terça-feira, 4 de maio de 2010

A SOBERANIA E A AUTORIDADE DE DEUS



09 DE MAIO DE 2010
TEXTO ÁUREO
"Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra?" (Rm 9.21).
- Questionar a moralidade das ações divinas é inadequado. As criaturas não têm o direito de objetar ao que seu Criador faz. Este ensinamento jamais deveria nos levar a pensar que uns são mais dignos que outros, mas sim, que o Criador controla toda a criação. Não há base para o ensino que afirma que podemos exigir de Deus, ou de alguma forma ‘pressioná-Lo’ a fazer algo. A criatura não tem o direito de exigir nada do seu Criador visto que sua existência depende dEle.
VERDADE PRÁTICA
Em sua inquestionável soberania, Deus trata as suas criaturas como bem lhe aprouver. Submetamo-nos, pois, à sua perfeita, infinita e sábia vontade.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Jeremias 18.1-10
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
- Explicar por que Deus enviou Jeremias à casa do oleiro;
- Conscientizar-se de que Deus é soberano;
- Compreender que a soberania de Deus está baseada em sua onipotência, onipresença e onisciência.
PALAVRA-CHAVE
Soberania de Deus
Do lat. superanus”, um adjetivo qualificativo derivado de “super”, que significa “sobre”. “Soberano” é, portanto, aquele que está “sobre” algo ou alguém; Nesta lição,autoridade inquestionável que Deus exerce sobre todas as coisas criadas no céu e na terra.
COMENTÁRIO
(I. INTRODUÇÃO)
Na lição de hoje veremos que Deus ensina, de modo prático, uma importante lição a Jeremias. O Senhor pede que o profeta vá à casa do oleiro, para que ali observe o trabalho do artífice. Jeremias obedece ao Senhor e, naquele local, aprende uma importante lição a respeito da soberania divina.
Enquanto Jeremias observava o trabalho do oleiro, Deus colocava em sua mente duas grandes verdades. Deus tem autoridade e poder para formar e moldar reinos e nações como lhe agradar. Pode dispor de nós como lhe agradar, e seria tão absurdo que nós questionássemos isto, como se o barro discutisse com o oleiro. Contudo, as regras de justiça e bondade continuam sempre iguais. Quando Deus vem contra nós com juízos, podemos estar certos que é por causa de nossos pecados; a conversão sincera do mal do pecado evita o mal do castigo às pessoas, famílias e nações. O Altíssimo mostra ao profeta que Ele pode e faz, sempre, o que é melhor (ainda que não entendamos assim). "[...] Meu plano realizar-se-á, executarei todas as minhas vontades.." Isaías 46.10 Versão Católica. REFLEXÃO
(II. DESENVOLVIMENTO)
I. A VISITA À CASA DO OLEIRO
1. A casa do oleiro. O profeta ouvia a voz de Deus nos acontecimentos mais simples da vida diária. Jeremias ouvira a palavra do Senhor enquanto observava uma amendoeira, água fervendo na panela e, agora, o oleiro em seu ofício. Aparentemente a casa do oleiro localizava-se no vale do Filho de Hinom, perto da porta do Oleiro (19.2); daí, a ordem para descer. Este vale localizava-se a sudoeste de Jerusalém. Seu nome equivalente, em grego, é Gehenna ou ‘inferno’ (um depósito de lixo, fora de Jerusalém, onde o fogo queimava constantemente, famoso por ser local de sacrifícios humanos pelo fogo, durante os reinados de Acaz e Manassés (2Cr 28.3; 33.6). Jeremias chamou-o o ‘vale da Matança’, um símbolo do terrível juízo de Deus (Jr 7.32)).
