quarta-feira, 5 de agosto de 2009

O SISTEMA DE VIVER DO MUNDO




Por José Roberto A. Barbosa
Texto Áureo: Rm. 12.2 - Leitura Bíblica em Classe: I Jo. 2.15-19 Jo. 15.18,19

Objetivo: Mostrar que todo crente fiel a Cristo precisa conhecer os nocivos padrões dos procedimentos deste mundo a fim de que possamos rejeitá-los e firmarmo-nos cada vez mais nos santos preceitos da Palavra de Deus.

INTRODUÇÃO
Não ameis o mundo nem o que no mundo há, diz o apóstolo João em sua I Carta. Mas o que significa “mundo” no Novo Testamento? Essa é a pergunta que responderemos na primeira parte da lição de hoje. Depois, trataremos a respeito dos elementos do mundo anticristão. Ao final, destacaremos que, definitivamente, o cristão não pode amar o mundo e muito menos o nele há.

1. MUNDO E MUNDANISMO, DEFININDO OS TERMOS
A palavra mundo - kosmos no grego do Novo Testamento - tem sentidos diversos. Inicialmente essa palavra tem a idéia de ordem e adorno e a partir dessa desenvolveu a noção de cosmos ou universo. No Novo Testamento apenas em I Pe. 3.3 essa palavra se afasta do significado comum de “mundo” e é usada para denotar o sentido inicial de “adorno”. Em At. 17.24 esse termo indica o universo criado, ainda que em outras passagens, como Mt. 4.8; Mc. 8.36; Jô. 3.19, II Co. 5.19, apontem para a esfera da vida humana como um todo. Para Paulo e João o mundo é o lugar para o qual Deus veio a fim de redimir e transformar a humanidade. Nesse contexto, kosmos tem um significado negativo, denotando a era má, que se opõe a Deus (I Co. 3.18,19; Ef. 2.2; Rm. 12.2). Parte fundamental da obra de Cristo na cruz foi derrotar os elementos desse kosmos (Cl. 2.8-20). Para João o kosmos resiste à obra de Deus e ao Seu filho (Jo. 1.9-11; 7.7, consequentemente, este mundo é governado por Mal (Jo. 12.31; 16.11). Por isso, enquanto estiverem neste kosmos os cristãos precisam estar atentos para não serem cooptados por esse sistema maligno (Jo. 17.15-17; I Jo. 2.15; Fp.2.15; Tg. 1.27; 4.4). Ainda que esse sistema anticristão se oponha a Deus, Ele demonstrou amou pela humanidade - kosmos - de uma forma extraordinária e o provou ao enviar Seu Filho para redimi-la dos seus pecados (Jo. 3.16).

2. OS ELEMENTOS DO MUNDO ANTICRISTÃO
Em sua Carta João descreve os elementos do mundo: a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida (I Jo. 2.16). A concupiscência da carne diz respeito aos desejos desenfreados expressos nos vícios e prazeres sexuais ilícitos. Os cristãos precisam estar em constante vigilância para se deixarem levar pela impureza (I Co. 6.18). O crente é templo do Espírito Santo (I Co. 3.16; 6.19), por isso, seu corpo deve ser apresentado a Deus como sacrifício vivo, santo e agradável ao Senhor (Rm. 12.1,2). Aqueles que se deixam levar pela concupiscência da carne estão produzindo obras que se opõem ao Espírito de Deus (Gl. 5.21,22; Ef. 5.3-5). A concupiscência dos olhos está associada à visão. O pecado, conforme lemos em Gn. 3.6, teve princípio no ver, bem como o pecado de Acã (Js. 7.20-26). Davi pecou contra o Senhor quando criou uma situação para satisfazer a concupiscência dos olhos (II Sm. 11.2). A soberba da vida é o desejo humano de ser igual a Deus, como quiseram Adão e Eva no princípio (Gn. 3.5). Esse pecado resulta na ostentação, na ânsia desenfreada pela fama e poder. Satanás também quis ser igual a Deus e em seu orgulho precipitou-se da posição na qual o Senhor o havia colocado (Is. 14.14). Na igreja, alguns líderes despreparados, sob a justificativa de autoridade espiritual, exercer práticas autoritárias e abusam espiritualmente dos fieis a fim de tirar proveito próprio e sustentar a vaidade pessoal (Jr. 2.8; Ez. 34.2,8,9)

3. NÃO AMEIS O MUNDO, NEM O QUE NO MUNDO HÁ
A partir de I Jo. 2.15 entendemos que o cristão não pode amar o mundo e muito menos o que nele há. Essa, conforme apontamos anteriormente, é uma proibição recorrente nos escritos joaninos (Jo. 1.10; 17.4; I Jo. 5.19). “Se” alguém ama o mundo, diz João, o amor do Pai não está nele. O tempo verbo no grego dá idéia de continuidade, ou seja, “se alguém continua amando o mundo”. O amor a Deus e ao mundo, nessa perspectiva, se encontra em posições antagônicas. Não é possível que o cristão ame ao mesmo tempo a um e ao outro. Esse - kosmos - que o crente deve aborrecer não é a humanidade, já que o próprio Deus a amou (Jo. 3.16). Trata-se do sistema satânico, anticristão que se opõe à verdade de Deus cujo líder é Satanás (II Co. 4.4). A expressão do mundanismo está nos desejos desenfreados da carne - as obras da carne (Gl. 5.21), na supervalorização das coisas visíveis, esquecendo-se da fé nas coisas que se esperam, mas que ainda não se vê (Hb. 11.1) e na vaidade humana alicerçada na ânsia pela fama e pelo poder satânico (Mt. 4.8-11). Na proporção em que o amor ao mundo aumenta, o amor a Deus diminui. Se alguém quiser saber o quanta ama a Deus, basta avaliar seu nível de amor ao mundo.

CONCLUSÃO
Não ameis o mundo, esse é o ensinamento bíblico. Para vencermos o mundo, com suas artimanhas, meditemos, a guisa de conclusão, nas seguintes passagens: 1 Jo. 4.5; 5.4; 5.5; 5.10; Jo. 15.19; Rm. 12.2; Gl. 1.10; Ef. 2.2; Cl. 3.1,2; I Tm. 6.10. Esses textos são auto-explicativos e suficientes para entendermos e buscar destruir os elementos da concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida. Que Deus em Cristo nos abençoe e continue produzindo o fruto do Seu Espírito em nós (Gl. 5.22).

BIBLIOGRAFIA
BOICE, J. M. As epistolas de João. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.
STOTT, J. R. W. I, II e III João: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1982.

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