segunda-feira, 26 de julho de 2010

A AUTENTICIDADE DA PROFECIA

0 comentários

Pb. José Roberto A. Barbosa

Objetivo: Mostrar a autenticidade da profecia bíblica averiguada através do seu fiel cumprimento, especialmente no que tangue ao Senhor Jesus.

INTRODUÇÃO
As profecias bíblicas se cumprem fielmente, tal cumprimento é uma demonstração da autoridade bíblica. Na aula de hoje, estudaremos a respeito dessa autenticidade, a fim de consolidar nossa fé. Inicialmente, definiremos o termo autenticidade, em seguida, mostraremos que as profecias se cumprem, e, ao final, destacaremos algumas profecias alusivas a Jesus, o Senhor, que já se cumpriram.

1. DEFINIÇÃO DE AUTENTICIDADE
O termo “autenticidade”, conforme dicionarizado, significa tudo aquilo que é legítimo, isto é, verdadeiro, digno de confiança. A profecia bíblica é legítima porque a Palavra de Deus é inspirada pelo Espírito. Isso porque toda “a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra” (II Tm. 3.16,17). Assim, “temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça, e a estrela da alva apareça em vossos corações. Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo” (II Pe. 1.19-21).

2. O CUMPRIMENTO DAS PROFECIAS BÍBLICAS
Aproximadamente 2500 profecias aparecem nas páginas da Bíblia, cerca de 2000 delas já se cumpriram. As outras 500 se cumprirão no futuro, de modo que podemos afirmar que as chances dessas não se cumprirem é de menos que um para dez. Somente Deus pode predizer o futuro, o misticismo religioso não tem esse poder. As pesquisas comprovam que as profecias místicas não cumprem, elas caem no vazio, isso porque não têm o respaldo divino. Isso reforça a máxima de Dt. 18.21-22, e, ao mesmo tempo, demonstra a autenticidade das profecias bíblicas.

3. O CUMPRIMENTO DAS PROFECIAS EM JESUS
Existem várias profecias bíblicas catalogadas por especialistas a respeito de Jesus. Dentre elas destacamos: 1) Seria “semente de uma mulher” Profecia: Gênesis 3:15 Cumprimento: Gálatas 4:4; Lucas 2:7; Apoc. 12:5; Mat. 1:18; 2) Seria descendente de Abraão - Profecia: Gênesis 18:18 (12:3) Cumprimento: Atos 3:25; Mateus 1:1; Lucas 3:34; Gálatas 3:16; 3) Seria descendente de Isaque (filho de Abraão) Profecia: Gênesis 17:19 Cumprimento: Mateus 1:2; Lucas 3:34; 4) Seria descendente de Jacó (filho de Isaque) - Profecia: Números 24:17 e Gênesis 28:14 - Cumprimento: Lucas 3:34; Mateus 1:2; 5) Descenderia da Tribo de Judá Profecia: Gênesis 49:10 - Cumprimento: Lucas 3:33; Mateus 1:2-3; 6) Descendente de Davi - Profecia: Jer. 23:5 e 6 - Cumprimento: Mateus 22:41-46; 7) Seria herdeiro do trono de Davi - Profecia: Isaias 9:7 e 11:1-5; II Samuel 7:13 Cumprimento: Mateus 1:1 e 6; 8) O Seu lugar de nascimento - Profecia: Miquéias 5:2 - Cumprimento Mateus 2:1; Lucas 2:4-7; 9) A época do nascimento - Profecia: Daniel 9:25 Cumprimento: Lucas: 2:1-2 e 2: 3-7; 10) Nascido de uma virgem - Profecia: Isaias 7:14- Cumprimento: Mateus 1:18; Lucas 1:26-35; 11) A matança dos meninos - Profecia: Jeremias 31:15 - Cumprimento: Mateus 2:16-18; 12) A fuga para o Egito - Profecia: Oséias 11:1 - Cumprimento: Mateus 2:14 e 15; 13) João Baptista preparando o caminho - Profecia: Malaq. 3:1; Isa. 40:3; II Reis 1:8 - Cumprimento: Mat. 3:3; Marc. 1:4 e 6; 14) O Seu ministério na Galiléia - Profecia: Isaias 9:1 e 2 - Cumprimento: Mateus 4:12-16; 15) O Médico para todas as doenças (físicas, morais e espirituais), levando Ele mesmo os nossos sofrimentos - Profecia: Isaias 53:4 - Cumprimento: Mat. 8:17; 16) Seu ministério na região de Zebulom e Naftali - Profecia: 9:1 Cumprimento: 4:15-16; 17) Seria sacerdote como Melquisedeque - Profecia: Salmos 110:4 - Cumprimento: Habacuque 6:20; 5:5 e 6; 7:15-17; 18) O desprezo por parte do judeus - Profecia: Isaias 53:3 - Cumprimento: João 1:11; 5:43; Lucas 4:29; 17:25; 23:18; 19) Sua entrada triunfal em Jerusalém - Profecia: Zacarias 9:9; Isaias 62:11 - Cumprimento: João 12:12-14; Mateus 21:1-11; 20) Seria traído por um amigo - Profecia: Salmos 41:9 - Cumprimento: Marcos 14:10 e 43-45; Mateus 26:14-16; 21) Seria vendido por trinta moedas de prata - Profecia: Zacarias 11:12 e 13 - Cumprimento: Mateus 26:15; 27:3-10; 22) O dinheiro seria devolvido para comprar um campo de um oleiro - Profecia: Zacarias 11:13 - Cumprimento: Mateus 27:6 e 7; 27:3-5; 8-10; 23) Permaneceria em silêncio quando acusado - Profecia: Isaias 53:7; Salmos 38:13-14 - Cumprimento: Mateus 26:62 e 63; 27:12-14; 24) Seria golpeado e cuspido - Profecia: Isaias 50:6 - Cumprimento: Marcos 14:65; 15:17; João 19:1-3; 18:22; 25) Seria crucificado com pecadores - Profecia: Isaias 53:12 - Cumprimento: Mateus 27:38; 15:27 e 28; Lucas 23:33; 26) As Suas mãos e pés seriam traspassados - Profecia: Salmos 22:16; Zacarias 12:10 - Cumprimento: João 20:27; 19:37; 20:25 e 26; 27) Seria escarnecido e insultado - Profecia: Salmos 22:6-8 - Cumprimento: Mateus 27:30-44; Marcos 15:29-32; 28) Dar-lhe-iam fel e vinagre - Profecia: Salmos 69:21 - Cumprimento: João 19:29; Mateus 27:34 e 48; 29) O Seu lado seria trespassado - Profecia: Zacarias 12:10 - Cumprimento: João 19:34; 30) Os soldados lançariam sortes sobre suas roupas - Profecia: Salmos 22:18 - Cumprimento: Marcos 15:24; João 19:24; 31) Seus ossos não seriam quebrados - Profecia: Salmos 34:20; Êxodo 12:46 - Cumprimento: João 19:33; 32) Seria sepultado com os ricos - Profecia: Isaias 53:9 - Cumprimento: Mateus 27:57-60; 33) Sua ressurreição - Profecia: Salmos 16:10, 110; Isa. 53:8, 10; Zac. 6:12 e 13; Mateus 16:21; Atos 2: 24; 8:32 e 33 - Cumprimento: Mateus 28:9; Lucas 24:36-48; 34) Sua ascensão - Profecia: Salmos 68:18 - Cumprimento: Lucas 24:50 e 51; Atos 1:9.