2. Seus instrumentos de trabalho. roda de oleiro é uma forma milenar de produzir peças, com uma roda feita a partir de madeira ou ferro. O movimento é feito pela perna que vai sendo jogada contra a roda e assim um movimento necessário para se produzir artefatos cerâmicos. O uso da roda de oleiro na produção de cerâmica já foi identificado por arqueólogos em peças de cerâmica de mais de 3000 anos de existência. Provavelmente tenha sido uma das primeiras tecnologias desenvolvidas para a produção em grande escala. Com ele uma pessoa poderia sem maiores dificuldades, produzir recipientes para toda uma comunidade.
3. A visita à casa do oleiro. Jeremias desce à casa do oleiro por ordem de Deus e ali aprende que tal como um oleiro pode remodelar um vaso mal formado, Deus remodelará seu povo disciplinando-o no exílio. Deus é soberano sobre o povo de Judá – a produção do oleiro depende da qualidade da argila; o que Deus faz do seu povo depende da reação deste. Jeremias representa o juízo divino pelo quebrar de um jarro feito de argila e é maltratado por causa de sua mensagem impopular: assim como a qualidade da argila limita as possibilidades de produção do oleiro, assim a qualidade do povo limita o que Deus fará com ele. Assim como o oleiro tem poder sobre a argila, de igual modo, Deus tem poder sobre nossa vida. SINOPSE DO TÓPICO (1)
II. A SOBERANIA DE DEUS
A afirmação de que Deus é absolutamente soberano na criação, na providência e na salvação é básica à crença bíblica e ao louvor bíblico. A visão de Deus reinando de seu trono é repetida muitas vezes (1Rs 22.19; Is 6.1; Ez 1.26; Dn 7.9; Ap 4.2; conforme Sl 11.4; 45.6; 47.8-9; Hb 12.2; Ap 3.21). Somos constantemente lembrados, em termos explícitos, que o SENHOR (YAWEH) reina como rei, exercendo o seu domínio sobre grandes e pequenos, igualmente (Ex 15.18; Sl 47; 93; 96.10; 97; 99.1-5; 146.10; Pv 16.33; 21.1; Is 23.23; 52.7; dn 4.34-35; 5.21-28; 6.26; Mt 10.29-31). O domínio de Deus é total: ele determina como ele mesmo escolhe e realiza tudo o que determina, e nada pode deter seu propósito ou frustrar os seus planos. Ele exerce o seu governo no curso normal da vida, bem como nas mais extraordinárias intervenções ou milagres.
As criaturas racionais de Deus, angélicas ou humanas, gozam de livre arbítrio, isto é, têm o poder de tomar decisões pessoais quanto àquilo que desejam fazer. Não seríamos seres morais, responsáveis perante Deus, o Juiz, se não fosse assim. Nem seria possível distinguir – como as Escrituras fazem – entre os maus propósitos dos agentes humanos e os bons propósitos de Deus, que soberanamente, governa a ação humana como meio planejado para seus próprios fins (Gn 50.20; At 2.23; 13.26-39). Contudo, o fato da livre ação nos confronta com um mistério. O controle de Deus sobre os nossos atos livres – atos que praticamos por nossa própria escolha – é tão completo como o é sobre qualquer outra coisa. Mas não sabemos como isso pode ser feito. Apesar desse controle, Deus não é e não pode ser autor do pecado. Deus conferiu responsabilidade aos agentes morais, no que concerne aos seus pensamentos, palavras e obras, segundo a sua justiça. O Sl 93 ensina que o governo soberano de Deus (a) garante a estabilidade do mundo contra todas as forças do caos (vs. 1-4); (b) confirma a fidedignidade de todas as declarações e ensinos de Deus (v. 5) e (c) exige a adoração do seu povo (v. 5). O salmo inteiro expressa alegria, esperança e confiança no Todo-Poderoso. (Bíblia de Estudo de Genebra, Nota Teológica, página 991).
