terça-feira, 23 de março de 2010

SOLENES ADVERTÊNCIAS PASTORAIS



ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL DA
IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO 13 - DIA 28/03/2010
TÍTULO: “SOLENES ADVERTÊNCIAS PASTORAIS”
TEXTO ÁUREO – II Cor 13:5a
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: II Cor 12:19-21; 13:5, 8-11
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e.mail: geluew@yahoo.com.br


I – INTRODUÇÃO:


• Às vezes o Pastor precisa entender que seu ministério não consiste apenas de ensino bíblico todo o tempo: o rebanho precisa também de disciplina. O fato de algumas vezes o Pastor ser implacável, não significa ser inimigo das ovelhas do Senhor.

• No que diz respeito à correção pastoral, como a que Paulo exerceu junto aos crentes de Corinto, podemos asseverar que vale a pena exercê-la. Isto porque, se o Pastor também alimenta as ovelhas do Senhor por meio de exortação, encorajamento e apelos para que atendam à Palavra, terá a alegria de ver suas ovelhas conduzindo-se dignamente diante do Senhor Deus.

• Não esqueçamos: Um membro do corpo sob infecção, se não for tratado, afetará imediatamente todos os demais.

II - A PALAVRA DISCIPLINA:


• DISCIPLINA significa: “INSTRUÇÃO”; “DIREÇÃO”; “GOVERNO” e “IMPOSIÇÃO DE AUTORIDADE E DE MÉTODOS CORRECIONAIS”.

• O alvo da verdadeira disciplina é ajudar a outrem a ser um bom discípulo (aprendiz). Por outro lado, todo bom discípulo deve ser amigo da disciplina.

III – A DISCIPLINA APLICADA NO TEMPLO POR JESUS, O SUMO-PASTOR:


• Alguns pecados da Igreja de Corinto eram: pendências judiciais, invejas, iras, porfias, difamações, imundícia, prostituição e desonestidade.

• Diante deste quadro, o apóstolo Paulo questionou àquela Igreja: - “... Ou não sabeis, quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados” – II Cor 13:5.

• E hoje? Será que podemos responder afirmativamente? Jesus Cristo está realmente na Igreja?!

• Antes de respondermos, façamos uma análise de Mc 11:11, 15-18:

• No texto sagrado, Jesus entra no Templo e expulsa os cambistas, porque transformaram a casa de Deus em lugar de negócios humanos. No contexto da época, isso era um ato normal diante dos judeus. Entretanto, Jesus rompe com isso, demonstrando que, dessa forma, não existe vida em uma Igreja .

• Assim, podemos vislumbrar OS MOTIVOS PELOS QUAIS JESUS AGIU COM DISCIPLINA, OU SEJA, PORQUE DEUS IMPÔS AUTORIDADE E MÉTODOS CORRECIONAIS:

• (1) – FALTA DE TEMOR – Mc 11:15-16 - Havia comércio dentro do templo. Pessoas perambulando, carregando objetos, voltadas única e exclusivamente para um contato horizontal de negócios: os lucros.

• Hoje, o que vemos na Igreja é um verdadeiro negócio com Deus, onde quem leva vantagem é o homem. A voz e o tom exigentes por meio dos quais se tem falado com Deus, deixam dúvidas de quem é o verdadeiro Senhor.

• O Deus que se transformou em servo do povo para lhe cumprir os caprichos, certamente não é o mesmo Deus da exortação de Hb 12.28-29.

• Sirvamos ao Senhor de modo agradável, com reverência, porque Ele é um fogo consumidor.

• (2) - FALTA DE UNÇÃO – Mc 11:17 - Jesus cita o profeta Isaías, quando o mesmo diz que a Casa de Deus é casa de oração, não de negociação. Entende-se que as pessoas ali não procuravam o contato com o divino, não buscavam a unção de Deus; estavam voltadas a enganarem e roubarem. Tudo dentro do Templo, qual seja, o local que deveria ser a casa de conversas com o Deus Altíssimo.

