto mês, Hananias, filho de Azur e profeta de Gibeão, me falou na Casa do Senhor, na presença dos sacerdotes e de todo o povo, dizendo: Assim fala o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel, dizendo: Quebrei o jugo do rei da Babilônia. Dentro de dois anos, eu tornarei a trazer a este lugar todos os utensílios da Casa do Senhor, que daqui tomou Nabucodonosor, rei da Babilônia, levando-os para a Babilônia. Também a Jeconias, filho de Jeoaquim, rei de Judá, e a todos os exilados de Judá, que entraram na Babilônia, eu tornarei a trazer a este lugar, diz o Senhor; porque quebrei o jugo do rei da Babilônia” (Jr 28.1-4). A isso Jeremias respondeu: “Disse, pois, Jeremias, o profeta: Amém! Assim faça o Senhor; confirme o Senhor as tuas palavras, com que profetizaste, e torne ele a trazer da Babilônia a este lugar os utensílios da Casa do Senhor e todos os exilados. (...) O profeta que profetizar paz, só ao cumprir-se a sua palavra, será conhecido como profeta, de fato, enviado do Senhor” (vv. 6,9). Hananias não ficou nem um pouco impressionado, mas fez o seguinte: “Então, o profeta Hananias tomou os canzis do pescoço de Jeremias, o profeta, e os quebrou; e falou na presença de todo o povo: Assim diz o Senhor: Deste modo, dentro de dois anos, quebrarei o jugo de Nabucodonosor, rei da Babilônia, de sobre o pescoço de todas as nações. E Jeremias, o profeta, se foi, tomando o seu caminho” (vv. 10-11). Para Jeremias a única opção era o afastamento. Mas o Senhor orientou-o para que voltasse até Hananias e lhe dissesse, entre outras coisas: “... O Senhor não te enviou, mas tu fizeste que este povo confiasse em mentiras. Pelo que assim diz o Senhor: Eis que te lançarei de sobre a face da terra; morrerás este ano, porque pregaste rebeldia contra o Senhor. Morreu, pois, o profeta Hananias, no mesmo ano...” (vv. 15-17). Todas as profecias mentirosas de Hananias foram soterradas pela areia da fantasia, pois Jerusalém foi definitivamente conquistada e todos os utensílios foram retirados do templo.
SINÓPSE DO TÓPICO (1)
A falsa mensagem profética de Hananias legitimou a reação de Jeremias, que reiterou a Palavra do Senhor diante do falso profeta.
II.. O FALSO PROFETA DESMASCARADO
1. A arrogância de Hananias. Por sua pregação e atos, Hananias colocou-se como inimigo pessoal de Jeremias e, portanto, de Deus. Ele foi rebelde e ensinou os outros a se rebelarem. Deus, então, separou-o para um julgamento especial e condenou-o à morte iminente. Hananias morreu naquele mesmo ano, e as invasões babilônicas assolariam Jerusalém. À semelhança de Hananias, profeta da prosperidade, certos pregadores apregoam a teologia da prosperidade enquanto o Espírito Santo procura convencer o mundo do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8). Este câncer é milenar. O ‘profeta chorão’ argumentou, intercedeu, teologou, tudo para convencer os reis e o povo de Israel do perigo que estava para acontecer. Enquanto isso, o profeta da prosperidade Hananias, no mesmo lugar e para o mesmo público ávido por uma mensagem de ‘poder e unção’, profetizava “prosperidade” (Jr 28.9, NVI), ou “paz” (NTLH e ARA), ou “felicidade” (Bíblia de Jerusalém). Hananias recorre à demagogia, procurando dizer o que os ouvintes ‘queriam’ ouvir e não aquilo que ‘precisavam’ ouvir. Precisamos julgar as profecias e discernir os espíritos, a fim de não sermos enganados pelos falsos profetas
2. O jugo de madeira é substituído por um de ferro (vv.13,14). . Diante da audácia e a arrogância de Hananias, Jeremias se foi, pois ele não tinha resposta imediata para Hananias. O verdadeiro homem de Deus não permanece envergonhado! O ato arrogante de Hananias não frustrou a vontade de YAHWEH, e em vez de canzis de madeira... canzis de ferro – a servidão seria inevitavelmente mais dura.
3. O julgamento do falso profeta Hananias e a confirmação de Jeremias como profeta de Deus (vv.15-17). Por sua pregação e atos, Hananias colocou-se como inimigo pessoal de Jeremias e, portanto, de Deus. Ele foi rebelde e ensinou os outros a se rebelarem. Deus, então, separou-o para um julgamento especial e condenou-o à morte iminente. Esta predição de curto prazo confirmaria a confiabilidade da Palavra de Deus entregue pelo profeta. Hananias morreu naquele mesmo ano (a punição de morte para o profeta que fosse rebelde é prevista em Dt 13.5 e 18.20), o início desse confronto aconteceu no ‘quinto mês’ (v.1) Hananias morreu ‘no mesmo ano, no sétimo mês’ (v.17). O juízo de Deus virá sobre os profetas que, sem temor nem tremor, brincam com o nome de Deus, zombando-lhe da santidade.