1. Definição. A soberania divina é a garantia de que as promessas de Deus jamais falham e a análise desta prerrogativa do Senhor é importantíssima para o fortalecimento de nossa fé. A soberania de Deus recebe forte ênfase na Escritura. Ele é apresentado como o Criador, e Sua vontade como a causa de todas as coisas. Em virtude de Sua obra criadora, o céu, a terra e tudo o que eles contêm Lhe pertencem. Ele está revestido de autoridade absoluta sobre as hostes celestiais e sobre os moradores da terra. Ele sustenta todas as coisas com a Sua onipotência, e determina os fins que elas estão destinadas a cumprir. Ele governa como Rei no sentido mais absoluto da palavra, e todas as coisas dependem dele e Lhe são subservientes. As provas bíblicas da soberania de Deus são abundantes, mas aqui nos limitaremos a referir-nos a algumas das passagens mais significativas: Gn 14.19; Ex 18.11; Dt 10.14, 17; 1 Cr 29.11, 12; 2 Cr 20.6; Ne 9.6; Sl 22.28; 47.2, 3, 7, 8; Sl 50.10-12; 95.3-5; 115.3; 135.5, 6; 145.11-13; Jr 27.5; Lc 1.53; At 17.24-26; Ap 19.6. Dois dos atributos requerem discussão sob este título, a saber, (1) a vontade soberana de Deus, e (2) o poder soberano de Deus (Louis Berkhof – Teologia Sistemática – p. 68).
2. Soberania não é arbitrariedade. “Falar da soberania de Deus não é nada mais do que falar da sua Divindade” - J. Blanchard. Deus exerce sua soberania em misericórdia abundante, não na rigorosa justiça. Sua paciência com Judá prova sua vontade de salvar e confirma o fato de que o fracasso da nação não foi culpa sua. A doutrina calvinista da predestinação não se sustenta justamente por contrariar os dois principais atributos de sua bondade: santidade e justiça.
3. Eleição e predestinação. Como entender ambas as doutrinas? Eleição é “o ato soberano de Deus, pela graça, através do qual ele escolheu em Cristo Jesus, para salvação, todos aqueles que previu que o aceitariam” (Thiessen citado por DUFFIELD). Predestinação é um termo mais abrangente, que envolve a eleição (para os crentes) e a reprovação (para os incrédulos).
4. O profeta Jeremias e a soberania de Deus. A descendência física de Abraão não coloca automaticamente as pessoas no Reino de Deus. Mesmo reivindicando essa descendência era fútil, pois os atos deles não evidenciavam essa descendência. O que os judeus jamais entenderam é que não é a árvore genealógica étnica ou familiar que garante aceitação perante Deus, mas sim honrá-Lo crendo e amando ao Senhor Jesus. Jeremias aprende que o oleiro, às vezes, descarta alguns potes por causa de sua má qualidade – e é o que alguns têm sido: barro ruim. Deus é soberano, no entanto, suas criaturas são livres para render-se, ou não, a Ele.SINOPSE DO TÓPICO (2)
II. O CRENTE E A VONTADE DE DEUS
O objetivo da obra redentora de Cristo era criar um povo seu especial, purificado do pecado e zeloso de boas obras. O crente precisa submeter-se à vontade de Deus, a fim de que Ele opere em sua vida segundo o seu querer. SINOPSE DO TÓPICO (3)
Essa eleição é uma expressão do amor de Deus, que recebe como seus todos que recebem seu Filho Jesus (Jo 1.12). A eleição é Cristocêntrica, isto é, ela ocorre somente através da união com Jesus Cristo. Todo crente fiel só tem vida enquanto estiver em Cristo, o crente só vive e age na esfera de Cristo Jesus, em união com Ele.
Em 18.4 a palavra ‘quebrou’ é o mesmo termo hebraico usado para ‘cinto de linho’ em 13.7, em que é traduzido por ‘apodrecido’. O barro era impróprio para o projeto do oleiro. Ele poderia fazer qualquer outra coisa daquela matéria prima, exceto o vaso inicialmente planejado. De acordo com a sua soberania, estará trabalhando em nossas vidas. “O Senhor é Rei! Quem, pois, ousará resistir à sua vontade, desconfiar do seu cuidado, murmurar contra seus sábios decretos ou duvidar de suas promessas de Rei?” - Josiah Conder.