CONCLUSÃO
A inspiração da profecia, isto é, sua theopneustia, é a razão pela qual podemos confiar em seu cumprimento. Jesus, o maior dos profetas, destacou que passará o céu e a terra, mas suas palavras não passarão (Mc. 13.31). A palavra humana é falha, por isso, maldito o homem que confia no homem e faz da sua carne o seu braço, e aparta o seu coração do Senhor (Jr. 17.5), mas bem-aventurados aqueles que confiam na Palavra do Senhor, pois serão como os montes de Sião, que não se abalam, mas permanecem para sempre (Sl. 125.1).

BIBLIOGRAFIA
GILBERTO, A. O calendário da profecia. Rio de Janeiro: CPAD, 1985.
LAHAYE, T., HINDSON, E. Enciclopédia popular de profecia bíblica. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.

A AUTENTICIDADE DA PROFECIA

0 comentários

Por  Francisco A. Barbosa

"E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre milhares de Judá, de ti me sairá o que será Senhor em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade" (Mq 5.2).
- Belém significa ‘Casa do Pão’ e é o lugar onde surgiu a dinastia davídica (1Sm 16.1-13), e na ‘Casa do Pão’ o ‘Pão da Vida’ nasceu para o mundo. Muitos dos contemporâneos de Jesus entenderam isso como messiânico e creram que o Messias nasceria em Belém; Efrata poderia ser traduzido para o português como um lugar onde inclui uma cidade. Era algumas vezes chamada Efrata (Gn 35.19), e para distingui-la da Belém em Zebulom era chamada Belém de Judá e Belém Efrata (Jz 17.7) e a cidade de Davi (Lc 2.4); foi no poço da cidade que três de seus
guerreiros pegaram a água levada a ele, quando teve se esconder na caverna de Adulão. (Sm 23. 13-17). Mq 5.2 encerra uma das maiores profecias messiânicas proclamada 700 anos antes de Jesus nascer. Deixa transparecer, ainda, a eternidade do Messias: ‘...desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade’, as raízes do Messias ultrapassam o rei Davi, vão até a imensurável eternidade.
VERDADE PRÁTICA
A autenticidade da profecia bíblica pode ser averiguada através de sua precisão e cumprimento fiel e insofismável.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Isaías 53.2-9
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
- Identificar a autenticidade da profecia bíblica na história;
- Explicar as lições doutrinárias do sacrifício de Cristo, e
- Reconhecer que Deus é o Senhor da história humana.
PALAVRA-CHAVE
AUTENTICIDADE: - Relativo a autêntico. De origem ou qualidade comprovada; genuíno, legítimo, verdadeiro.
COMENTÁRIO
(I. INTRODUÇÃO)
Jamais houve um livro na história da humanidade que tenha influenciado tanto quanto a Bíblia. Ela continua sendo o livro mais freqüentemente traduzido nos mais diversos idiomas e dialetos. Talvez, por este motivo, seja inquestionável que a Bíblia assuma a posição de Palavra de Deus, um livro divinamente inspirado. Mas qual evidência palpável para apoiar esta crença? Seria sem fundamento esta fé? O que podemos utilizar como argumento para provar às pessoas que têm dúvidas sobre a inspiração da Bíblia? A inspiração é a influência do Espírito Santo sobre os escritores da Bíblia, para que as coisas que eles escreveram sejam exatamente o que Deus desejou revelar ao homem. A Bíblia declara ser o produto da inspiração. No dizer de Paulo: "Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra" (2Tm 3.16,17). Aos Coríntios, ele escreveu que o Espírito Santo revelou as verdadeiras palavras que ele e outros usaram para ensinar a Palavra de Deus (1Co 2.10-13). Pedro testifica que os profetas do Velho Testamento também falaram como foram levados pelo Espírito Santo (1Pe 1.11,12; 2Pe 1.20,21). Os próprios profetas declararam que estavam falando as palavras de Deus (Jr 1.2, 4, 9). O cumprimento das inúmeras profecias bíblicas a respeito de fatos históricos hoje confirmados pela arqueologia, constitui-se uma prova irrefutável da origem, inspiração e autenticidade divinas dos oráculos dos antigos profetas hebreus. Hoje, analisaremos o conteúdo messiânico, especificamente, registrados em Isaías 53. Deus é o Senhor da história e nunca perde o controle desta. Essa certeza é um bálsamo em nossa jornada, onde as vicissitudes nos tentam e querem nos fazer parar. Boa aula!
(II. DESENVOLVIMENTO)
I. O DESPREZO DO SENHOR
1. A apresentação do Senhor. Esta apresentação tem seu início em 52.13 "Eis que o meu servo operará com prudência; será engrandecido, e elevado, e mui sublime". O ápice do livro de Isaías é a mais sublime profecia messiânica no AT. Isaías está falando acerca de Jesus, o ‘Servo Sofredor’. Esta passagem é citada ou referida muitas vezes no NT. Os sofrimentos de Cristo no lugar de suas ovelhas lhes concede a vida eterna. Apresentando-O como ‘raiz de uma terra seca’, ‘desprezado... rejeitado’, ‘ferido de Deus’, a perícope de Isaías, trata-se, portanto, de uma genuína e autêntica mensagem profética da parte do Senhor Deus (At 8.28-35).
2. A mensagem do Senhor. É difícil compreender a reação de admiração diante do ensino de Cristo acoplada à persistente descrença e rejeição pelos judeus (Lc 4.22,28); A mensagem que Jesus transmitia com tanta autoridade era contrastante com os fariseus e doutores da Lei, os quais apelavam para a tradição e rabinos anteriores; Jesus causa estupenda admiração em seus ouvintes por não citar nenhuma tradição nem autoridade; Ele mesmo era o Logos de Deus. Uma discrição desse Logos dificilmente poderia começar mais apropriadamente do que com Jo 1.1. Ecoando a Septuaginta, João usa Gn 1.1 - “no princípio”. Não somente a divindade é afirmada nessas palavras, mas João repete a idéia no final do versículo: “O Logos era Deus”. No dizer de Paulo, escrevendo aos Efésios (3.9): “Deus criou todas as coisas por meio de Jesus Cristo”, e aos de Colossos ele afirma que Cristo criou todas as coisas, e mais explicitamente que Cristo “organizou o universo” (Cl 1.16,17). Cristo, o Logos, organizou o universo! Jesus fala em seu próprio nome e em sua própria autoridade, diferentemente dos mestres judeus. A Bíblia de Estudo Plenitude comentando a Palavra ‘poder’(exousia) utilizada em Mc 3.15, diz o seguinte: “[...] Uma das quatro palavras para ‘poder’ (dunamis, exousia, ischus e kratos), exousia significa a autoridade ou direito de agir, habilidade, privilégio, capacidade, autoridade delegada. Jesus tinha exousia de perdoar o pecado, curar doenças e expulsar demônios. Exousia é o direito de usar dunamis, ‘poder’. Jesus deu a seus seguidores exousia para pregar, ensinar, curar e libertar (Mc 3.15), e essa autoridade nunca foi rescindida (Jo 14.12)-Bíblia de estudo Plenitude, SBB, 2001, PC Mc 3.15, p.999. Jesus causou admiração por falar com exousia, e não obstante isso, o capítulo 53 de Isaías inicia com a pergunta: "Quem deu crédito à nossa pregação?", apontando para a rejeição da mensagem do Messias. Até mesmo sua família, aqueles que humanamente estavam mais próximos dele, interpretou mal seu zelo como desequilíbrio mental ou emocional (Mc 3.21).
