terça-feira, 8 de setembro de 2009

O AMOR A DEUS E AO PRÓXIMO




Por José Roberto A. Barbosa

O AMOR A DEUS E AO PRÓXIMO
Texto Áureo: Jo. 13.35 - Leitura Bíblica em Classe: I Jo. 4.7-16

Objetivo: Mostrar que a prática do amor cristão é uma ordenança divina, e a principal evidência da nossa salvação.

INTRODUÇÃO
João, o autor do Evangelho que traz o seu nome e o da Epístola objeto de estudo neste trimestre, é conhecido como o discípulo amado. Essa atribuição é justificada porque esse apóstolo de Jesus expressa, com entusiasmo, o valor do amor genuinamente cristão. Com base nessa premissa, estudaremos, na lição de hoje, um pouco mais a respeito do amor. Enfocaremos, especificamente, o amor cristão a Deus e ao próximo, máxima defendida por Jesus quando questionado pelos líderes e mestres religiosos a respeito da observância ao maior dos mandamentos (Mt. 22.36-40).

1. DEFINIÇÕES BÍBLICAS DE AMOR
Existem duas palavras comumente usadas no Novo Testamento grego para “amor”: são elas phileo e ágape. Em alguns contextos, phileo é utilizado prioritariamente como afeição. No sentido de afeição, phileo é encontrado em Jo. 15.19; Tt. 3.15. Phileo, ao contrário do que dizem alguns pregadores, é também sinônimo do amor divino (Jo. 5.20; 16.27), basta dizer, como exemplo, que Jesus ama (phileo) as pessoas individualmente (Jo. 11.3,36; 20.2). Ainda que, conforme lemos em Ap. 3.19, não isenta aquele que é amado de ser corrigido pelo Senhor. O termo mais amplo usado no Novo Testamento grego para amor, porém, é ágape. (Mt. 24.12; Rm. 12.9; 13.10; I Co. 8.1; Gl. 5.22). Uma das características centrais desse tipo de amor é o sacrifício próprio em prol do outro (Jo. 15.13; I Co. 13.4,8,13; I Jo. 3.12; 4.10,18; II Jo. 6; I Co. 14.1; II Co. 6.6; 8.7). O agape, grosso modo, se refere ao amor dado por Deus e moldado pelo Espírito Santo e que guia a conduta cristã. Esse amor é uma qualidade divina (Jo. 15.10) derramada em nossos corações (Rm. 5.5) que nos vivifica em Cristo (Ef. 2.4; 3.17; I Jo. 4.9) e nos posiciona como filhos (I Jo. 3.1). O próprio Deus é ágape (I Jo. 4.8) e é reconhecido como o Deus de amor (II Co. 13.11,11; II Ts. 3.5; II Jo. 3; Jd. 2).

2. O AMOR DE DEUS PELA HUMANIDADE
Ao longo do texto, João mostra que o amor a Deus e ao próximo estão interligados. Qualquer separação nesse sentido, como fizemos nesta lição, tem fins meramente didáticos. A base para a ordenança do amor cristão está na própria natureza divina, pois Deus é amor (I Jo. 1.7,8). Assim, todo aquele que é nascido de Deus, isto é, que procede de Deus, ama tanto a Deus quanto ao seu próximo. Amamos a Deus porque Ele nos amou primeiro e o provou enviando Seu Filho para morrer pelos pecados da humanidade (Jo. 3.16; I Jo. 4.9,10). Antes estávamos mortos em nossos delitos e pecados, mas Ele nos amou e nos atraiu para Si. Cristo Jesus é o Dom inefável de Deus, é a manifestação do excelso amor divino. Como Paulo, temos razões para agradecer a essa dádiva inefável (II Co. 9.15). Amamos a Deus porque Ele nem mesmo a seu próprio filho poupou, antes, o entregou por nós (Rm. 5.8). De modo que nada, obsolutamente nenhuma criatura poderá nos separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor (Rm. 8.31-39).

3. O CRISTÃO E O AMOR A DEUS E AO PRÓXIMO
João deixa claro, a princípio, que amamos a Deus porque Ele nos amou primeiro. Mas não podemos, por outro lado, dizer que amamos a Deus e não demonstramos amor ao próximo. O Apóstolo argumenta que é mais fácil amar os homens do que a Deus, portanto, se não existe amor pelos homens, também não haverá amor a Deus. A verdade é que não podemos amar a Deus, a menos que também amemos ao próximo. Quando Jesus contou a parábola em resposta ao grande mandamento, distinguiu, entre outros, o distanciamento dos religiosos de sua época do amor ao próximo. Eles estavam mais preocupados com os seus compromissos do que na preservação daquele homem que se encontrava jogado após ter sido assaltado. A religiosidade humana pode conduzir o ser humano com facilidade para tanto para o fanatismo quando ao formalismo.

CONCLUSÃO
Jesus, citando Dt. 6.4 e Lv. 19.18, instrui seus discípulos para que mantivessem o equilíbrio no amor (Mt. 22.40). Para tanto, eles deveriam – e ainda devem – amar a Deus, ao próximo e a si mesmos. Esse é o tripé da comunhão cristão, por isso, quando há apenas amor a Deus, o resultado é o fanatismo, ao próximo, a conseqüência é o filantropismo, e a si mesmo, o mal do egoísmo. O amor cristão é a maior apologética, ele é, ao mesmo tempo, um mandamento e uma conseqüência daquele que é nascido de Deus.

BIBLIOGRAFIA
BOICE, J. M. As epistolas de João. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.
STOTT, J. R. W. I, II e III João: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1982.

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