"O chefe de família diz: “Não me é lícito fazer o que quiser do que é meu? – MT20.15 e o Deus dos céus e da terra te faz esta mesma pergunta nesta manhã. “Não me é lícito fazer o que quiser do que é meu?” Não existe atributo de Deus que ofereça mais conforto aos seus filhos do que a doutrina da Soberania Divina. Nas circunstâncias mais adversas, nas mais severas inquietações, eles crêem que a Soberania ordenou as suas aflições, acreditam que ela as governa e os santificará completamente. Não existe outra coisa pela qual os filhos de Deus devam mais ardentemente contender do pelo assunto referente ao domínio de seu Mestre sobre toda a criação – a majestade de Deus sobre todas as obras de suas próprias mãos – e pelo assunto referente ao trono de Deus, e ao Seu direito de assentar-se sobre esse trono. Por outro lado, não há doutrina mais odiada pelos mundanos, nem uma verdade com a qual eles mais brincam do que a grande e estupenda, mas todavia mui certa, doutrina da Soberania do infinito Jeová. Os homens permitem que Deus esteja em qualquer lugar, exceto em Seu trono. Permitem que Ele esteja em Sua oficina, moldando os mundos e criando as estrelas. Permitem que Ele esteja em Sua entidade filantrópica para dispensar Suas esmolas e conceder Suas generosidades. Permitem que Ele mantenha firme a terra e sustenha os pilares dela, ou que ilumine as lâmpadas do céu, ou governo as ondas do oceano inquieto; porém, quando Deus ascende ao Seu trono, Suas criaturas então rangem os dentes; e, quando proclamamos um Deus entronizado, e Seus direitos de fazer o que quiser com o que é Seu, de dispor de Suas criaturas como considerar melhor, sem consultá-las a respeito do assunto, então, nesse momento somos vaiados e execrados, e os homens tapam os ouvidos para nós, porque o Deus que está em Seu trono não é o Deus que eles amam. Eles O amam em qualquer lugar, exceto quando Ele se assenta no trono, com Seu cetro em Suas mãos e Sua coroa sobre a cabeça. Mas é um Deus entronizado que amamos pregar. É Deus sobre o Seu trono em quem confiamos. [...] Devemos assumir, antes de começar o nosso discurso uma coisa certa, a saber, que todas as bênçãos são dons e que não temos nenhuma reivindicação delas por nossos próprios méritos. Penso que toda pessoa que considera os fatos concordará. E sendo isto admitido, nos esforçaremos para mostrar que Ele tem um direito, vendo que eles são Seus para fazer o que Ele quiser com eles – reter deles totalmente como Lhe agradar – distribuir para com todos eles se Ele escolher – dar a alguns e a outros não – dar a ninguém ou a todos, segundo pareça bom a Sua vista. “Não me é lícito fazer o que quiser do que é meu?(Sermão pregado na manhã de domingo, 04 de maio de 1856, pelo Rev. C. H. Spurgeon na Capela de New Park Street, Southwark – Inglaterra -http://www.monergismo.com/textos/chspurgeon/Soberania_Spurgeon.htm). (Charles Haddon Spurgeon, - O Príncipe dos Pregadores (19 Jun 1834 - 31 Jan 1892) - pregador Batista Reformado, nascido em Kelvedon, Essex, Inglaterra.)
Como estamos encarando a soberania de Deus? Temos considerado a sua vontade? Ou achamos que, frágeis vasos, temos autoridade sobre o Oleiro? Humildemente, oremos: "Seja feita a tua vontade assim na terra como no céu".