3. A aparência e a rejeição do Senhor. Freqüentemente existe uma sutil tensão entre a idéia de Jesus como um modelo de perfeição física e mental e a idéia expressada em Isaias de que “olhando nós para ele, não havia boa aparência nele, para que o desejássemos” (Is 53.2). Há algumas questões intrigantes nesta passagem. O que Isaías quis dizer quando falou que o Messias não teria “boa aparência?”. Devemos considerar que o Jesus mortal pode ter tido uma aparência que fosse diferente do Senhor fisicamente perfeito e ressuscitado? Acredito que o comentário do autor é impreciso quanto à intenção do profeta Isaias em retratar Jesus como um homem comum. Entendo que Isaías não apresenta um retrato do Messias; ‘Não tinha parecer... para que o desejássemos’ lamenta a sua morte. O julgamento e a crucificação de Jesus não são algo a ser desejado, muito embora, Tiago e João, filhos de Zebedeu dissessem que seriam capazes de beber do mesmo cálice que o Senhor (cálice aqui refere-se à morte de Jesus) e realmente aqueles dois sofreram; Tiago foi o primeiro dos apóstolos a ser martirizado e João em sua velhice sofreu perseguição e exílio. O que nos acostumamos a ver em quadros pintados e produções de cinema é uma visão de artistas ocidentais de como seria o Cristo, geralmente baseada em suas próprias culturas e não na cultura da Palestina do primeiro século. Não há como saber os traços físicos de Jesus, mas certamente não é essa pintada pelos artistas.
A rejeição narrada em Isaias enfoca muito mais a aversão à mensagem de Cristo e às verdades que Ele proclamava a seu respeito. Isaias profetizou um panorama do ministério de Cristo que não teria a aceitação da sociedade judaica e sim o seu desprezo, culminando na morte de cruz. A rejeição do Senhor pode ser entendida à luz de Jo 1.5: “... e as trevas não a compreenderam.” Essencialmente, a Luz e as trevas são antagônicas; vida e luz são a essência da missão do Logos encarnado. Ele é a luz verdadeira para todos os que crêem; mas também, Ele é a Luz que clareia a consciência humana e, dessa forma, deixa o pecado exposto e os homens inescusáveis diante de Deus: "A Luz veio ao mundo, mas os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal aborrece a luz e não vem para a luz para que suas obras não sejam reprovadas." (Jo 3.19,20).
SINÓPSE DO TÓPICO (1)
A autenticidade profética é reconhecida mediante o cumprimento das profecias veterotestamentárias relativas à apresentação, aparência, rejeição e mensagem do Senhor.
II. A PAIXÃO E A MORTE DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO
1. O sofrimento sem igual de Jesus. O Servo Sofredor é reputado como ‘ferido de Deus’ em Is 53.4, e a Lei diz “O que for pendurado no madeiro é maldito de Deus” (Dt 21.23). Quando tornou-se realidade, os espectadores pensavam que Cristo estava sofrendo somente o que merecia, mas a sua experiência de dor e angustia era por seu povo (1Pe 2.24). Cristo sofreu a maldição do pecado, aceitando a punição que os nossos pecados mereceram, provendo perdão e liberdade. Esse extremo de seu sofrimento mostra que a sua compaixão é real e não teórica. Somente aquele que tinha sido tentado de todas as maneiras possíveis, como nós, podia ser o misericordioso sumo-sacerdote (Hb 2.17,18).
2. O silêncio de Jesus. Em obediência e submissão completa ao Pai, o Servo Sofredor em seu julgamento e morte é comparado ao cordeiro levado ao matadouro e à ovelha muda diante de seus tosquiadores: Ele "não abriu a sua boca" (v.7), sendo morto como resultado de uma injustiça. Em At 8.32, Filipe discorre sobre esta passagem explicando-a ao eunuco etíope, levando-o a converter-se a Cristo.
3. A crucificação e a sepultura de Jesus (v.9). Cristo morreu como um sacrifício propiciatório, que satisfaz o julgamento divino contra os pecadores, produzindo perdão e justificação e trazendo a reconciliação de partes que estavam alienadas entre si. A expiação realiza-se por ressarcir os danos, apagando os delitos e oferecendo satisfação pelas injustiças cometidas. A continuação do versículo (“E puseram a sua sepultura com os ímpios e com o rico, na sua morte;”) profetiza o seu sepultamento decente e honrado na tumba de José de Arimatéia, o que verdadeiramente aconteceu, fato esse ratificado pelos quatro evangelhos que citam a José de Arimatéia como quem assumiu o papel de líder no sepultamento de Jesus, mostrando, assim, a autenticidade da profecia bíblica.
SINÓPSE DO TÓPICO (2)
A autenticidade profética é reconhecida mediante o cumprimento das profecias veterotestamentárias relativas à paixão e sofrimento de Cristo
III. LIÇÕES DOUTRINÁRIAS DO SACRIFÍCIO DE CRISTO
1. As nossas dores e as nossas enfermidades. O profeta, cerca de setecentos anos antes de Cristo, fez declarações incrivelmente acuradas sobre os fatos da crucificação e o seu propósito. O capítulo 53 fala do sofrimento vicário do Servo Sofredor e a sua morte sobre a cruz em oferta infinita pelos pecados da humanidade. A palavra “vicário”, de acordo com o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, procede do latim “vicarius” e significa “o que faz às vezes de outro” ou “o que substitui outra coisa ou pessoa”. Morte vicária e morte substitutiva são expressões equivalentes (Jo 3.16). Alguns textos bíblicos consolidam a fé no sacrifício vicário, isto é, substitutivo da morte de Jesus. Paulo diz, em Rm. 3.25 e 5.6, que, pelo sangue de Cristo, Deus propôs propiciação pelos nossos pecados a fim de que fôssemos reconciliados com Ele. Aos Efésios (1.7 e 5.2), ele afirma que Jesus ofereceu a si mesmo como oferta agradável a Deus pelos nossos pecados. Aos de Colossos, ele ensinou que temos paz pelo sangue da cruz (Cl 1.14,20,22). Ele (Jesus) assumiu a posição de vítima no sacrifício, tomando sobre Si as nossas enfermidades, as nossas dores. Tornou-se Ele o ferido de Deus e oprimido (Is 53.4). Ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades (v.5), ou seja, assumia a condição da vítima dos sacrifícios da lei, levando a culpa do ofertante sobre Si (v.6). O profeta afirma que não houve apenas sofrimento, mas morte, pois foi levado como cordeiro ao matadouro (v.7), sendo cortado da terra dos viventes (v.8), devidamente sepultado (v.9), embora fosse justo. Sua morte representou verdadeira expiação do pecado (v.10), que teria o agrado do Senhor e representaria a justificação de muitos (v.11), a ponto de levar sobre Si o pecado de muitos e de poder interceder pelos transgressores, embora, para tanto, tivesse tido de ser contado com eles (v.12).
2. Os nossos pecados. Na Antiga Aliança, as pessoas ofereciam por seus pecados sacrifícios de animais. Jesus assumiu essa posição e ofereceu-se pelos nossos pecados. Ele é o Cordeiro oferecido pelos pecados da humanidade (Jo 1.29). O Messias sofreu por nós a fim de nos tornar aceitáveis a Deus. Essa foi a vontade de Deus: que o justo sofresse pelo pecador (vv.10,11b), pois Cristo foi ‘entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus’(At 2.23).
