quarta-feira, 7 de abril de 2010

OS PERIGOS DO DESVIO ESPIRITUAL



Pb. José Roberto a. Barbosa

Objetivo: Destacar que não podemos compactuar com a apostasia, para que não venhamos a perecer em nossos pecados.

INTRODUÇÃO
Na aula de hoje, estudaremos a respeito do desvio espiritual de Israel. O povo de Judá deu as costas para o Deus que graciosamente o escolheu. Inicialmente, trataremos sobre o antigo amor de Israel pelo Senhor. Em seguida, enfocaremos o desvio espiritual desse povo, e, ao final, as conseqüências do distanciamento do Senhor. Esperamos que essa lição sirva de despertamento para aqueles que se encontram em situação de perigo, distanciados dos caminhos do Senhor, mesmo que tenham algum vínculo religioso.

1. O AMOR ANTIGO DE ISRAEL
Judá esqueceu do seu primeiro amor e é questionado pelo Senhor: Que injustiça acharam vossos pais em mim? (Jr. 2.4,5). Em seguida, responsabiliza os sacerdotes, que se corromperam e não ensinaram a Torá ao povo; aos governantes, os quais, seguindo o caminho dos sacerdotes, também se corromperam, e os falsos profetas, que, ao invés de buscarem ao Senhor, se envolveram com Baal, o deus cananeu da fertilidade (Jr. 2.8). O Senhor compara seu relacionamento com Judá a de um esposo traído, já que, no princípio, Israel se voltou para Deus, mas, posteriormente, seguiu seu próprio caminho, tornando-se adúltera (Jr. 31.32; Is. 54.5; Os. 2.16). A nação rompeu o relacionamento antigo de amor entre Deus e Israel. Preferiu ir após ídolos estranhos, trocando o Manancial de Águas por cisternas rotas. Por analogia, para a igreja, Jesus é a água da vida, todos os que O recebem experimentam da fonte que jorra para a vida eterna (Jo. 4.10-14; Ap. 21.6). Lembramos que, na Palestina, a água é uma possessão de valor singular, por esse motivo, seria uma loucura tomar tal atitude. É uma pena que, nestes dias, algumas igrejas estejam fazendo o mesmo. Substituem o Manancial de Vida por Cisterna Rotas que para nada servem. A espiritualidade genuína está sendo trocada pelo mero tarefismo religioso; o poder do Espírito Santo está sendo usurpado por barganhas políticas; a vocação ministerial fora transformada em profissionalização eclesiástica; e a o pastorado cristão, fundamentado no amor, conduzido via técnicas insensíveis de administração empresarial.

2. O DESVIO ESPIRITUAL DE ISRAEL
Em Jr. 2.17 encontramos a causa dos desvios espirituais de Israel, pois a desobediência do povo tornou-se intencional, a nação optou pela idolatria, do mesmo modo, os cristãos, hoje, devem buscar a retidão, para não seguir o mesmo caminho, especialmente os obreiros (I Tm. 6.11; II Tm. 2.22). Ao invés de se voltar para o Senhor, o Manancial de Águas, Judá busca subterfúgios políticos, indo após o Egito (Jr. 2.18; Is. 30.15). O cristão, ao longo do trajeto, pode ser tentado a retornar ao mundo. Mas isso se constitui num perigo espiritual, que incorre em apostasia (Hb. 6.4-6). As alianças com as nações vizinhas, na tentativa de escapar do julgamento divino, que viria através dos babilônicos, somente agravaria a situação. Ao longo da história de Israel, quando o povo se aliou aos povos vizinhos, acabou perdendo sua identidade, e se distanciado do Senhor. Na história da cristandade aconteceu o mesmo, basta citar, como exemplo, a constatinização da igreja que, ao se romanizar, acatou práticas pagãs do império, desviando-se, assim, da Palavra de Deus. Nos tempos de Jeremias, o contato direto com os cananeus afetou diretamente a espiritualidade judaica. A adoração a Baal se tornou uma prática tão comum que os judeus assumiram o culto a essa divindade como se fosse algo normal (Jr. 2.20). Jeremias responsabiliza, mais uma vez, os sacerdotes, os governantes, os pastores e os profetas por serem coniventes com a religiosidade pagã, adotada pelo povo (Jr. 2.26,27).

3. A CONSEQUÊNCIA DO DESVIO ESPIRITUAL
Como conseqüência desse desvio espiritual, Jeremias pronunciou palavras de julgamento (Jr. 2.31). Isso porque ao invés de se arrependerem e confessarem seus pecados, as pessoas rejeitaram a mensagem profética (Jr. 5.3). O Senhor lembra a sua esposa quão ricamente Ele a havia abençoado, ainda que essa agisse com atitudes rebeldes (Jr. 2.29) e O esquecido (Jr. 2.32) e mentido para Ele, dizendo ser inocente (Jr. 2.33-35). Por causa da prosperidade econômica que a nação estava usufruindo, os judeus achavam que estavam sendo abençoados por Deus. Há hoje os que confundem prosperidade financeira com benção espiritual. Na verdade, o que mais acontece é justamente o contrário, pois quanto mais próspera costuma ser uma nação, mais materialista essa se torna. Com o acúmulo de bens, o ser humano apenas tenta preencher um vazio que somente pode ser satisfeito por Deus. A Teologia da Ganância - que alguns denominam de Teologia da Prosperidade – favorece, inclusive, uma espiritualização das riquezas. As conseqüências começam já a ser percebidas na igreja evangélica mundial. A vasta maioria das igrejas que acatou tal doutrina, ainda que sejam financeiramente prósperas, perderam a genuína espiritualidade. Transformaram seus cultos em parque de diversão e os púlpitos em palcos, substituíram a pregação da Palavra e a verdadeira adoração por tristemunhos de “artistas” e acrobacias “espetaculares”, em suma, trocaram o Manancial de Águas por Cisternas Rotas.

CONCLUSÃO
Mas ainda há tempo pra se voltar para Água da Vida (Jo. 4.10-14). Somente Jesus satisfaz completamente a existência humana e oferece liberdade plena (Jo. 8.32), principalmente do deus mamom, outrora denunciado por Jesus (Mt. 6.19-24) e por Paulo (I Tm. 6.3-10) perante o qual muitos têm se prostrado nestes dias. A mensagem do Senhor para a igreja de Éfeso se aplica às igrejas evangélicas que se desviaram dos caminhos do Senhor. Em algumas delas, a ostentação das riquezas para nada servem, senão para ocultar a falta de espiritualidade. Para essas, a Palavra do Senhor é: “Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres (Ap. 2.4,5).

BIBLIOGRAFIA
HARRISON, R. K. Jeremias e Lamentações. São Paulo: Vida Nova, 1980.
LONGMAN III, T. Jeremiah & Lamentations. Peabody, Mass: Hendrickson, 2008.

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