(III. CONCLUSÃO)
Não há nada que esteja excluído do campo da soberania de Deus, incluindo até mesmo os atos ímpios dos homens. Embora Deus não aprove esses atos de impiedade, Ele os permite, governa e usa para os seus próprios objetivos e glória. A crucificação, o crime mais hediondo de todos os tempos, estava comprometida dentro dos limites 'do determinado conselho e presciência de Deus' (At 3.23). O Senhor Jesus disse a Pilatos que crucificar o Filho de Deus não era uma atitude que estava dentro dos limites do poder humano, mas aquele poder só poderia vir de Deus (Jo 19.11). Outro aspecto importante desta doutrina é o exercício, por parte de Deus, da sua soberania sobre o destino eterno dos homens. O dom da vida eterna é a posse, por parte daqueles a quem Deus, antes da fundação do mundo, 'predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade' (Ef 1.5)" (Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro, CPAD, 2006, pp.1844-45).
APLICAÇÃO PESSOAL
Nessas minhas idas e vindas pelo Brasil, pude assistir um oleiro executando seu trabalho de confeccionar peças de artesanato Marajoara em Icoaraci, distrito de Belém do Pará. Os vasos Marajoaras possuem uma constituição do tipo monobloco, produzidos a partir de uma única porção de argila que vai sendo torneado e modelado até atingir a forma desejada com muito suor para fazer o torno girar. Essa estrutura formada por uma só pedra dá àqueles vasos torneados uma grande resistência e uma capacidade de secagem homogênea e uma melhor resistência às perdas por rachaduras e rupturas na queima. Durante a confecção do vaso, uma sutil batalha se trava entre as forças envolvidas nesse trabalho: a força do peso da argila levando o bloco para o centro do torno, a força da rotação do torno que afasta do centro o bloco de argila, a força mecânica ascendente das mãos do oleiro e a força descendente da gravidade, travam uma luta para se impor. Se alguma delas conseguir a supremacia a peça será destruída. Não é por qualquer motivo que o cristão é comparado com o barro e Deus como nosso oleiro. A etapa de modelagem sempre começa com algo bruto e de muita força, mas com o passar do tempo, o vaso começa a tomar forma e não é mais preciso tanta força e já é possível tirar o que não serve ou adicionar o que está faltando de maneira muito delicada, sem maiores sofrimentos. Depois de passar por estas etapas, é levado para a fornalha. Muitos são reprovados e trincam ou aparecem imperfeições por falha em alguma etapa. Os que resistirem ao fogo de quase 1000 graus saem muito mais fortes do que entraram. Ao final de todo o processo, são peças formosas, de rara beleza, colocadas em lugares de destaque. A produção do oleiro depende da qualidade da argila; o que Deus faz do seu povo depende da reação deste. Nos acostumamos a ver líderes convidando o povo a colocar Deus contra a parede, se transformou em mania o chamado CULTO DA RESTITUIÇÃO, onde o povo é levado a cobrar a restituição de algo supostamente roubado pelo diabo. Prosperidade e ‘teologia das $emente$’, esta, sem dúvida nenhuma, está em primeiro lugar, apesar de o Senhor Jesus ter dito: "Buscai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça..." (Lc 12.13-31). Dizem os pregadores e cantores que propalam essa moda: "Muitos criticam quem fala de prosperidade. Mas eu não falo sobre prosperidade; eu vivo prosperidade. Eu não ando mais de fusquinha; tenho tudo do bom e do melhor. Se você quiser ser como eu, passe a ofertar sempre com a maior nota que tiver em sua carteira". Alguns propagadores da Teologia da Prosperidade têm afirmado: “Quem planta sementes de laranja, colherá muitas laranjas. Quem semeia dinheiro colherá muito dinheiro. E quem semeia muito dinheiro colherá muitíssimo dinheiro”. Os incautos que acreditam nisso aceitam cada novo desafio dos telepregadores das $emente$. E estes, por avareza (2 Pe 2.1-3; 1 Tm 6.10), percebendo que a estratégia está funcionando, pedem valores cada vez mais altos."(http://cirozibordi.blogspot.com/2010/05/por-que-teologia-das-emente-e.html).O povo busca ouvir o que seus ouvidos comicham, e a liderança não combate esses que mercadejam a Palavra muito menos corrigem os aleijões teológicos vociferados por eles. Muitos estão fascinados com o resutaldo de campanhas como esta grande falácia das $emente$. Opõe-se ao princípio da generosidade. Aquele que semeia dinheiro está agindo por causa de sua necessidade, egoisticamente, e não por generosidade altruísta. E porque não é combatida?