• Hoje, vemos Igrejas apresentando Teologias sem conteúdo. As experiências geram arrepios pelo corpo, geram choro, mas não mudança de vida. O ser cheio do Espírito não muda mais a vida em casa, no trabalho, na escola, no namoro. As pessoas na verdade não tem a verdadeira unção; são vazias, não tem prazer em estar na casa de Deus para louvá-Lo. Estão ali para negociarem com o Senhor. Qual o futuro de uma relação assim? Qual o futuro de uma geração em que a relação com Deus não passa de frases ocas que só prometem prosperidade e vitórias sobre demônios e triunfo na vida?

• (3) - FALTA DE DISCERNIMENTO - Mc 11:18-19 - Quando os líderes religiosos ficaram sabendo o que fez Jesus, queriam matá-lo. Mesmo que a multidão ficasse maravilhada com o ensino de Jesus, uma semana depois, ela mesma O acusava.

• Hoje também a Igreja está assim. Existe uma falta de discernimento muito grande em nosso tempo: 

• (A) - Não se sabe se a Igreja existe para levantar as pessoas ou se estas existem para levantar a Igreja.

• (B) - Canta-se para louvar a Deus ou entretenimento do povo?

• (C) - Vêm-se à Igreja para buscar edificação ou por causa do costume?

• (D) - Faço parte da Igreja porque quero, ou porque não me deixam fazer outra coisa? 

• (E) - Ou porque tenho medo de ir para o inferno? 

• (F) - Ou, nem sei por que faço parte da Igreja? 

• A falta de discernimento e a confusão de hoje é gerada por Pastores que não procuram falar o que as ovelhas precisam ouvir, mas o que elas querem ouvir. 

• Assim, com a unção dos altos céus, possamos bradar como o santo homem de Deus: 

• - "EU, PORÉM, ESTOU CHEIO DO PODER DO ESPÍRITO DO SENHOR, CHEIO DE JUÍZO E DE FORÇA, PARA DECLARAR A JACÓ A SUA TRANSGRESSÃO E A ISRAEL O SEU PECADO" - Mq 3:8


IV – NADA E NINGUÉM IMPEDIU QUE O DONO DA IGREJA ENTRASSE EM AÇÃO:


• Jesus fez uma purificação no Templo. Como? Vejamos:

• (1) - MINUCIOSAMENTE – Mc 11:11 ("... E TENDO VISTO TUDO AO REDOR...") - Tudo foi observado e avaliado pela justiça divina; nada escapa dos olhos do Altíssimo.

• (2) - PACIENTEMENTE - Mc 11:11 ("... COMO FOSSE JÁ TARDE...") - Já era tarde e Jesus não agiu logo, de imediato; Ele esperou o tempo apropriado para entrar em ação (Jesus ainda nos tem dado tempo para o conserto).

• (3) - ENERGICAMENTE – Mc 11:15 ("... E JESUS, ENTRANDO NO TEMPLO, COMEÇOU A EXPULSAR...")- Quando foi o tempo e a hora de agir, Deus agiu! Não houve melindres humanos em Jesus; houve zelo santo.

V - O QUE JESUS VISAVA POR MEIO DESTA PURIFICAÇÃO?:


• Vejamos:

• (1) - ACABAR COM O USO INADEQUADO DO TEMPLO - O templo não é lugar de comércio, não é plataforma política, não é campo de oportunidades pessoais; é lugar de :

• (A) - Cura divina - Mt 21:14; Lc 6:6b-11; 13:10-17;

• (B) - Ensinamento - Mc 14:49; Lc 6:6a; 13:10; 19:47-48;

• (C) - Jejuns e orações - Lc 2:36-37;

• (D) - Encontro com Jesus para alcançar não somente cura divina, mas perdão dos pecados - Jo 5:1-9, 14-15;

• (E) - Encontro com Jesus para alcançar libertação e perdão dos pecados - Jo 8:1-11;

• (F) - Lugar de apresentarmos a Deus as nossas angústias - Is 37:1, 14-15;

• (2) - ACABAR COM A MECANICIDADE DOS CULTOS  - Mc 11:15 - Pessoas estavam comprando seus sacrifícios, encomendando seus cultos. Não era um sacrifício de louvor, de coração, da alma; era apenas uma obrigação, um ritual a ser seguido.