3. A humildade e o amor de Jesus Cristo. Filipenses 2.6-11 é o texto clássico da cristologia na Bíblia. Sua humilhação consistiu em não exigir o que era direito Seu. Ao invés de insistir em Sua semelhança com Deus, Ele humilhou-se a Si mesmo. Ele, diante de cuja palavra o Universo se abala; Ele, que é adorado e exaltado por todos os anjos criados; Ele, que não é criatura, mas o próprio Criador – esvaziou-se "tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz." Jesus antes da sua encarnação sempre foi Deus co-igual, co-eterno e consubstancial com o Pai e com o Espírito Santo. Ele sempre foi revestido de glória e majestade (Jo 17.5). Ele é o criador de todas as coisas, visíveis e invisíveis (Cl 1.16). Ele sempre foi adorado pelos anjos nas coortes celestiais. William Barclay[1] diz que esta é a passagem mais importante e mais emocionante que Paulo escreveu sobre Jesus. O contexto revela-nos que Paulo está tratando de um problema prático na vida da igreja, exortando os crentes à unidade. Ou seja, Paulo está expondo seu pensamento teológico mais profundo para resolver um problema de desunião dentro da igreja. A doutrina é a base para a solução dos problemas que atacam a igreja. William Barclay afirma: Em Paulo sempre se unem teologia e ação. Para ele, todo sistema de pensamento deve necessariamente converter-se em um caminho de vida. Em muitos aspectos esta passagem é uma daquelas que tem o maior alcance teológico do Novo Testamento, mas toda a sua intenção está em persuadir e impulsionar os Filipenses a viverem uma vida livre de desunião, desarmonia e ambição pessoal.
SINÓPSE DO TÓPICO (3)
As lições doutrinárias do sacrifício de Cristo abrangem nossas dores, enfermidades, nossos pecados, a humildade e o amor de Jesus Cristo.
(III. CONCLUSÃO)
Os verdadeiros profetas eram porta-vozes de YAWEH. Muito mais do que predizer as coisas, a função precípua do profeta consistia em convocar o povo ao arrependimento. “Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, e da sua boca devem os homens procurar a instrução, porque ele é mensageiro do SENHOR dos Exércitos.” (Ml 2.7). As profecias bíblicas atinentes ao Messias e sua missão foram cumpridas cabalmente na pessoa de Jesus e são a confirmação da Bíblia como a palavra verdadeira e fiel de Deus aos homens. Muitas profecias do Antigo Testamento tiveram seu cumprimento no próprio Antigo Testamento, outras, se cumpriram no Novo Testamento e, outras tem se cumprido no passar dos séculos. É impressionante a maneira como se cumprem as profecias da Bíblia. O que Deus disse sucederá. “Disse-me o Senhor: Viste bem; porque eu velo sobre a minha Palavra para a cumprir.” (Jr 1.12).
[1] William Barclay (5 de dezembro de 1907, Wick – 24 de janeiro de 1978, Glasgow) foi um escritor, apresentador de rádio e televisão, pastor da Igreja da Escócia e professor de divindade e crítica bíblica na Universidade de Glasgow. Era um universalista, e não acreditava em milagres.
APLICAÇÃO PESSOAL
O que significa humildade? Paulo dá-nos uma pista por via de contraste. Não faça nada por egoísmo ou vanglória. Todos sabemos muito bem o que é o egoísmo. Vanglória é um falso orgulho: orgulho numa situação ou num momento em que não há razão alguma para ser orgulhoso. Há coisas das quais deveríamos estar verdadeiramente vaidosos: do evangelho, de nossas crianças... Porém, a maioria das pessoas orgulha-se de seu alto intelecto, de sua posição econômica superior, da boa aparência; geralmente, destinando os dons e as bênçãos de Deus para suas próprias realizações, usurpando os méritos de quem é devido. Sendo assim, humildade é, a princípio, não ser egoísta, nem falsamente orgulhoso. Humildade, continua o apóstolo, no versículo 4, significa buscar - não meramente buscar nossos próprios interesses - como também, os interesses dos outros. Diga-se de passagem, os nossos próprios nós vemos naturalmente, mas os dos outros... Façamos uma analogia. Se percebermos algo voando, tentando entrar em nossos olhos, é absolutamente natural e instintivo evitarmos que aquilo nos penetre. Entretanto, é menos provável que reajamos instintivamente para proteger as pessoas ao nosso redor (exceto os familiares).
“À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva (ou: não haverá manhã para eles” (Is 8.20). A profecia, conforme conhecemos na Bíblia, significa oráculo e o profeta, vidente. Dependendo da situação profecia quer dizer proferir, anunciar uma mensagem. O profeta bíblico é aquele que recebe uma mensagem do Altíssimo e a transmite para o destinatário. As profecias que hoje são enunciadas por meio do charisma. Embora válidas para a exortação, consolação e edificação dos fiéis, não possuem valor canônico: não tem a validade das profecias registradas na Bíblia, nem tem autoridade para modificar qualquer dogma ou artigo de fé baseado nas Escrituras. Elas têm de passar pelo crivo da Bíblia Sagrada para serem recebidas pela congregação (1Co 15.26-40).
Paulo diz que os dons são dados a cada um para o que for útil – ou o bem comum (1 Co 12.7). A profecia é um dom (1 Co 12.10) e que Deus dá a cada um como quer (1 Co 12.11). Fazendo uma analogia com o corpo humano Paulo deixa claro que não há hierarquia entre os dons e ninguém é maior por portar um deles (1 Co 12.12-30). É permitido procurar os melhores dons (1 Co 12.31), manda aspirar ao de profetizar (1 Co 14.10). "Não havendo profecia, o povo se corrompe; mas o que guarda a lei, esse é bem-aventurado" (Pv 29.18). À guisa de Rm 12.1,2, deve haver uma constante exposição doutrinária perante a congregação a fim de não permitir a conformação de muitos com o mundo. ‘Profecia’ aqui encerra o sentido de ‘visão’ e ‘revelação’ e afirma que a vontade revelada do Senhor e suas justas exigências conforme explícitas nas Escrituras, são o meio pelo qual o homem pode permanecer bem-aventurado. Deixa, ainda, uma solene advertência: Os que não permanecerem na Sua benignidade serão cortados.
N’Ele, que me leva a refletir: "Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê.” (Rm 10.4),
Francisco A Barbosa
BIBLIOGRAFIA PESQUISADA
- Lições Bíblicas 3º Trim – Livro do Mestre – versão eletrônica, CPAD (http://www.cpad.com.br);
- Stamps, Donald. Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD;
- Bíblia de Estudo de Genebra, São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e SBB, 1999;
- STOTT. John R. W. Cristianismo Equilibrado. Rio de Janeiro, CPAD
- Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, Editora Objetivo, Rio de Janeiro, 2001
- RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia. 1.ed. RJ, CPAD, 2005;
- Bíblia de Estudo Plenitude, SBB;
- Imagem: (Controle).
EXERCÍCIOS
1. Quem é o Servo do SENHOR em Isaías 52.13 - 53.12?
R. O Senhor Jesus Cristo.
2. Em que texto bíblico no Novo Testamento afirma-se que as pessoas não criam em Jesus?
R. Jo 12.37,38 e Rm 10.16 afirmam que muitos não criam nEle e até mesmo os de sua casa não compreenderam seu ministério (Mc 3.21; Jo 7.5).
3. Que tipo de cura alcança a obra da expiação?
R. Cura física e a espiritual.
4. Por que Jesus sofreu?
R. Porque agradou a Deus "moê-lo, fazendo enfermar", colocando-o por expiação do pecado.
5. O que nos mostra a autenticidade da profecia bíblica?
R. As profecias messiânicas já cumpridas