Questionar a moralidade das ações divinas é inadequado. As criaturas não têm o direito de objetar ao que seu Criador faz. Este ensinamento jamais deveria nos levar a pensar que uns são mais dignos que outros, mas sim, que o Criador controla toda a criação. Não há base para o ensino que afirma que podemos exigir de Deus, ou de alguma forma ‘pressioná-Lo’ a faze algo. A criatura não tem o direito de exigir nada do seu Criador visto que sua existência depende dEle. A Soberania de Deus é um ensino bíblico que se refere ao absoluto, irresistível, infinito e incondicional exercício da vontade própria de Deus sobre qualquer área da sua criação. Deus é aquEle que ordena todos os eventos ao longo do tempo e da eternidade. Ele também é o Criador e Mantenedor de tudo o que existe. Deus 'faz todas as coisas, segundo o conselho de sua vontade' (Ef 1.11)

Subsídio Teológico
· A condicionalidade "A questão da condicionalidade é o tema central das profecias de Jeremias. Isto vale tanto para as que falam de juízos ameaçadores como para as que discorrem sobre as bênçãos prometidas (18.1-11). Um juízo anunciado poderia ser evitado pelo arrependimento. Da mesma forma, as promessas de bênçãos seriam cumpridas mediante a obediência, mas revogadas diante do pecado. Como até seus contemporâneos reconheceram, o juízo anunciado contra Jerusalém nos dias de Ezequias (Mq 3.9-12) foi revogado quando a cidade se arrependeu (Jr 26.17-19). De acordo com Jeremias, a destruição de Jerusalém e o exílio babilônico poderiam ser evitados se a nação se arrependesse, do contrário, a destruição seria certa" (LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1.ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2008, pp.189-90).
N’Ele,
Francisco A Barbosa
BIBLIOGRAFIA PESQUISADA
- Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, CPAD;
Louis Berkhof – Teologia Sistemática – p. 68;
- DUFFIELD, Guy P.; VAN CLEAVE, Nathaniel M. Fundamentos da Teologia Pentecostal. São Paulo: Quadrangular, 2000;
Bíblia de Estudo de Genebra, Nota Teológica, página 991;
EXERCÍCIOS
RESPONDA
1. Qual o tema central do capítulo 18 de Jeremias?
R. A soberania de Deus.
2. O que é a soberania divina?
R. É a autoridade inquestionável que Ele exerce sobre todas as coisas criadas, quer na terra, quer nos céus, de tudo dispondo conforme os seus conselhos e desígnios.
3. Qual a diferença entre soberania e arbitrariedade?
R. A soberania é um instrumento legítimo de Deus, através da qual executa Ele toda a sua vontade, visando a plena consecução de seus decretos. Deus não é arbitrário, pois Ele não anula o direito do homem fazer suas escolhas.
4. Com que base fomos nós eleitos por Deus?
R. Nossa eleição tem como base a sua soberania e presciência.
5. Por que devemos orar intercessoriamente.
R. Porque neste capítulo o Senhor ensina que embora tenhamos sido escolhidos para ser a sua particular herança, devemos cumprir as cláusulas da aliança que Ele conosco estabeleceu por intermédio de Cristo Jesus. Caso contrário: haveremos de ser reprovados, como os israelitas o foram.
BOA AULA!

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