SINÓPSE DO TÓPICO (2)
O falso profeta tem como características a arrogância e a audácia. Por essa razão, Deus derramou a sua ira sobre o falso profeta Hananias.
III. O DOM DE DISCERNIR É O GRANDE INIMIGO DOS FALSOS PROFETAS
1. O discernimento do povo de Deus. Todo crente precisa ser capaz de distinguir entre o bem e o mal, o certo e o errado. Hb 5:14 diz ‘Mas o mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem como o mal. No dizer de João: ‘Amados, não deis crédito a qualquer espírito; antes, provai os espíritos se procedem de Deus; porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo’. (1Jo 4:1). O dom de discernimento de espíritos é a capacidade especial que Deus dá a alguns membros do Corpo de Cristo que os capacita a reconhecer se determinado comportamento, que se apresenta como oriundo de Deus é, na realidade, divino ou então humano ou satânico. No dizer de Gilbert Kirby, ‘de todos os dons espirituais, um dos que mais devemos desejar é seguramente o de discernimento. O Presidente da Aliança Evangélica da Grã-Bretanha, Gilbert Kirby diz, ainda: ‘John Stott faz soar a nota de alerta contra a tendência prevalecente nos círculos evangélicos em direção aos extremismos ou desequilíbrios. [...] Numa época de mudanças rápidas, precisamos saber quando a mudança é ditada por Deus e quando é apenas o resultado de expediente, ou levadas a efeito pelo mero prazer de mudar. (STOTT, John. Cristianismo Equilibrado. 3.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p.12.)
2. A luta da verdade de Deus contra a mentira diabólica. O apóstolo Paulo exortou a Timóteo a continuar firme no evangelho mesmo quando o mal aumentar sobremaneira. Ele afirma que nos últimos dias os homens serão caracterizados por todos os tipos de perversão egoísta e artificial (2Tm 3.1-9). Paulo conclui seu ensino com a afirmação de que os falsos profetas serão mal sucedidos no fim (v. 9).
3. Os discípulos do profeta Hananias. As pessoas que arrogam para si uma suposta ‘unção especial’, invariavelmente são as que mais problemas trazem ao Corpo de Cristo (veja este vídeo). Tais pessoas se valem de um ‘terrorismo psicológico’ e falsa espiritualidade para garantir que suas mensagens, flagrantemente contraditórias e incompatíveis com a verdade bíblica, sejam aceitas pelo povo. À semelhança de Hananias, muitos falsos profetas estão por aí causando estragos nas igrejas e trazendo problemas até para a sociedade. "Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo"(2 Co 11.2). Paulo usou a metáfora do noivado e do casamento sendo ele mesmo o ‘pai’ da noiva, oferecendo os coríntios limpos e puros para o noivo, Cristo. “Zelo” do grego ‘zelos’, deu origem ao português ‘zelo’, significando ‘ânsia’; ‘desejo intenso’ e ‘compromisso apaixonado’. “Paulo anseia que os crentes de Corinto permaneçam leais a Cristo. Se os coríntios seguissem os falsos apóstolos, eles se desviariam de Cristo e lhe seriam infiéis. Então não mais poderiam aproximar-se dele como uma ‘virgem pura’. (Bíblia de Estudo de Genebra, Cultura Cristã/SBB, comentário ao v 2, pag 1383). PAULO o grande arquiteto do cristianismo, nos apresenta um pensamento muito útil para estes dias conturbados. Ele traça um paralelo entre nossa fraca natureza humana, que inclui mas não está limitada a nossos corpos físicos, e um simples vaso de barro (2Co 4.1-6). Essa fraqueza estabelece um grande contraste com a glória do evangelho, e Paulo relembra-nos que a maneira de Deus atuar é agir através daqueles que são fracos e nada impressionantes aos olhos do mundo. Verdadeiramente, Paulo tinha em mente uma única coisa: sempre dar glória a Deus e não a si mesmo. A exemplo daqueles dias hoje surgem ‘pregadores’ mercantilistas, sem nenhum compromisso, com palavras vazias e ao gosto do ouvinte. O mercantilismo do Evangelho é visto no oportunismo de pessoas que se aproveitam da facilidade para abrir igrejas, a fim de ganharem dinheiro de modo igualmente fácil. Vivemos dias de descrédito, de cegueira quanto aos verdadeiros valores cristãos, desapego ao conteúdo bíblico e busca desenfreada pelo místico. Tais exploradores optam pela comercialização do Evangelho, verdadeiros vendilhões e exploradores da fé que se aproveitam da liberdade religiosa que vigora no país e da facilidade