• (3) - ESTABELECER ORDEM E REVERÊNCIA – Mc 11:16  - Gente levando utensílios de um lado para o outro. Nos cultos, muitas vezes não há reverência: pessoas ficam comercializando, conversando, marcando encontros, desfilando roupas novas, paquerando - Jo 2:16; I Cor 6:9-11.

• (4) - TRANSFORMAR O TEMPLO EM CASA DE ORAÇÃO - É triste quando o templo é lugar de tudo: de encontros, de shows, de alegria, mas não inspira a oração e a quietude de espírito. Jesus viu o templo em tal confusão que era impossível orar ali; viu o povo sendo explorado em nome da religião -  Jr 7:11 cf  Is 56:7

VI - A DISCIPLINA NA IGREJA HOJE:


• Mt 16:19; 18:18 - Os ministros estão autorizados a estabelecer a disciplina na Casa do Senhor. Esta deve consistir em:

• (A) – MANTER A SÃ DOUTRINA – I Tm 1:3; Tt 1:13;

• (B) – POR EM ORDEM OS NEGÓCIOS ESPIRITUAIS  - I Cor 11:34; Tt 1:5;

• (C) – REPREENDER OS OFENSORES – I Tm 5:20; II Tm 4:2;

• (D) – REMOVER OS OFENSORES OBSTINADOS – I Cor 5:3-5, 13; I Tm 1:20;

• (E) – FAZER COM QUE TODOS SE SUBMETAM À DISCIPLINA – Hb 13:17;

• (F) – DEVE SER PARA A EDIFICAÇÃO – II Cor 10:8; 13:10;

• (G) – DEVE TER COMO OBJETIVOS A DECÊNCIA E A ORDEM – I Cor 14:40;

• (H) – DEVE SER EXERCITADA NUM ESPÍRITO DE AMOR – II Cor 2:6-8

VII - POR QUE É NECESSÁRIO APLICAR A DISCIPLINA NA IGREJA?:


• (1) - PORQUE DEUS QUER HABITAR NELA - I Cor 3:16; Ef 2:22 cf I Pe 1:15-16; Js 7:12; II Cor 6:14-18

• (2) - PORQUE SÓ ASSIM A IGREJA PODE CONSERVAR SUA PECULIARIDADE - Tt 2:4; Jo 15:19 cf I Cor 5:6-8; 15:32 cf I Jo 1:7

• (3) - PORQUE É NECESSÁRIO MANTER O RESPEITO À DOUTRINA - Ml 1:8 - Quando os membros da Igreja vivem em pecado, o procedimento se torna em flagrante contradição à doutrina pregada. Se isso continuar, sem que as devidas providências sejam tomadas, o resultado será sempre o mesmo: A doutrina começa a esvair-se e as normas bíblicas desaparecerão. Em lugar do Evangelho da Graça, surgirá o “Evangelho da carne”.

• (4) - PORQUE O CONCEITO DA IGREJA DIANTE DO MUNDO EXIGE QUE HAJA DISCIPLINA - At 5:11, 13 cf Pv 24:25-26

• (5) - PORQUE A IGREJA PRECISA OBTER VITÓRIA SOBRE O INIMIGO - Hb 12:15 – Quando a disciplina é aplicada, o diabo perde sua base e o Espírito Santo tem plena liberdade de ação.

• (6) - PORQUE É INDISPENSÁVEL PARA GANHAR O FALTOSO - I Cor 5:5 cf II Cor 2:6-10 - Esta pessoa disciplinada foi restaurada porque o pecado na vida dela fora condenado. Quando a tolerância com o pecado deixa o faltoso na Igreja, isto traz um entristecimento para os justos, enquanto as mãos dos pecadores são reforçadas e o resultado é que os faltosos não quererão se arrepender - Ez 13:22-23; Jr 23:14.

