quarta-feira, 18 de agosto de 2010

JOÃO BATISTA, O ÚLTIMO PROFETA DO ANTIGO PACTO


JOÃO BATISTA, O ÚLTIMO PROFETA DO ANTIGO PACTO
Texto Áureo: Lc. 16.16 - Leitura Bíblica em Classe: Mt. 11.7-15.
Pb. José Roberto A. Barbosa

Objetivo: Destacar o papel profético de João Batista, o Precursor do Messias, no Antigo Pacto, um exemplo profético para a igreja de hoje.

INTRODUÇÃO
João Batista teve seu nascimento e ministério anunciado por Isaias, 700 anos antes (Is. 40.3-5). Seu ministério profético fora reconhecido pelos seus ouvintes (Mt. 14.5), e ele mesmo sabia que havia sido enviado pelo Senhor (Jo. 1.20-23). O próprio Jesus destacou a importância do ministério profético de João Batista (Mt. 11.11). Na lição de hoje, estudaremos a respeito desse que é o último profeta do Antigo Pacto.

1. JOÃO BATISTA, VIDA E MINISTÉRIO
O nascimento de João Batista foi profetizado por Isaias (40.3) e Malaquias (4.5) e aos seus pais idosos, através de um anjo (Lc. 1.5-23). Seu pai, Zacarias, era sacerdote, e sua mãe, Isabel, uma das “filhas de Arão”. Maria, a mãe de Jesus, também recebeu uma revelação a respeito do nascimento de João (Lc. 1.36). Pouco se sabe a respeito da sua infância e juventude, a não ser que ele “crescia e se fortalecia em espírito. E viveu nos desertos até ao dia em que havia de manifestar-se a Israel” (Lc. 1.80). Depois de passar vários anos no isolamento, já na idade adulta, João Batista começa a pregar e chamar o povo ao arrependimento. Suas vestes eram de pelo de camelo, e andava cingindo de um cinto de couro, e alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre (Lv. 11.22; Sl. 81.16; Mt. 3.4). Ele começou seu ministério no deserto da Judéia (Mt. 3.1; Mc. 1.4; Lc. 3.3; Jo. 1.6). As pessoas vinham até ele a fim de serem batizadas no Rio Jordão (Mt. 3.5; Mc. 1.5). João Batista era um profeta corajoso, que não deixava de denunciar a religiosidade aparente dos fariseus e saduceus (Mt. 3.7) e as classes sociais abastardas (Lc. 3.7-14). A mensagem de João Batista era cristocêntrica, pois apontava para o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Lc. 3.15-17; Jô. 1.29-21). Ele nunca quis ser confundido com Cristo, sabia reconhecer o seu lugar no ministério (Lc. 3.15; Jo. 1.20). Devido ao seu comprometimento profético, foi perseguido e morto por Herodes, por denunciar suas práticas pecaminosas (Lc. 3.19; Mt. 14.3-12)

2. O ÚLTIMO PROFETA DO ANTIGO PACTO
O ministério de João Batista foi respaldado por Jesus, que asseverou ser esse um maior dos profetas nascidos de mulher (Mt.11.7-11; Lc. 7.19-23). Essa palavra do Senhor reforça o que anteriormente havia sido dito a respeito de João, que ele seria “profeta do Altíssimo” (Lc. 1.76). A singularidade de João Batista, em relação aos demais profetas do Antigo Pacto, repousa em seu caráter de envio para ser o precursor do Messias (Mt. 11.9, 11). Os estudiosos destacam algumas razões pelas quais João Batista é considerado o maior e o último profeta do Antigo Pacto: 1) por ter o privilégio de ver o cabal cumprimento das profecias do Antigo Testamento em relação à vinda do Messias; 2) por ter sido, ele mesmo, o precursor do Messias, e ser testemunha do Seu ministério; 3) por ter batizado o Senhor Jesus nas águas, assumindo a posição de participante do ministério da justiça do Messias; e 4) por ter testemunhado o ápice do ministério profético, fechando o ciclo dos profetas do Antigo Pacto (Lc. 16.16). Esse foi o último profeta a quem “veio a palavra de Deus”, do mesmo modo que falava o Senhor aos outro profetas do Antigo Testamento (Lc. 3.2; Jr. 1.2). Depois de João Batista, existiram, e ainda existe, o ministério profético, o dom de profecia, não mais profetas da mesma envergadura daqueles do Antigo Pacto.

3. UM MODELO PROFÉTICO PARA HOJE
O ministério profético de João Batista, conforme destacamos nos tópicos anteriores, é singular. Mas sua atuação, nos dias de hoje, ainda serve de exemplo para a igreja do Senhor. Como João Batista, devemos ter a consciência do chamado divino para anunciar a mensagem de condenação e salvação à humanidade (Mt. 3.12; Lc. 3.8,9). A igreja não pode pregar apenas um Deus bonachão, que não pune aos pecadores, e que está disposto a salvar a todos ao final, como defendem os universalistas. Por outro lado, não se pode apenas destacar a ira divina, sem apontar para sua graça maravilhosa, revelada em Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo. 1.29,36). Semelhantemente a João Batista, não podemos fugir da realidade do pecado, esse que já está sendo negado em alguns contextos evangélicos, influenciados pela psicologia moderna. O pecado é uma realidade, de gravíssimas proporções, pois afasta o ser humano da glória de Deus (Rm. 3.23), por isso, faz-se necessário o arrependimento (Mt. 3.10-14). Mas nem tudo está perdido, pois Deus amou a humanidade (Jo. 3.16), e entregou Seu Filho Amado, para que todos aqueles que crêem nEle tenham a vida eterna, esse é o Dom Gratuito de Deus (Rm. 6.23). Tal como João Batista, devemos assumir que Jesus é o centro da pregação, importa que Ele cresça e que nós diminuamos (Jo. 3.10), pois Ele é Maior do que João Batista (Mt. 3.11), a respeito do qual testemunhou dizendo achar-se indigno de desatar suas alparcas (Lc. 3.16). A igreja, assim como João Batista, não pode se conformar com o pecado, com a religiosidade aparente, e muito menos com a corrupção na política. A autoridade profética da Igreja se baseia na revelação da Palavra de Deus, e, a partir dela, pode também ser uma voz que clama no deserto (Mt. 3.3; Mc. 1.3; Lc. 3.4; Jo. 1.23).

CONCLUSÃO
João Batismo, como profeta, teve um ministério único. A singularidade do seu ministério está na predição do seu nascimento e atuação. Ele, diferentemente dos outros profetas do Antigo Pacto, teve a oportunidade de ser testemunha ocular dos oráculos do Senhor. Por esse motivo, Jesus, o tema central das profecias do Antigo Testamento, destacou que João, o Batista, era o maior dos profetas, sendo, este, verdadeiramente, uma lâmpada que ardia e iluminava (Jo. 5.35).

BIBLIOGRAFIA
BRUCE, F. F. João: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2007.
LAHAYE, T., HINDSON, E. (ed.) Enciclopédia popular de profecia bíblica. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.

0 comentários:

Postar um comentário

Quem sou eu

Minha foto
Pregador do Evangelho Pela Graça do Senhor.

NOS INDIQUE

Uilson no twitter

Archive

ACESSOS

 

FAMÍLIA EBD. Copyright 2008 All Rights Reserved Revolution Two Church theme by Brian Gardner Converted into Blogger Template by Bloganol dot com | Distributed by Deluxe Templates