para abrir uma igreja para aumentar ainda mais um rol ‘ridículo’ e ‘esdrúxulo’ de novos ‘ministérios’. Não apresentam conteúdo evangelístico, sua ênfase recai no triunfalismo e na prosperidade meramente financeira, como se isso fosse a prioridade do cristão. Estes se valem de mensagens “proféticas” e testemunhos de pessoas que teriam recebido vitórias financeiras, mediante os quais sensibilizam os desavisados e incautos. Nos dias de Paulo, aquele valente apóstolo surge com uma mensagem de esperança e, agindo como bom mestre, declara que o conteúdo de seu ensino não é falsificado (v.2), hoje, carecemos de um ensino não falsificado. Paulo e os seus seguidores rejeitavam a mensagem falsa dos seus opositores, mensagem que ouvimos ser pregada hoje incessantemente: evangelho de autoajuda, verbalizada mediante a repetição de bordões como: “Ouse sonhar”, “Seja um sonhador”, “quem tem promessas não morre”, “Não desista dos seus sonhos”, “profetize”, “determine”, “plante uma semente”, “oferte”. Estes opositores mal-intencionados, sem compromisso com a verdade do Evangelho, interesseiros e sem temor de Deus que vagueavam pelas novas igrejas usando o Evangelho com o intuito de obter lucro (2Co 11.3-15 e 1Tm 6.9-10). Paulo mostra aos cristãos de Corinto que ele era diferente desses aproveitadores (2Co 2.17).
SINÓPSE DO TÓPICO (3)
O discernimento espiritual é fundamental para desmascarar o falso profeta. Assim, a verdade de Deus prevalecerá sobre a mentira diabólica.
(III. CONCLUÃO)
A mesma tendência é evidente na atual busca de experiências emocionais, vividas de primeira mão, e na exaltação da experiência como critério da verdade, ao passo que a verdade deveria ser sempre o critério da experiência’ John Stott. ‘Jeremias iniciou a sua mensagem com Quanto aos profetas. O meu coração está quebrantado dentro de mim... [capítulo 23] (v.9). Os profetas aos quais ele se referia não eram aqueles de um deus ou ídolo falso. Não, estes eram profetas de Israel, os mesmos que falavam em nome de Jeová. Eles eram muito conhecidos e aceitos entre os crentes, mas Deus lamentava: "até na minha casa achei a sua maldade" (v.11). Isso partiu o coração de Jeremias. Hoje em dia é diferente? Não, aqueles que têm uma compreensão do que é verdadeiramente profético podem entender com facilidade a sua tristeza. Não são falsos profetas os adivinhadores que leem a palma da mão, cartas de tarô ou falam segundo as estrelas, que entristecem profundamente aqueles que anseiam por ver a Deus glorificado. Na verdade, são aqueles que ministram em nome de Jesus nas nossas igrejas e conferências os que partem o coração dos justos. Eles se entristecem porque, embora o ministério seja apresentado no nome de Jesus, não é desempenhado pelo seu Espírito’ (BEVERE, John. Assim Diz o Senhor? Como saber quando Deus está falando através de outra pessoa. 1.ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2006, pp.60-1).
APLICAÇÃO PESSOAL
O que significa ser cristão hoje, nesse momento? A primeira vez que os seguidores de Jesus foram chamados de ‘cristãos’, foi em Antioquia (região da Síria), justamente por se parecerem com Cristo (At 11.26). Vemos muitos hoje que gostam de serem reconhecidos com esse epíteto porém, sua conduta em nada nos remete à Cristo. ‘[...] O fato é que a palavra discernimento significa formar um juízo e se relaciona com a palavra usada para julgar profecias. Envolve uma percepção que é dada de modo sobrenatural, para diferenciar entre os espíritos, bons e maus, genuínos ou falsos, a fim de chegarmos a uma conclusão. João diz que não devemos crer em todos os espíritos, mas prová-los (1 João 4.1). [...] A Bíblia, na realidade, fala em três espíritos: o de Deus, o do homem e o do Diabo (com os maus espíritos ou demônios com ele associados). Na operação deste dom na congregação, parece que o espírito do homem talvez cause mais problemas. Mesmo com as melhores intenções, é possível que algumas pessoas tenham a impressão de que seus próprios sentimentos são a voz do Espírito Santo. Ou por causa do zelo excessivo ou da ignorância espiritual de como a pessoa se rende ao Espírito Santo, seu espírito possa intrometer-se’ (HORTON, Stanley. A doutrina do Espírito Santo no Antigo e Novo Testamento. Rio de Janeiro, CPAD, pp.300-1).
