segunda-feira, 12 de outubro de 2009

DAVI NA CORTE REAL - VIVENDO COM SABEDORIA




POR JOSÉ ROBERTO A. BARBOSA

DAVI NA CORTE REAL – VIVENDO COM SABEDORIA
Texto Áureo: I Sm. 18.5 - Leitura Bíblica em Classe: I Sm. 16.18; 18.2-5, 13, 14

Objetivo: Mostrar que Deus deu a Davi unção bem como prestígio diante de Israel, e ele se conduziu com prudência na presença de seus líderes, amigos e auxiliares.

INTRODUÇÃO
Na lição de hoje estudaremos a respeito das qualidades de Davi, dentre elas, destacaremos a sabedoria. Na verdade, de nada adianta ter muitos atributos pessoais e não saber utilizá-los adequadamente. Meditaremos, inicialmente, a respeito de como Davi fez uso de suas qualidades no palácio, principalmente da prudência, sinônimo, na lição, de sabedoria. Ao final, refletiremos a respeito da importância da sabedoria e do controle da língua nos relacionamentos pessoais.

1. AS QUALIDADES DE DAVI
Depois de ter sido rejeitado por Deus, e a conseqüente perda de apoio de Samuel, Saul ficou atordoado, e passou a precisar de ajuda, inclusive psicológica. De vez quando, conforme lemos em I Sm. 16.15-18, o rei de Israel entrava em crise e tinha perturbações mentais, o narrador bíblico declara que a causa dessas crises era um “espírito maligno, enviado por Deus” (v.15). Essa declaração, na verdade, trata-se de um hebraísmo, em outras palavras, o texto diz que Saul sofria de uma insanidade mental, proveniente da atuação diabólica, permitida por Deus. Na época, como ainda é sugerido atualmente, em alguns casos, o tratamento recomendava o uso da música. Os súditos de Saul recomendaram um músico hábil, filho de Jessé de Belém, denominado Davi (v. 16). O instrumento tocado por Davi era a lira (kinnor em hebraico), de menor porte que uma harpa comum, de modo que pudesse ser transportada com facilidade. Mas saber tocar a lira não era a única qualidade de Davi, pois de acordo com o servo que o recomendou ele era “valente, e animoso, e homem de guerra, e sisudo em palavras, e de gentil presença”, e principalmente, que “o Senhor era com ele” (v. 18). É possível que nem todos na igreja tenham essas mesmas qualidades, principalmente a de tocar um instrumento ou se enquadram em determinados padrões de beleza, mas é indispensável que mantenha o controle da língua, que sejam fortes e valentes na luta contra o mal, e principalmente que o Senhor seja com eles.

2. A SABEDORIA DE DAVI NO PALÁCIO
O Senhor era com Davi, por isso, ele ascende do trabalho pastoril para o serviço no palácio real. Isso aconteceu porque Saul não permitiu mais que Davi voltasse para sua terra, retendo-o no palácio real (I Sm. 18.2,5). Durante tal período Davi se portava com lealdade ao rei, ainda que esse o perseguisse. Para aliviar as adversidades em sua vida, decorrentes da inveja de Saul, Deus proveu um amigo para o jovem. Jônatas, o filho e provável herdeiro do trono, percebendo a loucura do pai, fez uma aliança de amizade com Davi. O pacto de amizade entre Davi e Jônatas serve de lição para a construção de laços duradouros ao longo da vida. Amizade sincera é cada vez mais rara, haja vista a cultura da individualidade e a busca desenfreada pela satisfação própria que leva à barganha. Jônatas esteve disposto a sacrificar-se por Davi várias vezes (I Sm. 18.4; 20.4). Diante das atitudes insanas de seu pai Saul, Jônatas defendeu seu amigo (I Sm. 19.4). Não havia sentimentos de ciúme, inveja ou mesquinhez em Jônatas. Ele era amigo de Davi, e o defendeu porque discernia as reais intenções do coração do seu amigo. Nos momentos mais difíceis Davi contou com as palavras de encorajamento de Jônatas (I Sm. 23.15,16). Por causa de sua sabedoria (prudência), Davi era amado não apenas por Jônatas, mas também por todos os servos do rei (I Sm. 18.6-7) e isso, certamente, incitava mais ainda o ciúme de Saul.

3. SABEDORIA NOS RELACIONAMENTOS
Em I Sm. 18, está escrito quatro vezes que Davi prosperou, ainda que o rei estivesse contra ele. Mas isso não importava, pois mesmo o rei estando contra Davi, o Senhor era com ele (I Sm. 18.14). Além disso, o Senhor favoreceu Davi com uma outra qualidade, fundamental diante das ameaças desequilibradas de Saul: a sabedoria (prudência). O termo hebraico para prudência (sabedoria) é sakal, que também pode ser encontrado em Pv. 10.19. Nesse versículo essa palavra está associada à pessoa que consegue manter sua boca fechada. Ao invés de se adiantar e dizer palavras fora de propósitos, Davi acatava as circunstâncias com sabedoria. Não foram fáceis as situações pelas quais aquele jovem teve de passar. Em I Sm. 18.8,9 é dito que Saul se indignava contra Davi e não o via com bons olhos. Isso quer dizer que Saul estava tomado pela inveja. Os livros sapienciais nos deixam instruções claras a respeito dos males que a inveja pode causar (Sl. 37.1; 73.3; Pv. 14.30; 27.4; Ec. 4.4; 9.6). Os religiosos entregaram Jesus conduzidos por esse sentimento (Mt. 27.18; Mc. 15.10). As primeiras perseguições aos apóstolos também decorram da inveja (At. 13.45; 17.5). Paulo orienta os cristãos para que não sejam tomados por ela (Rm. 13.13; I Co. 3.3). O cristão espiritual não segue o caminho carnal de Saul, não se deixam conduzir pela inveja. Antes se posiciona com sabedoria, mantendo o devido equilíbrio em todas as circunstâncias, não falando demais, controlando sua língua nas ocasiões mais adversas (Tg. 3.8; Pv. 10.11,20,32; 21.23; 13.3; Ef. 4.29; Mt. 12.34-37)

CONCLUSÃO
Apesar da perseguição do rei Saul, Davi prosperava em tudo o que fazia porque o Senhor era com ele. A causa do bom êxito de Davi estava nas qualidades que Deus construiu em seu caráter. A principal delas era a prudência, assumida na lição de hoje como sabedoria. Davi sabia se relacionar com as pessoas, com seus amigos, servos do palácio real, e principalmente a lidar com as crises insanas do rei Saul. A demonstração mais concreta da prudência de Davi estava no uso da língua. O jovem no palácio sabia o momento de falar e de ficar calado. Nisso consiste a sabedoria, é nessa cercania que habita a prudência (Pv. 11.12; Ec. 3.7; 15.23; 25.11).

BIBLIOGRAFIA
BALDWIN, J. G. I e II Samuel: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2008.
SWINDOLL, C. R. Davi. São Paulo: Mundo Cristão, 2009.

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