terça-feira, 20 de julho de 2010

PROFECIA E MISTICISMO

0 comentários

Por Sulamita Macêdo

Professoras e professores, para esta lição apresento as seguintes orientações:
1 – Cumprimentem os alunos, perguntem como passaram a semana. Vocês estão fazendo isto? Percebem a importância desse momento?
2 – Iniciem a aula, distribuindo ¼ de uma folha de papel ofício para cada aluno e peçam para que eles escrevam uma crendice popular e a razão de sua prática, por exemplo: não passar debaixo de escada porque dá azar, não deixar a bolsa no chão, porque o dinheiro “vai embora” etc.
3 – Colem os pedaços de papel numa cartolina, leiam cada um, questionem a finalidade dessas práticas e discutam sobre Misticismo e sua influência na Igreja.
4 – Trabalhem os itens II, III e I, nesta ordem.
5 – Para concluir a aula, utilizem a dinâmica “Separados”.

Dinâmica: Separados

Objetivo: Refletir sobre a conduta do cristão diante das influências mundanas.
Material: 01 copo, água, óleo de cozinha, uma colher (kit 01); 01 prato, 02 xícaras de feijão(kit 02); 01 copo com água, 01 colher, iodo ou outro material para tingir(kit 03).
Procedimento:
- Dividam a turma em 03 grupos.
- Distribuam para o grupo 01: kit 01, para o grupo 02: kit 02 e para o grupo 03: kit 03.
- Orientem-os para fazer o procedimento pedido e responder ao questionamento:
Para o grupo 01, fazer a mistura e refletir sobre o que estão vendo. O que isto tem a ver com as atitudes do cristão diante das influências místicas?
Parao 02, fazer o processo da catação do feijão. Como podemos permanecer limpos diante das influências mundanas?

Para o 03, também fazer uma mistura. Estamos nós cristãos sendo a água ou o material que tinge, modificando o ambiente que vivemos?

PROFECIA E MISTICISMO

0 comentários

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL DA IGREJA EVANGÉLICA
ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA - NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 04 - DATA: 25/07/2010
TÍTULO: “PROFECIA E MISTICISMO”
TEXTO ÁUREO – Jr 29:8
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Dt 13:1-5; 18:10-12
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br
blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/


I – INTRODUÇÃO:

• “... SABENDO QUE FUI POSTO PARA DEFESA DO EVANGELHO” – Fp 1:16 - Faz parte do trabalho cristão o combate às falsas doutrinas que frequentemente surgem no meio do povo de Deus. Combatê-las é proteger o rebanho do Senhor. Através da exposição sadia do Evangelho, o Obreiro do Senhor vai formando uma Igreja composta de crentes sadios na fé, a saber: Uma Igreja sem formalismo e fanatismo; Uma Igreja que rejeita as fábulas artificialmente compostas, tais como imaginações humanas, superstições e temores infundados; Uma Igreja que combate as heresias e corrige os ensinamentos antibíblicos que aparecem; e Uma Igreja que tem uma vida digna do Evangelho perante Deus e os homens.


II – PROFECIA E MISTICISMO:

• PROFECIA = Revelação do conhecimento e da vontade de Deus. De forma genérica, toda Bíblia consiste de matéria profética. Sem profecia, o conhecimento de Deus tornar-se-ia impossível.

• MISTICISMO = ESPIRITUAL - Conjunto de normas e práticas que tem por objetivo alcançar uma comunhão direta com Deus. Nessa busca, não raro, os místicos são induzidos a prescindir da Bíblia para ficar apenas com as suas experiências.

• Os misticismo so é benéfico enquanto não se sobrepõe à Palavra de Deus. Caso contrário, ei-lo como a fonte de todas as heresias e mentiras. Nada, em absoluto, pode contrariar as Sagradas Escrituras.


III - ENSINAMENTOS SOBRE “ESPÍRITOS TERRITORIAIS”:

• A ênfase dada atualmente à batalha espiritual trouxe consigo a crença nos espíritos territoriais. Tal ensino defende que há demônios específicos sobre determinada área ou região geográfica que dificultam a pregação do Evangelho, o progresso da Igreja e até o progresso de uma cidade ou nação. Torna-se necessário então identificar tais espíritos maus e expulsá-los para que a vitória se concretize.