O Pr Araripe Gurgel, pesquisador da Agência de Informações Religiosas (Agir), Pastor da Igreja Cristã da Trindade, especialista em seitas e aberrações cristãs, observa que cada vez mais a Palavra de Deus tem sido contaminada e pervertida pelo apelo místico. “Esse tipo de abordagem introduz no cristianismo heresias disfarçadas em meias-verdades, levando a uma religião de aparência, sensorial, sem a real percepção de Deus”, destaca. “Não dá para ficar quieto diante de tanta bizarrice”, protesta o pastor e escritor Renato Vargens, da Igreja Cristã da Aliança, em Niterói (RJ). Apologista, ele tem feito de seu blog uma trincheira na luta contra aberrações teológicas como as que vê florescer, sobretudo, no neopentecostalismo.
Qual seria hoje a marca distintiva do cristão? A geração atual pauta-se por uma ética volúvel, o que era errado, agora é certo, fica difícil distinguir o verdadeiro cristão, bem como, fica difícil viver com integridade inegociável, sendo luz e sal, andando de forma justa, sensata e piedosa. Mais do que uma simples lista de “faça” ou “não faça”, a Bíblia nos dá instruções detalhadas de como um Cristão deve viver, em qualquer época ou sociedade. A Bíblia é tudo que precisamos para saber como viver a vida Cristã. No entanto, a Bíblia não se dirige diretamente a exatamente todas as situações que vamos ter que encarar em nossas vidas. Como então ela é suficiente? “Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra; Porque já estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então também vós vos manifestareis com ele em glória. Mortificai, pois, os vossos membros, que estão sobre a terra: a prostituição, a impureza, o apetite desordenado, a vil concupiscência, e a avareza, que é idolatria; Pelas quais coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência" (Colossenses 3.1-6). Não obstante o mundo ir de mal a pior, não poderia ser diferente e não esperaríamos que fosse, pois, as Escrituras afirmam que ele jaz no maligno, acredito que não é o ambiente que faz o homem, mas é este que transforma aquele. Embora alguns estudiosos afirmem que o homem é um produto do meio, acredito na possibilidade do meio ser o produto do homem, afinal, o reino de Deus já é vivido entre nós, com transformação de vida e conseqüentemente, do meio. Os transformados por Deus vivem agora para a glória d’Ele, são luzeiros na escuridão, escaparam do meio corrupto e de ética volúvel. Viver em meio à corrupção e não ser alcançado por ela, viver entre os impetuosos defensores daquilo que é contrario à nossa fé e cercados por um mar revolto de corrupção sem abrir mão dos princípios da fé, é o desafio para nós, cristãos de hoje, a fidelidade é a nossa marca, fidelidade à sã doutrina e aos princípios régios da Reforma. É possível ser um cristão íntegro no meio dessa geração corrompida e má. É possível...
N’Ele, que me leva a refletir: "Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê.” (Rm 10.4),
Francisco A Barbosa
BIBLIOGRAFIA PESQUISADA
- BEVERE, John. Assim Diz o Senhor? Como saber quando Deus está falando através de outra pessoa. 1. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2006;
- STOTT. John R. W. Cristianismo Equilibrado. Rio de Janeiro, CPAD, p. 12;
- Lições Bíblicas 3º Trim – Livro do Mestre – versão eletrônica, CPAD (http://www.cpad.com.br);
- Stamps, Donald. Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD;
- MacArthur, John. Com Vergonha do Evangelho, Editora Fiel, 1997;
- Bíblia de Estudo de Genebra, São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e SBB, 1999;
- Bíblia de Estudo Plenitude, SBB, p. 852
- Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, Editora Objetivo, Rio de Janeiro, 2001
- SOARES, Ezequias. Visão Panorâmica do Antigo Testamento. Rio de Janeiro, CPAD, 2003, p.23-4;
- Bíblia de Estudo Plenitude, SBB;
- Blog Mantenedor da Fé Fogo Estranho
EXERCÍCIOS
1. O que significava o jugo de madeira no pescoço de Jeremias?
R. A sujeição das nações ao domínio dos caldeus.
2. Qual o tempo de reconhecimento do profeta?
R. O profeta seria reconhecido como tal após suas predições se cumprirem.
3. Cite duas características do falso profeta.
R. Audácia e arrogância.
4. Por que o dom de discernir é fundamental?
R. Porque o falso profeta, sendo um imitador eficiente, pode confundir o povo de Deus.
5. O que o Senhor Jesus nos ensina sobre o assunto?
R. "Acautelai-vos, que ninguém vos engane" (Mt 24.4).

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