VIII - SEJAMOS IMITADORES DO SUMO-PASTOR:


• “O SENHOR É O MEU PASTOR... A TUA VARA E O TEU CAJADO ME CONSOLAM” – Sl 23:1, 4

• A Bíblia fala de Pastores que gostam de apascentar a si mesmos (Ez 34:1-2; Jd 12). Jesus os chamou de mercenários; o apóstolo Paulo chamou-os de obreiros fraudulentos (Jo 10:12-13; II Cor 11:13).

• Sejamos, porém, como o nosso Sumo-Pastor: conduzamos as duas armas disponíveis: A VARA E O CAJADO:

VIII.1 - VARA:


• Uma espécie de bastão não muito longo, porém muito resistente. Um instrumento de defesa usado pelos pastores de ovelhas para afugentar lobos, leões,  ursos e para contar, guiar, resgatar e proteger as ovelhas (Lv 27.32; Ez 20.37).

• É um instrumento que representa a autoridade e o poder do Senhor – Sl 2.9; 45.6; Êx 21.20; II Sm 7.14; Jó 9.34.


VIII.2 – CAJADO:


• É distinto da vara. Enquanto esta era mais curta, o cajado era mais comprido e delgado, podendo ser até curvado. Com ele, o Pastor guia as ovelhas, levanta as que estão cansadas, trazendo-as para junto de si. É um instrumento de apoio - Êx 21.19; Jz 6.21; 2 Rs 4.29; Zc 8.4.

• Tenhamos cuidado! Alguns hoje usam a vara sem o cajado; outros, o cajado sem a vara; outros, ainda, não usam nem a vara, tampouco o cajado! O Espírito do Senhor, bem como as verdadeiras ovelhas não apoiarão aos Pastores que estiverem nestas condições.

IX - CONSIDERAÇÕES FINAIS:

• Paulo agiu como um autêntico Pastor; não se preocupou com a sua situação pessoal diante da Igreja de Corinto, mas com a vontade de Deus. Esse é o modelo que deve ser seguido pelos Pastores: Proferir solenes advertências pastorais em defesa do seu ministério e em defesa do rebanho do Senhor Jesus!

• Não esqueçamos: O Pastor de verdade procura falar aquilo que o rebanho precisa ouvir e não necessariamente o que o povo quer ouvir. Leiamos os textos bíblicos abaixo:

•  "Disse, porém, Josafá: Não há aqui ainda algum profeta do Senhor, ao qual possamos consultar? Então disse o rei de Israel a Josafá: Ainda há um homem por quem podemos consultar ao Senhor; porém eu o aborreço, porque nunca profetiza de mim bem, mas só mal; este é Micaías, filho de Inlá. E disse Josafá: não fale o rei assim.... E todos os profetas profetizaram assim, dizendo: Sobe a Ramote-Gileade e prosperarás, porque o Senhor a entregará na mão do rei. E o mensageiro que foi chamar a Micaías falou-lhe, dizendo: Vês aqui que as palavras dos profetas, a uma voz, predizem coisas boas para o rei; seja, pois, a tua palavra como a palavra de um deles, e fala bem. Porém, Micaías disse: VIVE O SENHOR, QUE O QUE O SENHOR ME DISSER, ISSO FALAREI" - I Rs 22:7-8, 12-14.


• “FIZ-ME, ACASO, VOSSO INIMIGO, DIZENDO A VERDADE?” - Gl 4:16.
 


•  Que o nosso bondoso Deus continue nos dando firmeza e determinação para que, com a vara e o cajado nas mãos, cumpramos o nosso árduo, porém santo e honrado ministério, em nome de Jesus. Amém.






Fontes de consulta:

• Lições Bíblicas CPAD – 2º Trimestre de 1999 – Comentarista: Esequias Soares

• Lições Bíblicas CPAD – 3º Trimestre de 1997 – Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima

• Lições Bíblicas CPAD – 4º Trimestre de 1982 – Comentarista: Geziel Gomes

• Bíblia de Estudo Vida

• Lições Bíblica Maturidade Cristã – CPAD – 3º Trimestre de 1987 – Comentarista: Estevam Ângelo de Souza

• Estudo Bíblico: "Quando uma Igreja morre" - Arnildo Klumb

• Esboço de A a Z – Editora Vinde – Caio Fábio

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