• Este movimento ensina:

• “Satanás delega aos membros de elevada posição de hierarquia dos espíritos maus o controle de nações, regiões, cidades, tribos, grupo de pessoas, vizinhanças e outros grupos sociais importantes de pessoas através do mundo. O principal trabalho deles é de impedir que Deus seja glorificado em seus territórios, o que eles fazem ao dirigir a atividade dos demônios nas posições inferiores”.

• As passagens bíblicas usadas para defenderem a territorialidade dos espíritos, são: Is 14:12-14; Ez 28:12-19; Ef 3:10; 6:12; Dn 10:13; Mc 5:10


III.1 - REFUTAÇÕES:

• (1) - Is 14:12-14; Ez 28:12-19 – Certos exegetas crêem que estes versículos referem-se não apenas aos reis de Babilônia e de Tiro, mas também, DE UM MODO VELADO, a Satanás.

• (2) - Ef 3:10 – Não ensina que a Igreja anuncia a mensagem a poderes demoníacos. Ao invés do envolvimento ativo na guerra contra as potestades espirituais, a própria existência da Igreja expõe a impotência do domínio das trevas para impedir o trabalho de Deus.

• (3) - Ef 6:12 – Embora exista a menção de uma variedade de maus espíritos nesta passagem bíblica, a ênfase de Paulo não permite especulação esotérica sobre a natureza, nomes ou funções dessas potestades demoníacas. Sua posição é de que o Evangelho fornece tudo o que é necessário para resistir à atividade tentadora das forças espirituais das trevas. A batalha em Efésios Cap. 6 não é territorial, mas pessoal.

• (4) - Dn 10:13 - Embora Daniel apoie a ideia de identificação territorial de certos anjos, ele não apoia qualquer tipo de envolvimento humano numa guerra angelical.

• (4.1) - Longe de encontrar Daniel envolvido em oração de guerra, discernindo e orando contra espíritos regionais, vamos encontrá-lo frustrado pela ausência de resposta a sua oração a Deus.

• (4.2) - Daniel encontra-se totalmente alheio à batalha angelical até a explicação apologética do anjo para a demora da resposta de Deus a sua oração. Não há qualquer alusão quanto a discernir, amarrar ou orar contra os maus espíritos cósmicos.

• (5) - Mc 5:10 – Este texto deve ser entendido à luz daquele paralelo de Lc 8:31. Jesus ameçava mandá-los para o abismo. Por isso, eles preferiram ficar naquela região.


IV – UM NOVO ELEMENTO NO ASSUNTO DE GUERRA ESPIRITUAL: “O MAPEAMENTO ESPIRITUAL”:

• Os que defendem este ensinamento, dizem:

• “Mapeamento espiritual é a reunião de informações do mundo visível que pode nos auxiliar a entender o que fica abaixo da superfície, nas dimensões espirituais. O mapeamento espiritual pode nos ajudar a entender os aspectos invisíveis, tanto do reino da luz, quanto do reino das trevas”.

• O que é necessário para se fazer o mapeamento espiritual? Ensinam os defensores deste ensinamento:

• “Há necessidade de fazer algumas perguntas quanto à situação:

• (1ª) - QUAL O SIGNIFICADO DO NOME ORIGINAL DA CIDADE?

• (2ª) - O NOME FOI MUDADO?

• (3ª) - EXISTEM OUTROS NOMES OU DENOMINAÇÕES POPULARES DA CIDADE?

• (4ª) - ESTES NOMES SIGNIFICAM ALGO?

• (5ª) - SIGNIFICAM BÊNÇÃO OU MALDIÇÃO?

• (6ª) - FAZEM DESTACAR O DOM REDENTOR DE DEUS PARA A CIDADE?

• (7ª) - ELES REFLETEM O CARÁTER DO POVO DA CIDADE?”

• Para defenderem tal ensino, citam o exemplo da cidade de PARATI, no Rio de Janeiro:

• “A cidade foi fundada como uma plataforma para aventureiros gananciosos em busca de ouro e pedras preciosas em Minas Gerais e em seus cumes hospedavam-se os traficantes de escravos e os comerciantes de tabaco e pinga... Nestes dias, mais de trezentos anos depois, Parati é conhecida como a CAPITAL DA CACHAÇA DO BRASIL e certamente do mundo. Infâmia deste tipo pode dar a Satanás a oportunidade de trabalhar em nossas comunidades”.


IV.1 – REFUTAÇÕES:

• (1) - Se aplicássemos o exemplo de Parati à cidade de PARIS, poderíamos dizer que os moradores da Capital da França vão muito bem espiritualmente, POIS PARIS É CONHECIDA COMO CIDADE DE LUZ.

• (2) - A cidade do RIO DE JANEIRO não teria os problemas ou os pecados que lhe são atribuídos, pois é conhecida como A CIDADE MARAVILHOSA.

• (3) - A cidade de SALVADOR, um nome tão bíblico e com um significado espiritualmente fantástico, deveria fazer da Capital Bahia o centro evangélico do Brasil. Entretanto, essa não é realidade.

• (4) - E o que dizer do Estado do ESPÍRITO SANTO, cuja Capital é VITÓRIA? E da comunidade na cidade do Rio de Janeiro, denominada CIDADE DE DEUS? Com esses nomes, não deveriam ser paraísos de santidade? No entanto, não é o que acontece naquelas localidades.

• (5) - At 19:1-20 - Não se destrona principados e potestades para depois pregar a Palavra de Deus, mas primeiro se prega a Palavra do Senhor, pois ela, sim, tem o poder para vencer as potestades malignas

• (6) - Mt 10:1-14 - O Senhor Jesus nunca instruiu seus discípulos sobre espíritos territoriais ou mapeamento espiritual quando os enviou às cidades e aldeias para evangelizar.

• (7) - Gl 1:11-12; At 20:27 – Se o ensino da territorialidade dos espíritos fizesse parte do Evangelho que lhe foi revelado pelo Senhor, Paulo o teria ensinado, pois nunca deixou de anunciar todos o desígnio de Deus.

• (8) - At 16:16-17 – Se Paulo estivesse envolvido com a crença de espíritos territoriais e se tal ensino fosse bíblico, ele teria orado antes de chegar a Filipos, já teria identificado o espírito mau da região, já o teria amarrado e teria entrado na cidade sem enfrentar qualquer oposição ao seu labor evangelístico. Porém, não foi isso que aconteceu.

• (8.1) - Paulo enfrentou o demônio, expulsou-o e ainda encontrou muita oposição ao seu trabalho missionário em Filipos.

• (8.2) - Observemos que Paulo nunca deu instruções aos irmãos para que descobrissem quem era o espírito territorial em Roma ou de qualquer outra região.

• Sem dúvida, a crença da territorialidade de espíritos não fazia parte dos ensinamentos de Paulo.


V – FANEROSE (CAIR SOB O PODER DE DEUS ou MINISTRAR A QUEDA NO PODER):

• FANEROSE vem do grego “PHANERÓS” e quer dizer VISÍVEL.

• Trata-se de um tipo de ensinamento prático em que as pessoas que estão sentindo a presença de Deus, caem. Isso seria a MANIFESTAÇÃO VISÍVEL da presença do Espírito Santo.

• A base bíblica dos simpatizantes da fanerose são: Gn 2:21; Gn 15:12; Nm 24:4; I Sm 19:23-24; II Cr 5:14 cf Ex 40:34-35; Apc 15:8; Dn 10:8-9; Jo 20:22 cf Gn 2:7; At 9:4-8; Apc 1:17.


V.1 – REFUTAÇÕES:

• (1) - Gn 2:21 - Deus fez Adão DORMIR. Mas DO SONO DE ADÃO, DEUS CRIOU EVA

• (2) - Gn 15:12 - Deus falou a Abraão, quando este estava em PROFUNDO SONO, SOBRE A PROMESSA DE SUA DESCENDÊNCIA.

• (3) - Nm 24:4 - Balaão caiu em êxtase. Mas, não se pode esquecer de que Pedro se referiu a Balaão como alguém que amou o prêmio da injustiça e perverteu o caminho do Senhor (II Pe 2:15).

• (3.1) - Judas fala daqueles que caíram no erro de Balaão (Jd 11).

• (3.2) - Na carta à Igreja de Pérgamo, a referência que o Senhor faz sobre Balaão não é nada recomendável (Apc 2:14).

• (3.3) - Foi Balaão quem levou o povo de Israel a prostituir-se em Baal-Peor (Nm 25:1-3; 31:16).

• (3.4) - Balaão é tido na Bíblia como adivinho e foi morto pelo exército do Senhor como inimigo de Israel (Js 13:22).

• (3.5) - Assim, a experiência de Balaão não deve servir de exemplo para qualquer cristão.

• (4) - I Sm 19:23-24 – Saul na casa dos profetas em Ramá profetizou diante de Samuel e ficou nu deitado em terra durante um dia inteiro e uma noite inteira.

• (4.1) - Quanto a este versículo, comenta a Bíblia de Estudo Nova Versão Internacional, pg. 405:

• “Saul ficou tão prostrado pelo poder do Espírito de Deus a ponto de ser impedido de levar adiante a sua intenção de tirar a vida de Davi”.

• (4.2) - O registro bíblico informa que Saul já havia se rebelado contra Deus quando viveu essa experiência.

• (4.3) - O texto diz ainda que Saul ficou nu. Ora, se essa passagem for usada para ensinar o fenômeno de cair no Espírito, deve ser um procedimento normal o cristão ficar nu também!

• (5) - II Cr 5:14 - Quando se compara esta passagem com outras semelhantes - Ex 40:34-35; Apc 15:8 - torna-se claro que a presença de Deus era tão intensa que os sacerdotes não podiam ENTRAR NO TEMPLO. Não há, portanto, qualquer base bíblica para se instituir a prática da fanerose na Igreja.

• (6) - Ez 1:28; 3:23; 44:4; Dn 8:17-18 - Devido a manifestação da glória do Senhor, estes homens de Deus caíram com seus rostos em terra. Entretanto, quando acontecia tal manifestação na Bíblia, ela era geralmente acompanhada de temor, reverência e atitude de adoração.

• (6.1) - Num dos eventos, a Bíblia diz que os homens que estavam com Daniel sentiram muito medo, fugiram e se esconderam (Dn 10:7)

• (7) - Dn 10:8-9 - Ao ter uma visão, Daniel caiu sem sentidos. Porém, falta completar a leitura com os versos 10 e 11 - "... E LEVANTA-TE SOBRE OS TEUS PÉS..."

• (8) - Jo 20:22 - O único exemplo no Novo Testamento de alguém soprando sobre outros é o de Jesus quando aparece para os discípulos depois da ressurreição.

• (8.1) - O verbo SOPRAR que aparece neste versículo é, no grego, ENEPHYSESEN, o mesmo empregado em Gn 2:7. Deus formou o homem do pó da terra e SOPROU NELE o fôlego de vida para que ele se tornasse um ser vivo.

• (8.2) - Jesus SOPROU sobre os discípulos o sopro da nova criação que lhes deu vitalidade espiritual. Ao primeiro homem foi dada a responsabilidade da criação material. Mas aos discípulos, a responsabilidade pela nova criação. ISTO QUER DIZER QUE VIDA NATURAL E ESPIRITUAL DEPENDEM DO SOPRO (ESPÍRITO) DE DEUS.

• (8.3) - Assim, pode ser observado na Bíblia que é somente Deus e não o homem quem sopra, não existindo, portanto, qualquer instrução bíblica para se soprar sobre as pessoas a fim de derrubá-las.

• (8.4) - Além do mais, este foi um enchimento temporário dos discípulos com o Espírito Santo para capacitá-los até que seu relacionamento normal com o Espírito Santo começasse em Pentecostes.

• (9) - Mt 17:5-6 e At 9:4-8 - Os discípulos caíram sobre seus rostos com grande medo e Saulo caiu diante da luz de Deus - Pode ser que o medo e o fato de serem inesperadamente envolvidos por uma luz mais resplandecente que o sol tenha provocado a queda dos discípulos, de Paulo e dos que o acompanhavam. Mas, certamente, não é por causa dessa mesma luz que as pessoas estão caindo nas Igrejas, através dos movimentos pentecostais e carismáticos.

• (9.1) - Além disso, estas passagens bíblicas devem ser completadas com Mt 17:7-8 e At 9:3-4, 6, 8, 10-11, 17-18; 26:13-14

• (10) - Apc 1:17 - João caiu ante a visão do Cristo glorificado - João, apesar de cair como morto diante de Cristo, com um gesto e com uma só palavra do Mestre, ficou encorajado. Aliás, além de cair, João teve medo reverente, pois o Senhor lhe disse: NÃO TEMAS.

• (11) - II Cor 12:1-4 - O relato bíblico nada diz sobre Paulo cair. Pode ser que tal fato tenha ocorrido quando ele foi apedrejado e tido como morto em Listra (At 14:19-20)

• Ante tudo isso, basta uma simples observação das passagens bíblicas acima para compreendermos que não há qualquer base na Palavra de Deus para para estabelecermos a prática da fanerose na Igreja. Isto porque, A BÍBLIA ENSINA:

• (A) - QUEM DERRUBA É O DIABO QUE QUER NOS VER SEMPRE PROSTRADOS E CAÍDOS:

• - Is 14:12 - "... CAÍSTE... FOSTE LANÇADO POR TERRA..."

• - Mc 9:17-18, 20, 25-26 - "... E CAINDO O ENDEMONHINHADO POR TERRA... O TEM LANÇADO NO FOGO, E NA ÁGUA, PARA O DESTRUIR..."

• Lc 4:33-35 - "... E O DEMÔNIO, LANÇANDO-O POR TERRA..."

• (B) - QUEM RECUA E CAI POR TERRA SÃO OS INIMIGOS DE JESUS; BASTOU A VOZ DO MESTRE PARA QUE ISSO ACONTECESSE:

• Jo 18:4-6 - "... Quando pois lhes disse: Sou eu, RECUARAM, E CAÍRAM POR TERRA".

• (C) - Segundo registros bíblicos, NÃO CAÍMOS COM O PODER DO ESPÍRITO SANTO; este é que “CAI” ou “VEM SOBRE NÓS”:

• Ez 8:1 - "... A MÃO DO SENHOR CAIU SOBRE MIM";

• Ez 11:5 - "CAIU POIS SOBRE MIM O ESPÍRITO DO SENHOR..."

• At 10:44 - "... CAIU O ESPÍRITO SANTO SOBRE TODOS OS QUE OUVIAM A PALAVRA";

• At 11:15 - "... CAIU SOBRE ELES O ESPÍRITO SANTO..."

• (D) - Os servos de Deus sempre se levantam e põem-se em pé:

• Ez 1:28 - 2:1-2 - "... VENDO ISTO, CAÍ SOBRE O MEU ROSTO... FILHO DO HOMEM, PÕE-TE EM PÉ... ENTROU EM MIM O ESPÍRITO... E ME PÔS EM PÉ";

• Ez - 3:22-24 - "E a mão do Senhor estava SOBRE MIM ALI... LEVANTA-TE... E LEVANTEI-ME... ENTÃO ENTROU EM MIM O ESPÍRITO, E ME PÔS EM PÉ...";

• Ez 8:1-3 - "... ALI A MÃO DO SENHOR CAIU SOBRE MIM... E O ESPÍRITO ME LEVANTOU...";

• Ez 11:1, 24 - "Então ME LEVANTOU O ESPÍRITO... DEPOIS O ESPÍRITO ME LEVANTOU...";

• Ez 37:8-10 - "... ENTÃO O ESPÍRITO ENTROU NELES E VIVERAM, E SE PUSERAM EM PÉ...";

• Ez 43:3-5 - "... E CAÍ SOBRE O MEU ROSTO... E LEVANTOU-ME O ESPÍRITO...";

• Dn 8:15-18 - "... FIQUEI ASSOMBRADO, E CAÍ SOBRE O MEU ROSTO... CAÍ COM O MEU ROSTO EM TERRA, ADORMECIDO; ELE, POIS, ME TOCOU, E ME FEZ ESTAR EM PÉ";

• At 9:10-18 - "... Para que tornes a ver e sejas cheio do Espírito Santo... e recuperou a vista; e, LEVANTANDO-SE, FOI BATIZADO".

• (E) – Quando Jesus tocava alguém, era para levantar, exaltar e restaurar os que são fiéis a Ele; ninguém caía com o toque de Jesus:

• Mt 8:14-15 - O toque de Jesus não derruba ninguém, mas expulsa a enfermidade, nos levanta do leito de enfermidade, dando-nos ânimo para servir;

• Mt 9:27-30 - O toque de Jesus não derruba ninguém, mas abre os nossos olhos e ilumina;

• Mt 17:1-8 - O toque de Jesus não derruba ninguém, mas nos ergue e nos encoraja;

• Mc 7:31-35 - O toque de Jesus não derruba ninguém, mas restaura fazendo ouvir a sua voz e falar coisas celestes;

• Mc 9:14-27 - O toque de Jesus não derruba ninguém, mas liberta, dá apoio e consolação;

• Mc 10:13-16 - O toque de Jesus não derruba ninguém, mas transmite ricas bênçãos para nós e nossos filhos;

• Lc 5:12-13 - O toque de Jesus não derruba ninguém, mas traz-nos purificação e perdão;

• Lc 8:40-42, 49-56 - O toque de Jesus não derruba ninguém, mas transmite vida;

• Lc 22:47-51 - O toque de Jesus não derruba ninguém, mas transmite cura.

• (F) - Finalmente: “MAS O FRUTO DO ESPÍRITO É... CONTRA ESTAS COISAS NÃO HÁ LEI” – Gl 5:22-23 – Ou seja, a manifestação visível da presença de Deus na vida de um cristão não deve ser caracterizada por atitudes e gestos emocionais, mas, sim, por aquilo que pode ser visível em sua vida: O FRUTO DO ESPÍRITO! O FRUTO É AQUILO QUE É VISÍVEL; TODOS PODEM E DEVEM VER O FRUTO DO ESPÍRITO SANTO EM NOSSAS VIDAS!


VI - CONSIDERAÇÕES FINAIS:

• Poderíamos ainda dizer outras inúmeras inovações que têm aparecido nos últimos tempos. São todas práticas que misturam feitiçaria, meninice, despreparo espiritual e, o que é primordial, AUSÊNCIA DA EXPOSIÇÃO DA GENUÍNA PALAVRA DE DEUS.

• "... PORQUE TODO O POVO CHORAVA, OUVINDO AS PALAVRAS DA LEI" - Ne 8:9 

• “... LERAM NO LIVRO DA LEI DO SENHOR SEU DEUS UMA QUARTA PARTE DO DIA; E NA OUTRA QUARTA PARTE FIZERAM CONFISSÃO E ADORARAM AO SENHOR SEU DEUS” - Ne 9:3

• Os israelitas CHORAVAM AO OUVIREM AS PALAVRAS DA LEI; LERAM o Livro da Lei do Senhor durante três horas e passaram outras três horas confessando os seus pecados e adorando o Senhor.

• Em nome de Jesus, IMITEMOS OS BONS EXEMPLOS REGISTRADOS NA SANTA PALAVRA DE  DEUS E CRESÇAMOS NA GRAÇA E NO CONHECIMENTO QUE HÁ EM CRISTO JESUS, NOSSO SENHOR!




FONTES DE CONSULTA:

1) A Bíblia Vida Nova - Edições Vida Nova



2) Estudo Bíblico “A Escola Dominical e o seu enfrentamento às Heresias” – Pr. João Miranda



3) Silva, Severino Pedro da - Os Anjos, Sua Natureza e Ofício - CPAD



4) Romeiro, Paulo - Evangélicos em Crise – Editora Mundo Cristão



5) Revista Educação Cristã - Volume III - SOCEP



6) BEP



7) Andrade, Claudionor Corrêa de - Dicionário Teológico - CPAD

Quem sou eu

Minha foto
Pregador do Evangelho Pela Graça do Senhor.

NOS INDIQUE

Uilson no twitter

ACESSOS

 

FAMÍLIA EBD. Copyright 2008 All Rights Reserved Revolution Two Church theme by Brian Gardner Converted into Blogger Template by Bloganol dot com | Distributed by Deluxe Templates